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Atividade 1

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA – UEPB
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – EAD
ALUNO: REGINALDO RIBEIRO DA SILVA
QUESTÕES
1. Como tem se movimentado o pêndulo entre o Estado e mercado no Brasil dos últimos 20 anos?
Sendo o Estado o responsável por funções básicas como, manter a segurança e a ordem internas, assim como assegurar a força externa, ou seja, uma organização monopolística legítima que usa a força através da segurança pública, e o mercado, o local onde ocorrem as trocas das quais participam agentes e instituições interessados em vender ou comprar um bem ou prestar ou receber um serviço, pode – se observar que nos últimos 20 anos o pêndulo social oscilou para os dois lados, hora pedindo socorro ao mercado, devido à inércia das políticas públicas, hora clamando ao Estado, na intervenção contra os abusos praticados pelo mercado.
Tato o bem-estar social quanto o crescimento econômico dependem do equilíbrio entre Estado e mercado, só que este equilíbrio entre a intervenção do Estado e liberdade econômica é cada vez mais impossível, pois cada um possui influencias e limites próprios.
Assim sendo, o mercado estimula a competição e a busca pelo lucro, resultando na seleção de indivíduos e/ou empresas economicamente mais produtivos (vencedores), e na acumulação da riqueza nas mãos de poucos, necessitando assim da intervenção do Estado, através de políticas fiscais (implantação ou aumento de tributos) e até mesmo para impedir a autodestruição, através do monopólio, que levaria ao fim da concorrência e do próprio mercado.
Ao longo destes 20 anos o Brasil passou por algumas transformações, devido à globalização, as privatizações, a abertura do comércio externo, ocasionando transformações econômicas e sociais, permitindo o avanço de alguns mercados e diminuindo o poder do Estado e estimulando a ganância do homem pelo lucro. Mas nos últimos anos o país encontrou uma forma de diminuir a discrepância entre o crescimento econômico e as questões sociais, foram adotadas políticas sociais de transferência de renda à população, incentivo a abertura de postos de trabalho e realização de obras públicas.
2. Aponte três aspectos fundamentais da matriz liberal.
A corrente liberal funda-se na filosofia jusnaturalista:
· Como oposição ao poder exercido pelas monarquias hereditárias da Europa, que invocavam o direito divino como fonte de legitimidade;
· Buscou a legitimidade do Direito e da ordem política no indivíduo;
· Os filósofos jusnaturalistas rejeitavam a história como fonte de conhecimento, atinham-se à razão e à dedução, dispensando as comprovações empíricas.
3. Cite três características distintas de cada corrente de pensamento até aqui analisada.
	Corrente Liberal
	Corrente Marxista
	1 - oposição ao poder exercido pelas monarquias hereditárias da Europa
	1 – oposição ao poder exercido pela classe dominante – a burguesia 
	2 – os indivíduos são iguais por natureza
	2 – sociedade de classes sociais: classe dominante x classe dominada
	3 - rejeitavam a história como fonte de conhecimento
	3 – a história passa a ser objeto central de reflexão dos filósofos e economistas
4. Faça uma análise sobre os diversos modos de produção experimentados pela humanidade e as razões para a decadência de cada um deles.
Os modos de produção que se destacaram na história da humanidade, são: o primitivo, o asiático, o escravista, o feudal, o capitalismo e o comunista.
No modo de produção primitivo ou “Comunismo primitivo”, a humanidade vivia organizada em tribos – eram nômades, caçavam, pescavam e colhiam -, não havendo Estado, classes sociais, divisão do trabalho e propriedade. A produção e o consumo seriam coletivos e não havia excedente de riqueza, ou seja, todos viviam na igualdade, inclusive na escassez e na miséria. Iniciou a decadência com o advento da agricultura, com a qual surgiu a noção de território e a divisão do trabalho – uns plantavam e outros faziam a proteção da terra, surgia o exercito.
Como o surgimento da agricultura, inicia-se o modo de produção asiático, ocorrido na Ásia antiga, na África e na América, fundada na exploração de tribos e comunidades rurais, que tinham acesso a coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras, mas estavam presos a ela e não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório. Neste momento surgiu o Estado, que tem a agricultura como a base de sua economia e era dono do excedente produzido, e tinha a função de garantir a preponderância da classe dominante sobre a classe dominada. Essa nova forma de organizar a sociedade estava centrada na figura de um rei-imperador ou faraó, que exercia seu poder absoluto através da legitimação da graça divina, ou seja, o próprio deus lhe concedeu a autoridade, portanto, detinha poderes divinos. A sua decadência manifestou-se nas recorrentes revoltas camponesas, no desenvolvimento gigantesco dos gastos improdutivos do Estado e nas guerras incessantes entre estados tentando uma solução para os bloqueios internos da produção.
Já o modo de produção escravista ou antigo, fundou-se na escravidão e era caracterizado por uma divisão de classe: a classe dominante, proprietária de todos os fatores de produção, inclusive o homem, e o escravo, destituído de toda propriedade e direito. Com o surgimento da propriedade privada, os parentes mais próximos dos chefes ficavam com as melhores terras, ficando com as piores terras e marginalizados os parentes mais afastados. Com o aumento das famílias nobres, eram necessários mais terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era resolvido com guerras de conquista: guerreavam-se com povos vizinhos, as terras conquistadas eram repartidas entre os nobres, e o povo derrotado era escravizado. Esses escravos eram propriedades do Estado cedidas aos nobres para o trabalho em suas terras. Assim, o trabalho passou a ser uma exclusividade dos escravos e dos pequenos camponeses. Então, fica evidente a importância que o trabalho escravo tinha para esses povos, já que ele se tornou a base de suas economias. O escravismo era rentável só como meio de explorar os povos conquistados. Quando estas conquistas param ou se reduzem, tem como resultado o esgotamento da fonte do espólio, do tributo e dos escravos, provocando, além disso, o aumento do valor dos escravos, então o escravismo se torna um sistema não rentável, um obstáculo ao desenvolvimento da produção.
O modo de produção Feudal predominou durante a Idade Média na Europa, em que as classes fundamentais seriam: o clero, a nobreza, senhora da terra, e os servos, que estavam presos à terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. O sistema de dominação entre estes se daria pelo sistema de obrigações e direitos mútuos e desiguais. O Feudalismo entra em transformação, a exploração camponesa torna-se intensa, concentrada em certas regiões superpovoadas, deixando áreas extensas de espaços vazios; surgem novas técnicas de cultivo, novas formas de utilização dos animais e das carroças, o que permitiu a produção agrícola garantir um aumento significativo, surgindo, assim, a necessidade de comercialização dos produtos excedentes. Esse renascimento do comércio e o conseqüente aumento da circulação monetária, reabilita a importância social das cidades. Na medida em que aumenta a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana, eleva-se o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Não que os servos fossem escravos, mas com o excedente produzido, poderiam comprar de seus senhores lotes de terras e, assim, deixar de cumprir suas obrigações junto ao senhor feudal.
O modo de produção capitalista, predominante nas sociedades industriais, no qual as classes fundamentais seriam a burguesia - proprietária
de todos os meios de produção – e o proletariado, dono da sua força de trabalho. Ao contrario dos outros modos de produção, neste, os trabalhadores seriam livres e venderiam sua força de trabalho (mercadoria) aos industriários burgueses em troca de um salário. Como o capitalismo é baseado na exploração do proletariado pela burguesia, só com a revolução proletária, segundo Marx, é que a sociedade passaria para o socialismo e finalmente para o comunismo. Mas o próprio capitalismo levaria ao seu fim, pois com a tendência a concentração do capital, os capitalistas mais fracos seriam eliminados do mercado, o que levaria ao monopólio, exterminando a concorrência; e também com a redução do numero de trabalhadores e o aumento do desemprego. Assim, com a combinação destas duas tendências, resultaria no extermínio do capitalismo, pois seu meio de sobrevivência é o mercado, que desapareceria com o monopólio e a acumulação e valorização de capital, extraída do trabalho humano, seria reduzida devido a diminuição de trabalhadores.
E finalmente o Comunismo, é uma estrutura sócio-econômica e uma ideologia política, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral, em detrimento da propriedade privada. Karl Marx postulou que o comunismo seria a fase final na sociedade humana, o que seria alcançado através de uma revolução proletária. O "comunismo puro", no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir, são tomadas democraticamente, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, tanto na esfera política e econômica da vida. As principais críticas ao comunismo se assentam essencialmente na idéia de que quanto maior é a intervenção do Estado, mais negativa é, por que: a) interfere com a liberdade individual e livre iniciativa das pessoas e empresas, que são quem sustentam involuntariamente o Estado através dos impostos e taxas; b) ao deslocar recursos dos mais produtivos para os menos produtivos, retirando produção aos primeiros para alocar aos segundos, o Estado contribui para uma diminuição da eficiência global do sistema econômico e social. Isto porque é intuitivo que a pessoa que não vê uma recompensa maior pelo seu esforço, tem tendência a produzir menos, dessa forma todos ficam mais pobres.

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