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Direitos da Personalidade (2)

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Teoria Geral do Direito Civil
Direitos da Personalidade
1 Conceito
Os direitos da personalidade, segundo Carlos Roberto Gonçalves, são “prerrogativas individuais, inerentes à pessoa humana [...]. São inalienáveis, que se encontram fora do comércio, e que merecem proteção legal”. O autor ainda traz outras duas definições em seu livro:
De acordo com Francisco Amaral, são “direitos subjetivos que têm por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual”.
Maria Helena Diniz, por outro lado, conceitua-os como “direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social)”.
Portanto, interseccionando as definições dos três autores, podemos conceituar os direitos da personalidade como direitos que são inerentes à pessoa humana, inalienáveis e que protegem valores subjetivos e sociais,
2 Características
Carlos Roberto Gonçalves cita 7 (sete) características dos direitos da personalidade:
1. Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: prevista no art. 11 do Código Civil (“os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”), essa característica dos direitos da personalidade priva-os de serem fruídos por outros que deles não são titulares, ainda que por vontade livre da pessoa que deles deseja dispor.
2. Absolutismo: os direitos à personalidade tão são exercidos contra todos — em latim, erga omnes — quanto em sua totalidade, portanto são absolutos tanto em si quanto na sua oponibilidade.
3. Não limitação: o rol dos arts. 11 a 21 do Código Civil não é taxativo, isso significa que é plenamente possível a cogitação ou a criação de novos direitos que lá não estão listados.
4. Imprescritibilidade: os direitos da personalidade não são evanescentes, portanto podem ser exercidos independentemente do decurso de qualquer lapso temporal, por maior que seja.
5. Impenhorabilidade: não podem ser penhorados, independentemente da obrigação que se deseja assegurar, por serem inerentes à pessoa humana.
6. Não sujeição a desapropriação: é vedada a desapropriação dos direitos da personalidade por se ligarem à pessoa humana de forma indestacável.
7. Vitaliciedade: os direitos da personalidade surgem antes do nascimento com vida — na concepção — e permanecem até depois da sua morte, portanto jamais o indivíduo pode perdê-los.
3 Proteção
Os direitos da personalidade, como diz Carlos Roberto Gonçalves, destinam-se a resguardar a dignidade humana. Segundo o autor, a proteção judicial pode ser de três formas.
No primeiro caso, a ação é instruída com o pedido acautelatório, visando prevenir que o ato lesivo se consume, para em seguida instruir-se o pedido principal; pode ocorrer, também, a demanda dos dois pedidos simultaneamente (ou seja, de pedidos cominatórios), tanto o principal quanto aquele que deseja prevenir ou interromper a lesão aos direitos da personalidade; é possível, também, que seja movida a ação de indenização do dano causado, ou seja, reprimindo a lesão ao direito violado.
Segundo o autor, os atos de violação aos direitos da personalidade acarretam em responsabilidade civil extracontratual, que dá origem ao direito subjetivo de reparação. Além do próprio ofendido, podem reclamar a reparação, dentre outros, os herdeiros, cônjuge ou companheiro(a) e membros de sua família ligados ao ofendido afetivamente, desde que provando o nexo de causalidade e a culpa, desde que não seja caso de culpa presumida ou de responsabilidade independente de culpa.
4 Classificação
Como já mencionado no conceito de direitos da personalidade dado por Maria Helena Diniz, os direitos da personalidade podem ser defensores da integridade física, intelectual (ou psíquica, para alguns) e moral.
Os arts. 13, 14 e 15 do Código Civil protegem a integridade física da pessoa, proibindo a sua diminuição permanente (art. 13), permitindo sua disposição póstuma para fins altruísticos (art. 14) ou impedindo o constrangimento a submeter-se a tratamento de risco (art. 15).
As criações do espírito em geral, como autoria científica, criação artística e literária, bem como a liberdade de expressão, são todos bens protegidos pelo Código Civil e pela Constituição Federal. Os direitos resguardados por essas normas compõem a sessão dos direitos à integridade psíquica.
Por fim, há os direitos morais, os quais são os relacionados com a honra subjetiva da pessoa (física ou jurídica), como vida privada, segredo profissional e doméstico, assim como outros.
5 Nome
O direito ao nome e ao pseudônimo são previstos nos arts. 16 a 19 do Código Civil. Integra o grupo dos direitos à integridade moral, porquanto subjetivamente é crucial ao indivíduo sua identificação, reconhecimento social e denominação não vexatória.
6 Imagem/palavra
Diz o Código Civil:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais
Ainda que protegidas por lei específica, a palavra e a imagem do indivíduo, no Código Civil, são resguardadas da disseminação a contragosto de seus titulares, exceto nas hipóteses previstas no artigo, sendo que sua violação é passível de indenização quando atingirem a honra, boa fama, respeitabilidade ou destinar-se a fins comerciais.
7 Vida privada/intimidade
O art. 21 do Código Civil garante que a vida privada de qualquer pessoa é inviolável, restando ao titular o direito de requerer ao juiz a adoção de providências para impedir ou fazer cessar ato que a viole. Isso porque é resguardado que as pessoas tenham suas vidas particulares sem a intromissão de terceiros caso assim quiserem, ainda que o avanço tecnológico represente uma ameaça emergente a esse direito.
8 Saúde
Como já exposto, uma das características dos direitos da personalidade é a não limitação apenas aos expostos nos arts. 11 a 21 do Código Civil ou nos artigos da Constituição Federal. Dos direitos até aqui expostos, verifica-se que há um grupo de direitos que protegem a integridade física da pessoa, e tomando como princípio essa proteção, surge a figura do direito à saúde.
Carlos Roberto Gonçalves traz o exemplo do AgI 97.779-4-SP, 10ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, onde foi decidido que nos casos de urgência urgentíssima em que o julgador é posto ante a alternativa de prover ou perecer o direito que no momento apresenta-se apenas provável, deve se preferir sua concessão, entendimento esse aplicado em casos onde se requer a realização de procedimentos médicos para resguardar a integridade física do requerente. Tais casos refletem a posição do judiciário brasileiro em reconhecer que o direito à saúde é meio para que se alcance fim maior, qual seja, a proteção à integridade do indivíduo.
UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS-MANAUS
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
					MANAUS-AM.
					 2019
UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS-MANAUS
DIREITO DA PERSONALIDADE
									
										
	Trabalho de pesquisa para complemento de avaliação de nota da NP2, pesquisa sobre Direito da Personalidade, referente a Disciplina da Teoria Geral do Direito Civil, Curso de Graduação em Direito – Noturno, ministrado pelo Professor JAYME PEREIRA.
						 																													
																	MANAUS-AM.
					 2019
EQUIPE:
CARLOS ALBERTO FERREIRA CRUZ 			RA 	N509AJ1
BERLISSON BARBOSA DE OLIVEIRA			RA	F112195
ANTONIO FORGAÇA BORGENSRA	F0704D7
MÁRCIO MARINHO DE OLIVEIRA 			RA 	5344C4

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