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Rosileide Oliveira �nanciament� d� SUS Um sistema de saúde público, universal e gratuito não se concretiza por mera proclamação. Ou seja, para além de inscrevê-lo no texto constitucional, sua efetiva implementação depende da disponibilização das condições materiais para que isso ocorra. Quem financia, o quanto financia e como se financia o sistema de saúde é o que determina o alcance em maior ou menor medida dos seus objetivos. Certamente, o financiamento do SUS é um dos pontos que mais suscita debate, desde a sua criação até os dias atuais, dada a histórica instabilidade para que seja assegurado. A CF/88 definiu que o SUS seria financiado com recursos do Orçamento da Seguridade Social, da União, dos estados, do distrito Federal e dos municípios. Chegou-se a prever no texto constitucional que a saúde seria financiada com 30% do Orçamento da Seguridade Social, o que não foi de fato cumprido. Com a EC-29, verificou-se aumento nos gastos, principalmente dos municípios, como pode ser verificado no gráfico ao lado5. - EC-29/200= A aprovação da EC-29/2000 fez com que permanecesse em aberto a definição de quais despesas poderiam ser consideradas como gastos em saúde. Isso deu margem para que o efetivo cumprimento da Emenda fosse questionado, pois, em certos casos, foram computados gastos alheios à saúde, tais como despesas com inativos, saneamento, habitação e merenda escola. A EC-29/2000 foi regulamentada pela Lei Complementar nº https://www.saiteava.org/repocursos/qualificacao_dos_processos_de_trabalho_na_ABS/EDUCSAITE/programa_2/modulo-1/infografico-participacao-setor-privado/build/?lti_url=https%3A%2F%2Flti.saiteava.org%2Fapi<ik=eyJhbGciOiJIUzI1NiIsInR5cCI6IkpXVCJ9.eyJwbGF0Zm9ybVVybCI6Imh0dHBzOi8vc2FpdGVhdmEub3JnIiwiY2xpZW50SWQiOiJwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUiLCJkZXBsb3ltZW50SWQiOiIzIiwicGxhdGZvcm1Db2RlIjoibHRpYUhSMGNITTZMeTl6WVdsMFpXRjJZUzV2Y21kd2NGbDNaWE0zV0dSc1RWRkVRVlV6IiwiY29udGV4dElkIjoiaHR0cHMlM0ElMkYlMkZzYWl0ZWF2YS5vcmdwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUzMjRfMTMyIiwidXNlciI6IjE0NjA0MCIsInMiOiI5YmUzNGE0ZTNhYTgwMzU4NGM2ZjlhMzIyMTE4NDFmZjEyNmFlZjQ1MmFmYzBiZDkxMCIsImlhdCI6MTYyOTg0ODMzOH0.iyig-14Z7ulVDVhp1ouLvTE7hJ9v0IybZ7chPLxElXo Rosileide Oliveira 141/2012, a qual definiu o que poderia ser considerado como ações e serviços de saúde, vedando a aplicação de recursos em outras áreas. Além disso, também regulamentou a aplicação dos recursos e os mecanismos de repasses entre união, estados e municípios. A LC-141/2012 afirmou, ainda, que a alocação de recursos deve ter como critério as necessidades de saúde, devendo estar vinculada aos planos de saúde (instrumento de planejamento da gestão pública de saúde)4. Com a Lei nº 141/2012, o gasto mínimo da União passou a ter como referência o gasto do exercício anterior, acrescido da variação do PIB. De onde vem o financiamento do SUS O financiamento do SUS se origina de impostos e contribuições que a sociedade destina ao Estado, nos níveis federal, estadual e municipal. Os recursos destinados ao SUS são fiscalizados pelos seguintes órgãos: Tribunais de Contas da União (TCU) Tribunais de Contas do Estado (TCE) Tribunais de Contas do Município (TCM) Controladoria-Geral da União (CGU) Poder Legislativo Órgãos de controle interno Conselhos de Saúde Um dos grandes impasses do financiamento é o reconhecimento inequívoco de que ele é incompatível com o caráter universal do SUS. O Brasil é o único país com sistema público universal cujo gasto público é inferior ao privado. O investimento público em saúde corresponde a 4% do PIB. Países com sistemas similares gastam, em média, 8% do PIB. Atualmente, o financiamento da saúde também é orientado pelo novo Regime Fiscal, regido pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016 (EC-95/2016), que estipulou um teto para a despesa primária da União e o congelamento dos gastos com saúde em valores reais de 2016, por um período de vinte anos. Com a EC-95, houve uma tendência ao agravamento do quadro de subfinanciamento do SUS, em comparação com países com sistema público universal. https://www.saiteava.org/repocursos/qualificacao_dos_processos_de_trabalho_na_ABS/EDUCSAITE/programa_2/modulo-1/infografico-participacao-setor-privado/build/?lti_url=https%3A%2F%2Flti.saiteava.org%2Fapi<ik=eyJhbGciOiJIUzI1NiIsInR5cCI6IkpXVCJ9.eyJwbGF0Zm9ybVVybCI6Imh0dHBzOi8vc2FpdGVhdmEub3JnIiwiY2xpZW50SWQiOiJwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUiLCJkZXBsb3ltZW50SWQiOiIzIiwicGxhdGZvcm1Db2RlIjoibHRpYUhSMGNITTZMeTl6WVdsMFpXRjJZUzV2Y21kd2NGbDNaWE0zV0dSc1RWRkVRVlV6IiwiY29udGV4dElkIjoiaHR0cHMlM0ElMkYlMkZzYWl0ZWF2YS5vcmdwcFl3ZXM3WGRsTVFEQVUzMjRfMTMyIiwidXNlciI6IjE0NjA0MCIsInMiOiI5YmUzNGE0ZTNhYTgwMzU4NGM2ZjlhMzIyMTE4NDFmZjEyNmFlZjQ1MmFmYzBiZDkxMCIsImlhdCI6MTYyOTg0ODMzOH0.iyig-14Z7ulVDVhp1ouLvTE7hJ9v0IybZ7chPLxElXo
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