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1 - SUS

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE I
Profª Mariluza Heberlê
Disciplina de Políticas Públicas de Saúde
UFSM - 2010
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Apresentação
O Brasil institucionalizou o direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros com a promulgação da Constituição Federal em 1988, quando criou o Sistema Único de Saúde (SUS). As discussões prévias, consolidadas na VIII Conferência de Saúde e materializadas na Constituinte pela luta dos sanitaristas, gestores e políticos comprometidos com a reforma do sistema vigente, ofereceram ao povo brasileiro a oportunidade de efetivar um sistema integrado e gratuito que cuida da prevenção, promoção, cura e reabilitação do povo brasileiro, fortalecendo a cidadania quando afirma ser saúde direito de todos e dever do Estado. 
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Apresentação
O SUS é tido como a política de maior inclusão social implementada no Brasil e representa em termos constitucionais uma afirmação política do compromisso do Estado brasileiro para com seus cidadãos. Seus avanços são significativos, mas persistem problemas a serem enfrentados para consolidá-lo como um sistema público universal e equânime. Este é o desafio de todos. 
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Antecedentes
Até o século XVIII 		A administração portuguesa não visou a organização do espaço social para o combate às doenças.
Século XIX 		Nasce a Medicina Social( a penetração da medicina na sociedade e a medicina como apoio científico ao Estado)
Século XX 		Iniciam-se as políticas de saúde.
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Antecedentes
A saúde na colônia e no Império 
			Controle sanitário mínimo.Estado não consegue solucionar os graves problemas de saúde da coletividade.
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Antecedentes
A Saúde na República
A idéia de modernizar o país redefiniu o trabalhador como capital humano. 
A contínua intervenção estatal nas questões relativas à saúde individual e coletiva revela a criação de uma “política de saúde”. 
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Antedentes
A Saúde na República 	
A Lei Eloi Chaves(1923) que regulamentou a criação das Caixa e Aposentadorias e Pensões (CAPs)- momento inicial da responsabilização do Estado pela regulação da concessão de benefícios e serviços.
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores, mas somente os urbanos foram contemplados. Em 1960 foi criado o FUNRURAL.
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Institucionalização da Saúde pública
 CAPs passam a ser os IAP(Institutos de Aposentadoria e Pensões). Criação do Mesp ( Ministério de Educação e Saúde e Pública).									Dualidade tornou-se uma das marcas do sistema de proteção social de saúde no Brasil, formalizando no campo da saúde uma separação, uma distinção institucional entre duas áreas de gestão em políticas públicas de saúde, que marcaria definitivamente as ações de saúde no Brasil (LIMA, 2005)
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Institucionalização da Saúde Pública
Marcos institucionais:
Criação do Ministério da Saúde(1953)
Departamento Nacional de Endemias Rurais (1956)
Implementação da campanha nacional contra a lepra e das campanhas de controle e erradicação de doenças, como a malária(1958 a 1964)
Realização da 3ª Conferência Nacional de Saúde (1963)
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Institucionalização da Saúde Pública
Período militar (1964-1984)
Criação do Instituto Nacional de Previdência Social(INPS)em 1966. Contempla os trabalhadores formais urbanos.
Saúde pública restringia-se a campanhas de baixa eficácia.
Em 1970 a assistência médica financiada pela Previdência Social estava em grande expansão.
1975 – economia em crise. O modelo de saúde previdenciário mostra suas mazelas:
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1.por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias e os indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo);
2. aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-hospitalar de complexidade crescente;
3. diminuição do crescimento econômico com a respectiva repercussão na arrecadação do sistema previdenciário reduzindo as suas receitas;
4. incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados que, sem carteira assinada e contribuição previdenciária, se viam excluídos do sistema;
5. desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e para realização de obras por parte do governo federal; e
6. o não-repasse pela União de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário, visto ser esse tripartite (empregador, empregado e União).
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O movimento sanitário
Os Departamentos de Medicina Preventiva (DMPs) – conhecimentos sobre a saúde da população e o modo de organizar as práticas sanitárias. 
A conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde em Alma-Ata (1978) – discussão contra a elitização da prática médica e inacessibilidade das massas ao serviço médico. Saúde um direito fundamental do homem e reconhece-se a sua intersetorialidade.
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O movimento sanitário
8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) – foram lançados os princípios da Reforma Sanitária.
 Saúde – “resultante da condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde”. 
 Criação de um Sistema Único de Saúde.
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O movimento sanitário
A Constituição Federal de 1988 aprovou a criação Sistema Único de Saúde, reconhecendo a saúde como um direito assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade, eqüidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e com participação da população (CONASS,2003).
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Sistema Único de Saúde
		O Sistema Único de Saúde (SUS) é constituído pelo conjunto das ações e de serviços de saúde sob gestão pública. Está organizado em redes regionalizadas e hierarquizadas e atua em todo o território nacional, com direção única em cada esfera de governo. O SUS não é, porém, uma estrutura que atua isolada na promoção dos direitos básicos de cidadania. Insere-se no contexto das políticas públicas de seguridade social, que abrangem, além da Saúde, a Previdência e a Assistência Social.
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Sistema Único de Saúde
Responsabilidade das três esferas de governo
Arcabouço legal do SUS:
	Constituição Federal de 1988
	Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde
	Lei 8.142. de 28 de dezembro de 1990
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Constituição Federal de 1988
O artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Com este artigo fica definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.
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Constituição Federal de 1988
O artigo 198 define:						 As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 I. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III. Participação da comunidade 
Parágrafo único – O Sistema Único de Saúde será financiado, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
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Lei Nº 8.080, 19 de setembro de 1990- Lei Orgânica da Saúde
A Lei n. 8.080/90 institui o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar do Sistema
Único de Saúde em caráter complementar.
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Lei Nº 8.080, 19 de setembro de 1990- Lei Orgânica da Saúde
Trata:
a) da organização, da direção e da gestão do SUS; 
b) da definição das competências e das atribuições das três esferas de governo; 
c) do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de Assistência à Saúde;
d) da política de recursos humanos; e
e) dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento
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Lei 8.142 de 28 dezembro de 1990
dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências. Esta instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo (BRASIL, 1990).
Da alocação de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os os municípios, estado e distrito federal.
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Conferência Nacional de Saúde
Realizada a cada quatro anos, em um processo ascendente, desde Conferências Municipais de Saúde, passando por uma Conferência Estadual de Saúde em cada estado e culminando em uma Conferência Nacional de Saúde.
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Conselhos de Saúde
caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo”. A representação dos usuários deverá ser paritária (50%) em relação ao conjunto dos demais segmentos.
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O processo de implantação do SUS
As Normas Operacionais do SUS A Norma Operacional Básica do SUS de 1991 A Norma Operacional Básica do SUS de 1992 A Norma Operacional Básica do SUS de 1993 A Norma Operacional Básica do SUS de 1996 A Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS – de 2001 A Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS – de 2002 
 
O Pacto pela Saúde 2006 Pacto em Defesa do SUS Pacto pela Vida Pacto de Gestão Implantação e monitoramento dos Pactos da Vida e de Gestão 
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O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. 
O caminho para ele não é encontrado mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino. (John Schaaz)

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