Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
65 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Unidade III 5 RECURSOS DE PESSOAS EM UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO 5.1 Introdução Uma das tarefas críticas de qualquer sistema de informação é a disponibilização da informação correta às pessoas certas, no momento certo. Cada tomador de decisão dentro de uma organização necessita apenas de uma pequena porção de informação para apoiá‑lo nesse processo. O propósito da atividade de disseminação de informações é determinar as necessidades de informação e disponibilizá‑las com oportunidade. Cada vez mais, essa atividade envolve a disponibilização da informação em diferentes formatos e meios tecnológicos, que indicam quase sempre a necessidade de uma arquitetura complexa. Dentro desse cenário e para apoiar o profissional de TI, existe um processo de desenvolvimento que se inicia na modelagem de negócios, em que os tomadores de decisão são ouvidos ou podem fazer parte do processo de modelagem, e termina na apresentação das informações por meio de uma variedade de sistemas de informação, já apresentados na unidade II. Para desenvolver soluções eficazes, torna‑se necessário combinar a informação proveniente de diversas fontes, transformando‑a em uma forma útil e clara para apoiar o processo de decisão. Frequentemente, essa transformação final e a apresentação da informação são inseparáveis, porque a forma final deve ser personalizada para atender um cliente específico ou uma área de negócio específica de uma organização. A área de Tecnologia da Informação (TI) é normalmente responsável pelos sistemas de informação de uma organização. Todavia, para entender e participar de projetos que envolvam aplicações de TI aos negócios, não é necessário conhecimento profundo de processamento eletrônico de dados por parte dos usuários ou analistas de negócio. Observação Cabe ao profissional de TI fazer a tradução de conhecimentos de negócio em soluções computarizadas. 66 Unidade III Dentro desse cenário, a TI pode ser conceituada como fornecedora de recursos tecnológicos e computacionais para recepcionar, guardar os dados e gerar informação para todos os níveis da organização. Para que essa área consiga atender à demanda de uma organização, ela precisa ser estruturada em níveis diferentes. Diversos recursos são envolvidos nessa tarefa: • de pessoas; • de hardware; • de software; • de dados; e • de rede. Esta unidade tem por objetivo descrever esses recursos de forma mais abrangente e detalhada. 5.2 Recursos de pessoas A área de TI, responsável pelos sistemas de informação, precisa ter uma estrutura organizacional bem definida, com as pessoas e responsabilidades claramente estabelecidas, procedimentos documentados e divulgados. Essa estrutura depende ainda de uma política de pessoal adequada, quanto à seleção, segregação de funções e avaliação de desempenho. E é necessária para que se gerenciem racionalmente os recursos computacionais da organização, de modo a suprir as necessidades corporativas de informação de forma eficiente e econômica. Um departamento de TI tipicamente apresenta as seguintes áreas (adaptado de Beal, 2011): • administração; • desenvolvimento e suporte de aplicação; • operação; • suporte de produção; e • suporte de software básico. 67 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 5.3 Administração A administração do departamento de TI não é mais vista como uma subfunção dos departamentos de recursos humanos ou de administração, mas sim como uma divisão corporativa separada, com seu próprio diretor executivo ou CIO (Chief Information Officer). Tanto o CIO como todos os envolvidos com o departamento ou área de TI têm como missão assegurar a permanência e os lucros de uma organização. Com a sofisticação dos mercados, tornou‑se necessário aperfeiçoar as áreas de informação das empresas, agregando estratégias para obter sucesso. A mensagem estratégica que uma economia fundamentada na informação transmite é tão visível que a informação passou a ser a base para a competição, capaz de acionar as alternativas tecnológicas para seu gerenciamento (MCGEE e PRUSAK, 1994). Lembrete Acredita‑se que nenhuma empresa pode escapar aos efeitos da revolução causada pela informação. Os gestores, cada vez mais, gastam recursos com a tecnologia da informação e se envolvem na sua gestão Sob essa perspectiva, a gestão da informação deve incluir, em dimensões estratégicas e operacionais, mecanismos para obter e utilizar recursos humanos, tecnológicos, financeiros, materiais e físicos para o gerenciamento da própria informação, que então deve ser disponibilizada como insumo útil e estratégico para indivíduos, grupos e organizações (MARCHIORI, 2002). Na busca da eficácia, e não somente da eficiência, por medir os resultados relativamente aos objetivos e às metas da organização, os gestores da TI devem sempre considerar: • A importância de um bom relacionamento entre os executivos de TI e os executivos das áreas de negócios. • A avaliação da TI a partir de critérios variados, abrangendo aspectos técnicos, organizacionais e estratégicos. Implementar práticas ou modelos de governaça de TI. • Gestão e avaliação dinâmicas da TI, com acompanhamento contínuo e flexível, a fim de que se possam promover mudanças e atualizações externas. Com relação ao monitoramento do desempenho e à ação gerencial, Fernandes (2008, p. 22), afirma: • O monitoramento do desempenho e a ação gerencial ocorrem quando o resultado atingido é comparado com os resultados esperados, a intervalos regulares. Esse monitoramento deve responder às seguintes peguntas: 68 Unidade III — Qual o nosso desempenho atual? — Há diferenças entre o realizado e o previsto? — O que está causando desvios? — Qual a tendência do desempenho? • Para atuar de forma eficaz, os tomadores de decisão da área de TI (CIOs) empregam vários tipos de informações para sua tomada de decisão: — informações de indicadores de desempenho que mostram o comportamento de objetos de medição, como processos e serviços ao longo do tempo, em função de tomadas de decisão realizadas no passado; — informações de controle que dizem respeito a transações realizadas e têm perspectiva de curto prazo, como a posição orçamentária de um projeto no momento em que se pede; — informações de conhecimento que são aquelas referentes ao conjunto de experiências passadas do tomador de decisão, relativamente às decisões atuais que deve tomar, assim como o conjunto de ativos de conhecimento explícito e documentado que pode ser usado para embasar uma decisão. • Geralmente o processo de tomada de decisão leva em consideração esses tipos de informações para escolher uma alternativa entre várias, o que gera uma ou mais ações que vão impactar o dia a dia das pessoas. • A gestão da TI não pode se furtar de trabalhar com informações, fatos e dados que auxiliem o CIO e seus executivos. Saiba mais Vale a pena ler Implantando a governança de TI, um best‑seller escrito em 2008 por Aguinaldo Aragon Fernandes e Vladimir Ferraz de Abreu, que faz uma análise de mais de 25 modelos de melhores práticas em TI, incluindo ITIL V3, Val IT, Cobit 4.1 e os modelos PMI. 5.4 Desenvolvimento e suporte de aplicação A área de TI é responsável pelo projeto, desenvolvimento e manutenção dos softwares aplicativos, e pode englobar muitas equipes de desenvolvimento, formadas por analistas de sistemas, arquitetos, programadores, gerentes de projetos, DBAs, analistas de testes, analistas de qualidade, design gráficos etc. 69 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Tanto para o desenvolvimento como para a manutenção de sistemas de informação, torna‑se necessário o uso de processos que padronizem a forma de se desenvolverem aplicativos ou softwares. As pessoas envolvidas com esse processo precisam estar familiarizadas e treinadas nas atividades, técnicas e ferramentas adotadas pela organização. No entanto, o que é um processo de software? • Um processo de software pode ser considerado como um conjunto de atividades ordenadas, com a finalidade de obterum produto de software ou simplesmente um sistema de informação. • Quem estuda e organiza esse processo é a engenharia de software, que é um guia e um dos principais mecanismos para se obter software de qualidade que possa cumprir corretamente os contratos de desenvolvimento e atender às necessidades dos clientes. Todo processo ou metodologia de desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação tem como objetivo estabelecer que um projeto de software deve dar lucro e que a receita obtida com o seu desenvolvimento é suficiente para cobrir os custos envolvidos. Um dos primeiros processos de software que surgiu nos meados de 1970 foi o modelo cascata, que propõe uma sequência a ser seguida para se desenvolver um sistema: estabelecimento dos requisitos (necessidades dos clientes ou usuários); análise e especificação das funcionalidades do sistema a partir dos requisitos; modelagem e arquitetura da solução, levando em consideração a tecnologia adotada; implementação dos códigos e os testes (inicialmente os testes unitários e então os testes de sistema); implantação do sistema em produção; e, para cobrir o ciclo de vida do sistema, são executadas as manutenções. Nesse modelo em cascata, os passos são sequenciais e consecutivos, sendo que, depois que cada passo é terminado, o processo segue para o próximo passo, dificultando sobremaneira o retorno para passos anteriores caso ocorra um erro ou erros sejam passados de passos anteriores. Na atualidade, nos modelos ou metodologias modernas, os processos são iterativos e prescrevem a construção de uma porção pequena do software, mais abrangente, para ajudar a todos os envolvidos a descobrir cedo os problemas ou evitar que erros possam levar ao desastre. Esse tipo de processo (iterativo) é fundamental quando, em um determinado projeto, o cliente ou usuário não sabe exatamente o que quer, ou quando não se conhece bem todos os aspectos da solução que será implementada. As intervenções constantes da equipe e a entregua rápida das pequenas partes permitem que se tomem providências antes que o sistema esteja completamente desenvolvido e se minimize os altos custos dos retrabalhos. Na atualidade, as equipes de implementação vêm trabalhando com os denominados métodos ágeis, que aplicam os fundamentos do desenvolvimento iterativo. Os métodos ágeis usam o feedback mais que o planejamento, como sendo seus mecanismos de controle primário. Os testes são praticamente realizados todos os dias durante o desenvovimento, para a detecção prematura de possíveis erros de desenvolvimento ou das regras de negócio. 70 Unidade III Independente do processo adotado, para se desenvolver sistemas de informação, algumas atividades são fundamentais, como: • Análise de requisitos de software A primeira tarefa de um analista de sistemas ou analista de negócio em um novo projeto é a especificação dos requisitos dos clientes ou usuários. A forma de especificação dos requisitos pode ser de diversas formas: lista das necessidades, detalhamento das regras de negócios, riscos e restrições do sistema, protótipos aprovados pelos clientes, modelagem utilizando linguagens de modelos padronizadas etc. Os profissionais de sistemas de informação além de dominar a tecnologia da informação devem também ter um conhecimento bem acentuado na área de negócio na qual está definindo um sistema. Para isso, é requerida, por parte dos profissionais de TI, habilidade e experiência em engenharia de software para reconhecer a ausência, ambiguidade ou contradição nos requisitos. • Especificação ou análise do sistema A especificação é a tarefa de descrever precisamente o sistema de informação que será escrito, preferencialmente de forma padronizada e rigorosa. Isso se torna mais fundamental para sistemas de informação de missão crítica, principalmente quando envolve questões relacionadas com a vida das pessoas ou transações financeiras. Os profissionais envolvidos com essas atividades são os analistas de negócio, analistas de sistemas, analistas de qualidade e gerentes de projetos. • Arquitetura de software ou design de software Como um sistema de informação é um objeto abstrato e não palpável, a arquitetura de um sistema de informação exige uma representação abstrata daquele sistema, isto é, torna‑se necessário o uso de modelos que representam uma determinada realidade do negócio. O design ou arquitetura de um sistema deve garantir que o sistema de informação ou o software irá ao encontro dos requisitos do produto, tanto requisitos de funcionalidades de negócio como requisitos de tecnologia, e assegurar que futuros requisitos possam ser inseridos ou alterados. Também é durante a etapa de design ou arquitetura que são definidas as interfaces entre os usuários e os sistemas, entre a comunicação de sistemas, como também são considerados os sistemas operacionais e os hardwares envolvidos. Essa fase do processo complementa o modelo iniciado no processo de análise de sistemas ou na fase de especificação, com os modelos de solução ou arquitetura necessários para a implementação do software. 71 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A arquitetura tem se tornado uma das etapas mais importantes no processo de desenvolvimento de software ou sistemas de informação. Profissionais que atuam nessa atividade normalmente precisam de cursos específicos e certificações nas tecnologias envolvidas, tais como Tecnologia Java,.Net da Microsoft, frameworks de desenvolvimento, ferramentas de automação, SGBDs, e assim por diante. Diversos profissionais se dedicam a essas atividades de arquitetura em uma área de TI, como exemplo: — Arquiteto ou design de sistemas (System Architect), que estabelece a estrutura geral de cada visão de arquitetura: decompor a visão, o agrupamento dos elementos e as interfaces entre os agrupamentos dos sistemas (soluções de implementação em uma determinada tecnologia). Identifica e define os testes de tecnologia envolvidos com o projeto (arquitetura, perfomance, segurança etc.). — Web designer, que dá soluções de apresentações de páginas ou telas de um aplicativo. É o responsável pela identidade visual das aplicações da organização. — Administrador de configuração ou gestor de configuração é quem planeja e disponibiliza o ambiente e a infraestrutura geral de gerenciamento de configuração (versionamento dos produtos de desenvolvimento e software de configuração). — DBA ou Analista de banco de dados é responsável por definir tabelas, índices, visões, restrições, triguers, procedimentos armazenados, parâmetros de armazenamento ou construções específicas de um banco de dados. • Construção, implementação ou codificação A transformação de um projeto para um código é a parte mais evidente do trabalho da engenharia de software, mas não necessariamente sua maior porção. A fase de construção implementa ou melhora os softwares da organização a partir dos modelos de design (arquitetura) aprovados. O resultado da fase são os programas ou transações do sistema com os testes de unidades já aplicados. O principal profissional dessa atividade é o programador de computador, que tem como responsabilidade construir e testar as unidades de códigos de sistemas em uma linguagem de computador. • Teste Teste de partes do sistema de informação, especialmente onde tenha sido codificado por dois ou mais engenheiros de software trabalhando juntos, é um papel fundamental da engenharia de software. 72 Unidade III Nessa fase ou atividade do processo é que são efetuados os testes de homologação do sistema (certificação da qualidade do software). Como resultado, tem‑se o sistema testado e com o certificado de qualidade. Dois papéis principais se apresentam nessa fase: — Gerente de teste, que planeja e gerencia os recursos humanos e tecnológicos (hardware e software) para garantir a qualidade do produto por meio dos testes, e o — Analista de teste ou testador de software, que executa os testes necessários definidos no plano de testes e registra os resultadoscom suas evidências. • Implantação Fase do processo em que são realizados os treinamentos dos usuários finais, a implantação da infraestrutura necessária ao sistema, os ajustes necessários e a obtenção da certificação do cliente. Os profissionais envolvidos nessa atividade são os analistas de negócio, analistas de sistemas, programadores e gerentes de projeto. • Documentação Uma das tarefas fundamentais, mas nem sempre executadas refere‑se à documentação de todas soluções do projeto interno do software, principalmente porque terá no futuro que conviver com manutenções e aprimoramentos, que nem sempre serão executadas pelos mesmos profissionais que fizeram o desenvolvimento. Entre as documentações mais importantes destacam‑se as interfaces externas (telas, relatórios, páginas etc.) e as modelagens envolvidas nas atividades de especificação e arquitetura. Os profissionais envolvidos com a documentação são os analistas de negócio, analistas de sistemas, arquitetos e programadores. • Suporte e treinamento de software Durante a implantação de um novo projeto de software é fundamental o treinamento dos clientes ou usuários finais, e isso tem ocasionado uma grande porcentagem de falhas nos projetos de sistemas de informação. Isso vem do fato de que os desenvolvedores não percebem que não importa quanto tempo a equipe de desenvolvimento gaste na criação do software se no final ninguém da organização consiga usá‑lo. Dessa forma, torna‑se muito importante que os usuários sejam plenamente preparados para usar o sistema em sua plenitude e que esse possa ser um apoio efetivo com relação a sua qualidade. 73 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Para isso, a área de TI necessita de profissionais preparados para efetuar os treinamentos no uso de seus aplicativos e que falem mais a linguagem do usuário do que linguagens técnicas. Durante os treinamentos, os profissionais de sistemas devem considerar importante a preparação tanto dos mais entusiasmados quanto dos menos interessados, alternando o treinamento entre usuários neutros e usuários favoráveis ao sistema. Observação Usuários normalmente apresentam muitas questões e problemas de software que devem ser respondidos o mais corretamente possível. • Manutenção A manutenção e a melhoria de sistemas de informação lidam com a descoberta de novos problemas e novas funcionalidades, bem como com a correção de defeitos encontrados. Ao longo do tempo, percebe‑se que, dependendo da forma como foi feito o o desenvolvimento do sistema, a manutenção pode tomar mais tempo que o gasto no desenvolvimento inicial do sistema de informação. Isso se deve ao fato de que os sistemas apresentam problemas de qualidade quando de sua entrega e, com isso, elevam significativamente os custos da equipe de desenvolvimento da empresa. Durante uma manutenção, além de ser necessário adicionar novos códigos que atendam a novos requisitos de negócio e que esses códigos se encaixem com o projeto original, torna‑se necessário determinar como o software irá funcionar em algum ponto que foi alterado depois da manutenção estar feita. Esse fato pode exigir um esforço significativo por parte de um engenheiro de software. De acordo com estudos efetuados no decorrer dos últimos trinta anos, cerca de dois terços de todos os profissionais envolvidos com desenvolvimento são também envolvidos com a manutenção, mas essas estatísticas podem estar enganosas e, dependendo da empresa, esse valor ainda poderá ser maior. Felizmente, a maioria das manutenções é para ampliar os sistemas para novas funcionalidades, e não para a correção de erros ou defeitos. Essas manutenções evolutivas podem ser consideradas um novo trabalho ou um novo projeto. Os estudos mostram que isso não é privilégio da área de TI e que, de forma análoga, cerca de dois terços de todos os engenheiros civis, arquitetos e construtores trabalham com manutenção de uma forma similar. Uma forma analisada e estudada para diminuir esse impacto da manutenção é a implantação das atividades de qualidade de software, principalmente com modelos de qualidade reconhecidos no mercado nacional e internacional. O preparo dos profissionais de TI em qualidade é fundamental nesse processo de melhoria. 74 Unidade III 5.5 Operação Área da TI responsável pela organização e operação rotineira do hardware do computador e dos sistemas operacionais. Algumas organizações a denominam como sendo a área de infraestrutura. E seus profissionais prestam serviços para as equipes de desenvolvimento de aplicativos e para os usuários de sistemas em operação. 5.6 Suporte de produção Área da TI que faz a interligação entre o usuário, a área de operações e a área de comunicações (rede). Pode estar contida na área de infraestrutura da empresa. Um dos papéis fundamentais nessa área é o do suporte operacional, prestado por analistas de produção ou analistas de suporte, que planejam e implantam produtos ou versões de produtos para a comunidade de usuários e atendem as necessidades de uso dos produtos em produção. As grandes empresas têm implantado o conceito de service‑desk e help‑desk para fazer esse papel nas organizações, o que permite um atendimento mais moderno e baseado em modelos de governaça de TI. Os profissionais de TI que trabalham nessa área têm, como atividades principais, executar: • planejamento de produção dos sistemas de informação, baseado em estatísticas de uso dos softwares e nas necessidades dos sistemas produtivos da organização; • programação de produção dos sistemas de informação de acordo com o planejamento da produção; • acompanhamento de produção dos sistemas de informação, com relação a seus funcionamentos, problemas, uso dos recursos computacionais e produtividade de cada um deles. 5.7 Suporte de software básico Área responsável pela instalação e manutenção dos softwares básicos ou sistemas operacionais (SGBDs, OS, utilitários etc.) que são instalados nas máquinas da empresa. Além de darem apoio às outras áreas técnicas da área de TI, são responsáveis e encarregados de providenciar que o hardware e o software de sistemas operem com desempenho ótimo. Os principais requisitos para um profissional de suporte são: • ser formado em Sistemas de Informação, Engenharia da Computação, Engenharia de Sistemas ou Ciência da Computação; • ter boa comunicação escrita e verbal e com fluência em inglês; 75 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • conhecimentos profundos dos ambientes dos sistemas operacionais das máquinas da organização, bem como da plataforma web (plataforma Windows, Unix, .NET, C#, ASP.NET, ASP, J2EE, PHP etc.); • conhecimento de tecnologias web (Webserver IIS, HTTP, HTML, XML, CSS, JavaScript/JQuery, JSON); • conhecimento em banco de dados utilizados pela organização. 5.8 Área de Redes A área de redes ou de comunicação de dados oferece serviços para os usuários do sistema que estejam usando a rede de comunicação da empresa para comunicação remota. São responsáveis pelo desenvolvimento e pela manutenção da rede de comunicação da organização. Atualmente essa área também pode ser parte da área de infraestrutura da organização. Entre as atividades de um profissional de suporte de redes, temos: • levantamento do tráfego de redes, transações, tamanho e estrutura de banco de dados com objetivo de avaliação de software, aplicativos e componentes de rede; • análise de logs e eventos, performance, sistemas e segurança; • avaliação das instalações e criação de dispositivos, medidas e procedimentos de segurança de informação; • gestão de ambientes computacionais heterogêneos (Windows/Linux), controle de cotas de discos e contas de usuário, configuração e manutenção serviços de DNS; • dimensionamento e configuração de parque de servidores; • controle de acesso aos usuários no tocante ao controle e à manutenção das contas; • execução dos backups e restores, e treinamento a usuários. 5.9 A qualificação dos Recursos Humanos Para atender a essa estrutura organizacional, as empresas buscamprofissionais com ampla gama de habilidades técnicas para a realização de tarefas específicas. Oportunidades de emprego e remuneração estarão associadas à capacidade do indivíduo em ajudar as empresas a usar os sistemas de informação para a execução de seus objetivos e a extrair dele o máximo de benefícios dos seus recursos. O sucesso de muitas organizações que se apoiam intensamente no uso da Tecnologia de Informação está significativamente vinculado à qualidade de sua equipe de TI. 76 Unidade III Muitas empresas perceberam que contratar, treinar e reter talentos de TI é um grande desafio. A gerência das funções da área de TI envolve o gerenciamento de pessoal técnico, administrativo e gerencial. Os profissionais devem ser treinados continuamente, de forma que venham a estar preparados para implementar ferramentas que atendam aos desafios constantes do mercado. O desempenho precisa ser medido, e aqueles considerados excelentes devem ter uma diferenciação em sua remuneração. Além disso, os salários devem estar bem ajustados com o mercado, e o profissional deve ter a possibilidade de enfrentar novos desafios a cada momento. 6 RECURSOS DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 6.1 Recursos de hardware Todo computador possui uma gama de componentes internos destinados a gerenciar a entrada, o processamento, a saída, o armazenamento e o controle de dados. O hardware é uma placa de circuitos em que os dispositivos, como o processador, a memória e o disco rígido, são conectados. 6.2 Processadores (CPU) Com relação aos processadores, nos últimos anos, houve uma impressionante evolução nos sistemas de computação, e esses dispositivos tiveram um papel muito importante nesse contexto. O processador é o elemento responsável por executar o fluxo de informações em linguagem de máquina (baixo nível), e se destina a gerenciar os recursos do hardware e a interagir com os demais dispositivos simultaneamente com o objetivo de executar uma determinada tarefa solicitada. O processador, ou CPU (Central Processing Unit), ou Unidade de Processamento Central, fica acoplado à placa‑mãe de um computador. É composto por: • uma unidade aritmética e lógica (ULA) – é a unidade central do processador, que realmente executa as operações aritméticas e lógicas entre dois números; • uma unidade de controle (UC) – é a unidade que armazena a posição de memória que contém a instrução que o computador está executando nesse momento; • informa à ULA qual operação executar, buscando a informação (da memória) que a ULA precisa para executá‑la. Depois, transfere o resultado de volta para o local apropriado da memória. A seguir, a unidade de controle vai para a próxima instrução. • uma memória central (principal). 77 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A CPU é considerada a parte mais importante de um computador, pois é responsável pelo processamento de todos os tipos de dados e pela apresentação do resultado do processamento, é onde são interpretadas e executadas as instruções fornecidas pelos aplicativos (softwares), como o sistema operacional e o editor de textos, por exemplo. Desde a década de 1970, as CPUs vêm sendo feitas em um único circuito integrado, que recebeu o nome de microprocessador. Assim, atualmente, a CPU é implementada fisicamente no processador, que tem um único chip, constituído por milhões de transistores divididos em vários grupos de componentes, podendo‑se citar entre eles as unidades de execução (onde as instruções são realmente processadas) e os caches. Saiba mais Vale a pena conferir no endereço <http://www.cultura.ufpa.br/dicas/ mic/mic‑proc.htm> uma análise profunda dos tipos de processadores e CPUs com suas funções e os vários modelos de mercado e as empresas fabricantes. Uma tendência de padronização, em geral, começou na época de discretos minicomputadores e mainframes e acelerou rapidamente com a popularização dos circuitos integrados (CI). Os CI têm permitido processadores cada vez mais complexos para serem concebidos e fabricados em tamanhos da ordem de nanômetros. Tanto a miniaturização como a padronização dos processadores têm aumentado a presença desses dispositivos digitais na vida moderna, muito além da aplicação limitada dedicada a computadores. Os microprocessadores modernos aparecem em tudo, desde automóveis até celulares e brinquedos para crianças. Existem, no mercado, vários modelos de processadores, que apresentam preços e desempenho bem diferentes. Este tópico se destina a estabelecer os diferenciais básicos que determinam a performance de um processador, a parte teórica vai ajudar você a compreender a diferença entre os processadores que vamos examinar com detalhes mais adiante. Um processador é medido com relação a sua potência ou performance quanto a sua frequência de operação, que é medida em mega‑hertz (MHz) ou milhões de ciclos por segundo, frequência também chamada de clock. Ocorre que nem sempre um processador com uma velocidade de operação mais alta é mais rápido do que outro que opera a uma frequência um pouco mais baixa. A frequência de operação de um 78 Unidade III processador indica apenas quantos ciclos de processamentos são realizados por segundo, o que cada processador é capaz de fazer em cada ciclo já é algo mais complexo. A figura 21 mostra uma foto de um microprocessador fabricado pela Intel. Figura 21 – Circuito integrado de um Intel 8742 Por exemplo, suponhamos um processador Intel 486 de 100 MHz, ao lado de um processador Intel Pentium também de 100 MHz: • Apesar da frequência de operação ser a mesma, o processador Intel 486 perderia muito em desempenho. Na prática, o processador Intel Pentium seria pelo menos duas vezes mais rápido. • Isso acontece devido a diferenças na arquitetura dos processadores e também no coprocessador aritmético e cache. 6.3 Memória e armazenamento A memória é um dispositivo de acúmulo de informações, também conhecida como memória principal, memória real e memória física; é volátil, ou seja, apaga‑se com a interrupção do suprimento de energia. Em informática, memória são todos os dispositivos que permitem a um computador guardar dados, temporariamente ou permanentemente. Tem um acesso muito rápido e é onde os programas são carregados para execução. Seu limite de armazenamento está ligado diretamente ao limite de endereçamento do computador e ao limite econômico do dispositivo. 79 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Podemos distinguir os vários tipos de memória: • Memória principal Também chamada de memória real, é aquela que o processador pode endereçar diretamente, sem a qual o computador não pode funcionar. Fornece geralmente uma ponte para as secundárias, mas sua função principal é conter a informação necessária para o processador num determinado momento; essa informação pode ser, por exemplo, os programas em execução. Nessa categoria, insere‑se a memória RAM (volátil), memória ROM (não volátil), registradores e memórias cache. • Memória secundária São memórias que não podem ser endereçadas diretamente, a informação precisa ser carregada em memória principal antes de poder ser tratada pelo processador. Não são estritamente necessárias para a operação do computador. São geralmente não voláteis, permitindo guardar os dados permanentemente. Incluem‑se, nessa categoria, os discos rígidos, CDs, DVDs e disquetes. Às vezes, faz‑se uma diferença entre memória secundária e memória terciária. A memória secundária não necessita de operações de montagem (inserção de uma mídia ou média em um dispositivo de leitura/ gravação) para acessar os dados, como discos rígidos; a memória terciária depende das operações de montagem, como discos ópticos e fitas magnéticas, memória flash, leitores MP3, entre outros. O armazenamento em disco ou secundário é utilizado para armazenar grandes quantidades de dados, ou dados que devem ser guardados mesmo após a interrupção do suprimento de energia. Possui um acesso mais lento que a memória primária, porque se dá por meio de dispositivosmecânicos que devem ser acionados, posicionados e ativados para leitura e gravação da informação. Porém, permite a gravação de dados em mídias móveis, como CDs, DVDs e pen drives. 6.4 Dispositivos de E/S (Entrada/Saída) Os dispositivos de entrada e saída (E/S) ou periféricos dos computadores, são equipamentos que são concectados aos computadores e foram desenvolvidos para facilitar a interação do homem com a máquina ou hardware. Os modernos computadores para uso pessoal vêm alterando de forma significativa os dispositivos de interação com o homem. Inicialmente, a comunicação se dava por teclados somente, depois surgiu o mouse, o digitalizador e a webcam. Entre os principais dipositivos de saída, encontram‑se o vídeo, as caixas de som e a impressora. Na atualidade, as telas dos computadores estão evoluindo para serem 80 Unidade III sensíveis ao toque, facilitando sobremaneira a interação do homem com as funcionalidades dos seus computadores, tablets e celulares. Os dispositivos de entrada e saída são compostos de duas partes: uma parte que compõe o dispositivo em si e outra parte que compõe o controlador, que garante que o dispositivo possa ter acesso ao barramento da CPU. O que todos os dispositivos de entrada têm em comum é que eles precisam codificar (converter) a informação do ambiente natural (som, imagem, caracteres digitados, arquivos externos) em valores binários ou digitais, que podem ser processados pelo sistema digital do computador. Os dispositivos são interconectados ao computador para converter sinais em informações e vice‑versa. Como um sistema de processamento de dados é um processo que consiste basicamente em três fases (entrada, processamento e saída), entende‑se por entrada todo o procedimento de alimentação de informações ou dados que se dão pelos dispositivos de entrada e saída do computador que, por sua vez, serão processadas (fase de processamento) por meio da CPU e, após isso, são repassadas as respostas ao usuário através dos periféricos (saída). Dentre os diversos tipos de dispositivos de entrada e saída, pode‑se ter alguns que funcionam tanto para entrada como para saída de dados, tais como o modem, o drive de disquete, o drive de disco magnético e o pen drive. Atualmente, outro dispositivo híbrido de dados é a rede de computadores, que permite o recebimento e a transmissão de dados para locais remotos ao computador. 6.4.1 Dispositivos de entrada São aqueles que fazem a interação entre o usuário e o computador, de forma a agregar valor à realização do seu trabalho. Os dispositivos de entrada são responsáveis por coletar e enviar as informações ao computador. Como exemplos de entrada, temos: • Disco rígido para armazenamento de grande quantidade de dados. • Teclado do tipo Qwert ou específicos para determinados equipamentos. • Captura de imagens, como câmeras, filmadoras, scanners etc. • Sensores, como biometria, ultrassons, radares etc. • Telas touchscreen usadas em tablets e celulares. • Pen drive para armazenamento de dados, que podem ser levados de um equipamento a outro com grande mobilidade e facilidade. 81 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os dispositivos do tipo teclado, captura de imagens e sensores são, há muito tempo, usados e de domínio dos usuários dos sistemas específicos ou especialistas. Todavia, os dispositivos denominados de touchscreen somente na época atual vêm se destacando nos dispositivos de entrada e saída das máquinas mais modernas, impactando os sistemas de informação desenvolvidos para o ambiente móvel. A tela touchscreen, ou sensível ao toque, é um display eletrônico visual que pode detectar a presença e a localização de um toque dentro da área de exibição de uma tela de computador ou celular. O termo, geralmente, refere‑se a tocar a tela do dispositivo com um dedo ou a mão. Telas sensíveis ao toque também podem detectar outros tipos de objetos passivos, como uma caneta, e são comuns em dispositivos móveis, como computadores, tablets e smartphones. Um dispositivo touchscreen tem dois atributos principais. Primeiro, permite uma interação direta com o que é exibido, em vez de uma interação indireta com um ponteiro controlado por um mouse. Em segundo lugar, permite que se faça isso sem necessidade de qualquer dispositivo intermediário que teria que estar na mão do usuário. Desempenham também um papel de destaque no design de aparelhos digitais, como nos assistentes digitais pessoais (PDA), dispositivos de navegação por satélite, telefones celulares e video games. Fabricantes de computadores e chips, em todo o mundo, reconhecem a tendência para aceitação de telas sensíveis ao toque como um componente altamente desejável como interface de usuário. Assim, começaram a integrar a funcionalidade touchscreen para o design fundamental de seus produtos, trazendo impactos no hardware e também nos aplicativos que serão desenvolvidos ou portados por essa nova tecnologia. 6.4.2 Dispositivos de saída Um dispositivo de saída é uma parte do computador, e é usado para comunicar os resultados do processamento de dados de um sistema de informação para o mundo exterior. Os dispositivos de saída são utilizados para transferir a informação armazenada no computador para uma forma em que o usuário ou o equipamento possam perceber, tais como: • Impressora do tipo laser, jato de tinta. • Monitor e telas touchscreen do tipo LCD, CRT e LEDs. • Devices acústicos, tais como fones de ouvido e caixas acústicas. • Discos de armazenamento, como disco magnético, memory flashes, pen drives etc. Os dispositivos (periféricos) de saída apresentam os resultados finais do processamento, ou seja, a saída de dados. 82 Unidade III O monitor mostra em sua tela tudo o que acontece dentro do computador. A imagem é formada por um conjunto de pontos chamado de pixels (abreviação de picture element, ou componente de tela). O pixel é a menor unidade lógica que pode ser usada para se construir uma imagem na tela. Quanto maior o número de pixels na tela, melhor será a resolução da imagem. As impressoras são dispositivos de saída que passam para o papel o resultado do trabalho desenvolvido no computador, como textos, relatórios, gráficos. Existem diferentes tipos de impressora: • Matriciais – as mais comuns no mercado. Não são muito rápidas e têm qualidade de impressão regular, podem ser coloridas ou não. São de preço baixo. • Jato de tinta (Deskjet) – funcionam com borrifamento de jatos de tinta sobre o papel. São silenciosas e possuem ótima qualidade de impressão, podem ser coloridas ou não. São de preço intermediário. • Laser – produzem cópias de alta qualidade com absoluto silêncio, sua velocidade é superior à das duas anteriores. Podem ser coloridas, mas, nesse caso, o preço torna‑se muito alto. 6.5 Periféricos São equipamentos agregados ao computador e desenvolvidos para executar funções distintas. Um periférico pode estar envolvido com a entrada, a saída ou o armazenamento secundário. Os periféricos dependem de uma ligação com os computadores para poder executar suas tarefas. Como exemplo, podemos citar impressoras, scanners, mouses etc. Dispositivos instalados dentro do gabinete do computador são considerados periféricos internos, como placas de som, leitor de CD/DVD‑ROM etc. 6.6 Recursos de software O software é o conjunto de instruções e funções que diz ao computador o quê, quando e como ele deve realizar. Está dividido em duas categorias: softwares de sistema e softwares aplicativos: • Os de sistema são os responsáveis pelo controle do hardware. • Os aplicativos necessitam dos de sistema para operar. Os aplicativos são sistemas de informação desenvolvidos para uso dos usuários finais. Observe, na figura 22, a tabela utilizada por O’Brien et al. (2005), na qual os tipos de softwares são classificados. 83 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Programa de desenvolvimento de sistemas Aplicativos específicos Software de aplicativo Software de sistema Software Programa de gerencimento de sistemasAplicativos gerais Executa tarefas de processamento de informações para os usuários finais Gerencia e apóia operações de sistemas e redes de computadores • Conjunto de software • Navegação de rede • Correio eletrônico • Processamento de texto • Planilhas eletrônicas • Gerenciamento de banco de dados • Geradores de apresentações • Gerenciadores de informações pessoais • Editoração eletrônica • Pacotes integrados • Groupware • Contabilidade empresarial • Gerenciamento de vendas • Processamento de informações • Comércio eletrônico • Ciência • Engenharia • Educação • Entretenimento, etc. • Sistemas operacionais • Programas de gerenciamento de redes • Gerenciamento de bancos de dados • Utilitários para sistemas • Monitores de desempenho • Monitores de segurança • Tradutores de linguagem de programação • Editores e ferramentas de programação • Pacotes de engenharia de software assistida por computador (Case) Figura 22 – Visão geral dos softwares Os softwares podem ser divididos em algumas famílias, que se relacionam conforme a finalidade e utilização. Os programas aplicativos gerais são ferramentas destinadas a uma variedade de atividades muito ampla, que podem atender tanto às necessidades do mundo corporativo quanto pessoais. Esses aplicativos foram tratados na unidade I como tipos de sistemas de informação. Os programas de gerenciamento de sistema são aqueles destinados ao gerenciamento do hardware e do software. Esses sistemas são denominados também, na literatura, como sistemas operacionais e utilitários do sistema operacional das máquinas. Existe, ainda, uma família denominada de sistemas de apoio ao processo de desenvolvimento. São softwares que automatizam diversas atividades desenvolvidas pelos analistas de sistemas, arquitetos, programadores, gerentes e testadores de sistemas aplicativos. Eles também são conhecidos como ferramentas Case (Computer Aided System Engineering). 6.7 Recursos de dados Os dados e as informações constituem um dos principais ativos de uma empresa, sendo de vital importância para o correto planejamento, desenvolvimento e operação de atividades nos níveis operacionais, táticos e estratégicos. 84 Unidade III À medida que as empresas investem em sistemas de informação, a importância dos bancos de dados vai crescendo, demandando o lançamento de novos produtos e soluções por parte dos fornecedores de software. Devemos, portanto, compreender esse novo cenário, pois ele fornece subsídios para prospectar tecnologias, assim como efetuar o planejamento e a implementação de soluções que garantam a eficácia dos sistemas em uso pela empresa. Segundo a definição de Laudon e Laudon (2004), um banco de dados: é uma coleta de dados organizados para servir a muitas aplicações eficientemente pela centralização dos dados e pela minimização de dados redundantes [...] [...] em vez de de armazenar os dados em arquivos separados para cada aplicação, os dados são armazenados fisicamente para aparecerem aos usuários como sendo armazenados em um único local (LAUDON e LAUDON, p. 158, 2004). Outras definições: Segundo Silva e Boregio (2008 p. 13‑19) “[...] é um conjunto de informações manipuláveis de mesma natureza, inseridas em um mesmo local, obedecendo a um padrão de armazenamento”. Um sistema de armazenamento é uma organização lógica e física de dados, que permite que eles sejam lidos, editados, complementados ou excluídos com a utilização de sistemas manuais ou automáticos. Portanto, dados são a origem das informações e devem ser coletados e armazenados seguindo critérios preestabelecidos. Para atender às novas aplicações ou sistemas para a tomada de decisão, os sistemas de informação gerenciais estão evoluindo no acesso aos armazéns de dados ou data warehouses: • Data warehouse ou armazém de dados é uma forma ou tecnologia utilizada para armazenar informações relativas às atividades de uma organização em banco de dados, de forma consolidada, normalmente informações oriundas das bases de dados operacionais da empresa. • A estrutura ou arquitetura da base de dados do DW favorece os relatórios, as consultas e a análise de grandes volumes de dados. Dessa forma, os executivos podem obter informações estratégicas que podem facilitar a tomada de decisão no momento certo e em um tempo significativamente curto. • O DW possibilita a organização e a análise de grandes volumes de dados coletados dos sistemas transacionais, que geram as chamadas séries históricas que possibilitam uma análise de eventos 85 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO passados (períodos predeterminados, oferecendo suporte às tomadas de decisões presentes e a previsão de eventos futuros. • Por definição da tecnologia DW, os dados não são voláteis, ou seja, não mudam ao longo do tempo, já que são oriundos das bases operacionais com dados do passado, salvo quando é necessário fazer correções de dados previamente carregados. Os dados normalmente estão disponíveis somente para leitura e não podem ser alterados. • Entre as tecnologias de acesso, a mais popular para exploração de um data warehouse é a Online Analytical Processing (OLAP) ou Processo Analítico em Tempo Real, mas existem outras tecnologias que podem ser usadas. • Os data warehouse surgiram como conceito acadêmico na década de 1980, devido principalmente ao amadurecimento dos sistemas de informação empresariais. Com esse crescimento significativo de dados e com sua disponibilidade nos banco de dados, as necessidades de análise dos dados cresceram paralelamente, todavia os sistemas transacionais não conseguiam cumprir a tarefa de análise com a simples geração de relatórios. • Com o passar do tempo e dentro desse contexto, a implementação do DW passou a se tornar realidade nas grandes corporações, e surgiu um mercado de ferramentas de DW. Esse mercado na atualidade é parte do mercado de Business Intelligence (BI), e melhores e mais sofistificadas ferramentas foram desenvolvidas para apoiar a estrutura do DW e sua plena utilização. • Na atualidade, devido à sua capacidade de sumarizar e analisar grandes volumes de dados, o DW é o núcleo dos sistemas de informações gerenciais e sistemas de apoio à decisão, além de uma das principais soluções de Business Intelligence do mercado. Um case clássico de uso de DW com BI é o que aconteceu com o supermercado Walmart, nos EUA, no passado. Por meio da análise do perfil dos consumidores casados e jovens americanos que, nas sextas‑feiras à tarde, após o expediente, quando se dirigiam às suas residências e passavam nos supermercados para levar fraldas para os seus filhos recém‑nascidos, os executivos puderam colocar uma série de produtos voltados a esses consumidores junto às gôndolas de fraldas para bebês e, com isso, elevaram significativamente a venda de bebidas e aperitivos. 6.8 Recursos de redes Atualmente, as empresas estão utilizando cada vez mais a rede como meio de transporte de informações. A web, a intranet e a extranet estão conectando funcionários e processos corporativos a clientes, a fornecedores e ao mundo. As organizações e seus grupos de usuários podem interagir e trabalhar em conjunto com mais criatividade e gerenciar suas operações corporativas com mais eficácia, tornando a organização competitiva na atual economia global, que está em constante evolução. 86 Unidade III A tabela 1 mostra uma gama de serviços de telecomunicações atualmente disponíveis para as organizações com suporte da tecnologia da informação. Tabela 1 – Gama de serviços Gama completa de serviços Entretenimento • Transmissão de TV • TV de alta definição • Pay‑per‑view avançado • Vídeo sob demanda • Videojogos interativos • Videoshopping Transações de informação • Ensino a distância • Serviços multimídia • Rede de imagens • Serviços de transações • Acesso à internet • Teletrabalho Comunicações • Videoconferência • Videofone • Acesso sem fio • Sistemas celular/PCS • Sistemas de telefonia tradicional Adaptado de: O’Brien, 2005, e Marakas,1999. As redes podem ser divididas quanto a sua abrangência; à medida que elas vão aumentando, sua estrutura torna‑se mais complexa e se faz necessária a utilização de recursos mais potentes e rápidos para garantir a estabilidade do ambiente operacional. A seguir, são apresentados diversos tipos de redes disponibilizadas para se utilizar em diversos tipos de aplicativos ou sistemas de informações. 6.8.1 Local Area Network (LAN) – redes locais As LANs são pequenas redes de comunicação, a maioria de uso privado, que servem para interligar pequenas distâncias. Por serem pequenas e de fácil operação, conhece‑se seu tempo de transmissão com precisão, e a detecção de falhas pode ser feita com antecedência. Também o gerenciamento da rede é simplificado. A figura 23 mostra uma visão de uma rede LAN. 87 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Server IBM compatible Laptop computer Laser printer Telephone Workstation Ethernet Figura 23 – Exemplo de rede LAN 6.8.2 Wide Area Network (WAN) – Redes geograficamente distribuídas As redes WAN são formadas por grandes áreas geográficas que podem abranger países e continentes. Suas arquiteturas compõem‑se por um conjunto de hosts, conectados por sub‑redes. Esses hosts são equipamentos como routers e bridges, e a sub‑rede é formada por operadoras telefônicas e provedoras de internet, como mostra a figura 24. Server Telephone Workstation Ethernet IBM compatible Laptop computer Laser printer Brasil Server Telephone Workstation Ethernet IBM compatible Laptop computer Laser printer Japão Server Telephone Workstation Ethernet IBM compatible Laptop computer Laser printer EUA Figura 24 – Rede WAN 88 Unidade III Um tipo especial de rede WAN é a rede MAN (Metropolitan Area Network) ou redes metropolitanas, que são praticamente uma versão menor das WAN. Elas utilizam tecnologia semelhante à WAN e podem abranger uma cidade inteira. 6.9 Computação em nuvem Computação em nuvem (cloud computing) é uma tecnologia que propõe o uso da memória, das capacidades de armazenamento e da CPU de computadores através de servidores compartilhados e interligados por meio da internet. O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenamento de dados. O acesso aos sistemas de informação, programas, serviços e arquivos é remoto, por meio da Internet – daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas (SISNEMA, 2009). O instituto Gartner prevê que o cloud computing será uma das três mais importantes tendências emergentes nos próximos anos. A previsão da pesquisa se comprova pelas facilidades e vantagens que a tecnologia agrega. Alguns serviços já exemplificam esse modelo, como, por exemplo, as ferramentas de e‑mail. No formato habitual, as mensagens são armazenadas no software de correio eletrônico, na memória do computador. Com os e‑mails baseados na web, em um servidor alheio, é possível acessar a partir de qualquer ponto. De um sistema operacional disponível na internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode‑se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na internet. O PC torna‑se apenas um chip ligado à internet – a “grande nuvem” de computadores –, sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor). A figura 25 mostra um desenho esquemático de uma computação em nuvem. 89 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Google Zoho Yahoo Rackspace Amazon A nuvem Força de vendas Microsoft Figura 25 – Cloud computing Lembrete Empresas como Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa “nuvem de informação” (information cloud), que especialistas consideram uma nova fronteira da era digital. Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos, e vai trazer, provavelmente, grande impacto na área de TI, principalmente na arquitetura e na organização dos sistemas de informação do futuro. 6.10 Arquitetura Orientada a Serviços – SOA Dentro dos conceitos de redes de comunicação, a arquitetura SOA é um conjunto de princípios flexíveis de design utilizado durante as fases de desenvolvimento de sistemas de informação e integração na computação. Um sistema baseado em SOA é um pacote de funcionalidades, como um conjunto de serviços interoperáveis que podem ser usados dentro de vários sistemas distintos de diversos domínios de negócios. A arquitetura SOA fornece uma maneira para os consumidores de serviços estarem cientes dos serviços disponíveis baseados em SOA. Por exemplo, pode‑se ter vários departamentos dentro de uma empresa que podem desenvolver e implantar serviços SOA em linguagens de implementação diferentes, com uma interface bem definida. 90 Unidade III A linguagem XML (Extensible Markup Language) é comumente usada para a interface com serviços SOA, embora não seja uma exigência. Em vez de definir uma API, SOA define a interface em termos de protocolo e funcionalidade. A arquitetura SOA apresenta as seguintes definições: • Binding (ligação) – a relação entre os serviços do provedor e do consumidor deve ser idealmente dinâmica; ela é estabelecida em tempo de execução por meio de um mecanismo de binding. • Descoberta – SOA baseia‑se na capacidade de identificar serviços e suas características. Consequentemente, essa arquitetura depende de um diretório que descreva os serviços disponíveis dentro de um domínio. • Consumidor – é quem consome ou pede o resultado de um serviço fornecido por um provedor. • Orquestração – processo de sequenciar serviços e prover uma lógica adicional para processar dados. Não inclui uma representação de dados. • Provedor – o recurso que executa o serviço em resposta a uma requisição de um consumidor. • Serviço – é uma função independente, sem estado (stateless), que aceita uma ou mais requisições e devolve uma ou mais respostas por meio de uma interface padronizada e bem definida. Serviços podem também realizar partes discretas de um processo, tal como editar ou processar uma transação, e não devem depender do estado de outras funções ou processos. A tecnologia utilizada para prover o serviço, tal como uma linguagem de programação, não pode fazer parte da definição do serviço. • Stateless (sem estado) – não depende de nenhuma condição preexistente. Os serviços não devem depender de condições de outros serviços. Eles recebem todas as informações necessárias para prover uma resposta consistente. O objetivo de buscar a característica de stateless dos serviços é possibilitar que o consumidor possa sequenciá‑los, ou seja, orquestrá‑los em vários fluxos (algumas vezes chamados de pipelines) para executar a lógica de uma aplicação. De acordo com Fernandes (2008), são muitos os fatores que, hoje em dia, motivam as empresas a rever seus atuais modelos de gestão de TI. Gestão significa atuação de pessoas no processo de desenvolvimento e na manutenção de sistemas de informação. Entre os fatores, o autor cita: [...] a complexidade cada vez maior da tecnologia, a crescente dependência de TI evidenciada pelo negócio, a integração dos sistemas e das soluções, 91 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO as necessidades heterogêneas dos negócios, a pressão por redução de custos e por maior flexibilidade e agilidade, a responsabilidade legal, a exigência de transparência pelos acionistas e pelo mercado, a mudança do perfil da concorrência e o aumento das ameaças e vulnerabilidades em TI (FERNANDES, 2008, p. 163). Esse cenário reflete no CIO, que deve gerir a TI a partir de uma perspectiva mais generalista, visando à excelência dos serviços para sua empresa. O sucesso dessa opção tem como requisito um maior conhecimento do negócio,a fim de que se possa mensurar com clareza o valor que a tecnologia da informação pode gerar para a empresa, considerando o retorno e as vantagens competitivas. Resumo Esta unidade foi organizada para apresentar os recursos da TI em uma ordem que vai dos recursos humanos aos recursos de hardware, de software, de dados e se encerra com a apresentação dos recursos de rede. Com relação aos recursos humanos, a área de TI precisa definir sua estrutura organizacional, as pessoas e os perfis envolvidos com suas tarefas, e definir claramente as responsabilidades dentro das funções que são exercidas pelas pessoas. É importante também que existam procedimentos padronizados e disponíveis para que todos possam executar suas tarefas de forma eficiente e eficaz. Como a TI é responsável pelo projeto, desenvolvimento e manutenção dos sistemas e informação da empresa, possui diversos profissionais envolvidos em seus processos de software. Dessa forma, são discutidos os conceitos e os principais tipos de processos de softwares utilizados pela área de desenvolvimento de software. Também são apresentadas e discutidas as fases em que um projeto de software é submetido e os principais objetivos de cada uma. Dentro dos recursos de hardware são apresentados os princípios da estrutura de um computador envolvendo a CPU, as memórias e o armazenamento de informações, encerrando com os dispositivos de entrada e saída. Dentro do armazenamento, é importante o fato de que na atualidade os sistemas, devido ao grande volume de dados e das necessidades de análises para tomada de decisão, mostram o surgimento dos DWs e dos sistemas BIs. A unidade é encerrada com a apresentação dos principais tipos de redes de computadores e noções da arquitetura SOA. 92 Unidade III Exercícios Questão 1. Com as empresas cada vez mais dependentes do uso da tecnologia da informação (TI) e atuando em mercados globalizados e competitivos, as decisões sobre a utilização de recursos e investimentos em TI, bem como os resultados de sua implementação, vêm se tornando fatores decisivos para alcançar os objetivos organizacionais. É nesse cenário que se faz necessário que os gestores das áreas de negócios estejam altamente envolvidos nas iniciativas e projetos de TI da empresa. Isso requer maior conhecimento compartilhado entre os gestores de negócio e de TI sobre como utilizar os recursos de TI, de forma mais eficiente para os processos de negócio, e alcançar um forte alinhamento operacional entre essas áreas, visando a uma melhor performance dos processos e vantagem competitiva perante os concorrentes. Considerando os conceitos apresentados sobre os recursos dos sistemas de informação nesta unidade, examine as afirmações a seguir e indique a alternativa incorreta: A) No início do uso corporativo da TI, a responsabilidade principal em adquirir, implementar e manter os investimentos de TI pertencia aos especialistas da área de Sistemas de Informação (SI). B) Conforme o impacto da TI nos objetivos estratégicos das empresas foi ficando cada vez mais evidente, começou‑se a discutir que as decisões e gerenciamento da TI fossem uma empreitada compartilhada entre os profissionais de TI e os gestores de negócios. C) Alguns autores argumentam que as estruturas organizacionais que estimulam e encorajam as áreas de negócios e de TI a compartilharem a responsabilidade sobre o gerenciamento dos recursos de TI as direcionam fatalmente para uma menor eficiência operacional dos sistemas informatizados. D) Para o sucesso do planejamento e implementação da TI, é essencial que os gestores de negócios, junto com os gestores de TI, passem a liderar ativamente essas atividades. E) Os pesquisadores consideram conceitos similares utilizando as seguintes terminologias: gestão do conhecimento de TI, conhecimento compartilhado da TI, visão compartilhada da TI, gerenciamento participativo da TI e alinhamento da TI aos negócios. Resposta correta: alternativa C. Análise das afirmativas: O sucesso ou fracasso de uma organização no uso de TI depende apenas parcialmente da efetividade da área de TI da empresa, sendo muito mais dependente da capacidade dos gestores de negócios, em todos os níveis, de compreenderem as capacidades de seus recursos de TI e como usá‑los efetivamente. A) Afirmativa correta. 93 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Justificativa: a área de TI, no passado, era vista como uma área de apoio às organizações, e os profissionais da área eram extremamente especializados em computação e, dessa forma, todas as necessidades e decisões que afetavam a área eram de responsabilidade dos profissionais de TI. B) Afirmativa correta. Justificativa: de acordo com Fernandes (2008) são muitos os fatores que na atualidade motivam as empresas a reverem seus modelos de gestão de TI, e a gestão de TI está diretamente conectada com a gestão empresarial. C) Afirmativa incorreta. Justificativa: alguns autores argumentam que as estruturas organizacionais, que estimulam e encorajam as áreas de negócios e de TI a compartilharem a responsabilidade sobre o gerenciamento dos recursos de TI, as direcionam fatalmente para uma menor eficiência operacional dos sistemas informatizados. Oservação: o correto é a área de TI trabalhar de acordo com as outras áreas da organização, procurando uma sinergia na busca das melhores soluções de tecnologia aderentes ao negócio. D) Afirmativa correta. Justificativa: os frameworks de governança de TI direcionam o planejamento da TI para o planejamento estratégico da organização. Isso significa um retrabalho intenso dos gestores de TI junto aos gestores das outras áreas da organização, o que leva a uma gestão participativa dos gestores de negócio na gestão da TI. E) Afirmativa correta. Justificativa: todos esses conceitos levam ao fato de que a TI não pode ser um organismo independente na organização. Ela precisa estar alinhada com as outras áreas de negócio em todas as instâncias do uso da tecnologia da informação. Questão 2. Os recursos tecnológicos em geral se referem a um conjunto de tecnologias de hardware e software que são amplamente difundidos nas empresas. No contexto dos processos de retaguarda, pode‑se incluir a digitalização de documentos, gerenciamento eletrônico de documentos, redes com acesso remoto de colaboradores e clientes, interface via web com os clientes, sistemas de CRM (Customer Relationship Management), correio eletrônico, sistemas de call center, sistemas de logísticas, ERPs, entre outros. Essas tecnologias estão amplamente disponíveis no mercado e não são específicas para nenhuma empresa. Podem até ser valiosas de forma absoluta quando comparadas com os processos com e sem esses recursos. Porém, como a maioria das empresas tem acesso a mesmas tecnologias, em geral esses recursos não explicam a variação no desempenho dos processos entre as empresas. Considerando os conceitos apresentados sobre os recursos dos sistemas de informações nesta unidade, examine as afirmações a seguir e indique a alternativa incorreta: 94 Unidade III A) O nível de gastos em TI é um importante recurso para os processos das áreas que processam informações para os clientes, no caso a área de retaguarda. B) Autores e consultores sugerem que falhar nos investimentos em recursos e capacidades de TI, sejam internos ou externos, pode deixar a empresa em desvantagem para competir com seus concorrentes. C) Por esse motivo, as empresas com elevada utilização de sistemas informatizados possuem gastos em TI significativos para manter o nível de serviço prestado em relação às demais empresas. D) Os ativos de TI (equipamentos, tecnologias e sistemas) estão disponíveis para todas as empresas, essas tenderão a um investimento ótimo em TI e nenhuma irá obter vantagem competitiva de seus gastos por si só. E) Uma mudança completa na infraestrutura de TI, na atual realidade, não é muito cara e com as novas tecnologias não demanda bastante tempo para ser concluída. Resolução desta questãona plataforma.
Compartilhar