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Fonte das obrigações , classificações , elementos constitutivos

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Direito das Obrigações| Anotações da Aula III 
02.03.2021 
Fontes das obrigações 
São meios pelos quais se formam ou se estabelecem as normas jurídicas obrigacionais 
01. Fonte imediata (primária) –​ Lei 
02. Fontes Mediatas (secundárias)​ – fatos jurídicos que concretizam a lei) 
01. Atos jurídicos negociais : ​Manifestação de vontade. 
Ex: Contrato (acordo entre as partes), testamento (bilateral) 
02. Atos jurídicos não negociais : ​Independentemente de você ter celebrado contrato, você 
tem obrigações. 
Ex: Ser pai. (fatos materiais: Ex vizinhança) 
03. Atos ilícitos: ​Geram obrigações. Comportamento humano, contrário ao direito e causador 
de prejuízo de ordem material ou moral. 
Ex: Abuso de direito (art. 187 – Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social pela 
boa-fé ou pelos bons costumes ) e enriquecimento sem causa. 
“ CC/02 – Art. 186 aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito” 
Princípios aplicáveis às obrigações. 
01.​ ​Princípio da sociabilidade 
- Bem comum – cooperação entre credor e devedor – interesse do credor e maneira 
menos gravosa ao devedor – limites das partes em relação à sociedade. Função social 
do contrato. 
- O contrato deve servir de progresso para a sociedade; 
Ex: Um contrato entre as partes para fabricar um produto e tal, e aí durante esse processo 
de fabricação polui o meio ambiente. Nesse caso, não contribui para a sociedade. 
02.​ ​Princípio da Operabilidade ou concretude 
- Valorização do ser humano como pessoa concreta – análise do caso concreto com suas 
particularidades – "circunstâncias do caso “; “natureza da situação “; “usos do lugar “– 
características das partes – natureza da obrigação 
- Analisar as particularidades de cada caso. 
03.​ ​Princípio da Eticidade e boa – fé. 
- Honestidade; probidade; valor justiça; aplicável antes, durante e após a contratação – 
vedação ao abuso de direito – equidade – bons costumes 
 
3.1 Boa - Fé objetiva X Boa - fé subjetiva 
 
- Boa- fé Objetiva ​: (não se preocupa com a intenção. Se preocupa com o resultado. Cada 
obrigação já tem um resultado razoável. Padrão mínimo de lealdade, cooperação que se 
espera naturalmente dos contratantes. Quando um dos contratantes não corresponde a esse 
padrão mínimo naturalmente esperado (ainda que não tenha agido culposamente), já 
ofende a boa – fé objetiva. 
- Boa-fé Subjetiva : ​ ​(bem intencionada) 
Elementos constitutivos das obrigações 
01. Sujeitos – Elemento subjetivo: 
- ​Ativo (credor – responsável pela obrigação principal) 
- Passivo (devedor) 
1.1 Elemento subjetivo – pode haver pluralidade 
- ​Pode ser pessoa jurídica ou física (natural)​, independente da capacidade. 
- ​É possível que os sujeitos sejam entes despersonalizados. 
Ex: Massa falida, e sociedade de fato (pessoas que agem como pessoa 
jurídicas, porém, não estão registradas 
- Nomenclaturas próprias: ​Consumidor e fornecedor, locador e locatário, etc. 
- ​Os sujeitos devem ser, pelo menos, determináveis​. 
 Ex: Cheque ao portador, promessa de recompensa. 
- ​Sujeito pode ser a coletividade:​ direitos difusos. 
 Ex: Meio ambiente. 
- ​Há possibilidade de substituição de sujeitos. 
Ex: cessão de crédito ou de débito) não se tratando de obrigação 
personalíssima (​intuitu persona​ – somente a pessoa pode cumprir. Por ex: um show 
artístico, deve ir o sujeito, não pode ir um substituto.). 
 Ex: Em regra, o contrato de mandato – uma procuração do advogado, e ele 
pode se tiver uma cláusula permitindo – passar para outro advogado, substituir ele na 
audiência, isto é, subestabelecimento) 
1.2 Objeto – Elemento objetivo: 
- Prestação – conduta realizada pelos sujeitos (o que se vai fazer, não fazer ou 
dar) 
- Conduta humana 
* Positiva – Agir ​( Obrigação de dar – Transferências gratuitas e onerosas, 
sempre está vinculada a uma transferência de um direito ou de um bem, obrigação de 
fazer – Realização de um serviço e Obrigação de Restituir – Dever de um depositário, 
obrigação de devolver. Ex: Locatário; inquilino) 
* Negativa - Omissivas​ ( Obrigação de não fazer – Por ex: Limites de 
construção, não passar deles.) 
1.3 Vínculo – Elemento imaterial​, ​abstrato – Exigibilidade:​ poder de exigir 
(inclusive, judicialmente, se for preciso) o cumprimento da obrigação. Liame que liga 
credor e devedor, possibilitando o prejudicado exigir do outro o cumprimento da 
obrigação, sob pena de excussão patrimonial, através do Poder Judiciário. 
 Coercibilidade ( Exigibilidade da obrigação ) 
- Através do Poder Judiciário 
- Vedação da Autotutela (proibida , porém, com exceções ) 
Exceção no direito civil : desforço possessório – Art. 1210, 
parágrafo 1° do CC. 
● Características da prestação Art. 104 do CC) 
- Art.104. A validade do negócio jurídico requer: 
I – Agente Capaz. 
II- Objeto lícito, possível, determinado ou determinável. 
III- Forma prescrita ou não defesa em lei ( escrita ou não proibida na lei ) 
● Licitude 
● Possibilidade 
● Determinabilidade 
- Objeto determinado ( obrigação de dar coisa certa ) – Especificado gênero, 
quantidade e qualidade. 
- Objeto determinável (obrigações de dar coisa incerta) – Específico gênero, 
quantidade e falta a individualização mais precisa do bem (qualidade) 
Obrigação Natural 
● Não possui vínculo Jurídico às obrigações naturais. 
Por exemplo: 
- Dívidas Prescritas 
- Dívidas de Jogo ( não regulamentados) 
- Deveres morais ( pagar gorjeta, ajudar os necessitados, cumprir regras de 
etiqueta) 
- Deveres religiosos ( ir à igreja) 
● Irrepetibilidade da obrigação natural ( art. 882) 
OBS:​ Obrigação civil x Obrigação natural 
- O poder judiciário precisa ser acionado para ele poder agir. ( Princípio da Inércia) 
- Inadimplemento mínimo 
- Princípio da inafastabilidade do poder Jurisdicional : Não se pode fazer um contrato, 
com uma cláusula que afaste o judiciário. Porque afeta esse princípio. 
OBS:​ Distinção entre obrigação e responsabilidade civil 
- A responsabilidade civil pode surgir quando a obrigação não é cumprida voluntariamente. 
- A responsabilidade civil é secundária, sendo primária à obrigação originária não cumprida. 
- A obrigação (originária) pode decorrer da lei ou da vontade das partes. 
- Enquanto que a obrigação secundária (responsabilidade civil) surge naturalmente da lei, em 
face do descumprimento de outra obrigação. 
 
Classificação das obrigações 
● ​Quanto ao objeto: 
O objeto da obrigação pode ser mediato ou imediato. 
- Imediato : a conduta humana de dar, fazer ou não fazer. 
Ex: Dar a chave do imovél ao novo proprietário. 
- Mediato: é a prestação em si 
- Obrigação de dar 
- Dar coisa certa; 
- Dar coisa incerta. 
- Obrigação de Fazer; 
Ex: Fazer uma reforma em parede divisória entre terrenos. 
- Obrigação de não fazer 
Ex: Não fazer um muro elevado a certa altura. 
● ​ ​Quanto aos elementos 
A obrigação é composta por três elementos, que são: 
- Elemento subjetivo - sujeitos da relação 
- Elemento objetivo - ao objeto da relação jurídica 
- Vínculo Jurídico existente entre os sujeitos da relação. 
Dividem-se , portanto, as obrigações em: 
01. Obrigações simples: 
Apresenta todos os elementos no singular, ou seja, um sujeito ativo, um sujeito 
passivo e um objeto. 
- Do ponto de vista objetivo : Uma prestação (uma conduta a ser 
realizada) 
- Do ponto de vista subjetivo: Apenas um integrante em cada polo da 
obrigação (um credor e um devedor) 
 
02. Obrigações compostas ou plurais: 
Contrária a primeira, apresenta qualquer um dos elementos, ou todos no plural. 
Por exemplo: Um sujeito ativo, um sujeito passivo e dois objetos. 
 
● Do ponto de vista objetivo (multiplicidade de prestações): 
- Obrigações alternativas - Alterna a opção por um ou outro objeto. Ex: 
“A” deve dar a “B” R $10.000,00 ​ou​um carro. 
- Obrigações Facultativas - Não estão previstas em lei, mas estão na 
jurisprudência e doutrina. Aqui o devedor se compromete a cumprir uma 
prestação, mas reservando-se a faculdade de se desobrigar cumprindo outra 
prestação. 
Ex: Deveria dar o carro , porém também pode se liberar da obrigação 
entregando uma lancha. Neste caso a faculdade de substituição será sempre do 
devedor. 
- Obrigações Cumulativas - Ex: “A” deve dar a “B” um livro​ e ​um 
caderno. 
● As obrigações que possuem multiplicidade de sujeitos podem ser : 
- Obrigações fracionárias 
- Obrigações solidárias 
- Obrigações indivisíveis : Não pode ser dividido entre sujeitos. Ex: 
animais 
- Obrigações Divisíveis: O objeto pode ser dividido entre sujeitos. Ex: 
dinheiro, saca de café. 
● Quanto à exigibilidade 
- Obrigações civis : permite que seu cumprimento seja exigido pelo 
próprio credor, mediante ação judicial. 
Ex: a obrigação de entregar a documentação do veículo que você vendeu. 
- Obrigações naturais : Permite que o devedor não a cumpra e não dá o 
direito ao credor de exigir sua prestação. E se o devedor pagar , não terá o 
direito de requerê-la novamente, pois não cabe o pedido de restituição. 
Ex: Dívida de jogos, apostas , etc. 
● Quanto ao conteúdo 
- Obrigações de meio : O sujeito passivo utiliza os seus conhecimentos 
, meios e técnicas para alcançar o resultado pretendido, porém não se 
responsabiliza caso este não se produza. 
Ex: Advogados que usam de todos os meios e técnicas para alcançar a sentença 
desejada, mas se não conseguir esse fim , ele não será responsabilizado. 
 
- Obrigações de resultado : Neste caso, o sujeito passivo utiliza-se de 
todos os meios , técnicas para a obtenção do resultado, bem como , também se 
responsabiliza caso este for diverso do esperado. 
Ex: Contratos de empresas de transportes, que devem entregar tal material para 
o credor, e mesmo utilizando de todos os meios não efetuar a entrega, ela será 
responsabilizada. 
 
 
 
 
 
 Direito das Obrigações| Anotações da Aula IV 
09.03.2021 
 
Obrigações quanto ao objeto  
 
01. Obrigação de dar (prestação de coisa) 
1.1 Obrigação de dar coisa certa (art. 233 a 242) 
Coisa certa : perfeitamente identificada e individualizada em suas 
características. 
Regra de ouro: ​O credor não é obrigado a receber algo diverso do pactuado , ainda 
que mais valioso. ​Princípio da identidade da prestação ​(art.313 do CC) 
Exceção: ​ ​Dação em pagamento​ - modo extintivo da obrigação (art.356 do CC) o 
credor pode optar por aceitar uma coisa diversa da acordada. 
O acessório : Ex. cortinas, jarros , decoração .. (exceto as pertenças - elas não 
acompanham o principal, não segue o ​princípio da gravitação universal​ ) segue o principal. 
Princípio da gravitação 
Frutos : são acessórios que fazem parte do principal que são retirados sem 
prejudicar o principal (ex: se na casa tem árvores , os frutos são seus também. Aluguéis), os 
produtos - é um tipo de acessórios que ao retirar diminui o principal ( ex: Água , um dia o 
poço irá secar) seguem o principal. 
1.2 Obrigação de dar coisa incerta 
Não define a qualidade do objeto, e em um momento posterior será 
escolhido. 
● Objeto 
- Transferência de propriedade 
- Transferência de posse 
- Restituição 
 
Perda ou deterioração da coisa - Objeto da obrigação (art. 234 a 241) 
 
01. Perda da coisa 
1.1 - Antes da tradição 
1.1.1 - SEM CULPA do devedor: resolve-se a obrigação - volta ao 
status quo antes 
Art. 393: O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito 
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado . 
Ex: Vendi um carro, a pessoa já tinha me pago um adiantamento, porém 
antes de entregá-lo, teve uma enchente e o carro se perdeu. Nesse caso, sem culpa e antes 
da tradição, o devedor devolve o dinheiro e volta ao ​status quo antes. 
Premissas: 
Res perit domino​: A coisa perece para o seu dono 
Ninguém, em tese, pode ser responsabilizado pelo fortuito. 
 
1.1.2 - Perda da coisa antes da tradição , COM CULPA do 
devedor: 
Responsabilidade do devedor por perdas e danos. 
Ex: não entrega de veículo em razão de acidente da véspera, provocado por 
embriaguez do devedor ao volante. 
 
1.2 - Depois da tradição 
Regra: ​Responsabilidade do adquirente 
Exceções : ​vício redibitório (defeito oculto) - art. 441 ( “ ​A coisa recebida em 
virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a 
tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor …” ) 
 
- Evicção - Vício Jurídico - bem alienado por quem não era proprietário - Art. 
447 ( ​“ Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste 
esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública”) 
- Evicção - Quando você perde o bem para o legítimo dono. 
- Direito de sequela : O dono tem o direito de buscar o seu bem onde quer que 
ele esteja. 
 
Observação:​ ​In re ipsa - ​Trata-se de dano moral presumido. Você só precisa provar o 
fato e não o dano. Ex: a inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, pois está 
presumidamente afeta a dignidade da pessoa humana, tanto em sua honra subjetiva, como 
perante a sociedade. 
 
Responsabilidade pela deterioração (antes da tradição) 
 
01. Sem culpa do devedor (fortuito da natureza ou fato de terceiro) 
Resolve-se a obrigação, sem possibilidade de se exigir perdas e danos. 
Ou 
Recebimento da coisa deteriorada, no estado em que se encontra, com abatimento 
do preço, sem possibilidade de se exigir perdas e danos. 
 
02. Com culpa do devedor 
Recusa a coisa e exigir perdas e danos, se for o caso. 
Ou 
Aceitá-la no estado em que se encontra, com redução no preço, mais perdas e 
danos, se for o caso. 
 
Obrigação de restituir coisa certa (art. 238 a 242 ) 
 
- O proprietário da coisa é o credor. 
- Aquele que tem a obrigação de restituir é o devedor. 
Ex: Locação, mútuo, etc. 
- Transmissão da posse e não da propriedade. 
 
01. Perda total da coisa a ser restituída 
 
1.1 Sem culpa do devedor 
- Resolve-se a obrigação , sem direito a indenização por perdas e danos. 
- O credor arcará com o prejuízo, mas serão ressalvados os direitos 
constituídos até o dia da perda. 
Ex: Locação - perda do bem - direito aos aluguéis vencidos até antes da 
perda. 
OBS: Devedor - Quem faz a ação principal 
Credor - Quem recebe. 
 
1.2 Com culpa do devedor 
- O devedor responde pelo equivalente pecuniário, mais perdas e danos. 
- “ salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos 
devidas ao credor abrangem além do que ele efetivamente perdeu, o que 
razoavelmente deixou de lucrar” (art. 402, CC) 
 
02. Deterioração (perda parcial) da coisa a ser restituída 
 
2.1 Sem culpa do devedor 
- Aceitação da coisa no estado atual. 
2.2 Com culpa do devedor 
- Resolve-se a obrigação e o devedor paga o equivalente econômico da coisa: 
Ou 
- Recebimento da coisa deteriorada pelo credor com indenização pela perda 
parcial. 
Ex: locação de automóvel - batida que danifica apenas uma parte do veículo. 
 
Melhoramentos na coisa antes da Restituição 
 
● Se por obra do devedor, esse merece ser indenizado. 
- Se for uma benfeitoria necessária - dá direito de indenização e de 
retenção, não precisa de autorização. 
- Se for uma benfeitoria útil - Precisa de autorização , e se o dono tiver 
autorizado o dono tem que pagar e dá direito de retenção (Trata-se de 
uma um meio de autotutela previsto no ordenamento jurídico em que o 
credor pode manter, sob sua posse direta, bem do devedor, até que 
este cumpra a obrigação) 
- Se for uma benfeitoria voluptuária - Você tem direito de levar as coisas 
consigo. 
 
● Se por obra do fortuito, o devedor não merece ser indenizado 
 
01. Benfeitorias podem ser : 
* Necessárias ( imprescindível, ex: Construir a coluna senão a casa cai) 
* Úteis (ex: construir uma piscina a casa fica mais valorizada ) 
* Voluptuárias(ex : decoração , com cortinas, jarros , etc) 
 
1.1 Boa fé :​ devedor tem direito a indenização e direito de retenção pelas 
benfeitorias necessárias e úteis e direito de levar consigo as voluntárias. ( através de 
contratos de locação, ou de empréstimos , etc. ) 
 
1.2 - Má-fé :​ Indenização pelas benfeitorias necessárias, sem direito de 
retenção ( posse através de invasão , etc) 
 
02. Frutos 
2.1 Boa fé 
- Direitos aos ​frutos percebidos ​(separados da coisa que os produziu) 
enquanto durar a posse de boa-fé. 
- Direito de indenização pelas despesas de produção e custeio. (art. 
1.214, parágrafo 4) 
- Dever de restituir os ​frutos pendentes. 
2.2 Má-fé 
- Dever de responder pelos percebidos e pendentes e pelos que deixou 
de perceber por culpa sua. 
- Direito a ser indenizado pelas despesas de custeio e produção. 
 
Obrigação de dar coisa incerta 
 
- "Dívida de gênero" - falta ainda qualidade. 
- Ao menos definida pelo gênero e quantidade 
Ex: Cem sacos de café; dez cabeças de gado, um carro popular etc. 
 
- Momento de concentração :​ Momento da escolha do bem, da qualidade do bem. 
No silêncio do contrato, a escolha caberá ao devedor; o qual não poderá dar a coisa 
pior, nem será obrigado a prestar a melhor - Art. 244 do CC. Sendo assim , deverá 
mesclar entre o melhor e pior, dando a média. 
 
A escolha poderia ser do credor ou de terceiros se estivesse isso no contrato. 
Boa-fé objetiva, eticidade e dever anexo de cooperação (art. 422 do CC) 
Após a concentração , a obrigação de dar coisa incerta torna-se obrigação de 
dar coisa certa. 
Regra: O gênero nunca perece. 
Antes da concentração não pode alegar caso fortuito ou força maior. 
Após a concentração - torna-se obrigação de dar coisa certa. 
 
- Não é admitida a indeterminação absoluta. 
Ex: entrega de duas toneladas ( de quê ?) ou entrega de feijão (que quantidade) 
 
● Coisa incerta X Coisa futura 
- Coisa incerta : não está discriminada totalmente. Ex: os bois podem já existir, 
porém não está certo da qualidade. 
 
- Coisa futura : coisa certa , mas não existe ainda. Ex: o apartamento está todo 
definido, porém não existe ainda. 
 
- Presentes ou futuros : existentes ou não no momento da negociação. 
- Certa ou incerta : Descrição ou não da individualidade do bem 
Ex 1 : Incorporação de imovel - bem futuro , mas certo. 
Ex 2 : Promessa de entrega de um dos animais de uma cria posterior: bem 
futuro e incerto.

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