Buscar

CINESIOLOGIA COLUNA E QUADRIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
EXERCÍCIOS DE CINESIOLOGIA DE COLUNA E QUADRIL
OSTEOCINEMÁTICA E ARTROCINEMÁTICA
1 - Descreva a osteocinemática e artrocinemática da coluna cervical e lombar.
COLUNA CERVICAL:
A coluna cervical humana possui um mecanismo muito complexo. Contém estruturas vitais neurológicas, vasculares e respiratórias, portanto, ela possui duas funções importantes e antagônicas: a proteção destes componentes vitais e a mobilidade, permitindo que a cabeça tenha ampla capacidade de se movimentar em todas as direções. É formada por 7 vértebras cervicais.
Didaticamente, a coluna cervical pode ser dividida em 3 grupos:
- Coluna cervical superior formada pelo complexo occipúcio-atlas-axis (C0, C1, C2), com características únicas e complexas;
- Coluna cervical média formada de C2 a C5;
- Coluna cervical inferior, formada pela junção cervicotorácica (C5-T1).
Quando analisamos os movimentos entre as vértebras observamos movimentos limitados, mas a soma desses movimentos determina uma amplitude considerável de mobilidade da coluna. Isso se deve às características anatômicas da articulação, que são classificadas como artródias ou do tipo deslizante, ou seja, seus movimentos são apenas deslizamentos que ocorrem entre as facetas articulares superior e inferior.
-Flexão: ocorre no plano sagital e é caracterizado como o ato de levar o queixo até o esterno. Durante a flexão cervical a articulação zigoapofisária desliza de forma cominada superior, lateral e anteriormente. Os músculos atuantes na flexão são: músculo longo da cabeça, reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça e esternocleidomastoideo.
- Extensão: é o gesto de distanciar o queixo do esterno. A vértebra se move sobre o eixo transverso, no corporal subjacente, neste caso, ambos, os platôs e as facetas articulares, desenvolvem dois arcos de circunferência sobre o mesmo centro de rotação, com movimento intervertebral no outro lado da posição neutra, onde é feita uma resistência relativamente pequena e a coluna exibe flexibilidade dentro da laxidão (relaxamento) das cápsulas, ligamentos e tendões (PANJABI, 1992). Durante a extensão, a articulação desliza anteriormente, medial e posteriormente. Os músculos atuantes são: reto posterior da cabeça, oblíquo da cabeça, semiespinhal, esplênio.
No plano coronal temos os movimentos de inclinação lateral (flexão lateral) que ocorrem tanto para a direita quanto para a esquerda, com amplitude de aproximadamente 30 graus. Neste movimento a cabeça move-se lateralmente em direção ao ombro, através da ação dos seguintes músculos: reto lateral da cabeça, obliquo superior da cabeça, esplênio, esternocleidomastoideo (inclinação contralateral). 
No plano longitudinal, encontramos os movimentos de rotação tanto para a direita como para a esquerda, com amplitude de movimento em torno de 60 graus. Esses movimentos ocorrem sobre o eixo axial, produzindo mudanças na orientação da direção dessas vértebras. Neste movimento, o queixo sai da posição neutra e gira em direção ao ombro, através da ação dos músculos: oblíquo inferior da cabeça, reto posterior maior da cabeça, semiespinhoso da cabeça, esplênio e esternocleidomastoideo (rotação contralateral). 
Já nos movimentos de rotação e inclinação lateral, a orientação oblíqua das facetas articulares e dos músculos faz com que o centro varie conforme o movimento saindo desde o centro da faceta articular, passando pelo corpo da vértebra e chegando até o processo espinhoso.
Aproximadamente 60% da rotação axial cervical ocorre nas articulações entre C0-C1-C2, com a finalidade de facilitar o movimento de rotação da cabeça. Como as facetas articulares do complexo C1-C2 possuem orientações convexa-convexa, os movimentos de inclinação lateral ocorrem sempre em oposição, ou seja, quando a cabeça roda para a direita, C1 desliza para a esquerda (WHITE; PANJABI, 1990). 
Já nas cervicais baixas, por terem grande amplitude de movimento, a rotação é acompanhada por inclinação homolateral, todavia a inclinação lateral é acompanhada por rotação contralateral (WHITE, PANJABI, 1990). 
E acompanhando todos esses movimentos observamos os movimentos de translação entre as vértebras adjacentes, sempre em direções contrárias, sem mudança na orientação da vértebra (GRIEVE, 1988), sendo que os dois músculos que atuam estabilizando a articulação atlanto occipital são: o reto lateral da cabeça e o reto anterior da cabeça. 
Assim, independentemente do movimento que ocorra na coluna cervical, observamos uma relação entre a descarga da sensibilidade sensorial da cápsula e o alongamento aplicado na cápsula pelas facetas articulares cervicais, através das respostas neurais dos mecanorreceptores, servindo como um mecanismo de feedback-feedforward (CHEN, 2011). Portanto, podemos definir como funções básicas da coluna cervical o suporte da cabeça, a movimentação do esqueleto axial e consequentemente a movimentação da cabeça. 
COLUNA LOMBAR:
As vértebras lombares possuem um tamanho maior, com ausência de fóveas costais e forames transversais, com processos transversais finos e processos espinhosos quadriláteros. Possuem corpos grandes e reniformes, forames vertebrais triangulares, pedículos e lâminas curtas e espessas (NATOUR, 2004).
Na coluna lombar o deslizamento lateral é acompanhado pela rotação axial na direção oposta. Enquanto a inclinação lateral será acompanhada com rotação axial na mesma direção da inclinação lateral do primeiro movimento. Desta forma, se a rotação axial é o primeiro movimento ela será acompanhada pela inclinação lateral na direção oposta (PETTMAN, 2006).
O formato da faceta articular da coluna lombar assim como a sua orientação, facilita mais os movimentos de flexão e extensão do que rotação (PETTMAN, 2006). 
O mais importante aspecto dos movimentos da coluna lombar é a translação que ocorre com flexão e extensão. Segmentos lombares superiores (L1-L2-L3-L4) tem um acoplamento diferente de L4-L5 e L5-S1 (PETTMAN, 2006).
Já na inclinação lateral cada segmento lombar apresenta, aproximadamente, a mesma quantidade de movimento. Porém, a rotação axial da coluna lombar é muito limitada e incialmente igual em cada segmento. Inclinação lateral e rotação ocorrem em direções opostas nos segmentos lombares superiores e nos segmentos inferiores ocorrem na mesma direção (PETTMAN, 2006). 
Assim, no plano sagital temos os movimentos de flexão, com amplitude de movimento de aproximadamente 80 graus, e extensão com amplitude de movimento de aproximadamente 0 graus (NATOUR, 2004; THOMPSON, FLOYD, 2002).
Enquanto no plano coronal observamos os movimentos de inclinação para a direita e para esquerda, com amplitude de movimento em torno de 35 graus. Já no plano longitudinal, temos interesse amplitude de movimento para rotação para direita e para esquerda, sendo 45 graus, aproximadamente. 
	MÚSCULOS QUE REALIZAM A EXTENSÃO, ROTAÇÃO CONTRALATERAL E FLEXÃO LATERAL
	MÚSCULOS ERETORES DA ESPINHA
	MÚSCULOS QUE REALIZAM A FLEXÃO LOMBAR
	MÚSCULOS QUE REALIZAM A INCLINAÇAO LATERAL HOMOLATERAL
	Grupo eretor da espinha (esplênio e eretor da espinha)
	Iliocostal
	Reto abdominal
	Reto abdominal
	Grupo transverso espinhal (semiespinhal, multífido e rotadores)
	Longuíssimo
	Oblíquo externo
	Oblíquo externo
	Grupo interespinhal-intertransverso.
	Espinhal
	Oblíquo interno
	Oblíquo interno
	
	
	
	Quadrado lombar
	MÚSCULOS QUE REALIZAM ROTAÇÃO CONTRALATERAL
	MÚSCULOS QUE REALIZAM ROTAÇÃO HOMOLATERAL
	MÚSCULOS QUE ESTABILIZAM
	Oblíquo externo
	Oblíquo interno
	Transverso do abdome
	
	
	Quadrado lombar
2 - Qual a importância dos ligamentos da coluna vertebral?
O sistema ligamentar estabiliza as vértebras, mantendo uma sobe a outra empilhadas. Na posterior e anterior há um grande reforço ligamentar. 
3 - Qual o comportamento do disco intervertebral durante os movimentos da coluna.
 A função do disco intervertebral é atuar no amortecimento da coluna vertebral e por isso, quando há pressão sobre a coluna, o gel do disco intervertebral se desloca para os lados e ajuda na transferência do impacto da coluna para o anel fibroso.O anel fibroso ajuda a sustentar o peso. O núcleo pulposo distribui o impacto da carga e a pressão para os lados da coluna e assim, a pressão sobre a região fica aliviada e mantém a integridade da articulação. 
4 - Descreva o ritmo lombopélvico durante a flexão de tronco e extensão de tronco.
Ritmo lombopélvico é a sincronia de movimentos entre a pelve e o tronco, ou seja, são movimentos coordenados da coluna lombar e da pelve que ocorrem durante a inclinação máxima do tronco para a frente. 
Sequência dos eventos:
- Primeira etapa:
A cabeça e a porção superior do tronco iniciam a flexão anterior. A pelve desloca posteriormente para manter o CG equilibrado sobre a base de suporte. O tronco continua a inclinar para frente, controlado excentricamente pelos músculos extensores da coluna até aproximadamente 45 graus. Os ligamentos posteriores da coluna ficam tensionados: ligamento longitudinal posterior e os ligamentos acessórios. Os corpos vertebrais se aproximam e os músculos extensores vertebrais relaxam.
Os segmentos vertebrais chegam ao final da ADM. A pelve começa a rodar para frente, controlada excentricamente pelos músculos glúteo máximo e isquiotibiais. O movimento de anteroversão da pelve continua até que os músculos glúteo máximo e isquiotibiais entrem em insuficiência passiva. A amplitude de movimento da inclinação para frente depende da flexibilidade dos extensores da coluna, do quadril e das fáscias. 
- Segunda etapa: retorno à posição ereta. 
Os extensores do quadril rodam a pelve posteriormente através de reversão de ação muscular. Os extensores vertebrais tracionam a coluna para cima através de ação concêntrica. 
Fonte: Blog Mover o Ser: https://moveroser.blogspot.com
5 - Descreva os movimentos que ocorrem na articulação sacroilíaca.
É a combinação dos movimentos do sacro e da pelve e são dois:
- Nutação: é a inclinação anterior do sacro somada à inclinação posterior do ilíaco.
- Contranutação: é a inclinação posterior do sacro e inclinação anterior do ílio (pelve).
São poucos os graus de movimento que ocorrem.
6 - Como a inclinação pélvica pode afetar a curvatura da coluna lombar, estabelecendo conexão muscular com essa alteração. 
Na inclinação anterior da pelve a ação maior dos flexores de quadril (inclinam para baixo) e os extensores lombares elevam para cima a pelve. Aqui o abdômen e isquiotibiais ficam relaxados e acontece a rotação anterior da pelve. 
Na rotação pélvica posterior os o abdômen traciona a sínfise púbica para cima e o ílio será inclinado para trás. Os isquiotibiais que estão inseridos no ísquio, tracionam o ísquio para baixo e isso produz rotação posterior. 
7 - Descreva as deformidades do quadril relacionadas com os ângulos cérvico-diafisário e de anteversão femoral.
- Torção do fêmur: é o ângulo de rotação da diáfise com o colo do fêmur, chamado de anteversão. O ângulo passando pelos dois pontos é em torno de 15 graus, mas pode ser aumentado ou diminuído.
- Aumentado: anteversão excessiva onde a cabeça do fêmur vai para frente e o ângulo aumentar. A pessoa faz rotação interna (pé para dentro) para corrigir e isso ajuda a trazer a cabeça do fêmur para dentro. Tal compensação diminui o risco de luxação e é um mecanismo chamado encaixe.
- Diminuído: acontece a retroversão excessiva e o ângulo fica abaixo de 15 graus. A cabeça do fêmur fica para trás e isso pode gerar lesões no lábio acetabular. 
8 - Qual é a posição de ajuste no quadril? Descreva a ósteo e artrocinemática do quadril.
A posição de ajuste é onde há maior estabilidade articular. 
A osteocinemática do quadril se dá de duas formas: interação da pelve com o fêmur e do fêmur em relação à pelve. 
- Fêmur em relação a pelve: flexão, extensão, adução, rotação interna e rotação externa.
- Pelve em relação ao fêmur: flexão de quadril, extensão de quadril, rotação medial, rotação lateral, abdução de quadril.
Artrocinemática: 
- Flexão a cabeça do fêmur gira para frente sobre o acetábulo;
- Extensão: a cabeça do fêmur gira para trás no sentido da extensão;
- Abdução: a cabeça do fêmur rola para cima e desliza para baixo;
- Adução: cabeça do fêmur rola para baixo (dentro) e desliza para cima ou lateral (fora);
- Se o ponto fixo for o acetábulo em relação à cabeça do fêmur, o rolamento e o deslizamento são no mesmo sentido.
- Rotação lateral: a cabeça do fêmur vai rolar para trás e deslizar para frente;
- Rotação medial: a cabeça do fêmur vai rolar para frente e deslizar para trás.
- Se a pelve que movimenta em relação ao fêmur, o rolamento e deslizamento são no mesmo sentido.
9 - Quais são os músculos flexores do quadril e o que muda entre o fêmur mover em relação à pelve e vice-versa? 
Os músculos flexores de quadril são primários e secundários.
Primários: iliopsoas, sartório, tensor da fascia lata, reto femoral, adutor longo, pectíneo.
Secundários: adutor curto, grácil, glúteo mínimo com suas fibras anteriores.
O que muda entre o fêmur mover em relação à pelve e a pelve em relação ao fêmur é que os músculos podem participar de uma ou mais ações, ou seja, possuem potenciais diferentes e podem agir em conjunto com outros músculos.
10 - Qual a função dos adutores nos diferentes planos (frontal, sagital e transverso)? 
A função dos adutores é produzir torque. 
No plano frontal é adução de quadril.
No plano sagital é extensão de quadril (semelhante aos isquiotibiais).
11 - Qual o benefício de se colocar uma bengala no lado oposto do quadril doente? 
A bengala do lado oposto ajuda a não colocar o peso sobre o quadril doente. 
12 - Quais os pontos positivos e negativos das coxas valga e vara?
Positivo Varo: aumenta a força do abdutor do quadril e isso melhora a estabilidade articular porque aumenta o encaixe;
Ponto negativo do varo: maior chance de fratura;
Positivo Valgo: diminui forças de cisalhamento e ocorrência de fratura;
Ponto negativo do valgo: favorece a luxação.

Continue navegando