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Universidade de São Paulo Instituto Oceanográfico Docentes: Professor Dr. Daniel Eduardo Lavanholi Lemos Professor Dr. Vicente Gomes Rafael Coelho (assistente Mestrado) Relatório de Viagem de Campo para a disciplina “IOB0160 - Práticas de Aquicultura” Clelia Rodrigues Das Chagas - n.USP: 5848422 Thaina Brumatti de Oliveira - n.USP: 8972076 São Paulo 2018 Sumário 1. Introdução 2 1.1 Aquicultura no Brasil: Aspectos básicos 1.2 Nutrição de frequência alimentar 3 2. Composição da ração produzida no primeiro dia para os camarões 5 2.1 Composição da ração pronta do Bijupirá 6 2.3 Aquicultura de Camarões 7 Sistema de Bioflocos 7 2.4 Sistema Azul - Autolimpante (tanques) 9 3. Dados coletados do experimento com os camarões 10 3.1 Temperatura e Saturação de Oxigênio 10 3.2 Salinidade 10 3.3 Ração 10 3.4 Pesos 13 3.5 Discussão dos Resultados 14 4. Piscicultura marinha no Brasil 15 4. Bijupirá 15 4.2 Alimentação 16 4.3 Stripping Fecal 16 4.4 O Abate 16 5. Considerações finais 17 6. Referências 18 1 1. Introdução 1.1 Aquicultura no Brasil: Aspectos Básicos Como há um aumento considerável no tocante a procura de produtos e derivados da pesca extrativista, está ocorrendo cada vez mais uma diminuição nos estoques pesqueiros. Diante deste quadro, a prática de Aquicultura, que se caracteriza em manejar espécies aquáticas em um local delimitado, acompanha as variadas etapas do desenvolvimento de tais organismos. Sendo assim, passou a se tornar uma forma de empreendimento que gera variadas formas de benefícios, dentre eles: alimentício, científico, social e econômico. Este trabalho trata da importância da proposta da Aquicultura que vai de encontro ao desenvolvimento de alimentos de qualidade na alimentação/ração para acelerar o crescimento do camarão e proporcionar maior aproveitamento de renda ao adquirir ingredientes com baixo custo de mercado. Portanto, o potencial de produção é promissor. Vale ressaltar que dentre todos os caminhos que podem ser trilhados em prol da Aquicultura Brasileira, o que trata acerca dos aspectos naturais, possui maior destaque. O Brasil possui 7.367km de costa; 3,5 milhões de hectares em águas públicas represadas; 5 milhões de hectares em águas privadas represadas; apresenta clima predomina tropical. Neste sentido, se apresenta de forma auto-suficiente no tocante a produção de grãos; e concentra 12% da água doce disponível no planeta. Em contrapartida, ocorre uma maior concentração de recursos aquáticos localizada na região Norte e Centro-Oeste, sendo que a densidade populacional é menor, ocasionando assim uma estrutura precária para comércio e transporte de produtos aquícolas, portanto é necessário que se torne mais evidente o desenvolvimento da Aquicultura. O Brasil, sendo o detentor de grande número de pequenas propriedades rurais e de produtores. Variam dentro do próprio cultivo para com sua seleção, a fim de diminuição dos custos, aumento da renda e aproveitamento de oportunidades de oferta ambiental e um leque 2 de possibilidades em mão-de-obra. Deste modo, a agricultura familiar possui benefícios de ordem agro-socioeconômicos e ambientais. E, consequentemente, passa a ser utilizado dentro do âmbito da Aquicultura por produtores familiares. Tem então, possibilidades de estruturas qualificadas de capacitação de pessoal e também, um vasto campo para linhas de pesquisas. Há no Brasil, 89 instituições de pesquisas relacionadas à aquicultura. Sendo assim, há cada vez mais investimentos para com a prática de aquicultura, fornecimento de equipamentos, crescimento no cultivo dos principais organismos aquáticos, produção de formas jovens e, portanto um cuidado especializado neste tipo de cultivo. Ademais, o exposto tratará da nutrição do camarão branco do pacífico com o objetivo de promover a sustentabilidade. 1.2 Nutrição de frequência alimentar O bijupirá (Rachycentron canadum) é um peixe encontrado em águas tropicais e temperadas rasas de vários oceanos. Sua carne branca, consistente e saborosa é muito apreciada no mercado asiático, valorizada ainda mais pelos altos índices de ácidos graxos poliinsaturados que ajudam a diminuir o índice de colesterol (LDL) no sangue. É amplamente reconhecido que diversos arraçoamentos ao longo do dia promovem um ganho de peso mais rápido e mais eficiente em camarões peneídeos. Há uma maior frequência alimentar, também se reduz a dissolução de nutrientes da ração e melhora os índices de conversão alimentar. A ração desenvolvida na Base de Ubatuba foi estudada e feita para obter o melhor aproveitamento dos nutrientes sem desperdícios (descartes), maior engorda e o menor gasto financeiro possível. 3 Ainda há temas necessários a serem abordados, por exemplo, a questão da sustentabilidade. Neste caso, trata-se da farinha de peixe; ainda que tenha boas propriedades, não se apresenta de maneira sustentável e portanto, por ter seu custo pecuniário alto, acaba sendo substituída. Proporcionando então, menor geração de resíduos e descartes e sempre diversificando e melhorando o uso e aproveitamento de nutrientes. É importante salientar que, a considerável atenção na escolha do tipo da ração, cresce de maneira paulatina. Neste sentido, faz-se mister que a seleção dos produtos se realizem de forma que os órgãos sensoriais do camarão sejam atraídos para o alimento, pois ocorrendo o contrário, o camarão não se alimentará, ocasionando assim uma desnutrição e, consequentemente perda (morte) do crustáceo. Portanto, é necessário que o camarão seja alimentado com a medida correta, para que seja evitado excesso de alimentos, que poderão ficar depositados ao fundo do tanque causando assim, acúmulo de fungos. Ao final do dia, o mesmos deverão ser pesados e na água, precisará ser feita a medição da salinidade, temperatura e oxigênio. Algumas especificidades de alguns dos ingredientes utilizados na preparação da ração: - O perfil do aminoácido é similar ao camarão; - Farinha de sangue eleva a proteína da ração e, este produto, por sua vez, proporciona maior vantagem por ter seu valor de custo menor em comparação a outros; - Farinha de trigo que apesar de não ter muitas proteínas, possui outras propriedades; - Levedura seca que proporciona bem estar ao camarão; - Farinha de soja se torna mais abundante se acrescida de aminoácidos. Os ingredientes proteicos, gordurosos, vitaminas, pré-mix, dentre outros, proporcionam bom desempenho para o organismo dos camarões. 4 2. Composição da ração produzida no primeiro dia para os camarões O processo de cultivo comercial do camarão-branco do Pacífico é constituído de duas fases: a fase de manejo de larvas, mantidas em berçários, e a fase de engorda, realizada em viveiros. Com relação a ração, de acordo com pesquisas a farinha de cabeça de camarão e a levedura de cana-de-açúcar foram os ingredientes que apresentaram um dos melhores coeficientes de digestibilidade aparente e também a energia digestível para o camarão do L. vannameispecies. Há a necessidade de realização de novas pesquisas, mas nota-se que a farinha de vísceras, principalmente, é muito nutritiva para tal camarão e traz um grande coeficiente de digestibilidade aparente Tabela 1: Composição Ingredientes Porcentagem Farinha de Lula 5 Farinha de Peixe 20 Farinha de Sangue 2 Farinha de Vísceras 10 Farinha de Trigo 36 Levedura Seca 3 Farinha de Soja 15 Lecitina de Soja 1 Óleo de Peixe 2 Hidrolisado de Peixe 4 5 Figura 1: Preparo da ração Mixer / blinder Este equipamento é uma batedeira industrial alemã. A massa, após ser misturada até obter consistência homogênea, é colocada em outro recipiente para que seja então moída com a resultante em pallets. 2.1 A ração pronta do Bijupirá 6 O Bijupirá é uma espécie que tem seu crescimento relativamente acelerado. Possui, uma digestão digestão rápida, pois tem seus órgãos internos beneficiários. Tem grande porte que pode atingir comprimento máximo de até 200cm, por não haver muito interesse por esse tipode pesca, consequentemente há pouca captura. A comida que é depositada no tanque onde os Bijupirás têm sua criação somente é capturada enquanto está flutuando. Sendo assim, se o peixe não consegue pegar em tempo hábil o pallet, este por sua vez, será desperdiçado. Seu predador ativo é o Robalo. Vale mencionar, que a espécie em questão é muito sensível e que em dias nublados, deixam de se alimentar. É perceptível essa questão, pois o peixe isso a partir de sua coloração esbranquiçada. 2.3 Aquicultura de Camarões Sistema de Bioflocos O Biofloco, antes da década de 90, tinha sua estrutura mais precária e, portanto não resistia por muito tempo. Após este período, sua estrutura passou a ter maior aprimoramento e, consequentemente, economia de ração e melhora na qualidade da água. Antes desse sistema, os camarões, sem cuidados, eram contaminados e devorados pelos pássaros. O Biofloco é um "Update" no método de cultivo, com cerca de quatro (4) mil camarões. Este cultivo possui alta densidade e têm seus cuidados específicos para sejam evitados certos danos, por exemplo, queda de energia, cautela na relação carbono e nitrogênio, acréscimo do melaço (será explicado a seguir), dentre outros. Seu custo inicial é alto, em função dos aparelhos utilizados na construção. É um sistema sem troca de água que consiste na reciclagem de matéria orgânica - os animais que morrem em seu interior, servem de alimentos para os demais -, na qual a ração é uma fonte de Nitrogênio e o melaço a fonte de Carbono. A adição de carbono no sistema é feita na proporção de 16:1 de nitrogênio. O melaço é utilizado por ter mais facilidade de 7 dissolução na água em comparação com o açúcar e, serve como substrato para as bactérias transformadoras de nitrogênio. O sistema possui aeração constante para evitar acúmulo de flocos no centro em suspensão. Como não se deve deixar tais bioflocos decantarem, a aeração fica “remexendo” o sistema-tanque. As bactérias envolvidas servem como alimento para os camarões, que comem os bioflocos formados pelas mesmas. Em um sistema como o referido, pode-se encontrar até 4 mil camarões, ou seja, 300 camarões por metro quadrado. Figura 3: Para manter um controle de qualidade no sistema, é necessária a análise dos parâmetros de oxigenação da água, salinidade e temperatura. Além disso, utiliza-se um tubo em Hoff, para observar se a quantidade de sólidos no sistema biofloco está adequada ao pegar 1L de água do sistema e observar sua decantação. A amostra deve possuir de 10 a 20% de detritos. Caso tal valor ultrapasse 20%, a água deve ser trocada. Na amostra recolhida, possuíamos cerca de 15% de detritos. 8 A produção de camarões em sistemas com bioflocos permite um aumento da produtividade, já que o suprimento de alimento complementar provém da comunidade microbiana. Assim, melhora-se também a conversão alimentar e há redução da utilização de ração comercial. 2.4 Sistema Azul - Autolimpante (tanques) Consiste em um sistema autolimpante com tanques com fundos em formato cônico com um ralo no meio, no qual a sujeira vai para o meio e desce para um tubo localizado abaixo do tanque. Assim, pode-se retirar a maior parte dos sólidos no tubo. A renovação da água dos tanques é constante (é trocada de 3 a 4 vezes por dia) e a aeração também. O processo do filtro é ligado 1 (hum) mês antes dos camarões serem colocados e também é colocado um pouco de ração. A água passa por tratamento dentro do sistema, que é fechado por uma caixa de decantação. Utiliza-se Skimer para retirar compostos nitrogenados e outros sólidos de circulação (os resíduos que são retirados da água). O peixe que está em água salgada, ao apresentar parasitas, é colocado em água doce por 10 minutos e, os parasitas, por sua vez, explodem por osmose. O líquido proveniente do mar vai para as caixas d’água, passa para os tanques, depois para o filtro biológico e então para o aquecedor, que manterá esta na temperatura adequada para a criação dos camarões e, então ela irá de volta para os tanques. 9 3. Dados coletados do experimento com os camarões Dia 2 Dia 3 Dia 4 Temperatura (°C) 30 30,3 30 Salinidade 39 38 39 Oxigênio (%) 57 65 60 Oxigênio (mg/L) 4,20 4,94 4,5 3.1 Temperatura e Saturação de Oxigênio As medições de temperatura e saturação permaneceram semelhantes durante os dias de estudo, pois tais valores eram melhor controlados. A temperatura ótima para crescimento de camarões é por volta de 30°C. 3.2 Salinidade A salinidade encontrada possui valor muito alto com relação ao valor de salinidade encontrado no mar. Apesar de o método utilizado para medição - Refratômetro - não ser o mais apropriado, por possuir margem relativamente alta de erro e variação de valores dependendo da pessoa que olha o aparelho, ainda assim tal valor saiu alto demais. Isso pode ser explicado devido a evaporação da água - que possivelmente acontece em maior quantidade que nas águas do mar, visto que é mantida uma temperatura constante entre 30 e 32°C nos tanques de cultivo. 10 Em regiões específicas, com alta estava de evaporação, a salinidade pode ser bem alta, como na região do Mar Vermelho (39%), Mar Morto (81) e Lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro (50). A média do valor de salinidade dos oceanos, em condições padrão, é de 35%, enquanto que o valor encontrado nos dias de estudo ficou em torno de 40%. A salinidade é controlada principalmente por dois fatores: a evaporação, que a aumenta, e a precipitação, que a reduz. A variação da salinidade na superfície pode portanto ser expressa como S = So + k (E - P) onde So é uma constante, determinada pelos processos de mistura na superfície, E é a quantidade de evaporação por unidade de tempo, P é a quantidade de precipitação por unidade de tempo e k é uma constante. 3.3 Ração 11 Nota-se que todos os grupos tiveram que diminuir a quantidade de ração inicialmente utilizada, que variou de 9 a 12% da biomassa total do animal. O recomendado é um valor entre 6 e 15%, e deve ser analisado visualmente se há sobras ou não de pallets de ração para adequar esse valor para assim termos o mínimo possível de desperdício. Camarões Tanque 20 Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Biomassa (%) 8 10 12 10 Resíduos Poucos Poucos Considerável Poucos 12 Ração (g) 7,36 9,21 11,01 9,21 Os camarões do tanque 20, inicialmente, possuíam um peso médio de 3,07g. Ao chegarmos, eles estavam sendo alimentados com 8% da biomassa total, mas aceitaram 10% da biomassa no segundo dia (primeiro do nosso experimento), não sobrando muitos resquícios de alimentos não digeridos. No terceiro dia resolvemos aumentar ainda mais a porcentagem, visto que não estava tendo sobre de comida. Elevamos para 12% e tivemos sobras. Como decisão para o último dia, mantivemos o valor de 10% de biomassa, já que no primeiro dia não havia sobrado ração e o valor de 10% em si é bem alto. 3.4 Pesos Grupo Biom I (g) Biom F 𝜟 Biom Alimento FCA g/semana/ind 13 (g) (g) 1 90,18 132,45 42,26 45,59 1:1,08 1,41 5 87,28 111,44 24,16 51,23 1:2,12 1,08 7 86,60 126,54 39,94 46,06 1:1,15 1,48 20 92,10 132,91 40,81 50,43 1:1,23 1,85 22 95,19 138,98 43,79 47,02 1:1,07 1,62 O FCA (Fator de conversão alimentar) relaciona o consumo de ração do animal em um período de tempo com seu ganho de peso 3.5 Discussão dos Resultados O grupo que possuiu melhor FCA, ou seja, teve melhor aproveitamento de consumo de ração foi o Grupo 22. O grupo 5 foi o que mais utilizou ração e ainda assim o com menor fator de conversão alimentar. Como a ração utilizada era a mesma, assim como a média de temperatura e salinidade, isto pode ter acontecido devido a bastantes perdas (mortes) de camarões durante o processo, diminuindo o delta de peso final-inicial e pode também ter sido um fator genético do camarão. Como houve alimento demais o problema não foi a falta deste, foram oferecidas 51,23g de alimento - a maior quantidade oferecida dentre os grupos - e o grupo deve ter obtido a maior quantidade de sobras, alémdo menor crescimento. 4. Piscicultura marinha no Brasil - As rações ainda se encontram em um estágio inicial de desenvolvimento; - Alta inclusão de produtos derivados da pesca; - Carência de alevinos (pouca produção); - Custo; 14 - Alto risco Neste sentido, foram levantadas pesquisas no Mato Grosso e Tocantins, onde houve grandes investimentos (em milhões) privados e, construções de fábricas de ração e viveiros. Tocantins é considerado um pólo aquícola e recebeu instalações para engorda e processamento de diferentes peixes. Houve a fusão entre duas grandes empresas brasileiras (Geneseas e DellMare) de processamento de pescado. A nova empresa é possui aplicabilidade em fundo de investimento em Agronegócio, produzindo cerca de 3 (três) mil toneladas de camarão vannamei (Litopenaeus vannamei) ao ano. O Brasil está começando a sair da "infância" neste setor… 4. Bijupirá O bijupirá (Rachycentron canadum) é um peixe encontrado em águas tropicais e temperadas rasas de vários oceanos. Sua carne branca, consistente e saborosa é muito apreciada no mercado asiático, valorizada ainda mais pelos altos índices de ácidos graxos poliinsaturados que ajudam a diminuir o índice de colesterol (LDL) no sangue. 4.2 Alimentação Durante o período de estudo em Ubatuba, fomos alimentar os bijupirá diariamente, com a ração desenvolvida e já produzida na base. Com relação ao manejo alimentar, o ideal é de duas vezes por dia. Uma no período da manhã e uma a tarde. Eles sobem para a superfície para se alimentar. Em um dos dias tivemos que trocar os peixes de tanque para trocarmos a rede, que estava suja demais. Alguns peixes morreram enroscados na rede. 15 4.3 Stripping Fecal Em uma tarde realizamos o Stripping Fecal, que consiste em uma massagem abdominal no peixe para retirada de fezes. Como anestésico utiliza-se o óleo de cravo (Eugenol), por ser um anestésico natural, não tóxico, barato e de fácil manuseio. Tal processo costuma ser realizado para obtenção de valores para o cálculo de disgestividade, para verificar a efetividade da ração. O óxido de cromo 3 é utilizado como marcador. 4.4 O Abate Resultados No último dia de trabalho de campo capturamos os peixes com uma rede para abatê-los e limpá-los, analisando o rendimento de filé do peixe. Medidas foram constatadas, a cabeça e nadadeiras foram desprezadas. Para o melhor aproveitamento do filé foi retirado as vértebras e espinhas. Sendo assim, na tabela abaixo, será demonstrado todo o rendimento obtido. Tabela 1: Resultado do rendimento no cultivo do Bijupirá PInd(g) Vísceras (g) s/ cabeça (g) Filet Rend. Filé (%) #1 1400 171,3 816 605,5 43,2 #2 1215,6 146,6 755,08 607,5 49,9 #3 1507,3 186,9 842,4 652 43,2 #4 1555,5 198,3 979,5 785,4 50,5 #5 1274,5 166,7 900,3 657,3 51,57 16 #6 1554,9 247,2 886,2 707,2 45,48 #7 1148,5 152,1 665,2 561,2 48,8 #8 1249,9 181,6 755,9 629,9 50,4 #9 1259,7 163,2 766,3 658,8 52,3 #10 1227,8 138,4 741,3 587,5 47,8 De início, o peso médio de cada peixe estava em torno de 1227,8; o rendimento médio foi de 48,3%. Com o intervalo de 32,8 a 59,8%. Se mostrou então um rendimento cárneo superior a outras espécies, por exemplo, tilápia. Sendo assim, foi constatado que o cultivo de Beijupirá é vantajoso, pois o gasto não é alto, podendo utilizar da sustentabilidade e ao final, possui um rendimento cárneo satisfatório. 5. Considerações finais A questão ambiental como um todo, tem se mostrado cada vez mais presente no sentido de solução de questão voltada para sustentabilidade. Neste contexto, a Prática de Aquicultura, com seu objetivo voltado para a nutrição e alimentos sustentáveis, tem um leque de possibilidades no tocante a esfera ambiental. Da mesma forma, o contato com a disciplina de Prática de Aquicultura pode demonstrar de forma clara e ampla que, a aplicabilidade de técnicas dentro do cultivo e manejo de organismos marinhos proporciona uma vasta experiência de diversos aspectos. Dentre eles: nutrição e alimentos sustentáveis, espécies de sistema de criação, capacidade de suporte ambiental, fortalecimento institucional e apoio à iniciativa para empresas. Ademais, a Aquicultura tem demonstrado seu potencial de desenvolvimento como negócio no mundo inteiro e Brasil. Desta forma, aumenta a demanda por produtos alimentícios para a população mundial que tem crescido cada vez mais. Muitos estudos de 17 grandes instituições têm mostrado que a Aquicultura é considerada um negócio rentável e sustentável. A ONU, recomenda que países auxiliem pescadores e aquicultores de pequena escala no sentido de acessibilidade, melhorias, novas tecnologias, fortalecimento e políticas públicas. A evolução neste setor tem se mostrado cada vez mais impactante. 6. Referências 1. CUNHA, Belinda Pereira, 2011. Direito Ambiental 2. FÓES, K. G; Gaona, C. A. P; e Poersch, L.H. Segmentos da Aquicultura. ESALQ. 38-32. 3. Material escrito pelo Prof. Dr. Joseph Harari e disponibilizado impresso durante as aulas da disciplina IOF 1202 - Oceanografia Física Descritiva, ministrada no IOUSP em 2007, que pode ser acessado em <https://www.danilorvieira.com/disciplinas/iof1202/ofd_capitulo03.php> 4. MPA. Plano de Desenvolvimento da Aquicultura Brasileira - 2015/2010. 5. MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA, M. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura - 2010. Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura. 6. OLIVEIRA, Rafael de., 2009. O panorama da aqüicultura no Brasil: a prática com foco na sustentabilidade. Revinter, p. 71 - 87. 7. SEBRAE 18 https://www.danilorvieira.com/disciplinas/iof1202/ofd_capitulo03.php http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/ 4b14e85d5844cc99cb32040a4980779f/$File/5403.pdf 8. SEDGWICK 1979; Robertson et al. 1993. 9. VALENTI, W.C. A aqüicultura brasileira é sustentável? IV Seminário Internacional de Aqüicultura, Maricultura e Pesca. 2008. 10. SIMÕES, M. R.; FÁTIMA, C. De; Ribeiro, A.; AMARAL, C.; PARK, K. J.; ELIZABETH, F.; MURR, X. Composição físico-química, microbiologia e rendimento do filé de tilápia tailandesa (Oreochromis noliticus). Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 27, n. 3, p. 608-613, 2007. 11. (http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va11-segmentos-da-aquicult ura03.pdf) 12. http://abccam.com.br/site/wp-content/uploads/2011/02/Programa_Alimentar.pdf 13. http://www.dzo.ufla.br/Roberto/transparencias/indice_alimentar.pdf 14. AKANDE, T.; ODUNSI, A. A. Nutritive value and biochemical changes in broiler chickens fed detoxified castor kernel cake based diets. Africam jornal of biotechnology, Lagos, v. 11, n. 12, p. 2904-2911, 2012. 19 http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va11-segmentos-da-aquicultura03.pdf http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va11-segmentos-da-aquicultura03.pdf http://abccam.com.br/site/wp-content/uploads/2011/02/Programa_Alimentar.pdf http://www.dzo.ufla.br/Roberto/transparencias/indice_alimentar.pdf
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