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BY LEO DESCOMPLICA / @ERICKLSMD CORAÇÃO POTENCIAL DE AÇÃO DO CÉLULAS CONTRÁTEIS E MARCAPASSO As células contráteis do miocárdio são a maioria e são as responsáveis por gerar a força de contração. Diferentemente das células marcapasso (autoexcitáveis), as fibras contráteis não têm a capacidade de gerar seu próprio potencial de ação, sendo dependentes dos potenciais gerados nas células marcapasso. CÉLULAS CONTRÁTEIS O esquema do potencial nas fibras contráteis inicia em um potencial de repouso (4) em torno de -90 mV. No entanto, quando essas células recebem impulsos advindos das células marcapasso, canais de sódio dependentes de voltagem são abertos, permitindo um grande influxo desse íon. Esse evento é chamado de despolarização (0). Tal evento torna o interior da célula mais positivo que o exterior. Além disso, a célula atinge um potencial de cerca de +20 mV, momento que antecederá o fechamento dos canais de Na+ Ao chegar em +20 mV, o potencial de ação irá abrir canais de potássio, promovendo o efluxo desse íon e, consequentemente, uma breve repolarização (1). Esses canais de K+ são de abertura rápida. A repolarização inicial (1) é breve porque, apesar de estar ocorrendo a saída de potássio, haverá uma compensação com a entrada de cálcio. Essa saída de cátions sendo equilibrada por uma entrada de cátions vai causar um achatamento da curva no potencial, chamado de platô (2). O platô que ocorre na curva de potencial do músculo cardíaco não ocorre com a musculatura esquelética comum. Por isso, aqui a curva do potencial dura bem mais do que o potencial dos músculos esqueléticos. O fechamento de canais de cálcio e a abertura de canais lentos de K+ irão dar fim ao platô e iniciar a repolarização final da célula (3), retornando ela ao potencial de repouso (4). Ou seja, a célula retorna ao potencial de repouso com a parada da entrada de Ca2+ e com a continuidade da saída de K+ Observar que a despolarização das c. contráteis ocorre com entrada de Na+, enauanto que nas fibras autoexcitáveis é com a entrada de Ca2+ As células marcapasso têm a capacidade de gerar um potencial de ação que será transmitido às demais através das junções comunicantes. Essas células estão presentes nos nós sinoatrial e atrioventricular do coração e nos feixes e ramos de condução, como as fibras de purkinje. A modulação dos potenciais delas é feita pelo SN autônomo CÉLULAS MARCAPASSO As fibras autoexcitáveis não têm um potencial de repouso propriamente dito, já que ele é constantemente variado. Por causa disso, antes de atingir o limiar, o potencial é chamado de potencial marcapasso. Essa peculiaridade acontece com essas células porque elas têm em suas membranas um canal diferente chamado de funny. Abaixo de -40 mV, esses canais se encontram abertos, sendo permeáveis ao Na+ e ao K+. No entanto, o efluxo de K+ não irá superar o influxo de Na+. Assim, essas células têm seu potencial de ação aumentado lentamente, já que está entrando mais cargas positivas (Na+) do que saindo (K+). À medida que o potencial de membrana se torna mais positivo, os canais de If fecham-se gradualmente, e alguns canais de Ca2+ se abrem. O resultante influxo de Ca2+ continua a despolarização, e o potencial de membrana move-se continuamente em direção ao limiar. Atingido o limiar, vários canais de cálcio dependentes de voltagem se abrem e a célula despolariza rapidamente. Quando os canais de Ca2+ se fecham no pico do potencial de ação, os canais lentos de K+ estão abrindo. A fase de repolarização do potencial de ação autoexcitável é devida ao resultante efluxo de K+. O SN simpático, através da noradrenalina, aumenta o fluxo iônico nos canais If e de Ca2+ das células autoexcitáveis. A consequência disso é que mais impulsos serão gerados em menos tempo, fazendo a frequência cardíaca aumentar. O SN parassimpático, através da acetilcolina, aumenta a permeabilidade de saída do K+ e reduz a entrada de Ca2+, atrasando o potencial de ação e diminuindo a frequência cardíaca. LIMIAR
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