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Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 1 Rede de proteínas filamentosas dinâmicas e adaptáveis que determina espacialmente o citoplasma das células → garante o formato, a organização interna e a polaridade funcional da célula; Garante que a célula funcione de forma adequada ao efetivar funções espaciais e mecânicas, como: o Reorganização dos seus componentes internos como decorrência dos processos de crescimento, divisão e adaptação a mudanças no ambiente; o Capacidade de modificar sua forma e migrar para outros locais; o Se organizar no espaço e interagir mecanicamente com outras células; Composto por três tipos de sistemas de filamentos principais que atuam em conjunto para fornecer à célula resistência + forma + capacidade de locomoção; o MICROFILAMENTOS (FILAMENTOS DE ACTINA) → determinam a ; forma da superfície da célula necessários para a locomoção como um todo; conduzem a divisão de uma célula em duas; Polímeros helicoidais flexíveis organizados em feixes lineares, redes bidimensionais e géis tridimensionais; Revestem a face interna da MP em células animais → resistência e forma à bicamada lipídica; Formam projeções na superfície de células: lamelipódios e filopódios → usados pela célula para explorar o território e para se movimentarem; Neutrófilos → reorganiza sua densa rede de actina para poder se movimentar em direção a bactérias (fagocitose: emissão de pseudópodes); o MICROTÚBULOS → determinam o posicionamento às organelas delimitadas por membrana; promovem o transporte intracelular; formam o fuso mitótico que segregam os cromossomos; Cilindros longos, ocos e retilíneos formados pela proteína tubulina; rígidos; São dímeros (alfa-tubulina/beta-tubulina) → microtúbulos (13 protofilamentos – orifício central); Apresentam uma extremidade ligada a um centro organizador de microtúbulos (MTOC) → CENTROSSOMO; Encontrados em arranjos citoplasmáticos estendidos na periferia da célula; Podem formar cílios → chicotes de impulsão ou dispositivos sensoriais na superfície celular; Células vegetais: arranjos de microtúbulos controlam o padrão de síntese da parede celular; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 2 o FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS → resistência mecânica; Fibras semelhantes a cabos; Revestem a face interna do envelope nuclear (gaiola protetora do DNA) → formam a lâmina nuclear; Citosol → trançados sob a forma de fortes cabos que mantêm as camadas das células epiteliais unidas (junção célula-célula) ou auxiliam a extensão dos logos axônios das células neuronais; Permitem a formação de apêndices resistentes: pelos e unhas; Cada tipo possui funções biológicas, propriedades mecânicas e dinâmicas distintas; Interagem com proteínas acessórias que regulam e ligam os filamentos uns aos outros e a outros componentes da célula → essenciais para a polimerização controlada dos filamentos em locais específicos; Estruturais → dão formato e organização ao citoplasma; Movimento → deslocamento + contração muscular + transporte de organelas + segregação de cromossomos; Estruturas citoesqueléticas podem persistir ou sofrer modificações de acordo com as necessidades da célula → as subunidades estão em um fluxo constante; o Reorganização do citoesqueleto durante a divisão celular de um fibroblasto → atuação conjunta dos microtúbulos e dos filamentos de actina O arranjo polarizado de microtúbulos é reorganizado para a formação de um fuso mitótico bipolar responsável pelo alinhamento e posterior segregação dos cromossomos duplicados; Segregação das duas cópias de cromossomos para cada um dos núcleos das células filhas → atuação dos filamentos de actina que permitem que a célula sofra uma constrição na região central completando a divisão e garantindo uma forma mais esférica das duas células filhas; O citoesqueleto determina a ORGANIZAÇÃO e a POLARIDADE CELULAR o Em células que possuem morfologia diferenciada (neurônios + células epiteliais maduras), elementos do citoesqueleto garantem estruturas estáveis para a organização celular; o Células epiteliais → possuem protrusões na superfície celular (microvilosidades + cílios) formadas pelo citoesqueleto que garantem o posicionamento, comprimento e diâmetro constantes ao longo de todo o tempo de vida da célula; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 3 o Polarização geral das células → o citoesqueleto permite que elas apresentem diferenças entre suas regiões superiores e inferiores ou anteriores/posteriores; Células epiteliais: usam arranjos organizados dos três filamentos para manter as diferenças essenciais entre a superfície apical (lúmen do intestino) e a superfície basolateral; SUBUNIDADES PROTEICAS DOS FILAMENTOS o Cada sistema é composto por um polímero de subunidades associadas que sofrem montagem e desmontagem reguladas e que garantem à célula: Flexibilidade em montar e desmontar os tipos de estrutura → reorganização estrutural rápida; Propriedades físicas e dinâmicas específicas aos filamentos. Diferenças entre as estruturas das subunidades e da resistência de cada tipo. Extensão do citoesqueleto de uma extremidade celular a outra; o As subunidades formam arranjos helicoidais que se autoassociam através da combinação de contatos proteicos entre extremidades ou lateralmente; sendo elas: ACTINA → subunidades de actina G; MICROTÚBULOS → subunidades de tubulina; OBS: Ambas subunidades são assimétricas e ligam-se umas às outras em um sistema cabeça- cauda → confere polaridade estrutural; cada extremidade do filamento possui um comportamento diferente; São capazes de catalisar a hidrólise de um nucleosídeo trifosfato (actina > ATP e tubulina > GTP) → essa energia permite que os filamentos sofram uma rápida remodelagem; FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS → subunidades menores dos próprios filamentos; São simétricas → não formam filamentos polarizados com duas extremidades diferentes; não catalisam a hidrólise de nucleotídeos; Podem se dissociar rapidamente quando necessário; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 4 OBS: as subunidades dos filamentos são mantidas unidas por um grande número de interações s; os locais e tipos de contato entre as subunidades são hidrofóbicas e ligações não covalente diferentes para cada tipo; Estabilidade térmica de filamentos do citoesqueleto com extremidades dinâmicas o MICROTÚBULOS → Para fornecer força e adaptabilidade são formados por 13 protofilamentos (cadeias lineares de subunidades unidas extremidade à extremidade) que se associam umas às outras lateralmente para formar um cilindro oco; o ACTINA → filamentos finos; requerem muito menos energia para serem rompidos. Múltiplos filamentos agrupados em feixes no interior das células proporciona resistência mecânica; o FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS → unidos por fortes contatos laterais entre alfa-hélices supertorcidas que se estendem ao longo do comprimento; estruturas fortes semelhantes a uma corda → toleram mais estiramento e dobramentos que os outros filamentos; PROTEÍNAS ACESSÓRIAS E MOTORAS o Responsáveis por regular os filamentos do citoesqueleto → garantem o comprimento, a estabilidade, a quantidade e a geometria deles ↔ controle feito pela regulação das ligações que ocorrem entre os filamentos E entre os filamentos + outros componentes celulares; Garante que a célula possa formar uma ampla variedade de estruturas macromoleculares; o Proteínas determinam a DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL e o COMPORTAMENTO DINÂMICO dos filamentos → convertem a informação recebida por meio de vias de sinalização em ações do citoesqueleto; o Essas proteínas se ligam aos filamentos ou às suas subunidades para: 1. Determinar o local de polimerização de novos filamentos; 2. Regular a distribuição das proteínas poliméricas; 3. Modificar a cinética da polimerização e da dissociação dos filamentos;4. Acoplar a energia para gerar força; 5. Ligar os filamentos uns aos outros ou a estruturas celulares (organelas ou MP); o Elas mantêm a estrutura do citoesqueleto sob o controle de sinais intra e extracelulares a fim de PERMITIR que a célula eucariótica mantenha sua alta organização mesmo apresentando uma estrutura interna flexível; o PROTEÍNAS MOTORAS Ligam-se a um filamento polarizado do citoesqueleto e utilizam a energia derivada de ciclos repetidos de hidrólise de ATP para se deslocarem ao longo do filamento; Diferentes proteínas motoras coexistem em cada célula → diferem-se pelo tipo de filamento ao qual se ligam (actina ou microtúbulos), pela direção a qual se movem sobre o filamento e pela ; “carga” que transportam O que elas fazem: 1. Transportam mitocôndrias, vesículas do Golgi, vesículas secretoras para suas posições adequadas dentro da célula; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 5 2. Fazem os filamentos do citoesqueleto exercerem tensão ou deslizarem uns sobre os outros gerando força necessária para fenômenos como contração muscular, batimento de cílios e divisão celular; A actina existe na forma de um monômero globlular chamado de actina G → subunidade monomérica; o É um polipeptídeo de 375 aminoácidos associado a uma molécula de ATP ou ADP; o Cadeia linear de subunidade actina G formam a actina F → polímero filamentoso fino e flexível; Dispostos em toda a célula, porém em maior concentração no córtex celular (abaixo da MP); Três isoformas → alfa, beta e gama; diferem pelas sequências distintas de aminoácidos e por funções diferentes; o ALFA: expressa em células musculares; o BETA: presente em maior quantidade no córtex celular e na borda anterior das células em movimento; o GAMA: relacionada com filamentos nas fibras de tensão; ARRANJO CABEÇA-CAUDA DE ACTINA o As subunidades de actina se associam em um arranjo cabeça-cauda para criar filamentos polares e flexíveis → hélice rígida, destrógira que forma uma estrutura chamada actina F; o Os filamentos exibem polaridade: EXTREMIDADE (+) → favorecida pela adição das subunidades de actina; crescimento rápido; extremidade da pena; EXTREMIDADE (-)→ favorecida pela dissociação de subunidades; crescimento lento; extremidade da ponta; seu sítio de ligação é exposto a nucleotídeos. o Rigidez de um filamento é caracterizada por seu comprimento de persistência → comprimento mínimo do filamento no qual flutuações térmicas são suscetíveis de provocar sua curvatura; o Os filamentos são agrupados em feixes por intermédio de proteínas acessórias que provocam interligações → estrutura mais rígida do que o filamento individual de actina; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 6 FORMAÇÃO DOS FILAMENTOS DE ACTINA o As células controlam sua forma e movimento através da regulação da formação dos filamentos → subunidades de actina podem formar arranjos de forma espontânea e de modo instável; o A polimerização dos filamentos ocorre em três fases sequenciais: FASE DE NUCLEAÇÃO Período de retardo no qual as subunidades da actina G combinam em 2 ou 3 unidades; Instabilidade dos pequenos agregados de actina cria uma barreira cinética; Formação de um oligômero de 3 unidades → atua como origem ou núcleo para a próxima fase; FASE DE ALONGAMENTO NÚCLEO: é estabilizado por vários contatos entre as subunidades; sofre um crescimento pela adição de novas subunidades a ambas as extremidades; extremidade (+) cresce mais rápido; Crescimento do filamento de actina F e diminuição da concentração de actina G; ↓ da concentração de monômeros de actina → sistema se aproxima de um estado estacionário ↔ taxa de adição de novas subunidades em equilíbrio com a taxa de dissociação de subunidades; FASE DE ESTADO ESTACIONÁRIO Monômeros de actina G permutam com subunidades nas extremidades dos filamentos; Proveito dessa fase para a célula: a utilização de proteínas especiais para catalisar a nucleação de filamentos em regiões específica define onde novos filamentos deverão ser formados; CONCENTRAÇÃO CRÍTICA: taxa de polimerização em filamentos é à taxa de despolimerização: monômeros e filamentos em equilíbrio aparente; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 7 CATÁLISE DE HIDRÓLISE DO ATP PELA ACTINA (dps ver se as páginas 902 e 903 são importantes); o Subunidades de actina livre → reação lenta; é acelerada quando essas subunidades estão incorporadas nos filamentos; o Após ocorrer a hidrólise, o grupo fosfato livre é liberado de cada subunidade → formação de dois tipos de estruturas de filamento: FORMA T → ; maioria das subunidades de actina solúveis está ATP preso à extremidade (+) nessa forma em células vivas; actina tende a se polimerizar mais; FORMA D → ; actina tende a se despolimerizar mais; ADP preso à extremidade (-) OBS: a velocidade hidrólise em comparação com a velocidade de adição de subunidades define se a subunidade em cada extremidade de um filamento estará sob a forma T ou D; OBS2: o sentido de crescimento do filamento de actina é da extremidade negativa (actina + ADP) para a positiva (actina + ATP); QUÍMICOS ESTABILIZADORES E DESESTABILZADORES DO POLÍMERO o Ferramentas importantes para estudo do comportamento dinâmico dos filamentos e de suas funções nas células; o CITOCALASINAS → produtos de fungo que impedem a polimerização da actina pela ligação à dos filamentos de actina; inibe qualquer tipo de movimento celular, inclusive a extremidade (+) divisão; o FALOIDINA → toxina isolada do cogumelo Amanita que se liga firme e lateralmente aos filamentos da actina estabilizando-os e ; evitando a despolimerização o LATRUNCULINA → impede a polimerização da actina pela sua ligação a subunidades de actina; PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO À ACTINA o A polimerização da actina é controla pela sua concentração, pelo pH e pela concentração de sais e ATP em um tubo de ensaio; dentro da célula → regulado também pelas proteínas acessórias que se ligam aos monômeros ou filamentos; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 8 o Alteram a dinâmica e a organização dos filamentos da actina por meio de controle espacial e temporal da disponibilidade de monômero, da nucleação do filamento, do alongamento e da despolimerização; o Células não musculares → 50% da actina está nos filamentos e o restante em solução; Somente parcela da actina polimeriza em filamentos, pois as células possuem proteínas que se ligam aos monômeros de actina e tornam a polimerização menos favorável; TIMOSINA → mais abundante; bloqueia a polimerização dos monômeros de actina: não os deixam associar nem à extremidade (+), nem à (-); o As células recrutam monômeros de actina a partir de outra proteína: PROFILINA Capaz de prolongar um filamento; se liga a monômeros de actina que são transitoriamente liberados do conjunto de monômeros ligados à timosina e encaminha-os para a extremidade (+); Liga-se à face do monômero que é oposta à fenda de ligação ao ATP → bloqueia a lateral do monômero que normalmente se associaria à extremidade (-) e deixa exposto o sítio do monômero que se liga à (+); Complexo profilina-actina ligado á extremidade (+) → mudança conformacional na actina ↔ redução da afinidade da actina pela profilina que é então liberada, tornando o filamento de actina uma subunidade mais longa; MECANISMOS QUE REGULAM A ATIVIDADE DA PROFILINA: fosforilação da profilina e sua ligação a fosfolipídeos inositol ↔ definem as regiões onde a profilina atuará; o A nucleação da actina é catalisada por : complexo Arp 2/3 e forminas; dois fatores COMPLEXO ARP 2/3 → provoca a nucleação do crescimento do filamento na extremidade (-), permitindo o rápido alongamento na extremidade (+); dá origem a filamentos individuais organizados em uma rede ramificada; permanece associado à extremidade (-); FORMINA → proteínas diméricasque promovem a nucleação do crescimento de filamentos não ramificados, lineares e que são interligados a outras proteínas para formar feixes paralelos; associado à extremidade (+) OBS: A maior densidade de filamentos de actina na maioria das células está presente na periferia da MP; a camada logo abaixo (córtex celular) determina a forma e o movimento da superfície celular; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 9 o DINÂMICA DO FILAMENTO O comportamento do filamento de actina é regulado por duas classes principais de proteínas de ligação: as que se ligam lateralmente e as que se ligam às extremidades; LATERAL: devem estar presentes em grandes quantidades, pois revestem completamente o filamento; TROPOMIOSINA → estabiliza e enrijece o filamento; impede que o filamento interaja com outras proteínas → importante para o controle da contração muscular; EXTREMIDADE: podem afetar a dinâmica do filamento mesmo quando presentes em níveis baixos (a associação e a adição de subunidades ocorrem nas extremidades); PROTEÍNAS DE CAPEAMENTO (CapZ) → liga-se à extremidade (+) estabilizando o filamento de actina, pois torna-o inativo, reduzindo as taxas de crescimento e despolimerização; TROPOMODULINA → Capeamento dos filamentos de actina que exibem uma vida-média longa, nos músculos é ligada às extremidades (-); o PROTEÍNAS DE CLIVAGEM Regulam a despolimerização do filamento de actina → clivam um filamento em muitos filamentos gerando um ; menores grande número de novas extremidades Extremidades recém-formadas são capazes de nuclear o alongamento do filamento, acelerando a polimerização de novas estruturas; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 10 A clivagem promoverá a despolimerização de filamentos antigos, acelerando a taxa de despolimerização → altera as propriedades mecânicas e físicas do citoplasma. Classe de proteínas de quebra: → interage com a lateral do filamento de actina para rompê-lo; gelsoina São ativadas pelo nível elevado de cálcio; Cofilina → fator de despolimerização; liga-se ao longo do comprimento do filamento forçando uma torção → estresse mecânico enfraquece os contatos entre as subunidades tornando o filamento frágil e desestabilizado; Tende a desmanchar os filamentos mais velhos da célula; OBS: A dinâmica da actina em diferentes regiões subcelulares depende do equilíbrio entre as proteínas acessórias de estabilização e desestabilização; ARRANJOS DOS FILAMENTOS DE ACTINA o Os filamentos estão organizados em diferentes tipos de arranjos: redes dendríticas, feixes e teias; o REDES DENDRÍTICAS → nucleados pelo complexo Arp 2/3 (une as extremidades (-) do filamento à lateral de outros filamentos); o FEIXES → formados a partir dos filamentos longos e lineares produzidos pelas forminas; o TEIAS (REDES GELATINOSAS) → proteínas de nucleação não estão definidas; o Outras estruturas de filamento são polimerizadas e mantidas por duas classes de proteínas: PROTEÍNAS DE ENFEIXAMENTO: associam os filamentos unidos em arranjo paralelo; Cada tipo determina quais outras moléculas podem interagir os filamentos de actina interligados; PROTEÍNAS FORMADORAS DE GEL: mantém dois filamentos unidos em um grande ângulo → cria uma malha mais solta; OBS: ambas possuem dois sítios de ligação ao filamento de actina semelhante → o espaçamento e o arranjo desses dois domínios determina o tipo de estrutura de actina que será formado; FEIXES = filamentos interligados em agrupamentos paralelos; ex: fimbrina; alfa-actinina (interage com a miosina e promove contração dos filamentos); conexões rígidas e resistentes; REDES = filamentos interligados em um arranjo ortogonal que gera uma malha tridimensional; proteínas grandes e flexíveis; ex: filamina; concentrados na região periférica das células; determina a forma celular, dão sustentação à superfície e movimento; Defeitos no gene da filamina causam defeitos na migração de células nervosas durante o desenvolvimento embrionário → causa a síndrome Heterotopia Periventricular; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 11 MOVIMENTO CELULAR o Diferentes células se movem deslizando sobre as , em vez de nadarem impulsionadas por cílios superfícies ou flagelos; o Em termos gerais, sabe-se que três processos inter- relacionados são essenciais: (1) a célula emite protrusões em sua região “frontal”, ou borda anterior através da polimerização da actina; (2) essas protrusões aderem à superfície sobre a qual a célula se locomove (focos de adesão); (3) a porção restante da célula é impulsionada para a frente pelo tracionamento nesses pontos de ancoramento. Para tal, emite projeções transitórias que podem ser micro- s (protusões finas e pontiagudas) e espícula lamelipódios (semelhantes a folhas; finas projeções planas de membrana; auxiliam a célula a se mover sobre as superfícies sólidas); MIOSINA E ACTINA o MIOSINA → Proteína motora que conduz a contração muscular através da formação de estuturas que se interligam e promovem o ; contráteis deslizamento dos filamentos de actna o Com uma única exceção (miosina VI), todas as miosinas se movem em direção à extremidade (+) , porém suas velocidades de movimento são diferentes; do filamento de actina o MIOSINA II → miosina do músculo esquelético; proteína alongada e formada por: Duas cadeias pesadas = cada uma possui um domínio globular [cabeça] em sua extremidade N- terminal que contém a *, seguido por uma sequência longa de maquinaria geradora de força aminoácidos que forma uma extensão supertorcida; Duas cópias de cada uma de duas cadeias leves → ligam-se próximo ao domínio globular N- terminal; OBS: A cauda supertorcida formará feixes através da ligação às caudas de outras moléculas; OBS: Interações cauda-cauda → formação de um filamento espesso bipolar; ¥ A orientação oposta das cabeças no filamento espesso torna eficiente o deslizamento dos pares de filamentos de actina em orientação oposta, contraindo o músculo; ¥ Músculo esquelético → filamentos de actina estão alinhados em arranjos de “filamentos finos” em torno dos filamentos grossos de miosina; o deslizamento de actina, controlado por ATP resulta na contração; OBS: células musculares cardíacas e lisas contêm moléculas de miosina II organizadas de modo semelhante, apesar de estas serem codificadas por genes diferentes; OBS: A dimerização ocorre quando as duas a-hélices das cadeias pesadas enrolam-se formando uma estrutura supertorcida devido à associação de aminoácidos hidrofóbicos distribuídos de modo regular; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 12 Cada cabeça de miosina se liga a ATP e é capaz de hidrolisá-lo → energia usada para se eslocar rumo à extremidade (+) do filamento de actina; o MODELO PARA A AÇÃO DA MIOSINA (CICLO MECANOQUÍMICO) Para produzir interações cíclicas com um filamento do citoesqueleto, as proteínas motoram usam alterações estruturais em seus sítios de ligação ao ATP → cada ciclo de ligação de ATP, hidrólise e liberação as impulsiona para frente em uma única direção; MIOSINA II → o movimento ao longo da actina é gerado pela rotação de uma alfa-hélice (braço de alavanca); Base do braço da alavanca há uma hélice que conecta os movimentos da fenda de ligação a ATP, na cabeça, com pequenas rotações do domínio conversor; pequena rotação nesse ponto gira a hélice, fazendo sua extemidade (+) mover-se; Alterações conformacionais da miosina estão atreladas a alterações na sua afinidade de ligação por actina; CICLO DE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 13 o DESLIZAMENTO DA MIOSINA II AO LONGO DOS FILAMENTOS DE ACTINA Todas as formas de contração muscular nos animais, seja proveniente da musculatura esquelética, lisa ou cardíaca, depedem do de um conjunto de deslizamento controlado por ATP ; filamentos de actina sobre arranjosde filamentos de miosina II Musculatura esquelética: células altamente especializadas para uma contração rápida e eficiente; CÉLULAS → fibras musculares longas, finas e multinucleadas; interior citoplasmático constituído por miofribrilas (elementos contráteis básicos); são formadas pela fusão de células musculares precursoras chamadas de mioblastos; MIOFIBRILA: feixes de estrutura cilíndrica alongados; cada uma está organizada em uma cadeia de unidades contráteis pequenas e repetitivas chamadas de sarcômeros → unidade fundamental da contração muscular responsável por conferir a aparência estriada; SARCÔMERO = arranjo miniatura ordenado em paralelo e superposto de filamentos delgados de actina e filamentos espessos de miosina; Filamentos delgados → compostos de actina e proteínas associadas ligados por suas extremidades (+) a um disco Z em cada extremidade do sarcômero; Disco Z = sítios de ligação para que os filamentos de actina se liguem à extremidade (+) Filamentos espessos → sobrepostos no centro do sarcômero, onde são estendidas as extremidades (-) dos filamentos de actina; cada um possui 300 cabeças, e cada cabeça cicla 5 vezes por segundo no curso de uma contração rápida; = local onde as proteínas que ligam a filamentos de miosina II adjacentes entre si Linha M (espessos); OBS: o sarcômero é constituído por uma série de regiões distintas: Bandas claras (BANDAS I) = formadas penas por filamentos de actina; Bandas escuras (BANDAS A) = formadas por miosina e actina intercaladas; OBS: quando essa região de sobreposição é examinada em uma secção transversal por microscopia eletrônica, os filamentos de miosina são vistos sob a forma de um arranjo hexagonal regular, com os filamentos de actina espaçados entre eles; QUANDO OCORRE A CONTRAÇÃO, AS BANDAS I E SOBREPÕEM ÀS BANDAS A, PROMOVENDO O ENCURTAMENTO DO SARCÔMERO E APROXIMAÇÃO DOS DISCOS Z. Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 14 O encurtamento do sarcômero é provocado pelo deslizamento dos filamentos de miosina sobre os de actina; Filamentos bipolares espessos deslizam em direção a extremidade(+) de dois conjuntos de filamentos delgados de orientação oposta, controlados por dúzias e cabeças de miosina independentes; O rápido encurtamento sincronizadado de milhares de sarcômeros alinhados entre si pelas extremidades em cada miofibrila dá à musculatura esquelética a capacidade de contração rápida; Proteínas acessórias controlam a uniformidade da organização do filamento, do seu comprimento e do espaçamento no sarcômero; Extremidades (+) ancoradas no disco Z (constituído de CapZ e alfa-actinina) → cobre os filamentos evitando a despolimerizzação e os mantêm associados em um feixe espaçado; Nebulina → proteína-molde que determina o comprimento exato de cada filamento delgado; estende-se do disco Z até a extremidade (-) de cada filamento delgado, que é capeado e estabilizado pela tropomodulina; Os filamentos espessos são posicionados a meio caminho entre os discos Z por pares opostos de uma outra proteína-molde (TITINA → age como uma mola molecular que permite que a fibra muscular se reestruture após ter sido espichada); Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 15 o COMO OCORRE A CONTRAÇÃO MUSCULAR A interação molecular geradora de força entre os filamentos espessos (miosina) e delgados (actina) ocorre quando um sinal, proveniente do nervo que o estimula, é recebido pelo músculo; MÚSCULO ESQUELÉTICO É iniciada por uma súbita elevação da concentração citosólica de Ca2+; Impulso nervoso → Recebimento do sinal → potencial de ação na MP da célula muscular → excitação elétrica espalhada em uma série de dobras membranosas (TÚBULOS T: túbulos transversais) → sinal trasmitido para uma pequena abertura do retículo sarcoplasmático → ativação de um canal de Ca2+ na membrana do túbulo T → abetura de canais e liberação de cálcio no retículo → cálcio flui para o citsol e dá início a contração de cada miofibrila → encurtamento simultâneo de todos os sarcômeros + aproximação dos discos Z; A elevação de cálcio é transitória → o Ca2+ é rapidamento bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático por uma bomba de Ca2+ dependente de ATP ( ); Ca2+-ATPase A contração muscular depende de dois processos que consomem ATP: o deslizamento dos filamentos (conduzido pela ATPase do domínio motor da miosina) e o bombeamento de Ca2+ regulado plea bomba de Ca2+; A dependência de cálcio é resultado da existência de um grupo de proteínas acessórias especializadas associadas aos filamentos delgados de actina: TROPOMIOSINA: proteína alongada que envolve o filamento de actina, inibindo os sítios que a miosina II se liga; função: encobrir os sítions – músculo relaxado; TROPONINA: complexo de três polipeptídeos (T, I e C) que promove o deslocamento da tropomiosina; TROPONINA I: liga-se à actina e à troponina T; é inibidora; músculo em repouso: complexo I-T puxa a tropomiosina para fora da fenda normal de ligação, deixando-a em uma posição que interfere na ligação das cabeças de miosina e impede qualquer interação geradora de força; TROPONINA C: ligado a quatro moléculas de Ca2+ quando o nível de cálcio é elevado → faz a troponina I se desconectar da actina, permitindo o retorno da tropomiosina à sua posição normal e permite que as cabeças de miosina deslizem sobre os filamento de actina; TROPONINA T: ligação à tropomiosina; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 16 No músculo relaxado, o ATP liga-se a parte globular da miosina e promove a dissociação com a actina; a hidrólise do ATP induz uma mudança conformativa que desloca os grupamentos da cabeça da miosina a novas posições do filamento de actina que libera ADP e Pi; O retorno da cabeça da miosina à sua posição e conformação original gera o deslizamento do filamento de actina; Nesse estágio, na ausência de Ca2+, o complexo troponina/tropomiosina bloqueia a ligação da miosina à actina para que a contração não ocorra em baixa concentração de cálcio; Liberação de Ca2+ o retículo sarcoplasmático → início da contração muscular → cálciose liga ao complexo troponina TnT → complexo troponina/tropomiosina se desloca da posição inicial e permite a interação a parte globular da miosina com o filamento de actina; Deslizamento o filamento de actina só ocorre quando o ADP+Pi for trocado por ATP e a cabeça da miosina, assim, volta para a sua posição inicial; o CONTRAÇÃO MUSCULAR EM MÚSCULOS LISOS Músculo liso é composto por camadas de células longas em formato de fuso que contêm um ; não expressam troponinas; único núcleo A contração é provocada por um influxo de íons cálcio → níveis elevados de cálcio intracelular rregulam a contração por um mecanismo dependente de calmodulina; Estimulação muscular → ativação de receptores de superfície → Ca2+ liberado no citoplasma a partir do RS → cálcio se liga à calmodulina, a qual se liga à CINASE da cadeia leve da miosina → fosforilação da cadeia leve → a cabeça da miosina passa a interagir com os filamentos de actina e provoca a contração; Quando a cadeia é desfosforilada, as cabeças da miosina tendem a dissociar da actina, tornando-se inativas; Os eventos de fosforilação regulam a contração da musculatura lisa de forma lenta; Obs: Em células do músculo liso o aumento da concentração de cálcio citosólico promove o , liberando o sítio para que a miosina se ligue à deslocamento do complexo troponina-tropomiosina actina. Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 17 o FUNÇÕES DA ACTINA E MIOSINA EM CÉLULAS NÃO MUSCULARES Células não musculares possuem pequenas quantidades de feixes de actina-miosina II contráteis que se formam sob condições específicas; Feixes contráteis não musculares são regulados pela fosforilação da miosina e fornecemsuporte mecânico para as células; EXEMPLO: reunem-se em fibras de tração corticais que conectam a célula à matriz extracelular através de adesões focais → conencta as células epiteliais adjacentes através de junções aderentes; Células não musculares expressam uma grande família de outras proteínas miosina com diversas estruturas e funções na célula → MIOSINAS NÃO CONVENCIONAIS MIOSINA I: contém um domínio globular que funciona como molécula motora; pode se ligar a vesículas com membranas ou organelas → o movimento através do filamento de actina pode levar ao transporte destas estrutras a ela associadas; forma ligações laterais entre os feixes de actina e a MP nas microvilosiades intestinais; participa o movimento da MP durante a fagocitose e emissão de pseudópodes; MIOSINA V: envolvida no transporte de organelas ao longo dos filamentos de actina; CITOCINESE Divisão da célula em 2 após a mitose; Actina e miosina II presentes no anel contrátil geram a força para a citocinese → se contraem comprimindo a MP de , firme e centralmente até dividir a forma obstrutiva e progressiva célula; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 18 Compostos por uma proteína principal tubulina e por protéinas associadas (MAPs); o TUBULINA: heterodímero formado por duas proteínas globulares relacionadas (α-tubulina e β- tubulina) unidas por ligações não covalentes; Cada monômero α ou β tem um sítio de ligação para uma molécula de GTP (parte integrante da estrutura do heterodímero → nunca é hidrolisado); OBS: o nucleotídeo da β-tubulina, entretanto, pode estar sob a forma de GTP ou GDP (passível de hidrolização); OBS: todos os eucariotos possuem genes que especificam uma terceira tubulina → γ-tubulina envolvida na polimerização dos microtúbulos e localizada no centrossomo; o MAPs: ajudam a mediar a polimerização e a dinâmica dos microtúbulos; As tubulinas apresentam uma distribuição distinta nas células e tecidos e executam funções sutilmente diferentes; MICROTÚBULOS → tubos rígidos e ocos compostos a partir de 13 unidades longitudinais repetidas o PROTOFILAMENTOS: cada um composto de heterodímeros αβ-tubulina empilhados cabeça à cauda; as subunidades se alternam; o A maioria dos microtúbulos em uma célula consiste em um tubo simples único; microtúbulos duplos ou triplos são encontrados em estruturas especializadas (cílios e flagelos); São dinâmicos → polimerizados e dissociados a partir de suas extemidades ↔ flexibilidade à célula para alterar a organização dos microtúbulos quando necessário; São capazes de se estenderem por longas distâncias dentro da célula; Polaridade intrínseca → todos os protofilamentos associados lateralmente têm a mesma polaridade o Extremidade (+): subunidades β expostas (cresce e encolhe mais rapidamente); o Extremidade (-): subunidades α expostas; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 19 FUNÇÕES: o Localização intracelular das organelas; o Movimentos celulares → formação de cílios e flagelos para locomoção; o Separação dos cromossomos (mitose) → formação do fuso mitótico POLIMERIZAÇÃO E DESPOLIMERIZAÇÃO DOS MICROTÚBULOS o São polimerizados a partir de sítios específicos para gerar vários tipos diferentes de organizações; o São nucleados a partir de estruturas conhecidas como centros de organização dos microtúbulos (MTOCs); Extremidade (-) ancorada no MTOC e extremidade (+) estendida para longe, sofrendo aumento e encurtamento; Centrossomo: principal MTOC nas células animais; Células não mitóticas (em intérfase) → centrossomo localizado próximo ao núcleo produzindo um arranjo de microtúbulos com suas extremidades (+) irradiando em direção à periferia celular Disposição radial que fornece trilhos para as proteínas motoras compostas de microtúbulos poderem organizar e transportar compartimentos as vias secretoras e endocíticas; Células mitóticas → microtúbulos organizados para formar um fuso bipolar formado a partir de dois centríolos (par de estruturas cilíndricas dispostas em ângulo reto → polos de fuso; centrossomos duplicados) que segregam as cópias dos cromossos dupicados; célula em intérfase célula em divisão Cílios e flagelos → microtúbulos organizados a partir de um MTOC chamado corpo basal Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 20 o CRESCIMENTO DOS MICROTÚBULOS A PARTIR DA -TUBULINA Tipo de tubulina presente em quantidade menor que está envolvida na nucleção do crescimento os microtúbulos em diferentes organismos (leveduras, seres humanos etc); Encontrada em maior concentração no MTOC sob a forma complexo em anel -tubulina (- TuRC) → consiste em várias cópias de -tubulina associadas com outras proteínas; Serve como molde para se ligar aos dímeros αβ-tubulina e formar um novo microtúbulo com 13 protofilamentos e com a extremidade (-) associada com -TuRC e a extremidade (+) livre para polimerização; o DINÂMICA DOS MICROTÚBULOS (não to conseguindo entender) LODISH: 859 a 862; alberts: 927 e 928; Os microtúbulos são estruturas dinâmicas devido à polimerização e dissociação de suas extremidades → influenciada pela ligação e hidrólise de nucleotídios (GTP); O crescimento/retração dos microtúbulos depende da presença de um sinal extracelular, da disponibilidade de tubulinas ligadas a GTP no meio e velocidade da adição/hidrólise das tubulinas. Após as tubulinas se associarem ocorre a hidrólise do GTP a GDP que ocorre somente na subunidade β → mudança conformacional (CATÁSTROFE) que faz as tubulinas se dissociarem o filamento → despolimerização; Para que ocorra o aumento no comprimento do microtúbulo, a velocidade de associação das subunidades deve ser maior que a velocidade com que elas se hidrolisam; Cada dímero livre de tubulina contém uma molécula de GTP fortemente associada que é hidrolisada para GDP. As moléculas com GTP associada se empacotam para formação da parede do microtúbulo, ao passo que as moléculas que carreiam GDP apresentam uma conformação diferente e se ligam menos fortemente umas às outras. Quando a polimerização está ocorrendo rapidamente, as moléculas de tubulina são adicionadas à extremidade do microtúbulo de forma mais rápida do que a hidrólise do GTP que elas carregam. Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 21 Assim, a extremidade de um microtúbulo em crescimento é composta unicamente por subunidades de tubulina-GTP, formando o que é conhecido como um quepe de GTP. Nessa situação, o microtúbulo se manterá em crescimento. Em virtude da aleatoriedade dos processos químicos, no entanto, ocorrerá ocasionalmente a hidrólise do GTP da tubulina presente na extremidade livre do microtúbulo antes que a próxima subunidade de tubulina seja adicionada, de tal modo que as extremidades livres dos protofilamentos serão então compostas por subunidades tubulina-GDP. Essa alteração redirecionará o balanço em favor da dissociação. Considerando-se que o restante do microtúbulo é composto por tubulina-GDP, uma vez iniciada a despolimerização, esta tenderá a ter continuidade, frequentemente sob taxas catastróficas. O microtúbulo começará a encurtar rápida e continuamente, podendo, inclusive, desaparecer. As moléculas de tubulina que contêm GDP e que são liberadas durante a despolimerização do microtúbulo se juntam às moléculas de tubulina não polimerizadas já presentes no citosol; Microtúbulos individuais exibem instabilidade dinâmica → alternam entre os estados de crescimento e encurtamento; O crescimento é dado pela diferença entre a taxa de adição de tubulinas ligados ao GTP e à taxa de hidrólise do GTP em GDP A vida dinâmica da extremidade é determinada por: VELOCIDADE DE CRESCIMENTO FREQUÊNCIA DE CATÁSTROFES: mudança do crescimento para o encurtamento; VELOCIDADE DEDESPOLIMERIZAÇÃO FREQUÊNCIA DE RESGATES: mudança do encurtamento para o crescimento; OBS: essa natureza é mais relevante para a extremidade (+), pois a (-) está ancorada a um MTOC; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 22 Para que a polimerização ocorra, a concentração αβ-tubulina deve estar acima da concentração crítica; Em concentrações maiores de αβ-tubulina o que Cc, os dímeros são associados mais rapidamente a uma extremidade do microtúbulo do que outra → crescem prefencialemnte pela (+) que é a extremidade com β-tubulina exposta; FÁRMACOS ESTABILIZADORE E DESEESTABILIZADORES o : interagem com subunidades de tubulina e levam à COLCHICINA E NOCODAZOL despolimerização dos microtúbulos; bloqueio da mitose; o : inibem seletivamente células com altas taxas de repoução; VINCRISTINA E VIMBLASTINA o : se liga aos microtúbulos estabilizando-os → aumento líquido da polimerização da tubulina; TAXEL OBS: matam preferencialmente células em divisão; agem de maneira eficiente em certos tipos de células tumorais, apesar de apresentarem um grau de toxicidade para células normais em divisão; PROTEÍNAS MOTORAS DE MICROTÚBULOS o Microtúbulos podem funcionar como trilhos no transporte intracelular de vários tipos de cargas, como organelas que são transportados ao longo de rotas no citoplasma e encaminhadas para determinadas localizações → atuação de PROTEÍNAS MOTORAS o Destaque para duas famílias principais dessas proteínas: CINESINAS E DINEÍNAS; o Ambas são dímeros com duas cabeças globulares de ligação ao ATP (atividade de ATPase) que interagem com os microtúbulos de maneira estereoespecífica (a proteína motora se conectará a um microtúbulo em um único sentido) e uma cauda que liga-se ao componente celular, determinando qual a carga que a proteína motora irá transportar; o CINESINAS Formam uma grane família de proteínas com diversas funções → existem 14 classes conhecidas nos animais definidas por apresentar homologia na sequência e aminoácidos com o domínio motor a cinesina-1; Caminham em direção a extremidade (+) dos microtúbulos; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 23 Envolvidas no transporte de organelas, de mRNA e de cromossomos, deslizamento e microtúbulos e despolimerização e microtúbulos; o DINEÍNAS Deslocam-se em direção a extremidade (-) dos microtúbulos; Compostas por uma, duas ou três cadeias pesaas e um número grande e variável e cadeias intermediárias; Duas ramificações principais: DINEÍNAS CITPLASPLÁMATICAS: homodímeros de duas cadeias pesadas; : usada para transporte de organelas e de mRNA, para o DINEÍNA CITOPLASMÁTICA 1 posicionamento do núcleo e do centrossomo durante a migração celular e para a contrução do fuso mitótico; : encontrada em organismos citoplasmáticos que possuem DINEÍNA CITOPLÁSMATICA 2 cílios; utilizada para transportar material da extremidada para a base dos cílios; DINEÍNAS AXONEMAIS: ciliares; altamente especializadas para o rápido movimento de deslizamento dos microtúbulos que direciona o batimento de cílios e flagelos; o MOVIMENTO DAS ORGANELAS AO LONGO DOS MICROTÚBULOS Tanto o RE quanto o Golgi dependem dos microtúbulos para seu posicionamento e alinhamento dentro da célula → RE nos limites da célula e o golgi no interior da célula próximo ao centrossomo; Cinesinas ligadas à superfície externa da membrana do RE puxam-na para as extremidades (+) mediação do transporte anterógrado (periferia da célular) Dineínas posicionam o golgi no centro da célula → movem as vesículas de golgi a longo de trilhos em direção às extremidades (-) localizadas no centrossomo (transporte retrógrado, centro da célula); Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 24 FORMAÇÃO DO FUSO MITÓTICO o Assd CÍLIOS E FLAGELOS o Projeções de membrana plasmática sustentadas internamente por microtúbulos que estão ligados a uma região chamada de corpo basal; o ESTRUTURA Possuem um feixe central de micrótubulos (AXONEMA) que consiste em um arranjo “9+2” → nove microtúbulos duplos cercando um par central de microtúbulos simples; Axonema → responsável pelo movimento do cílio ou flagelo produzido através de sua flexão; o CÍLIOS Batem em um movimento semelhante ao de um chicote (movimento de vai e vem coordenado); pode propelir uma célula única através de um fluido (protozoários) ou movimentar fluidos sobre a superfície de um grupo de células em um tecido; Revestem o trato respiratório, auxiliam no percurso dos óvulos em direção ao túbro (reveste o oviduto); o FLAGELOS Produzem um movimento ondulatório ou batimentos que permitem que a célula nade através de meios líquidos; Encontrados nos espermatozoides e em protozoários; o DINEÍMA AXONEMAL (DINEÍMA CILIAR) O movimento de um cílio ou flagelo é produzido pela flexão de sua região central conforme os microtúbulos deslizam uns sobre os outros → associados a proteínas que geram a força que provoca a flexão → mais importante: proteína motora dineína ciliar; Defeitos hereditários na dineína axonemal causam uma conição chamada de discinesia ciliar primária ou síndrome de Kartagener caracterizada pela inversão da assimetria normal dos órgãos internos de vido à isrupção do fluxo de fluidos no embrião em desenvolvimento; Causa esterilidade masculina (imotilidade dos espermatozoides) e elevada suscetibilidade a infecções pulmonares (incapacidade dos cílios paralisados de limpar o trato respiratório) Herança autossômica ressiva; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 25 PAPEL ESTRUTURAL → Conferem resistência mecânica em animais que possuem tecidos moles ou maleáveis; Encontrados em células sujeitas à tensão mecânica (epitelias, musculares e nervosas); Estendem-se do núcleo à periferia da célula; Possuem diferentes famílias que são codificadas por 70 genes humanos diferentes e com funções distantas em diferentes células; o FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS CITOPLASMÁTICOS Queratinas → células epitelias e derivados (cabelos, unhas); TIPO I (ÁCIDAS) TIPO II (NEUTRAS/BÁSICAS) Neurofilamentos → neurônios; NF-L NF-M NF-H Vimentina e relacionados à vimentina → tecido conectino + células musculares + células da neuróglia; VIMENTINA (células de origem mesenquimal) DESMINA (músculo) PROTEÍNA ÁCIDA GLIAL FIBRILAR (células da glia) PERIFEINA (neurônios) o NUCLEARES Laminas nucleares → em todas as células animais; revestimento interno do envelope nuclear; Laminas A, B e C ESTRUTURA DOS FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS o São proteínas fibrosas alongadas com um domínio de α-hélice central conservado contendo heptâmeros repetidos que formam uma estrutura supertorcida; o Fibras proteicas (cordão) duras e resistentes → não apresenta uma estrutura polarizada; Não participam dos processos de movimento celular, pois não se associam a proteínas motoras; o São estáveis devido à forte associação das subunidades → a remodelagem ocorre em eventos que requerem reorganização celular dinâmica (divisão, migração e diferenciação); Dois monômeros se associam formando dímeros (orientação antiparalela) que se associam e formam tetrâmeros, os quais dão origem a um profilamento → 8 protofilamentos se enrolam e formam um filamento semelhante a um cabo; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 26 QUERATINAS o Cada filamento é comporto por uma mistura de proteínas do tipo I e do tipo II → forma uma subunidade heterodímero; o Redes de queratina são unidas por ligações dissulfeto e podem sobreviver à morte das suas células → coberturas resistentes; o Conferem resistência mecânica a tecidos epiteliais → ancoram os filamentos em regiões de contato célula-célula (desmossomos: junções entre células adjacentes) ou em regiões de contato célula-matriz (hemidesmossomos); o MUTAÇÃO NO GENE DA QUERATINA Indivíduos com predisposição a doenças de pele caracterizadas por secura, como o eczema; EPIDERMÓLISE BOLHOSA SIMPLES → queratinas defeituosas expressas em células da camdas basal da epiderme com formação e bolhas mesmo em resposta a estresses mecânicos leves (rompimento das células basais); Células sofrem ruptura entre o núcleo e os hemidesmossos que conectam os filamentos de queratina à lâmina basal inferior; NEUROFILAMENTOS o Encontrados em concentrações elevadas ao longo dos axônios dos neurônios em vertebrados em três tipos (NF-L, NF-M e NF-H) que interagrupam-se e formam heteropolímeros; o Controlam diretamente o diâmetro do axônio e influenciam na ve velocidade de transporte dos sinais elétricos; o Fornecem resistência e estabilidade aos longos processos celulares dos neurônios; o DOENÇA NEUROGENERATIV EXCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) → associada ao acúmulo e à montagem anormal de neurofilamentos no corpo celular e nos axônios de neurônios motores; Interferem no transporte axonal normal gerando fraqueza muscular e atrofia → é fatal; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 27 FILAMENTOS SEMELHANTE À VIMENTINA o Expressados em fibroblastos, glóbulos sanguíneos brancos, células musculares; o DESMINA → expressa na musculatura esquelética, cardíaca e lisa; forma uma estrutura de suporte em torno do disco Z do sarcômero; Mutações na desmina estão associadas a várias formas de distrofia muscular e miopatia cardíaca → importância para a estabilização das fibras musculares; LAMINAS NUCLEARES o Importantes para a manutenção e estabilidade mecânica do núcleo → revestem e fortalecem a superfície interior da membrana nuclear interna; o Formam uma ree bidimensional subjacente à membrana nuclear que se estende difusamento para o interior o núcleo → Lâmina Nuclear; o ENVELOPE NUCLEAR: filamentos constituídos por proteínas laminares que se dissociam e agrupam a cada divisão → controle exercido pela fosforilação e desfosforilação das laminas via proteínas- cinases; o Defeitos em tipos específicos de laminas estão associados a progéria (SÍNDROME DE ) → doença rara que leva os indivíduos afetados a apresentarem um HUTCHINSON-GILFORD envelhecimento prematuro; o LAMINA DO TIPO A → necessária estruturalmente para proteínas que controlam os processos de transcrição, organização da cromatina e transdução de sinal; Versões mutantes da lamina A gera laminopatias que geram anormalidades esqueléticas e cardíacas em virtude do envelope nuclear enfraquecido; PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO: FAMÍLIA PLAQUINA o São responsáveis por conectar a ree dos filamentos intermediários ao restante do citoesqueleto; o Proteínas grandes e molares que conectam os filamentos do citoesqueleto uns aos outros e aos complexos juncionais; o PLECTINA Promove a agregação dos filamentos intermeiários em feixos e os ligam aos micrutúbulos, aos feixos de actina e aos filamentos da proteína miosina II; Auxilia na ligação dos feixes de filamentos intermediários a estruturas adesivas da MP; Gabriela Novaes Oliveira BMC – 258 28 Interagem com complexos de proteínas que conectam o citoesqueleto ao interior do núcleo, que consistem em: PROTEÍNAS SUN → membrana nuclear interna; ligam-se à lâmina nuclear ou a cromossomos; PROTEÍNAS KASH → membrana nuclear externa ligam-se aos filamentos de actina, aos microtúbulos e aos filamentos intermediários; OBS: essas proteínas ligam-se umas a outras no interior do lúmen do envelope nuclear formando uma ponte que conecta os citoesqueletos citoplasmáticos e nucleares; OBS2: Ligação que acopla mecanicamente o núcleo ao citoesqueleto e está envolvida em funções celulares como: movimentos dos cromossomos, migração nuclear, posionamento nuclear e do centrossomo;
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