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Nera cer OBJETIVO: COMPREENDER A DOR NEUROPÁTICA DE ORIGEM CENTRAL 01- INTRODUÇÃO E CONCEITOS DEFINIÇÃO IASP “Dor devida à lesão primária do sistema nervoso periférico ou central” 02- HISTÓRIA Em 1883, Grei� relatou o caso de um paciente com dores após a ocorrência de um AVC A localização da dor era contralateral ao lado da lesão Atualmente, sabe-se que a dor central pode ocorrer não somente após o AVC Mas também em diversos tipos de doenças que acometem o SNC 03- EPIDEMIOLOGIA PREVALÊNCIA = 7-8% Há alto impacto na qualidade da vida - Presença de depressão ou ansiedade, - Transtorno do sono - Questões relacionadas ao trabalho - Necessidades de reabilitação 04- CLASSIFICAÇÃO → ANATOMIA CENTRAL OU PERIFÉRICA → ETIOLOGIA A) PERIFÉRICA Radiculopatias, plexopatias B) CENTRAL Etiologia vascular, desmielinizante, traumática, tumoral, compressiva, degenerativa, malformativa e imunológica 05- ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA O mecanismo envolvido em cada uma dessas doenças na gênese da dor ainda não está completamente elucidado A) AVE É o exemplo mais comum de dor de origem central 8% dos pacientes vítimas de AVC sofrem de dor central 90% dos casos de dor central são de pacientes vítimas de AVC 20% dos casos de dor pós-AVC sofrem de dor talâmica Sendo o tálamo o alvo de injúria vascular nesses casos (síndrome talâmica) A DOR APARECE MESES DEPOIS DO AVC RELACIONAR COM O PROBLEMA → MECANISMO Ainda não está bem esclarecido Sugere-se que haja alguma forma de - Desinibição central - Desbalanço de estímulos - Sensibilização central Envolvidos Uma lesão em qualquer nível do trato espinotalâmico levaria a um aumento de atividade do tálamo lateral = DOR ESPONTÂNE B) LESÃO MEDULAR Cerca de 30 a 40% dos pacientes com lesão medular têm dor central Em 2002, a IASP estabeleceu os seguintes critérios para a CLASSIFICAÇÃO DE DOR CRÔNICA EM PACIENTES COM LESÃO MEDULAR: 1- DOR ABAIXO DO NÍVEL DA LESÃO Dor diretamente relacionada à lesão medular 2- DOR AO NÍVEL DA LESÃO Pode estar relacionado à lesão medular ou da raiz nervosa 3- DOR ACIMA DO NÍVEL DA LESÃO Dor que pode ser decorrente de sobrecarga muscular, postural ou instabilidade da coluna C) ESCLEROSE MÚLTIPLA D) DOENÇA DE PARKINSON 06- FISIOPATOLOGIA O mecanismo mais plausível e cientificamente aceito para explicar a dor neuropática é a Geração ectópica de impulsos nervosos às fibras de pequeno calibre do tipo C e Aδ Após a lesão do nervo Alguns pacientes desenvolvem alteração na distribuição e conformação de canais iônicos Especialmente canais de sódio Que promovem aumento da excitabilidade axonal das fibras finas nociceptivas Gerada longe do foco da lesão inicial (por isso chamadas de descargas ectópicas) PRODUTO DE DESEQUILÍBRIO ENTRE A ATIVIDADE GLUTAMATÉRGICA NO NÚCLEO VENTRAL POSTERIOR, PARA ONDE CONVERGEM AS AFERÊNCIAS SOMATOSSENSITIVAS, E AS UNIDADES GABAÉRGICAS INTRATALÂMICAS E CORTICOTALÂMICAS → ATIVAÇÃO DA GLIA → CITOCINAS INFLAMATÓRIAS 07- QUADRO CLÍNICO -> DOR EM QUEIMAÇÃO OU CHOQUE Espontânea ou evocada Contínua ou paroxística -> ALODÍNIA MECÂNICA E TÉRMICA Dor devida a um estímulo que normalmente não provoca dor -> DISESTESIAS Uma sensação anormal desagradável Dor em queimação, sensação de formigamento -> DORES MUSCULARES DO TIPO CÃIBRA -> HIPERPATIA Reação anormalmente dolorosa a um estímulo -> REPETITIVO -> PARESTESIA Sensação de dormência ____________________________________________________ → SINAIS NEGATIVOS HIPOESTESIA → DORMÊNCIA HIPOALGESIA PARESIA/ PLEGIA → PERDA FUNÇÃO MOTORA → SINAIS POSITIVOS PARESTESIA/ DISESTESIA HIPERESTESIA - AUMENTO DE SENSIBILIDADE HIPERALGESIA ALODÍNIA HIPERPATIA 08- AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO A) ANAMNESE -> INÍCIO DA DOR Uma característica comum é o aparecimento passados meses ou anos da ocorrência da lesão -> DISTRIBUIÇÃO DA DOR PÓS AVC → CONTRALATERAL PÓS LESÃO MEDULAR → BILATERAL -> CARACTERÍSTICA DA DOR - Choque elétrico - Queimação -> SINTOMAS ASSOCIADOS -> INTENSIDADE DA DOR -> PADRÃO TEMPORAL Contínua x paroxística -> FATORES DE MELHORA OU PIORA B) EXAME NEUROLÓGICO
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