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Malala Grupo: Turma: Elisa Brauer Lucas Braga Nicole Liberato 100 Alícia Costa Arthur Augusto Raquel Temponi A menina paquistanesa que desafiou os radicais islâmicos do Talibã por querer estudar — quase pagando com a vida por isso — se tornou símbolo da luta pela liberdade e pelos direitos da mulher. Biografia: Quando Malala Yousafzai nasceu (12 de junho de 1997), nenhum vizinho foi dar os parabéns aos seus pais. Em regiões do Paquistão como o Vale do Swat, onde ela vivia, só o nascimento de meninos é celebrado. Das meninas, espera-se apenas que vivam quietinhas atrás das cortinas, cozinhem e tenham filhos – preferencialmente antes dos 18 anos. “Malala” significa “tomada pela tristeza”. Mas a primogênita dos Yousafzai driblou duas vezes o destino: escapou da profecia do batismo e trocou as cortinas por onde deveria espreitar o mundo pelo centro do palco. Em 2008 Malala, então com apenas 11 anos, passou a escrever um blog na BBC em urdu no qual contava como era a vida de uma aluna do Vale de Swat sob o domínio dos talibãs. Por questões de segurança, Malala assinava os textos como Gul Makai. Aos 12 anos, para poder continuar indo à escola, desafiou uma das mais cruéis e violentas milícias em ação, o fundamentalista Talibã. Aos 15, foi baleada na cabeça numa tentativa do grupo de silenciá-la. Malala sobreviveu ao atentado e, aos 16 anos, tornou-se porta-voz mundial de uma causa até há pouco quase obscura, entre outros motivos, por ter surgido em uma região que já parecia ter problemas demais a tratar: os milhares de meninas no Afeganistão e no Paquistão que, graças a uma interpretação do Islã eivada de ignorância e ódio, são impedidas de ter acesso à educação e a um futuro melhor. Depois de receber tratamento médico intensivo, Malala se mudou para o Reino Unido. Em 2013, ela recebeu o prêmio Sakharov para a liberdade de consciência, concedido pelo Parlamento Europeu. A garota recebeu formalmente o prêmio Nobel da Paz de 2014 dado em outubro por "sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação". A extraordinária ação da “pequena grande” garota levou a comoção do mundo inteiro, sendo um ícone para a cultura mundial. O livro “Eu sou malala”: O livro Eu Sou Malala, conta como essa história improvável e extraordinária aconteceu. Nele, Malala relata que cresceu em um lar barulhento, lotado de tios, primos e agregados. As crianças jogavam críquete no quintal, a mãe vivia na cozinha pilando açafrão e o pai passava a maior parte do tempo fora de casa. Seria uma tradicional família paquistanesa, não fosse por um detalhe. Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, é professor e viu na filha – curiosa e vivaz – sua aluna perfeita. Contrariando os hábitos locais, punha os meninos para dormir e deixava a garota ficar na sala, ouvindo-o falar de história e política. Ziauddin estimulou Malala a gostar de física e literatura e a se indignar com as injustiças do mundo – apresentadas a ela em toda a sua magnitude quando tinha 10 anos e o Talibã fez do Vale do Swat seu território. Sob o governo paralelo da milícia fundamentalista, os homens foram obrigados a deixar a barba crescer, as mulheres que saíam de casa desacompanhadas eram açoitadas na rua e as escolas femininas receberam ordens de fechar as portas – as que desobedeceram foram dinamitadas. Curiosidades: Vampiros. Malala gosta dos livros de Jane Austen, de Justin Bieber e também dos filmes da série Crepúsculo. Em Mingora costumava brincar com a melhor amiga, Moniba, a fingir que eram vampiros. Cor-de-rosa. É a cor preferida de Malala, como a própria explica no seu livro 'Eu Malala'. Por isso escolheu um vestido cor-de-rosa quando foi discursar à ONU em Nova Iorque no dia do seu décimo sexto aniversário. Física. É a disciplina preferida de Malala na escola, isto apesar de a rapariga admitir sentir algumas dificuldades com a matéria. Olho. Uma das três balas que atingiram Malala entrou junto ao olho e saiu perto do ombro, cortando o nervo facial e deixando o lado esquerdo do rosto da rapariga paralisado. Os médicos britânicos conseguiram que a cirurgia e a fisioterapia a fizessem recuperar a 86%, mas o seu rosto não recuperou totalmente a simetria. Biografia. Escrita pela jornalista Christina Lamb, 'Eu, Malala - a minha luta pela liberdade e pelo direito à educação' é editado em Portugal pela Presença. O livro foi banido nas escolas privadas paquistanesas por ser "má influência" e " desrespeitar o islão". Sonho. Malala não se cansa de dizer que gostaria de voltar ao Paquistão e confessa que se imagina como primeira-ministra, seguindo as pisadas de Benazir Bhutto.
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