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04 -Desenho Técnico Básico

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ENSINO A 
DISTÂNCIA
DESENHO 
TÉCNICO BÁSICO 
 
 
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do 
Centro Universitário Avantis - UNIAVAN 
Maria Helena Mafioletti Sampaio. CRB 14 – 276 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CDD 21ª ed. 
604.2 – Desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Provenzano, Thaís Lohmann. 
P969d Desenho técnico básico /EAD/ [Caderno pedagógico]. Thaís 
Lohmann Provenzano. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 
2019. 
 148 p. il. 
 
 Inclui Índice 
 ISBN: 978-85-5456-129-1 
 ISBNe: 978-85-5456-168-0 
 
1. Desenho técnico. 2. Desenho técnico - Projetos. 3. 
Projetos - Representação. 4. Desenho técnico - Ensino a 
Distância. I. Centro Universitário Avantis - UNIAVAN. II. Título. 
PLANO DE ESTUDO
Ao apresentar a organização da disciplina de Desenho Técnico Básico, inicialmente 
apresento a ementa que se refere ao conteúdo pretendido explorar no caderno; seguidos 
dos objetivos que se deseja alcançar com a disciplina; e tão logo relacionar as competências 
e habilidades pretendidas na preparação do aluno para o mercado de trabalho.
Esta disciplina tem como objetivo apresentar as principais informações que 
dizem respeito ao Desenho Técnico Básico e os conhecimentos necessários para o 
aproveitamento ideal do conteúdo.
A intenção é apresentar aos estudantes uma base técnica para sua vida profissional, 
com informações claras sobre as normas e atividades que orientam sua profissão.
No que diz respeito à organização da disciplina, cabe comentar alguns aspectos 
iniciais para o bom andamento dos trabalhos. 
A apostila é composta por 4 unidades, sendo que todas as unidades iniciam por uma 
breve introdução e na sequência o desenvolvimento do conteúdo, que será ilustrado 
por imagens, livros, artigos e outras mídias. Cada unidade poderá possuir uma leitura 
complementar e encerra com as considerações finais.
EMENTA: 
Introdução ao desenho técnico, equipamentos de desenho técnico, geometria básica, 
normas técnicas. Sistema de representação: projeção cilíndrica ortogonal, sistema 
de cotagem, escalas, cortes e seções, sinais convencionais, leitura e interpretação de 
desenhos de conjuntos e detalhes.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
• Entender a importância do Desenho Técnico para a profissão.
• Identificar quais as Normas Técnicas aplicadas ao Desenho Técnico.
• Reconhecer os instrumentos básicos de desenho e como são utilizados.
• Entender os princípios da geometria básica.
• Aprender a identificar os tipos de Projeções Ortogonais e como utilizá-las para 
representação de objetos.
• Reconhecer os conceitos de Escala.
• Aprender como utilizar o Escalímetro. 
• Identificar as diferentes escalas utilizadas em desenhos técnicos.
• Identificar os principais símbolos e itens que compõem a representação gráfica de 
um desenho.
• Entender os conceitos básicos das normas pertinentes.
• Compreender a importância dos traçados e das hierarquias de linhas.
• Aprender a diferenciar plantas baixas de cortes e vistas.
• Desenhar plantas baixas, cortes e vistas de objetos.
• Entender os conceitos e métodos básicos para dimensionamento.
• Identificar as normas e regras para dimensionar e cotar um desenho técnico.
• Aprender como representar graficamente os variados tipos de cotas.
• Compreender a importância do uso das cotas para o entendimento do desenho.
• Aprender a aplicar as cotas no desenho técnico.
O PAPEL DA DISCIPLINA PARA A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE
Com esta disciplina o (a) acadêmico (a) será capaz de empregar na sua prática 
profissional os conhecimentos básicos de desenho técnico para a interpretação, a 
elaboração e apresentação de seus projetos.
Desta forma, a disciplina de Desenho Técnico Básico busca capacitar o acadêmico 
para a compreensão e elaboração de desenhos bidimensionais de objetos, comunicação 
de ideias através de linguagem técnica, composição de linhas e elementos gráficos para a 
representação de um objeto tridimensional em superfície bidimensional.
Além disso, desenvolverá habilidades de desenho e o domínio da geometria, de suas 
aplicações e de outros meios de expressão e representação gráfica.
PROFESSORA
SOBRE A AUTORA (2019)
THAÍS LOHMANN PROVENZANO
Graduada no Curso de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2003). Possui 
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade 
Federal de Santa Catarina – UFSC (2006), na área de Sistemas 
Construtivos. Durante o mestrado foi bolsista da Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e representante 
discente. Desde 2004 até o presente momento trabalha como 
arquiteta autônoma. Entre 2009 e 2017 trabalhou na construtora 
PJ Engenharia, empresa especializada em projeto e execução de 
estruturas metálicas, localizada em Itajaí/SC. Nesta empresa ocupava o cargo de Gerente 
Comercial, sendo responsável pelo atendimento ao cliente, venda e fechamento de 
obras, compatibilização de projetos arquitetônicos com projetos de estruturas metálicas, 
acompanhamento financeiro das obras e acompanhamento das obras. 
Possui Especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino à Distância: Docência 
e Tutoria, pela Faculdade Avantis.   Atualmente faz Especialização em Master BIM: 
Ferramentas de Gestão e Projeto, no Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG.
Desde 2015 atua como docente no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniavan, nas 
disciplinas de Arquitetura em Projetos Complementares, Ética e Legislação Profissional, 
Gestão do Canteiro de Obras, Estágio Supervisionado - Obras, Patrimônio e Legislação 
Profissional, Desenho Técnico I e Instalações Hidráulicas e Sanitárias.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1310866636749192 
E-mail: thais.provenzano@avantis.edu.br
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO......................................................................11
INTRODUÇÃO À UNIDADE ........................................................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ...........................................................................................................12
1.1 NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................................................................. 16
1.1.1 Qual é a atuação da ABNT? .....................................................................................................................................17
1.1.2 Como surgiu a ABNT? .................................................................................................................................................17
1.1.3 Como são classificadas as Normas ABNT? ...............................................................................................17
1.1.4 Quais são as vantagens de utilizarmos as Normas ABNT? ......................................................... 18
1.1.5 O que significa NBR? .................................................................................................................................................. 18
1.1.6 Qual o objetivo das NBRs? ..................................................................................................................................... 19
1.1.7 NBR é obrigatória? ........................................................................................................................................................ 19
1.1.8 Diferença entre NBR e NR ......................................................................................................................................20
1.1.9 Normas Brasileiras e o Desenho Técnico ..................................................................................................20
1.2 EQUIPAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO .................................................................................................251.2.1 Materiais Mais Utilizados No Desenho Técnico – Modalidade Instrumental ...............26
1.3 FÓRUM .......................................................................................................................................................................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................33
EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................... 35
UNIDADE 2 - ELEMENTOS GRÁFICOS DO PROJETO ....................................................................37
INTRODUÇÃO À UNIDADE ...................................................................................................................................... 38
2 ELEMENTOS GRÁFICOS DO PROJETO .......................................................................................................... 38
2.1 GEOMETRIA BÁSICA .......................................................................................................................................... 39
2.1.1 Ponto .......................................................................................................................................................................................39
2.1.2 Reta .........................................................................................................................................................................................40
2.1.3 Plano ......................................................................................................................................................................................40
2.1.4 Espaço ...................................................................................................................................................................................41
2.1.5 Face ........................................................................................................................................................................................42
2.1.6 Aresta ....................................................................................................................................................................................42
2.1.7 Vértice ..................................................................................................................................................................................42
2.2. SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO DE PROJEÇÕES ORTOGONAIS ............................................. 43
2.2.1 Modelo ..................................................................................................................................................................................45
2.2.2 Observador ......................................................................................................................................................................45
2.2.3 Plano de Projeção .....................................................................................................................................................46
2.2.4 Projeção Ortográfica - Ponto ............................................................................................................................48
2.2.5 Projeção Ortográfica – Segmento de Reta ............................................................................................49
2.2.6 Projeção Ortográfica – Figura Plana ...........................................................................................................51
2.2.7 Projeção Ortográfica – Sólidos Geométricos .......................................................................................53
2.2.8 Projeção Ortográfica – Vista Frontal ...........................................................................................................54
2.2.9 Projeção Ortográfica – Vista Superior .......................................................................................................56
2.2.10 Projeção Ortográfica – Vista Lateral .........................................................................................................56
2.2.11 Projeção Ortográfica – Prisma Retangular ........................................................................................... 57
2.3 ESCALA .................................................................................................................................................................... 60
2.3.1 Escala Gráfica ..................................................................................................................................................................61
2.3.1 Escala Numérica ..........................................................................................................................................................62
2.3.3 Escalímetro ou Régua de Escala ...................................................................................................................65
2.3.4 Utilizando o Escalímetro ou Régua de Escala ....................................................................................68
2.4 FÓRUM .....................................................................................................................................................................72
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................72
EXERCÍCIO FINAL ........................................................................................................................................................73
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................................75
UNIDADE 3 - REPRESENTAÇÃO DO PROJETO .....................................................................................77
INTRODUÇÃO À UNIDADE .......................................................................................................................................78
3. REPRESENTAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................................................78
3.1 TRAÇADO À MÃO LIVRE ....................................................................................................................................79
3.2 LINHAS TÉCNICAS .............................................................................................................................................. 81
3.3 CALIGRAFIA TÉCNICA ...................................................................................................................................... 83
3.4 PLANTAS BAIXAS ...............................................................................................................................................87
3.4.1 Planta Baixa – Passo 1 .............................................................................................................................................89
3.4.2 Planta Baixa – Passo 2 ...........................................................................................................................................90
3.4.3 Planta Baixa – Passo 3 ...........................................................................................................................................90
3.4.4 Planta Baixa – Passo 4 – Final ..........................................................................................................................91
3.5 CORTES ....................................................................................................................................................................95
3.5.1 Corte – Passo 1 ............................................................................................................................................................. 103
3.5.2 Corte – Passo 2 ..........................................................................................................................................................104
3.5.3 Corte – Passo 3 ..........................................................................................................................................................105
3.5.4 Corte – Passo 4 ..........................................................................................................................................................106
3.4.5 Corte – Passo 5 .......................................................................................................................................................... 107
3.5.6 Corte – Passo 6 ..........................................................................................................................................................108
3.5.7 Corte – Passo 7 ...........................................................................................................................................................109
3.5.8 Corte – Passo 8 ........................................................................................................................................................... 110
3.5.9 Corte – Passo 9 .............................................................................................................................................................111
3.5.10 Corte – Passo 10 ........................................................................................................................................................112
3.5.11 Corte – Passo 11 – Final .........................................................................................................................................113
3.6 VISTAS OU FACHADAS.....................................................................................................................................114
3.6.1 Vista – Passo 1 ............................................................................................................................................................... 116
3.6.2 Vista – Passo 2 .............................................................................................................................................................117
3.7 FÓRUM .....................................................................................................................................................................118
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................119
EXERCÍCIO FINAL ......................................................................................................................................................120
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................................................122
UNIDADE 4 - DIMENSIONAMENTO DO DESENHO TÉCNICO .......................................123
4 DIMENSIONAMENTO DO DESENHO TÉCNICO .......................................................................................124
4.1 COTAS .......................................................................................................................................................................125
4.1.1 Método de Execução das Cotas ...................................................................................................................... 128
4.1.2 Limite da Linha de Cota ....................................................................................................................................... 129
4.1.3 Métodos de Execução das Cotas ................................................................................................................... 131
4.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS COTAS ...............................................................................................132
4.2.1 Método 1 ............................................................................................................................................................................ 132
4.2.2 Método 2 ......................................................................................................................................................................... 134
4.2.3 Comparativo Entre Método 1 e Método 2 .............................................................................................. 135
4.2.4 Cotando Diâmetros e Raios ............................................................................................................................. 135
4.2.5 Cotando em Série ou Paralelo ........................................................................................................................137
4.2.6 Cotando Ângulos e Elementos Chafrados ........................................................................................... 138
4.2.7 Cotando em Perspectivas ................................................................................................................................. 139
4.3 APLICAÇÃO DAS COTAS ..................................................................................................................................141
4.3.1 Cotas em Planta Baixa ........................................................................................................................................... 141
4.3.2 Cotas em Corte .......................................................................................................................................................... 143
4.3.3 Cotas de Nível .............................................................................................................................................................144
4.4 FÓRUM ....................................................................................................................................................................145
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................................................146
EXERCÍCIO FINAL ...................................................................................................................................................... 147
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................................................148
1
unidade
INTRODUÇÃO AO 
DESENHO TÉCNICO
12
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
INTRODUÇÃO À UNIDADE
O desenho técnico é uma forma de comunicação que se dá através da representação 
gráfica de qualquer tipo de objeto, informando suas formas e dimensões. É necessário 
desenvolver diversas habilidades para a elaboração de um desenho que seja compreendido 
e interpretado corretamente por todos os profissionais envolvidos no processo de projeto 
e execução de determinado objeto.
Na prática podemos entender que, para interpretarmos um desenho técnico, 
é necessário termos visão espacial, ou seja, a capacidade de entender uma forma 
tridimensional a partir de uma figura plana.
A unidade 1 deste caderno de estudos aprenderemos sobre a introdução ao desenho 
técnico, normas técnicas importantes e instrumentos básicos de desenho.
Ao final desta Unidade 1 você deve desenvolver os seguintes aprendizados:
• Entender a importância do Desenho Técnico para a profissão.
• Identificar quais as Normas Técnicas aplicadas ao Desenho Técnico.
• Reconhecer os instrumentos básicos de desenho e como são utilizados.
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
A comunicação sempre foi uma ferramenta fundamental para que as pessoas se enten-
dam, seja verbalmente, textualmenteou graficamente.
Silva (2006, p. 03) afirma que:
A comunicação gráfica é tão antiga quanto o homem e tem, ao longo 
dos tempos, um desenvolvimento paralelo ao desenvolvimento da 
tecnologia. Desde a antiguidade o homem se comunica e se expressa 
usando simbologias variadas. O homem primitivo usava a pintura para 
retratar aspectos da sua vida quotidiana. Os desenhos mais antigos de 
que há conhecimento datam de 12000 a.C. Sem dúvida que o desenho 
precedeu a escrita na comunicação de conhecimentos. O povo egípcio, 
por exemplo, desenvolveu uma escrita baseada em símbolos. 
A palavra DESENHO origina-se do latim DESIGNARE “marcar, notar, traçar, desenhar; 
13
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
indicar, designar; dispor, ordenar, regular, imaginar”. Na língua portuguesa DESENHAR 
significa “traçar com linhas e afins”. É classificado como qualquer representação gráfica 
– colorida ou não – de formas. Portanto, desenho é a expressão gráfica da forma, e não se 
pode desenhar sem conhecer as formas que serão representadas. 
Mas você pode estar se perguntando: Quais os tipos de desenhos? Como são 
classificados?
Podemos classificar o desenho como Livre ou Técnico.
Silva (2006, p. 03) afirma que:
A distinção entre os dois tipos de desenho — o desenho técnico e 
o desenho livre — pode ser feita de um modo diferente. O desenho 
técnico deve ser perfeitamente perceptível e sem ambiguidades na 
forma como descreve determinado objeto; o desenho livre pode ter, 
para diferentes indivíduos, várias interpretações e significados do 
mesmo objeto.
A Figura 1 mostra um exemplo de desenho livre, conhecido como ilustração.
Figura 1: “Sketch . Draw . Illustrate” de Kyle Kurokawa.
Fonte: https://ccsearch.creativecommons.org/photos/2e38e677-5978-47ec-a569-2507f00c0700 - Li-
cença https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 - licença CC BY-NC-ND 4.0 – Acesso em: 
15/04/2019
Já a figura 2 mostra um exemplo de Desenho Livre (a) e de Desenho Técnico (b) da 
mesma peça, apresentado as diferenças entre os tipos de representação gráfica.
14
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
(a) (b)
Figura 2: Desenho Livre (a) e Desenho Técnico (b)
Fonte: Autora (2019)
Segundo CRUZ (2014), o desenho técnico é uma maneira formal e precisa de prover 
informações sobre formato e dimensões de objetos físicos. 
Considerando estas afirmações, entendemos, portanto, que, para a elaboração de 
projetos, a ferramenta de desenho se mantém fundamental, sendo que a forma de se 
comunicar acontece através do Desenho Técnico, que deve ser entendido por todos os 
profissionais que trabalham no mesmo ramo.
O Desenho Técnico é derivado da Geometria Descritiva, que é a ciência que tem 
por objetivo representar objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, 
utilizando Projeções Ortogonais. A Geometria Descritiva foi idealizada por Gaspar 
Monge – Matemático / Desenhista Francês (1746-1818), e permite a representação de 
qualquer tipo de objeto no plano bidimensional.
O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma 
operação de fabricação e/ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos 
qualquer tipo de equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, 
sempre precisaremos de um desenho técnico. Portanto, todo profissional de Engenharia 
deve saber fazer e ler Desenhos Técnicos para conseguir desempenhar a sua profissão 
adequadamente, saber como representar determinada forma, desenvolver a capacidade 
de interpretar linhas e símbolos e visualizá-los claramente no espaço, em 3 dimensões.
Não há na linguagem escrita ou falada uma capacidade de 
transmissão de informações tão rica e rigorosa como no desenho e, 
no caso particular das informações que tem a ver com diversos ramos 
15
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
da engenharia, a forma mais clara de transmitir informação reside no 
desenho técnico (MONTEIRO, 2005, p. 03).
Quando tratamos de projeto de engenharia, podemos identificar várias fases durante o 
processo. Dentre elas podemos identificar normalmente: levantamento das necessidades, 
coleta de informações, critérios do projeto, restrições do projeto, especificação e 
apresentação final do projeto para o cliente. É na fase de especificações que são criados 
os desenhos e detalhes técnicos do projeto.
O projeto de engenharia constitui, de fato, a solução de um problema. 
Na verdade, pode ser definido como “uma abordagem estruturada da 
solução de problemas. O projeto consiste, basicamente, em identificar 
um problema, pesquisar e definir exaustivamente o problema para 
compreendê-lo melhor, gerar soluções criativas para resolvê-lo, avaliar 
possíveis soluções para verificar se são viáveis, fazer uma escolha 
racional e implementá-la. (LEAKE, 2015, p. 02).
O desenho técnico pode ser representado de diversas formas de representação gráfica, 
sendo as perspectivas e vistas as mais utilizadas, conforme figuras 3 e 4 apresentadas a 
seguir.
Figura 3: Representação em perspectiva de 
um objeto
Fonte: Autora (2019)
Figura 4: Representação em vistas 
múltiplas de um objeto
Fonte: Autora (2019)
Ambas representações são importantes, porém são recomendadas em situações 
específicas, conforme a informação que devem apresentar. As perspectivas são utilizadas 
16
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
normalmente para ilustrar uma visão tridimensional do objeto, já as vistas são projeções 
ortogonais, comentadas anteriormente, e que serão aprofundadas nas próximas 
unidades.
PARA REFLETIR
“Prefiro desenhar do que falar. O desenho é mais rápido e deixa menos espaço 
para mentiras”.
Analise a frase de Le Corbusier, arquiteto, urbanista, escultor e pintor de origem suíça e natu-
ralizado francês em 1930.
O que você consegue analisar sobre este pensamento? Você concorda que o desenho é mais 
importante que a fala no desenvolvimento e apresentação de um projeto?
1.1 NORMAS TÉCNICAS
Com o objetivo de procurar assegurar a compreensão e legibilidade de qualquer 
Desenho Técnico, foram criados padrões de Representação Gráfica que são utilizados 
mundialmente. Existem uma série de regras internacionais que compõem as normas 
gerais de desenho técnico, cuja regulamentação no Brasil é feita pela ABNT – Associação 
Brasileira de Normas Técnicas. A importância da utilização das Normas ABNT se deve 
ao fato de podermos relacionar a uniformização da produção, a redução do consumo e 
o aumento da produtividade, dentre outros (ABNT, 2019). É importante consultar o site 
da ABNT eventualmente para verificar se foram publicadas normas novas, ou se foram 
substituídas, revisadas ou canceladas. 
Figura 5: Logotipo da ABNT
Fonte: http://abnt.org.br/ - Acesso em: 15/04/2019
17
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
1.1.1 Qual é a atuação da ABNT?
Entidade sem fins lucrativos, a ABNT é a representante oficial da  Organização 
Internacional de Padronização  (ISO - International Organization for Standardization) 
e, por meio do estabelecimento das NBR, ajuda na promoção do desenvolvimento 
tecnológico do país com a padronização de processos produtivos, documentos e afins.
1.1.2 Como surgiu a ABNT?
Fundada em 1940 a partir de um grupo de engenheiros e técnicos, a ABNT foi a primeira 
entidade a difundir normas técnicas no Brasil, sendo reconhecida como entidade de 
utilidade pública em 1962 por meio da Lei 4150.
1.1.3 Como são classificadas as Normas ABNT?
As Normas elaboradas se classificam em sete tipos:
• Classificação
Ordenam, distribuem ou subdividem conceitos ou objetos, bem como critérios a 
serem adotados.
• Especificação
Fixam padrões mínimos de qualidade para os produtos.
• Método de ensaio
Determinam a maneira de se verificar a qualidade das matérias-primas e dos produtos 
manufaturados. A verificação é feita por meio de ensaios. A norma descreve como eles 
devem ser realizados para a obtenção de resultados confiáveis.
• Procedimento
Orientam a maneira correta de: empregar materiais e produtos; executar cálculos e 
projetos; instalar máquinas e equipamentos;realizar o controle dos produtos.
18
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
• Padronização
Fixam formas, dimensões e tipos de produtos, como porcas, parafusos, rebites, pinos 
e engrenagens, que são utilizados com muita frequência na construção de máquinas, 
equipamentos e dispositivos mecânicos. Com a padronização, evita-se a fabricação de 
produtos com variedades desnecessárias tanto de formas quanto de dimensões.
• Simbologia
Estabelecem convenções gráficas para conceitos, grandezas, sistemas, ou parte 
de sistemas etc., com a finalidade de representar esquemas de montagem, circuitos, 
componentes de circuitos, fluxogramas etc.
• Terminologia
Definem, com precisão, os termos técnicos aplicados a materiais, máquinas, peças e 
outros artigos.
1.1.4 Quais são as vantagens de utilizarmos as Normas ABNT?
 
As principais vantagens da Normalização, segundo ABNT (http://www.abnt.org.br/
normalizacao/o-que-e/o-que-e) são:
• Tornam o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos e 
serviços mais eficientes, mais seguros e mais limpos;
• Facilitam o comércio entre países tornando-o mais justo;
• Fornecem aos governos uma base técnica para  saúde, segurança e legislação 
ambiental, e avaliação da conformidade;
• Compartilham os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão;
• Disseminam a inovação;
• Protegem os consumidores e usuários em geral, de produtos e serviços; e
• Tornam a vida mais simples provendo soluções para problemas comuns.
1.1.5 O que significa NBR?
NBR significa NORMA BRASILEIRA. São normas técnicas e possuem inúmeras 
aplicações para padronização de documentos, processos produtivos e procedimentos de 
19
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
gestão. São estabelecidas de acordo com um consenso entre pesquisadores e profissionais 
da área e aprovada por um organismo nacional ou internacional, no caso do Brasil, a 
ABNT.
1.1.6 Qual o objetivo das NBRs?
Por meio do estabelecimento de regras, diretrizes, características ou orientações 
acerca de determinado material, processo, produto ou serviço, as NBRs têm por objetivos 
o aumento da produtividade das empresas, melhoria da qualidade do produto final 
e aumento da competitividade do produto no mercado.
E para acompanhar as tendências de mercado, que é extremamente dinâmico e cada 
vez mais competitivo, as  normas são atualizadas  com certa frequência, para que os 
padrões sejam inovadores, eficientes e melhorem, de fato, o dia a dia das organizações 
que fazem uso das NBR.
1.1.7 NBR é obrigatória?
A princípio as NBRs não são obrigatórias, visto que são elaboradas por uma instituição 
privada e não pelo Poder Público. 
Porém, existem leis brasileiras e normas regulamentadoras que exigem o cumprimento 
de algumas NBR. Nesse caso, seu cumprimento passa a ser obrigatório.
Dessa forma, é interessante sempre consultar a legislação e procurar saber quais leis 
sua empresa precisa cumprir, bem como as normas atreladas a ela.
IMPORTANTE!!
É senso comum que todos sigam as NBRs existentes para que a comunicação 
entre profissionais seja clara e padronizada, diminuindo os riscos de erros nas 
interpretações, execuções e fabricações dos objetos.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
1.1.8 Diferença entre NBR e NR
As Normas Regulamentadoras - NR, elaboradas pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, são relativas à segurança e medicina do trabalho.
São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos 
públicos da administração direta e indireta.
1.1.9 Normas Brasileiras e o Desenho Técnico
A seguir são destacadas as Normas Técnicas Brasileiras relacionadas ao assunto 
estudado nesta disciplina de Desenho Técnico, incluindo as normas canceladas, 
conforme constam no Catálogo da ABNT:
NBR 10647 / 1989
Norma geral de Desenho Técnico
• Objetivo: define os termos empregados em desenho técnico
• Status: Cancelada em 29/07/2005 - Substituída por: ABNT NBR ISO 10209-2:2005
NBR ISO 10209-2 / 2005
Documentação técnica de produto - Vocabulário  Parte 2: Termos relativos aos 
métodos de projeção
• Objetivo: Esta parte da ABNT NBR ISO 10209 estabelece e define termos relativos 
aos métodos de projeção usados na documentação técnica de produto, abrangendo 
todos os campos de aplicação.
• Status: Cancelada em 04/03/2013  - Esta Norma foi cancelada devido ao 
cancelamento de sua equivalente na ISO – Não possui substituição.
NBR 6492 / 1994
Representação de projetos de arquitetura
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para representação gráfica de projetos de 
arquitetura, visando à sua boa compreensão.
• Status: Em vigor. Esta norma encontra-se em fase de Revisão.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
NBR 10067 / 1995
Princípios gerais de representação em desenho técnico - Procedimento
• Objetivo: fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico.
• Status: Em vigor.
NBR 8196 / 1999
Desenho técnico - Emprego de escalas
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações 
em desenhos técnicos.
• Status: Cancelada em 29/08/2016, sem substituição.
NBR 8402 / 1994
Execução de caractere para escrita em desenho técnico - Procedimento
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e 
documentos semelhantes
• Status: Em vigor.
NBR 8403 / 1984
Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas - Procedimento
• Objetivo: fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos 
técnicos e documentos semelhantes.
• Status: Em vigor.
NBR 10068 / 1987
Folha de desenho - Leiaute e dimensões - Padronização
• Objetivo: padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-
impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos.
• Status: Em vigor.
Os Formatos de folhas mais utilizados para Desenho Técnico são da série “A”, e seguem 
as dimensões em milímetros conforme a Tabela 1:
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Tabela 1: Dimensões de Folhas da série “A”, das margens e legendas.
FORMATO DIMENSÕES
MARGEM
COMPRIMENTO 
DA LEGENDA
ESPESSURA 
LINHAS DAS 
MARGENS
ESQUERDA OU 
MARGEM DE 
ARQUIVO
OUTRAS
A0 841 x 1189 25 10 175 1,4
A1 594 x 841 25 10 175 1,0
A2 420 x 594 25 7 178 0,7
A3 297 x 420 25 7 178 0,5
A4 210 x 297 25 7 178 0,5
Fonte: NBR 10.068/1987 / Adaptado pela Autora (2019)
Uma observação importante é destacar que a Legenda possui largura fixa, mas a altura 
depende da quantidade de informações que devem constar na mesma, uma vez que o 
número de linhas não é limitado. Outro ponto importante é que a Legenda deve estar 
posicionada sempre no canto inferior direito da folha, independente do seu tamanho, 
para que as informações da prancha fiquem visíveis, sem a necessidade de desdobrar 
completamente a folha.
NBR 10126 / 1998
Cotagem em desenho técnico – Procedimento
• Objetivo: fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os 
desenhos técnicos.
• Status: Em vigor.
NBR 10582 / 1988
Apresentação da folha para desenho técnico - Procedimento 
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para a localização e a disposição do espaço 
para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos, 
nas folhas de desenhos técnicos.
• Status: Em vigor.
Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a 
ocupar toda a área, e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à 
esquerda da legenda logo acima da margem inferior.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
NBR 13142 / 1999
Desenho técnico - Dobramento de cópia 
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho 
técnico.
• Status: Cancelada em 13/06/2017, sem substituição.
Independente da Norma ter sido cancelada, adotam-se que todos os tamanhos de 
folhas serão dobrados até as dimensões do formato A4, com o intuito de facilitar a fixação 
e arquivamento dos projetos em pastas.
As figuras 6 até 9 exemplificam como dobrar as folhas maiores do que o tamanho padrão A4.Figura 6: Dimensões e Dobramento de Folha A0
Fonte: Autora (2019)
Figura 7: Dimensões e Dobramento de Folha A1
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 8: Dimensões e Dobramento de Folha A2
Fonte: Autora (2019)
Figura 9: Dimensões e Dobramento de Folha A3
Fonte: Autora (2019)
NBR 13273/ 1999
Desenho técnico - Referência a itens 
• Objetivo:  fixa as condições exigíveis para a referência a itens em desenho técnico.
• Status: Cancelada em 13/06/2017, sem substituição.
NBR 12298 / 1995 
Representação de área de corte por meio de hachuras em  desenho técnico  – 
Procedimento
• Objetivo: fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em 
desenho técnico.
• Status: Em vigor.
25
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
SAIBA MAIS
Site: Para você pesquisar mais sobre a ABNT e Normas Técnicas acesse: http://
abnt.org.br/ 
1.2 EQUIPAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO
A representação gráfica de um desenho deve ser precisa e bem executada para que seja 
legível e compreendida por todos os envolvidos no projeto. As técnicas e ferramentas 
podem ser variadas, mas os resultados devem ser similares, seguindo as Normas Técnicas 
específicas para cada tipo de desenho e projeto.
Em relação ao Desenho Técnico, existem três modalidades:
• Instrumental (régua, compasso, esquadros)
• À mão livre
• Computadores
Cada uma dessas modalidades difere apenas quanto à maneira de execução, sendo 
idênticos os seus princípios fundamentais. 
Enquanto o “desenho instrumental” é utilizado em desenhos finais, de apresentação, 
o “esboço à mão livre” é o desenho que o Engenheiro e o Arquiteto utilizam para dar 
rapidez e agilidade e que permitem acompanhar e implementar a evolução do processo 
mental. 
Os avanços tecnológicos permitiram o surgimento de ferramentas digitais para 
elaboração dos projetos através do uso de computadores e softwares especializados.
Tanto para o desenho instrumental quanto para o desenho por computadores, o 
profissional deve conhecer as opções e ferramentas disponíveis que o auxiliarão no 
desenvolvimento do projeto.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
1.2.1 Materiais Mais Utilizados No Desenho Técnico – Modalidade 
Instrumental
Neste caderno você vai conhecer os equipamentos utilizados na modalidade 
Instrumental e como aprender a manuseá-los da forma mais adequada para um resultado 
final de qualidade garantida. São eles:
Lapiseira: 
Empregada em todo o processo de projeto, desde o desenvolvimento dos croquis 
até o projeto executivo, a lapiseira é amplamente utilizada devido a sua variada opção 
de espessuras do grafite, facilitando o desenho com traços uniformes e que sigam as 
hierarquias de linhas do projeto. 
Antes de decidir qual lapiseira comprar, devemos identificar quais as características 
dos grafites que precisamos: espessura e dureza.
Encontramos lapiseiras com grafite nas espessuras 0.3; 0.5, 0.7e 0.9 milímetros. Com 
relação à dureza, o grafite recebe a classificação de Duros: 8H 7H 6H 4H (duros); Médios: 
3H 2H H F HB B e Moles: 2B 3B 4B 5B 7B. Cada espessura e/ou dureza do grafite possui 
uma função específica para a representação gráfica do desenho técnico, sendo os grafites 
0.3 e 0.5 e com dureza “H” para desenhos iniciais e mais claros, e os grafites 0.7 e 0.9 com 
dureza “B” para desenhos finais e mais fortes.
Figura 10: Minas de Grafites
Fonte: http://www.faber-castell.com.br/Curiosidades/FabricacaoDoEcolapis - Acesso em: 16/04/2019
Lápis: 
O lápis não é muito utilizado como ferramenta de desenho técnico uma vez que 
necessita ser apontado frequentemente para manter a mesma espessura de linha, 
condição fundamental para a correta graficação do projeto. Esta ferramenta acaba sendo 
utilizada mais no desenvolvimento dos croquis e desenhos a mão livre.
Esquadros: 
Segundo classificação de Ching (2011, p. 07), “Esquadros são instrumentos de desenho 
utilizados para guiar o traçado de linhas verticais e linhas em ângulos específicos. Eles 
27
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
têm um ângulo reto e dois de 45° (figura 11) ou um ângulo de 30° e outro de 60° (figura 12).” 
Os esquadros mais utilizados são os de acrílico transparente, sem marcação de régua, que 
permite a visão completa do desenho que fica por baixo dele.
Figura 11: Esquadro Isóceles - 45°
Fonte: Autora (2019)
Figura 12: Esquadro Escaleno - 30° / 60°
Fonte: Autora (2019)
O uso combinado dos dois esquadros citados acima permite a elaboração de linhas 
nos mais variados ângulos, conforme figura 13 a seguir:
Figura 13: Combinação de Esquadros para desenho em ângulos
Fonte: Autora (2019)
Escalímetro: 
Instrumento destinado à marcação de medidas proporcionais, reduzidas ou ampliadas 
dos desenhos. Segundo Ching (2011, p. 13) “em desenho, “escala” refere-se a uma 
proporção que determina a relação entre uma representação e o tamanho real daquilo 
que é representado.” Existem escalímetros com várias escalas diferentes. As escalas mais 
utilizadas normalmente são de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.
28
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 14: Escalímetro
Fonte: ID 605667362 - https://www.shutterstock.com/pt/download/confirm/605667362?src=H1nmiBuK_pI-
fopZaogruUw-1-105&studio=1&size=medium_jpg – Acesso em: 18/05/2019
Gabaritos: 
O gabarito é uma ferramenta útil para o traçado de formas pré-existentes, como por 
exemplo círculos de diversos diâmetros, conforme figura 15.
Figura 15: gabarito de círculos
Fonte: Autora (2019)
Borracha: 
A borracha deve ser do tipo acrílica, macia e com capa protetora, própria para apagar 
grafite de desenho técnico.
Folhas de desenho: 
As dimensões das folhas de desenho técnico seguem o padrão ABNT, da série A, 
conforme explicado no item NBR 10068 / 1987 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões 
– Padronização (figura 16).
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 16: folhas da série “A” – Dimensões em Milímetros
Fonte: Autora (2019)
Em relação ao tipo de papel das folhas para desenho técnico, os papéis que possuem 
certa transparência são considerados ideais pois permitem sobreposições de desenhos 
para transferência de informações entre projetos. Os tipos mais recomendados são o 
papel vegetal e o papel manteiga, que possuem variações na transpa rência e na qualidade 
de acabamento. O papel manteiga geralmente é mais fácil de trabalhar, uma vez que o 
papel vegetal tende a sujar com mais facilidade com o grafite e borrachas.
Compasso: 
É utilizado principalmente na construção circunferências, arcos e transportes (cópias) 
de distâncias.
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 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 17: compasso
Fonte: ID - 315983126 -https://www.shutterstock.com/download/confirm/315983126?src=zOx3vyNb-
cU71Ue1OJ5xOtQ-1-18&studio=1&size=huge_jpg - Acesso em: 03/06/2019
Réguas Paralelas: 
São sistemas de cabos e roldanas, que se deslocam paralelamente sobre a prancheta 
(mesa) para permitir que o desenho seja executado com maior precisão e rapidez.
Figura 18: régua paralela instalada em prancheta (mesa).
Fonte: ID – 796726174 - https://www.shutterstock.com/download/confirm/796726174?src=0yedIUdBTqX79gF-
Tj3lcVw-1-30&studio=1&size=huge_jpg - - Acesso em: 03/06/2019
 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
“Para que os traçados realizados com lapiseira ou lápis tenham uma 
espessura uniforme nos desenhos, é importante que o instrumento 
seja rotacionado gradualmente enquanto se desenha.
Ao se utilizar o lápis ou a lapiseiras, estes devem ser puxados, e nunca 
empurrados, ao se fazer os traçados.
No desenho realizado com régua ou esquadro, deve-se manter a 
lapiseira ou os lápis ligeiramente inclinados para o lado destes 
instrumentos, assim, evita-se que o grafite os suje e provoque borrões.” 
(CRUZ, 2014, p. 26).
EXERCÍCIO
Para fixar as dimensões das folhas mais utilizadas em desenho técnico a su-
gestão é você providenciar uma folha dos seguintes tamanhos: A0, A1, A2, A3 e A4, 
e aplicar os conceitos das Normas NBR 10068 (Folha de desenho - Leiaute e dimensões – Padro-
nização) e NBR 13142 (Desenho técnico - Dobramentode cópia). 
Você deve desenhar em cada folha as seguintes informações, sempre utilizando os instru-
mentos de desenho recomendados neste caderno:
• Margens
• Legenda
• Marcar os pontos de dobramento de cada folha
Após desenhar todas as informações sugeridas acima, o desafio agora é dobrar as folhas 
para que elas fiquem com o tamanho final no formato A4, com o intuito de facilitar a fixação e 
arquivamento dos projetos em pastas.
SUGESTÃO DE LIVRO
LEAKE, James M., BORGERSON, Jacob L. Manual de De-
senho Técnico para Engenharia - Desenho, Modelagem e 
Visualização. 2ª edição. LTC, 01/2015. 
Este livro é útil para todos os estudantes e profissionais que utilizam 
desenho técnico como ferramenta de trabalho. Possui informações comple-
mentares a este caderno, agregando muito mais conhecimento ao leitor.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
SUGESTÃO DE VÍDEO
Quando alguém quer transmitir um recado, pode uti-
lizar a fala ou passar seus pensamentos para o papel na 
forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem fica conhecendo os 
pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha, acontece 
o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na forma de desenho. 
A escrita, a fala e o desenho representam ideias e pensamentos. 
 Escaneie o QR Code acima para assistir um vídeo complementar sobre “O que é Desenho 
Técnico?”
Mega da Engenharia BR. Desenho Técnico - Aula 01 - O que é o Desenho Técnico? . Publi-
cado em 10 de abril de 2015. Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=oZCGLXIuCKM
SAIBA MAIS
Desenho técnico nível básico a mão livre: um instrumento didático
CURTIS, Maria do Carmo Gonçalves e ROLDO, Liane 
Artigo de Jornal
Publicado em 2015
Acesso: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/148934#?
O artigo também se encontra disponível na plataforma da disciplina.
SAIBA MAIS
Desenho e representação gráfica: T.01 - Introdução ao desenho técnico
MARQUES, Pedro Filipe Lima e FLORES, Paulo
Publicação Pedagógica - Mestrado
Publicado em 09/2017
Acesso: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/46987#?
O artigo também se encontra disponível na plataforma da disciplina.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
1.3 FÓRUM
Com base nos estudos da Unidade 1 deste caderno, utilize a plataforma on-line e 
socialize com os seus colegas da disciplina a respeito dos seguintes questionamentos:
1. Quais são as principais características do desenho técnico?
2. Quais são as duas formas mais usuais de representação de objetos em desenho 
técnico?
3. Qual a importância das Normas Técnicas e sua aplicação profissional?
4. Por que os instrumentos de desenho são fundamentais para a execução de um 
Desenho Técnico adequado?
5. Que vantagens você aponta no profissional que domina totalmente a linguagem 
do desenho técnico em comparação com aquele que possui fracos conhecimentos 
de desenho?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta primeira unidade estudamos sobre a introdução ao desenho técnico, normas 
técnicas importantes e instrumentos básicos de desenho.
Entender a importância que o desenho técnico possui para os profissionais da área é 
fundamental para que a representação gráfica seja feita de uma forma a ser compreendida 
e interpretada corretamente por todos os envolvidos no processo de projeto e execução 
de determinado objeto.
As habilidades de desenho devem ser desenvolvidas com os instrumentos adequados, 
juntamente com as Normas Técnicas que direcionam e padronizam as informações.
Com estes conhecimentos adquiridos na primeira unidade é possível evoluirmos 
agora para uma nova etapa que é compreender os princípios de geometria de desenho e 
iniciar a prática efetiva de tudo o que foi estudado até o momento.
Ao final desta unidade I você deve fazer os seguintes questionamentos:
• Consegui entender a importância do Desenho Técnico?
• Consegui identificar quais as Normas Técnicas aplicadas ao Desenho Técnico e 
por que elas são fundamentais para a profissão?
• Aprendi a identificar e utilizar os instrumentos básicos de desenho técnico?
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
EXERCÍCIO FINAL
Com base na leitura da Unidade 1, responda às questões: 
1. (CONHECIMENTO) Cortando-se uma folha de papel formato A2 ao meio, obtêm-
se duas folhas formato:
A. A6
B. A5
C. A3
D. A2
E. A1
2. (CONHECIMENTO) Assinale a alternativa referente a seguinte afirmativa: “são 
instrumentos de desenho utilizados para guiar o traçado de linhas verticais e linhas 
em ângulos específicos”:
A. Régua Paralela
B. Escalímetro
C. Gabaritos
D. Esquadros
E. Lapiseiras
3. (ANÁLISE) Em relação às Normas Técnicas de Desenho Técnico, analise as 
informações as seguir:
I. Compartilham os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão;
II. Permitem que os profissionais criem seus próprios padrões de representação, 
evitando concorrências.
III. Possuem aplicações limitadas para padronização de documentos, processos 
produtivos e procedimentos de gestão. 
IV. Tornam o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos e 
serviços mais eficientes, mais seguros e mais limpos;
V. São estabelecidas de acordo com um consenso entre pesquisadores e profissionais 
da área e aprovada por um organismo nacional ou internacional, no caso do Brasil, 
a ABNT.
Estão corretas as afirmativas:
A. I e II
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
B. II e IV
C. III, IV e V
D. I, IV e V
E. I, II, III, IV e V
REFERÊNCIAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Catálogo de normas 
técnicas. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/ Acesso: 15/04/2019
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Definição de 
Normalização. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e 
Acesso: 15/04/2019
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6.492 - Representação 
de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.196 - Desenho 
técnico - Emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.402 - Execução de 
caractere escrita em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.403 - Aplicação de 
linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas – Procedimento. Rio de 
Janeiro: ABNT, 1984.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.067 - Princípios 
gerais de representação em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 
1995.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.068 - Folha de 
desenho - Leiaute e dimensões – Padronização. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.126 - Cotagem em 
desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 10.209-2 - 
Documentação técnica de produto - Vocabulário  Parte 2: Termos relativos aos 
métodos de projeção. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.582 - Apresentação 
36
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
da folha para desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.647 - Norma geral 
de Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.298 - Representação 
de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico – Procedimento. Rio de 
Janeiro: ABNT, 1995.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.142 - Desenho 
técnico - Dobramento de cópia. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.273 - Desenho 
técnico - Referência a itens. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
CHING, Francis K. Representação gráfica em arquitetura. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 
2011. 
CRUZ, Michele da. Projeções e Perspectivas para Desenhos Técnicos. Érica, 06/2014. 
CRUZ, Michele da. Desenho Técnico. Érica, 06/2014. 
LEAKE, James M., BORGERSON, Jacob L. Manual de Desenho Técnico para Engenharia 
- Desenho, Modelagem e Visualização. 2ª edição. LTC,01/2015. 
SILVA, Arlindo, RIBEIRO, Carlos Tavares, DIAS, Joáo, SOUSA, Luís. Desenho Técnico 
Moderno. 4ª edição. LTC, 09/2006. 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
2
unidade
ELEMENTOS GRÁFICOS 
DO PROJETO
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
INTRODUÇÃO À UNIDADE
Olá! Esta segunda unidade da apostila tem o objetivo de apresentar os métodos e tipos 
de Representação Gráfica através dos conceitos de Projeções Ortogonais e Escalas.
Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados: 
• Entender os princípios da geometria básica.
• Aprender a identificar os tipos de Projeções Ortogonais e como utilizá-las para 
representação de objetos.
• Reconhecer os conceitos de Escala.
• Aprender como utilizar o Escalímetro. 
• Identificar as diferentes escalas utilizadas em desenhos técnicos.
2 ELEMENTOS GRÁFICOS DO PROJETO
O desenvolvimento de um projeto requer que o profissional possua várias habilidades, 
desde a capacidade de concepção de ideias até a representação do desenho, seja para 
apresentação ao cliente ou para execução da obra.
Um dos primeiros conceitos que o profissional deve dominar é como representar 
graficamente a sua ideia, de forma que o desenho seja compreendido por todos os 
envolvidos no processo do projeto, permitindo uma comunicação eficiente e evitando o 
máximo de erros de interpretação.
Como vocês estudaram na unidade anterior, o Desenho Técnico é derivado da 
Geometria Descritiva, que é a ciência que tem por objetivo representar objetos 
tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, utilizando Projeções Ortogonais. 
A re presentação gráfica, portanto, é tão importante quanto as demais etapas de 
projeto, pois é o ato de utilizar técnicas de representação de algo (objeto ou ideia), através 
do uso de linhas em uma determinada superfície. Através das técnicas e conceitos de 
representação gráfica e projeções ortogonais é possível desenvolver o raciocínio espacial 
e a compreensão de como desenhar os objetos. O estudo destes fundamentos propicia 
o desenvolvimento da capacidade de organização e apresentação das ideias através do 
desenho.
39
DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
2.1 GEOMETRIA BÁSICA
Antes de iniciarmos os estudos mais aprofundados de Projeções Ortogonais, vocês 
devem compreender os conceitos iniciais sobre os entes geométricos.
As noções primitivas da Geometria são o modo como compreendemos os elementos 
matemáticos que dão base para a construção dos conhecimentos geométricos. 
Esses elementos são:
• Ponto
• Reta
• Plano
• Espaço
São noções aceitas sem definição, pois temos apenas conceitos primitivos sobre esses 
elementos, ou seja, não existe uma definição precisa para eles.
Como exemplo podemos analisar as frases abaixo:
• Aqueles postes estão em linha reta.
• O tampo desta mesa é plano.
• A mesa está ocupando o espaço do sofá.
Nas frases citadas, vocês podem perceber que as noções de ponto, reta, plano e espaço 
são puramente intuitivas e, ao contrário do que ocorrem com os conceitos de forma e 
dimensão, “emprestam” sua concepção para descrever determinadas situações. 
Vamos aprofundar um pouco mais sobre o assunto Entes Geométricos?
2.1.1 Ponto
• O ponto é a figura geométrica mais simples. 
• Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem largura, nem altura. 
• Pode ser representado por uma simples marca feita com a ponta de uma lapiseira 
no papel ou com linhas cruzadas: as interseções das linhas marcam um ponto.
• Para identificá-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 19: Representação Gráfica de um Ponto.
Fonte: Autora (2019)
2.1.2 Reta
A reta possui uma única dimensão: o comprimento. 
As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino.
Figura 20: Representação Gráfica de uma Reta.
Fonte: Autora (2019)
2.1.3 Plano
• Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o tampo de 
uma mesa. 
• O plano é uma superfície plana, portanto sem espessura, mas, com largura e 
comprimento, ou seja, é bidimensional.
• Os Planos são identificados por letras do alfabeto grego.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 21: Representação Gráfica de um Plano.
Fonte: Autora (2019)
2.1.4 Espaço
O espaço é o local onde toda a Geometria acontece. 
É formado pelo alinhamento de planos, que são colocados lado a lado até preencher 
todo o espaço. 
Ele é infinito para todas as direções e contém todas as figuras e formas geométricas 
planas e tridimensionais.
Como é formado por planos, o espaço envolve a  terceira  dimensão. É na terceira 
dimensão que são construídas figuras que possuem largura, comprimento e profundidade.
Figura 22: Representação Gráfica do Espaço.
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
PARA REFLETIR
Agora que definimos e visualizamos quais são os entes geométricos, tente 
imaginar o seguinte: 
O que acontece quando estes entes geométricos são utilizados em conjunto?
Conseguiu imaginar? 
A partir da união dos entes geométricos temos o surgimento de três novos conceitos: 
FACE, ARESTA e VÉRTICE.
2.1.5 Face
São as superfícies planas que constituem um sólido.
2.1.6 Aresta
São os segmentos de reta que são a intersecção (união) de duas faces contíguas (ao 
lado).
2.1.7 Vértice 
São os pontos de encontro das arestas.
Na figura 23 temos um objeto que apresenta os três conceitos explicados acima.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 23: Representação Gráfica de Face, Aresta e Vértice
Fonte: Autora (2019)
2.2. SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO DE PROJEÇÕES ORTOGONAIS
Agora que você compreendeu os conceitos de ponto, reta, plano e espaço, além de 
como estes entes geométricos se comunicam entre si, formando Faces, Arestas e Vértices, 
podemos evoluir para o conceito de Projeções Ortogonais.
Segundo Silva (2006, p. 41),
“A noção de que a representação de um objeto pressupõe a 
representação de pontos (vértices do objeto) a partir dos quais se 
definem arestas (segmentos de reta) que delimitam as faces (planos) 
que constituem a sua configuração permite que se generalize para 
todos os pontos o procedimento para a identificação de um ponto. 
A identificação, no plano, de um ponto do espaço constitui uma 
representação plana e resulta de uma projeção desse ponto no plano. 
A direção definida pelo ponto através de sua projeção plana (e pelo 
observador) é designada projetante.”
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 24: Geometria da projeção ortográfica.
Fonte: LEAKE (2015)
Segundo a NBR 6492 / 1994, Representação de Projetos de Arquitetura, que fixa as 
condições exigíveis para representação gráfica de projetos, podemos entender que 
a correta composição de um conjunto de faces, arestas e vértices é fundamental para 
transmitir uma ideia com a maior precisão possível, sem erros de interpretações. 
Neste momento surgem as Projeções Ortogonais ou Ortográfica, que são uma forma 
de representar graficamente objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a 
transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. 
Segundo a NBR ISO 10209-2 (2005), trata-se do desenho das faces principais do objeto, 
de forma que estas faces estejam posicionadas paralelamente aos planos coordenados 
sobre um ou mais planos de projeção.
VAMOS RELEMBRAR?
ORTOGONAL
Que formam ângulos retos, perpendiculares. 
90° (noventa graus)
Para você entender como é feita a projeção ortogonal é preciso conhecer três elementos: 
o modelo, o observador e o plano de projeção.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
2.2.1 Modelo
É o objeto que será representado em projeção ortogonal, como por exemplo a figura 
25. Qualquer objeto pode ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido 
geométrico, uma peça de máquina, um conjunto de peças, até uma edificação.
O modelo geralmente deve ser representado na posição que mostre a maior parte de 
seus elementos e informações.
Figura 25: Modelo, Objeto as ser representado
Fonte: Autora (2019)
2.2.2 Observador
É a pessoa que vê,analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o modelo em 
projeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias posições, 
ou como chamamos em desenho técnico, Vistas.
As ilustrações da figura 26 mostram o observador vendo o modelo de frente, de cima 
e de lado.
Vendo o Modelo de Frente Vendo o Modelo de Lado
 
Vendo o Modelo de Cima
Figura 26: Posições do Observador em relação ao Modelo.
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Em projeção ortográfica você deve imaginar o observador localizado a uma distância 
infinita do modelo. Por essa razão, a direção de onde o Observador está vendo o Modelo 
será indicada por uma seta, como mostra a figura 27.
Figura 27: Representação da direção que o Observador está vendo o Modelo 
Fonte: Autora (2019)
2.2.3 Plano de Projeção
É a superfície onde se projeta o modelo. A tela de cinema é um bom exemplo de plano 
de projeção.
Agora que você aprendeu sobre os três elementos que formam uma projeção ortogonal, 
podemos nos perguntar: como utilizamos estes três elementos para a representação 
gráfica de um desenho técnico?
Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico 
usamos sempre dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano 
vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente (figura 28).
SPVS – Semi Plano Vertical Superior
SPVI – Semi Plano Vertical Inferior
SPHA – Semi Plano Horizontal Anterior
SPVP – Semi Plano Horizontal Posterior
Figura 28: Semiplanos de projeção perpendiculares entre si. 
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
A união destes dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro 
regiões chamadas DIEDROS. 
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si, e são 
numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos 
ponteiros do relógio, conforme figura 29.
Figura 29: Diedros 
Fonte: Autora (2019)
O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre 
si, criado pelo desenhista francês Gaspar Monge, é também conhecido como Método 
Mongeano – Criador da Geometria Descritiva.
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomenda a 
representação de um desenho técnico no 1º diedro. Alguns países, como por exemplo 
os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. Nesta 
unidade você estudará detalhadamente a representação no 1º diedro, como recomenda 
a ABNT. 
Chamaremos a partir de agora o semiplano vertical superior de plano vertical e o 
semiplano horizontal anterior de plano horizontal, conforme figura 30 a seguir.
Figura 30: Plano Vertical e Plano Horizontal 
Fonte: Autora (2019)
Como vimos no início desta unidade, a união dos entes geométricos ponto, reta, plano 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
formam os elementos face, aresta e vértice. Mas como representamos graficamente cada 
ente geométrico conforme as regras das projeções ortogonais?
 
2.2.4 Projeção Ortográfica - Ponto
Todo sólido geométrico nada mais é que um conjunto de pontos organizados no 
espaço de determinada forma. 
• Imagine um Plano Vertical e um ponto A não pertencente a esse plano, observados 
na direção indicada pela seta, como mostra a figura 31. 
• Traçando uma linha projetante perpendicular do ponto A até o Plano Vertical, 
surge o ponto A1, que é onde a perpendicular encontra o plano. Ou seja, você vai 
transferir a imagem no ponto A para o Plano Vertical, e a partir deste momento 
denominamos o ponto A de ponto A1, pois ele é uma projeção.
Figura 31: Projeção Ortogonal de um Ponto em Plano Vertical
Fonte: Autora (2019)
Conseguiu compreender? Vamos fazer novamente? Agora no Plano Horizontal:
• Imagine um Plano Horizontal e um ponto B não pertencente a esse plano, 
observados na direção indicada pela seta, como mostra a figura 32. 
• Traçando uma linha projetante perpendicular do ponto B até o Plano Horizontal, 
surgirá o ponto B1, que é a projeção do ponto B.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 32: Projeção Ortogonal de um Ponto em Plano Horizontal
Fonte: Autora (2019)
Agora que você aprendeu a fazer a projeção ortogonal de um PONTO, vamos fazer a 
projeção de uma RETA?
2.2.5 Projeção Ortográfica – Segmento de Reta
A projeção ortogonal de um segmento de reta em um plano depende da posição que 
esse segmento ocupa em relação ao plano. 
• Para começar, imagine um segmento de reta AB, paralelo a um Plano Vertical, 
observado na direção indicada pela seta, como mostra a figura 33. 
• Traçando duas linhas projetantes a partir das extremidades do segmento, os 
pontos A e B ficarão determinados, no Plano Vertical, pelos pontos A1 e B1. 
• Se unirmos estes últimos pontos, temos o segmento A1B1, que representa a 
projeção ortogonal do segmento AB.
Figura 33: Projeção Ortogonal de uma Reta paralela em relação ao Plano Vertical
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
PARA REFLETIR
Os segmentos AB e A1B1 são congruentes, isto é, têm a mesma medida, 
dimensão. 
A projeção ortográfica de um segmento paralelo a um plano de projeção é sempre 
um segmento que tem a mesma medida do segmento tomado como modelo. Neste 
caso, a projeção ortográfica representa o modelo em verdadeira grandeza, ou seja, sem 
deformações de dimensões.
EXERCÍCIO
A idéia agora é você fazer o mesmo desenho da figura 33, só que representan-
do o segmento de reta no plano horizontal! 
Vamos lá?
Mas então o que acontece quando o segmento de reta é oblíquo (inclinado) em relação 
ao plano de projeção? Vamos desenhar?
• Imagine um Plano Vertical e um segmento de reta AB, oblíquo em relação a esse 
plano, observados na direção indicada pela seta, como mostra a figura 34. 
• Traçando as linhas projetantes a partir das extremidades A e B, determinamos, no 
plano vertical, os pontos A1 e B1. 
• Unindo os pontos A1 e B1, obtemos o segmento A1B1, que representa a projeção 
ortográfica do segmento AB. 
Figura 34: Projeção Ortogonal de uma Reta inclinada em relação ao Plano Vertical
Fonte: Autora (2019)
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
PARA REFLETIR
Observe, portanto, que o segmento A1B1 é menor que o segmento AB. 
Isso ocorre porque a projeção de um segmento oblíquo a um plano de pro-
jeção é sempre um segmento menor que o modelo. Neste caso, a projeção ortográfica não 
representa a verdadeira grandeza do segmento que foi usado como modelo.
EXERCÍCIO
Conseguiu compreender? Vamos fazer novamente? Agora no Plano Horizontal! 
Veja a figura 35 e tente reproduzir o mesmo desenho!
 
Figura 35: Projeção Ortogonal de uma Reta inclinada em relação ao Plano Horizontal.
Fonte: Autora (2019)
Agora que você já aprendeu como fazer projeções ortogonais de Pontos e Retas, vamos 
para a representação gráfica de uma Figura Plana.
2.2.6 Projeção Ortográfica – Figura Plana
A projeção ortográfica de uma figura plana depende da posição que ocupa em relação 
ao plano. 
• Imagine um observador vendo um retângulo ABCD paralelo a um plano de 
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 TÉCNICO BÁSICO 
projeção.
• Para obter a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano vertical, você deve 
traçar projetantes a partir dos vértices A,B,C,D.
Figura 36: Projeção Ortogonal de uma Figura Plana paralela em relação ao Plano Vertical e ao Plano 
Horizontal.
Fonte: Autora (2019)
Mas quando a Figura Plana não é perpendicular ao Plano de Projeção? Quando a figura 
plana é oblíqua (inclinada) ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não é representada 
em verdadeira grandeza, assim como vimos no exemplo de segmento de reta.
• Imagine o mesmo retângulo ABCD oblíquo a um Plano Vertical. 
• Para obter a projeção ortográfica desse retângulo no Plano Vertical, você deve 
traçar as projetantes a partir dos vértices, até atingir o plano. 
• Ligando as projeções dos vértices, você terá um novo retângulo A1B1C1D1, que 
representa a projeção ortográfica do retângulo ABCD
• O retângulo A1B1C1D1é menor que o retângulo ABCD, conforme figura 37.
Figura 37: Projeção Ortogonal de uma Figura Plana inclinada em relação ao Plano Vertical.
Fonte: Autora (2019)
Conseguiu compreender? Agora, imagine se a figura plana ficar perpendicular ao 
plano de projeção, conforme figura 38. Como será a representação gráfica dela no plano 
de projeção?
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
• Imagine o retângulo ABCD perpendicular ao Plano Vertical, observado na 
direção apontada pela seta, como mostra a figura a seguir, e analise sua projeção 
ortográfica.
Figura 38: Projeção Ortogonal de uma Figura Plana perpendicular em relação ao Plano de Projeção.
Fonte: Autora (2019)
E para finalizar, se unirmos os entes geométricos e formamos um Sólido Geométrico, 
como seria a representação gráfica em Projeção Ortogonal?
2.2.7 Projeção Ortográfica – Sólidos Geométricos
Para compreender o desenho técnico de um determinado objeto, é necessário 
conhecer todos os seus elementos em verdadeira grandeza (VG).
Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos ou objetos 
tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção ortográfica em 
mais de um plano de projeção. No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, 
além do Plano Vertical e do Plano Horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: 
o Plano Lateral. Este plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao 
plano horizontal, conforme figura 39.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 39: Planos de Projeção, Vertical, Horizontal e Lateral
Fonte: Autora (2019)
Para facilitarmos a compreensão do Desenho Técnico por todos, definimos as 
Projeções Ortogonais nos Planos como Vistas (figura 40):
• Plano Vertical = Vista Frontal
• Plano Horizontal = Vista Superior
• Plano Lateral = Vista Lateral
Vendo o Modelo de Frente
Plano Vertical = Vista Frontal
Vendo o Modelo de Lado
Plano Lateral = Vista Lateral
 
Vendo o Modelo de Cima
Plano Horizontal = Vista Superior
Figura 40: Posições do Observador em relação ao Modelo e classificação das Vistas.
Fonte: Autora (2019)
2.2.8 Projeção Ortográfica – Vista Frontal
Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical, visto de frente 
por um observador, na direção indicada pela seta, como mostra a figura 41 a seguir.
Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: 
• ABCD e EFGH – faces paralelas ao plano de projeção 
• ADEH, BCFG, CDEF e ABGH - faces perpendiculares ao plano de projeção
Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
projeção ortográfica do prisma no Plano Vertical (PV). Essa projeção é um retângulo 
idêntico às faces paralelas em relação ao plano de projeção, e chamaremos de Vista 
Frontal.
Figura 41: Vista Frontal de um Objeto
Fonte: Autora (2019) 
PARA REFLETIR
Se fizemos somente a representação da Vista Frontal do Objeto, teremos a 
noção exata das formas dele? 
Conseguimos identificar todas as dimensões do objeto somente com uma Vista?
Em desenho técnico devemos ter a capacidade de identificar quantas vistas são 
necessárias para representar determinado objeto, a fim de compreendermos por completo 
as suas informações, formas e dimensões reais. Para isso necessitamos de várias vistas, 
que podem ser obtidas por meio da projeção do objeto em outros planos do 1º diedro. 
Vamos continuar com o Desenho Técnico do Prisma? Já representamos a Vista Frontal 
do Prisma conforme figura anterior. Vamos aprender a representar as demais vistas a 
seguir.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
2.2.9 Projeção Ortográfica – Vista Superior
Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por um 
observador na direção indicada pela seta, como aparece na figura 42.
Figura 42: Vista Superior de um Objeto
Fonte: Autora (2019)
Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a 
projeção ortográfica do prisma no Plano Horizontal (PH). Essa projeção é um retângulo 
idêntico às faces paralelas em relação ao plano de projeção, e chamaremos de Vista 
Superior.
2.2.10 Projeção Ortográfica – Vista Lateral
Para finalizar a representação do prisma, além das vistas frontal e superior faremos 
uma terceira vista importante: a Vista Lateral. 
Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado, na direção indicada 
pela seta, como mostra a ilustração da figura 43.
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 43: Vista Lateral de um Objeto
Fonte: Autora (2019)
Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a 
projeção ortográfica do prisma no Plano Lateral (PL). Essa projeção é um retângulo 
idêntico às faces paralelas em relação ao plano de projeção, e chamaremos de Vista 
Lateral.
Vamos unir todas estas informações para ter uma compreensão geral do Desenho?
2.2.11 Projeção Ortográfica – Prisma Retangular
VISTA FRONTAL VISTA SUPERIOR VISTA LATERAL
Figura 44: Representação Gráfica das Vistas em Projeção Ortogonal de um Prisma
Fonte: Autora (2019)
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• a Projeção Ortogonal do modelo no Plano Vertical dá origem à Vista Frontal.
• a Projeção Ortogonal do modelo no Plano Horizontal dá origem à Vista Superior. 
• a Projeção Ortogonal do modelo no Plano Lateral dá origem à Vista Lateral. 
Figura 45: Representação Gráfica das Vistas em Projeção Ortogonal de um Prisma
Fonte: Autora (2019)
Figura 46: Rebatimento das Vistas do Prisma nos Planos.
Fonte: Autora (2019) 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 47: Representação gráfica final do Prisma em projeções ortogonais.
Fonte: Autora (2019) 
• A projeção A, representada no Plano Vertical chama-se Projeção Vertical ou 
Vista Frontal.
• A projeção B, representada no Plano Horizontal chama-se Projeção Horizontal 
ou Vista Superior.
• A projeção C, que se encontra no Plano Lateral chama-se Projeção Lateral ou 
Vista Lateral.
Para você compreender a importância de representarmos graficamente os objetos em 
mais de uma vista, analise as projeções dos objetos das figuras 48 e 49.
Figura 48: Objetos com formas diferentes e representações gráficas iguais de uma vista frontal.
Fonte: Autora (2019)
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 TÉCNICO BÁSICO 
Figura 49: Objetos com formas diferentes e representações gráficas diferentes de uma vista superior.
Fonte: Autora (2019) 
Conseguiu compreender a importância de representarmos graficamente os objetos 
em mais de uma vista? Para reforçar este assunto, acesse a vídeo aula do QR Code abaixo. 
SUGESTÃO DE VÍDEO
Escaneie o QR Code acima para assistir um vídeo comple-
mentar sobre “Projeção Ortográfica”
Markoni Heringer Curso de Desenho Técnico. Curso de desenho técnico 
- Projeção Ortográfica Introdução Aula #1. Publicado em 24 de julho de 
2015. Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=JfYCgGiv6PU
2.3 ESCALA
No Desenho Técnico, as medidas de um desenho de uma peça qualquer a ser construída 
devem ser expressas em sua verdadeira dimensão (verdadeira grandeza). Mas o desenho 
nem sempre poderá ser elaborado nas dimensões reais da mesma. Por exemplo, se for 
uma peça grande, teremos que desenhá-la com medidas menores, conservando sua 
proporção, com igual redução em todas as medidas. 
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DESENHO
 TÉCNICO BÁSICO 
O termo técnico que utilizamos para identificar o tamanho do desenho versus o 
tamanho real do objeto chama-se Escala. 
As escalas são fundamentais e devem ser definidas antes de iniciarmos um desenho, 
para identificarmos qual o nível de detalhamento que será necessário e quais as dimensões 
mais adequadas para os papéis que serão utilizados para a representação gráfica.
Você vai aprender sobre as escalas existentes, a gráfica e a numérica, normas 
relacionadas e tipos mais usuais para o desenho técnico de arquitetura.
2.3.1 Escala Gráfica
É representada por uma linha estabelecida no sentido horizontal que contém divisões 
precisas entre seus pontos. Muito utilizada em mapas e tem a função de orientar o leitor sobre 
as

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