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Sistemas da informação - Slide - UNIDADE III

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Unidade III
5 RECURSOS DE PESSOAS EM UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO
5.1 Introdução
Uma das tarefas críticas de qualquer sistema de informação é a disponibilização da informação 
correta às pessoas certas, no momento certo. Cada tomador de decisão dentro de uma organização 
necessita apenas de uma pequena porção de informação para apoiá‑lo nesse processo.
O propósito da atividade de disseminação de informações é determinar as necessidades de informação 
e disponibilizá‑las com oportunidade. Cada vez mais, essa atividade envolve a disponibilização da 
informação em diferentes formatos e meios tecnológicos, que indicam quase sempre a necessidade de 
uma arquitetura complexa.
Dentro desse cenário e para apoiar o profissional de TI, existe um processo de desenvolvimento que 
se inicia na modelagem de negócios, em que os tomadores de decisão são ouvidos ou podem fazer parte 
do processo de modelagem, e termina na apresentação das informações por meio de uma variedade de 
sistemas de informação, já apresentados na unidade II.
Para desenvolver soluções eficazes, torna‑se necessário combinar a informação proveniente de 
diversas fontes, transformando‑a em uma forma útil e clara para apoiar o processo de decisão.
Frequentemente, essa transformação final e a apresentação da informação são inseparáveis, porque a 
forma final deve ser personalizada para atender um cliente específico ou uma área de negócio específica 
de uma organização.
A área de Tecnologia da Informação (TI) é normalmente responsável pelos sistemas de informação 
de uma organização.
Todavia, para entender e participar de projetos que envolvam aplicações de TI aos negócios, não é 
necessário conhecimento profundo de processamento eletrônico de dados por parte dos usuários ou 
analistas de negócio.
 Observação
Cabe ao profissional de TI fazer a tradução de conhecimentos de negócio 
em soluções computarizadas.
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Unidade III
Dentro desse cenário, a TI pode ser conceituada como fornecedora de recursos tecnológicos 
e computacionais para recepcionar, guardar os dados e gerar informação para todos os níveis da 
organização.
Para que essa área consiga atender à demanda de uma organização, ela precisa ser estruturada em 
níveis diferentes. Diversos recursos são envolvidos nessa tarefa:
• de pessoas;
• de hardware;
• de software;
• de dados; e
• de rede.
Esta unidade tem por objetivo descrever esses recursos de forma mais abrangente e detalhada.
5.2 Recursos de pessoas
A área de TI, responsável pelos sistemas de informação, precisa ter uma estrutura organizacional bem 
definida, com as pessoas e responsabilidades claramente estabelecidas, procedimentos documentados 
e divulgados.
Essa estrutura depende ainda de uma política de pessoal adequada, quanto à seleção, segregação 
de funções e avaliação de desempenho. E é necessária para que se gerenciem racionalmente os recursos 
computacionais da organização, de modo a suprir as necessidades corporativas de informação de forma 
eficiente e econômica.
Um departamento de TI tipicamente apresenta as seguintes áreas (adaptado de Beal, 2011):
• administração;
• desenvolvimento e suporte de aplicação;
• operação;
• suporte de produção; e
• suporte de software básico.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
5.3 Administração
A administração do departamento de TI não é mais vista como uma subfunção dos departamentos 
de recursos humanos ou de administração, mas sim como uma divisão corporativa separada, com seu 
próprio diretor executivo ou CIO (Chief Information Officer). Tanto o CIO como todos os envolvidos 
com o departamento ou área de TI têm como missão assegurar a permanência e os lucros de uma 
organização.
Com a sofisticação dos mercados, tornou‑se necessário aperfeiçoar as áreas de informação das 
empresas, agregando estratégias para obter sucesso. A mensagem estratégica que uma economia 
fundamentada na informação transmite é tão visível que a informação passou a ser a base para 
a competição, capaz de acionar as alternativas tecnológicas para seu gerenciamento (MCGEE e 
PRUSAK, 1994).
 Lembrete
Acredita‑se que nenhuma empresa pode escapar aos efeitos da 
revolução causada pela informação. Os gestores, cada vez mais, gastam 
recursos com a tecnologia da informação e se envolvem na sua gestão
Sob essa perspectiva, a gestão da informação deve incluir, em dimensões estratégicas e operacionais, 
mecanismos para obter e utilizar recursos humanos, tecnológicos, financeiros, materiais e físicos para o 
gerenciamento da própria informação, que então deve ser disponibilizada como insumo útil e estratégico 
para indivíduos, grupos e organizações (MARCHIORI, 2002).
Na busca da eficácia, e não somente da eficiência, por medir os resultados relativamente aos objetivos 
e às metas da organização, os gestores da TI devem sempre considerar:
• A importância de um bom relacionamento entre os executivos de TI e os executivos das áreas de 
negócios.
• A avaliação da TI a partir de critérios variados, abrangendo aspectos técnicos, organizacionais e 
estratégicos. Implementar práticas ou modelos de governaça de TI.
• Gestão e avaliação dinâmicas da TI, com acompanhamento contínuo e flexível, a fim de que se 
possam promover mudanças e atualizações externas.
Com relação ao monitoramento do desempenho e à ação gerencial, Fernandes (2008, p. 22), afirma:
• O monitoramento do desempenho e a ação gerencial ocorrem quando o resultado atingido é 
comparado com os resultados esperados, a intervalos regulares. Esse monitoramento deve 
responder às seguintes peguntas:
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Unidade III
— Qual o nosso desempenho atual?
— Há diferenças entre o realizado e o previsto?
— O que está causando desvios?
— Qual a tendência do desempenho?
• Para atuar de forma eficaz, os tomadores de decisão da área de TI (CIOs) empregam vários tipos 
de informações para sua tomada de decisão:
— informações de indicadores de desempenho que mostram o comportamento de objetos de 
medição, como processos e serviços ao longo do tempo, em função de tomadas de decisão 
realizadas no passado;
— informações de controle que dizem respeito a transações realizadas e têm perspectiva de curto 
prazo, como a posição orçamentária de um projeto no momento em que se pede;
— informações de conhecimento que são aquelas referentes ao conjunto de experiências 
passadas do tomador de decisão, relativamente às decisões atuais que deve tomar, assim como 
o conjunto de ativos de conhecimento explícito e documentado que pode ser usado para 
embasar uma decisão.
• Geralmente o processo de tomada de decisão leva em consideração esses tipos de informações 
para escolher uma alternativa entre várias, o que gera uma ou mais ações que vão impactar o dia 
a dia das pessoas.
• A gestão da TI não pode se furtar de trabalhar com informações, fatos e dados que auxiliem o CIO 
e seus executivos.
 Saiba mais
Vale a pena ler Implantando a governança de TI, um best‑seller escrito 
em 2008 por Aguinaldo Aragon Fernandes e Vladimir Ferraz de Abreu, 
que faz uma análise de mais de 25 modelos de melhores práticas em TI, 
incluindo ITIL V3, Val IT, Cobit 4.1 e os modelos PMI.
5.4 Desenvolvimento e suporte de aplicação
A área de TI é responsável pelo projeto, desenvolvimento e manutenção dos softwares aplicativos, 
e pode englobar muitas equipes de desenvolvimento, formadas por analistas de sistemas, arquitetos, 
programadores, gerentes de projetos, DBAs, analistas de testes, analistas de qualidade, design gráficos etc.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Tanto para o desenvolvimento como para a manutenção de sistemas de informação, torna‑se 
necessário o uso de processos que padronizem a forma de se desenvolverem aplicativos ou softwares. As 
pessoas envolvidas com esse processo precisam estar familiarizadas e treinadas nas atividades, técnicas 
e ferramentas adotadas pela organização. No entanto, o que é um processo de software?
• Um processo de software pode ser considerado como um conjunto de atividades ordenadas, com 
a finalidade de obterum produto de software ou simplesmente um sistema de informação.
• Quem estuda e organiza esse processo é a engenharia de software, que é um guia e um dos 
principais mecanismos para se obter software de qualidade que possa cumprir corretamente os 
contratos de desenvolvimento e atender às necessidades dos clientes.
Todo processo ou metodologia de desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação tem 
como objetivo estabelecer que um projeto de software deve dar lucro e que a receita obtida com o seu 
desenvolvimento é suficiente para cobrir os custos envolvidos.
Um dos primeiros processos de software que surgiu nos meados de 1970 foi o modelo cascata, que 
propõe uma sequência a ser seguida para se desenvolver um sistema: estabelecimento dos requisitos 
(necessidades dos clientes ou usuários); análise e especificação das funcionalidades do sistema a partir 
dos requisitos; modelagem e arquitetura da solução, levando em consideração a tecnologia adotada; 
implementação dos códigos e os testes (inicialmente os testes unitários e então os testes de sistema); 
implantação do sistema em produção; e, para cobrir o ciclo de vida do sistema, são executadas as 
manutenções.
Nesse modelo em cascata, os passos são sequenciais e consecutivos, sendo que, depois que cada 
passo é terminado, o processo segue para o próximo passo, dificultando sobremaneira o retorno para 
passos anteriores caso ocorra um erro ou erros sejam passados de passos anteriores.
Na atualidade, nos modelos ou metodologias modernas, os processos são iterativos e prescrevem a 
construção de uma porção pequena do software, mais abrangente, para ajudar a todos os envolvidos a 
descobrir cedo os problemas ou evitar que erros possam levar ao desastre.
Esse tipo de processo (iterativo) é fundamental quando, em um determinado projeto, o cliente ou 
usuário não sabe exatamente o que quer, ou quando não se conhece bem todos os aspectos da solução 
que será implementada. As intervenções constantes da equipe e a entregua rápida das pequenas partes 
permitem que se tomem providências antes que o sistema esteja completamente desenvolvido e se 
minimize os altos custos dos retrabalhos.
Na atualidade, as equipes de implementação vêm trabalhando com os denominados métodos ágeis, 
que aplicam os fundamentos do desenvolvimento iterativo. Os métodos ágeis usam o feedback mais 
que o planejamento, como sendo seus mecanismos de controle primário. Os testes são praticamente 
realizados todos os dias durante o desenvovimento, para a detecção prematura de possíveis erros de 
desenvolvimento ou das regras de negócio.
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Unidade III
Independente do processo adotado, para se desenvolver sistemas de informação, algumas atividades 
são fundamentais, como:
• Análise de requisitos de software
A primeira tarefa de um analista de sistemas ou analista de negócio em um novo projeto é a 
especificação dos requisitos dos clientes ou usuários. A forma de especificação dos requisitos 
pode ser de diversas formas: lista das necessidades, detalhamento das regras de negócios, riscos 
e restrições do sistema, protótipos aprovados pelos clientes, modelagem utilizando linguagens de 
modelos padronizadas etc.
Os profissionais de sistemas de informação além de dominar a tecnologia da informação devem 
também ter um conhecimento bem acentuado na área de negócio na qual está definindo um 
sistema. Para isso, é requerida, por parte dos profissionais de TI, habilidade e experiência em 
engenharia de software para reconhecer a ausência, ambiguidade ou contradição nos requisitos.
• Especificação ou análise do sistema
A especificação é a tarefa de descrever precisamente o sistema de informação que será escrito, 
preferencialmente de forma padronizada e rigorosa.
Isso se torna mais fundamental para sistemas de informação de missão crítica, principalmente 
quando envolve questões relacionadas com a vida das pessoas ou transações financeiras.
Os profissionais envolvidos com essas atividades são os analistas de negócio, analistas de sistemas, 
analistas de qualidade e gerentes de projetos.
• Arquitetura de software ou design de software
Como um sistema de informação é um objeto abstrato e não palpável, a arquitetura de um sistema 
de informação exige uma representação abstrata daquele sistema, isto é, torna‑se necessário o 
uso de modelos que representam uma determinada realidade do negócio.
O design ou arquitetura de um sistema deve garantir que o sistema de informação ou o software 
irá ao encontro dos requisitos do produto, tanto requisitos de funcionalidades de negócio como 
requisitos de tecnologia, e assegurar que futuros requisitos possam ser inseridos ou alterados.
Também é durante a etapa de design ou arquitetura que são definidas as interfaces entre os 
usuários e os sistemas, entre a comunicação de sistemas, como também são considerados os 
sistemas operacionais e os hardwares envolvidos.
Essa fase do processo complementa o modelo iniciado no processo de análise de sistemas ou na 
fase de especificação, com os modelos de solução ou arquitetura necessários para a implementação 
do software.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A arquitetura tem se tornado uma das etapas mais importantes no processo de desenvolvimento 
de software ou sistemas de informação. Profissionais que atuam nessa atividade normalmente 
precisam de cursos específicos e certificações nas tecnologias envolvidas, tais como Tecnologia 
Java,.Net da Microsoft, frameworks de desenvolvimento, ferramentas de automação, SGBDs, e 
assim por diante.
Diversos profissionais se dedicam a essas atividades de arquitetura em uma área de TI, como exemplo:
— Arquiteto ou design de sistemas (System Architect), que estabelece a estrutura geral de cada 
visão de arquitetura: decompor a visão, o agrupamento dos elementos e as interfaces entre os 
agrupamentos dos sistemas (soluções de implementação em uma determinada tecnologia).
Identifica e define os testes de tecnologia envolvidos com o projeto (arquitetura, perfomance, 
segurança etc.).
— Web designer, que dá soluções de apresentações de páginas ou telas de um aplicativo. É o 
responsável pela identidade visual das aplicações da organização.
— Administrador de configuração ou gestor de configuração é quem planeja e disponibiliza 
o ambiente e a infraestrutura geral de gerenciamento de configuração (versionamento dos 
produtos de desenvolvimento e software de configuração).
— DBA ou Analista de banco de dados é responsável por definir tabelas, índices, visões, restrições, 
triguers, procedimentos armazenados, parâmetros de armazenamento ou construções 
específicas de um banco de dados.
• Construção, implementação ou codificação
A transformação de um projeto para um código é a parte mais evidente do trabalho da engenharia 
de software, mas não necessariamente sua maior porção.
A fase de construção implementa ou melhora os softwares da organização a partir dos modelos 
de design (arquitetura) aprovados.
O resultado da fase são os programas ou transações do sistema com os testes de unidades já aplicados.
O principal profissional dessa atividade é o programador de computador, que tem como responsabilidade 
construir e testar as unidades de códigos de sistemas em uma linguagem de computador.
• Teste
Teste de partes do sistema de informação, especialmente onde tenha sido codificado por dois 
ou mais engenheiros de software trabalhando juntos, é um papel fundamental da engenharia 
de software.
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Unidade III
Nessa fase ou atividade do processo é que são efetuados os testes de homologação do sistema 
(certificação da qualidade do software). Como resultado, tem‑se o sistema testado e com o 
certificado de qualidade.
Dois papéis principais se apresentam nessa fase:
— Gerente de teste, que planeja e gerencia os recursos humanos e tecnológicos (hardware e 
software) para garantir a qualidade do produto por meio dos testes, e o
— Analista de teste ou testador de software, que executa os testes necessários definidos no 
plano de testes e registra os resultadoscom suas evidências.
• Implantação
Fase do processo em que são realizados os treinamentos dos usuários finais, a implantação da 
infraestrutura necessária ao sistema, os ajustes necessários e a obtenção da certificação do cliente.
Os profissionais envolvidos nessa atividade são os analistas de negócio, analistas de sistemas, 
programadores e gerentes de projeto.
• Documentação
Uma das tarefas fundamentais, mas nem sempre executadas refere‑se à documentação de todas 
soluções do projeto interno do software, principalmente porque terá no futuro que conviver com 
manutenções e aprimoramentos, que nem sempre serão executadas pelos mesmos profissionais 
que fizeram o desenvolvimento.
Entre as documentações mais importantes destacam‑se as interfaces externas (telas, relatórios, 
páginas etc.) e as modelagens envolvidas nas atividades de especificação e arquitetura.
Os profissionais envolvidos com a documentação são os analistas de negócio, analistas de 
sistemas, arquitetos e programadores.
• Suporte e treinamento de software
Durante a implantação de um novo projeto de software é fundamental o treinamento dos clientes 
ou usuários finais, e isso tem ocasionado uma grande porcentagem de falhas nos projetos de 
sistemas de informação. Isso vem do fato de que os desenvolvedores não percebem que não 
importa quanto tempo a equipe de desenvolvimento gaste na criação do software se no final 
ninguém da organização consiga usá‑lo.
Dessa forma, torna‑se muito importante que os usuários sejam plenamente preparados para 
usar o sistema em sua plenitude e que esse possa ser um apoio efetivo com relação a sua 
qualidade.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Para isso, a área de TI necessita de profissionais preparados para efetuar os treinamentos no uso 
de seus aplicativos e que falem mais a linguagem do usuário do que linguagens técnicas.
Durante os treinamentos, os profissionais de sistemas devem considerar importante a preparação 
tanto dos mais entusiasmados quanto dos menos interessados, alternando o treinamento entre 
usuários neutros e usuários favoráveis ao sistema.
 Observação
Usuários normalmente apresentam muitas questões e problemas de 
software que devem ser respondidos o mais corretamente possível.
• Manutenção
A manutenção e a melhoria de sistemas de informação lidam com a descoberta de novos problemas 
e novas funcionalidades, bem como com a correção de defeitos encontrados.
Ao longo do tempo, percebe‑se que, dependendo da forma como foi feito o o desenvolvimento do 
sistema, a manutenção pode tomar mais tempo que o gasto no desenvolvimento inicial do sistema de 
informação. Isso se deve ao fato de que os sistemas apresentam problemas de qualidade quando de sua 
entrega e, com isso, elevam significativamente os custos da equipe de desenvolvimento da empresa.
Durante uma manutenção, além de ser necessário adicionar novos códigos que atendam a novos 
requisitos de negócio e que esses códigos se encaixem com o projeto original, torna‑se necessário 
determinar como o software irá funcionar em algum ponto que foi alterado depois da manutenção 
estar feita. Esse fato pode exigir um esforço significativo por parte de um engenheiro de software.
De acordo com estudos efetuados no decorrer dos últimos trinta anos, cerca de dois terços de todos os 
profissionais envolvidos com desenvolvimento são também envolvidos com a manutenção, mas essas 
estatísticas podem estar enganosas e, dependendo da empresa, esse valor ainda poderá ser maior.
Felizmente, a maioria das manutenções é para ampliar os sistemas para novas funcionalidades, e 
não para a correção de erros ou defeitos. Essas manutenções evolutivas podem ser consideradas 
um novo trabalho ou um novo projeto.
Os estudos mostram que isso não é privilégio da área de TI e que, de forma análoga, cerca de dois terços de 
todos os engenheiros civis, arquitetos e construtores trabalham com manutenção de uma forma similar.
Uma forma analisada e estudada para diminuir esse impacto da manutenção é a implantação das 
atividades de qualidade de software, principalmente com modelos de qualidade reconhecidos no 
mercado nacional e internacional.
O preparo dos profissionais de TI em qualidade é fundamental nesse processo de melhoria.
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Unidade III
5.5 Operação
Área da TI responsável pela organização e operação rotineira do hardware do computador e dos 
sistemas operacionais.
Algumas organizações a denominam como sendo a área de infraestrutura. E seus profissionais prestam 
serviços para as equipes de desenvolvimento de aplicativos e para os usuários de sistemas em operação.
5.6 Suporte de produção
Área da TI que faz a interligação entre o usuário, a área de operações e a área de comunicações 
(rede). Pode estar contida na área de infraestrutura da empresa.
Um dos papéis fundamentais nessa área é o do suporte operacional, prestado por analistas de 
produção ou analistas de suporte, que planejam e implantam produtos ou versões de produtos para a 
comunidade de usuários e atendem as necessidades de uso dos produtos em produção.
As grandes empresas têm implantado o conceito de service‑desk e help‑desk para fazer esse papel nas 
organizações, o que permite um atendimento mais moderno e baseado em modelos de governaça de TI.
Os profissionais de TI que trabalham nessa área têm, como atividades principais, executar:
• planejamento de produção dos sistemas de informação, baseado em estatísticas de uso dos 
softwares e nas necessidades dos sistemas produtivos da organização;
• programação de produção dos sistemas de informação de acordo com o planejamento da 
produção;
• acompanhamento de produção dos sistemas de informação, com relação a seus funcionamentos, 
problemas, uso dos recursos computacionais e produtividade de cada um deles.
5.7 Suporte de software básico
Área responsável pela instalação e manutenção dos softwares básicos ou sistemas operacionais 
(SGBDs, OS, utilitários etc.) que são instalados nas máquinas da empresa. Além de darem apoio às 
outras áreas técnicas da área de TI, são responsáveis e encarregados de providenciar que o hardware e o 
software de sistemas operem com desempenho ótimo.
Os principais requisitos para um profissional de suporte são:
• ser formado em Sistemas de Informação, Engenharia da Computação, Engenharia de Sistemas ou 
Ciência da Computação;
• ter boa comunicação escrita e verbal e com fluência em inglês;
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• conhecimentos profundos dos ambientes dos sistemas operacionais das máquinas da organização, 
bem como da plataforma web (plataforma Windows, Unix, .NET, C#, ASP.NET, ASP, J2EE, PHP etc.);
• conhecimento de tecnologias web (Webserver IIS, HTTP, HTML, XML, CSS, JavaScript/JQuery, JSON);
• conhecimento em banco de dados utilizados pela organização.
5.8 Área de Redes
A área de redes ou de comunicação de dados oferece serviços para os usuários do sistema que 
estejam usando a rede de comunicação da empresa para comunicação remota.
São responsáveis pelo desenvolvimento e pela manutenção da rede de comunicação da organização.
Atualmente essa área também pode ser parte da área de infraestrutura da organização.
Entre as atividades de um profissional de suporte de redes, temos:
• levantamento do tráfego de redes, transações, tamanho e estrutura de banco de dados com 
objetivo de avaliação de software, aplicativos e componentes de rede;
• análise de logs e eventos, performance, sistemas e segurança;
• avaliação das instalações e criação de dispositivos, medidas e procedimentos de segurança de informação;
• gestão de ambientes computacionais heterogêneos (Windows/Linux), controle de cotas de discos 
e contas de usuário, configuração e manutenção serviços de DNS;
• dimensionamento e configuração de parque de servidores;
• controle de acesso aos usuários no tocante ao controle e à manutenção das contas;
• execução dos backups e restores, e treinamento a usuários.
5.9 A qualificação dos Recursos Humanos
Para atender a essa estrutura organizacional, as empresas buscamprofissionais com ampla gama de 
habilidades técnicas para a realização de tarefas específicas.
Oportunidades de emprego e remuneração estarão associadas à capacidade do indivíduo em ajudar 
as empresas a usar os sistemas de informação para a execução de seus objetivos e a extrair dele o 
máximo de benefícios dos seus recursos.
O sucesso de muitas organizações que se apoiam intensamente no uso da Tecnologia de Informação 
está significativamente vinculado à qualidade de sua equipe de TI.
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Unidade III
Muitas empresas perceberam que contratar, treinar e reter talentos de TI é um grande desafio. 
A gerência das funções da área de TI envolve o gerenciamento de pessoal técnico, administrativo e 
gerencial.
Os profissionais devem ser treinados continuamente, de forma que venham a estar preparados para 
implementar ferramentas que atendam aos desafios constantes do mercado.
O desempenho precisa ser medido, e aqueles considerados excelentes devem ter uma diferenciação 
em sua remuneração. Além disso, os salários devem estar bem ajustados com o mercado, e o profissional 
deve ter a possibilidade de enfrentar novos desafios a cada momento.
6 RECURSOS DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
6.1 Recursos de hardware
Todo computador possui uma gama de componentes internos destinados a gerenciar a entrada, o 
processamento, a saída, o armazenamento e o controle de dados.
O hardware é uma placa de circuitos em que os dispositivos, como o processador, a memória e o 
disco rígido, são conectados.
6.2 Processadores (CPU)
Com relação aos processadores, nos últimos anos, houve uma impressionante evolução nos sistemas 
de computação, e esses dispositivos tiveram um papel muito importante nesse contexto.
O processador é o elemento responsável por executar o fluxo de informações em linguagem de 
máquina (baixo nível), e se destina a gerenciar os recursos do hardware e a interagir com os demais 
dispositivos simultaneamente com o objetivo de executar uma determinada tarefa solicitada.
O processador, ou CPU (Central Processing Unit), ou Unidade de Processamento Central, fica acoplado 
à placa‑mãe de um computador. É composto por:
• uma unidade aritmética e lógica (ULA) – é a unidade central do processador, que realmente 
executa as operações aritméticas e lógicas entre dois números;
• uma unidade de controle (UC) – é a unidade que armazena a posição de memória que contém a 
instrução que o computador está executando nesse momento;
• informa à ULA qual operação executar, buscando a informação (da memória) que a ULA precisa 
para executá‑la. Depois, transfere o resultado de volta para o local apropriado da memória. A 
seguir, a unidade de controle vai para a próxima instrução.
• uma memória central (principal).
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A CPU é considerada a parte mais importante de um computador, pois é responsável pelo 
processamento de todos os tipos de dados e pela apresentação do resultado do processamento, é onde 
são interpretadas e executadas as instruções fornecidas pelos aplicativos (softwares), como o sistema 
operacional e o editor de textos, por exemplo.
 Desde a década de 1970, as CPUs vêm sendo feitas em um único circuito integrado, que recebeu o 
nome de microprocessador.
 Assim, atualmente, a CPU é implementada fisicamente no processador, que tem um único chip, 
constituído por milhões de transistores divididos em vários grupos de componentes, podendo‑se citar 
entre eles as unidades de execução (onde as instruções são realmente processadas) e os caches. 
 Saiba mais
Vale a pena conferir no endereço <http://www.cultura.ufpa.br/dicas/
mic/mic‑proc.htm> uma análise profunda dos tipos de processadores e 
CPUs com suas funções e os vários modelos de mercado e as empresas 
fabricantes.
Uma tendência de padronização, em geral, começou na época de discretos minicomputadores 
e mainframes e acelerou rapidamente com a popularização dos circuitos integrados (CI). Os CI têm 
permitido processadores cada vez mais complexos para serem concebidos e fabricados em tamanhos da 
ordem de nanômetros.
Tanto a miniaturização como a padronização dos processadores têm aumentado a presença desses 
dispositivos digitais na vida moderna, muito além da aplicação limitada dedicada a computadores. Os 
microprocessadores modernos aparecem em tudo, desde automóveis até celulares e brinquedos para 
crianças.
Existem, no mercado, vários modelos de processadores, que apresentam preços e desempenho bem 
diferentes.
Este tópico se destina a estabelecer os diferenciais básicos que determinam a performance de um 
processador, a parte teórica vai ajudar você a compreender a diferença entre os processadores que 
vamos examinar com detalhes mais adiante.
Um processador é medido com relação a sua potência ou performance quanto a sua frequência de 
operação, que é medida em mega‑hertz (MHz) ou milhões de ciclos por segundo, frequência também 
chamada de clock.
Ocorre que nem sempre um processador com uma velocidade de operação mais alta é mais rápido 
do que outro que opera a uma frequência um pouco mais baixa. A frequência de operação de um 
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Unidade III
processador indica apenas quantos ciclos de processamentos são realizados por segundo, o que cada 
processador é capaz de fazer em cada ciclo já é algo mais complexo.
A figura 21 mostra uma foto de um microprocessador fabricado pela Intel.
Figura 21 – Circuito integrado de um Intel 8742
Por exemplo, suponhamos um processador Intel 486 de 100 MHz, ao lado de um processador Intel 
Pentium também de 100 MHz:
• Apesar da frequência de operação ser a mesma, o processador Intel 486 perderia muito em 
desempenho. Na prática, o processador Intel Pentium seria pelo menos duas vezes mais rápido.
• Isso acontece devido a diferenças na arquitetura dos processadores e também no coprocessador 
aritmético e cache.
6.3 Memória e armazenamento
A memória é um dispositivo de acúmulo de informações, também conhecida como memória 
principal, memória real e memória física; é volátil, ou seja, apaga‑se com a interrupção do suprimento 
de energia.
Em informática, memória são todos os dispositivos que permitem a um computador guardar dados, 
temporariamente ou permanentemente.
Tem um acesso muito rápido e é onde os programas são carregados para execução. Seu limite 
de armazenamento está ligado diretamente ao limite de endereçamento do computador e ao limite 
econômico do dispositivo.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Podemos distinguir os vários tipos de memória:
• Memória principal
Também chamada de memória real, é aquela que o processador pode endereçar diretamente, sem 
a qual o computador não pode funcionar.
Fornece geralmente uma ponte para as secundárias, mas sua função principal é conter a 
informação necessária para o processador num determinado momento; essa informação pode 
ser, por exemplo, os programas em execução.
Nessa categoria, insere‑se a memória RAM (volátil), memória ROM (não volátil), registradores e 
memórias cache.
• Memória secundária
São memórias que não podem ser endereçadas diretamente, a informação precisa ser carregada em 
memória principal antes de poder ser tratada pelo processador. Não são estritamente necessárias 
para a operação do computador.
São geralmente não voláteis, permitindo guardar os dados permanentemente. Incluem‑se, nessa 
categoria, os discos rígidos, CDs, DVDs e disquetes.
Às vezes, faz‑se uma diferença entre memória secundária e memória terciária. A memória secundária 
não necessita de operações de montagem (inserção de uma mídia ou média em um dispositivo de leitura/
gravação) para acessar os dados, como discos rígidos; a memória terciária depende das operações de 
montagem, como discos ópticos e fitas magnéticas, memória flash, leitores MP3, entre outros.
O armazenamento em disco ou secundário é utilizado para armazenar grandes quantidades de 
dados, ou dados que devem ser guardados mesmo após a interrupção do suprimento de energia. Possui 
um acesso mais lento que a memória primária, porque se dá por meio de dispositivosmecânicos que 
devem ser acionados, posicionados e ativados para leitura e gravação da informação. Porém, permite a 
gravação de dados em mídias móveis, como CDs, DVDs e pen drives.
6.4 Dispositivos de E/S (Entrada/Saída)
Os dispositivos de entrada e saída (E/S) ou periféricos dos computadores, são equipamentos que 
são concectados aos computadores e foram desenvolvidos para facilitar a interação do homem com a 
máquina ou hardware.
Os modernos computadores para uso pessoal vêm alterando de forma significativa os dispositivos 
de interação com o homem. Inicialmente, a comunicação se dava por teclados somente, depois surgiu 
o mouse, o digitalizador e a webcam. Entre os principais dipositivos de saída, encontram‑se o vídeo, as 
caixas de som e a impressora. Na atualidade, as telas dos computadores estão evoluindo para serem 
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Unidade III
sensíveis ao toque, facilitando sobremaneira a interação do homem com as funcionalidades dos seus 
computadores, tablets e celulares.
Os dispositivos de entrada e saída são compostos de duas partes: uma parte que compõe o 
dispositivo em si e outra parte que compõe o controlador, que garante que o dispositivo possa ter 
acesso ao barramento da CPU. O que todos os dispositivos de entrada têm em comum é que eles 
precisam codificar (converter) a informação do ambiente natural (som, imagem, caracteres digitados, 
arquivos externos) em valores binários ou digitais, que podem ser processados pelo sistema digital do 
computador. Os dispositivos são interconectados ao computador para converter sinais em informações 
e vice‑versa.
Como um sistema de processamento de dados é um processo que consiste basicamente em três 
fases (entrada, processamento e saída), entende‑se por entrada todo o procedimento de alimentação de 
informações ou dados que se dão pelos dispositivos de entrada e saída do computador que, por sua vez, 
serão processadas (fase de processamento) por meio da CPU e, após isso, são repassadas as respostas ao 
usuário através dos periféricos (saída).
Dentre os diversos tipos de dispositivos de entrada e saída, pode‑se ter alguns que funcionam tanto 
para entrada como para saída de dados, tais como o modem, o drive de disquete, o drive de disco 
magnético e o pen drive. Atualmente, outro dispositivo híbrido de dados é a rede de computadores, que 
permite o recebimento e a transmissão de dados para locais remotos ao computador.
6.4.1 Dispositivos de entrada
São aqueles que fazem a interação entre o usuário e o computador, de forma a agregar valor à 
realização do seu trabalho.
Os dispositivos de entrada são responsáveis por coletar e enviar as informações ao computador.
Como exemplos de entrada, temos:
• Disco rígido para armazenamento de grande quantidade de dados.
• Teclado do tipo Qwert ou específicos para determinados equipamentos.
• Captura de imagens, como câmeras, filmadoras, scanners etc.
• Sensores, como biometria, ultrassons, radares etc.
• Telas touchscreen usadas em tablets e celulares.
• Pen drive para armazenamento de dados, que podem ser levados de um equipamento a outro com 
grande mobilidade e facilidade.
81
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os dispositivos do tipo teclado, captura de imagens e sensores são, há muito tempo, usados e de 
domínio dos usuários dos sistemas específicos ou especialistas.
Todavia, os dispositivos denominados de touchscreen somente na época atual vêm se destacando 
nos dispositivos de entrada e saída das máquinas mais modernas, impactando os sistemas de informação 
desenvolvidos para o ambiente móvel.
A tela touchscreen, ou sensível ao toque, é um display eletrônico visual que pode detectar a presença 
e a localização de um toque dentro da área de exibição de uma tela de computador ou celular. O 
termo, geralmente, refere‑se a tocar a tela do dispositivo com um dedo ou a mão. Telas sensíveis ao 
toque também podem detectar outros tipos de objetos passivos, como uma caneta, e são comuns em 
dispositivos móveis, como computadores, tablets e smartphones.
Um dispositivo touchscreen tem dois atributos principais. Primeiro, permite uma interação direta 
com o que é exibido, em vez de uma interação indireta com um ponteiro controlado por um mouse. Em 
segundo lugar, permite que se faça isso sem necessidade de qualquer dispositivo intermediário que teria 
que estar na mão do usuário. Desempenham também um papel de destaque no design de aparelhos 
digitais, como nos assistentes digitais pessoais (PDA), dispositivos de navegação por satélite, telefones 
celulares e video games.
Fabricantes de computadores e chips, em todo o mundo, reconhecem a tendência para aceitação de 
telas sensíveis ao toque como um componente altamente desejável como interface de usuário. Assim, 
começaram a integrar a funcionalidade touchscreen para o design fundamental de seus produtos, 
trazendo impactos no hardware e também nos aplicativos que serão desenvolvidos ou portados por 
essa nova tecnologia.
6.4.2 Dispositivos de saída
Um dispositivo de saída é uma parte do computador, e é usado para comunicar os resultados do 
processamento de dados de um sistema de informação para o mundo exterior.
Os dispositivos de saída são utilizados para transferir a informação armazenada no computador para 
uma forma em que o usuário ou o equipamento possam perceber, tais como:
• Impressora do tipo laser, jato de tinta.
• Monitor e telas touchscreen do tipo LCD, CRT e LEDs.
• Devices acústicos, tais como fones de ouvido e caixas acústicas.
• Discos de armazenamento, como disco magnético, memory flashes, pen drives etc.
Os dispositivos (periféricos) de saída apresentam os resultados finais do processamento, ou seja, a 
saída de dados.
82
Unidade III
O monitor mostra em sua tela tudo o que acontece dentro do computador. A imagem é formada 
por um conjunto de pontos chamado de pixels (abreviação de picture element, ou componente de tela).
O pixel é a menor unidade lógica que pode ser usada para se construir uma imagem na tela. Quanto 
maior o número de pixels na tela, melhor será a resolução da imagem.
As impressoras são dispositivos de saída que passam para o papel o resultado do trabalho desenvolvido 
no computador, como textos, relatórios, gráficos.
Existem diferentes tipos de impressora:
• Matriciais – as mais comuns no mercado. Não são muito rápidas e têm qualidade de impressão 
regular, podem ser coloridas ou não. São de preço baixo.
• Jato de tinta (Deskjet) – funcionam com borrifamento de jatos de tinta sobre o papel. São 
silenciosas e possuem ótima qualidade de impressão, podem ser coloridas ou não. São de preço 
intermediário.
• Laser – produzem cópias de alta qualidade com absoluto silêncio, sua velocidade é superior à das 
duas anteriores. Podem ser coloridas, mas, nesse caso, o preço torna‑se muito alto.
6.5 Periféricos
São equipamentos agregados ao computador e desenvolvidos para executar funções distintas. Um 
periférico pode estar envolvido com a entrada, a saída ou o armazenamento secundário.
Os periféricos dependem de uma ligação com os computadores para poder executar suas tarefas. 
Como exemplo, podemos citar impressoras, scanners, mouses etc.
Dispositivos instalados dentro do gabinete do computador são considerados periféricos internos, 
como placas de som, leitor de CD/DVD‑ROM etc.
6.6 Recursos de software
O software é o conjunto de instruções e funções que diz ao computador o quê, quando e como ele deve realizar.
Está dividido em duas categorias: softwares de sistema e softwares aplicativos:
• Os de sistema são os responsáveis pelo controle do hardware.
• Os aplicativos necessitam dos de sistema para operar.
Os aplicativos são sistemas de informação desenvolvidos para uso dos usuários finais. Observe, na 
figura 22, a tabela utilizada por O’Brien et al. (2005), na qual os tipos de softwares são classificados.
83
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Programa de 
desenvolvimento de 
sistemas
Aplicativos específicos
Software de aplicativo Software de sistema
Software
Programa de 
gerencimento de 
sistemasAplicativos gerais
Executa tarefas de 
processamento de 
informações para 
os usuários finais
Gerencia e apóia 
operações de sistemas e 
redes de computadores
• Conjunto de software
• Navegação de rede
• Correio eletrônico
• Processamento de texto
• Planilhas eletrônicas
• Gerenciamento de 
banco de dados
• Geradores de 
apresentações
• Gerenciadores de 
informações pessoais
• Editoração eletrônica
• Pacotes integrados
• Groupware
• Contabilidade empresarial
• Gerenciamento de vendas
• Processamento de 
informações
• Comércio eletrônico
• Ciência
• Engenharia
• Educação
• Entretenimento, etc.
• Sistemas operacionais
• Programas de 
gerenciamento de redes
• Gerenciamento de 
bancos de dados
• Utilitários para sistemas
• Monitores de 
desempenho
• Monitores de segurança
• Tradutores de 
linguagem de 
programação
• Editores e ferramentas 
de programação
• Pacotes de engenharia 
de software assistida 
por computador (Case)
Figura 22 – Visão geral dos softwares
Os softwares podem ser divididos em algumas famílias, que se relacionam conforme a finalidade e 
utilização.
Os programas aplicativos gerais são ferramentas destinadas a uma variedade de atividades muito 
ampla, que podem atender tanto às necessidades do mundo corporativo quanto pessoais. Esses 
aplicativos foram tratados na unidade I como tipos de sistemas de informação.
Os programas de gerenciamento de sistema são aqueles destinados ao gerenciamento do hardware 
e do software. Esses sistemas são denominados também, na literatura, como sistemas operacionais e 
utilitários do sistema operacional das máquinas.
Existe, ainda, uma família denominada de sistemas de apoio ao processo de desenvolvimento. São 
softwares que automatizam diversas atividades desenvolvidas pelos analistas de sistemas, arquitetos, 
programadores, gerentes e testadores de sistemas aplicativos. Eles também são conhecidos como 
ferramentas Case (Computer Aided System Engineering).
6.7 Recursos de dados
Os dados e as informações constituem um dos principais ativos de uma empresa, sendo de vital 
importância para o correto planejamento, desenvolvimento e operação de atividades nos níveis 
operacionais, táticos e estratégicos.
84
Unidade III
À medida que as empresas investem em sistemas de informação, a importância dos bancos de dados 
vai crescendo, demandando o lançamento de novos produtos e soluções por parte dos fornecedores de 
software.
Devemos, portanto, compreender esse novo cenário, pois ele fornece subsídios para prospectar 
tecnologias, assim como efetuar o planejamento e a implementação de soluções que garantam a eficácia 
dos sistemas em uso pela empresa.
Segundo a definição de Laudon e Laudon (2004), um banco de dados:
é uma coleta de dados organizados para servir a muitas aplicações 
eficientemente pela centralização dos dados e pela minimização de dados 
redundantes [...]
[...] em vez de de armazenar os dados em arquivos separados para cada 
aplicação, os dados são armazenados fisicamente para aparecerem 
aos usuários como sendo armazenados em um único local (LAUDON e 
LAUDON, p. 158, 2004).
Outras definições:
Segundo Silva e Boregio (2008 p. 13‑19) “[...] é um conjunto de informações manipuláveis de mesma 
natureza, inseridas em um mesmo local, obedecendo a um padrão de armazenamento”.
Um sistema de armazenamento é uma organização lógica e física de dados, que permite que 
eles sejam lidos, editados, complementados ou excluídos com a utilização de sistemas manuais ou 
automáticos. Portanto, dados são a origem das informações e devem ser coletados e armazenados 
seguindo critérios preestabelecidos.
Para atender às novas aplicações ou sistemas para a tomada de decisão, os sistemas de informação 
gerenciais estão evoluindo no acesso aos armazéns de dados ou data warehouses:
• Data warehouse ou armazém de dados é uma forma ou tecnologia utilizada para armazenar 
informações relativas às atividades de uma organização em banco de dados, de forma 
consolidada, normalmente informações oriundas das bases de dados operacionais da 
empresa.
• A estrutura ou arquitetura da base de dados do DW favorece os relatórios, as consultas e a 
análise de grandes volumes de dados. Dessa forma, os executivos podem obter informações 
estratégicas que podem facilitar a tomada de decisão no momento certo e em um tempo 
significativamente curto.
• O DW possibilita a organização e a análise de grandes volumes de dados coletados dos sistemas 
transacionais, que geram as chamadas séries históricas que possibilitam uma análise de eventos 
85
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
passados (períodos predeterminados, oferecendo suporte às tomadas de decisões presentes e a 
previsão de eventos futuros.
• Por definição da tecnologia DW, os dados não são voláteis, ou seja, não mudam ao longo do tempo, 
já que são oriundos das bases operacionais com dados do passado, salvo quando é necessário fazer 
correções de dados previamente carregados. Os dados normalmente estão disponíveis somente 
para leitura e não podem ser alterados.
• Entre as tecnologias de acesso, a mais popular para exploração de um data warehouse é a Online 
Analytical Processing (OLAP) ou Processo Analítico em Tempo Real, mas existem outras tecnologias 
que podem ser usadas.
• Os data warehouse surgiram como conceito acadêmico na década de 1980, devido principalmente 
ao amadurecimento dos sistemas de informação empresariais. Com esse crescimento significativo 
de dados e com sua disponibilidade nos banco de dados, as necessidades de análise dos dados 
cresceram paralelamente, todavia os sistemas transacionais não conseguiam cumprir a tarefa de 
análise com a simples geração de relatórios.
• Com o passar do tempo e dentro desse contexto, a implementação do DW passou a se 
tornar realidade nas grandes corporações, e surgiu um mercado de ferramentas de DW. 
Esse mercado na atualidade é parte do mercado de Business Intelligence (BI), e melhores e 
mais sofistificadas ferramentas foram desenvolvidas para apoiar a estrutura do DW e sua 
plena utilização.
• Na atualidade, devido à sua capacidade de sumarizar e analisar grandes volumes de dados, o DW 
é o núcleo dos sistemas de informações gerenciais e sistemas de apoio à decisão, além de uma das 
principais soluções de Business Intelligence do mercado.
Um case clássico de uso de DW com BI é o que aconteceu com o supermercado Walmart, nos 
EUA, no passado. Por meio da análise do perfil dos consumidores casados e jovens americanos que, 
nas sextas‑feiras à tarde, após o expediente, quando se dirigiam às suas residências e passavam nos 
supermercados para levar fraldas para os seus filhos recém‑nascidos, os executivos puderam colocar 
uma série de produtos voltados a esses consumidores junto às gôndolas de fraldas para bebês e, com 
isso, elevaram significativamente a venda de bebidas e aperitivos.
6.8 Recursos de redes
Atualmente, as empresas estão utilizando cada vez mais a rede como meio de transporte 
de informações. A web, a intranet e a extranet estão conectando funcionários e processos 
corporativos a clientes, a fornecedores e ao mundo. As organizações e seus grupos de usuários 
podem interagir e trabalhar em conjunto com mais criatividade e gerenciar suas operações 
corporativas com mais eficácia, tornando a organização competitiva na atual economia global, 
que está em constante evolução.
86
Unidade III
A tabela 1 mostra uma gama de serviços de telecomunicações atualmente disponíveis para as 
organizações com suporte da tecnologia da informação.
Tabela 1 – Gama de serviços
Gama completa de serviços
Entretenimento
• Transmissão de TV
• TV de alta definição
• Pay‑per‑view avançado
• Vídeo sob demanda
• Videojogos interativos
• Videoshopping
Transações de 
informação
• Ensino a distância
• Serviços multimídia
• Rede de imagens
• Serviços de transações
• Acesso à internet
• Teletrabalho
Comunicações
• Videoconferência
• Videofone
• Acesso sem fio
• Sistemas celular/PCS
• Sistemas de telefonia tradicional
Adaptado de: O’Brien, 2005, e Marakas,1999.
As redes podem ser divididas quanto a sua abrangência; à medida que elas vão aumentando, sua 
estrutura torna‑se mais complexa e se faz necessária a utilização de recursos mais potentes e rápidos 
para garantir a estabilidade do ambiente operacional.
A seguir, são apresentados diversos tipos de redes disponibilizadas para se utilizar em diversos tipos 
de aplicativos ou sistemas de informações.
6.8.1 Local Area Network (LAN) – redes locais
As LANs são pequenas redes de comunicação, a maioria de uso privado, que servem para interligar 
pequenas distâncias.
Por serem pequenas e de fácil operação, conhece‑se seu tempo de transmissão com precisão, e a 
detecção de falhas pode ser feita com antecedência.
Também o gerenciamento da rede é simplificado. A figura 23 mostra uma visão de uma rede LAN.
87
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Server
IBM compatible
Laptop computer
Laser printer
Telephone Workstation
Ethernet
Figura 23 – Exemplo de rede LAN
6.8.2 Wide Area Network (WAN) – Redes geograficamente distribuídas
As redes WAN são formadas por grandes áreas geográficas que podem abranger países e continentes. 
Suas arquiteturas compõem‑se por um conjunto de hosts, conectados por sub‑redes. Esses hosts são 
equipamentos como routers e bridges, e a sub‑rede é formada por operadoras telefônicas e provedoras 
de internet, como mostra a figura 24.
Server
Telephone Workstation
Ethernet
IBM compatible Laptop computer
Laser printer
Brasil
Server
Telephone Workstation
Ethernet
IBM compatible Laptop computer
Laser printer
Japão
Server
Telephone Workstation
Ethernet
IBM compatible Laptop computer
Laser printer
EUA
Figura 24 – Rede WAN
88
Unidade III
Um tipo especial de rede WAN é a rede MAN (Metropolitan Area Network) ou redes metropolitanas, 
que são praticamente uma versão menor das WAN. Elas utilizam tecnologia semelhante à WAN e podem 
abranger uma cidade inteira.
6.9 Computação em nuvem
Computação em nuvem (cloud computing) é uma tecnologia que propõe o uso da memória, das 
capacidades de armazenamento e da CPU de computadores através de servidores compartilhados e 
interligados por meio da internet.
O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do 
mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenamento 
de dados.
O acesso aos sistemas de informação, programas, serviços e arquivos é remoto, por meio da Internet 
– daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas 
(SISNEMA, 2009).
O instituto Gartner prevê que o cloud computing será uma das três mais importantes tendências 
emergentes nos próximos anos. A previsão da pesquisa se comprova pelas facilidades e vantagens que 
a tecnologia agrega.
Alguns serviços já exemplificam esse modelo, como, por exemplo, as ferramentas de e‑mail. No 
formato habitual, as mensagens são armazenadas no software de correio eletrônico, na memória do 
computador. Com os e‑mails baseados na web, em um servidor alheio, é possível acessar a partir de 
qualquer ponto.
De um sistema operacional disponível na internet, a partir de qualquer computador e em qualquer 
lugar, pode‑se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de 
plataforma.
O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na internet.
O PC torna‑se apenas um chip ligado à internet – a “grande nuvem” de computadores –, sendo 
necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor).
A figura 25 mostra um desenho esquemático de uma computação em nuvem.
89
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Google
Zoho
Yahoo
Rackspace
Amazon
A nuvem
Força de 
vendas Microsoft
Figura 25 – Cloud computing
 Lembrete
Empresas como Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar 
uma grande ofensiva nessa “nuvem de informação” (information cloud), 
que especialistas consideram uma nova fronteira da era digital.
Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar 
nas empresas e, em breve, em computadores domésticos, e vai trazer, provavelmente, grande 
impacto na área de TI, principalmente na arquitetura e na organização dos sistemas de informação 
do futuro.
6.10 Arquitetura Orientada a Serviços – SOA
Dentro dos conceitos de redes de comunicação, a arquitetura SOA é um conjunto de princípios 
flexíveis de design utilizado durante as fases de desenvolvimento de sistemas de informação e integração 
na computação.
Um sistema baseado em SOA é um pacote de funcionalidades, como um conjunto de serviços 
interoperáveis que podem ser usados dentro de vários sistemas distintos de diversos domínios de negócios.
A arquitetura SOA fornece uma maneira para os consumidores de serviços estarem cientes dos 
serviços disponíveis baseados em SOA. Por exemplo, pode‑se ter vários departamentos dentro de uma 
empresa que podem desenvolver e implantar serviços SOA em linguagens de implementação diferentes, 
com uma interface bem definida.
90
Unidade III
A linguagem XML (Extensible Markup Language) é comumente usada para a interface com serviços 
SOA, embora não seja uma exigência.
Em vez de definir uma API, SOA define a interface em termos de protocolo e funcionalidade.
A arquitetura SOA apresenta as seguintes definições:
• Binding (ligação) – a relação entre os serviços do provedor e do consumidor deve ser idealmente 
dinâmica; ela é estabelecida em tempo de execução por meio de um mecanismo de binding.
• Descoberta – SOA baseia‑se na capacidade de identificar serviços e suas características. 
Consequentemente, essa arquitetura depende de um diretório que descreva os serviços disponíveis 
dentro de um domínio.
• Consumidor – é quem consome ou pede o resultado de um serviço fornecido por um provedor.
• Orquestração – processo de sequenciar serviços e prover uma lógica adicional para processar 
dados. Não inclui uma representação de dados.
• Provedor – o recurso que executa o serviço em resposta a uma requisição de um consumidor.
• Serviço – é uma função independente, sem estado (stateless), que aceita uma ou mais requisições 
e devolve uma ou mais respostas por meio de uma interface padronizada e bem definida.
Serviços podem também realizar partes discretas de um processo, tal como editar ou processar uma 
transação, e não devem depender do estado de outras funções ou processos.
A tecnologia utilizada para prover o serviço, tal como uma linguagem de programação, não pode 
fazer parte da definição do serviço.
• Stateless (sem estado) – não depende de nenhuma condição preexistente. Os serviços não devem 
depender de condições de outros serviços.
Eles recebem todas as informações necessárias para prover uma resposta consistente. O objetivo 
de buscar a característica de stateless dos serviços é possibilitar que o consumidor possa 
sequenciá‑los, ou seja, orquestrá‑los em vários fluxos (algumas vezes chamados de pipelines) 
para executar a lógica de uma aplicação.
De acordo com Fernandes (2008), são muitos os fatores que, hoje em dia, motivam as empresas 
a rever seus atuais modelos de gestão de TI. Gestão significa atuação de pessoas no processo de 
desenvolvimento e na manutenção de sistemas de informação. Entre os fatores, o autor cita:
[...] a complexidade cada vez maior da tecnologia, a crescente dependência 
de TI evidenciada pelo negócio, a integração dos sistemas e das soluções, 
91
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
as necessidades heterogêneas dos negócios, a pressão por redução de 
custos e por maior flexibilidade e agilidade, a responsabilidade legal, a 
exigência de transparência pelos acionistas e pelo mercado, a mudança do 
perfil da concorrência e o aumento das ameaças e vulnerabilidades em TI 
(FERNANDES, 2008, p. 163).
Esse cenário reflete no CIO, que deve gerir a TI a partir de uma perspectiva mais generalista, 
visando à excelência dos serviços para sua empresa. O sucesso dessa opção tem como requisito 
um maior conhecimento do negócio,a fim de que se possa mensurar com clareza o valor que 
a tecnologia da informação pode gerar para a empresa, considerando o retorno e as vantagens 
competitivas.
 Resumo
Esta unidade foi organizada para apresentar os recursos da TI em uma 
ordem que vai dos recursos humanos aos recursos de hardware, de software, 
de dados e se encerra com a apresentação dos recursos de rede.
Com relação aos recursos humanos, a área de TI precisa definir sua 
estrutura organizacional, as pessoas e os perfis envolvidos com suas tarefas, 
e definir claramente as responsabilidades dentro das funções que são 
exercidas pelas pessoas. É importante também que existam procedimentos 
padronizados e disponíveis para que todos possam executar suas tarefas de 
forma eficiente e eficaz.
Como a TI é responsável pelo projeto, desenvolvimento e manutenção 
dos sistemas e informação da empresa, possui diversos profissionais 
envolvidos em seus processos de software. Dessa forma, são discutidos os 
conceitos e os principais tipos de processos de softwares utilizados pela área 
de desenvolvimento de software. Também são apresentadas e discutidas as 
fases em que um projeto de software é submetido e os principais objetivos 
de cada uma.
Dentro dos recursos de hardware são apresentados os princípios 
da estrutura de um computador envolvendo a CPU, as memórias e o 
armazenamento de informações, encerrando com os dispositivos de 
entrada e saída. Dentro do armazenamento, é importante o fato de que 
na atualidade os sistemas, devido ao grande volume de dados e das 
necessidades de análises para tomada de decisão, mostram o surgimento 
dos DWs e dos sistemas BIs.
A unidade é encerrada com a apresentação dos principais tipos de redes 
de computadores e noções da arquitetura SOA.
92
Unidade III
 Exercícios
Questão 1. Com as empresas cada vez mais dependentes do uso da tecnologia da informação 
(TI) e atuando em mercados globalizados e competitivos, as decisões sobre a utilização de recursos 
e investimentos em TI, bem como os resultados de sua implementação, vêm se tornando fatores 
decisivos para alcançar os objetivos organizacionais. É nesse cenário que se faz necessário que os 
gestores das áreas de negócios estejam altamente envolvidos nas iniciativas e projetos de TI da 
empresa. Isso requer maior conhecimento compartilhado entre os gestores de negócio e de TI sobre 
como utilizar os recursos de TI, de forma mais eficiente para os processos de negócio, e alcançar um 
forte alinhamento operacional entre essas áreas, visando a uma melhor performance dos processos 
e vantagem competitiva perante os concorrentes. Considerando os conceitos apresentados sobre 
os recursos dos sistemas de informação nesta unidade, examine as afirmações a seguir e indique a 
alternativa incorreta:
A) No início do uso corporativo da TI, a responsabilidade principal em adquirir, implementar e manter 
os investimentos de TI pertencia aos especialistas da área de Sistemas de Informação (SI).
B) Conforme o impacto da TI nos objetivos estratégicos das empresas foi ficando cada vez mais 
evidente, começou‑se a discutir que as decisões e gerenciamento da TI fossem uma empreitada 
compartilhada entre os profissionais de TI e os gestores de negócios.
C) Alguns autores argumentam que as estruturas organizacionais que estimulam e encorajam 
as áreas de negócios e de TI a compartilharem a responsabilidade sobre o gerenciamento dos 
recursos de TI as direcionam fatalmente para uma menor eficiência operacional dos sistemas 
informatizados.
D) Para o sucesso do planejamento e implementação da TI, é essencial que os gestores de negócios, 
junto com os gestores de TI, passem a liderar ativamente essas atividades.
E) Os pesquisadores consideram conceitos similares utilizando as seguintes terminologias: gestão do 
conhecimento de TI, conhecimento compartilhado da TI, visão compartilhada da TI, gerenciamento 
participativo da TI e alinhamento da TI aos negócios.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas:
O sucesso ou fracasso de uma organização no uso de TI depende apenas parcialmente da efetividade 
da área de TI da empresa, sendo muito mais dependente da capacidade dos gestores de negócios, em 
todos os níveis, de compreenderem as capacidades de seus recursos de TI e como usá‑los efetivamente.
A) Afirmativa correta.
93
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Justificativa: a área de TI, no passado, era vista como uma área de apoio às organizações, e os 
profissionais da área eram extremamente especializados em computação e, dessa forma, todas as 
necessidades e decisões que afetavam a área eram de responsabilidade dos profissionais de TI.
B) Afirmativa correta.
Justificativa: de acordo com Fernandes (2008) são muitos os fatores que na atualidade motivam as 
empresas a reverem seus modelos de gestão de TI, e a gestão de TI está diretamente conectada com a 
gestão empresarial.
C) Afirmativa incorreta.
Justificativa: alguns autores argumentam que as estruturas organizacionais, que estimulam e encorajam 
as áreas de negócios e de TI a compartilharem a responsabilidade sobre o gerenciamento dos recursos de TI, 
as direcionam fatalmente para uma menor eficiência operacional dos sistemas informatizados.
Oservação: o correto é a área de TI trabalhar de acordo com as outras áreas da organização, 
procurando uma sinergia na busca das melhores soluções de tecnologia aderentes ao negócio.
D) Afirmativa correta.
Justificativa: os frameworks de governança de TI direcionam o planejamento da TI para o planejamento 
estratégico da organização. Isso significa um retrabalho intenso dos gestores de TI junto aos gestores 
das outras áreas da organização, o que leva a uma gestão participativa dos gestores de negócio na 
gestão da TI.
E) Afirmativa correta.
Justificativa: todos esses conceitos levam ao fato de que a TI não pode ser um organismo independente 
na organização. Ela precisa estar alinhada com as outras áreas de negócio em todas as instâncias do uso 
da tecnologia da informação.
Questão 2. Os recursos tecnológicos em geral se referem a um conjunto de tecnologias de hardware 
e software que são amplamente difundidos nas empresas. No contexto dos processos de retaguarda, 
pode‑se incluir a digitalização de documentos, gerenciamento eletrônico de documentos, redes com 
acesso remoto de colaboradores e clientes, interface via web com os clientes, sistemas de CRM (Customer 
Relationship Management), correio eletrônico, sistemas de call center, sistemas de logísticas, ERPs, 
entre outros. Essas tecnologias estão amplamente disponíveis no mercado e não são específicas para 
nenhuma empresa. Podem até ser valiosas de forma absoluta quando comparadas com os processos 
com e sem esses recursos. Porém, como a maioria das empresas tem acesso a mesmas tecnologias, 
em geral esses recursos não explicam a variação no desempenho dos processos entre as empresas.
Considerando os conceitos apresentados sobre os recursos dos sistemas de informações nesta unidade, 
examine as afirmações a seguir e indique a alternativa incorreta:
94
Unidade III
A) O nível de gastos em TI é um importante recurso para os processos das áreas que processam 
informações para os clientes, no caso a área de retaguarda.
B) Autores e consultores sugerem que falhar nos investimentos em recursos e capacidades de TI, 
sejam internos ou externos, pode deixar a empresa em desvantagem para competir com seus 
concorrentes.
C) Por esse motivo, as empresas com elevada utilização de sistemas informatizados possuem gastos 
em TI significativos para manter o nível de serviço prestado em relação às demais empresas.
D) Os ativos de TI (equipamentos, tecnologias e sistemas) estão disponíveis para todas as empresas, 
essas tenderão a um investimento ótimo em TI e nenhuma irá obter vantagem competitiva de 
seus gastos por si só.
E) Uma mudança completa na infraestrutura de TI, na atual realidade, não é muito cara e com as 
novas tecnologias não demanda bastante tempo para ser concluída.
Resolução desta questãona plataforma.

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