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Comunicação Organizacional

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COMUNICAÇÃO 
ORGANIZACIONAL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Cláudia Osna Geber 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, vamos abordar os principais conceitos e definições da 
comunicação organizacional, assim como os temas diretamente relacionados à 
introdução a essa temática. São eles: 
 Conceito: surgimento, definição e evolução 
 Processos: processos envolvidos na comunicação organizacional 
 Políticas: políticas envolvendo a comunicação organizacional 
 Estratégia: importância da comunicação organizacional para a estratégia 
empresarial 
 Fundamentos teóricos: principais teorias da comunicação organizacional 
CONTEXTUALIZANDO 
Vivemos em uma sociedade movida pela informação, sendo este o centro 
da nossa vida. Assim como as pessoas, as organizações também se relacionam 
por meio da comunicação, podendo esta ser uma vantagem competitiva ou um 
grande problema. A vantagem ocorre quando a empresa sabe aproveitar a 
comunicação a seu favor, e o problema ocorre quando a empresa tem dificuldade 
em perceber que o fluxo de informação vai além de um simples processo linear 
(Chiavenato, 2014). 
Nesse contexto, e durante toda a disciplina, lembre-se de que a 
comunicação não se refere ao que é dito, mas ao que é entendido, e por isso é 
fundamental o cuidado em todas as formas de comunicação, sejam elas verbais, 
escritas, orais, gestuais e etc. (Legieri, 2018). 
Ao falar de comunicação organizacional, é importante destacar, ainda, 
que esse é um tema em ascensão nos últimos anos (Abbud; Lima, 2015). 
Em 2014, por exemplo, havia mais de 29 grupos de pesquisas sobre essa 
temática cadastrados no CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico), tendo sido criada, em 2006, a Associação Brasileira 
dos Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Pública 
(ABRAPCORP) (Abbud; Lima, 2015). 
É importante destacar a necessidade de estudar, pensar, repensar e 
compreender a comunicação organizacional para conseguir compreendê-la 
(Abbud; Lima, 2015). 
 
 
3 
 
 
Saiba mais 
Assista ao vídeo disponível no link a seguir e comece a entender a 
importância desse tema: 
O COMETA Halley e as “falha” de comunicação. Elias Crazy, 23 fev. 
2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yZgKEAz9BWo>. 
Acesso em; 30 jan. 2019. 
TEMA 1 – CONCEITO 
Toda organização funciona com base em processos de comunicação, 
afinal a dinâmica organizacional só se torna possível quando a organização 
garante a conexão e a integração entre os seus membros (Chiavenato, 2014). 
A comunicação é inerente à natureza das organizações, já que as estas 
são formadas por pessoas que, assim como você, se comunicam e interagem 
entre si (Kunsch, 2016). 
Nesse sentido, a comunicação precisa ser facilitada nas organizações, 
funcionando como um sistema de cooperação em que as pessoas interagem 
entre si e com os demais, buscando objetivos comuns (Chiavenato, 2014). 
Mas como surgiu esse conceito? 
A comunicação organizacional interna surgiu por volta de 1950 com o 
objetivo de informar aos colaboradores sobre as regras, benefícios e 
comunicados das organizações (Legieri, 2018). 
Assim como grande parte da história das organizações, a comunicação 
organizacional na forma como a conhecemos hoje está bastante relacionada ao 
período da Revolução Industrial, que incorporou diversas mudanças em todo o 
mundo. Entre essas mudanças, destacam-se a expansão das empresas e as 
novas relações de trabalho (Kunsch, 2016). 
Uma das consequências das mudanças geradas pela Revolução é que as 
empresas passaram a buscar novas formas de comunicação com seus públicos, 
tanto interno quanto externo, com publicações dirigidas para eles (Kunsch, 
2016). 
Para o público externo, especialmente para o consumidor, foi criada a 
propaganda, porém, para o público interno, a comunicação ainda era muito mais 
 
 
4 
administrativa, funcionando simplesmente como um “transmissor” de 
informações (Kunsch, 2016). 
Com a crescente demanda por um aprimoramento das formas de 
comunicação, frente aos novos processos de gestão, a comunicação foi 
assumindo características diferentes das originais, buscando atender ao que os 
públicos estavam buscando (Kunsch, 2016). 
Essas mudanças foram (e são) afetadas, principalmente, pelo fim da 
Guerra Fria, em 1989, com um novo cenário político, e posteriormente pela 
globalização e pela revolução da informação e da própria comunicação, fazendo 
com que as organizações se ajustassem constantemente à nova função 
estratégica da comunicação e se adaptassem à realidade em que estão inseridas 
(Kunsch, 2016). 
Estas realidades sofrem diversas influências devido a diferentes fatores, 
dentre os quais as comunicações existentes e que evoluem nos contextos 
sociais. Por isso, recomenda-se que a comunicação organizacional seja 
analisada como um fenômeno, sendo um processo que constitui e reconstitui a 
organização (Abbud; Lima, 2015). 
Uma das principais autoras que abordam essa temática, Margarida Maria 
Krohling Kunsch (2016), reforça essa recomendação ao afirmar que a 
organização é um fenômeno comunicacional contínuo que, no mundo atual, 
ocorre dentro de um contexto mais complexo nas organizações e sociedades, e 
por isso são grandes os desafios a serem enfrentados em uma sociedade em 
que predomina a incerteza global. 
E o que é, então, comunicação organizacional? Vamos, primeiramente, 
falar sobre o que é comunicação. 
Comunicar é uma palavra definida, basicamente, como a transmissão de 
uma informação de uma pessoa para outra ou de uma organização para a outra, 
sendo um fenômeno por meio do qual um emissor influencia e esclarece um 
receptor. É importante esclarecer que, mais do que simplesmente enviar uma 
informação ou uma mensagem, a comunicação deve servir como forma de 
intercâmbio, tornando-a compreensível para os lados envolvidos. Portanto, uma 
comunicação que não torna comum a informação ou mensagem não é uma 
comunicação eficaz (Chiavenato, 2014). 
 
 
 
5 
Já a comunicação organizacional envolve todas as formas de 
comunicação utilizadas pelas organizações para se relacionarem e interagirem 
com os seus públicos (Scroferneker, S.d.). 
De forma mais ampla, podemos entender comunicação organizacional 
como todo o planejamento e o trabalho realizados por uma organização para 
transmitir uma mensagem para os seus diferentes públicos, como 
colaboradores, gestores, imprensa, fornecedores, sociedade e acionistas, entre 
outros (Legieri, 2018). 
A comunicação organizacional é um composto que dá forma à 
organização, transformando-a no que ela é e pode ocorrer de maneira formal ou 
informal. Assim como as comunicações interpessoais, as comunicações 
organizacionais são imperfeitas, sendo alteradas e transformadas ao longo do 
processo. Consequência disso é que o destinatário da mensagem pode receber 
algo diferente do que foi enviado (Chiavenato, 2014). 
Saiba mais 
Leia a reportagem e reflita sobre quais os principais pontos você considera 
como fundamentais que uma empresa siga para ter uma boa comunicação 
organizacional. 
DINO. A importância de uma comunicação eficiente no ambiente de 
trabalho. Revista Exame, 10 out. 2017. Disponível em: 
<https://exame.abril.com.br/negocios/dino/a-importancia-de-uma-comunicacao-
eficiente-no-ambiente-de-trabalho/>. Acesso em: 30 jan. 2019. 
TEMA 2 – FUNÇÕES e PROCESSOS 
As funções básicas da comunicação são: controle, motivação, expressão 
emocional e informação. O controle refere-se à forma como, por meio da 
comunicação, o comportamento das organizações, grupos e pessoas é 
gerenciado (porexemplo, se um grupo hostiliza outro). A motivação é promovida 
pela comunicação ao definir o que uma pessoa deve fazer (por exemplo, 
definindo as metas de um funcionário). A expressão emocional é a forma como 
a comunicação estabelece a maneira pela qual as pessoas expressam seus 
sentimentos de satisfação ou insatisfação. A informação, por último mas não 
menos importante, é a atuação da comunicação como facilitadora da tomada de 
decisões, transmitindo as informações necessárias para tal (Chiavenato, 2014). 
 
 
6 
 
Goulart (2015) complementa essas funções ao destacar que as principais 
funções da comunicação organizacional são as seguintes: 
 Estruturar e deixar clara a imagem da organização interna e 
externamente; 
 Influenciar as atitudes e preferências do público-alvo; 
 Estabelecer conivência; 
 Adequar os comportamentos às normas estabelecidas; 
 Aprimorar o fluxo de informações e o clima da empresa; 
 Integrar os funcionários com os objetivos da organização, gerando 
compromisso. 
Nesse conjunto de funções, apresentam-se como as principais tarefas 
organizacionais (Chiavenato, 2014): 
 Definição de objetivos organizacionais; 
 Planejamento estratégico; 
 Avaliação do desempenho das pessoas; 
 Gerenciamento de equipes; 
 Liderança; 
 Treinamento e desenvolvimento; 
 Motivação; 
 Programação do trabalho; 
 Delegação de responsabilidade; 
 Mudança organizacional. 
Destacam-se, então, as atividades que devem ser desenvolvidas para que 
as funções e as atividades da comunicação sejam alcançadas. São elas as 
seguintes (Chiavenato, 2014): 
 Entrevistas de seleção ou de avaliação; 
 Condução de reuniões; 
 Conversas formais e informais; 
 Redação de cartas e memorandos; 
 Elaboração de relatórios escritos; 
 Contatos com subordinados; 
 Contatos com clientes; 
 
 
7 
 Contatos com fornecedores; 
 Internet: emails, chats, workshops e outros canais de comunicação com 
funcionários. 
Essas atividades são desenvolvidas por diferentes áreas nas empresas, 
variando conforme o tamanho de cada organização (pequena, média e grande), 
porém tendo sempre em mente que a informação deve chegar a todos os 
colaboradores (Legieri, 2018). 
Duas das áreas que, em geral, ficam responsáveis pela comunicação 
organizacional são as áreas de recursos humanos (com divulgações sobre as 
regras, benefícios, eventos e comunicados em geral) e marketing (com a 
promoção de parcerias, contato com a imprensa e comunicação para o 
consumidor) (Legieri, 2018). 
Em relação ao processo da comunicação, trata-se de um processo 
sistêmico, em que cada etapa constitui um subsistema ou parte integrante do 
todo, sendo que a influência em qualquer subsistema afeta diretamente os 
demais (Chiavenato, 2014). 
O processo de comunicação pode ser entendido como um sistema aberto 
composto por fonte, codificação, canal, decodificação e receptor ou destino e, 
tendo como base os estudos de Restreppo, apresentam-se as quatro dimensões 
deste processo (Scroferneker, S.d.): 
 Informação: o que dá a forma, configura as operações próprias de cada 
organização; 
 Divulgação: divulga, torna a informação pública; 
 Socialização: gera as relações, reforça os processos culturais; 
 Participação: é onde se completa o ciclo da comunicação, quando o 
“outro” lado envolvido escuta e reconhece. 
Essa abordagem das quatro dimensões explora a questão da 
comunicação e da organização, ou seja, como a organização pode ser 
interpretada pelas formas de comunicação que nela são desenvolvidas 
(Scroferneker, S.d.). 
Esse processo das comunicações nas organizações deve ser estudado 
como um processo dinâmico, com novos autores, meios e definições em cena 
(Scroferneker, S.d.), consequentemente sofrendo a interferência de ruídos e 
estando sujeita a barreiras pessoais, físicas e semânticas (Chiavenato, 2014). 
 
 
8 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e assista a esta animação sobre os processos da 
comunicação organizacional e amplie seus conhecimentos sobre o assunto 
abordado: 
O COMETA Halley e as “falha” de comunicação. Elias Crazy, 23 fev. 
2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yZgKEAz9BWo>. 
Acesso em; 30 jan. 2019. 
TEMA 3 – POLÍTICAS 
Toda organização tem políticas formais e informais que norteiam o seu 
dia a dia, sua forma de trabalhar e toda a sua estrutura, e com a comunicação 
não poderia ser diferente (Nery, 2010) 
Para se ter uma boa comunicação, é necessário, antes de qualquer outra 
etapa, ter uma política de comunicação estruturada (Legieri, 2018). 
E uma política de comunicação estruturada refere-se às normas que irão 
definir o planejamento, o desenvolvimento e a aplicação no decorrer do processo 
de comunicação (Legieri, 2018). 
De forma mais específica, a política de comunicação é o conjunto formado 
pelas diretrizes, procedimentos e ações relacionadas às diferentes formas de 
comunicação organizacional (Nery, 2010) 
Uma política sólida de comunicação organizacional é fundamental para 
integrar os colaboradores, alinhando-os com a cultura da empresa (Interface 
Comunicação, 2017), além de servir de suporte para o desenvolvimento do plano 
de comunicação, que deve estar em linha com os objetivos estratégicos da 
empresa (Nery, 2010). 
Nesse contexto, reforço que uma boa política de comunicação 
organizacional deve conseguir mobilizar os colaboradores para alcançar os 
objetivos da empresa, sendo que uma política sólida vai ainda além, não só 
integrando os colaboradores mas também relacionando-os à cultura da empresa 
(Endeavor Brasil, 2015). 
 É importante, porém, a clareza de que o desenvolvimento de uma política 
de comunicação validada por toda a organização é um processo complexo e 
demorado, que demanda comprometimento e vontade de todos os envolvidos. 
 
 
9 
Provavelmente por isso poucas instituições tenham essa política estabelecida 
(Beltrame; Alperstedt, 2015). 
As políticas de comunicação são diferentes dos planos de comunicação 
basicamente pela sua frequência, pois, enquanto os planos são elaborados 
periodicamente, indicando objetivos a serem atingidos em um determinado 
período de tempo, as políticas de comunicação tendem a ser mais duradouras e 
só revisadas quando existe uma necessidade de mercado (Nery, 2010). 
A formalização da política, principalmente para organizações em que 
todos são responsáveis pela comunicação, é bastante recomendada, assim 
como a sua elaboração, tendo como base a missão, a visão e os valores da 
organização. Além disso, toda política deve ter os princípios básicos da 
organização, como a transparência com o mercado, funcionários e 
consumidores (Nery, 2010). 
Além disso, uma das premissas para a construção de uma política é que 
ela seja desenvolvida com a participação efetiva dos públicos internos, ou seja, 
trata-se de uma construção coletiva, de um trabalho em equipe (Beltrame; 
Alperstedt, 2015). 
Ao construir uma política de comunicação organizacional, a empresa 
passa por um processo de aprendizado, o que contribui para uma mudança e 
uma melhoria estratégica, já que as organizações irão explorar e aprender 
diferentes formas de atuar, abrangendo toda a organização (Beltrame; 
Alperstedt, 2015). 
Algumas das principais recomendações para a criação de uma política 
são as seguintes (Beltrame; Alperstedt, 2015): 
 Identificar um líder para executar o projeto, capaz de motivar a equipe; 
 Escolher um coordenador operacional para auxiliar o líder no projeto; 
 Contratar um consultor externo com experiência no assunto; 
 Definir um grupo de pessoas da área de comunicação para comandar o 
processo,oficializando este processo; 
 Envolver todos os públicos; 
 Buscar um maior envolvimento de todos os gestores da organização; 
 Ter clareza de quem são os públicos-alvo; 
 Criar canais de comunicação específicos para divulgar os processos e 
interagir com os públicos; 
 Fazer um diagnóstico da organização; 
 
 
10 
 Incluir diferentes representantes dos setores; 
 Adotar uma construção coletiva; 
 Utilizar das tecnologias disponíveis, como fóruns online; 
 Promover eventos durante o processo, para que as pessoas troquem 
ideias; 
 Buscar construir a política em um período em que os envolvidos tenham 
tempo para se dedicar ao projeto; 
 Não deixar que disputas políticas influenciem no processo; 
 Buscar um conteúdo bastante amplo e abrangente; 
 Saber enfrentar os conflitos. 
Destaco, então, que é essa política que fortalece o aspecto estratégico da 
empresa (Nery, 2010), assim reforçando ainda mais a importância dessa 
ferramenta. 
Saiba mais 
Leia o artigo disponível no link a seguir e entenda melhor sobre essa 
ferramenta e sobre as características necessárias para uma empresa 
desenvolvê-la: 
BUENO, W. C. Política de comunicação: só poucas organizações podem 
ter. RH Portal, 2 set. 2015. Disponível em: <https://www.rhportal.com.br/artigos-
rh/poltica-de-comunicao-s-poucas-organizaes-podem-ter/>. Acesso em: 30 jan. 
2019. 
TEMA 4 – ESTRATÉGIA 
A comunicação organizacional ocupa um espaço cada dia mais relevante, 
tanto em termos acadêmicos quanto em termos corporativos. Isso é resultado de 
diversos estudos e produção de conhecimento sobre o tema e da crescente 
demanda do mercado em utilizar as práticas da comunicação. Destaca-se, 
ainda, que, apesar de a comunicação ser inerente às organizações, ela torna-se 
cada vez mais uma ferramenta estratégica que auxilia na gestão das empresas 
(Kunsch, 2016), sendo que a gestão da Comunicação Organizacional pode 
ajudar a desenvolver estratégias competitivas (Reis, 2016). 
 
 
 
11 
Como ferramenta estratégica, a comunicação organizacional é 
fundamental para o sucesso das empresas e, exatamente por isso, seu principal 
objetivo deve ser compartilhar os valores e a cultura da empresa, fazendo com 
que eles sejam entendidos pelo seu público-alvo interno (por exemplo, os 
funcionários) e externos (por exemplo, os consumidores) (Interfacecomunicação, 
2017). 
Neste contexto de enxergar a comunicação organizacional de forma 
estratégica, as informações transmitidas não podem ser selecionadas de forma 
aleatória, pois precisam pertencer ao contexto da empresa, fazendo sentido para 
os seus públicos (Marchiori, 2011). 
Enquanto antigamente o foco da transmissão era na mensagem, hoje este 
ele está muito mais no significado, na informação e no conhecimento (Abbud; 
Lima, 2015) e, nesse contexto, a forma como os colaboradores das organizações 
se comunicam e se relacionam é cada vez mais importante, pois um ambiente 
favorável influencia diretamente no sucesso das organizações (Interface 
Comunicação, 2017). 
O principal objetivo estratégico da comunicação organizacional é, 
portanto, traçar planos que guiem a empresa para atingir seus objetivos, já que 
a estruturação de uma comunicação sólida para os públicos internos e externos 
se reflete na imagem da marca (Pimentel, 2017). 
E como fazer essa comunicação sólida? 
Algumas dicas são as seguintes (Pimentel, 2017): 
 Fazer o diagnóstico da empresa considerando todas as informações 
válidas disponíveis; 
 Definir objetivos; 
 Identificar quem é o público que se busca atingir; 
 Mapear os melhores canais para alcançar este público; 
 Definir os custos envolvidos e o orçamento disponível; 
 Definir o conceito principal da comunicação; 
 Gerenciar os resultados alcançados em cada canal. 
O plano de comunicação deve, portanto, considerar a estratégia da 
empresa, sua cultura, missão, visão e valores, assim como também as suas 
metas e objetivos, já que, por exemplo, se uma das metas for fidelizar clientes, 
 
 
12 
a comunicação será uma das principais ferramentas para alcançá-los por meio 
das ações e divulgações criadas para esta fidelização (Pimentel, 2017). 
Uma vez que o sentido da organização não compreende apenas a sua 
estrutura física, equipamentos e recursos financeiros, entre outros, a 
comunicação para se tornar estratégica também precisa ir além, não se 
restringindo apenas a planos e projetos, mas incorporando as pessoas e a sua 
busca por objetivos claros e específicos (Abbud; Lima, 2015). 
Consequência direta desse cenário apresentado, a comunicação vem 
sendo reconhecida como um dos fatores mais importantes dentro de uma 
empresa, afinal qualquer ação começa com comunicação, e a falha nesse 
processo pode causar, por exemplo, mal-estar entre os funcionários e perdas 
financeiras para as empresas (Azeredo, 2011). 
Finalizo, então, destacando que a comunicação organizacional deve ser 
o elemento de equilíbrio e de transformação dos processos sociais da 
organização. E, para que isso ocorra, essa comunicação deve trabalhar os 
diferentes públicos-alvo da organização, possibilitando um equilíbrio nas 
relações do público interno que repercuta no público externo, o consumidor da 
organização (Azeredo, 2011). 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e leia um artigo que traz exemplos de situações em 
que o funcionário “é o último a saber” e entenda ainda melhor os motivos pelos 
quais a comunicação é tão fundamental para a estratégia da empresa: 
CALDAS, P. A importância da comunicação nas organizações. 
Administradores, 15 abr. 2017. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/a-importancia-
da-comunicacao-nas-organizacoes/103997/>. Acesso em: 30 jan. 2019. 
TEMA 5 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS 
Os períodos considerados mais marcantes nas teorias da comunicação 
organizacional foram entre 1900 e 1970 e de 1970 até os dias de hoje 
(Scroferneker, S.d.). 
 
 
 
13 
No período entre 1900 e 1970, as teorias a respeito da temática adotaram 
como base, majoritariamente, a Teoria das relações humanas e a Teoria da 
gestão organizacional (Scroferneker, S.d.). 
Entre os anos 20 e os anos 50, as teorias tinham um foco maior na 
comunicação empresarial e, até meados da década de 70, tinham uma forte 
influência das teorias das relações humanas, sendo a comunicação advinda dos 
altos cargos gerenciais “para baixo” (Abbud; Lima, 2015). 
A partir de 1970, começam a ser adotadas as teorias moderna ou 
empírica, naturalista e crítica (Scroferneker, S.d.). 
A Teoria moderna destaca-se pela sua ênfase na medição e no controle, 
enxergando a organização como algo que pode ser mensurado, e a 
comunicação como uma ferramenta que permite o alcance dos objetivos 
organizacionais (Scroferneker, S.d.). 
Essa orientação modernista representou uma mudança no que vinha 
sendo estudado sobre comunicação ao aliar os estudos das habilidades que 
tornam os indivíduos eficientes na comunicação e em seus trabalhos com os 
fatores que aumentam a eficiência da comunicação na organização como um 
todo (Abbud; Lima 2015). 
Essa teoria da década de 80 passou a ser utilizada por diversos 
pesquisadores do assunto pelas suas novas possibilidades de estudar a 
comunicação organizacional (Abbud; Lima, 2015). 
Já a teoria naturalista analisa a organização como resultado da 
construção social, sendo a comunicação parte integrante dessa organização, 
como uma condição necessária para a existência dela (Scroferneker, S.d.). 
A teoria crítica é a mais recente de todas elas e enxerga a organização 
como uma batalha entre os conflitos de classes, sendo que a comunicação temo papel de disfarçar as realidades da organização (Scroferneker, S.d.). 
Dessa forma, os estudos que antes tinham um foco na comunicação como 
mensagem passaram a priorizar as práticas rotineiras centradas no emissor, 
sendo que, entre a década de 90 e o ano 2000, os estudos sobre essa temática 
passaram a adotar novos métodos e perspectivas teóricas, buscando adquirir 
uma forma mais abrangente, que fosse além da informação mas também 
incorporasse os propósitos da organização (Abbud; Lima, 2015). 
 
 
 
14 
Na Europa, como os estudos da comunicação iniciaram com foco em 
mídias como o rádio, a comunicação organizacional era vista como um ramo da 
mídia (Abbud; Lima, 2015). 
Já no Brasil, os estudos dessa temática começaram no jornalismo 
empresarial, com a primeira publicação em 1925, quase 100 anos depois da 
primeira publicação mundial (Abbud; Lima, 2015). 
Na década de 60, com a expansão dos departamentos de relações 
públicas e das grandes empresas, notou-se a necessidade de aprimoramento da 
comunicação e, na década de 80, influenciado pelo pensamento de Mumby, a 
comunicação organizacional passou a ser vista sob a ótica que envolvia as 
organizações e seus atores, dando espaço para uma abordagem mais ampla e 
universal da temática – essa teoria revela que existem pessoas nas 
organizações que brincam, interagem uns com os outros, namoram etc. (Abbud; 
Lima, 2015). 
Destacam-se entre os principais autores brasileiros dessa temática 
Kunsch e Torquato, ambos conhecidos pela sua preocupação em ampliar o 
campo da comunicação organizacional e também defini-la como um importante 
setor estratégico das organizações (Scroferneker, S.d.). 
As teorias da comunicação organizacional que vão além da busca pelos 
interesses da organização, olhando também com atenção para os interesses dos 
consumidores, com perspectivas da organização se adequar ao ambiente em 
que estão inseridas, se tornam, então, cada dia mais presentes na academia e 
nas empresas (Abbud; Lima, 2015). 
Saiba mais 
E já que estamos falando da evolução das teorias da comunicação 
organizacional, leia, no link a seguir, uma reportagem da Revista Exame e 
conheça um pouco de uma nova ferramenta digital, desenvolvida para melhorar 
a comunicação nas organizações: 
DINO. Solução promete aumentar o alcance da comunicação interna nas 
empresas. Revista Exame, 19 set. 2017. Disponível em: 
<https://exame.abril.com.br/negocios/dino/solucao-promete-aumentar-o-
alcance-da-comunicacao-interna-nas-empresas/>. Acesso em: 30 jan. 2019. 
 
 
 
 
15 
TROCANDO IDEIAS 
Apesar de ainda estarmos no começo de nosso estudo, creio que tenha 
ficado clara a importância de uma boa comunicação para o sucesso de qualquer 
empresa. 
Esse conceito vem evoluindo há bastante tempo e atualmente é 
imprescindível para alcançar os públicos internos e externos, por isso é bom 
começar a se aprofundar na temática, pensando no seguinte: se você tivesse 
criado uma empresa hoje, no mundo globalizado em que vivemos, quais seriam 
as suas estratégias de comunicação iniciais? 
NA PRÁTICA 
Saiba mais 
Leia o artigo disponível no link a seguir: 
VAZZOLER, E. O custo da falta de comunicação nas empresas. Progic, 
2017. Disponível em: <https://endomarketing.tv/falta-de-comunicacao/>. Acesso 
em: 30 jan. 2019. 
Considerando o que aprendemos em sala de aula, avalie: 
1. Que processos podem ser utilizados para reduzir esta falta de 
comunicação? 
2. Quais atividades poderiam ser envolvidas nessa redução? 
3. Que outras sugestões e recomendações, com base no que você estudou 
nesta aula, poderiam ser aplicadas para a empresa não ter custos extras 
gerados pela falta de comunicação? 
FINALIZANDO 
Nesta aula, trabalhamos com a origem do conceito de comunicação 
organizacional, retomando a década de 50 e também a Revolução Industrial, 
quando tudo começou. 
Definimos o que é a comunicação para, em seguida, pensar numa 
definição de comunicação organizacional, ferramenta estratégica cuja 
importância foi evidenciada para as organizações principalmente frente ao 
cenário atual em que vivemos. 
 
 
16 
Foi dado destaque também para as diferentes funções e atividades da 
comunicação organizacional realizadas por diferentes áreas, como a de recursos 
humanos e pelos processos envolvidos para que a empresa garanta uma 
comunicação efetiva e eficaz. 
Ainda nesta aula, abordamos as políticas envolvidas na comunicação 
organizacional e também as principais teorias, antigas e da atualidade, sobre 
essa temática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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