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TERAPIA-COMPORTAMENTAL-INFANTIL-2

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 TERAPIA COMPORTAMENTAL NA INFÂNCIA ......................................... 4 
3 FUNDAMENTOS DA TCC NO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS ............... 7 
4 AVALIAÇÃO DA TCC NA INFÂNCIA ........................................................ 10 
5 INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS ....................................................... 133 
5.1 TÉCNICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PENSAMENTOS E 
SENTIMENTOS ................................................................................................... 133 
5.2 TÉCNICAS PARA PSICOEDUCAÇÃO .............................................. 15 
5.3 TÉCNICAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ............................... 17 
5.4 TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS .................................................... 18 
5.5 TÉCNICAS COGNITIVAS ................................................................ 200 
5.6 O PAPEL DA FAMÍLIA E DOS PAIS ................................................ 211 
6 TRABALHANDO COM OS PAIS ............................................................ 233 
6.1 TREINO DE PAIS ............................................................................. 245 
7 TRABALHANDO COM A CRIANÇA ....................................................... 278 
7.1 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA TCC ......................... 2828 
8 LUDOTERAPIA COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
 345 
8.1 O PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL ..................... 412 
8.2 A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA................................................. 412 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS .......................................................... 445 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI , esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 TERAPIA COMPORTAMENTAL NA INFÂNCIA 
 
Fonte: posgraduacao.br 
A terapia infantil é uma terapia psicológica destinada a ajudar as crianças. 
Levando em consideração as necessidades particulares e aspectos especiais das 
crianças, possui recursos lúdicos que auxilia se aproximar do mundo infantil. Tem 
como referência a dor da criança e tem como objetivo ajudá-la a encontrar uma forma 
de se sentir melhor. Existem muitos motivos pelos quais um pai ou responsável 
procura tratamento para uma criança. 
A descoberta de que uma criança com dificuldades emocionais está tentando 
resolver o problema em seu ambiente difere da simples visão de que ela criará outro 
problema, o que nos leva a um ponto importante da psicoterapia comportamental 
infantil, ou seja, os três elementos serviço modelo. Os pais participam do processo de 
tratamento da criança por meio da reunião de orientação. 
Em tais encontros, os pais aprendem formas alternativas de ajudar o filho, bem 
como passam a entender o que ocorre no contexto familiar e o que poderia estar 
gerando ou mantendo o problema. 
 
5 
 
Percebe - se, neste modelo, que todo ambiente no qual a criança interage deve 
ser considerado e também ser foco de intervenção. Neste sentido, pode-se orientar, 
inclusive, outros familiares e a escola. 
A principal diferença entre a terapia de adulto e a infantil talvez esteja na busca 
constante do terapeuta comportamental infantil por procedimentos alternativos ao 
relato verbal, para obter informações sobre as variáveis que controlam o 
comportamento da criança. Enquanto na terapia de adultos os clientes podem 
descrever seus comportamentos e relatar seus sentimentos, na terapia infantil o 
repertório verbal da criança para descrever seus sentimentos e falar de suas 
lembranças pode ser restrito e dificultar o caminho do terapeuta no estabelecimento 
do contato da criança com as variáveis que interferem em seus comportamentos e 
sentimentos (Kohlenberg & Tsai, 2001 apud Gadelha Y 2004). 
Por meio do relacionamento sincero com a criança, o terapeuta inicia o 
processo de mudança de comportamento no consultório, com o objetivo de tornar 
esse progresso universalmente aplicável ao ambiente natural da criança. Dessa 
forma, ela terá um bom desempenho em todos os aspectos da vida. 
A infância nem sempre significa um momento sem inquietações e dores. Não é 
incomum que as crianças venham ao consultório psicológico quando encontram 
problemas que vão além da compreensão de seus pais e da escola. Como todos 
sabemos, a dificuldade é um desafio inerente ao crescimento, mas é preciso prestar 
atenção aos sinais de que o problema pode prejudicar o desenvolvimento normal. 
Normalmente, a morte de parentes, a separação dos pais, as mudanças na 
cidade e a chegada de irmãos mais novos é o bastante para causar sofrimento aos 
filhos. Atritos cotidianos, desobediência e agressão vão corroer o relacionamento 
entre pais e filhos e criar um círculo vicioso de agressividade e culpabilização. Nesse 
caso, muitos pais procuram terapia comportamental para crianças. 
A psicoterapia cognitivo-comportamental tem como objetivo desenvolver um 
meio para as crianças lidarem com o mundo ao seu redor de uma forma saudável. 
Comprometida em ajudar as famílias a interagir e participar de todos os processos de 
aprendizagem que as crianças vivenciarão e a promover um bom relacionamento 
entre pais e filhos. 
 
6 
 
Normalmente, quando pais, professores e familiares observam 
comportamentos disfuncionais frequentes, como morder um cachorro, gritar, chorar, 
destruir objetos, chutar, empurrar, mentir ou roubar, eles farão recomendações 
Outras crianças chegam porque têm dificuldade em fazer amigos, são muito caladas, 
tímidas, ansiosas, demasiado tristes ou acelaradas. A psicoterapia cognitivo-
comportamental para crianças também pode ajudar crianças com doenças graves, 
desobediência aos pais, obesidade, enurese noturna, distúrbios de aprendizagem ou 
atenção. 
 
Fonte:casulepsicologia.com 
Durante o processo de tratamento, os cuidados serão prestados de forma sutil 
e lúdica, para que as crianças possam relaxar através de atividades adequadas à sua 
idade (como pintura, desenho, jogos e histórias) de forma a estabelecer uma relação 
afetiva e de confiança entre os crianças e terapeuta. Os encontros dão a ela a 
oportunidade de falar sobre seus medos, desejos, pensamentos e sentimentos, e 
possibilitam ao terapeuta observar seu comportamento e desenvolver novas 
habilidades comportamentais na criança. O trabalho do terapeuta em psicoterapia 
cognitivo-comportamental infantil se estende a membros da família e escolas. 
No processo de aprendizagem, o relacionamento entre a criança e as pessoas 
ao seu redor é muito importante. Isso significa que para mudar o comportamento da 
criança, a família e as pessoas ao seu redor também precisam mudar. 
 
7 
 
Nesse processo, os pais fazem parte do foco de intervenção, sua tarefa é 
observar o ambiente em que ocorre o comportamento da criança e suas 
consequências, buscar estabelecer uma relação funcional paradiscussão com a 
terapeuta e observar sua própria situação, e compreender de que forma os pais 
podem ajudar a resolver problemas. 
Uma infância sadia é fundamental para o desenvolvimento integral dos adultos. 
Diante das muitas mudanças sociais e familiares que enfrentamos hoje, os adultos 
devem estar atentos às necessidades psicológicas de seus filhos. Dadas as 
dificuldades, o processo de tratamento pode ser um excelente aliado para salvar a 
saúde mental das crianças e a estreita relação entre pais e filhos. 
3 FUNDAMENTOS DA TCC NO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS 
Nos últimos anos, o tratamento psicológico de crianças sempre foi uma área de 
preocupação, especialmente no campo da promoção e prevenção. Com efeito, 
recentemente o tratamento psicológico de crianças e adolescentes não é apenas visto 
como um meio de tratamento, mas também principalmente como um meio de 
prevenção de doenças mentais e promoção da saúde. Além desses fatos, existe uma 
campanha de defesa e valorização do diagnóstico na primeira infância, com o objetivo 
de tratar e prevenir doenças mentais de forma mais eficaz na vida adulta. 
A Terapia Cognitivo Comportamental tem alavancado seus estudos com 
relação ao tratamento infantil e tem mostrados resultados satisfatórios. 
A finalidade da TCC é conseguir flexibilidade e reunificação do modelo 
patológico das elaborações das informações, pois pressupõe que determinadas 
situações ou fatos não cause sofrimentos às pessoas, mas a significação equivocada 
e rigorosa dos mesmos. Já é possível encontrar evidências científicas na literatura de 
que esse tipo de terapia se demonstra eficiente no tratamento de muitas necessidades 
psiquiátricas e psicológicas. 
Tal embasamento teórico de orientação clínica visa principalmente o 
atendimento ao adulto, pois as primeiras técnicas aplicadas necessitavam do 
indivíduo um nível de maturidade cognitiva. 
No entanto, a partir dos anos oitenta, os trabalhos referentes à psicoterapia cognitivo-
comportamental para crianças e adolescentes começaram a crescer e a apresentar 
 
8 
 
maior consistência, o que pode estar relacionado ao modelo construtivista na linha de 
estudo da TCC, enfatizando a iniciativa e o papel dinâmico do indivíduo na 
experiência. Esses métodos ocupam a importância de intervenções interpessoais com 
foco na emoção e na elaboração do entendimento. 
 
 
Fonte: rbtc.org.br 
Com a evolução dos estudos relacionados à terapia cognitivo-comportamental, 
observou-se a importância de elucidar as formas como as emoções se adaptam, 
aumentando o conhecimento e a performance da TCC no atendimento à crianças e 
adolescentes. 
A dificuldade de vislumbrar a aplicabilidade da TCC em crianças acabou 
gerando uma série de "mitos" sobre sua realização, que costumam dificultar a 
disseminação dessa abordagem teórica e o acesso dessas ao processo terapêutico. 
Dos mitos sobre a aplicação da TCC m crianças, pode-se dizer: 
 
9 
 
 
Fonte: rbp.celg.org.br 
De maneira oposta do que se pensa com relação a aplicação da TCC em 
crianças, tal abordagem muito se assemelha à metodologia aplicada com adultos. 
Destaca-se especialmente, por exemplo, a focalização no presente, o propósito de 
modificar a estrutura cognitiva e os comportamentos, promovendo encontros 
estruturados, entre outras coisas. No entanto, a abordagem a crianças e adolescentes 
difere nos tipos de intervenções realizadas, que se basearão na criação de linguagem 
(geralmente não verbal) para acessar as funções cognitivas de crianças e 
adolescentes. 
Ademais, existem outras diferenças no tratamento das crianças, como a 
intervenção dos pais, que geralmente inclui uma grande parte, às vezes até uma parte 
maior do tratamento. Desta maneira, o foco das intervenções em TCC com crianças 
e adolescentes, além de focar na ativação e compreensão das emoções (que para os 
 
10 
 
jovens são difíceis de distinguir do pensamento), também devem trabalhar no 
pensamento adaptativo e não adaptativo. 
4 AVALIAÇÃO DA TCC NA INFÂNCIA 
 
Fonte:psicologavalinhos.com 
Questões relacionadas à emoção e comportamento podem prejudicar o bem 
estar e o crescimento do indivíduo. Compreender o funcionamento do indivíduo em 
questão nos diversos momentos e situações, conseguir evidenciar as dificuldades e 
consequências que este enfrenta no seu dia-a-dia são umas das percepções que o 
terapeuta precisa ter, já que a cognição tem papel ativo nas dificuldades emocionais 
enfrentadas pelo indivíduo, neste caso a criança. Importante salientar que a atenção 
focalizada e o direcionamento da Terapia cognitivo-comportamental, necessitam de 
uma avaliação diagnóstica apropriada. 
São os pais, ou pessoas relacionadas aos cuidados para com a criança, que 
normalmente dão o primeiro passo quando se identifica a necessidade de tratamento 
para estas. A entrevista de anamnese é um instrumento indispensável, pois por meio 
deste é possível compreender a criança num todo e realizar elaboração de um 
atendimento estruturado. 
As crianças frequentemente precisam de outras formas para expressar seus 
sentimentos que não a verbal, para obter os ganhos que essa expressão significa para 
o desenvolvimento da terapia. Essas outras formas de expressão incluem desenhar 
ou contar histórias, fantasiar, imaginar e interpretar situações, usar bonecos e jogos, 
pinturas, colagens, argila, massa plástica de modelagem, música, entre outros 
instrumentos que caracterizam uma situação natural para a criança e um ambiente 
livre de censura para a exposição de seus sentimentos. O uso desses instrumentos 
depende de um esforço do terapeuta infantil em identificar quais deles são úteis para 
 
11 
 
proporcionar a identificação de importantes variáveis de controle sobre o 
comportamento da criança (Regra, 2000 apud Gadelha Y, 2004). 
A atuação clínica da TCC mostra que quanto mais completas são as 
anamneses de crianças e adolescentes, melhor é o planejamento e o manejo dos 
casos. Nessa etapa da avaliação infantil, podem ser utilizados escalas e questionários 
que devem ser respondidos pelos pais ou, pela própria criança, educador ou outro 
profissional que tenha contato direto com a mesma. Estritamente, na avaliação de 
crianças em acompanhamento pela TCC, os dados relacionados à história pregressa 
da criança devem ser investigados - gravidez, puerpério, doenças maternas e outras 
complicações - e as condições em que se desenvolve - desenvolvimento neuromotor 
e linguagem da criança, Dieta, hábitos e história familiar (saúde, economia, condições 
ocupacionais, crenças religiosas e outros. A compreensão de como é a relação da 
criança com seus pais, irmãos e outros membros da família é imensamente válido 
para construir hipóteses diagnósticas para o caso. 
A vida escolar (no caso de a criança já frequentar a escola) também deve fazer 
parte da avaliação da criança, porque o desempenho acadêmico e o relacionamento 
com os colegas oferecem dados que podem ser particularmente úteis neste processo. 
 
Fonte: Fonte: tudosobrexanxere.com 
A análise do campo cognitivo das crianças e adolescentes bem como, da forma 
de se comportar em variados ambientes, como a escola, da relação que estas têm 
com as figuras que desempenham papel de autoridade, a maneira como reagem às 
normas impostas, são pontos importantes para a análise. A anamnese realizada com 
afinco e cuidado e a avaliação do contexto desde o início de seu desenvolvimento são 
imprescindíveis para a identificação dos sintomas e como estes evoluem. Assim o 
terapeuta poderá levantar hipóteses e as técnicas a serem utilizadas durante o 
processo. Para a terapia cognitivo-comportamental esse enredo é fundamental para 
 
12 
 
a melhor compreensão e estruturação de como acontecerá a terapia. Essa 
conceituação proposta pela TCC elucida pontos diversos e importantes, tanto no 
atendimento a adultos quanto a crianças e adolescentes, levando em conta sempre, 
no casodestes últimos, suas singularidades, o momento de seu desenvolvimento e o 
ambiente o qual está inserida. 
 
Fonte: psicoterapiacomportamentalinfantil.com 
 A terapia cognitivo-comportamental tem seu foco na causa das dificuldades 
relacionadas à emoção e comportamento, portanto algumas regras são usuais 
durante a conceituação cognitiva. Geralmente, esses protocolos buscam englobar, 
essencialmente, as seguintes solicitações: 
• Detectar as complexidades atuais da criança; 
• Acontecimentos relevantes da infância; 
• As observações das crianças sobre si mesmas e sobre os outros e as 
opiniões da família sobre as crianças, como o objetivo de identificar o 
funcionamento desta interação familiar, desde suas crenças, emoções 
as reações às diversas situações. 
Além de permitir que as crianças informem sobre seus sentimentos e 
descrevam comportamentos e eventos importantes, as brincadeiras dirigidas 
permitem que elas aprendam respostas alternativas a seus comportamentos 
disfuncionais ou indesejáveis como bater, gritar, xingar, chorar e tremer. O brinquedo 
é um instrumento do processo de aprendizagem e brincar é uma possibilidade de 
aprender a se comportar adequadamente frente a determinados estímulos. Por meio 
da brincadeira, a criança analisa seu próprio comportamento, ficando ciente das 
contingências que o determinam e, a partir daí, pode alterar sua relação com o 
ambiente. O uso da fantasia e da brincadeira leva a criança a encontrar alternativas 
de comportamentos, inicialmente para os personagens de suas brincadeiras e depois 
 
13 
 
para as situações de sua vida (Guerrelhas, Bueno & Silvares, 2000 apud Gadelha Y, 
2004). 
Os programas de conceituação cognitiva das crianças devem ser revistos e 
reavaliados ao longo do processo de psicoterapia, pois é uma linha de atendimento 
nova e em constante evolução, elevando para além a importância desta. Para alguns 
pesquisadores as diversas formas de apresentação das emoções e a habilidade de 
resolução dos problemas em suas variadas apresentações são pontos essenciais de 
estudo na TCC, o foco fixa-se nas dificuldades atuais dentro do campo das emoções 
e do comportamento, tal aplicação é determinante para a condução do processo. Se 
tratando do atendimento infantil, técnicas lúdicas como desenhos, jogos auxiliarão no 
diagnóstico. 
É relevante observar que a maneira como o terapeuta terá acesso ao cognitivo 
de cada indivíduo ocorrerá de modo particular, de acordo com suas características 
especificas. Por tanto deverá contar com um leque instrumental variado para o 
atendimento infantil. 
 
5 INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS 
5.1 Técnicas para identificação de pensamentos e sentimentos 
As emoções iniciam seu desenvolvimento desde os primeiros contatos, olhares 
entre a criança e sua mãe e demais pessoas ao seu redor, o que produzirá modelos 
característicos e afetando a formação da personalidade. Independente do diagnóstico 
da criança, é relevante que ela saiba reconhecer suas próprias emoções e as das 
outras pessoas, pois isso pode interferir nos tipos de relacionamento que se 
estabelecerão ao longo de sua vida. As emoções são uma mistura de sentimentos 
subjetivos e estados fisiológicos. Todos experimentam e expressam emoções de 
maneiras diferentes. Embora as emoções sejam respostas subjetivas pessoais, elas 
são na verdade as mesmas em todas as culturas do mundo. 
A literatura ressalta a importância de incorporar no tratamento psicoterápico os 
protocolos baseados em evidências, sempre com flexibilidade, respeitando os 
problemas específicos de cada criança e suas famílias. Destaca-se a importância de 
 
14 
 
junto com a ciência haver espaço para a arte do encontro humano, com empatia e 
disposição (PETERSEN, WAINER, 2011 apud Silva A; 20017). 
O baralho das emoções é uma ferramenta eficaz na identificação e 
compreensão das emoções, este jogo apresenta as diversas expressões das 
emoções, incluindo as emoções primárias, o amor, a raiva, a alegria, a tristeza, o 
medo, o nojo. Essas emoções se transformarão em emoções mais complexas no 
decorrer do desenvolvimento das crianças. 
. Outro método que pode ser usado para ajudar as crianças a reconhecer 
emoções e pensamentos é uma técnica chamada "relógio de pensamento". O relógio 
é confeccionado ao longo da sessão em companhia do paciente, e no lugar dos 
números o paciente desenhará pequenas faces caracterizando as emoções. A 
proposta é auxiliar a criança a descobrir e compreender seus sentimentos e mostrar 
a ela que as emoções passam bem como as horas. Através dos ponteiros, a criança 
pode manifestar seu sentimento naquele momento, e o terapeuta pode auxiliá-la a 
descobrir que pensamentos a fazem sentir-se assim. 
 
Fonte: mariadocarmo.psc.br 
Ao trabalhar com crianças, sua idade e estágio de desenvolvimento devem ser 
considerados na escolha do método ou intervenção mais apropriada. Crianças 
pequenas usualmente não correspondem de modo favorável a perguntas ou assuntos 
diretivos. Em vista disso, para que essas crianças consigam desvendar suas 
emoções, pode-se usar Técnicas de Elaboração de Histórias. Tais histórias precisam 
ser semelhantes com o ensejo vivenciado pela criança, o qual está acarretando certas 
emoções no seu dia a dia. Os integrantes da história podem ser animais ou quaisquer 
personagens que não se associe diretamente à criança. 
 
15 
 
Dessa forma, a criança consegue se identificar com a situação e o personagem, 
podendo dizer, mesmo que indiretamente, o que está sentindo ou mesmo pensando. 
5.2 Técnicas para psicoeducação 
A psicoeducação tem a finalidade importante de nortear o paciente quanto ao 
seu desempenho, diagnóstico, sinais e sobre o próprio acompanhamento, 
favorecendo o processo de mudança. 
Na terapia infantil, a técnica da psicoeducação é geralmente usada com os pais 
e com a própria criança, no entanto a maneira como será realizada deve levar em 
consideração a idade e o desenvolvimento do paciente. Para crianças pequenas, 
pode-se usar a psicoeducação indireta, isto é, por meio de metáforas, histórias ou 
personagens que não as mencionam diretamente. 
Por exemplo, para comportamento agressivo, é possível usar a metáfora do 
Super-Herói Incrível Hulk, distinguindo, em companhia da criança, o sentimento de 
raiva, de que forma aparece no corpo e como reage quando se sente assim. Do 
mesmo modo é possível usar a Metáfora do Vulcão, que “simboliza” o corpo humano, 
e a lava representa a raiva, porque o vulcão começa a aquecer até que entra em 
erupção, transbordando a lava que dentro dele estava. 
 
Fonte: revistacrescer.globo.com 
O hábito de contar com histórias é um fenômeno comum na infância, que 
permite às crianças se sentirem à vontade ao processar e falar sobre contos e 
 
16 
 
histórias. As histórias “De minha boca saem cobras e lagartos", por exemplo, retratam 
sobre um menino que vai sendo tomado por cobras e lagartos que despontam de sua 
boca a todo momento, acarretando no afastamento das pessoas ao seu derredor. 
Por meio dessa história, pode ser aplicada a psicoeducação da agressividade, 
dos sentimentos do menino e da consequência que seus comportamentos têm frente 
outras crianças. 
Uma Psicoeducação Diretiva pode ser igualmente útil com crianças, desde que 
preserve a natureza lúdica da infância. 
A psicoeducação é uma intervenção psicoterapêutica a qual tem como objetivo 
enfocar mais as satisfações e ambições relacionadas aos objetivos almejados pelo 
paciente do que uma técnica voltada para curar determinada doença (Authier, 1977). 
Segundo o autor, a psicoeducação propiciou uma maneira de auxiliar o tratamento 
das doenças mentais a partir das mudanças comportamentais, sociais e emocionais 
cujo trabalho permite a prevenção na saúde. Dessa forma, a psicoterapia iniciou um 
processo de ter um caráter também educativo tanto para o paciente quanto para seus 
cuidadores cujo objetivo é ensiná-lossobre o seu tratamento psicoterápico para que 
possam ter consciência e preparo para lidar com as mudanças a partir de estratégias 
de enfrentamento, fortalecimento da comunicação e da adaptação (Bhattacharjee et 
al., 2011). Assim, a maneira mais efetiva para auxiliar as pessoas é ensiná-las a se 
ajudarem, propiciando conscientização e autonomia (Authier, 1977). 
 
 
Fonte: Fonte: slideplayer.com 
 
17 
 
5.3 Técnicas para solução de problemas 
Essa técnica é comumente utilizada na TCC com adultos, esta envolve a 
especificação de problemas para projetar soluções viáveis, e selecionar soluções a 
partir deles e, em seguida, implementar e avaliar sua eficácia. Considerando que 
durante a fase do desenvolvimento, as crianças começam a aprender a resolver 
problemas de diferentes complexidades, e muitas vezes encontram dificuldades na 
solução desses problemas, esta técnica pode ser adequada para elas. 
 
Fonte: pt.depositphotos.com 
Dentre as técnicas aplicáveis às crianças, está a “máscara do herói”, onde o 
paciente seleciona um herói, que pode ser um personagem, uma celebridade, ou 
mesmo um pai e professor, e então cola o personagem do herói na máscara. Ao 
colocar uma máscara e "se tornar" um herói, a criança começa a olhar para o problema 
de outro ângulo e se sentir fortalecida. O terapeuta a encoraja a explorar todas as 
alternativas para seu problema e escolher a melhor solução. Como um herói, as 
crianças podem questionar crenças disfuncionais e perceber os recursos que dispõe 
para lidar com essa situação, gerando autoconfiança. O sistema reflexivo realiza uma 
série de operações cognitivas para analisar, expandir, comparar e avaliar o conteúdo 
da consciência. A exemplo, pode-se citar a organização dos pensamentos, o 
autoquestionamento contínuo, a análise lógica e o processo de resolução de 
problemas. O autoquestionamento contínuo, em especial, demonstra ser 
indispensável para o momento de ponderação. 
 
18 
 
5.4 Técnicas comportamentais 
Os métodos comportamentais são amplamente utilizados no tratamento de 
crianças e adolescentes, pois de acordo com a idade e necessidades das crianças, 
pode ser mais difícil para as crianças prestar atenção e monitorar sua cognição do 
que os adultos, se mostrando mais interessante o uso de intervenções 
comportamentais. Nesta perspectiva os métodos comportamentais diminuem a força 
e constância dos comportamentos desestruturados e ampliam os comportamentos 
pretendido. 
 
Fonte: apc-coimbra.org.pt 
Em meio as variadas técnicas utilizadas na TCC, as técnicas de relaxamento 
são eficazes em muitos casos, ainda mais se tratando de ansiedade, pois auxiliam 
também nos aspectos fisiológicos apresentados pela ansiedade. A técnica de 
relaxamento progressivo é aplicada em crianças de maneira adaptativa. Técnica esta 
que levam os pacientes a contrair e repousar os músculos e uma só vez. Lembrando 
que sua aplicação com crianças deve acontecer e comum acordo com a mesma. 
Alguns ajustes como idealizar o corpo enrijecido como um robô, depois amolecido 
como um boneco de pano, na sequência solicitar a criança que descreva qual 
sensação teve em cada uma das vezes. 
A técnica de respiração diafragmática é também utilizada no processo de 
relaxamento. Sua aplicação propõe que a respiração (inspirar, expirar) seja realizada 
de forma lenta e profunda. A espuma de sabão pode ser usada com crianças, pois 
para que a espuma se forme deve ser soprada lentamente, o que ajuda a regularizar 
a respiração e eliminar os sintomas físicos causados pela ansiedade. Sua utilização 
 
19 
 
em crianças que não toleram frustração, o que pode produzir irritação e raiva, tem o 
efeito de redução dos sintomas. 
 
Fonte: terapiaempauta.blogspot.com.br 
A exposição gradual é uma técnica amplamente usada em adultos ansiosos 
que visam atingir metas, mas não conseguem sentir a capacidade. É indispensável 
no tratamento de crianças com vários tipos de transtornos de ansiedade. Nesse caso, 
o uso de metáforas também pode ajudar as crianças a participarem da técnica. 
Primeiro, defina a meta, depois demarcar a meta em “passo a passo” e explique para 
a criança, por exemplo, como uma escada, ela vai subindo gradativamente até chegar 
ao topo, ou mesmo se for um videogame, ela deve vencer o desafio em cada estágio. 
Junto com o paciente, o nível de dificuldade é estabelecido. A cada etapa atingida, o 
terapeuta deve encorajar o paciente e incentivá-lo a continuar o tratamento. 
A técnica economia de fichas tem a proposta de aumentar os comportamentos 
adequados (comportamento-alvo) através da concentração. 
O método opera de modo a somar pontos e recompensas, onde o 
comportamento esperado é destacado em primeiro lugar. Deve-se começar com 
alguns comportamentos, de um a três de acordo com a idade, e então determinar 
alguns pontos para cada comportamento. Cada vez que uma criança envia um 
comportamento positivo, obterá um ponto positivo, levando à recompensa. 
O terapeuta determinará quantos pontos mínimos ela deve coletar a cada 
semana para poder trocar recompensas pré-estabelecidas. Toda recompensa 
também tem um valor diferente. Portanto, quanto mais fichas ela coletar, melhor será 
a recompensa. Lembre-se, é sempre importante não recompensar com alimentos, 
 
20 
 
dinheiro ou qualquer ativo com alto valor financeiro. De preferência que sejam 
atividades de lazer preferivelmente junto à família. 
 
Fonte: psiterapeutico.com 
5.5 Técnicas cognitivas 
Cada vez mais as técnicas cognitivas estão se desenvolvendo e sua 
aplicabilidade em crianças ganhando destaque e resultados positivos e concretos. 
Existem muitas técnicas utilizadas com crianças, a exemplo a analogia do semáforo, 
que sugere que as crianças aprendam, a evidenciar e caracterizar seus pensamentos, 
sendo sinal vermelho para pensamentos negativos, amarelo para os que cabem 
reflexão, verde para aqueles que promovem bem-estar, felicidade. 
No arsenal teórico é possível encontrar diversas técnicas lúdicas, que auxiliarão 
no processo terapêutico, uma vez que ajudam as crianças na compreensão de seus 
pensamentos disfuncionais e a modificá-los para funcionais. Há também as que 
auxiliam na tomada de decisões, a exemplo a técnica da balança das vantagens e 
desvantagens. 
 
 
Fonte: revistacrescer.globo.com 
 
21 
 
5.6 O papel da família e dos pais 
Os pais frequentemente procuram tratamento para seus filhos, a fim de buscar 
orientação sobre como ajudá-los a superar problemas ou medos. Os pais são modelos 
muito importantes na vida dos filhos. Os pais com pensamentos e crenças adaptativas 
podem encorajar seus filhos a enfrentar situações difíceis de uma forma positiva e 
prática, o que é de grande ajuda na redução dos sintomas de ansiedade. O 
relacionamento interpessoal e o ambiente social da criança, incluindo pares e 
membros da família, devem ser considerados no desenho e no resultado do 
tratamento e devem fazer parte do tratamento. Problemas na relação pais-filhos 
podem afetar o desempenho e a manutenção do comportamento desadaptativo da 
criança, portanto, o envolvimento dos pais no tratamento é um componente lógico e 
não deve ser reduzido. 
Soluções eficazes são o resultado de muito trabalho e tempo, portanto, as 
ideias podem ser usadas ativamente. Portanto, é importante trabalhar com a família e 
os pais, pois este é o primeiro modelo de aprendizagem da criança. Atuar em 
psicoterapia infantil é inconcebível sem se trabalhar com os adultos, pois as 
dificuldades das crianças dão-se com maior constância fora da terapia do que na 
sessão. Para mudar o ambiente da criança, os pais devem estar conectados ao 
terapeuta. Se os pais e o terapeuta não trabalharem no mesmo "plano de jogo", a 
criança receberá sinais confusos e o efeito da intervenção será reduzido. 
No tratamento de crianças, os pais podem ser conselheiros, colaboradores ou 
"co-pacientes". Como consultores,eles trazem informações passadas e atuais e são 
capazes de fornecer várias respostas importantes durante o processo de tratamento. 
Como colaboradores, participam da terapia com o objetivo de cooperar em seu 
comportamento e atividades relacionadas. Os pais, como "co-pacientes", participam 
do tratamento de seus filhos como na terapia familiar, e participam de algumas 
intervenções especiais (como treinamento para pais) sobre como lidar com os 
sintomas apresentados por seus filhos. O primeiro procedimento para trabalhar com 
os pais na TCC com crianças e adolescentes é a psicoeducação, que é realizada por 
meio de discussões e leituras sobre tratamento e desenvolvimento infantil. Os pais 
têm a oportunidade de discutir as preocupações sobre seus filhos e fornecer-lhes 
informações úteis sobre doenças ou problemas e tratamentos. Ademais, o terapeuta 
também orientará e fornecerá maneiras específicas de ajudar os pais a auxiliarem os 
 
22 
 
filhos na resolução dos problemas. As questões levantadas são definidas em termos 
que os filhos e os pais possam compreender, proporcionando-lhes uma sensação de 
esperança e controle. Os pacientes aprendem as habilidades de mudança pessoal: 
identificar e decidir sobre comportamentos específicos a serem mudados; avaliar seu 
nível atual de funcionalidade no campo e determinar os gatilhos e as consequências 
potenciais de seu comportamento. A TCC também se baseia no uso e em contratos 
orais ou escritos por meio dos quais os pacientes e seus familiares concordam em 
tentar alguns cursos de ação entre as sessões de tratamento. Também se baseia na 
crença de que as atividades extracurriculares das crianças são tão importantes quanto 
suas interações na terapia. 
Desta forma, acredita-se que as mudanças de pensamentos, emoções e 
comportamentos se devam principalmente ao fato de as crianças poderem vivenciar 
novos comportamentos na vida real e não simplesmente no processo de 
aprendizagem. 
Por conseguinte, a TCC envolve excesso de confiança nos deveres de casa e 
exercícios entre as sessões, durante os quais o paciente testará as habilidades 
aprendidas. Por meio desses exercícios adicionais, os pacientes podem obter 
informações sobre suas crenças e comportamentos e podem experimentar uma 
variedade de comportamentos diferentes e maneiras de interpretação de eventos. 
Normalmente, os pais têm muita ou poucas expectativas em relação aos filhos, o que 
pode gerar conflitos. A maioria das queixas de alguns pais está relacionada a 
expectativas ilusórias, pois confundem o comportamento desejável com o 
comportamento aguardado. Tendo como exemplo, é desejável que irmãos interajam 
por horas sem discutir, ficarão desapontados por tentar continuamente impô-las e 
fracassar. Ao avaliar a frequência, intensidade e duração do problema, o terapeuta 
pode discernir se as expectativas dos pais são realistas. 
Uma das funções do terapeuta é verificar o grau de correspondência entre a 
percepção subjetiva dos pais e os dados objetivos. Após esta avaliação, os pais 
aprenderão algumas habilidades para aumentar o comportamento desejado da 
criança e, assim, ensiná-los a atrair um comportamento apropriado. Uma vez que 
muitos pais reclamam que passam muito tempo dizendo a seus filhos o que fazer e o 
que não fazer, o terapeuta pode ensinar aos pais métodos de orientação mais eficazes 
para melhorar a taxa de obediência de seus filhos. A fim de obter consequências 
 
23 
 
positivas ou evitar situações indesejáveis, as ações das crianças são intencionais, 
portanto, o conceito de reforço e punição e quando utilizado deve ser repassado aos 
pais. 
6 TRABALHANDO COM OS PAIS 
O atendimento às crianças requer também intervenção com os pais, que 
acontece em formas e momentos diferentes durante o tratamento, à medida que surge 
necessidade. A faixa etária também é um diferencial, pois a intervenção tem sua 
orientação caraterística à demanda e fase da criança, sendo que em crianças até seis 
anos e idade, o trabalho com os pais relaciona-se à grande parte do processo, e em 
crianças maiores, como um agente fortalecedor do processo. O envolvimento dos pais 
no tratamento das crianças e adolescentes interfere de modo positivo do sucesso do 
mesmo. 
 
 
Fonte: psiconexe.com 
Pois tanto os pais, quanto quem cuida da criança, exercem papéis relevantes 
no processo quando cooperam com o cuidado de crianças ou adolescentes: a 
intervenção-facilitadora está focada principalmente na criança, e a participação dos 
pais é apenas para compreender a atuação do terapeuta com a criança, o que e de 
que forma está sendo realizada - os pais desempenham um papel dinâmico, a fim de 
compreender as intervenções, monitorar e supervisionar a metodologia aplicada e 
apoiar na prestação de cuidados; clientes - foco do tratamento será nas funções 
 
24 
 
cognitivas e comportamentais do pais, e eles serão ajudados a reavaliar seus pontos 
de vista sobre seus filhos e mudar seu comportamento. 
Ressalta-se a importância do vínculo entre o terapeuta e os pais, elemento 
básico e essencial de qualquer cuidado com a terapia cognitivo-comportamental. 
Nesse tipo de atuação é principalmente através dos pais que se obtém dados 
importantes para o desenvolver da terapia, eles agem como promotores das 
transformações na vida da criança, são também responsáveis pelo tratamento no que 
tange a pagamento e atendimentos, já que a criança depende de quem a leve para a 
terapia, e o não estabelecimento do vínculo ou o rompimento deste, é tido como 
principal motivo do abandono do tratamento. 
 
 
Fonte:folha.uol.com.br 
6.1 Treino de pais 
No atendimento a crianças o treinamento de pais é importante e normalmente 
é realizado por profissionais da TCC. No treino de pais o terapeuta investiga, elucida, 
propicia a modificação de aspectos comportamentais e cognitivos dos pais 
relacionados aos filhos. Pois quando os pais compreendem o funcionamento 
emocional e comportamental de seus filhos, bem como o que este funcionamento 
acarreta ao filho, mudam positivamente suas atitudes, de maneira que o 
funcionamento da criança também muda, e de forma mais rápida. 
 
25 
 
O treinamento de pais tem o viés educativo e se propõe direcionar os pais, 
auxiliando-os na identificação de situações problemas e condução das crianças, de 
modo a reduzir prejuízos que estes possam acarretar na qualidade de vida dos filhos. 
Proporcionando aos pais condições de ajudarem seus filhos, gerenciando situações 
específicas e possibilitando a ambos aprender comportamentos mais adaptativos. 
Na prática, identifica que os programas de TP fornecem benefícios para a 
TCC infantil: 
• Capacitar os pais a compreender melhor seu papel no tratamento de 
seus filhos (as); 
• Oportunizam um espaço "apropriado" para que possam trocar 
informações e discutir as dificuldades na criação e educação dos filhos; 
• Proporcionam a transferência de controle do terapeuta para os pais, 
pois, por meio do aprendizado, acabam administrando várias situações 
que envolvem a criança de maneira mais adequada e eficaz. 
Em geral, o programa de TP tem se mostrado eficaz em lidar com situações 
específicas, como comportamentos disfuncionais (tronco, teimosia, comportamentos 
opostos), e proporciona melhor desenvolvimento das habilidades sociais em crianças 
com problemas de relacionamento interpessoal e comportamentais. Ademais, e são 
passíveis de serem aplicadas em diversas condições clínicas, tais como: transtornos 
disruptivos, especialmente o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
(TDAH) e Transtorno Desafiador Opositor (TDO), transtornos de ansiedade, 
transtornos alimentares, transtornos globais do desenvolvimento, dificuldades de 
aprendizagem e dentre outros, incentivando e proporcionando o desenvolvimento de 
habilidades funcionais familiares. 
 
Fonte: eusemfronteiras.com.br 
 
26 
 
O treino de pais é em maioriaaplicado quando se identifica transtornos 
disruptivos, por terem a conotação de auxiliarem os pais a melhor administrar as 
relações familiares e a inspirar habilidades de autoconfiança, comunicação e 
socialização. Tais transtornos geram dificuldades sociais, interferindo de forma 
negativa em todos os ambientes que a criança participa (lar, escola por exemplo), 
sendo motivadores da evasão escolar. O treino de pais pode acontecer nas diferentes 
abordagens, pode ser realizado em grupo, o que é mais frequente, como também 
separadamente, somente os pais e filhos. 
 
 
Fonte: tudobemserdiferente.wordpress.com 
Para a aplicação do treinamento de pais, faz-se necessário seguir alguns 
passos, como análise dos aspectos da criança e sua família, elaboração e exposição 
da proposta para os pais, orientação sobre o funcionamento da criança bem como 
familiar, e estratégias a serem utilizadas. Seu objetivo é a promoção de condutas mais 
adaptativas e positivas para ambos. Ao fim e não menos importante, uma análise geral 
de todo o processo (desafios, impactos). 
 Nesse processo, o terapeuta pode utilizar diferentes ferramentas, como 
escalas, questionários, checklists, entrevistas, etc., além de procedimentos 
específicos que podem ser formulados ou modificados, sendo o mais utilizado o 
modelo de Barkley (1997). No projeto TP, os tópicos mais ocupados incluem técnicas 
de Manejo de Contingências e o Treinamento de Habilidades Sociais, bem como o 
processo de educação psicológica parental. Entretanto, a seleção das técnicas 
 
27 
 
específicas decorre do quadro clínico em questão e dos propósitos do programa, e 
muitas ferramentas apresentam-se à disposição do terapeuta, como estimulação de 
habilidades para Resolução de Problemas, Monitoramento de Comportamentos 
(economia de fichas), Manejo de Ansiedade e Estresse, dentre outros. 
Normalmente, o plano de treinamento dos pais é feito dentro de um período de 
tempo específico, geralmente com um total de 12 aulas, uma vez por semana. Além 
disto, considerando a nova estrutura familiar comum da atualidade, é necessário 
destacar que essas capacitações podem contar com a participação de outros 
membros familiares, como avós, tios e outros diretamente relacionados ao 
comportamento dos filhos, bem como a participação da escola, pois a mudança 
comportamental da criança no meio escolar vem a ser um dos alvos na TCC. 
Assim, os jogos de fantasia são úteis para identificação de variáveis das quais 
um certo comportamento é função e as estratégias lúdicas são instrumentos 
importantes para o sucesso da relação terapêutica com as crianças. Por meio de uma 
atividade lúdica, a sessão terapêutica com a criança se constitui um ambiente rico de 
aplicação de procedimentos comportamentais, como reforçamento de 
comportamentos adequados, extinção de inadequados e modelação (Guerrelhas, 
Bueno & Silvares, 2000 apud Gadelha Y; 2004). 
7 TRABALHANDO COM A CRIANÇA 
 
Fonte: janela-aberta-familia.org 
O atendimento com crianças na terapia cognitivo-comportamental requer um 
cuidado antes de recebê-las em consultório. O espaço físico, a organização da sala, 
a disposição de brinquedos, jogos, uso de argila, tinta, irá favorecer a criança na 
 
28 
 
elaboração dos processos cognitivos, bem como jogos estruturados, brinquedos que 
possibilitarão associação no processo de restruturação cognitiva. 
Conhecer a criança é fundamental para a organização da melhor forma de 
recebê-la, selecionando os materiais que poderão instiga-las no processo, para tanto 
vale frisar sobre a anamnese bem elaborada, que dará dados sobre as preferências, 
histórico médico, ferramentas para a condução do tratamento, desta maneira as 
crianças terão maior compreensão dos encontros. Sobre a participação dos pais, é 
indispensável que estes orientem as crianças a razão da terapia desde o primeiro 
encontro, evidenciando a importância do treino de pais e do vínculo destes com o 
terapeuta. De modo a não deixar a entender pela criança que tais encontros são 
formas corretivas devido algum comportamento por elas praticados, os membros da 
família são inseridos nesta questão. Após o primeiro encontro, a condução dos demais 
encontros ocorrerá de acordo com a necessidade e diagnóstico da criança. 
7.1 Indicações e contraindicações da TCC 
Encontrar evidências sobre a eficácia da TCC é um trabalho que visa testar sua 
aplicação por meio de ensaios clínicos desde o início. Até o momento, a terapia 
cognitiva e a terapia comportamental são as psicoterapias mais realizou avaliações. 
Além disso, a TCC defende a avaliação continuada de um transtorno ou problema 
para definir a eficácia do tratamento e para possibilitar alterações de estratégias de 
tratamento. 
Fatos comprovam que a TCC é eficaz para crianças com transtornos sociais e 
comportamentais, e seu efeito é considerado de moderado a maior, sendo mais 
intenso para crianças antes da puberdade (11 a 13 anos) do que para crianças 
menores. Na atualidade, os transtornos de ansiedade são o foco central da avaliação 
da eficácia da TCC em crianças e adolescentes. Vários estudos ajudaram a 
determinar que a TCC é um tratamento comprovado para a ansiedade em jovens. 
Cada vez mais trabalhos comprovam a eficácia da TCC, o que explica por que esse 
método é considerado o método mais popular nos últimos 20 anos. 
 
 
29 
 
 
Fonte: caentrenospsicologos.com 
Como primeiro método de psicoterapia que considera os problemas 
comportamentais e emocionais dos jovens, a TCC se baseia em uma teoria avaliada 
em metodologias seguras e fundamentadas. 
Raras são as crianças que chegam a terapia por iniciativa própria. São 
geralmente levadas para tratamento, pelos pais ou responsáveis, por causa de 
problemas que elas podem ou não reconhecer que têm. Além disso, como as 
dificuldades psicológicas das crianças podem causar problemas em certos sistemas 
(geralmente em casa ou na escola), elas são frequentemente encaminhadas para 
tratamento. Raramente as crianças iniciam ou terminam o tratamento. Eles podem 
gostar desta terapia e fazer grandes progressos, mas devido a vários motivos, seus 
pais ou responsáveis interromperam a terapia. Em alguns casos, as crianças podem 
até ter receio ou evitar a terapia, no entanto circunstâncias externas (como por 
exemplo, determinação judicial, exigência da escola etc.) podem obriga-las a fazer. 
Mas nenhum caso, a criança controlará o processo. 
O foco da TCC com crianças e adolescentes é o tratamento em seu ambiente 
natural, seja uma família, escola ou grupo de pares. Portanto, se essas questões não 
forem consideradas, o terapeuta "voará às cegas". A participação da família e da 
escola capa para o início, manutenção e promoção bem-sucedida dos resultados do 
tratamento. 
 
 
30 
 
 
Fonte: outsidebrazil.com 
As crianças e seus pais precisam chegar a um certo grau de consenso sobre 
os problemas a serem resolvidos no tratamento. Normalmente, os pais ou professores 
são os primeiros a determinar o problema da criança. Mas é preciso envolver a criança 
para chegar a um acordo sobre o problema a ser resolvido. Dar continuidade com o 
processo antes que as metas sejam determinadas em conjunto pode fazer com que o 
processo de tratamento seja bloqueado. Após a presença de diferentes pontos 
determinantes dos transtornos psicológicos ser reconhecida, é coerente que antes de 
realizar a intervenção terapêutica, deve-se operar meticulosamente com a intervenção 
avaliativa. A razão para conduzir a avaliação comportamental é ter um entendimento 
específico de tais determinantes, de forma que estratégias de mudança possam ser 
formuladas e condições sejam fornecidas para facilitar a avaliação da eficácia das 
intervenções. Além disso, uma avaliação cuidadosa nos dirá os fatores que causam 
distúrbios comportamentais e emocionais em crianças ou adolescentes. 
Além da avaliação familiar, a avaliação também deve incluirentrevistas para 
coletar informações de pais e professores para observar o comportamento de crianças 
ou adolescentes e seus respectivos sintomas físicos e cognitivos. 
Para iniciar o tratamento, um bom diagnóstico deve ser feito, que inclui uma 
avaliação extensa (por exemplo, pediatra, fonoaudiólogo) de diferentes fontes (por 
exemplo, casa, escola e se existem outros profissionais auxiliando a criança ou 
adolescente com informações). 
Para além de variar as fontes, os métodos de inspeção também são 
importantes, incluindo entrevistas com pais, observações de pacientes em reuniões, 
 
31 
 
em casa e na escola, desenhos, textos, ensaios, aplicação de inventário e escalas e 
monitoramento de métodos e atividades diárias. Considerando que o ambiente em 
que as crianças ou adolescentes se inserem é tão importante no conceito de 
comportamento dos transtornos psicológicos, pode-se prever que quanto maiores 
forem as mudanças nos fatores (família, instituição, etc.) que os impactam 
negativamente, mais eficaz será a intervenção. 
Por conseguinte, a família e/ou escola que apoiam o trabalho psicológico, além 
de favorecer uma intervenção ser mais eficaz, também será mais efetiva, quer dizer, 
as mudanças alcançadas serão mais duradouras. 
Orientar o paciente, pais ou responsáveis acerca do formato do tratamento é 
uma etapa fundamental para esclarecer o processo terapêutico e estimular uma 
conduta colaborativa com o processo. É necessário descrever o processo para ambos 
de maneira fácil e acessível. 
A maneira como as crianças e adolescentes interpretam suas experiências 
afeta profundamente suas funções emocionais. Sua visão é o foco principal do 
tratamento. Reconhecer emoções e pensamentos é uma tarefa básica de auto 
monitoramento na TCC e é a primeira coisa a seguir. 
 
Fonte: sites.google.com 
Devido à maturidade emocional, os adolescentes são mais propensos a 
reconhecer as emoções do que as crianças pequenas. O terapeuta deve ensiná-los a 
considerar suas próprias emoções e seu diálogo interior, por isso essa prática deve 
envolve-los, para que as crianças e adolescentes aprendam a prestar atenção em 
seus sentimentos e pensamentos. 
 
32 
 
Embora a TCC deva ser ajustada para se adequar às características pessoais 
de crianças e adolescentes, vários princípios oriundos estabelecidos por meio da 
cooperação com adultos ainda se aplicam. 
A estrutura da conversa pode ser aplicada com flexibilidade às crianças e 
fornecer-lhes um formato de "controle" porque fornece uma estrutura organizada para 
expressar e regular seus pensamentos e emoções. “Aumentar o senso de controle 
das crianças e reduzir sua imprevisibilidade pode levar a uma maior participação e 
investimento no tratamento”. 
Assim como na TCC com adultos, o terapeuta trata o paciente com um 
"empirismo colaborativo", ou seja, ele orienta a criança ou adolescente a buscar 
soluções independentes para o problema, ao invés de prover soluções "prontas para 
o uso". Eles trabalharão juntos para encontrar estratégias que permitam aos pacientes 
resolver suas dificuldades. 
 
Fonte:criancaeterapia.com.br 
A característica colaborativa da TCC é baseada na suposição de que, se a 
causa da mudança for você mesmo, e não o terapeuta, as pessoas mudarão de ideia 
com mais facilidade. Mantendo-se em uma postura de curiosidade, o terapeuta 
modelará e promoverá o pensamento flexível, levando ao estudo do problema de 
diversos prismas. 
O terapeuta e o paciente são verdadeiros parceiros no processo de tratamento, 
mas cooperação não significa igualdade. Importante explicar esta relação terapêutica 
para crianças ou adolescentes assemelhando ao "trabalho em equipe". Além de 
 
33 
 
fornecer oportunidades de participação, essa abordagem colaborativa também 
incentiva a responsabilidade. 
A TCC com crianças é baseada no método empírico do "aqui agora". Como as 
crianças se concentram na ação, elas podem aprender com facilidade fazendo. A ação 
na terapia é animadora, pois o incentivo das crianças elevará no momento em que 
elas brincam. Quanto maior o envolvimento e comprometimento das crianças, menor 
ser á a semelhança da terapia com um trabalho. Incentivar é primordial para o 
acontecimento do trabalho. É importante que as crianças sejam estimuladas a 
organizar os brinquedos utilizados na sala de terapia, concluir a tarefa de casa, 
expressar seus pensamentos e emoções. 
Recompensas transmitem expectativas e correspondem à motivação, atenção 
e retenção, ou seja, recompensas envolvem as crianças, orientam-nas para coisas 
importantes e ensinam-lhes coisas para se lembrar. 
 
Fonte: youtube.com 
A atividade de casa é um recurso fulcral nas TCCs, pode parece fácil para 
crianças e adolescentes, mas é uma atividade minuciosa para os terapeutas porque 
deve ser cuidadosamente planejada para envolver crianças ou adolescentes, 
necessitando estar associada com a queixa atual e ser evidente seu objetivo 
terapêutico. A tarefa de casa bem elaborada e realizada embasa o que foi trabalhado 
na sessão. Precisa ser desenvolvida com a coparticipação do paciente, uma vez que 
 
34 
 
se torna “propriedade” do mesmo, o que aumenta o grau de responsabilidade e a 
probabilidade de adesão ao processo. 
Finalmente, o uso bem-sucedido da tarefa de casa requer um foco terapêutico 
claro, pois se o terapeuta não for claro ao explicar a tarefa para a criança, a criança 
inevitavelmente ficará confusa e as chances de não a realizar aumentarão muito. No 
entanto, se o terapeuta achar a tarefa difícil ou tediosa, o paciente verá a tarefa da 
mesma maneira. 
8 LUDOTERAPIA COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA 
 
Fonte: memude.com.br 
A ludoterapia provavelmente tenha se originado de tentativas de aplicar a 
terapia psicanalítica a crianças. Porém, verificou – se que, diferentemente dos adultos, 
a criança não tem a mesma capacidade de fazer associações livres, e que os 
pequenos poderiam ocasionalmente fazer breves associações livres para agradar o 
analista de quem gostasse (Dorfman, 1992). Ana Freud (1971) modificou a técnica 
analítica clássica e, como estratégia para ganhar a confiança da criança, ela, ás vezes, 
brincava com seus pequenos pacientes. Desta forma, as brincadeiras, inicialmente, 
não eram centrais na terapia, caracterizando – se apenas como procedimentos 
preliminares ao verdadeiro trabalho de análise. O brincar era uma técnica para 
produzir um envolvimento emocional positivo entre a criança e o analista, e assim, 
tornar possível a terapia propriamente dita. (Ana Freud 1971). 
 
35 
 
A palavra ludoterapia deriva da palavra inglesa play-therapy, pode ser traduzida 
como terapia pelo brincar. No entanto, este brincar é diferente do brincar que a criança 
tem em casa ou com os amigos na creche. Podemos definir a ludoterapia como “ uma 
relação interpessoal dinâmica entre a criança e um terapeuta treinado em ludoterapia 
que providencia a esta, um conjunto variado de brinquedos e uma relação terapêutica 
segura de forma que possa expressar e explorar plenamente o seu self (sentimentos, 
pensamentos, experiências, comportamentos) através do seu meio natural de 
comunicação: o brincar. ” (LANDRETH, 2002, p. 16 apud HOMEM, 2009, p. 21) 
Primeiro, a criança vai encontrar um terapeuta lúdico treinado para promover 
um ambiente de aceitação, empatia e compreensão durante o processo de 
aprendizagem. Os jogos a que se faz referência são diferentes do que se costuma 
observar as brincadeiras infantis, porque a ludoterapia apenas usa os jogos como 
gestos naturais para as crianças expressarem suas preocupações sobre as situações 
de vida e usa objetos familiares ao seu redor para compreender as situações 
estressantes e novo aprendizado. Na sala de ludoterapia, a criança é a condutora do 
brincar, quando quer e como quer, e quais os brinquedos que brincar. 
Na ludoterapia não se parte do princípio de que se vai modificara criança ou 
fazer para ela alguma coisa. O ludoterapeuta atua com a criança inteiramente, usufrui 
de seus conhecimentos e técnicas na compreensão da criança, por meio do seu 
próprio olhar. É como se perguntasse à criança “como sente as coisas”. Não se busca 
eliminar os problemas, e sim compreender a criança. Dessa forma, se equipara a 
ludoterapia para as crianças como a psicoterapia para os adultos. 
 
Fonte: alinemoller.wordpress.com 
É natural que as crianças tenham dificuldade em expressar suas emoções e 
compreender seu impacto na vida. Devido a imaturidade cognitiva, emocional e da 
 
36 
 
linguagem natural da idade, não sabem o que sentem nem como controlar seus 
sentimentos. 
No entanto, a presença de um adulto que tentando compreendê-la com 
empatia, propiciando segurança e manuseando brinquedos escolhidos e os capacitem 
a expressar suas emoções criativas, produzir um movimento para a expressão e 
exploração do seu self – sentimentos, pensamentos, experiências, comportamentos, 
dificuldades, que vão potencializar a transformação terapêutica. 
Tal explanação, permite a criança enfrentar suas emoções, frustração, 
agressividade, medo, insegurança, confusão, e demais que possam surgir, ao passo 
que aprende a regular ou a desprezar essas emoções, ao mesmo tempo em que se 
percebe como uma pessoa autônoma, livre para sentir todas essas emoções. 
Portanto, o brincar é o jeito genuíno de a criança se expressar, bem como falar é o 
jeito genuíno de o adulto se expressar. 
Na sala de ludoterapia, os brinquedos são manuseados como palavras e o 
brincar é a linguagem da criança. O brincar para a criança, para além de uma 
conotação terapêutica, é também importante por toda expansão de sua infância. O 
brincar é sua linguagem. 
 
 
Fonte: instamamae.com 
Muitas das características dessa linguagem podem ser percebidas no primeiro 
contato de uma criança com os seus pais ou cuidadores. Os pais ou cuidadores, desde 
cedo, os auxiliam a brincar, ao tempo que quando interagem com eles. Por meio de 
uma atitude e de uma linguagem segura, esses adultos e bebês estabelecem um 
vínculo de confiança favorecendo o início do brincar. 
 
37 
 
Considerado uma linguagem porque permite às crianças comunicarem com 
outras pessoas e começarem a compreender desde muito novas, que podem tolerar 
e representar a ausência temporária dos seus entes queridos, e substituí-los pelas 
brincadeiras iniciais. O momento do brincar é estimado pelo simples fato do brincar 
pela criança e o produto final não é a parte mais importante desta atividade. 
 Para os adultos a capacidade em expressar sob a forma verbal os seus 
sentimentos, frustrações e angústias é característico de sua maioria; porém, devido a 
imaturidade cognitiva da criança, esta faz do brincar sua comunicação. Quando uma 
criança está brincando, sua existência está completamente presente. 
 
 
Fonte: gnt.globo.com 
O brincar é deveras um tipo de atividade um tanto complexa, envolvendo a 
criança nos aspectos físico, mental, social e emocional, desvendando seus 
sentimentos, vivências e respostas a tais experiências (desejos, receios, percepção 
de si própria, dentre outros). 
Por meio da brincadeira, as crianças entendem o mundo e, assim, entendem 
as pessoas, as relações interpessoais e as regras sociais. Pode imitar adultos e 
expressar conflitos. Além de difundir conhecimentos educacionais no brincar, e este 
também mostra o crescimento das crianças. As brincadeiras de uma criança podem 
indicar certas dificuldades ou atrasos no desenvolvimento, que são visíveis para os 
pais e outros adultos que entram em contato com a criança todos os dias. 
 
 
38 
 
 
Fonte: colmagno.com.br 
A ludoterapia é um processo de psicoterapia que visa ajudar as crianças a 
superar as dificuldades e desenvolvê-las de forma saudável e integral. Na 
Ludoterapia, as crianças aprendem a reparar situações de conflito, inicialmente no 
nível da fantasia, para depois aplicar essa solução ao mundo real. Esse processo é 
baseado na brincadeira, pois é uma atividade prazerosa para as crianças. Dessa 
maneira, as crianças têm a possibilidade de praticar os sentimentos e problemas no 
"brincar", da mesma forma que os adultos usam a psicoterapia para "falar". 
A brincadeira ajuda a expressar e projetar emoções e sentimentos. Portanto, o 
jogo afetará o desenvolvimento das crianças em todos os níveis: linguagem física, 
intelectual, social e emocional. Normalmente as crianças aderem confortavelmente ao 
tratamento, melhorando assim suas relações interpessoais e desenvolvendo e 
expandindo sua criatividade. Tal tratamento também pode avaliar o nível de 
desenvolvimento, características de personalidade e avaliação cognitiva. 
Essa criança tem chance de crescer, pois além de estimular a curiosidade, a 
autoconfiança e a autonomia, também desenvolve a linguagem, a concentração e a 
atenção. O brincar colabora para as crianças a se tornarem adultos eficientes e 
equilibrados. 
 
39 
 
 
Fonte: badulake.com.br 
Durante o brincar, a criança se estabelece, vivencia, pensa, aprende a dominar 
a dor, entende seu corpo, constrói sua personalidade e expressa toda sua criatividade 
naquele momento. Infelizmente, muitas escolas tratam as atividades lúdicas apenas 
como tempo livre, tempo de descanso ou interesse das crianças em passar algum 
tempo, sem considerar a importância desse momento. Os jogos fazem parte de 
comportamentos educacionais conscientes, intencionais e comprometidos com a 
sociedade; educação lúdica não é brincar de empacotar cursos, para que os alunos 
consumam passivamente; antes disso, é um comportamento consciente e planejado, 
é conscientizar os indivíduos, tornando-os participativos e realizados. 
Através das atividades lúdicas, a imaginação das crianças é estimulada, 
despertando suas ideias e indagações. O terapeuta deve estar muito atento para 
garantir que nenhuma criança seja autoritária com as outras e que todas as crianças 
tenham as mesmas oportunidades no jogo. Da mesma forma que deve ter atenção 
com a concorrência nos jogos, devendo intervir se necessário, de modo que as 
crianças compreendam que os jogos são coletivos e democráticos, oferecendo 
possibilidades de vencer a todos os participantes. 
É importante ressaltar que a aprendizagem de todas as crianças é baseada na 
imitação. Portanto para que as crianças aprendam a tolerância, o respeito pelo 
próximo, a justiça, a paz, a solidariedade, a benevolência, a aceitação e o 
 
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reconhecimento do valor das diferenças, é necessário o exemplo, sendo um modelo 
vivo do que se busca ensiná-los. 
 
Fonte: revistacrescer.globo.com 
O brincar e as situações que envolvem o brincar, são indispensáveis para a 
vida saudável da criança e, também do adulto. Relacionado a isto está que ao brincar 
com as crianças, os adultos sentirão a mesma diversão, mais relaxados e felizes, com 
humor levado, o que é propício ao clima e ambiente da sala, onde deve haver 
cumplicidade e harmonia. O brincar é uma condição que deveria acompanhar as 
pessoas na vida adulta, visto tamanhos benefícios que proporciona. 
Apesar de ainda não ter a devida atenção na sociedade, é relevante ressaltar 
a importância do brincar, do lúdico, não somente para educadores e outros 
profissionais, assim como para os pais, uma vez que é através deste que a criança 
exprime seus sentimentos, seja no fortalecimento de vínculos ou como ferramenta 
necessária para interação e auxílio na resolução de problemas que as crianças 
possam apresentar. 
Há um longo caminho a percorrer, e como educadores da primeira infância, é 
fundamental colaborarmos para tal mudança, instigando os pais e os outros 
profissionais acerca destas pontuações, para que este caminho comece a ser 
 
41 
 
construído, e que cada vez mais, as crianças possam ser entendidas da maneira que 
melhor conseguem se expressar: por meio do brincar. 
8.1 O processode psicodiagnóstico infantil 
No psicodiagnóstico infantil a técnica de avaliação utilizada é o brincar. Roza 
(1999) apud Oliveira et al., (2012) destaca que a brincadeira é uma forma do 
comportamento específico da própria infância, assim são projetadas no ato, a forma 
de expressar seus sentimentos, pensamentos e conflitos. 
Para avaliar as crianças, é necessário compreender sua relação com os 
familiares, que está relacionada ao seu desenvolvimento biopsicossocial. Tsu (1984) 
decorre sobre a questão de quem é o cliente do psicólogo no processo de 
psicodiagnóstico infantil, a criança, família ou quem encaminhou. 
“O sintoma da criança é emergente de um sistema intrapsíquico que está, por 
sua vez, inserido no esquema familiar também doente” (ARZENO, 1995). 
Oliveira et al., (2012) aborda o psicodiagnóstico como um estudo profundo da 
personalidade do indivíduo. Não é apenas uma coleta de dados que através da 
organização do entendimento clínico irá orientar o processo psicoterápico. É uma 
prática delimitada, que tem a função de obter a descrição e compreensão de modo 
global da personalidade do paciente ou também do grupo familiar. Sendo assim, é 
possível percorrer sobre os aspectos do passado, diagnóstico e prognóstico dessa 
personalidade (OCAMPO & ARZENO, 1975 apud OLIVEIRA et al., 2012). 
8.2 A hora do jogo diagnóstica 
A hora do jogo de diagnóstico é um recurso ou ferramenta técnica utilizada 
pelos psicólogos no processo de diagnóstico psicológico para compreender a 
verdadeira situação da criança consultada. Então, esta é uma instrumentalização de 
suas possibilidades de comunicação a fim de conceituar os reais problemas que ele 
nos apresenta. Durante o diagnóstico psicológico e avaliação da criança, o momento 
da brincadeira diagnóstica irá orientá-la para expressar sua experiência de vida diária. 
Isso ajudará o psicólogo a reunir informações sobre a reclamação inicial e informações 
sobre qual teste é apropriado para confirmar essa informação. 
 
42 
 
Importante salientar algumas instruções antes da realização da hora do jogo 
diagnóstica. É necessário selecionar os brinquedos que auxiliarão diante a queixa 
encaminhada e as informações coletadas através da anamnese dos pais e do 
paciente. 
Preparar a sala com tais brinquedos, retirando-os da caixa e deixando expostos 
sobre a mesa, com fácil acesso para a criança. 
A sala deve ser grande para não prejudicar a eficiência do brincar das crianças. 
Quando ela chegar, é preciso explicar as atividades para as quais ela vai usar esses 
brinquedos, e que ela terá um certo tempo para essas brincadeiras. 
 
Os principais materiais utilizados podem ser: 
• Papel; 
• Massa de modelar 
• Bonequinhos; 
• Lápis de cor; 
• Fazendinha; 
• Fantoche; 
• Giz de cera; 
• Quadro negro; 
• Tesoura sem ponta entre outros. 
 
Durante o momento, as orientações serão fornecidas e o comportamento de 
todas as crianças será observado, e tudo será registrado para o propósito hipotético 
do relatório. 
A maior dificuldade em "diagnosticar o tempo do jogo" é a avaliação. Por se 
tratar de um procedimento não estruturado, depende da experiência do psicólogo e 
de sua capacidade de observar e compreender. A análise considera aspectos 
evolutivos (desenvolvimento infantil, de acordo com a idade), desenvolvimento 
emocional, inibição / sociabilidade e conteúdos inconscientes expressos em jogos-
defesa, fantasia, ansiedade, agressividade e adaptabilidade, criatividade e significado 
simbólico da criança. 
O campo de avaliação psicológica atual cobre uma variedade de práticas 
diagnósticas que podem ou não usar ferramentas estruturadas e padronizadas (como 
 
43 
 
testes psicológicos) e outras técnicas e procedimentos menos estruturados (como 
jogos, brinquedos, imagens, histórias, etc). 
A flexibilidade para escolher uma estratégia (ou ferramenta) específica é 
afetada pela experiência profissional, embasamento teórico e objetivo. A circunstância 
e as novas faces das Psicologias (Clínica, hospitalar, jurídica, institucional etc.) 
também afetarão na escolha. 
Quando adotados fora da clínica tradicional, mais restrita aos consultórios 
particulares, os procedimentos clínicos de diagnóstico e avaliação psicológica em 
geral carecem de adaptações para atender às peculiaridades de cada caso. Sobre 
isso, ver estudos sobre o uso da avaliação psicológica nos contextos da saúde 
(CAPITÃO; SCORTEGAGNA; BAPTISTA, 2005) e institucional (GUIRADO, 2005, 
apud Psico.teor. prat. V9. N2. São Paulo 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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