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Monitoria – Cinesiologia I Aula 7 – Coluna lombar e Core Monitoras: Sofia Militão e Vitória Minhos. Osteologia Quais são os componentes ósseos da região lombar? E quais suas características Qual a curvatura fisiológica da coluna lombar? Lordose. Vértebras L1-L5. Em grande parte, as vértebras lombares possuem características similares: Corpos: largos e maciços adaptados para o suporte de todo o peso superposto da cabeça do tronco e dos braços. A massa total das cinco vértebras lombares é aproximadamente o dobro da massa de todas as sete vértebras cervicais; Lâminas e pedículos: curtos e grossos, e formam as paredes posterior e laterais do canal vertebral quase triangular; Processos transversos: se projetam quase lateralmente; eles associados a L1 a L4 são finos e afilados; entretanto, os processos transversos de L5 são curtos, grossos e fortes; Processos espinhosos: largos e retangulares, e se projetam horizontalmente a partir da junção de cada lâmina; Processos mamilares: curtos; se projetam das superfícies posteriores de cada processo articular superior. NEUMANN, 2006. Artrologia Quais as articulaçoes da região lombossacral? Articulações entre os corpos vertebrais; Entre os processos articulares; Articulações fibrosas que unem as lâminas dos processos espinhosos e transversos adjacentes; Articulação lombossacral; Articulações sacroilíacas; Articulãção sacrococcígea. MOORE, 2014. Osteocinemática Quais os movimentos realizados pela coluna lombar? NEUMANN, 2006. Artrocinemática Como ocorre os movimentos na artrocinemática da coluna lombar? A flexão entre as vértebras lombares ocorre através de um deslizamento superior e levemente anterior das superfícies facetárias inferiores de L2 sobre L3, por exemplo. A extensão ocorre através de um processo inverso. A rotação ocorre a medida que as facetas articulares inferiores alinhadas quase no plano frontal de L2 deslizam por um pequena distância contra as facetas articulares superiores similarmente alinhadas de L3. A flexão lateral de L2 sobre L3 ocorre conforme a faceta inferior de L3 desliza superiormente do contralateral da flexão lateral e inferiormente do lado ipsilateral da flexão lateral. Músculos da parede posterior do abdome MOORE, 2014. MOORE, 2014. Ritmo lombo-pélvico Defina o ritmo lombo-pélvico: A flexão do tronco realizada em pé, é um movimento amplamente utilizado, tanto nas atividades diárias quanto nas atividades esportivas. “Geralmente, quando pegamos um objeto no chão ou à frente do corpo, necessitamos maximizar o deslocamento do tronco em relação aos membros inferiores para ampliar a capacidade de alcance dos membros superiores. Isso ocorre por uma relação cinemática entre a coluna lombar e a articulação do quadril no plano sagital, chamada ritmo lombo-pélvico. Para que esse movimento ocorra, associamos a flexão do joelho, mas a fim de isolar os mecanismos que ocorrem entre a coluna lombar e o quadril, descreveremos o ritmo lombo-pélvico quando os joelhos permanecem estendidos. Conforme a cabeça e a porção superior do tronco iniciam a flexão, a pelve desloca-se posteriormente para manter o centro de gravidade do corpo dentro da base de suporte. O tronco continua a flexionar, sendo controlado pelos músculos extensores da coluna. Simultaneamente, ocorre a anteroversão da pelve, sendo controlada pelos músculos glúteo máximo e isquiotibiais, até que seja alcançado o comprimento máximo dos músculos.” “De acordo com Neumann, embora várias estratégias sejam possíveis, usualmente o movimento se inicia com predominância da coluna lombar e gradativamente essa predominância passa a ser do quadril.” SACCO, 2006. (À esquerda): Desenho esquemático mostrando o ritmo lombo pélvico normal, que envolve harmonicamente a flexão da coluna lombar, inclinação anterior da pelve e flexão do quadril, ao passo que, nas patologias com diminuição da flexão do quadril (centro), a anteversão pélvica diminui e aumenta a flexão da coluna lombar. Contudo, a restrição de movimento na coluna lombar ocasiona diminuição da flexão da coluna, compensada pelo aumento da anteversão da pelve e da flexão do quadril (à direita). Nutação e Contranutação O que é? São movimentos realizados pelas articulações sacroilíacas. Apesar de nenhuma terminologia descrever completamente os complexos movimentos rotacionais e translacionais dessa articulação, dois termos, porém, são tipicamente utilizados para este propósito: nutação e contranutação. Eles descrevem movimentos limitados aproximadamente ao plano sagital, ao redor de um eixo aproximadamente medial-lateral de rotação e atravessa o ligamento interósseo. Nutação e Contranutação Diferencie nutação e contranutação: Nutação (que significa inclinação para frente): é definida com uma inclinação anterior relativa da base do sacro em relação ao ilíaco. O promontório sacral se desloca para baixo e anteriormente e o ápice do sacro e do cóccix se deslocam posteriormente; durante o movimento de erguer o diâmetro anteroposterior da abertura inferior aumenta de distância e simultaneamente as asas dos ílios se aproximam (crista ilíaca se aproxima a nível de EIAS) e os túberes isquiáticos se afastam; o movimento é limitado pela tensão dos ligamentos sacroespinhal e sacrotuberal e dos freios (feixe antero-superior e antero-inferior do ligamento sacroilíaco anterior). Contranutação (deslocamento inverso): é um movimento inverso definido como a inclinação posterior relativa da base do sacro em relação ao ilíaco. O sacro roda em torno do ligamento interósseo e retifica-se ao mesmo tempo em que o promontório desloca superior e posteriormente enquanto o diâmetro anteroposterior da abertura inferior diminui da distância; as asas do ilío se afastam e os túberes isquiáticos se aproximam; é limitado pela tensão dos ligamentos sacroilíacos repartidos em plano superficial e profundo Core O que é? Qual a importância? Qual a composição? É um grupo de músculos localizados no abdômen, responsáveis principalmente pela sustentação e estabilização da coluna lombar. Core é uma palavra em inglês que pode ser traduzida como núcleo, cerne, miolo, ou seja: “algo que está no centro” e é usada para definir os chamados “músculos do core”. São 29 pares de músculos da região lombar, abdominal e assoalho pélvico. Ao se contrair, os músculos do core formam uma unidade sinérgica comparável a um cilindro rígido, o qual estabiliza a coluna lombar protegendo-a de sobrecargas mecânicas. Sem esses músculos, a coluna vertebral se tornaria mecanicamente instável, sendo suscetível a lesões de forças de compressão. Referências Bibliográficas Neumann, Donald A. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético: Fundamentos para a Reabilitação Física. Rio de Janeiro, Rj: Guanabara Koogan, 2006. 593 P. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. SACCO, Isabel CN et al. Influência de uma única intervenção instrutiva fisioterapêutica na flexibilidade global e amplitude angular do quadril durante a flexão do tronco. Fisioterapia e Pesquisa, v. 13, n. 3, p. 14-23, 2006.
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