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Quarta à oitava semana do desenvolvimento Embriologia Letícia França ▸ Neurulação, fechamento do embrião e inicio do dobramento do embrião – eventos que se iniciam na terceira e continuam na quarta. QUARTA SEMANA Principais eventos: ▸ Organogênese: gênese de todos os órgãos e sistemas, estabelecimento de todas as principais estruturas externas e internas. Funcionamento mínimo de todos os órgãos (exceto sistema cardiovascular) ▸ Neurulação e fechamento dos neurópolos (região do crânio) Dobramento do embrião: ▸Dobramento e crescimento do disco trilaminar, embrião na forma cilíndrica. ▸O dobramento se dá nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião. ▸Crescimento do âmnio, este que acompanha o dobramento e estabilização do saco vitelino. ▸Dobramento cefálico: a) Dobramentos neurais: as pregas neurais da região cefálica tornam-se mais espessas formando o primórdio do encéfalo. b) Encéfalo posiciona-se sobre o coração e a membrana orofaríngea. ▸ Dobramento caudal: a) Crescimento da parte distal do tubo neural forma o primórdio da medula espinhal. b) Septo transverso divide a região torácica da abdominal, origina o diafragma. c) Septo transverso, área cardiogênica e membrana bucofaríngea com o crescimento e o dobramento, elas se projetam posicionando na região ventral. d) Pedúnculo do embrião (cordão umbilical), membrana cloacal se posicionam também no eixo ventral do embrião. O alantoide (divertículo do saco vitelino) é parcialmente incorporado ao embrião. ▸ Dobramento lateral (Plano Horizontal): a. Resultado do rápido crescimento da medula espinhal e dos somitos. b. Crescimento dos somitos: dobramento laterais esquerdo e direito, tornando o embrião cilíndrico. c. Intestino anterior (faringe), médio e posterior são originados pelo endoderma. d. A membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomodeu (boca). e. Canal onfaloentérico: pedículo vitelino - comunicação entre o intestino médio e o saco vitelino reduzida. f. Formação do cordão umbilical pela incorporação do pedúnculo do embrião, saco vitelino e mesoderma extraembrionário, que sofrem constrição. O encéfalo anterior em desenvolvimento cresce em direção cefálica, além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração primitivo. Quarta à oitava semana do desenvolvimento Embriologia Letícia França g. Parte do saco vitelino secundário é incorporado ao intestino primitivo. h. Crescimento do âmnio junto com o dobramento forma o revestimento epitelial do cordão. A cavidade amniótica recobre todo o embrião. Intestinos: ▸Anterior: estruturas do sistema digestório (faringe, duodeno, fígado, pâncreas, vias biliares) e respiratório (laringe, alvéolos pulmonares). Situa-se entre o encéfalo e o coração. ▸Médio: região distal do duodeno, intestino delgado, ceco e apêndice, parte do intestino grosso. Formado quando parte da camada germinativa endodérmica é incorporada ao embrião. ▸Posterior: parte do intestino grosso, a cloaca dá origem ao reto e ao ânus, bem como às estruturas do sistema geniturinário (bexiga e uretra). Formado durante o dobramento, em que parte da camada germinativa se incorpora ao embrião. Derivados das camadas germinativas: Organogênese ▸As três camadas germinativas dão origem aos primórdios de todos tecidos e órgãos. ▸Estimativa da idade do embrião segue o sistema de Carnegie, classificação universal, 23 estágios para determinar a datação da gestação Quarta Semana ▸O tubo neural forma-se em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuroporos. ▸24º dia: formação dos arcos da faringe e tornam- se visíveis os 4 arcos. O 1º arco (mandibular) e o 2º (hioideo) estão individualizados. ▸Fechamento dos neuróporos: cranial (24º dia), caudal (26º dia). ▸Bombeamento de sangue para todos os órgãos – Proeminência cardíaca. ▸26º dia: proeminência do encéfalo na região cranial anterior, surgimento de fossetas óticas onde é formada orelhas internas e placoides do cristalino que dá origem aos olhos ▸28º dia: broto do membro superior (surge primeiro) e depois o broto dos membros inferiores. ▸Surgimento do quarto arco faríngeo. ▸Rompimento da membrana bucofaríngea para der origem a boca. ▸Formato em C ▸Saco gestacional com 20mm de diâmetro e 4mm de comprimento. QUINTA SEMANA ▸Mudanças são menores na forma do corpo do embrião. ▸Crescimento da região da cabeça, cresce mais que o corpo (rápido crescimento do encéfalo e das proeminências faciais). A face logo entra em contato com a proeminência cardíaca. ▸Cristas mesonéfricas onde se originam os rins. ▸Surgimento do seio cervical: a partir do segundo arco faríngeo (cresce sobre o terceiro e quarto arcos formando uma depressão ectodérmica lateral em ambos os lados) contribui para a formação da caixa torácica e aparece na região do quarto arco ▸Desenvolvimentos dos brotos dos membros superiores (remos) inferiores (nadadeira). Quarta à oitava semana do desenvolvimento Embriologia Letícia França SEXTA SEMANA ▸Início dos movimentos espontâneos responde a reflexos, movimento embrionário. ▸Membros superiores: tem um desenvolvimento rápido e rápida diferenciação, surgem os raios digitais (primórdios dos dedos). ▸Pavilhão auricular: forma as estruturas externas da orelha. Olhos bem evidentes com pigmento da retina. ▸ Os intestinos se desenvolvem mais rapidamente, ultrapassando o crescimento do corpo que não comporta todos os órgãos, eles penetram no celoma extraembrionário e se posicionam no cordão formando a hérnia umbilical fisiológica (normal). SETIMA SEMANA ▸ Separação dos dedos: chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos. ▸Canal onfaloentérico ou ducto vitelino é reduzido e separa o saco vitelino secundário do pedículo de conexão formando o cordão umbilical. ▸A comunicação entre o intestino médio e saco vitelino é reduzida a um ducto estreito: Pedículo vitelino. ▸Degeneração do SV secundário ▸Início da ossificação dos ossos dos membros superiores. ▸ Ducto vitelino + Pedículo = Anel umbilical ▸Membrana Cloacal (extremidade caudal) se divide em duas: a. Anal: se rompe e forma o orifício anal b. Urogenital: que forma a região da genitália externa. OITAVA SEMANA ▸Dedos mais desenvolvidos, apoptose entre os dígitos das mãos, separação, movimentos coordenados dos membros. ▸Início da ossificação a partir do fêmur. ▸Surgimento do plexo vascular do couro cabeludo ▸Desaparecimento da cauda ▸Características humanas visíveis e cabeça desproporcional. ▸Início da unificação das pálpebras e os pavilhões auriculares assumem a forma final. E a região do pescoço já está definida. ▸Tem diferença sexual, mas ainda sem distinção morfológica. Quarta à oitava semana do desenvolvimento Embriologia Letícia França ▸Modificação do córion se dividindo: viloso (vilosidades coriônicas terciarias) e liso (mais interna, membrana que envolve o embrião). MALFORMAÇÃO LIMB Body Wall: malformação de membros da parede abdominal. ▸Extensa abertura na parede toracoabdominal, provocando evisceração de todos os órgãos abdominais e torácicos para o celoma extraembrionário. ▸Alteração da vasculogênese: causada pela malformação nos vasos sanguíneos dos quadrantes laterais levando a uma deficiência vascular, o que impede o fechamento da parede anterolateral na região toracoabdominal deixando os órgãos todos expostos. ▸Prognóstico: morte fetal ou neonatal ▸Ocorre entre a 3ª e 4ª semana Malformações compatíveis com a vida: Ambas podem ser tratadas cirurgicamente. ▸Gastroquise: estômago aberto. Vísceras expostas ao líquido amniótico, correção pode ser intrauterina. Causas possíveis: a. 5ª e 6ª semanas: falha na involução dos vasossanguíneos umbilicais. b. Ducto vitelino não atrofia e não fusiona com o pedículo c. Rotura de uma onfalocele ▸Onfalocele: entre a 6ª a 10ª semanas, devido ao crescimento hepático e intestinal ser muito rápido, a cavidade abdominal se torna pequena resultando na hérnia umbilical fisiológica. A onfaloncele ocorre devido à presença das vísceras no interior do cordão umbilical após a 10ª semana, protegida por pelo âmnio, membrana translucida Até a 10 semana é uma hérnia natural/fisiológica Causas Possíveis: a. Deficiência do crescimento da cavidade abdominal, provocando a persistência da hérnia umbilical fisiológica b. Falha na redução do anel umbilical após a 10ª semana. A. Onfalocele B. Gastroquise
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