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ANTÍGONA DE SÓFOCLES E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA DE LON FULLER

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIENCIAS JURÍDICAS
FACULDADE DE DIREITO
PROF. DR. RICARDO EVANDRO SANTOS MARTINS
ALAN SOUSA DA TRINDADE
MARCO ANTÔNIO SANTOS LIMA
ANTÍGONA DE SÓFOCLES E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA DE LON FULLER: 
Uma análise acerca do milenar debate entre direito natural e direito positivo.
 BELÉM-PA
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
FACULDADE DE DIREITO
RICARDO EVANDRO SANTOS MARTINS
ALAN SOUSA DA TRINDADE
MARCO ANTÔNIO SANTOS LIMA
ANTÍGONA DE SÓFOCLES E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA DE LON FULLER: 
Uma análise acerca do milenar debate entre direito natural e direito positivo.
Atividade em forma de paper como exigências da 2ª avaliação referente às unidades III e IV da disciplina “História do Pensamento Jurídico”, ministrada pelo Prof. Dr. Ricardo Evandro Santos Martins, turma 010. 
BELÉM-PA
UFPA
2020 
ANTÍGONA DE SÓFOCLES E O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA DE LON FULLER:
Uma análise acerca do milenar debate entre direito natural e direito positivo[footnoteRef:1]. [1: Atividade realizada como exigência parcial para a obtenção dos créditos da disciplina de Historia do Pensamento Jurídico (2020.2), sobre a III e IV “Historia do Direito Natural e Escolas Juspositivistas do século XIX” ministrada pelo Professor Dr. Ricardo Evandro Santos Martins, da Faculdade de Educação, do Instituído de Ciências Jurídicas, da Universidade Federal Do Pará (UFPA). ] 
 
Alan Sousa da Trindade[footnoteRef:2] [2: Discente regulamente matriculado no Curso de Graduação Em Direito na Universidade Federal do Pará (UFPA) /Instituto de ciências Jurídicas (ICJ), Faculdade de Direito (FAD), sob o número de matricula 202006140017. E-mail: allansousa536@gmail.com] 
Marco Antônio Santos Lima[footnoteRef:3] [3: Discente regulamente matriculado no Curso de Graduação Em Direito na Universidade Federal do Pará (UFPA) /Instituto de ciências Jurídicas (ICJ), Faculdade de Direito (FAD), sob o número de matricula 202006140015. E-mail: marcoantoniolima1305@gmail.com] 
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar, ainda que de maneira perfunctório ou resumida, dois temas de suma importância para a filosofia histórica do Direito, a saber, o Jusnaturalismo e o Juspositivismo, de forma respectiva o Direito Natural nas percepções de grandes autores contribuintes em suas respectivas correntes filosóficas: Aristóteles, Cicero, Tomás de Aquino e John Finnis, em contrapartida o Direito Positivo com grandes expoentes como: Bobbio, Austin, Kelsen. O presente texto expõe uma abordagem dos temas com casos da tragédia Antígona de Sófocles, e fazer uma colocação pertinente ao tema com os casos dos exploradores de cavernas, temas esses que são de suma relevância para compreender melhor o Direito Natural e Direito Positivo.
Palavras-chaves: Direito; Direito Positivo; Direito Natural; Filosofia da História. 	
ARTIGONE OF SOPHOCLES AND THE CASE OF THE SPELUNCEAN EXPORERS OF LON FULLER: 
An analysis of the age-old debate between natural law and positive law.
ABSTRACT
The present work aims to present, albeit in a perfunctory or summarized manner, two themes of paramount importance for the historical philosophy of Law, namely, Jusnaturalism and Juspositivism, in a way Natural Law in the perceptions of great contributing authors in their respective philosophical currents: Aristotle, Cicero, Tomás de Aquino and John Finnis, in contrast to Positive Law with great exponents such as: Bobbio, Austin, Kelsen. The present text presents an approach to the themes with cases of the Sophocles Antigone tragedy, and to make a pertinent position to the theme with the cases of cave explorers, themes that are of utmost relevance to better understand Natural Law and Positive Law.
Keywords: Right; Positive Law; Natural Law, Philosophy of History.
 INTRODUÇÃO
	Além da dificuldade histórica de se responder o que é o direito, há uma dificuldade ainda maior em se responder qual a fonte do direito, questão essa geradora de um embate que atravessou os séculos e se faz muito presente ainda hoje nos estudos dessa área, principalmente no início de seus estudos. As duas principais formas distintas de se conceber as normas, (a) uma delas como sendo representações da ordem natural, partindo da natureza como determinante não somente do que as coisas são, mas também do que as coisas deveriam ser, e inclusive, como o comportamento humano deve ser, como deve se portar, portanto, pensar em direito natural é pensar na possibilidade de se extrair o direito do mundo natural, mesmo com sua constante modificação e (b) como as normas sendo fruto da logos humana, da vontade racional expressa em leis e determinações regidas por humanos e em prol dos humanos, o chamado direito positivo ou jus positivismo.
	Sob a perspectiva desse milenar embate, o presente trabalho tem por objetivo elucidar os conceitos e a evolução histórica de cada um deles, seguindo para uma comparação prática, tendo como base dois contos canônicos sobre esse tema. No que se refere ao direito natural, sua explicação se inicia ainda na antiguidade clássica com os pensamentos de Aristóteles (324-322 a. C.) os quais baseavam-se em uma lei universal e imanente da natureza, seguindo para a visão de Cícero (106 a 43 a. C.), no império romano, o qual preconizava as leis como sendo frutos da vontade da natureza, permitindo o bem e proibindo o mal. Já na idade média, é ressaltado o pensamento de São Tomás de Aquino (1225-1274), com a lei natural como vontade e representação divina, sendo dessa forma perene e imutável, e por fim, chega-se à contemporaneidade sob a concepção de John Finnis, que visa reinterpretar as teorias de São Tomás de Aquino, com um intuito de ressuscitar o Direito Natural.
	Por outro lado, há direito positivo, o qual existe a tanto tempo quanto o natural, mas só foi sistematizado bem mais recentemente, iniciamos portanto sua análise com John Austin (1790-1858), e sua tentativa de contrapor o naturalismo organizando e sistematizando as normas de forma a separar os valores transcendentes do direito, seguindo para Hans Kelsen, o qual segue essa mesma linha de raciocínio, de desejar um direito mais puro, sendo ele razão de si mesmo, publicando uma de suas mais famosas obras a teoria pura do direito.
	Após a definição e elucidação dos termos, seguimos para a comparação pratica entre essas visões antagônicas, primariamente com o conto da Antígona, de Sófocles, o qual fundamenta a discursão no caso de uma jovem, representante do direito natural, que deseja sepultar o irmão que teve esse direito negado por uma norma positiva imposta pelo governante, finalizando a comparação com o ilustre caso dos exploradores de caverna de Lon Fuller, o qual em uma realidade fictícia ilustra de forma realista esse embate sob o julgamento de quatro (4) réus a as distintas visões de cinco (5) juízes.
1. CONCEPÇÃO E HISTÓRIA DO JUS NATURALISMO.
É importante entender a concepção do jus naturalismo ao longo da história para compreender a realça da natureza com o homem, seu surgimento se deu pela primeira vez na historia como pensamento na antiga Grécia que teve sua relevância na ligação do Direito e as forças da natureza. Para melhor definir esse contexto de desenvolvimento do direito natural na antiguidade, é importante ressaltar, a importância de Aristóteles (324-322 a. C.) que esteve presente nessa conjuntura histórica do direito natural, salientando que a cultura grega foi elaboradora desta, principalmente, pelos Estoicos que tinham como princípio a lei universal racional e imanente[footnoteRef:4] da natureza. [4: Que está inseparavelmente contido na natureza de um ser ou de um objeto; inerente.] 
Com base nos elementos apresentados desenvolveremos o pensamento de Aristóteles e seus fundamentos, a priori é conveniente analisar o pensamento aristotélico com ressalva para as controvérsias em alguns princípios nas suas obras: Ethica Nicomachea, Magna Moralia, Retórica e Politica. É somentena retorica que se é definida a LEI NATURAL IMUTÁVEL, sendo apresentada nas obras antecedentes como uma lei variável, para instigarmos o pensamento aristotélico sobre o direito natural é inevitável o estudo da obra Retórica, a saber, o exemplo da Antígona, que será abordada com mais ênfase em um tópico posterior, nela existe o conflito entre a lei convencional e a lei natural, em sua convicção Aristóteles defende sempre a busca da lei natural proveniente da natureza por essa ser justa, como já supramencionado, há controvérsia em seu entendimento, principalmente, se levar em conta o conjunto de obras do autor, pode ser um equivoco analisar isoladamente seu repertorio literário, Aristóteles não tratou da justiça e/ou injustiça apenas na obra Retórica, então se subtende que não pode haver uma clara coerência do tema levantado, pois, se caracteriza uma obra isolada de uma corrente aristotélica. 
Ademais Aristóteles trata da lei natural como tanto particular como comum, ou seja, universal, e as define respectivamente como: lei escrita que rege a vida de uma comunidade particular, e a lei comum que é todas as não escritas, que são supostas ser reconhecidas em todo lugar, a exemplo das definições sobre lei natural justa, Aristóteles ainda na tragédia de Sófocles: Antígona, na tragédia e exemplificado a sensação de um decreto que estabelece a proibição de homenagem fúnebre ao irmão de Antígona, explicitando que por natureza o enterro era justo[footnoteRef:5] e dando a entender que essa lei não é de hoje, tão pouco de ontem, mas desde sempre existiu como uma lei natural e imutável. [5: “[...] a lei positiva tem sempre a possibilidade de ser injusta, bastando, para tanto, que seja elaborada em desacordo ou contrariando os princípios superiores de Direito Natural. Este, entretanto, jamais pode ser injusto, porquanto, como valor que é não pode contrariar-se a si mesmo.” OLIVEIRA (2006, p. 51).] 
Por fim, a perspectiva aristotélica do direito natural tem duas características as quais já foram referenciadas anteriormente, uma mostra que jus naturalista não se configura nas ideias humanas e o mais considerável é que tem a mesma força em qualquer lugar, e no mesmo sentido o justo legal como principio intrínseco.
Em seguida é importante destacar Marco Túlio Cícero (viveu de 106 a 43 a. C.), célebre politico, orador e filosofo estóico romano, e a sua concepção sobre a lei é notório, a exemplos dos preceitos filosóficos que o mesmo caracteriza como algo racional e natural:
“A lei é a razão suprema da Natureza, que ordena o que se deve fazer e proíbe o contrario. Esta mesma razão uma vez confirmada e desenvolvida pela mente humana, se transforma em lei. Por isso, afirmam que a razão prática é uma lei cuja missão consiste em exigir as boas ações e vetar as más[footnoteRef:6]”. [6: CÍCERO, Das Leis, p. 40.] 
 
Para Cícero a natureza é o fundamento para que o homem seja capaz de distinguir o bem e o mal, o desonroso do honroso. Compreende-se, portanto, que na concepção ciceroniana o agir conforme as ações justas e honestas são simplesmente seguir em conformidade com a natureza, baseando nas vontades divinas. Cicero entende que as leis romanas eram em si natural e comum a todos os seres humanos, desta forma, justificando a transmissão desta lei a todos os povos através do império territorial. Cabe mencionar, a questão da sacralidade, haja vista que a atividade romana sempre teve relação com religioso como as próprias leis sacras, todos os ritos religiosos deveriam ser seguidos rigorosamente, com risco de transformar sua benção em maldição, ao mesmo tempo, a lei natural une homens e deuses. 
“Mas os que possuem a lei em comum também participam em comum do Direito, e os que partilham a mesma lei e o mesmo direito devem considerar-se como membros de uma mesma comunidade. Muito mais evidente ainda é tudo isto se obedecem às mesmas autoridades e aos mesmos poderes. Eles (os homens) obedecem também à presente ordem celestial, à mente divina e aos deuses onipotentes. Logo, devemos considerar que o nosso universo é uma só comunidade, constituída pelos deuses e pelos homens.[footnoteRef:7] [7: Ibidem, p. 42.] 
Era de grande importância preservar os cultos em virtude da política muitas vezes fator decisivo por sua forte influência que agia de maneira direta no poder político. Essas leis sacras que girava em torno da cultura romana visava regulamentar algumas práticas, considerando-se, que os funerais, a forma e a utilização dos campos eram restringidos as vontades divinas, caso as crenças não fossem submetidas a critérios rigorosos a improdutividade reinaria sobre o povo. Por fim, Cicero entende que o direito natural é um modelo para a legislação, sendo essa não pleiteada em sua totalidade, pois, adjunta ao tempo ao lugar em particular e contingente, é apropriado frisar, em ultima instância, que o conhecimento que advém do direito deve ser evidenciado antecipadamente, mostrando assim a natureza que transborda caráter natural da sociedade. 
Sob essa mesma visão São Tomás de Aquino (1225-1274) tem como inspiração nas teorias de Aristóteles que sofre influencia do divino, Aquino tem a incumbência de cristianizar o pensamento aristotélico, enquadrando da melhor forma possível com a anuência do idealismo de Santo Agostinho baseando-se nos fundamentos do catolicismo, São Tomás de Aquino afirma que a lei Natural é imposta pela mente de Deus, nomeadamente de governador do Universo. Nesse contexto, Aquino relaciona a teoria das quatro (4) causa de Aristóteles, sendo esses fenômenos ordenados da seguinte forma: eficiência, material, formal e final. Esse modelo aristotélico-tomista emana as regras do direito natural, cabendo ressaltar que desta maneira os preceitos da natureza do homem são orientados mediante o jus naturalista. Com base na abordagem exposta para firma o conceito que Aquino realizou uma síntese do pensamento Aristotélico e relaciona-la com os ensinamentos cristões, a ambição do autor era firma que o conceito filosófico e cristão pode coexistir de forma harmônica na caracterização fé e razão.
É conveniente evidenciar a primeira, e ressalto antecipadamente, como a mais importante das leis classificada como LEI ETERNA. Destaca-se como uma lei proveniente da vontade de Deus, lei essa que trata da vida e é comum a todos os homens e animais e, portanto, essa lei seria ordenada por Deus para controlar (coagir) a realidade física do universo. Em sequencia elenca a LEI DIVINA que se sobressair, principalmente, por transcrever um momento da historia, para melhor exemplificação temos um momento em que Deus em toda sua virtude revela ao homem a forma que ele quer os ele vivam, a exemplo a revelação que deus confiou a Moisés. 
Aquino destaca outras leis, que são convenientes aborda-las, porém não é o intuído sair destacando cada lei mencionada por cada autor, para concluir o pensamento de Aquino é imprescindível falar da LEI NATURAL, primeiro que segundo Aquino tal lei não pode ser mudada pelo homem quiçá apagada, pois, foi criada pelo Criador. 
Em ultima instância é valido, sobre exercer o pensamento de John M. Finnis que fez parte da New School of Natural Law, que visa reinterpretar as teorias de Santo Tomás de Aquino, com um intuito de ressuscitar o Direito Natural, Finnis é enfático em seu posicionamento de como o Direito Natural é retratado, a priori pelos autores de grande renome como, Bentham, Austin e Kelsen, Finnis busca veemente reaver as teorias que de forma tangenciadas foram abortadas por tais autores, analisando de forma aprofundada em Aristóteles e Aquino. É relevante frisar o pensamento de Oliveira (2006, p. 49) “Depois que surgiu o Estado idealizando rumos, constituindo normas, elaborando leis e impondo-as ao convívio social, o Direito Natural não desapareceu, permanecendo ainda hoje como forma abstrata, medida e ideal de perfeição”. Tal pensamento enfatiza que o direito natural é intrínseco ao homem, pois, advém da sua natureza e explorando mais esse ideal, é valido dizer que independe do sistema a qualo ser humano esta sujeito, esse direito natural sempre estará presente, mesmo que pelo um aspecto subjetivo ou propenso.
Segundo Finnis, a prática do Direito deve ser abordada pela ‘razoabilidade prática’, tal que, essa razoabilidade seja submetida às considerações valoradas e que o Direito é mais que as normas, fazendo-se necessário abordar o âmbito subjetivo dos indivíduos, pois, esses são passiveis de racionalidade, isto é, a sociedade e os que norteiam tal sistema são dotados de valores, valores as quais são posto objetivamente como sua auto-evidência, tais fundamentos cumpre assim um objetivo de estudar as ações através da Teoria do Direito Natural. Ainda segundo Finnis, ele explicita a ‘pratica’ salientando que é uma visão de ação e decisão, esclarecendo a natureza do pensando pratico que é pensar sobre o que (alguém deve) fazer.
 Em síntese a teoria jurídica de John Finnis é validada pelos pressupostos “valorativos” e índole “metodológica” e de inflexão “sócio-política”. Compreende que esses pressupostos são intrínsecos ao ser humano e é mostrado como ‘bens humanos’, pois, elenca os princípios mais gerais da lei natural. 
2. CONCEPÇÕES ACERCA DO JUS POSITIVISMO.
O jus positivismo ou positivismo não se confunde com o positivismo sociológico de Augusto Comte, é valido frisar para melhor definir a origem que advém da expressão Direito Positivo comumente empregada em contraposição à noção de Direito Natural. Bobbio (1995, p. 15), define esses termos para não confundi-lo o termo positivismo jurídicos vem destacar a preocupação de isolar o direito posto por uma autoridade. É curioso salientar o processo histórico do positivismo, que se destaca pela clara votante de prevalecer sobre o direito natural sendo um processo relacionado à casualidade, propondo à substituição das normas ligadas a origem religiosa e costumeira por uma norma advinda de autoridade estatal.
Além disso, ao decorrer do processo histórico o jus naturalismo entrou em declínio, principalmente, pelos filósofos e juristas de grandes renomes que começaram a se destacar, isto é, nas correntes do positivismo, é consentâneo afirmar que essa concepção jus positivista tinha como aspecto central a rejeição dos ideais Jus naturalista, esse efeito de transição nos termos	 “jurídicos” é consequência das formações dos Estados modernos, naturalmente tornou-se detentora do monopólio jurídico sendo essa responsável pela produção jurídica. 
Partido desse pressuposto a positivação do Direito significaria a exclusiva vontade humana, isto é, a vontade estatal, revestida pela lei (concebida como a expressão máxima da soberania popular), causando assim o enfraquecimento teórico do direito natural. Como já supracitado a importância do positivismo se deu pela grande expansão da concepção filosófica e jurídica de autores e escolas, a exemplo a escola EXEGESE, frequentemente mencionada como uma das primeiras correntes positivistas que surgiu ao longo da historia do Direito. Seu surgimento no século XIX, mas claramente na época da promulgação do Código Napoleônico (1804), simplificando essa abordagem, a exegese defendeu uma nova concepção, concepção essa que deveria ser interpretada pela justiça, a quem compete somente aplicar as normas que advém da vontade do legislador, idealização que provem da vontade popular.
Em última instância, cabe destacar pensadores do juspositivismo, como John Austin (1790-1858), que sobre influência teórica advindas, em particular, de Jeremy Bentham, que ficou na introdução analítica no âmbito da Teoria do Direito. Contrapondo a direito natural, Austin se comprometeu estabelecer organizar, sistemática e analiticamente os aspectos conceituais do Direito, separando a moral do conceito, embora admitisse a existência dos conteúdos morais no âmbito do sistema jurídico, para Austin a norma independentemente de injusta sua validade deve ser estar no ambiente conceitual, não partindo de uma fundamentação moral. Austin a partir das reflexões de Jeremy fundamenta o Direito como um autêntico conjunto de comandos e ordens (amparados na ideia de coerção) do poder originário da soberania do Estado. Nesse contexto, cumpre ao juiz, ao decidir os mais diversos casos que se lhe apresentam, fazendo jus ao comando advindo do soberano, em caso de não haver um comando para o caso concreto, deve o juiz julgar da forma mais adequada conforme autorizado.
Nesta mesma linha de pensamento, evidencia Hans Kelsen, em essência Kelsen afirma que a estrutura normativa da legalidade não foi compreendida por Austin, pois, a teoria austiniana elencou uma série de proposições “deve-se” de proposições “ser”, para Kelsen a características normativas eram observáveis, em evidencia a escrita, de um sistema normativo, neste sentindo: “uma norma é uma regra que afirma que o individuo deve comporta-se de uma determinada maneira sem afirma, porém, que tal comportamento seja vontade especifica de alguém” (MORRISON, 2012, p. 391-392).
Assim pressupõe, “como teoria, quer única e exclusivamente conhecer o seu próprio objeto. Procura responder a esta questão: o que é e como é o Direito? Mas já não lhe importa a questão de saber como deve ser o Direito, ou como deve ele ser feito. É ciência jurídica e não política do Direito” (KELSEN, 1987, p. 1). A obra que é, em elucidação, mais conhecida de Hans é a Teoria Pura do Direito (1934). Para analisarmos de forma adequada e expressar o teor teórico do Direito explicitado por Kelsen é necessário saber o puro, isto é, uma verificação jurídica minuciosa, sem interferências de outros campos do conhecimento, mais especificamente, que não tenha uma ação direta na delimitação do Direito, a exemplo característico a moral, politica e pertinente ao natural, Kelsen ainda afirma que o Direito não estaria vinculado a qualquer regime político ideal, pois, seu julgamento através da ciência descartaria quaisquer motivos valorativos, morais, ou politica, a democracia ou liberalismo seria apenas um conceito de organização social, não havendo relação alguma com a cientificação do Direito.
3. NATURALISMO X POSITIVISMO NA PERSPECTIVA DA TRAGÉDIA DE ANTÍGONA, DE SÓFOCLES.
	A tragédia se passa na cidade de Tebas, Grécia, após o ocorrido na tragédia de Édipo, quem reina agora é Creonte. A cidade sofre uma tentativa de invasão pelos Argivos, apoiada por Polinice, um dos filhos de Édipo, durante a batalha morrem Polinice, atacante da cidade, e Etéocios, outro filho de Édipo, que lutou para defender a cidade e foi morto pelo irmão, desferindo também um golpe fatal em seu algoz. Após o termino da batalha, Creonte ordena que o filho que morreu defendendo a cidade seja sepultado com todas as honrarias digna de um herói, e o outro seja deixado ao alento para servir de alimento aos cães e aves carniceiras. Descobrindo as ordens do rei, Antígona, irmã de Polinice e Etéocios, decide que vai sepultar o irmão, mesmo que isso signifique sua morte por desobedecer às ordens do governante, nesse ponto da historia temos o primeiro embate entre as leis divinas de que todos os mortos deveriam ser sepultados para serem recebidos por Hades, deus do submundo (sendo essa uma representação metafórica do direito natural) e as leis da cidade, impostas pelo governante (representando dessa forma as leis do direito positivo). Ao comunicar à irmã do desejo de sepultar o falecido, Ismênia tenta dissuadi-la, mas não obtém êxito, e enquanto Antígona realiza seu desejo de honrar a morte do irmão ela é capturada por guardas e levada ao palácio, onde é recebida na sala de Crente por ele próprio, e ao ser questionada do motivo de sua transgressão às leis, ela se defende com a afirmação de que a lei da cidade não pode estar em desacordo com as leis dos deuses, pois se assim estiver, estas não podem ser consideradas válidas, ao ouvir tais palavras, o rei a sentencia a morte pelo sepultamento e ordena que os guardas a levem para execução.
	Pouco tempo depois chega Hémon, filho mais novo de Creonte e esposo de Antígona, para pedir ao pai a revogação da pena da esposa, sob a afirmação de quetodos na cidade concordam com o ato da jovem de obedecer às leis dos deuses, mas que estes não se, manifestam por temor, e afirma também que um rei nunca governa sozinho, mas sim ao lado do povo, dessa forma o rei deveria ouvir sua suplica e revogar a sentença, no entanto, o governante, já cansado de ser questionado, prontamente nega o pedido. Hémon então sai da sala proferindo a ameaça: ela morrerá sim, mas há de causar outra (Antígona de Sófocles). Entra então outra personagem, o oráculo cego que nunca havia errado em nenhuma de suas previsões, Tirósias, e este aconselha que os mortos não sejam maculados, referindo-se a proibição do sepultamento de Polinice, e que os vivos não sejam sepultados, sob a pena de atrair a irá dos deuses, causando desgraça, e então sai da sala. Após a ameaça do vidente e o apoio a ele prestado pelo corifeu, Creonte então corre para sepultar Polinice e revogar a pena de Antígona. No entanto, chegando próximo ao local de sepultamento da jovem, ele ouve um grito de desespero e ódio e conclui que se trata do seu filho, o qual estava parado ao lado do corpo de Antígona, já morta. Então Hémon, em estado de cólera corre para atacar o pai com sua espada, mas erra o golpe, e em profunda agonia crava a espada em seu peito e morre abraçado ao corpo da noiva. Por último, chega ao palácio a esposa de Creonte, a qual recebe a notícia da morte do filho e também comete suicídio, concretizando dessa forma a punição divina prometida pelo velho oráculo.
	Essa tragédia grega, apesar de seu caráter mitológico e fictício, é amplamente utilizada nos cursos de direito para ilustrar o antigo debate entre direito natural e positivo, portando a mensagem de que toda essa tragédia aconteceu devido ao Creonte, detentor do poder legal, e representante metafórico do positivismo jurídico tradicional, achar que seus decretos eram universais e absolutos, sem se importar com as leis naturais, sendo representada pela vontade dos deuses, e com a justiça, o que gerou consequências irreversíveis.
	Por fim, traçando um paralelo entre o mito e a realidade vigente na primeira metade do século XX, podemos associar as leis arbitrarias e injustas do governante com as leis da Alemanha nazista e seu positivismo exacerbado, sendo, portanto todas as tragédias ocorridas em Tebas, equivalentes ao ocorrido no holocausto e na segunda guerra mundial, suscitando a ideia de que é necessário haver equilíbrio entre o racional positivo e o natural na formulação e regulação das leis para que não se repita tal ocorrido, seja o fictício, seja o real.
4. NATURALISMO E POSITIVISMO EM O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA.
	O caso dos exploradores de caverna, escrito pelo professor americano Lon Fuller, é muito utilizado no estudo do direito para ilustrar o antigo embate entre jusnaturalismo e o positivismo jurídico. A história se passa no ao de 4300 d.C. em uma realidade na qual a terra já teria passado por um desastre apocalíptico chamado de grande espiral, mas o livro não entra em detalhes sobre isso, e o local onde se passa os ocorridos é o estado fictício de Newgarth. A problemática começa quando cinco amigos e exploradores ficam presos em uma caverna devido a um deslizamento.
	Após 20 dias de trabalho de resgate e 10 operários mortos devido a outros deslizamentos, a equipe socorrista consegue entrar em contato com um deles, chamado Whetmore, o qual pergunta quantos dias deveria levar para que o resgate fosse concluído, e ao receber a resposta de que levaria pelo menos mais dez dias, ele faz outra pergunta: quanto tempo eles sobreviveriam com as provisões restantes, recebendo novamente uma notícia negativa, pergunta se era possível que eles sobrevivessem caso consumissem a carne de um deles, e relutante o médico que estava em contato afirmou que sim, cessando com isso as comunicações.
	No trigésimo dia após o deslizamento, quatro amigos foram resgatados e ficou-se sabendo que haviam matado e consumido a cerne Whetmore para sobreviver após ele ter feito essa sugestão e sido sorteado. Os quatro sobreviventes foram acusados de assassinato e levados a julgamento, sendo condenados à forca em primeiro grau, mas devido à complexidade do caso, tanto o júri quanto o juiz pedem ao chefe do poder executivo que a pena fosse comutada em seis meses de prisão, o que nunca havia ocorrido antes, fazendo com que o caso fosse encaminhado para a suprema corte, onde eles seriam julgados por cinco juízes, um naturalista, três positivista, sendo dois deles, como dito pelo autor, com crise de consciência, e um realista.
	O primeiro a votar foi o presidente da suprema corte o juiz positivista Truepenny, é ele quem relata o caso, e recomenda que o tribunal mantenha a condenação, mas que deveriam também recomendar ao chefe do poder executivo que comutasse a pena, já que isso previsto no código do direito positivo, caracterizando-o como um positivista com crise de consciência.
	O segundo a votar foi o juiz Foster, um naturalista, o qual apresenta dois argumentos independentes para absolver os réus: (a) o primeiro é o de que dentro da caverna eles estavam em estado de natureza, estando sujeitos ao direito natural, portanto o acordo feito por eles de que um deles deveria ser sacrificado em prol da sobrevivência da maioria era válido, o que descaracterizaria um caso de homicídio, (b) o segundo é baseado na finalidade da regra que pune o homicídio, já que o fim ultimo desta é preservar a vida, e que ao tirarem a vida de Whetmore, outras quatro vidas foram preservadas, a lei cumpriu seu propósito, algo semelhante ao que ocorre com a legitima defesa.
	O terceiro a votar foi o juiz Tatting, outro positivista com crise de consciência, o qual mediante a complexidade do caso se absteve de votar, pois racionalmente compreendia que a pena deveria ser aplicada, mas seus sentimentos eram contrários a isso, fazendo com que fosse impossível para ele chegar a um veredito.
	O quarto foi o juiz Keen, um rigoroso positivista que não se sensibilizou por nenhum argumento utilizado pelo juiz Foster, pelo contrário, encontrou meios de refuta-los e ainda criticou o presidente da suprema corte por pedir a recomendação de comutação da pena. Votando veementemente pela manutenção da pena.
	Por último, o quinto voto é do juiz Handy, um realista jurídico, o qual baseia seu voto no bom senso para absolver os réus, pois além da morte de Whetmore, outros 10 socorristas morreram durante o resgate, desqualificando a morte de mais quatro pessoas, e para reforçar sua tese, afirma que 90% da população era a favor da absolvição.
	Com isso, o julgamento termina com dois votos a favor da condenação (dois positivistas), dois votos a favor da absolvição (um realista e um naturalista) e um voto de abstenção, fazendo com que, devido ao empate, e pelas leis de Newgarth, os réus fossem condenados a forca no dia 2 de abril do ano de 4300.
	Por fim, observa-se que a principal diferença entre os direitos positivo e natural se dá pela literalidade da norma, sendo rigidamente seguida pelos positivistas, mesmo em casos como o supracitado, onde o juiz não deseja a aplicação da pena, como ocorreu com o juiz Truepenny, e chamado pelo autor como crise de consciência, e mais interpretativa e aplicada na situação própria pelos naturalistas, como o caso do juiz Foster, o qual encontrou meios argumentativos e legais para a absolvição dos réus.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve por objetivo elucidar o debate milenar entre as visões de um direito mais naturalista e transcendente e de existência superior ou para além da humana e outra de direito mais rígido, racionalizado e existente por si mesmo, por meio da definição histórica de cada um, percorrendo entre as principais teorias desde a antiguidade até as mais recentes e aceitas na sociedade hodierna e finalizando com a aplicação desse debate em casos canônicos no direito, e usados para ilustrar tal cenário. Não se tratou de uma obra revolucionária no ponto de vista temático, nem tinha isto por objetivo, se propondo somente e lucidar as principais visõese abrir luz a essa eterna dualidade de caráter antagônico, tal qual visto nas obras barrocas. Cabe também ressaltar que não foram respondidas todas as questões acerca do tema, nem seria possível faze-lo pois muitas dessas só são respondidas por uma visão subjetiva, portanto, todas as informações apresentadas servem de embasamento para reflexão e conclusão próprias do leitor.
	Encerra-se, portanto, o presente texto com a afirmativa de que ambas as visões, apesar de distintas, têm o similar proposito de ordenar e regular as ações humanas sejam em sociedade, em particular, em público, internacional ou mesmo em família, cada uma com suas peculiaridades, vantagens em situações especificas e desvantagens em outras, o que justifica o fato de que apesar de se tratar de um embate milenar, não se pôde chegar a uma conclusão definitiva, cabendo a juízo próprio a determinação de qual corrente vai se seguir, ressalta-se também que uma, mesmo antagônica, não exclui a outra, havendo dessa forma possibilidade de coexistência, o que abre brecha pra outra série de correntes, dentre elas o realismo, brevemente citado no argumento do quinto juiz no Caso Dos Exploradores de Caverna, sendo esse uma alternativa a se seguir.
REFEÊNCIAS
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