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Farmacologia Por: Luiza Dopp Página 1 de Nova Seção 1 2 Pó• Comprimido• Drágea• Capsula• Supositório• Formas Sólidas:´ Evitar sabor e odor desagradáveis; • Facilitar a deglutição;• Facilitar e controlar a liberação do medicamento. • DRÁGEAS E CÁPSULAS: SOLUÇÃO: Mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos. • SUSPENSÃO: Mistura não homogênea de uma substância sólida em um líquido, ficando a parte sólida suspensa no líquido. • EMULSÃO: Formada por dois líquidos imiscíveis (que não se misturam). É composta de óleo e água. • LOÇÃO: Líquidos ou semilíquidos com princípios ativos ou não, em solução, emulsão ou suspensão. As loções são destinadas ao uso externo. • XAROPES: Solução saturada (2/3) de água e açúcar. • Formas Líquidas Os líquidos injetáveis apresentam- se na forma de soluções, suspensões ou emulsões. PASTA: Forma semi-sólida de consistência macia, contendo 20% de pó. Atua na superfície da pele, sem penetrá-la. • POMADA: Forma semi-sólida de consistência macia e oleosa, de pouca penetração na pele. • CREME: Forma semi-sólida de consistência macia e mais aquosa. • GEL: Forma semi-sólida, colóide de pouca penetração na pele. • Formas Pastosas Usadas para a administração de substâncias voláteis. Entre elas incluem-se os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para nebulização. • Formas Gasosas Fase Farmacêutica Farmacologia Via de administração• Desintegração da forma farmacêutica • Solubilização dos fármacos• Fase farmacêutica: Absorção• Distribuição• Metabolização• Excreção• Fase farmacocinética: Interação fármaco- receptor no tecido alvo • Fase farmacodinâmica: Efeito terapeutico/ toxico • Fase farcoterapeutica: Página 2 de Nova Seção 1 2 tem uma estrutura química já definida e, devido a imensos estudos, são conhecidos os seus efeitos no organismo. • Tem como finalidade o uso para um efeito benéfico no organismo • Fármaco: Droga: qualquer substância que cause alguma alteração no funcionamento do organismo por ações químicas, com ou sem intenção benéfica. Os efeitos benéficos causados pelas drogas são estudados pela farmacologia, enquanto os efeitos maléficos são objetos de estudo da toxicologia. Medicamento: produto farmacêutico que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos, para tentar chegar à cura ou ao alívio dos sintomas do paciente. Remédio: termo de interpretação mais ampla do que o simples ato de tratar um paciente através de medicamento. Refere-se a qualquer procedimento que faça o indivíduo se sentir melhor, como por exemplo massagem, fisioterapia, caminhadas, compressa, bênção e os próprios medicamentos. Posologia: forma de utilizar os medicamentos. É o número de vezes e quantidade de medicamento a ser utilizada pelo paciente. É variável em função do paciente, da doença que está sendo tratada e do tipo de medicamento utilizado Efeito Placebo: medicamento, substância ou qualquer outro tipo de tratamento que se parece com um tratamento normal, mas que não possui efeito ativo, ou seja, que não faz qualquer alteração no organismo. Efeito adverso: qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre ao administrar um medicamento em doses normalmente utilizadas. Exemplo: Tosse seca provocada pelo medicamento enalapril. Efeito colateral: é um efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco, podendo ser benéfico, maléfico ou neutro. Exemplo: efeito anticoagulante do ácido acetilsalicílico (Aspirina).Medicamento alopático: são os medicamentos que produzem efeitos contrários aos da doença Medicamento homeopático: tem origem na tintura mãe ou matriz. Esta substância é submetida a um processo chamado de dinamização (diluição e agitações sucessivas), desaparecendo as suas moléculas e ficando apenas a energia da substância impressa nas moléculas de água e álcool que são os diluentes universais dos medicamentos homeopáticos. Assim como os demais medicamentos, os medicamentos homeopáticos devem apresentar e cumprir as exigências legais e sanitárias. Portanto, devem obrigatoriamente apresentar informações, entre outras, sobre prazo de validade, composição, farmacêutico responsável, indicação completa do fornecedor e quantidade. Medicamento genérico: medicamento cuja comercialização só é aprovada depois de vencida a patente do medicamento de referência. Precisa de comprovação de bioequivalência. Pode substituir o medicamento de referência, mesmo sem prescrição médica. Exemplo: Sildenafila, fármaco utilizado para o tratamento de disfunção erétil. Medicamento fitoterápico: são os que têm princípio ativo extraído de plantas. São também cada vez mais utilizados. MEDICAMENTOS CONTROLADOS: são medicamentos de controle especial que exige receituário próprio, de cor amarela ou azul, com cópia e retenção de uma via. MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA (DE MARCA): é o medicamento que pode ser copiado por outros fabricantes depois de vencida a patente, que é o direito de propriedade do laboratório que o desenvolveu e testou antes de colocá-lo no mercado. Geralmente o medicamento de referência está há bastante tempo no mercado e tem marca comercial bem conhecida. Ele é chamado de referência porque qualquer outro fabricado com o mesmo princípio ativo deve apresentar as mesmas propriedades dele, ou seja, deve fazer o mesmo efeito. MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE : não têm nenhuma tarja. Utilizados para aliviar sintomas leves e passageiros, como os analgésicos (combatem a dor), antitérmicos (para febre), antidiarréicos (para diarréias) e os anti-heméticos (para ânsia e vômito). Farmacologia Página 3 de Nova Seção 1 2 Vias de Administração de Fármacos Administração diretamente no local de ação • Diminuição da dose• Método Ideal: Dificuldade de acesso;• Não cooperação do paciente;• Desconforto• Fatores que dificultam a aplicação direta: Influência na velocidade e extensão da absorção • Importância da escolha da via: Principais vias • Oral; • Sublingual; • Retal; • Tópica; • Trato Respiratório; • Injetáveis (subcutânea / Intramuscular/ Intravenosa). Escolha da via de administração • Tipo de ação desejada; • Rapidez da ação desejada; • Natureza do medicamento; • Finalidade Terapêutica. Oral• Bucal• Sublingual• retal• Via enteral: Intravenosa• Intramuscular• Subcutânea• Intradermica• Intra-arterial• Intracardiaca• Intraperitoneal• Intrapleural• Peridural, raquiana• Intra- articular• Via parenteral direta: Cutânea• Respiratória• Conjuntiva• Rino e orofaríngea• Geniturinária• otológica• Via parenteral indiretas: Via Enteral Oral Mais utilizada; • Locais de Absorção (Todo o tubo Gastrintestinal) FORMAS FARMACÊUTICAS •Soluções; •Suspensões; •pó; •cápsulas; •comprimidos; •drágeas; Comodidade;• Segurança;• Economia;• Absorção intestinal:• ↑ superfície;• ↓ espessura;• Administrações diárias e /ou por longo período; • Auto-administração.• Vantagens: Cooperação do paciente;• Pode causar náuseas, vômito e/ou diarréia; • Velocidade do esvaziamento G.I.; • pH, alimentos, crianças;• Sabor desagradável;• Auto-medicação;• Metabolismo Hepático.• Desvantagens: Absorção de drogas de caráter ácido; • Possui pequena área de absorção; • Presença de alimentos (Retardo da absorção). • Estômago: caráter básico;• Absorção de drogas de caráter básico; • grande área de absorção (200m2). • bases fortes com pKa de 10 ou mais são pouco absorvidas, ácidos fortes com pKa inferior a 3, estão totalmente ionizados. • O ferro é absorvido com o auxílio de transportadores específicos na superfície da mucosa jejunal e o cálcio é absorvido por um transportador dependente de vitamina D. • Intestino: Página 4 de Nova Seção 1 2 Importante para determinados grupos de drogas:• Manutenção de níveis plasmáticos terapêuticos.• Ex. Anticoncepcionais com estrógenos• Ciclo Entero-Hepático:Fármaco: absorvidos no TGI Fígado: biotransformação Metabolitos: vesicula biliar intestino delgado (excretados com fezes)• Ciclo entero hepatico (reabsorvidos)• Secretados com a bile: Via sublingual Dissolvidas e absorvidas pela mucosa sub-lingual; • Absorção sistêmica direta e rápida• Exemplos de drogas– Ocitocina, Adrenalina (emergencial). • Local de absorção Mucosa oral• Formas Farmacêuticas comprimido sublingual• Não sofre inativação gástrica;• Não sofre efeito de 1° passagem.• Vantagens: Evita o efeito de primeira passagem Evita destruição pela acidez gástrica Matem a estabilidade do fármaco (saliva tem ph mais ou menos neutro) Pode causar efeitos farmacológicos imediatos Desvantagens: Limitado a certos tipos de fármacos Pequenas doses Pode perder parte do fármaco se for deglutido Via retal Pacientes inconsciente ou com náusea; • Crianças pequenas.• Formas Farmacêuticas Supositórios;• Enemas.• Local de absorção Mucosa retal• incômoda;• Irritação da mucosa;• absorção irregular e incompleta:• parte mediana do reto: veias convergem para a veia cava inferior; • acima do reto: veia• hemorroidal superior• convergem para a veia porta.• Desvantagens: Pacientes inconscientes; • Principalmente em idosos e • lactentes;• Pode evitar a EPS• Vantagens: Página 5 de Nova Seção 1 2 Frequentemente escolhida na impossibilidade da Via Oral; • Barreira: Endotélio capilar;• Local de absorção – Endotélio dos capilares vasculares e linfáticos. • Intramuscular - IM: soluções:• aquosas;• oleosas• suspensões• Formas Farmacêuticas absorção rápida;• uso em pacientes inconscientes; • adequadas para volumes • moderados;• velocidade de absorção depende • do tipo de veículo.• Vantagens: incômoda;• dor;• irritação local;• pH da preparação deve ser próxima do fisiológico; • processos inflamatórios;• embolia;• necessita de pessoa treinada para administrar; • Não posso administrar grandes volumes (Normalmente até 5mL). • Desvantagens: Endovenosa - EV: Local de absorção: Não há o processo de absorção Soluções: Aquosas.• Formas Farmacêuticas Efeito imediato;• Casos de emergências; • Permite ajuste de posologia; • Administração de ↑ volumes; • Soluções irritantes por outras vias; • Vantagens: Dor• Dificuldade de contornar sobredose; • Impróprias para soluções oleosas ou suspensões; • Risco de contaminação;• Hematomas;• Necessita de pessoa treinada para administrar • Desvantagens: Injeção no tecido conjuntivo • Subcutânea - SC: Endotélio dos capilares vasculares e linfáticos • Local de absorção soluções aquosas;• soluções oleosas;• suspensões;• “pellets”;• Formas Farmacêuticas Absorção lenta e regular;• Ação Prolongada;• Velocidade de absorção depende do veículo; • Vantagens: dor;• facilidade de sensibilização; • irritação local;• ↓ volume (~1,5 mL)• Desvantagens: Vacinações ou testes de reação alérgica • Intradémica - ID: Endotélio dos capilares vasculares e linfáticos • Local de absorção Soluções aquosas• Formas Farmacêuticas absorção lenta e regular;• velocidade de absorção depende• do veículo;• Vantagens: dor;• irritação local;• ↓ volume (0,1 – 1,0 mL)• Desvantagens: Outras vias Parenteral Direta: Via Intraperitoneal: uso clínico raro:Vacina Antirábica Via intracardíaca: Emergência - Adrenalina Via Intraarterial: efeito localizado(Drogas anticancerígenas,Análise radiológica) Via Intraarticular: infiltrações- Anestésicos locais Via Intratecal: acesso direto ao SNC, Espaço subaracnóideo - meninges e raízes. Ex: raquianestesia e infecção aguda SNC Vias de administração parenteral direta sábado, 1 de maio de 2021 06:58 Página 6 de Nova Seção 1 2 Via Inalatória: Mucosa Nasal;• Mucosa traqueal e brônquica; • Alvéolos pulmonares.• Locais para absorção Aerossóis, pós;• inaloterapia;• nebulização• Formas Farmacêuticas Dose adequada difícil; • Irritação local • Desvantagens: Via Cutânea – “Tópica”: Ductos das glândulas cutâneas ou folículos pilosos • Ação no local de aplicação• Local de absorção; Pele (Isolamento através da camada córnea); • Mucosas (oral, vaginal, nasal, etc); • Ouvido;• Conjuntivo.• Locais de aplicação: Anestésico Tópico;• Odontologia: pomadas;• cremes;• géis;• sistemas transdérmicos• Formas Farmacêuticas Fácil absorção em mucosa; • Doses menores – Evitando efeitos sistêmicos. • Vantagens: Pele íntegra x lesão; • Níveis sanguíneos.• Desvantagens: Via Conjuntiva: Efeito local Local de absorção: córnea Colírios• Pomadas oftálmicas • Formas Farmacêuticas Via Otológica: Gotas otológicas • Formas Farmacêuticas Via Nasal: Local de absorção: mucosa nasal • Solução Nasal• Formas Farmacêuticas: Via Genitourinária: Mucosa uretral ou vaginal • Local de absorção; cremes;• óvulos;• géis;• comprimidos;• Formas Farmacêuticas Absorção rápida;• Evita efeito de 1° passagem hepática; • Pode ser usado para sistêmico ou local. • Vantagens: Vias de administração parenteral Indireta sábado, 1 de maio de 2021 07:14 Página 7 de Nova Seção 1 2 Absorção dos fármacos Velocidade da dissolução do fármaco (solubilidade, viscosidade); • Tamanho da molécula (peso molecular); • Espessura das membranas a atravessar;• Grau de ionização e polaridade;• Lipossolubilidade;• Fluxo sanguíneo local;• Área de contato (maior área tecidual ou difusibilidade da droga); • Temperatura.• Fatores que alteram a absorção: Passagem da droga de seu local de administração para a circulação sistêmica • O tamanho da partícula e a formulação exercem importantes efeitos sobre a absorção. • Absorção: FARMACOCINÉTICA: estudo do destino dos fármacos no organismo após sua administração e abrange os processos de: absorção, distribuição, metabolização, excreção líquidos: xaropes; • Suspensões;• Pós;• Comprimidos, cápsulas, drágeas; • Formas farmacêuticas: Quantidade e velocidade na qual o princípio ativo é absorvido, tornando-se disponível para a sua atuação no sítio de ação alvo • Ela pode ser baixa porque é incompleta ou porque o fármaco é metabolizado na parede intestinal ou no fígado antes de alcançar a circulação sistêmica. • Biodisponibilidade: Bioequivalência: utilizado para avaliar a equivalência biológica esperada in vivo de duas preparações diferentes de um medicamento Fármacos com lipossolubilidade muito baixa, incluindo os ácidos e bases fortes, são pouco absorvidos no trato gastrointestinal. • Poucos fármacos (p. ex., levodopa) são absorvidos por transferência mediada por transportadores. • Absorção e biodisponibilidade dos fármacos motilidade gastrointestinal• pH gastrointestinal• tamanho das partículas• interação físico-química com o conteúdo intestinal (p. ex., interação química entre cálcio e antibióticos • tetraciclinas).• A absorção no trato gastrointestinal depende de muitos fatores, incluindo: Página 8 de Nova Seção 1 2 O fármaco para exercer sua ação necessita entrar em contato com as estruturas celulares e para isso necessita chegar à corrente circulatória. • Portanto após uma administração enteral o fármaco terá que atravessar as seguintes barreiras: • Mucosa gastrintestinal;1. Endotélio capilar;2. Membrana celular.3. Movimentos transmembrana: Tipos de movimentos transmembrana: Meios de difusão: Transporte por membranas plasmáticas tendência natural das moléculas do fármaco se moverem de uma região de alta concentração para uma de baixa concentração (dissolução no lipídio a favor de um gradiente de concentração). • Principal forma de absorção das drogas de uso clínico; • Dependem da lipossolubilidade, polaridade e do seu grau de ionização; • Difusão passiva através do lipídeo: A maioria das drogas são ácidos ou bases fracas que se ionizam em relação ao pH do meio, respeitando e equação de Henderson- Hasselbalch: • Observações: Não necessita de energia;• Não é saturável;• Não há competição entre asmoléculas. • CARACTERÍSTICAS: o movimento das moléculas é feito a favor de um gradiente de concentração • Difusão facilitada: É específico mas não exige energia; • É saturável e pode gerar competição entre as moléculas. • CARACTERÍSTICAS: Difusão passiva através de poros aquosos: •É um processo passivo restrito a pequenas moléculas as quais são arrastadas pela água, passando rapidamente as membranas celulares através de poros (canais aquosos); •A difusão pelos poros aquosos depende da diferença de pressão entre os lados da membrana. O líquido desloca-se do lado com maior pressão para o lado de menor pressão. Transporte ativo: O movimento que as moléculas fazem contra um gradiente de concentração. Necessita de um transportador (enzima constituinte da membrana). CARACTERÍSTICAS: É específico e exige energia; É saturável e pode gerar competição entre as moléculas. se formam vesículas membranosas (vacúolos), que englobam o fármaco e transportam-no para o outro lado da membrana onde se abrem para o libertar. • Algumas macromoléculas ou moléculas hidrossolúveis atravessam as membranas por este processo. • Pinocitose: Página 9 de Nova Seção 1 2 Difusão passiva através do lipídeo - Íons: Os íons não atravessam a membrana celular, devido a presença de carga elétrica. Existem duas maneiras de impedir o movimento iônico: • A carga elétrica dos íons faz com que várias moléculas de água se prendam a esses íons, formando íons hidratados (moléculas grandes). • A carga elétrica do íon interage com as cargas da bicamada lipídica repelindo-as. A partição pelo pH consequências importantes: • O aprisionamento da base livre de alguns fármacos antimaláricos (p. ex., cloroquina, no ambiente ácido do vacúolo alimentar do parasita da malária contribui para a interrupção da via de digestão da hemoglobina que é a base do seu efeito tóxico sobre o parasita. • A acidificação da urina acelera a eliminação de bases fracas e retarda a de ácidos fracos • A alcalinização da urina tem o efeito oposto: reduz a eliminação de bases fracas e aumenta a de ácidos fracos. • O aumento do pH do plasma (p. ex., pela administração de bicarbonato de sódio) faz com que ácidos fracos sejam extraídos do SNC para o plasma. O oposto é verdadeiro, ou seja, a redução do pH do plasma (p. ex., pela administração de um inibidor da anidrase carbônica, como a acetazolamida) faz com que ácidos fracos sejam concentrados no SNC, aumentando sua neurotoxicidade. Esse conhecimento tem consequências práticas na escolha do método de alcalinização da urina para o tratamento de uma superdosagem de aspirina: o bicarbonato e a acetazolamida aumentam o pH urinário e, portanto, facilitam a eliminação dos salicilatos. Por outro lado, o bicarbonato reduz a distribuição de salicilatos no SNC, enquanto a acetazolamida a aumenta. Tipos de movimentos transmembrana sábado, 1 de maio de 2021 08:17 Página 10 de Nova Seção 1 2 Processo de absorção• Processo de distribuição• Processo de metabolização • Processo de excreção• Alteração do pH; ( AAS X Antiácidos; Cetoconazol X antiácidos);• Formação de complexos (Tetraciclinas X metais Fluorquinolonas X metais)• Alteração da motilidade do TGI (Anticolinérgicos; Metoclopramida).• Interação com alimentos ( Antibióticos (penicilinas, tetraciclinas, estearato de eritromicina, fluorquinolonas); Propranolol e metoprolol) • Alteração da flora bacteriana do TGI (Anticoagulantes X antibióticos; Contraceptivos orais X antibióticos). • Processo de absorção: Deslocamento das ligações as proteínas plasmáticas; • Ácido Valpróico X fenitoína;• Processos de distribuição: Indução enzimática• Inibição enzimática• Processos de biotransformação: Alteração do pH urinário • Alteração do transporte ativo; • Lítio X AINES• Processos de excreção Interações medicamentosas farmacocinéticas Página 11 de Nova Seção 1 2 Perfusão sanguínea;• Permeabilidade capilar e tecidual (lipossolubilidade e grau de ionização); • Ligação às proteínas plasmáticas;• Ligação aos tecidos.• Fatores que afetam a distribuição: As moléculas de fármacos existem em forma ligada ou livre em cada compartimento, mas somente a forma livre pode mover- se entre os compartimentos. Forma livre: Ativa;• Forma ligada (reversível): Farmacologicamente inerte;• Ligação a proteínas plasmáticas: ALBUMINA: proteína plasmática mais importante, se liga pp/ a drogas ácidas (p.ex. varfarina, AINE, sulfonamidas) e menos a drogas básicas. • ALFA-1 GLICOPROTEÍNA ÁCIDA: menos importante, se liga pp/ a drogas básicas. • •TIPOS DE PROTEÍNAS: A concentração do fármaco;• A afinidade do fármaco pelos sítios de ligação; • A concentração da proteína.• Ligação dos fármacos as proteínas dependem basicamente de 03 fatores : Hipoalbuminemia ( cirrose, síndrome nefrótica, e desnutrição grave) • Velhice (↓capacidade de ligação) • Gestação (hemodiluição)• Fatores que aumentam a fração livre dos fármacos: •Conseqüências da ligação fármaco-proteína: Duração e intensidade de efeitos; Interação e possível toxicidade. Exemplos: Anticoagulante cumarínico X fenilbutazona; Fenitoína X AAS; Antidiabético X Acetazolamida. INFLUÊNCIA DO GRAU DE IONIZAÇÃO DA DROGA NA FARMACOCINÉTICA: A constante de dissociação da substância ou pKa• O pH do meio onde se encontra a molécula, o qual pode ser diferente entre os lados da membrana.• ácidos fracos em meio ácido se dissociam pouco permanecendo em forma molecular, mais lipossolúvel e com melhor capacidade de difusão. • No mesmo meio ácido, bases fracas (aceptoras de prótons) estão, em forma ionizada, polar, mais hidrossolúvel e portanto, com maior dificuldade para transpor membranas. • O equilíbrio entre os dois lados da membrana na difusão passiva se dá entre as formas não ionizadas.• para ácidos quando o pKa for: Alto: o ácido é fraco. Baixo: o ácido é forte.• Para bases quando o pKb for: Alto: a base é forte. Baixo: a base é fraca.• quando o pH é alto predomina a forma não protonada dos dois (A- e B), quando o pH é baixo predomina a forma protonada (BH+ e HA, que da base é ionizada e do ácido não ionizada) • O pK alto indica que é uma base forte e pK baixo indica que é um ácido forte.• O grau de ionização é dependente de dois fatores relacionados pela equação de Henderson – Hasselbach: Distribuição das Drogas sábado, 1 de maio de 2021 08:38 Página 12 de Nova Seção 1 2 Fármacos podem interagir com moléculas intra e extracelulares, como as proteínas de membrana celulares, ácidos nucleicos, polipeptídeos e polisacarídeos. Estas ligações podem igualmente influenciar a distribuição. A relação entre fração livre/fração ligada pode ser influenciada por situações onde ocorre variações nas concentrações das proteínas plasmáticas, podemos citar as situações de hipoalbuminemia por cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição grave e uremia; na gestação, em que há hemodiluição e em idosos, onde, muitas vezes por menor capacidade de produção de proteínas, o teor de ligação a fármacos torna-se menor. Fármacos podem competir entre si pelos sítios de ligação protéica, sendo deslocado o que tem menor afinidade pelos mesmos, ficando, com a fração livre aumentada no plasma. Também pode ocorrer que ao ligar-se à proteína altere a estrutura terciária desta, alterando, assim, a afinidade da proteína por outras substâncias. Ligação aos tecidos: •Muitos fármacos acumulam-se no organismo em alguns tecidos originando um prolongamento da ação farmacológica; Tecido adiposo:lipossolubilidade e baixo fluxo sanguíneo; Ossos e dentes: tetraciclinas; Pele e unhas: arsênio. Solubilidade da Droga: Fármacos insolúveis em lipídios – plasma e líquido intersticial; Fármacos lipossolúveis – todos os compartimentos (dependendo apenas do fluxo sanguíneo), acumulado em tecido adiposo. Para que ocorra a distribuição: essencialmente lipossolúveis + certa solubilidade aquosa. Ligação de fármacos às proteínas plasmáticas • A albumina plasmáticaé a mais importante e é uma fonte de variações entre espécies; a globulina-β e a glicoproteína ácida também se ligam a alguns fármacos que são bases. • A albumina plasmática se liga principalmente fármacos ácidos (aproximadamente duas moléculas por molécula de albumina). A ligação saturável às vezes leva a uma relação não linear entre a dose do fármaco e a concentração de sua porção livre (ativa). • Uma extensa ligação proteica retarda a eliminação do fármaco (metabolismo e/ou filtração glomerular). • A competição entre fármacos pela ligação proteica pode, embora raramente, levar a interações medicamentosas clinicamente importantes, mas isso é pouco frequente. Distribuição dos fármacos • O volume de distribuição (Vd) é definido como o volume que poderia conter todo o conteúdo corporal do fármaco em uma concentração igual à do plasma. • Fármacos que não são lipossolúveis ficam confinados no plasma e no líquido intersticial; a maioria não penetra no cérebro após uma dose aguda. • Os fármacos lipossolúveis chegam a todos os compartimentos, podendo acumular-se na gordura. • Para os fármacos que se acumulam fora do plasma (p. ex., na gordura ou ligados nos tecidos), o Vd pode exceder o volume corporal total. tempo gasto para que a concentração plasmática ou a quantidade original de um fármaco no organismo se reduza à metade. • Css: concentração do estado de equilíbrio, orientadora do regime posológico e obtida quando se administra um medicamento em doses repetidas, a intervalos regulares. Tal repetição, permite a manutenção desse platô de concentração constante, por reposição da parte do fármaco que esta sendo eliminado. • a concentração do estado de equilíbrio (Css ) é alcançada após 4-6 intervalos de meia-vida; o paciente alcançará 50% de equilíbrio dinâmico após uma meia vida do fármaco, 75% de equilíbrio dinâmico após duas meias-vidas, 87,5% após três meias vidas e 94% após quatro meias-vidas. • MEIA-VIDA BIOLÓGICA (t1/2): Distribuição das drogas quarta-feira, 19 de maio de 2021 19:03 Página 13 de Nova Seção 1 2 Os fármacos são convertidos em substancias polares e relativamente insolúvel em lipídios, suscetíveis à excreção renal e/ou biliar. (Yagiela) • Conversão enzimática de uma substância em outra. (Rang)• •O metabolismo é um dos principais mecanismos através dos METABOLIZAÇÃO OU BIOTRANSFORMAÇÃO O metabolismo pode resultar em: Metabólitos inativos ou menos ativos; Metabólitos com maior polaridade (menos lipossolúveis); Metabólitos ativos e pró-drogas. quais é interrompida a ação de uma droga; Reduz significativamente a disponibilidade oral das drogas altamente metabolizadas. • Efeito de metabolismo de primeira passagem: Reação de Fase I Promovem a inserção de grupos químicos (OH, NH2, COOH, SH) que aumentam a hidrossolubilidade da droga e alteram a atividade biológica; A reação de fase I é catalizada por enzimas do citocromo P450 (localizadas na membrana do retículo endoplasmático liso dos hepatócitos). Conjugação de moléculas endógenas aos grupos químicos inseridos na reação de fase I; • O conjugado resultante é, em geral, inativo e mais hidrossolúvel; • Substratos para conjugação:• Ácido glicurônico (glicuronídeo):• Recirculação êntero-hepática (interações);• Acetato, sulfato ou aminoácidos como a glicina e glutamina. • Reações de Fase II Farmacocinética - Metabolização sábado, 1 de maio de 2021 09:16 Página 14 de Nova Seção 1 2 Metabolismo dos fármacos • As reações de fase 1 envolvem oxidação, redução e hidrólise: – Geralmente formam produtos quimicamente mais reativos, que podem ser farmacologicamente ativos, tóxicos ou carcinogênicos – envolvem um sistema de monoamino-oxigenases, no qual o citocromo P450 desempenha papel fundamental. • As reações de fase 2 envolvem a conjugação (p. ex., glicuronidação) de um grupo reativo (geralmente inserido durante a reação de fase 1) e levam à formação de produtos inativos e polares que são eliminados facilmente na urina. • Alguns produtos conjugados são eliminados pela bile, reativados no intestino e depois reabsorvidos (“circulação êntero-hepática”). • A indução das enzimas P450 pode acelerar acentuadamente o metabolismo hepático de fármacos. Em consequência, pode haver aumento da toxicidade de fármacos que possuem metabólitos tóxicos, e é uma causa importante da interação fármacofármaco como na inibição enzimática. • O metabolismo pré-sistêmico no fígado ou na parede intestinal reduz a biodisponibilidade de diversos fármacos quando são administrados por via oral. Sistema mono-oxigenase P450 domingo, 16 de maio de 2021 15:48 Página 15 de Nova Seção 1 2 catalisa uma ampla variedade de reações oxidantes e redutoras e exerce atividade contra um grupo de substrato quimicamente diferentes; • As famílias 1,2 e 3 de citocromo P450 (CYP1, CYP2 e CYP3) codificam as enzimas que participam na maioria das biotransformações de fármacos em humanos. • A CYP3A4 participa da biotransformação na maioria dos fármacos e expressa-se em níveis significativos fora do fígado. • A biotransformação de fármacos e outros xenobióticos em metabólitos mais hidrofílicos é, portanto, essencial para o término de sua atividade biológica, bem como para sua eliminação. • A biotransformação também pode ser um meio de produção de compostos ativos. São conhecidos inúmeros exemplos onde o fármaco administrado (denominado "pró-fármaco") é um produto inativo, o qual é, in vivo, convertido na forma farmacologicamente ativa. Frequentemente, a biotransformação pode também originar metabólitos ativos. A duração e a intensidade da resposta variam com o tempo de duração destas substâncias no organismo. Espécie;• Idade;• Raça;• Sexo;• Nutrição;• Fatores genéticos;• Fatores patológicos;• Co-administração de drogas (importante fonte de interações farmacocinéticas): • Indução enzimática: barbitúricos, benzopireno, fenitoína, álcool, rifampicina, carbamazepina, fumo, etc. • Inibição enzimática (competitiva e não competitiva): cimetidina,, eritromicina, cetoconazol, etanol, dissulfiram, etc. • Fatores que afetam o metabolismo citocromo P450. quarta-feira, 19 de maio de 2021 20:15 Página 16 de Nova Seção 1 2 Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga; • Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos; • Diminui as concentrações séricas da droga livre e total; • Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. • Indutores Enzimáticos Diminui a velocidade de produção de metabólitos; • Diminui a depuração total da droga; • Aumenta as concentrações séricas da droga livre e total; • Aumenta os efeitos farmacológicos da droga. • Inibidores Enzimáticos Drogas que induzem ou inibem os sistemas enzimáticos de biotransformação: Etanol• Rifampicina• Tabagismo• INDUTORES Cimetidina• Cetoconazol• Dissulfiram• INIBIDORES Diminui o Débito Cardíaco • Diminui entrada no fígado • Cuidado: Pacientes com medicações sistêmicas (Propanolol) • Insuficiência Cardíaca Metabolismo Não Hepático • Ex. Rins, Pulmões, Intestino, etc; • Bactérias / Enzimas que atuam no metabolismo – Incluindo membros da famíla P450; • Metabolismo microssomal e não microssomal. A aceleração da biotransformação do fármaco pode acarretar redução em intensidade e duração da resposta aos fármacos; ou, por outro lado pode associar-se ao aumento da toxicidade no caso dos fármacos que são metabolizados a formas ativas ou tóxicas. Página 17 de Nova Seção 1 2 É um processo que consiste na saída dos fármacos e dos seus metabólitos do sistema circulatório para o exterior do organismo. • EXCREÇÃO DAS DROGAS O fármaco ser excretado sem sofrer biotransformação; • O fármaco ser biotransformado em compostos mais polares para facilitar sua excreção. • Pode ocorrer de duas formas: Suor, lágrimas, saliva (gosto), secreções gástricas, pancreáticas e intestinais: pouco importantes; • Leite materno: sem importânciaquantitativa, porém com riscos ao feto; • Pulmonar:via primária para gases e compostos voláteis; • Biliar;• Renal: mais importante.• Vias de Excreção das drogas EXCREÇÃO RENAL Filtração glomerular;• Secreção tubular ativa;• Reabsorção tubular.• Envolve basicamente três processos: Excreção renal Taxa de filtração: 130 mL/min;• O fluxo sanguíneo, tamanho e formato das moléculas são determinantes no processo de filtração; • Aproximadamente 20% das drogas são excretadas por • este processo.• Filtração Glomerular Processo ativo mediado por transportadores; • A ligação das drogas com proteínas plasmáticas não interferem na secreção; • Pode haver competição entre ácidos e bases; • Aproximadamente 80% das drogas são excretadas por este processo. • Excreção renal Secreção Tubular Ativa: Depende da lipossolubilidade e das características físico-químicas do fármaco e pH urinário; • Drogas lipossolúveis e na forma não ionizada são lentamente excretadas (reabsorvidas); • Drogas altamente polares e ionizadas são excretadas rapidamente por não sofrer reabsorção. • Excreção renal Reabsorção Tubular Passiva: Fármacos e metabólitos na bile são liberados no TGI durante o processo digestivo – podem ser excretados nas fezes • Conjugados (glicorunídios) na bile são transportados até o intestino, onde são hidrolisados. • A substância ativa livre pode ser reabsorvida – ciclo êntero-hepático. • Prolongamento da ação do fármaco morfina e etinilestradiol • Excreção Biliar: Farmacocinética Excreção sábado, 1 de maio de 2021 09:36 Página 18 de Nova Seção 1 2 Excreção de materiais voláteis – glândulas de secreção brônquica e alvéolos.• Difusão simples através das membranas celulares.• A taxa de excreção de gases não é constante – freqüência respiratória e fluxo sangüíneo pulmonar. • A solubilidade do gás no sangue afeta a taxa de excreção do gás.• Pulmões excretam fármacos originais.• Aumento do débito cardíaco (aumento do fluxo sangüíneo pulmonar) aumenta a taxa de excreção - alvéolos recebem maior quantidade de sangue com gás. • Choque - queda do débito – reduz excreção dos pulmões.• Excreção Pulmonar: É uma das principais vias de excreção.• Processo lento.• Excreção de fármacos não absorvidos pelo TGI (insulina,glucagon etc), sulfas, antibióticos, adsorventes, sais etc. • A precipitação de substâncias orgânicas impede absorção e aumenta a excreção fecal de fármacos. • EXCREÇÃO FECAL- INTESTINO: Difusão da forma lipossolúvel, não-ionizada, através das células epiteliais das glândulas. • O pKa da droga e o pH da secreção da glândula determinam a quantidade da droga a ser excretada. • As substâncias excretadas costumam ser deglutidas, tendo o mesmo • destino das drogas VO.• A concentração de fármacos na saliva equivale à do plasma.• Saliva – útil para determinar concentração de fármacos.• “Gosto de remédio” – após administração IV.• EXCREÇÃO SALIVAR: Drogas presentes no sangue de mãe lactente são detectáveis em seu leite. • A concentração da droga no leite depende: • Da quantidade de fármaco no sangue materno; • Da lipossolubilidade;• Do grau de ionização;• Da sua secreção ativa.• Leite (pH 6,5) – mais ácido que o plasma (pH 7,4). • Compostos básicos (morfina, codeína) mais concentrados no leite. • Ácidos fracos ficam menos concentrados do que no plasma. • Ligação protéica materna alta – baixas concentrações no leite. • EXCREÇÃO MAMÁRIA- amamentação: CLEARANCE TOTAL: Quantidade da droga no plasma que é removida do corpo por um determinado tempo. • Varia muito entre as drogas e na presença de patologia renais, pacientes idosos, etc; • Pode ser expressa em clearance renal, clearance hepático, etc.• Para drogas não metabolizadas hepaticamente sua duração de ação depende basicamente do clearance renal. • ELIMINAÇÃO DAS DROGAS EXPRESSA COMO DEPURAÇÃO: • Cltot: concentração plasmática em estado de equilíbrio (Ceq): Ceq = velocidade de administração do fármaco/CLtot. compartimento único bem homogeneizado de volume Vd. O Vd é um volume que relaciona a quantidade de um fármaco no organismo em qualquer momento com a sua concentração plasmática. • meia-vida de eliminação (t1/2) é diretamente proporcional ao Vd e inversamente proporcional a CLtot. • Com a administração repetida ou liberação prolongada de um fármaco, a concentração plasmática chega a um valor de estado de equilíbrio após três a cinco meias-vidas. • Em situações de urgência, pode ser necessário administrar uma dose de ataque para alcançar a concentração terapêutica rapidamente. A dose de ataque (L) necessária para obter uma desejada concentração plasmática inicial (Calvo) é determinada por Vd: L = Calvo × Vd. •modelo de dois compartimentos: as cinéticas são biexponenciais. Os dois compartimentos representam os processos de transferência entre o plasma e tecidos (fase α) e a eliminação do plasma (fase β). Farmacocinética Excreção sábado, 1 de maio de 2021 11:03 Página 19 de Nova Seção 1 2 Pode ser definida como o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos de drogas e de seus mecanismos de ação; • Tem por objetivos esclarecer as interações químicas ou físicas entre a droga e as células- alvo e caracterizar a seqüência completa de alterações produzidas nessas células bem como das alterações fisiológicas decorrentes. • FARMACODINÂMICA MECANISMO GERAIS DE AÇÃO DAS DROGAS: Ehrlich: especificidade dos antiparasitários e efeitos tóxicos de substâncias químicas sintéticas. • Langley: curare/nicotina • Final do século XIX: MECANISMO GERAIS DE AÇÃO DAS DROGAS: LIGANTES ENDÓGENOS: RECEPTORES• LIGANTES EXÓGENOS: ACEPTORES (enzimas, canais de íons, transportadores, DNA, ações sobre membranas). • AÇÕES INESPECÍFICAS: LAXATIVOS, VOMITIVOS, CONSTIPANTES, ANTIÁCIDOS, ETC. • AÇÕES ESPECÍFICAS: SÍTIOS CELULARES DE AÇÃO DAS DROGAS: Componente do organismo (protéico ou não)com o qual a droga interage; • Os efeitos da droga resultam de sua interação com o receptor/aceptor; • As drogas podem alterar a velocidade de qualquer função fisiológica; • As drogas não criam efeitos, elas modulam funções.• RECEPTORES/ACEPTORES: A que tipo de receptores/aceptores ela se liga;• Que funções celulares esses receptores/aceptores modulam; • Em que tecidos esses receptores/aceptores estão distribuídos. • Os efeitos terapêuticos, tóxicos e colaterais de uma droga são determinados por: A ligação da droga com receptores envolve todos os tipos conhecidos de interações Iônicas, pontes de hidrogênio, hidrofóbicas, van der Waals e covalentes. • químicas: A afinidade e a atividade intrínseca da droga é determinada pela sua estrutura química; Alterações mínimas na estrutura química da droga podem Drogas mais potentes;• Drogas com menos efeitos colaterais;• Drogas mais seletivas;• Alterações no perfil farmacocinético.• gerar: RELAÇÃO ESTRUTURA ATIVIDADE: Introdução a Farmacodinâmica sábado, 1 de maio de 2021 11:22 Página 20 de Nova Seção 1 2 Tanto os agonistas quanto os antagonistas ligam-se aos receptores, mas apenas os agonistas os ativam. Conforme demonstrado na figura 1, o receptor ocupado é capaz de passar de um estado de repouso (R) para um estado ativado (R*), sendo o R* facilitado pela ligação de uma molécula de um agonista, mas não de uma molécula de um antagonista. Os receptores podem apresentar uma ativação constitutiva (por exemplo: a conformação R* pode ocorrer sem que qualquer ligante se una aos receptores), assim o fármaco administrado encontra uma mistura com um equilíbrio entre R e R*. Se o fármaco tiver uma afinidade maior por R* do que por R, causará um deslocamento no equilíbrio na direção de R* (por exemplo: o fármaco promoverá a ativação do receptor e será classificado como agonista). Se a preferência do fármaco por R* for muito grande, quase todos os receptores ocupados adotarão a conformação R* e esse fármaco será um agonista pleno (eficácia positiva);se o fármaco apresentar apenas uma seletividade moderada por R*, uma proporção menor dos receptores ocupados irá adotar a conformação R* e este será um agonista parcial; se ele não apresentar nenhuma preferência, o equilíbrio R:R* vigente não será perturbado, e este fármaco será um antagonista competitivo (eficácia zero), ao passo que, se ele referir R, deslocará o equilíbrio em direção a R e será um agonista inverso (eficácia negativa). Modelo de dois estados do receptor quarta-feira, 19 de maio de 2021 20:32 Página 21 de Nova Seção 1 2 DROGAS QUE ATUAM EM RECEPTORES: AGONISTAS: são fármacos que se ligam aos receptores e simulam os efeitos de compostos reguladores endógenos. ANTAGONISTAS: são fármacos que se ligam aos receptores, porém não simulam e sim interferem na ligação dos agonistas endógenos. DROGAS AGONISTAS E ANTAGONISTAS: AFINIDADE: é a tendência do fármaco se ligar ao receptor; EFICÁCIA: descreve a capacidade de um simples complexo droga-receptor em provocar uma resposta no tecido (atividade intrínseca); POTÊNCIA: descreve a concentração (CE50) ou dose (DE50) de uma droga necessária para produzir 50% do efeito máximo desta droga. TEORIAS DE OCUPAÇÃO: CLARCK 1920: Lei da ação das massas - linear; ARIENS:1954: Eficácia ou atividade intrínseca (varia de 0,0 a 1,0); STEPHENSON 1956: Reação alinear baseada na atividade intrínseca; MODELO DE DOIS ESTADOS. DROGAS AGONISTAS E ANTAGONISTAS: Ligam-se ao receptor (tem afinidade) e “imitam” o efeito do ligante endógeno (possuem atividade intrínseca e acarretam alteração conformacional na célula). • AGONISTAS TOTAIS OU PLENOS: Têm afinidade, mas, possuem atividade intrínseca menor que a do agonista total produzindo parte do seu efeito. • AGONISTAS PARCIAIS: DROGAS AGONISTAS E ANTAGONISTAS: AGONISTAS INVERSOS: Têm afinidade, apresentam atividade intrínseca, mas acarretam o efeito inverso do agonista. ANTAGONISTAS: Ligam-se ao receptor (tem afinidade) mas não possuem atividade intrínseca. Atuam competindo com o ligante endógeno pela ligação ao receptor. Podemos classificar os antagonistas conforme o seu mecanismo de ação: Antagonismo competitivo: reversível e irreversível.• características antagonismo competitivo são: • deslocamento da curva log da concentração × efeito do agonista para a direita, sem alteração na inclinação ou no efeito máximo (o antagonismo pode ser ultrapassado se a concentração do agonista for aumentada); • relação linear entre razão de dose do agonista e concentração do antagonista; • evidências de competição provenientes de estudos de ligação (binding). O antagonismo competitivo é o mecanismo mais direto por meio do qual um fármaco pode reduzir o efeito de outro (ou de um mediador endógeno). Antagonismo não-competitivo• ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO ANTAGONISMO QUÍMICO: duas substâncias se combinam em solução; o efeito do fármaco ativo é perdido. • ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: interação entre dois fármacos cujas ações opostas no organismo tendem a se anular mutuamente. • ANTAGONISMO FARMACOCINÉTICO: “antagonista” reduz de• fato a concentração do fármaco ativo em seu ponto de ação. Tipos de antagonismo: O antagonismo competitivo reversível é o tipo mais comum e mais importante; tem duas principais características: na presença do antagonista, a curva do log da concentração × efeito do agonista é deslocada para a direita, sem alteração na inclinação ou no efeito máximo, sendo a extensão do deslocamento uma medida da razão de dose – a razão de dose aumenta linearmente com a concentração do antagonista • A afinidade do antagonista, medida dessa forma, é amplamente utilizada com base para a classificação do receptor. Agonistas, antagonistas e eficácia • Os fármacos que agem sobre os receptores podem ser agonistas ou antagonistas. • agonistas dão origem a alterações no funcionamento celular que produzem efeitos de vários tipos; antagonistas ligam-se a receptores sem originar tais alterações. • A potência dos agonistas depende de dois parâmetros: afinidade ( tendência do agonista de se ligar a receptores) eficácia (a capacidade de, uma vez ligado a um receptor, dar início a alterações que provocam efeitos). • A eficácia dos antagonistas é igual a zero. • agonistas plenos (capazes de produzir efeitos máximos) alta eficácia; agonistas parciais (capazes de produzir apenas efeitos submáximos) eficácia intermediária. • modelo dos dois estados, a eficácia reflete a afinidade relativa do composto pelos estados de repouso e ativado do receptor. Os agonistas mostram seletividade pelo estado ativado; os antagonistas não exibem seletividade. Esse modelo, não é capaz de explicar a complexidade da ação dos agonistas. • agonistas inversos seletividade pelo estado de repouso do receptor. • Moduladores alostéricos se ligam a locais no receptor diferentes do local de ligação do agonista e conseguem modificar a atividade do agonista. Drogas Agonistas e Antagonistas sábado, 1 de maio de 2021 11:37 Página 22 de Nova Seção 1 2 REGULAÇÃO DOS RECEPTORES: Dessensibilização ou taquifilaxia;• Tolerância ou refratariedade;• DOW REGULATION (regulação decrescente): Modificação dos receptores;• Perda dos receptores;• Exaustão dos mediadores;• Aumento da degradação metabólica; • Adaptação fisiológica.• CAUSAS: Hiper-reatividade;• Super-sensibilidade.• UP REGULATION (regulação crescente): Tolerância: diminuição mais gradual da responsividade a um fármaco, que leva horas, dias ou semanas para se desenvolver. Refratariedade: perda da eficácia terapêutica. Resistência: perda de eficácia dos fármacos antimicrobianos ou antineoplásicos Ligação de fármacos aos receptores • A ligação dos fármacos aos receptores obedece, à Lei da Ação das Massas. • No equilíbrio, a ocupação dos receptores está relacionada à concentração do fármaco, de acordo com a equação de Hill-Langmuir (2.5). • Quanto maior a afinidade do fármaco pelo receptor, menor a concentração do fármaco na qual ele produz determinado nível de ocupação. • Os mesmos princípios são válidos quando dois ou mais fármacos competem entre si pelos mesmos receptores; cada um tem o efeito de reduzir a afinidade aparente do outro. Efeitos farmacológicos • Os fármacos agem principalmente sobre alvos celulares, produzindo efeitos em diferentes níveis funcionais (p. ex., em nível bioquímico celular e em níveis fisiológico e estrutural). • O efeito direto do fármaco sobre seu alvo produz respostas agudas no âmbito da bioquímica celular ou fisiológico. • Respostas agudas geralmente conduzem a efeitos retardados que se manifestam no longo prazo, como dessensibilização ou infrarregulação (down-regulation) dos receptores, hipertrofia, atrofia ou remodelamento dos tecidos, tolerância e dependência. • As respostas retardadas que se manifestam em longo prazo resultam de alterações na expressão de genes, embora os mecanismos por meio dos quais os efeitos agudos provocam tais alterações sejam, muitas vezes, pouco compreendidos. • Os efeitos terapêuticos podem basear-se nas respostas agudas (p. ex., uso de fármacos broncodilatadores para tratar a asma; ou nas respostas tardias (p. ex., antidepressivos;). Dessensibilização e Taquifilaxia sábado, 1 de maio de 2021 11:46 Página 23 de Nova Seção 1 2 reconhecer moléculas• transdução da informação codificada pela molécula na célula • Receptores: estruturas especializadas nos sistemas biológicos, especificidade no reconhecimento de drogas, potência extraordinária • enzimas e proteínas estruturais podem atuar como receptores de fármacos ou de agonistas endógenos. • ALVOS BIOLÓGICOS = RECEPTORES SÍTIOS CELULARES DE AÇÃO DAS DROGAS: Componente do organismo (protéico ou não) com o qual a droga interage; • Os efeitos da droga resultam de sua interação com o receptor/aceptor; • As drogas podem alterar a velocidade de qualquer função fisiológica; • As drogas não criam efeitos, elas modulam funções. • RECEPTORES/ACEPTORES: A que tipo de receptores/aceptoresela se liga; • Que funções celulares esses receptores/aceptores modulam; • Em que tecidos esses receptores/aceptores estão distribuídos. • Os efeitos terapêuticos, tóxicos e colaterais de uma droga são determinados por: Iônicas, pontes de hidrogênio, hidrofóbicas, van der Waals e covalentes. • A ligação da droga com receptores envolve todos os tipos conhecidos de interações químicas: CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES: Membrana ou intracelular;• Pré ou pós-sinápticos;• Não sinápticos.• TOPOGRÁFICA: Tipos e subtipos (isoformas). • QUANTO AO MEDIADOR: RECEPTORES IONOTRÓPICOS OU RECEPTORES RÁPIDOS: ligados a canais (milissegundos); • RECEPTORES METABOTRÓPICOS OU RECEPTORES LENTOS: ligados a proteína G (segundos); • RECEPTORES LIGADOS A TIROSINA QUINASE (minutos); • RECEPTORES QUE CONTROLAM A TRANSCRIÇÃO GÊNICA (horas). • CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES QUANTO SEU MECANISMO DE TRANSDUÇÃO DE SINAL: inibição reversível (neostigmina / AChE); • inibição irreversível (aspirina / COX); • substrato falso (metildopa) • Enzimas: Alvos terapêuticos de ação dos fármacos receptores metabotropicos sábado, 1 de maio de 2021 11:57 Página 24 de Nova Seção 1 2 Receptores ligados à tirosina quinase proteína que pode formar dímeros ou complexos de subunidades múltiplos. Quando ativados, esses receptores sofrem alterações conformacionais, resultando em aumento da atividade enzimática no citosol, dependendo de sua estrutura e função. Essa resposta dura de minutos a horas. Os receptores ligados a enzimas mais comuns (fator de crescimento epidermal, fator de crescimento derivado de plaquetas, peptídeo natriurético atrial, insulina e outros) possuem atividade tirosina quinase como parte da sua estrutura. O receptor ativado fosforila resíduos de tirosina nele próprio e em outras proteínas específicas =. A fosforilação pode modificar de modo substancial a estrutura da proteína-alvo, atuando, assim, como um interruptor molecular. Por exemplo, quando o hormônio peptídico insulina se liga a duas de suas subunidades receptoras, a sua atividade tirosina quinase intrínseca causa autofosforilação do próprio receptor. Por sua vez, o receptor fosforilado fosforila outros peptídeos ou proteínas, que ativam na sequência outros sinais celulares importantes. Essa cascata de ativação resulta na multiplicação do sinal inicial, muito semelhante aos receptores acoplados à proteína G. Receptores acoplados à proteína G • metabotrópicos ou receptores com sete domínios transmembrana (7-TDM). • estruturas: sete α-hélices que atravessam a membrana, em geral ligadas, formando estruturas diméricas. • A terceira alça intracelular interage com a proteína G. • A proteína G é uma proteína de membrana que compreende três subunidades (α, β, γ), com a subunidade α apresentando atividade GTPásica. • Quando o trímero se liga a um receptor ocupado por um agonista, a subunidade α se liga a GTP, dissocia-se e, então, fica livre para ativar um efetor (p. ex., uma enzima de membrana). Em alguns casos, a subunidade βγ é a espécie ativadora. • A ativação do efetor termina quando ocorre a hidrólise da molécula de GTP ligada, o que permite que a subunidade α se recombine com βγ. • Existem vários tipos de proteína G, que interagem com diferentes receptores e controlam diferentes efetores. • Exemplos: receptor muscarínico da acetilcolina, adrenoceptores, receptores de neuropeptídeos e de quimiocinas, e os receptores ativados por protease. Maior família se receptores de superfície, sendo codificados por mais de 1 % do genoma humano (estima-se milhares de receptores) • Respondem a uma grande gama de estímulos (luz, odor, sabor, neurotransmissores, hormônios, peptídeos, etc) • RECEPTORES METRABOTRÓPICOS ACOPLADOS À PROTEÍNA G: Alvos das proteínas G GPCRs controlam diferentes aspectos da função celular, são: • adenilil ciclase, uma enzima responsável pela formação de AMPc • fosfolipase C, por sua vez, enzima responsável pela formação de fosfato de inositol e diacilglicerol (DAG); • canais iônicos, particularmente os canais de cálcio e de potássio; • Rho A/Rho quinase, um sistema que regula a atividade das muitas vias de sinalização que controlam o crescimento e a proliferação celular, a contração da musculatura lisa etc.; • proteína quinase ativada por mitógenos (MAP quinase), um sistema que controla muitas funções celulares, incluindo a divisão celular. As proteínas G são GTPases e o heterotrímero se dissocia quando da interação com GTP, gerando uma subunidade alfa-GTP e um dímero beta- gama Exemplos de substâncias que ativam receptores ligados a tirosina quinase: Estimulam: • Insulina • Alguns fatores de crescimento Proteínas transportadoras de íons e moléc. orgânicas (glicose, aa). • Ex: fluoxetina (antidepressivo) impede a recaptação da serotonina pelas transportadoras. • Proteínas transportadoras: Página 25 de Nova Seção 1 2 Canais iônicos regulados por ligantes • receptores ionotrópicos. • envolvidos principalmente na transmissão sináptica rápida. • famílias estruturais: organização heteromérica de quatro ou cinco subunidades, com hélices transmembrana dispostas em torno de um canal central aquoso. • A ligação do ligante e a abertura do canal ocorrem em uma escala de tempo de milissegundos. • exemplos: receptores nicotínicos da acetilcolina, do GABA tipo A (GABAA), receptores de glutamato (NMDA) e de ATP (P2X). Em geral, o canal está fechado até que o receptor seja ativado por um agonista que abre o canal brevemente, por poucos milissegundos. Dependendo do íon conduzido através desses canais, os receptores medeiam diversas funções, incluindo neurotransmissão e contração cardíaca ou muscular. Por exemplo, a estimulação do receptor nicotínico pela acetilcolina resulta em influxo de sódio e efluxo de potássio, gerando um potencial de ação no neurônio ou contração no músculo esquelético. Por outro lado, a estimulação do receptor ácido γ-aminobutírico (GABA) pelo agonista aumenta o influxo de cloretos e hiperpolariza os neurônios. Os canais iônicos disparados por voltagem também podem ter locais de fixação de ligantes que podem regular a função do canal. Por exemplo, os anestésicos locais se ligam ao canal de sódio disparado por voltagem, inibindo o influxo de sódio e diminuindo a condução neuronal.Os canais iônicos são macromoléculas transmembrânicas, formando um poro aquoso através da bicamada lipídica. • São elementos fundamentais na atividade celular elétrica e funcional; • Canais Iônicos: Tipo 1: Canais iônicos controlados por ligantes (receptores ionotrópicos).são os receptores nos quais os neurotransmissores rápidos agem • Tipo 2: Receptores acoplados à proteína G (GPCRs, do inglês G-protein-coupled receptors). São também conhecidos como receptores metabotrópicos ou receptores heptaelicoidais. São receptores de membrana que estão acoplados a sistemas efetores intracelulares principalmente por uma proteína G. Constituem a maior família4 e incluem receptores para vários hormônios e transmissores lentos • Tipo 3: Receptores relacionados e ligados a quinases. Esse é um grande e heterogêneo grupo de receptores de membrana que respondem principalmente aos mediadores proteicos. Apresentam um domínio extracelular de ligação de ligante conectado a um domínio intracelular por uma hélice única transmembrana. Em muitos casos, o domínio intracelular tem natureza enzimática (com atividade proteína quinase ou guanilil ciclase). • Tipo 4: Receptores nucleares. São receptores que regulam a transcrição gênica.5 Os receptores desse tipo também reconhecem muitas moléculas estranhas, induzindo a expressão de enzimas que os metabolizam. Nicotínicos• Benzodiazepínicos• Barbitúricos• Exemplos de substâncias que atuam em receptores que são canais iônicos: Página 26 de Nova Seção 1 2 Adenilato Ciclase• Fosfolipase C• Fosfolipase A2• Guanilato Ciclase• Canais iônicos• ENZIMAS EFETORAS Adenilato Ciclase: AMPcé nucleotídeo sintetizado no interior da célula a partir do ATP, pela ação de uma enzima ligada à membrana, a adenilil ciclase, produzido continuamente e inativado por hidrólise a 5’-AMP, através da ação de uma família de enzimas conhecidas como fosfodiesterases. Muitos fármacos, hormônios e neurotransmissores diferentes agem nos GPCRs e produzem seus efeitos aumentando ou diminuindo a atividade catalítica da adenilil ciclase, elevando ou diminuindo, assim, a concentração de AMPc dentro da célula. O AMP cíclico regula muitos aspectos da função celular, incluindo, enzimas envolvidas no metabolismo energético, divisão e diferenciação celulares, transporte de íons, canais iônicos e as proteínas contráteis no músculo liso. Esses efeitos variados são, contudo, todos efetuados por um mecanismo em comum, ou seja, a ativação de proteína quinases pelo AMPc – principalmente a proteína quinase A (PKA) nas células eucarióticas. As proteínas quinases regulam a função de muitas proteínas celulares diferentes pelo controle da fosforilação proteica. Fosfolipase C: Efetores controlados por protenías G podem ser ativadas ou inibidas por ligantes farmacológicos, dependendo da natureza do receptor e da proteína G • a adenilil ciclase catalisa a formação do mensageiro intracelular AMPc• o AMPc ativa várias proteínas quinases que controlam a função celular de muitas maneira diferentes, por meio de fosforilação de várias enzimas, transportadores e outras proteínas • Adenilil ciclase/AMPc: catalisa a formação de dois mensageiros intracelulares, IP3 e DAG, a partir de fosfolipídeos de membrana • o IP3 atua aumentando o Ca2+ citosólico livre, pela liberação de Ca2+ de compartimentos intracelulares • o aumento do Ca2+ livre dá início a vários eventos, incluindo contração, secreção, ativação de enzimas e hiperpolarização de membranas • o DAG ativa a proteína quinase C, que controla muitas funções celulares através da fosforilação de várias proteínas • • Fosfolipase C/trisfosfato de inositol (IP3)/diacilglicerol (DAG): As proteínas G ligadas a receptores controlam também: abertura de canais de potássio que resulta numa hiperpolarização da membrana• inibição de canais de cálcio, reduzindo, assim, a liberação de neurotransmissores• • Canais iônicos • Fosfolipase A2 (e, portanto, a formação de ácido araquidônico e eicosanoides) Fosforilação de proteínas na transdução de sinais • As tirosinas quinases ligadas a receptores, tirosinas quinases ativadas por nucleotídeos cíclicos e as serinas/treoninas quinases intracelulares constituem um mecanismo de “cascata de quinases” que leva à amplificação dos eventos mediados por receptores. • Existem muitas quinases com diferentes especificidades de substrato, proporcionando a especificidade observada nas vias ativadas por diferentes hormônios. • A dessensibilização de receptores ligados à proteína G decorre da fosforilação por quinases específicas de receptores, o que torna o receptor não funcional e leva à sua internalização. • Existe uma grande família de fosfatases que atuam desfosforilando proteínas e, assim, revertendo os efeitos das quinases. Receptores Metabotrópicos sábado, 1 de maio de 2021 12:10 Página 27 de Nova Seção 1 2 Exemplos de substâncias que atuam em Corticosteróide• Esteróides sexuais• Vitamina D• Hormônio tireoideo• receptores que regulam a transcrição gênica: Receptores nucleares A quarta família de receptores difere consideravelmente das outras três, pois o receptor é inteiramente intracelular, e, portanto, o ligante precisa difundir-se para dentro da célula para interagir com ele. Para mover- se através da membrana da célula-alvo, o ligante deve ser suficientemente lipossolúvel. O alvo primário desses complexos ligante-receptor são fatores de transcrição no núcleo da célula. A fixação do ligante com seu receptor geralmente ativa o receptor por meio de sua dissociação de uma variedade de proteínas. Então, o complexo ligante-receptor ativado se desloca até o núcleo, onde se dimeriza, em geral, antes de ligar-se aos fatores de transcrição que regulam a expressão gênica. A ativação ou inativação desses fatores causa a transcrição do DNA em RNA e a translação do RNA em uma série de proteínas. O curso temporal da ativação e da resposta desses receptores é da ordem de horas ou dias. Por exemplo, os hormônios esteroides exercem suas ações em células-alvo por meio de receptores intracelulares Mecanismo de ação genômico dos glicocorticoides. O processo se inicia pela passagem do glicocorticoide (lipofílico) pela membrana plasmática da célula alvo, por difusão passiva. No citoplasma, o glicocorticoide se liga ao seu receptor citoplasmático (GCR). O complexo fármaco-receptor sofre transformação estrutural, tornando-se capaz de penetrar no núcleo celular, onde se liga a regiões promotoras de genes, denominadas elementos responsivos aos glicocorticoides (GRE). Assim, há indução da síntese de proteínas anti- inflamatórias como anexina A1 e interleucina 10 (IL-10). Alvos terapêuticos de ação dos fármacos receptores metabotropicos: sábado, 1 de maio de 2021 12:17 Página 28 de Nova Seção 1 2 Divisão anatômica do SN: Encéfalo• Medula• Central Nervos• Periférico SN Voluntário ou Somático • SN Involuntário ou Visceral ou Autônomo • Divisão funcional do SN Sistema Nervoso Âutonomo: Contração e Relaxamento – Musculatura Lisa; • Secreção de glândulas exógenas e algumas endócrinas; • Batimento Cardíaco;• Metabolismo energético (fígado e rim).• Sistema de controle involuntário, principalmente dos seguintes processos: Controle Central do SNA: Transmissores do sistema nervoso autônomo • Os principais transmissores são a acetilcolina (ACh) e a norepinefrina. • Os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos, e a transmissão nos gânglios ocorre através dos receptores nicotínicos da ACh (embora os receptores muscarínicos da ACh também estejam presentes em células pós-ganglionares). • Os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares são colinérgicos, atuando nos receptores muscarínicos de órgãos-alvo. • Os neurônios simpáticos pós-ganglionares são, fundamentalmente, noradrenérgicos, embora alguns sejam colinérgicos (p. ex., glândulas sudoríparas). • Outros transmissores, além da norepinefrina e acetilcolina (transmissores NANC), também são abundantes no sistema nervoso autônomo. Os principais são o óxido nítrico e o peptídeo vasoativo intestinal (parassimpático), o ATP e o neuropeptídeo Y (simpático). Há também a participação de outros mediadores, tais como 5- hidroxitriptamina, GABA e dopamina. • A cotransmissão é um fenômeno geral. Introdução da farmacologia do sistema nervoso autônomo sexta-feira, 7 de maio de 2021 07:09 Página 29 de Nova Seção 1 2 SIMPÁTICO “Luta ou fuga” • PARASSIMP ÁTICO “Repouso e digestão” • Sistema Nervoso Autônomo: Origem dos nervos• Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares• Relação fibra pré/pós-ganglionares• Localização dos gânglios• Nt dos neurônios pós-ganglionares• SIMPÁTICO X PARASSIMPÁTICO: Diferenças do SNA Simpático X Parassimpático sexta-feira, 7 de maio de 2021 07:27 Página 30 de Nova Seção 1 2 Anatomia • O sistema nervoso autônomo é composto de três divisões: simpática, parassimpática e entérica. • O padrão básico (dois neurônios) dos sistemas simpático e parassimpático consiste em um neurônio préganglionar com o corpo celular no sistema nervoso central (SNC) e um neurônio pós-ganglionar com seu corpo celular em um gânglio autônomo. • O sistema parassimpático está conectado ao SNC por meio da: – Emergência em nervos cranianos (III, VII, IX, X) – Emergência sacral. • Os gânglios parassimpáticos geralmente estão próximos do órgão-alvo ou em seu interior. • A emergência simpática deixa o SNC por raízes espinhais torácicas e lombares. Os gânglios simpáticos formam duas cadeias paravertebrais, e há também gânglios na linha média do corpo. • O sistema nervoso entérico consiste em neurônios situados nos plexosintramurais do trato gastrointestinal. Ele recebe estímulos dos sistemas simpático e parassimpático, mas é capaz de agir isoladamente, controlando as funções motoras e secretórias do intestino. Fisiologia • O sistema autônomo controla a musculatura lisa (visceral e vascular), as secreções exócrinas (e algumas endócrinas), a frequência e a força de contração cardíacas, e certos processos metabólicos (p. ex., a utilização da glicose). • Os sistemas simpático e parassimpático têm ações antagônicas em algumas situações (p. ex., no controle da frequência cardíaca e sobre a musculatura lisa gastrointestinal), mas não em outras (p. ex., sobre as glândulas salivares e o músculo ciliar). • A atividade simpática aumenta durante o estresse (resposta de “luta ou fuga”), enquanto a atividade parassimpática predomina durante a saciedade e o repouso. Sob condições normais, ou seja, quando o organismo não está em situações extremas, ambos os sistemas exercem um controle fisiológico contínuo sobre órgãos específicos. • Todas as fibras parassimpáticas pós-ganglionares liberam acetilcolina, que age nos receptores muscarínicos. • Todas as fibras simpáticas pós-ganglionares (com uma exceção importante) liberam norepinefrina, que pode agir sobre receptores α ou β-adrenérgicos. A única exceção consiste na inervação simpática das glândulas sudoríparas, em que a transmissão resulta da ação da acetilcolina sobre receptores muscarínicos. Em algumas espécies, mas não em humanos, a vasodilatação no músculo esquelético é produzida por fibras nervosas simpáticas colinérgicas. A acetilcolina e a norepinefrina são os transmissores autonômicos de maior destaque e são fundamentais para a compreensão da farmacologia autonômica. Contudo, muitos outros mediadores químicos também são liberados pelos neurônios autonômicos, e sua importância funcional está se tornando cada vez mais clara. Anatomia básica e fisiologia do sistema nervoso autônomo domingo, 16 de maio de 2021 16:12 Página 31 de Nova Seção 1 2 • Os principais transmissores são a acetilcolina (ACh) e a norepinefrina. • Os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos, e a transmissão nos gânglios ocorre através dos receptores nicotínicos da ACh (embora os receptores muscarínicos da ACh também estejam presentes em células pós- ganglionares). • Os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares são colinérgicos, atuando nos receptores muscarínicos de órgãos-alvo. • Os neurônios simpáticos pós-ganglionares são, fundamentalmente, noradrenérgicos, embora alguns sejam colinérgicos (p. ex., glândulas sudoríparas). • Outros transmissores, além da norepinefrina e acetilcolina (transmissores NANC), também são abundantes no sistema nervoso autônomo. Os principais são o óxido nítrico e o peptídeo vasoativo intestinal (parassimpático), o ATP e o neuropeptídeo Y (simpático). Há também a participação de outros mediadores, tais como 5- hidroxitriptamina, GABA e dopamina. • A cotransmissão é um fenômeno geral. Neuromodulação e interações pré-sinápticas • Além de atuarem diretamente como neurotransmissores, os mediadores químicos são capazes de regular: – A liberação pré-sináptica de transmissores – A excitabilidade neuronal. • Ambos são exemplos de neuromodulação e geralmente envolvem a regulação de canais iônicos da membrana por meio de segundos mensageiros. • Os receptores pré-sinápticos podem inibir ou aumentar a liberação de um neurotransmissor, sendo a inibição a mais importante. • Os autorreceptores pré-sinápticos inibitórios estão presentes em neurônios noradrenérgicos e colinérgicos, fazendo com que cada transmissor iniba sua própria liberação (retroalimentação autoinibitória). • Muitos mediadores endógenos (p. ex., GABA, prostaglandinas, opioides e outros peptídeos), bem como os próprios transmissores, exercem um controle pré-sináptico (principalmente inibitório) sobre a liberação do transmissor autonômico. Transmissores do sistema nervoso autonomo domingo, 16 de maio de 2021 16:16 Página 32 de Nova Seção 1 2 Transmissão sináptica Principais: Acetilcolina (ACh) e Noradrenalina (NA). • Neurotransmissores do SNA Enzimas de síntese e degradação• Armazenamento em vesículas• Liberação cálcio-dependente• Presença de receptores• Similar exógeno deve ter efeitos semelhantes • Critérios para Neurotransmissor Receptores Receptores α-adrenérgicos α1- ↑ PLC α2- ↓ AC, ↓ canais de Ca2+ e ↑ canais de K+ Receptores β-adrenérgicos β1- ↑ AC β2- ↑ AC β3- ↑ AC Glicogenólise Hepática• Vasoconstrição (pele, mucosa, arteríolas coronarias) • Efeito inotrópico/cronotrópico + • TGI: redução motilidade/tônus• Esfíncteres: Contração• TGU: contração• Trígono bexiga: contração• Olho: Contração m. radial íris• Receptores α1 Vasoconstrição• TGI: redução motilidade/tônus• Redução da secreção insulina• Aumento da agregação plaquetária • SNC: Sedação• SNC: controle inibitório da salivação • Pré-sináptico: reduz liberação de noradrenalina e acetilcolina • Receptores α2 TGI: redução motilidade/tônus• Miocárdio: cronotrópico/inotrópico + • Nodo AV: aumento da velocidade de condução • impulsos.• Célula justa glomerular: aumento da liberação de renina. • Pré-sináptico: aumento da liberação de noradrenalina. • Receptores β1 TGI: redução motilidade/tônus • M. esquelético/fígado: glicogenólise • M. liso vascular de m. esquelético: dilatação. • Útero/brônquios: relaxamento • Receptores β2 Descrito por Emorine e cols. (1989) no tecido adiposo. • Aumenta a Lipólise.• Tem afinidade 10 vezes maior para a noradrenalina que • adrenalina.• Polimorfismo neste receptor: risco de obesidade e • diabetes.• Receptores β3 Descrito por Kaumann e cols. (1998) no coração. • Ligado à inibição da AC com redução do AMPc. • Receptores β4 Inativação MAO• COMT • Recaptação Enzimática VMA e MPEG• Metabólitos Introdução a farmacologia do sistema nervoso autônomo sexta-feira, 7 de maio de 2021 07:39 Página 33 de Nova Seção 1 2 É o neurotransmissor dos neurônios pré-ganglionares do: Sistema Nervoso Simpático, Sistema Nervoso Parassimpático • É o transmissores dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos.• Na JNM a ACh tem ação sobre as fibras musculares.• Acetilcolina Receptores da acetilcolina • São basicamente divididos em dois subtipos: os nicotínicos e os muscarínicos. • Os receptores nicotínicos estão ligados diretamente a canais de cátions e medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos e em vários locais do sistema nervoso central (SNC). Os receptores nicotínicos musculares e neuronais diferem quanto à estrutura molecular e à farmacologia. • Os receptores muscarínicos e nicotínicos são encontrados tanto na região pré-sináptica quanto na pós-sináptica e agem regulando a liberação do transmissor. • Os receptores muscarínicos estão acoplados à proteína G e produzem: – Ativação da fosfolipase C (e, consequentemente, a formação de trisfosfato de inositol e diacilglicerol como segundos mensageiros) – Inibição da adenilil ciclase – Ativação dos canais de potássio ou inibição dos canais de cálcio. • Os receptores muscarínicos medeiam os efeitos da acetilcolina nas sinapses pósganglionares parassimpáticas (principalmente no coração, nos músculos lisos e nas glândulas) e contribuem para a estimulação ganglionar. São encontrados em muitas partes do SNC. • Há três tipos principais de receptores muscarínicos: – Receptores M1 (“neuronais”), que produzem a excitação lenta dos gânglios. São bloqueados de modo seletivo pela pirenzepina – Receptores M2 (“cardíacos”), que provocam a diminuição da frequência cardíaca e da força de contração (principalmente dos átrios). São bloqueados de modo seletivo pela galamina. Os receptores M2 também medeiam a inibição pré-sináptica – Receptores M3 (“glandulares”), que são responsáveis por fenômenos como secreção, contração dos músculos lisos das vísceras e relaxamento vascular. A cevimelina é um agonista seletivo de M3. • Dois outrossubtipos moleculares de receptores muscarínicos, M4 e M5, são encontrados principalmente no SNC. • Todos os receptores muscarínicos são ativados pela acetilcolina e bloqueados pela atropina. Há também agonistas e antagonistas seletivos para cada subtipo. Sinapse Colinérgica sexta-feira, 7 de maio de 2021 08:11 Página 34 de Nova Seção 1 2 Página 35 de Nova Seção 1 2 Transmissão colinérgica • A síntese da acetilcolina (ACh) requer: – Colina, que penetra no neurônio com o auxílio de transportadores – Acetilação da colina, que utiliza a acetil-coenzima A como fonte de grupos acetil e envolve a colina acetiltransferase, uma enzima citosólica encontrada apenas em neurônios colinérgicos. • A ACh é armazenada em concentrações elevadas no interior de vesículas sinápticas, e sua entrada nessas vesículas é feita por intermédio de transportadores. • A liberação de ACh ocorre por exocitose mediada por Ca2+. Na junção neuromuscular, um impulso nervoso pré- sináptico libera de 100 a 500 vesículas. • Na junção neuromuscular, a ACh age sobre receptores nicotínicos promovendo abertura de canais de cátions. A abertura desses canais produz uma rápida despolarização (potencial de placa terminal), que normalmente dá início a um potencial de ação na fibra muscular. A transmissão em outras sinapses colinérgicas “rápidas” (p. ex., ganglionares) é semelhante. • Nas sinapses colinérgicas “rápidas”, a ACh é hidrolisada dentro de aproximadamente 1 ms pela acetilcolinesterase; por essa razão, um potencial de ação pré-sináptico produz apenas um potencial de ação pós- sináptico. • A transmissão mediada por receptores muscarínicos é muito mais lenta, e as estruturas sinápticas não estão tão bem definidas. Em muitas situações, a ACh atua como um modulador em vez de agir como um transmissor direto. • Principais mecanismos do bloqueio farmacológico: inibição da captação da colina, inibição da liberação de ACh, bloqueio dos receptores pós-sinápticos ou dos canais iônicos e despolarização pós-sináptica persistente. Fármacos que atuam nos receptores muscarínicos Agonistas muscarínicos • Compostos importantes compreendem a acetilcolina, o carbacol, a metacolina, a muscarina e a pilocarpina. Apresentam diferenças quanto à seletividade muscarínica/nicotínica e quanto à suscetibilidade à colinesterase. • Os principais efeitos são bradicardia e vasodilatação (dependente de endotélio), que provocam queda da pressão arterial; contração da musculatura lisa das vísceras (intestino, bexiga, brônquios etc.); secreções exócrinas, constrição da pupila e contração do músculo ciliar, que provocam diminuição da pressão intraocular. • O principal uso é no tratamento do glaucoma (especialmente a pilocarpina). • A maioria dos agonistas exibe pequena seletividade para algum subtipo de receptor, mas compostos mais seletivos estão em desenvolvimento. Antagonistas muscarínicos • Os compostos mais importantes são a atropina, a escopolamina, o ipratrópio e a pirenzepina. • Os principais efeitos são inibição de secreções; taquicardia, dilatação da pupila e paralisia de acomodação; relaxamento da musculatura lisa (intestino, brônquios, trato biliar e bexiga); inibição da secreção ácida do estômago (sobretudo a pirenzepina); efeitos sobre o sistema nervoso central (principalmente efeitos excitatórios com a atropina; sedativos, inclusive amnésia, com a hioscina), além de efeitos antiemético e antiparkinsoniano. Fármacos que atuam sobre os gânglios autônomos Estimulantes ganglionares • Esses compostos englobam a nicotina, o dimetilfenilpiperazínio (DMPP). • Tanto os gânglios simpáticos quanto os parassimpáticos são estimulados, e por isso os efeitos são complexos e incluem taquicardia e aumento da pressão arterial; efeitos variáveis sobre a motilidade e as secreções gastrointestinais; aumento das secreções brônquica, salivar e sudorípara. Há efeitos resultantes da estimulação de outras estruturas neuronais, que incluem as terminações nervosas sensitivas e noradrenérgicas. • A estimulação dos gânglios pode ser seguida de bloqueio por despolarização. • A nicotina também causa efeitos importantes sobre o sistema nervoso central. • Não apresentam uso terapêutico, com exceção da nicotina, utilizada como auxílio para o abandono do tabagismo. Bloqueadores ganglionares • Esses compostos englobam o hexametônio, e a tubocurarina e também a nicotina; • Bloqueiam todos os gânglios autônomos e entéricos. Principais efeitos: hipotensão e perda dos reflexos cardiovasculares, inibição de secreções, paralisia gastrointestinal, comprometimento da micção. • São clinicamente obsoletos. Sinapse colinergica domingo, 16 de maio de 2021 16:23 Página 36 de Nova Seção 1 2 É o neurotransmissor dos neurônios pós-ganglionares do• Sistema Nervoso Simpático.• Também denominada norepinefrina• Noradrenalina: Fármacos de Ação Direta: receptores α adrenérgicos Emprego clínico: Hipotensão ortostática (5-7,5mg, cp, 3x/dia,VO)• Efortil®5mg, cp; Efortil®n20ml, 7,5mg, gts; Efortil®1ml,10mg/ml;• Etilefrina : Emprego clínico:• Hipotensão leve a moderada IM ou SC, 2-5 mg (10 – 15min.) IV, 0,2 mg (10-15 min.)> Choque ou hipotensão grave IV, 10 mg diluídos em 500 ml de glicose 5% ou NaCl 0,9% (0,1-0,8 mg/min.) Controlado (0,04 – 0,06 mg/min.) > Hipotensão durante raquianestesia ou anestesia epidural IM ou SC, 2-3 mg, 4min. Antes do procedimento anestésico. > Produção de midriase pré-operatória em cirurgias intraoculares> Profilaxia e tratamento de uveíte com sinéquias posteriores Via tópica, uma gota no saco conjuntival - Fenilefrin 1ml, 10 mg/ml, amp; Fenilefrina 10% colírio (Allergan), 5ml com 100mg/ml) > Fenoxazolina• Nafazolina• Oximetazolina• Xilometazina• Fenilefrina Fenoxazolina (Nasofelin® ,Aturgyl®)• Nafazolina (Narix®, Claroft®,Privina®)• Oximetazolina (Afrin®, Freenal®,Nasivin®)• Xilometazolina (Otrivina ®)• Fenilefrina (Bialerge®, Coldrin®, Coristina D®, Naldecon®,Resprin®) • Agonistas α-adrenérgicos Agonistas α-adrenérgicos Emprego clínico: Alívio sintomático da congestão da mucosa nasofaríngea; • Adjuvante no tratamento de infecções do ouvido médio por diminuir a congestão ao redor das entradas Eustaquianas • Via tópica Alívio temporário da congestão nasal, devido a resfriado comum e outros quadros clínicos relacionados; • Alívio da congestão do seio eustaquiano• Via oral Dobutamina (Dobutrex®, Dobutal® • Dobutrex®amp com 20 ml, 250 mg• Dobutal®amp com 20 ml, 250mg• Fármacos de ação direta: receptores β1-adrenérgico USO EXCLUSIVO HOSPITALAR Dobutamina Tratamento de curto prazo de adultos para aumentar o débito cardíaco em pacientes com IC crônica grave; • Tratamento de insuficiência circulatória aguda secundária contratilidade cardíaca deprimida; • IV (2,5 – 10 μg/Kg/min.)• Emprego clínico: Farmacologia do sistema nervoso autônomo simpático sexta-feira, 7 de maio de 2021 08:42 Página 37 de Nova Seção 1 2 Fenoterol• Formoterol• Salbutamol (Albuterol)• Salmeterol• Terbutalino• Fármacos de ação direta: receptores Β2 -adrenérgico Profilaxia e tratamento do broncoespasmo observado na asma brônquica e bronquite crônica; • Por via oral, como inibidor do trabalho de parto prematuro; • Emprego clínico: Longa duração de efeito;• 1 a 2 jatos ou 12-24 microgramas (1-2 caps., para inalação) 2x ao dia. • Formoterol Fluir® (caps inalador, aerossol); Floradil® (caps. Inalador, aerossol) Pequena duração de efeito;• VO, 2 a 4 mg 3-4x ao dia;• 2-3 inalações profundas a intervalos de 1-5 min., a cada 4-6 horas, não excedendo a 16-20 inalações diárias. • SalbutamoL Aerolin® (cp, sol. Nebulizadora, inj., sol. Oral, spray, xarope); Aerojet® (cp.); Asmaliv® (cp., xarope) Longa duração de efeito;• Inalação, 50 microgramas 2x ao dia; • Em obstrução mais grave, 100 microgramas 2x ao dia. • Salmeterol Serevent® (caps., sol. Nebulizadora, spray) VO, 2,5 – 5mg, 3-4x ao dia; • Terbutalina Brycanil® (caps., xarope, cp., amp, gts.) Fármacos de ação direta: receptoreS β1 e
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