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Crimes contra a liberdade sexual, exploração sexual e a família

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Crimes em Espécie: do Estupro à Oferta Pública 
Crimes contra a liberdade sexual, exploração sexual e a família 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
1 
1. Introdução 
 
O Direito Penal é o ramo do direito que lida com os comportamentos socialmente 
reprimidos, e só se manifesta quando condutas violadoras dos bens jurídicos mais caros à 
comunidade são realizadas. 
 
 É nesse ambiente que se encontra os crimes contra a liberdade sexual e contra 
vulneráveis. 
 
2. Crimes contra a liberdade sexual. 
 
 Crime de estupro. 
 
 Violação sexual mediante fraude. 
 
 Assédio sexual. 
 
 Estupro de vulnerável. 
 
a) Crime de estupro. 
 
Configurado mediante a prática da conjunção carnal ou prática ou permissão para 
a prática de ato libidinoso diverso, obtida mediante violência ou grave ameaça. 
 
Art. 213 Código Penal. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, 
a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
 
Sujeito ativo e passivo do crime. Qualquer pessoa, pois é um crime comum, 
admitindo na condição de autor e de vítima homem ou mulher. 
 
Observação. 
 
Prática de estupro de vulnerável - violência é presumida. Basta que o sujeito 
ativo tenha conjunção carnal ou ato libidinoso com menor de 14 anos que há a 
configuração do delito. Se, por acaso, João, com 18 anos de idade, tem conjunção 
carnal com Maria, que conta com 13 anos e dez meses de idade, há prática do 
estupro de vulnerável, ainda que ambos sejam namorados extremamente 
apaixonados. 
 
Art. 217-A do Código Penal - §5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 
3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da 
vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime 
 
b) Violação sexual mediante fraude. 
 
Trata-se, novamente, de condutas que carregam em seu verbo nuclear a prática da 
conjunção carnal ou outro ato libidinoso. 
 
 
Crimes em Espécie: do Estupro à Oferta Pública 
Crimes contra a liberdade sexual, exploração sexual e a família 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
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Art. 215 Código Penal. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com 
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação 
de vontade da vítima. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
Exemplo. Antônio e casado com Maria e tem irmão gêmeo. Um dia seu irmão 
gêmeo passou por ele para dormir com Maria. Ela pensava que estava com seu 
esposo Antônio. 
 
c) Assédio sexual. 
 
Muito se ouve falar sobre assédio sexual no cotidiano. É a velha história do chefe 
que, aproveitando-se dessa condição, pressiona sua funcionária para com ela ter 
relações sexuais. 
 
Art. 216-A do Código Penal. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem 
ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos 
 
Sujeito ativo e passivo do crime. Qualquer pessoa, pois é um crime comum, 
admitindo na condição de autor e de vítima homem ou mulher. 
 
d) Estupro de vulnerável. 
 
Repressão ao crime sexual contra vítima menor de 14 anos. 
 
Art. 217-A Código Penal. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com 
menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém 
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência. 
 
Sujeito ativo. Qualquer pessoa, homem ou mulher, podendo também ser do 
mesmo sexo. 
 
Sujeito passivo. Menores de quatorze anos, menino ou menina, e as pessoas 
com deficiência cognitiva, que não contam com discernimento para a vida sexual. 
 
3. Observações. 
 
 
 Podemos definir o delito de violação sexual mediante fraude como o ilícito penal 
denominado pela doutrina como estelionato sexual, no qual o sujeito ativo não se 
vale de violência ou grave ameaça e sim de meios capazes de levar a vítima a erro 
ou mantê-la em erro. 
 
 O sujeito ativo vale-se de fraude (engodo, ardil, artifícios) ou qualquer outro meio 
que dificulte a livre manifestação de vontade da vítima, a fim de abusar 
sexualmente desta, pois - pela circunstância do momento - a vítima não é capaz de 
manifestar livremente sua vontade. 
 
Crimes em Espécie: do Estupro à Oferta Pública 
Crimes contra a liberdade sexual, exploração sexual e a família 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
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 O que diferencia a violência sexual mediante fraude para o crime de estupro é que 
a vítima não mais cede à uma violência ou grave ameaça. Ela é ludibriada pelo 
emprego de expediente que impeça a sua ação com liberdade e acaba caindo no 
“conto do vigário”, tendo sua dignidade sexual violada. 
 
 
 
Fim

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