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TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES - DIREITO CIVIL 2 - AVALIAÇÃO I RAFAEL ARRUDA ARRAES DE ALENCAR PROF: FLÁVIO LIMA ______________________________ PONTO 1 ___________________________________ Conceito de Obrigação: Vínculo jurídico que une credor e devedor, permitindo que o primeiro exija do segundo uma prestação economicamente apreciável. Logo, o objeto da obrigação é uma prestação. Ficam excluídos do enquadramento de “Direito das obrigações”, entre outras, as diversas relações jurídicas em que a partes estão vinculadas por origem familiar, de direito real, sucessória, afetiva, por imposição legal, como a tributária, administrativa, eleitoral, militar, etc. O Direito das obrigações também é chamado de Direito pessoal, em contraste aos direitos reais. ELEMENTOS DAS OBRIGAÇÕES - Sujeitos: Pessoas capazes. Aquele que tem o direito de exigir algo – sujeito ativo – e alguém que se comprometeu a realizar ou não algo – sujeito passivo. Se o sujeito passivo/ativo não for determinado, a relação obrigacional pode acabar. É possível que os pólos (passivo e/ou ativo) sejam ocupados por uma ou várias pessoas (naturais/físicas ou jurídicas) . Ativo: Credor. Passivo: Devedor. - Objeto: Sobre o que incide a ação ou inação do sujeito passivo. Pode ser visto de duas maneiras: imediato, que á a ação ou inação em si – chamada de prestação; e o mediato, que é o objeto propriamente dito, ou seja, a coisa sobre o qual incidirá a conduta humana. O objeto deve ser lícito, possível, determinada ou determinável. (art.104 do CC). - Vínculo jurídico (liame): O vínculo se estabelece pela manifestação da vontade, que pode ser expressa ou táctica, formal ou informal. O vínculo se estabelece de forma abstrata, enquanto a responsabilidade se mostra na forma material, já que tem um aspecto jurídico e efeitos próprios. Obs¹: A responsabilidade só é efetiva quando há o descumprimento (inadimplemento) do que foi acertado entre as partes. Quando tudo anda de forma normal, a responsabilidade encontra-se em potência. CARACTERÍSTICAS DA RESPONSABILIDADE: - Dever transitório - Relação jurídica entre credor e devedor - Objeto da prestação Obs²: Nem sempre o dever de prestar e responsabilidade estão presentes no mesmo sujeito obrigacional. É possível ainda que haja obrigação sem responsabilidade, no caso da obrigação natural. Há possibilidade de haver responsabilidade, como na fiança, sem obrigação. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES NO QUADRO GERAL DO DIREITO: O Direito das Obrigações é um ramo pertencente ao Direito Civil e trata do complexo de normas que regem as relações jurídicas, e tem por objeto as prestações de uma pessoa em favor da outra. No Código Civil Brasileiro, todas essas normas estão expressas entre os artigos 233 e 420 do CC. OBRIGAÇÃO CIVIL E OBRIGAÇÃO NATURAL Quando está integrada de seus fatores fundamentais, classifica-se como obrigação civil. A obrigação natural, no entanto, é mais um dever moral. Falta-lhe o conteúdo. Exemplo: Dívida de jogo, uma vez que não existe a obrigatoriedade do pagamento. CARACTERÍSTICA DOS DIREITOS OBRIGACIONAIS ↣ Transitoriedade ↣ Relatividade ↣ Pessoalidade ↣ Autonomia da vontade ↣ Determinação ou indeterminação do sujeito e do objeto ______________________________ PONTO 2 ____________________________________ OBRIGAÇÕES MISTAS: São algumas denominações de uma espécie de obrigação que não se acha, plenamente identificada quer como direito obrigacional, quer como direito real. - Obrigação Propter Rem: Decorrem do exercício de um direito a propriedade e um direito a posse que, em situações especiais, resultam no surgimento de relações obrigacionais, entre os titulares dos direitos em questão. É mista porque ta vinculada a um direito real. - Tem relação com a contribuição para as despesas do condomínio, por ser titular de direitos reais, que são o de propriedade e de posse. - Art. 1315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeito. - Posse direta e indireta do imóvel: inquilino exerce a posse direta, locador posse indireta. Locatário encontra-se obrigado a satisfazer as despesas ordinárias de condomínio, já as despesas extraordinárias encontram-se a cargo do locador. A obrigação cobre a forma direta e a indireta. - A convivência entre os titulares dos direitos reais de propriedade faz surgir, invariavelmente, obrigações para as partes. Geralmente surgem obrigações propter rem na comunhão; co-propriedade; direito de vizinhança; usufruto; servidão e posse. - Assim, as obrigações reais, são as que estão a cargo de um sujeito, à medida que este é proprietário de uma coisa, ou titular de um direito real de uso e gozo dela. ↠ Características: - O abandono do direito real exonera, em regra, o devedor. - A vinculação a um direito real, sendo acessória. - Pode decorrer da lei ou de contrato - Pode ter cunho positivo ou negativo - Os sucessores assumem a obrigação real, mesmo que não saibam de sua existência. - As obrigações propter rem apenas vinculam os titulares ou seus sucessores dos direitos reais em questão. - O valor devido a título de obrigações propter rem não se limita ao valor da coisa - Pela obrigação vencida só pode ser responsabilizado pessoalmente o próprio devedor, sendo inadmissível sua transmissão ao atual detentor do bem. Exceção que se faz em relação à taxa de condomínio. Obrigação Real = Direito Real + Obrigação. ÔNUS REAIS É um gravame que incide sobre determinada coisa, restringindo o direito do titular de um direito real. Obrigações que devem realizar determinada prestação que recaem sobre certo bem - tem um certo limite (o bem). Os ônus reduzem, indiretamente, o valor do bem, impondo a obrigação mesmo que o titular lhe transfira a propriedade. Já as obrigações reais, o obrigado responde com seu patrimônio, sem limite. ↪ Características: - Possui atributo de sequela. Isto quer dizer que, mesmo que o bem seja transferido a outro proprietário, o gravame sobre o mesmo ainda perdura. - Não é dotado de coercibilidade - Desaparece quando o objeto desaparece - A responsabilidade do ônus real é limitada ao objeto. - O ônus real implica sempre numa prestação positiva - CC de 2002 prevê ônus real nos casos de: 978, 1.105, 1474, 1647, 1687, 1691. OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL Correspondem a situações híbridas em que o elemento obrigacional é mais acentuado, além do direito à prestação, alguns poderes diretos sobre a coisa, em semelhança aos efeitos de direitos reais de gozo e de aquisição. Certas relações oriundas de contratos podem gerar conseqüências de direito real. Obs¹: O compromisso de compra e venda também é uma hipótese de obrigações com eficácia real. Obs¹: As obrigações com eficácia real se transmitem ao terceiro que adquire o bem. DEVER JURÍDICO O dever é um comando de comportamento que pode ter por fundamento uma obrigação, a lei ou direito real. Destinado à coletividade. Exemplo: Dever dos homens em prestarem o serviço militar. ➔ Estado de sujeição ou direito potestativo:Situação jurídica pela qual a eficácia ou não do liame jurídico depende inteiramente da vontade de uma das partes. FONTES DAS OBRIGAÇÕES Segundo Caio Mário, existem dois tipos de fontes de obrigações: as que vem da vontade humana; outra é a lei. ↬ Imediatas: lei. ↬ Mediatas: - Negócio jurídico bilateral: Duas pessoas criam obrigações entre si. (Contrato). - Negócio jurídico unilateral: Declaração unilateral de vontade - Atos ilícitos: O ato ilícito, por sua vez, constitui fonte de obrigações aquelas situações que provêm de ação ou omissão culposa ou dolosa do agente que causa dano à vítima. “Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo”- art. 186 e 187 CC. - Silvio Rodrigues entende que há obrigações decorrentes imediatamente da lei, como no caso de obrigação de prestar alimentos ou obrigação de reparar o dano, nos casos de responsabilidade decorrente da teoria do risco. - No entanto, em todos os casos analisados, a lei é sempre fonte remota da obrigação, pois, em última análise, só há obrigação se o ordenamento jurídico admitir. - A sentença judicial não pode ser considerada uma fonte obrigacional, já que apenas reconhece a situação jurídica, no caso a obrigação. __________________________________ PONTO 3 _______________________________ MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES QUANTO AO SUJEITO QUANTO AO OBJETO Fracionárias ou parciais: Pluralidade de devedores, cada um responde por uma parte da dívida. Divisível Alternativas: Há várias possíveis e uma é suficiente para fazer a obrigação. OU. Conjuntas ou unitárias: Pluralidade de devedores, que são cobrados ao mesmo tempo, a dívida é única e só pode ser cobrada de todas, ao mesmo tempo Cumulativas: Mais de um objeto. E. Solidárias: Pluralidade de devedores, cada um responde pela integralidade da dívida, no entanto, o pagamento integral libera os demais em face do credor, mas há uma relação interna Divisíveis e indivisíveis: O objeto pode ser fracionado ou não pode. Disjuntivas: Mais de um devedor, não há obrigação interna. A obrigação pode ser satisfeita Facultativas: Geralmente o devedor pode escolher entre cumprir uma obrigação ou outra. Conexas: Por um fato, surgem várias obrigações. – Dependentes: Há prestação principal e acessória – OBRIGAÇÕES DE DAR, FAZER – Positivas – E NÃO FAZER – Negativas - Direito Romano dividiu dessa forma. - A obrigação de dar indica o dever de transferir ao credor alguma coisa ou alguma quantia, como no caso de compra e venda. Necessidade de entrega da coisa. A obrigação de dar não se constitui especificamente “na entrega” efetiva da coisa, mas num compromisso de entrega da coisa. A obrigação de gera apenas um direito à coisa e não um direito real. - A obrigação de fazer é aquela na qual o devedor deve praticar ou não determinado ato em favor do credor. Abrange, dessa forma, o não fazer. - A obrigação de dar, na modalidade de restituir , indica que o devedor entrega coisa que não lhe pertence mas pertence ao próprio credor. ● Regras aplicáveis às obrigações de dar: 1) Princípio da acessoriedade – A regra é de que a devolução da coisa abrange os acessórios, mesmo que não mencionados, salvo se do contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Ex: Quando se aluga apartamento a regra é de que o mesmo não inclua a mobília. É necessário que se faça por expressa disposição contratual. (art. 233) 2) Os melhoramentos e acrescidos são do proprietário do bem (também chamados de cômodos): Acréscimos e os melhoramentos que a coisa acrescer são de propriedade do devedor (proprietário) e o mesmo pode exigir do credor os acréscimos financeiros daí decorrentes sob pena de extensão da obrigação. (art. 237). Assim como o devedor perde quando a coisa desaparece ou diminui de valor, deve ganhar quando ocorre o oposto, quando há aumento no valor da coisa. Exceção: Se o devedor promoveu o acréscimo ou melhoramento com evidente má-fé, para tumultuar o negócio, ou dele obteve maior proveito, é claro que o princípio, pela lógica, não poderá prevalecer. 3) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa s/ culpa do 1 devedor antes da tradição: quando obrigação se impossibilitar sem culpa do devedor, antes da tradição ou pendente condição suspensiva, a obrigação se resolve, extingue-se, para ambas as partes. Se a coisa se deteriorar, pode o 1 Perda: Desaparecimento completo da coisa para fins jurídicos. Logo, se a coisa é destruída por incêndio ou é furtada, no sentido ora tratado, temos que houve perda, desaparecimento total do objeto para fins patrimoniais. É diferente de dano, um acidente que danifique parcialmente – fala a lei deterioração da coisa, porque aqui a lei quer exprimir a perda parcial. credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa, com o correspondente abatimento do preço. (art. 234) 4) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa c culpa do devedor antes da tradição ou pendente condição suspensiva. Se a perda ou deterioração da coisa e der com culpa do devedor, este fica responsável pelo equivalente em dinheiro acrescido de indenização de perdas e danos. (art. 234) OBS¹: SEMPRE QUE HOUVER CULPA, ISTO É FUNDAMENTAL, HAVERÁ DIREITO A INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS 5) Se a deterioração se der c/culpa do devedor então o credor poderá resolver a obrigação ou aceitar o bem no estado em que se encontra com abatimento do preço podendo obter a indenização por perdas e danos em quaisquer dos dois casos. (art. 235) 6) Se a coisa perece ou se deteriora após a tradição o credor suporta os ônus do infortúnio. Situação diversa é dos vícios redibitórios dos vícios de 2 visíveis(CPDC).Se o credor se coloca em mora e não recebe a coisa pode ser 3 colocado em mora e os risco do infortúnio lhe caem, antes mesmo da tradição. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA Certa será a coisa determinada, perfeitamente caracterizada e individuada, diferente de todas as demais da mesma espécie. Princípio base: O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, mesmo que mais valiosa. Os contratos devem ser cumpridos tal qual foram ajustados - pacto sunt servanda. Na dação de pagamento (arts. 356 a 359), um dos meios de extinção das obrigações, uma coisa é dada por outra, mas com o consentimento do credor, consentimento esse que é 2 O vício redibitório é aquele, decorrente dos contratos comutativos, em que a coisa apresenta um vício oculto que a torna imprópria ao uso ou que diminua seu valor, podendo o contratante rejeitá-la, exigir reparação ou abatimento do preço. 3 Mora: atraso do pagamento da dívida. essencial a esse instituto. Ele não pode ser OBRIGADO a aceitar essa OUTRA coisa, já que o que lhe é devido é uma coisa CERTA. EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA Se o devedor, recusando-se a entregar a coisa na obrigação de dar coisa certa, pode ser obrigado a fazê-lo. Se a coisa está na posse e no patrimônio do devedor, razão não há para a recalcitrância e deve a lei munir o credor de instrumentos para havê-la. A execução específica ou in natura só deve ser banida, substituindo-se por perdas e danos, quando a execução direta for impossível ou dela resultar constrangimento físico à pessoa do devedor. (art. 621 CPC). DÍVIDA DE DINHEIRO E DÍVIDA DE VALOR O devedor pode pagar de acordo com a mais recente correção monetária. Distingue-se a dívida em dinheiro da dívida de valor. A obrigação de indenizar, decorrente da prática de um ato ilícito, por exemplo, constitui dívida de valor, porque seumontante deve corresponder ao do bem lesado. (arts. 313 e 315). Na doutrina o que mais tem sobre esse assunto é sobre a questão da correção monetária: é alegado que nem sempre essas medidas chegam à exatidão da mutação monetária. A OBRIGAÇÃO DE PAGAR – OBRIGAÇÃO PECUNIÁRIA – É REGIDA PELOS PRINCÍPIOS DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR A obrigação de restituir é aquela que se encontra nas mãos do devedor, em sua posse, e é devolvida para o credor. Na obrigação de restituir coisa certa, a prestação consiste na devolução da coisa ao credor, que já era seu proprietário ou titular de outro direito real, em época anterior à criação da obrigação. Na obrigação de restituir, pelo contrário, a coisa já pertencia ao credor, que a recebe de volta, em devolução. a) Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa na obrigação de restituir: a.1. Sem culpa do devedor: O credor, proprietário, irá suportar o ônus da perda ou deterioração da coisa e a obrigação pode resolver, salvo os direito do credor até o dia infortúnio. (arts. 238 e 240). Exemplo desses direitos: aluguéis, seguros e etc. a.2. Com culpa do devedor: O credor poderá receber a coisa ou exigir o equivalente mais perdas e danos. (arts. 239). b) Melhoramentos, acréscimos e frutos na obrigação de restituir: O proprietário lucra os melhoramentos, acréscimos e frutos naturais. (art. 241) Obs¹: Se o acréscimo decorrer de trabalho do devedor então o regime será de benfeitorias (úteis, necessários e voluntárias). Podem ser de boa ou má fé do devedor. - Boa fé: Tem direito aos melhoramentos da benfeitorias úteis e necessárias, podendo reter o bem pelo pagamento das necessárias e úteis. Podendo levantar as voluntárias. - Má fé: Somente tem direito aos melhoramentos às benfeitorias necessárias. Não podendo levantar as voluntárias. OBS²: Quanto aos frutos a regra é que sempre devolve as despesas de custeio, independente de ser de boa ou má-fé. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA: Obrigação de dar coisa incerta constitui uma obrigação genérica, enquanto a obrigação de dar coisa certa é específica. A obrigação de dar coisa incerta é indicada pelo gênero e quantidade, sendo determinada no momento do cumprimento da obrigação. Exemplo: 02 toneladas de trigo. – Determinada porém incerta. São objeto das obrigações ditas genéricas as coisas fungíveis que se podem determinar pelo peso, número e medida. O ato de determinar a coisa incerta no momento da obrigação é chamado de concentração. A concentração compreende um conjunto de atos como pesagem, separação e envio da coisa, que faz presumir que o devedor, de fato, fez sua escolha. A concentração, em regra, é do devedor. Na obrigação de dar coisa incerta o devedor não se exime se a coisa parecer sem culpa do devedor se antes da concentração. Obrigação se resolve se a coisa não mais existir. - Perecimento do gênero: pode ser ilimitado ou limitado. O gênero pode transformar-se em obrigação alternativa, quando o devedor tem duas ou três opções de escolha. O bem pode não ser suficiente para garantir a satisfação das obrigações, quando diversos os credores, dessa forma poderá resolver-se pela partilha equânime ou pela prevenção. - Qualidade: O devedor não poderá ser obrigado a escolher a pior das coisas nem se desobriga da obrigação entregando a pior delas. (art. 244) - Da entrega da coisa: A entrega coisa, visando desonerar o devedor em questão, às vezes, complexa, posto que enquanto o devedor, ao menos não põe o bem disponível ao credor, o devedor continuará responsável pelos eventuais riscos que a coisa venha a sofrer. Após a escolha da coisa, a obrigação passa a ser obrigação de dar coisa certa, pela qual segue as mesmas regras dessa obrigação. OBRIGAÇÃO DE FAZER É aquela pela qual o devedor encontra-se obrigado – pessoalmente ou por terceiro – a realização de ato positivo, material ou imaterial, em benefício de credor ou de terceira pessoa. DIFERENÇA ENTRE DAR E FAZER Na compra e venda há, ao mesmo tempo, obrigação de dar (o bem) e de fazer a defesa do bem em caso de evicção e vício redibitórios. 1) Na obrigação de dar, não há, cumulativamente, a realização prévia de uma obrigação de fazer embutida 2) Na obrigação de fazer, a prestação é de realizar um determinado ao, a eventual entrega do ato é mera consequência dele. 3) Tradição: 4) A obrigação de dar completa execução com a entrega do objeto prometido ao devedor 5) Na de fazer sempre se resolve em perdas e danos 6) O devedor pode ser condenado nas astreintes - Obrigação de fazer fungível ou infungível (art. 247 - 249 e 881) - Responsabilidade pelo inadimplemento com culpa e sem culpa do devedor art. 248). OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER Atos de abstenção ou mera tolerância Difere das obrigações com eficácia real. Nas obrigações de não fazer o devedor compromete-se a uma abstenção. Exemplo: A obrigação do locador de não perturbar o locatário. A obrigação de não fazer ora se apresenta como pura e simples abstenção, como no caso do alienante de estabelecimento comercial que se compromete a não se estabelecer num mesmo ramo de negócio, ora como dever de abstenção ligado a uma obrigação positiva, como é o caso do artista que se compromete a exibir-se só para determinada empresa. O cumprimento ou adimplemento dessa obrigação dá-se de forma toda especial, ou seja, pela abstenção mais ou menos prolongada de um fato ou de um ato jurídico. Por tais razões, me, todas as regras de cumprimento das demais obrigações podem ser carreadas às obrigações de não fazer. O objeto das obrigações de não fazer caracteriza-se por uma omissão autônoma, ou ligada a outra obrigação positiva. ______________________________ AINDA PONTO 3 _____________________________ CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES QUANTO AO SUJEITO QUANTO AO OBJETO Fracionárias ou parciais: Pluralidade de devedores, cada um responde por uma parte da dívida. Divisível Alternativas: Há várias possíveis e uma é suficiente para fazer a obrigação. OU. Conjuntas ou unitárias: Pluralidade de devedores, que são cobrados ao mesmo tempo, a dívida é única e só pode ser cobrada de todas, ao mesmo tempo Cumulativas: Mais de um objeto. E. Solidárias: Pluralidade de devedores, cada um responde pela integralidade da dívida, no entanto, o pagamento integral libera os demais em face do credor, mas há uma relação interna Divisíveis e indivisíveis: O objeto pode ser fracionado ou não pode. Disjuntivas: Mais de um devedor, não há obrigação interna. A obrigação pode ser satisfeita Facultativas: Geralmente o devedor pode escolher entre cumprir uma obrigação ou outra. Conexas: Por um fato, surgem várias obrigações. – Dependentes: Há prestação principal e acessória – QUANTO AO OBJETO: OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA - art. 252. - A lei, no silêncio das partes, prefere o devedor na escolha porque é a parte onerada na obrigação e deve possuir melhores condições de escolher os bens de seu patrimônio para a entrega. - Compreende uma multiplicidade de objetos, ligados pela disjuntiva “ou” e extingue-se com a prestação de apenas um. DEVE SE ENTREGAR UMA COISA OU OUTRA. - Lembrando, mais uma vez,concentração é o ato de de escolha do objeto. - Sim, as partes podem convencionar que a escolha caiba ao credor ou até mesmo a um terceiro. CARACTERÍSTICAS DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: (a) Seu objeto é plural ou composto (b) As prestações são independentes entre si (c) Concedem um direito de opção que pode estar a cargo do devedor, do credor ou de um terceiro e enquanto este direito não for exercido pesa sobre a obrigação uma incerteza acerca de seu objeto (d) Feita a escolha a obrigação concentra-se na prestação escolhida Como se percebe, a grande utilidade da obrigação alternativa é aumentar a possibilidade de adimplemento por parte do devedor, aumentando as garantias do credor. QUANTO AO OBJETO: OBRIGAÇÃO FACULTATIVA Nosso ordenamento não regulou essa categoria de obrigações. De fato, obrigação dita facultativa é aquela que, tendo por objeto apenas uma obrigação principal, confere ao devedor a possibilidade de liberar-se mediante o pagamento de outra prestação prevista na avença , 4 com caráter subsidiário. Exemplo: O vendedor compromete-se a entregar 100 sacas de café, mas o contrato admite a possibilidade de liberar-se dessa obrigação entregando a cotação do café em ouro. QUANTO AO OBJETO: OBRIGAÇÃO CUMULATIVA: Compreende uma multiplicidade de objetos, ligados pela conjuntiva “e”, todas as prestações devem ser solvidas. OBRIGA A ENTREGAR UMA COISA E OUTRA. QUANTO AO OBJETO: OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS A obrigação mais singela é que possui apenas um credor, um devedor e um objeto. As chamadas obrigações complexas possuem pluralidade de credores ou devedores, ou pluralidade de objetos na prestação. Já estudamos que, se múltiplo for o objeto da prestação, estaremos perante uma obrigação conjuntiva, alternativa ou facultativa. 4 acordo, convenção entre os litigantes; aveniência. Quando, porém, o sujeito ativo ou o sujeito passivo, ou ambos, forem múltiplos, o fenômeno da obrigação denomina-se divisibilidade ou solidariedade. Dessa forma, teremos obrigações divisíveis ou indivisíveis quando forem passíveis de cumprimento fracionado ou integrado. O divisível ou indivisível é a prestação. No entanto, estamos falando de possibilidade, logo importa sempre examinar o objeto do negócio e a vontade das partes quanto a possibilidade de divisão da obrigação, ou mais adequadamente, da prestação. Divisíveis: Fracionado Indivisíveis: integrado. O que caracteriza a divisão ou não divisão é a prestação. art. 258. - A obrigação de restituir é, em regra, indivisível. - A obrigação de fazer pode ser divisível ou indivisível, dentro dos critérios jurídicos. - A obrigação de não fazer é, via de regra, indivisível. Porém, é admissível a divisibilidade da prestação negativa quando o objeto consiste em um conjunto de omissões que não guardam relação orgânica. É lícita a convenção no sentido da indivisibilidade quando a prestação juridicamente divisível se torne indivisível devido a uma declaração de vontade. Se denomina indivisibilidade convencional. Porém, a indivisibilidade que nasce de QUANTO AO OBJETO: OBRIGAÇÕES LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS: - Obrigação líquida é aquela determinada quanto ao objeto e certa quanto à sua existência. Expressa por um algarismo ou algo que determine um número certo. Ex.: "MARIA" deve dar a "BRENDON" R$ 300,00 ou 2 garrafas de tequila. - Obrigação ilíquida depende de prévia apuração, já que o montante da prestação apresenta-se incerto. Ex.: "MARIA" deve dar legumes a "JORGE", que não sabe quanto e nem quais legumes. Ademais encontramos diversos artigos do Código Civil que determinam essa classificação, que seguem: artigos 397, 407, 369, 352, entre outros. QUANTO AO CONTEÚDO: OBRIGAÇÕES DE GARANTIA A simples assunção do risco pelo devedor da garantia representa, por si só, o adimplemento da prestação. A compreensão da obrigação de garantia deve partir da noção de obrigação de meio, podendo ´ser considerada subespécie desta. Ex: Contrato de segurança, feito hoje por várias empresas especializadas, para proteger o patrimônio e a incolumidade pessoal. Logo, as obrigações tipicamente de garantia, como a dos contratos de seguro e de fiança, e outras obrigações de garantia, como a situação enfocada, em que ela surge como obrigação de meio. QUANTO AO CONTEÚDO: OBRIGAÇÃO DE MEIO E DE RESULTADO - Obrigação de meio é aquela em que o devedor, sujeito passivo da obrigação, utiliza os seus conhecimentos, meios e técnicas para alcançar o resultado pretendido sem, entretanto, se responsabilizar caso este não se produza. Ex.: Os contratos com advogados, no qual se contrata seu serviço e não a garantia de se obter a vitória da lide, onde o profissional vai utilizar de todos os meios para conseguir se obter a sentença desejada por seu cliente, mas em nenhum momento será responsabilizado se não atingir este objetivo, veja que o contrato é tão somente para uma prestação de serviço e não para obtenção de um resultado o que comumente é visto de forma equivocada pelos clientes, que supostamente pensam estar contratando o resultado e muitas vezes não acham que os honorários são devidos ao final do pleito que resultou contrário às suas expectativas. - Obrigação de Resultado, dessa forma, o devedor se obriga a um resultado preestabelecido. Exemplo: Transportador que promete levar o passageiro a salvo ao destino. É possível a demonstração de que o resultado não foi alcançado por fator alheio à atuação do devedor. QUANTO AO ELEMENTO SUBJETIVO: OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS Caracteriza-se pela pluralidade de credores e ou devedores, sendo que eles têm direitos ou obrigações pelo total da dívida. CARACTERÍSTICAS: A. Pluralidade de sujeitos – credores ou devedores B. Multiplicidade de vínculos C. Unidade de prestação: Cada devedor responde plo débito todo, como se fosse devedor único. Assim como cada credor pode exigir a totalidade da prestação, como se fosse credor único D. Corresponsabilidade dos interessados. ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS: OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA: - Pluralidade de credores - Cada um dos credores pode exigir a prestação por inteiro OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PASSIVA - art. 275: - Pluralidade de devedores - O credor pode escolher qualquer devedor para cumprir a prestação OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA MISTA: I. Pluralidade de devedores e credores II. Não se presume, resultando da lei ou da vontade das partes. __________________________________ PONTO 4 _______________________________ TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES A transmissão de direitos e obrigações pode verificar-se tanto por causa de morte, quanto por ato entre pessoas vivas. A transmissão por causa de morte deve ser estudada e disciplinada pelo direito das sucessões. O que será examinado, aqui, é a transmissão das obrigações por vontade das partes. A CESSÃO DE CRÉDITO: CEDENTE CESSIONÁRIO CEDIDO CREDOR PRIMITIVO CREDOR SECUNDÁRIO O DEVEDOR ALIENA E TRANSFERE SEUS DIREITOS AO TERCEIRO (CREDOR SECUNDÁRIO) É O TERCEIRO QUEM RECEBE A POSIÇÃO DE CREDOR NA RELAÇÃO OBRIGACIONAL NÃO PARTICIPA NECESSARIAMENTE DA CESSÃO, DEVE SER NOTIFICADO .O crédito, como integrante de um patrimônio, possui um valor de comércio. Trata-se, sem dúvida,de uma alienação. Quando, no direito, a alienação tem por fim bens imateriais, toma o nome de cessão. - Na cessão de crédito, o cedente é aquele que aliena o direito; já o cessionário, o que adquire. O cedido é o devedor, a quem incumbe cumprir a obrigação. - A cessão de crédito é, pois, um negócio jurídico pelo qual o credor transfere a um terceiro seu direito. O negócio jurídico tem feição nitidamente contratual. Nesse negócio, o crédito é transferido íntegro, intacto, tal como contraído; mantém-se o mesmo objeto da obrigação. - Há apenas uma modificação do sujeito ativo, um outro credor assume a posição negocial. No geral, a lei permite a cessão de crédito. - Pelo art. 286, podemos ver os créditos que são inalienáveis, por natureza, por lei, ou por convenção com o devedor. “O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. - Os acessórios acompanham o crédito na cessão, salvo se as partes convencionem em contrário - art. 287. Nesse caso, o devedor deve ser claramente informado da cisão e essa multiplicidade de credores no mesmo crédito não lhe deve causar maiores gastos, isto é, sua situação não poderá ser agravada sem sua concordância. - Na cessão, seu efeito só ocorre a partir do momento em que se notifica o devedor da cessão, o que não ocorre na sub-rogação. Existe sub-rogação por força da lei, enquanto a cessão é ato voluntário. CARACTERÍSTICAS: I. Exige capacidade plena do cedente II. Independe da permissão do devedor – cedido III. Em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão, EXCETO: (A) Quando decorrem de relações jurídicas de caráter personalíssimo (ex: créditos alimentícios) (B) Em virtude da lei. C) Por convenção das partes ESPÉCIES DE CESSÃO DE CRÉDITO: Quanto à responsabilidade: - Cessão de crédito pro soluto (regra) - Artigos 295 e 296: É aquela em que o cedente se responsabiliza perante o cessionário apenas pela existência do crédito, e não pela solvência do devedor. O cedente responde de forma subsidiária. - Cessão de crédito pro solvendo – Artigo 297: É aquela em que o cedente se responsabiliza perante o cessionário não só pela existência do crédito, mas também pela solvência do devedor. Quanto à origem: CONVENCIONAL A TÍTULO ONEROSO GRATUITO TOTAL PARCIAL Assemelha-se à compra e venda Assemelha-se à doação. Cedente só é responsável se houver procedido de má-fé Cedente transfere a totalidade do crédito Cedente retém parte do crédito, permanecendo na relação LEGAL: Quando decorre da lei. JUDICIAL: Por meio de decisão judicial, após processo civil regular PROIBIÇÕES: - As proibições ou decorrem da natureza da obrigação ou da vontade da lei ou da convenção entre as partes. - Pela própria natureza, não podem ser objeto de cessão os créditos acessórios, sem a transferência do principal. - Também aqueles que derivam de obrigações personalíssimas. - Quando não seja possível fazer efetiva a prestação ao cessionário sem alteração de seu conteúdo. - Podem as partes ajustar cláusula impediente da cessão de crédito, seja de modo absoluto, seja relativo (direitos que se tornam intransferíveis por força do ajuste) A transferência da razão creditória abrange-lhes os frutos, rendimentos e garantias. VALIDADE DA CESSÃO: A cessão de crédito não se subordina a requisitos de forma para valer entre as partes. Não há, porém, uma aceitação universal desse princípio. Se se tratar de obrigação inferior à taxa legal, prova-se a cessão por qualquer meio. - Se de valor superior, exige-se um começo de prova por escrito, nos termos do art. 227. - Se a obrigação transferida envolve um direito real, a forma escrita é da substância do ato. - O valor a se considerar não é o da cessão, pois está pode até ser gratuita, mas do crédito cedido. - Assim, não se exige a observância de requisito formal, para a cessão ter eficácia entre as partes. - Porém, quando o direito cedido requer instrumento público, a forma deste atrai a da cessão. - A eficácia da cessão relativamente a terceiros não é sujeita aos mesmos princípios, ela está subordinada à observância da forma. - Ou se faz por escrito público ou por escrito particular.o terceiro, para efeito da cessão, é quem não participou do negotium iuris, ou seja, é terceiro o devedor do crédito transferido. RESPONSABILIDADE DA CESSÃO O cedente realiza, por meio da transferência, uma alienação, e por conseguinte responderá pelo ato que pratica O credor que cede o seu direito está sujeito a toda uma série de princípios especiais: - O que interessa é a responsabilidade na cessão voluntária. - Na ausência de estipulação, o cedente responde tão somente pela veritas nominis, isto é, fica responsável ao cessionário pela realidade da dívida, pela existência do crédito ao tempo da cessão. - O cedente não é obrigado pela bonita nominis (solvência do devedor). - É válida a cláusula que o exime da responsabilidade pela realidade da dívida na cessão onerosa. - Porém, se o cessionário tem conhecimento do litígio sobre o crédito, e mesmo assim adquire-o por cessão onerosa, assume os riscos desta. - Efeitos da cessão: quanto ao devedor e ao cessionário: - O cessionário passa a ocupar a mesma posição antes preenchida pelo cedente, este passa a ocupar a mesma posição antes preenchida pelo credor original. - Como a cessão não atinge a obrigação transferida, mantém inalterada a sua substância, conservando suas modalidades. - Efetuada a cessão, o cedente é responsável perante os cessionários. - Qualquer que seja o cessionário não satisfeito, tem ação contra o cedente para ressarcir-se do prejuízo sofrido. - Operada a cessão, o credor não tem mais o direito de dispor do crédito DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: Pode haver substituição da parte passiva da obrigação, com outro devedor assumindo-a. Não é um fenômeno comum. Chamada de cessão de débito por alguns, denominação que realça uma forma de alienação. Não pode ocorrer sem a concordância do credor. A pessoa do devedor é importante para o credor, já que o patrimônio do primeiro é garantia para o segundo. Não está o credor obrigado a aceitar outro devedor, ainda que mais abastado. Art. 299: É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consenso expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor ignorava. CASOS: I. POR EXPROMISSÃO: O novo devedor assume a dívida por vontade própria, sendo que o devedor originário não toma parte nessa operação. Pode ser: (a) Liberatória: Quando o devedor primitivo se exonera da obrigação ou (b) Cumulativa: quando o expromitente entra na relação como novo devedor, ao lado do devedor primitivo II. POR DELEGAÇÃO: O devedor primitivo transfere o débito a terceiro, mediante consentimento do credor. CESSÃO DE CONTRATO Não é regulamentada em lei, mas tem existência jurídica como negócio jurídico atípico, se enquadrando no art. 425. • Está quase sempre relacionada com um negócio cuja execução ainda não foi concluída, transferindoa inteira posição ativa ou passiva da relação, incluindo o conjunto de direitos e deveres do titular. • Para que a cessão do contrato seja perfeita, é necessária a autorização do outro contratante, como ocorre com a cessão de débito ou assunção de dívida. DO ADIMPLEMENTO E FORMAS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES: Obrigação já nasce com a finalidade de se extinguir. Essa é uma das diferenças das obrigações e do direito pessoal em relação aos direitos reais. Quando nada existe de anormal, no cumprimento da obrigação, extingue-se pelo pagamento. O pagamento é, pois, o meio normal ou ordinário de extinção das obrigações. PARTES SOLVENS - Devedor ACCIPIENS - Credor Interessado na extinção da dívida. Pagamento deve ser feito ao i. Credor. II. Representantes do Credor III. Sucessores do credor Além do devedor, podem efetuar o pagamento: I. interessado na extinção da dívida. Sub-roga-se nos direitos do credor primitivo. II. Terceiro não interessado - Se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. – Não tem direito a reembolso. - Se paga em nome próprio tem direito a reembolso pelo devedor, mas não se sub-roga nos direitos do credor. - - O credor não pode recusar o pagamento de terceiro, salvo cláusula contrária ou nas obrigações intuitu personae – quando o devedor fica obrigado a cumprir pessoalmente a prestação. Nesse caso, ele não poderá ser substituído por outra pessoa, preposto ou representante. No contrato, deve haver cláusula expressa a respeito. O pagamento não valerá, se: I. Credor for incapaz de quitar II. Credor impedido legalmente de receber Exceção: Pagamento feito de boa fé ao credor putativo é válido 5 OBJETO E PROVA DO PAGAMENTO O objeto de pagamento é a prestação O credor não é obrigado a aceitar pagamento parcial a) Princípio do nominalismo: O pagamento em dinheiro deve ser feito em moeda corrente e pelo valor nominal. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira. b) Princípio da justiça contratual: Intervenção judicial para correção do valor do pagamento. ocorre quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução. 5 Aparenta ser credor, mas não é c) Quitação: É a prova do pagamento. Documento pelo qual o credor reconhece que recebeu o pagamento e exonera o devedor dá obrigação. Devedor tem o direito de exigir do credor a quitação. A quitação da última prestação faz presumir a quitação das anteriores, salvo prova em contrário. LUGAR DO PAGAMENTO a) Quérable ou quesível: Quando o pagamento se faz no domicílio do devedor. Quando não houver nada estipulado, há uma presunção de que o pagamento é quesível. b) Portable: Quando se estipula expressamente que o local do cumprimento da obrigação é o domicílio do credor. c) No caso de bens imóveis: Pagamento há de ser feito no lugar onde estiver situado o bem. (Art. 328) Designados dois ou mais lugares, caberá ao credor escolher entre eles. (art. 327). TEMPO DE PAGAMENTO a) Vencimento: Momento a partir do qual se verifica a exigibilidade da obrigação b) Hipóteses de antecipação do vencimento da divída: I. Em caso de falência do devedor ou concurso de credores II. Se os bens dados em garantia real forem penhorados em execução por outro credor III. Cessarem ou tornarem-se insuficientes as garantias reais ou fidejussórias e o 6 7 devedor se negue a reforçá-las _______________________________ PONTO 5 ______________________________________ FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO: POR CONSIGNAÇÃO: arts. 334/345 - Depósito, pelo devedor, da coisa devida, com o objetivo de liberar-se da obrigação. Meio indireto de pagamento. A consignação libera o devedor do vínculo obrigacional, isentando-o do risco e de eventual obrigação de pagar os juros. - Limitada às obrigações de DAR (bens móveis ou imóveis) - Na consignação de dinheiro, pode o devedor optar pelo depósito extrajudicial ou ajuizamento de ação de consignação em pagamento. 6 Penhor, hipoteca e anticrese 7 É o mesmo que garantia pessoal - Não cabe a consignação: (a) Nas obrigações de fazer. (b) Nas obrigações de não fazer. - Autorizam a consignação – art. 335. MORA DO CREDOR SITUAÇÕES INERENTES À PESSOA DO CREDOR SE O CREDOR NÃO PUDER, SEM JUSTA CAUSA, SE RECUSAR A RECEBER O PAGAMENTO, OU DAR QUITAÇÃO. SE O CREDOR FOR INCAPAZ DE RECEBER, FOR DESCONHECIDO, DECLARADO AUSENTE OU RESIDIR EM LUGAR INCERTO/ PERIGOSO. SE OCORRER DÚVIDA SOBRE QUEM DEVA LEGITIMAMENTE RECEBER O PAGAMENTO. SE O CREDOR NÃO FOR, NEM MANDAR RECEBER A COISA NO LUGAR, TEMPO E CONDIÇÕES DEVIDAS SE PENDER LITÍGIO SOBRE O OBJETO DO PAGAMENTO -g SE HOUVER CONCURSO DE PREFERÊNCIA ABERTO CONTRA O CREDOR PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO - arts. 346/351 Substituição de uma pessoa por outra em uma relação jurídica - Pessoal: Ocorre a transferência dos direitos do credor originário a terceiro que solver a dívida. Modifica-se a titularidade do crédito - Real: Substituição da coisa por outra com os mesmos ônus e atributos da primeira - Legal: I. Credor que paga a dívida do devedor comum. II. Adquirente do imóvel hipotecado que paga ao credor hipotecário. III. Terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. - Convencional: I. O credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos. II. Terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub rogado nos direitos do credor satisfeito. EFEITOS DA SUB ROGAÇÃO: - Liberatório: Feito o pagamento por terceiro, credor ficará satisfeito, não poderá reclamar a obrigação. No entanto, como o devedor originário não pagou a obrigação, continuará obrigado ante o terceiro. Não se tem a extinção da obrigação, apenas substituição do sujeito ativo – devedor. - Translativo: Transferência ao novo credor de todos os direitos, ações, privilégios e garantias do credor primitivo. SUB-ROGAÇÃO PARCIAL: Crédito fica dividido em duas partes: I. Não paga II. Paga – Sub-rogada pelo novo credor, por meio do pagamento. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência sobre o terceiro sub-rogado para a cobrança do restante do débito. IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO Ocorre quando há mais de uma obrigação a pagar e o pagamento é realizado sem indicar quais obrigações serão desfeitas, que possuem a mesma natureza (líquidas e vencidas) DA DAÇÃO EM PAGAMENTO Trata-se de um acordo de vontades, no qual o credor concorda em receber do devedor prestação diversa da que lhe é devida. A dação de pagamento extingue a obrigação, mesmo que a coisa dada seja de valor inferior à anteriormente pactuada. É sempre necessário que haja concordância do credor. Poderá haver substituição por: I. Dinheiro por um bem móvel ou imóvel II. Uma coisa por outra III. Dinheiro por título de crédito IV. Coisa por obrigação de fazer Se o credor for evicto da coisa recebida, a obrigação primitiva será restabelecida. O devedor responde por eventual vício redibitório. EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES SEM PAGAMENTO COMPENSAÇÃO Ocorre quando duas ou mais pessoas forem, ao mesmo tempo, credoras e devedoras umas das outras. As duas obrigações se extinguem, ATÉ ONDE SE COMPENSAREM. Pode ocorrer de forma total ou parcial, sendo total caso os valores compensados forem iguais e parcial se a extinção da obrigação for apenas de parte do valor, ante à desigualdade dosvalores. Mais uma vez, pode ser legal, convencional ou judicial. - Requisitos legais: I. Reciprocidade de créditos. II. Liquidez das dívidas. III. Exigibilidade das prestações. IV. Fungibilidade dos débitos. - Convencional: Acordo entre as partes, podendo dispensar requisitos da compensação legal - Judicial: Determinação judicial. Cada uma das partes alega o seu direito contra a outra. NOVAÇÃO - arts. 360/367 Obrigação nova para extinguir uma anterior. Possui duplo conteúdo. A novação não produz, como no pagamento direto, a satisfação imediata do crédito. Requisitos: I. Existência de obrigação anterior – a qual deve ser válida. Não podem ser nulas ou extintas, obviamente. II. Constituição de nova obrigação – Inovação em relação a objetos e/ou sujeitos. Deve haver diversidade substancial entre a dívida anterior e a nova. III. Acordo de vontades – Não se presume, nem ocorre por força da lei. Depende do animus novandi: Só haverá novação se houver vontade das partes. ESPÉCIES: i. Objetiva ou real: Substituição do objeto. ii. Subjetiva ou pessoal: Substituição dos sujeitos (de uma das partes) da relação de jurídica. (a) Ativa: Substituição do credor. Deve haver consentimento do devedor perante o novo credor. Consentimento do antigo credor. Anuência do novo credor. Não se confunde com pagamento com sub-rogação (b) Mista: Quando, ao mesmo tempo, substitui-se o objeto e um dos sujeitos da relação jurídica. (c) Passiva: Substituição do devedor. Deve-se haver concordância do credor. I. Expromissão: Uma terceira pessoa assume a dívida do devedor originário, substituindo-o sem consentimento deste. Independe do consentimento do devedor Delegação> Há substituição do devedor por um terceiro, mediante expresso consentimento do devedor originário Regras especiais - no art. 365 Importa em exoneração do fiador a novação feita sem o consenso com o devedor principal. Quando a dívida novada for solidária, os devedores solidários que não tiverem participado da novação ficarão exonerados da dívida. NOVAÇÃO VC PAGAMENTO COM SUB ROGAÇÃO: Pagamento com sub rogação: Promove apenas uma alteração da obrigação, mudando o credor. Ocorre a extinção da obrigação somente em relação ao credor, logo, o vínculo original não se desfez Novação: vínculo original se desfaz com todos os seus acessórios e garantias. Extingue-se a dívida anterior. CONFUSÃO: arts. 381/384. Ocorre quando na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor Concurso em uma mesma pessoa das qualidades de credor e devedor. Pode ser total ou parcial. Características: - Pode ocorrer por ato de pessoas vivas ou causas de morte. - Ocorre a extinção do crédito – ninguém pode ser credor e devedor de si mesmo. - Se a confusão ocorrer na pessoa de um dos devedores solidários, somente sua parte fica extinta, restando a situação dos demais co devedores inalterada. REMISSÃO É possível que uma obrigação seja extinta, sem que tenha havido o pagamento. Formas de extinção da relação obrigacional sem pagamento: (a) Pela impossibilidade de execução sem culpa do devedor – caso fortuito ou força maior. (b) Implemento de condição ou termo extintivo. © Remissão de dívida. Remissão de dívida é o perdão do débito. Direito do credor, mas é um ato bilateral, porque depende da aceitação do devedor. Só poderão ser perdoados os direitos patrimoniais de caráter privado. Não pode prejudicar o interesse público ou de terceiro. Não confundir: Renúncia – ato unilateral. Remissão: Perdão do débito, só diz respeito a direitos creditórios e é ato bilateral. Remição: Resgate, pagamento, de natureza processual. ESPÉCIES: - Também pode ser total ou parcial - Quanto à forma: I. Expressa: Quando firmado por escrito ou declaração do credor II. Tácita: Conduta do credor incompatível com a conservação do direito. III. Deriva de expressa previsão legal. REMISSÃO EM CASO DE SOLIDARIEDADE PASSIVA: A remissão concedida a um dos co devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente. O credor só pode exigir dos demais codevedores o restante do crédito, deduzida a cota do remitido. Sendo indivisível a obrigação: Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros. Mas os outros credores só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES: Do inadimplemento da obrigação, inexecução ou descumprimento, nasce o dever de indenizar as perdas e danos. CULPOSO Caso culposo, será imputável ao devedor, a título de dolo ou culpa. Nesse caso, O credor para pleitear o cumprimento forçado da obrigação ou indenização cabível. FORTUITO Não imputável ao devedor. O devedor, em regra, não responde pelo prejuízos. EXCETO SE: I. Expressamente se responsabilizou pelo fato II. Estava em mora por ocasião da verificação do fato III:Se tratar de dar coisa incerta (o gênero não perece) O INADIMPLEMENTO PODE SER? - Pode ser parcial, mora ou atraso: Apenas descumprimento parcial, que ainda pode ser cumprida inadimplemento. - Total ou absoluta: Não pode ser mais cumprida, tornando-se inútil ao credor. Diferença entre mora e inadimplemento absoluto: utilidade ao credor. Na mora, o credor foi prejudicado em parte, mas a obrigação ainda pode ser cumprida. No caso de inadimplemento absoluto, mesmo que cumprida o ato da obrigação, este será inútil ao credor. MORA é o atraso, retardamento ou imperfeição da satisfação obrigacional. - Mora do credor: Apesar de rara, se faz presente nas situações em que o credor se recusa a aceitar o adimplemento da obrigação no tempo, lugar e forma pactuados, sem ter motivo justo para tanto. Independe de culpa. Requisitos: I. Existência de dívida líquida e vencida II. Oferta real da prestação pelo devedor ou terceiro interessado III. Recusa injustificada do credor em receber o pagamento ou fornecer a quitação IV. Ajuizamento da ação de consignação em pagamento. - Mora do devedor: Está presente nas situações em que o devedor não cumpre, por culpa sua, a prestação referente à obrigação. Requisitos: I. Culpa do devedor II. Vencimento da dívida III. Viabilidade do cumprimento tardio da prestação MORA DO DEVEDOR - SOLVENDI Efeito: Responsabilização do sujeito passivo da obrigação por todos os prejuízos causados aos credor. I. Juros moratórios II. Atualização monetária III. Honorários advocatícios IV. Cláusula penal V. Reparação de qualquer outro prejuízo que houver sofrido - Caso a obrigação se torne inútil, o credor poderá rejeitá-la com a correspondente reparação por perdas e danos - art. 395. - Perpetuação da obrigação (art. 399). MORA EX RE Se decorrer de fato previsto em lei ou em contrato. Atraso ou imperfeito da obrigação, por ato previsto em lei ou em contrato. - Obrigações positivas: O não cumprimento de obrigação positiva no dia do vencimento constitui em mora o devedor - Obrigações provenientes de ato ilícito: Considera-se o devedor em mora, no momento em que o ato ilícito foi praticado - Obrigações negativas: Considera o devedor em mora, no dia em que este executar o ato do qual deveria se abster. MORA EX PERSONA Se não houver estipulação de uma data certa para a execução da obrigação, a mora depende de providência do credor. Não havendo um prazo determinado, é necessário uma interpelação judicialou extrajud. MORA ACCIPIENDI - DO CREDOR Ocorre com a injusta recusa de aceitar o adimplemento da obrigação no tempo, lugar e forma devidos Não necessita de culpa do credor, mas apenas de sua recusa ou impossibilidade de receber a prestação. A ação de consignação judicial da coisa pelo devedor é requisito para a constituição da mora do credor. Efeitos: I. Não responsabilidade do devedor pela conservação da coisa – Se o credor não quiser aceitar a coisa e esta vier a estragar, o devedor não responde por estes danos. II. Responsabilidade do credor pelo pagamento das despesas efetuadas pelo devedor para conservação da coisa III. Sujeição do credor ao recebimento da coisa pela estimação mais favorável ao devedor. PURGAÇÃO DA MORA Neutralizar seus efeitos. A parte que incorreu em mora corrige a sua falta, de forma voluntária, cumprindo a obrigação que foi descumprida. Deve ressarcir, também, os eventuais prejuízos causados à outra parte. PURGA-SE A MORA - ART. 401: I. Por parte do devedor: Ocorre com a oferta da prestação pelo devedor, acrescida da importância dos prejuízos ocorridos até o dia deste pagamento II. Ocorre quando o credor se oferece para receber o pagamento, sujeitando-se aos efeitos da mora já ocorridos. CLÁUSULA PENAL A cláusula penal é obrigação acessória cujo objetivo é reforçar o cumprimento da obrigação principal, por acarretar uma punição ao inadimplente. Representa a fixação antecipada do valor das perdas e danos para a hipótese de descumprimento culposo da obrigação. É chamado também de multa contratual ou convencional. Tem função coercitiva e ressarcitória. Pode ser compensatória, na hipótese de inadimplemento total; ou moratória, quando corresponder simplesmente à mora; (art. 411). CLÁUSULA PENAL VS PERDAS E DANOS Na cláusula penal o valor é antecipadamente pactuado pelos próprios contratantes. Nas perdas e danos o valor será fixado pelo juiz com base nos prejuízos alegados e provados. CLÁUSULA PENAL VS ARRAS Cláusula penal é exigível em caso de inadimplemento ou mora. A cláusula penal pode ser reduzida pelo juiz. As arras são pagas por antecipação, servindo para garantir o cumprimento do contrato. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo (As arras são a taxa mínima.) CLÁUSULA PENAL NAS OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS E DIVISÍVEIS I. Divisíveis: A pena é proporcional à sua parte na obrigação II. Todos incorrerão na pena ARRAS Arras ou sinal é uma quantia ou coisa entregue por um dos contraentes do outro, para: i. Garantir confiabilidade da negociação. II. Pré-estipular perdas e danos. Possui natureza acessória. ESPÉCIES: I. ARRAS CONFIRMATÓRIAS: Tem função de confirmar o contrato, o qual se torna obrigatório após sua entrega. A parte inocente pode: Pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. II. Exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo de indenização. II. ARRAS PENITENCIÁRIAS: Atuam como pena convencional, pré-estipulando perdas e danos em caso de inexecução. Podem as partes convencionar o direito de arrependimento, diferentemente das arras confirmatórias. Não se exige prova do prejuízo real. Não se admite a cobrança de indenização suplementar. FUNÇÕES DAS ARRAS: I. Garantir o cumprimento do contrato, confirmando e tornando o obrigatório (arras confirmatórias) II. Pré-estipulando das perdas e danos quando convencionado o direito de arrependimento. (Arras penitenciárias) III. Atuar como começo de pagamento, quando a coisa entregue for do mesmo gênero da prestação principal (Ambos os tipos de arras)
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