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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL
Crimes contra a Dignidade Sexual
Livro Eletrônico
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Crimes contra a Dignidade Sexual .........................................................................................................................4
Estupro – Art. 213 ............................................................................................................................................................4
Conceitos Relevantes ...................................................................................................................................................4
Colocar Material – Diferença Importunação X Ato Obsceno ..................................................................5
Estupro Qualificado pela Idade da Vítima (Art. 213, §1º) ..........................................................................5
Estupro Qualificado pelo Resultado (Art. 213, §§ 1º e 2º) ........................................................................6
Diversidade de Atos Libidinosos e Concurso de Crimes ...........................................................................6
Importunação Sexual – Art. 215-A .........................................................................................................................6
Registro Não Autorizado da Intimidade Sexual (Art. 216-B do CP) ....................................................8
Estupro de Vulnerável (Art. 217-A do CP) .........................................................................................................9
Casa de Prostituição – Art. 229 do CP ...............................................................................................................11
Ato Obsceno – Art. 233 do CP ................................................................................................................................12
Mapas Mentais ................................................................................................................................................................14
Questões de Concurso ................................................................................................................................................15
Gabarito ..............................................................................................................................................................................36
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................37
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
ApresentAção
Alunas e alunos, segue nosso material sobre crimes contra a dignidade sexual.
Desejo a todas e todos ótimos estudos.
Abraços!
Rodrigo Pardal
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Segredo de justiça: de acordo com o artigo 234-B, os crimes contra a dignidade sexual se 
apuram em segredo de justiça.
estupro – Art. 213
Tipo penal: figura simples
Conceito: Consiste em constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a ter con-
junção carnal a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Pena – de 6 a 10 anos de reclusão.
A lei 12.015/09 conferiu nova redação ao art. 1º, V da LCH (lei 8.072/90), deixando claro 
que tanto o estupro simples quanto o qualificado tem natureza hedionda.
ConCeitos relevAntes
Ato libidinoso: Todo ato objetivamente capaz de produzir prazer sexual
Conjunção carnal: É espécie de ato libidinoso, consistente na cópula vagínica, ou seja, rela-
ção sexual com introdução total ou parcial do pênis na vagina;
Sujeitos: Tanto homem quanto mulher podem ser sujeito ativo ou passivo do crime em tela.
Atualmente o estupro abrange três hipóteses em que o agente obriga a vítima:
a) Ter com ele conjunção carnal (penetração do pênis na vagina). Nessa modalidade a 
antiga redação do estupro só podia ser praticado por homem contra mulher porque a redação 
antiga era constranger mulher à conjunção carnal. Se uma mulher forçasse um homem a uma 
penetração vaginal ela respondia por constrangimento ilegal. A redação atual é constranger 
alguém a conjunção carnal de modo que pode ser praticado por homem contra mulher e por 
mulher contra homem.
b) Quando o agente obriga a vítima a praticar outro ato libidinoso. Praticar pressupõe en-
volvimento ativo da vítima no ato sexual. Exemplo: a vítima fazer sexo oral no réu. Embora nor-
malmente ocorra envolvimento corporal do agente no ato sexual isso nem sempre ocorre. Se 
alguém obriga a vítima a introduzir um pênis de borracha na própria vagina ou a fazer sexo oral 
em um cachorro o crime se configura porque houve grave ameaça para que a vítima praticasse 
um ato sexual.
c) Quando a vítima é obrigada a permitir que nela se pratique o ato libidinoso. Aqui o com-
portamento da vítima é passivo. Exemplos: o agente introduz o pênis nos ânus dela ou nela faz 
sexo oral ou introduz o dedo em sua vagina ou passa as mãos em suas nádegas ou seus seios 
ou esfrega o pênis no corpo da vítima etc.
Beijo lascivo, que é o beijo de língua, quando dado mediante violência ou grave ameaça é 
considerado ato libidinoso e configura estupro. É possível praticar estupro sem tirar as roupas 
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Crimes contra a Dignidade Sexual
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da vítima. Exemplo: o réu que emprega violência para imobilizar a vítima e depois esfrega o 
pênis por sobre a saia da vítima.
Importunação sexual (art. 215-A): Aquele que se esfrega em alguém ao passar por um 
vagão de trem apertado incorre no delito de importunação sexual. Prevalece que há este delito 
ainda que não tenha contato físico.
ColoCAr MAteriAl – DiferençA iMportunAção X Ato obsCeno
Necrofilia? Os atos de necrofilia configuram crime de vilipêndio a cadáver (artigo 212 do CP).
Consumação: O crime se considera consumado com a penetração ainda que parcial do 
pênis na vagina ou com a prática de qualquer ato libidinoso.
Tentativa: É possível, lembrando-se que o início de execução do delito em estudo é o em-
prego da violência ou grave ameaça, visando à realização do ato sexual. Por isso, se o agente 
já empregou violência ou grave ameaça, mas foi impedido de realizar o ato sexual por ação de 
terceiro ou até fuga da vítima, temos tentativa (pressupõe sempre prova da finalidade sexual).
A doutrina costuma salientar que a falta de ereção em relação àquele que visa conjunção 
carnal seria circunstância alheia à vontade do agente, de modo que ele liberar a vítima por não 
ter conseguido a ereção, é caso de tentativa e não de desistência voluntária.
Açãopenal: A do artigo 213, caput, era pública condicionada à representação (artigo 225 
do CP modificado pela Lei 12.015/09). Contudo, com o advento da Lei 13.718/18 nos crimes 
sexuais a ação penal passou a ser pública incondicionada.
Aplica-se ainda a súmula 608 do STF? Sob a lei anterior, Greco e Bitencourt entendiam que 
sim. Já, Nucci entendia que não. O STF tem precedente aplicando a súmula (HC 125.360/RJ; 
Rel. Min. Alexandre de Moraes; Primeira Turma; j. 27/02/2018), bem como o STJ (HC 329917/
RS; Rel. Min. Thereza de Assis Moura; Sexta Turma; Dje 15/04/2016). De todo modo, com o 
advento da lei 13.718/18 ela com certeza ficou superada.
Se ficar provado que a vítima inventou o abuso sexual para prejudicar o acusado, ela res-
ponderá por crime de denunciação caluniosa do artigo 339 do CP.
Obs.: � Ler as circunstâncias dos artigos 226 e 234-A.
estupro QuAlifiCADo pelA iDADe DA vítiMA (Art. 213, §1º)
Artigo 213, parágrafo primeiro: Vítima menor de 18 ou maior de 14 anos.
Obs.: � Nesta forma de estupro também é necessário o emprego de violência ou grave ameaça 
e a pena é maior em razão da idade da vítima.
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estupro QuAlifiCADo pelo resultADo (Art. 213, §§ 1º e 2º)
I – 213, parágrafo primeiro: Se da conduta resulta lesão grave.
II – 213, parágrafo segundo: Se da conduta resulta morte.
A rigor, deveriam as presentes figuras ser preterdolosas, admitindo-se dolo no delito ante-
rior e culpa no delito subsequente. Contudo, a doutrina (Nucci e Bittencourt, aquele sem dar 
maiores detalhes e este, analisando de maneira mais detida, ao falar de razoabilidade) entende 
que o resultado agravador pode advir tanto de dolo, quanto de culpa e aplica o mesmo raciocí-
nio do roubo qualificado pelo resultado.
DiversiDADe De Atos libiDinosos e ConCurso De CriMes
Caso de mesma situação fática: Se o agente em uma mesma oportunidade realiza conjun-
ção carnal e em seguida sexo anal com a vítima. Antes da Lei 12.015/09 havia se pacificado o 
entendimento de que estupro e AVP por estarem previstos em tipos penais diversos não eram 
da mesma espécie, inviabilizando o crime continuado entre eles. Em suma, entre estupro e 
AVP aplicava-se o concurso material. Após a Lei 12.015/09 ter unificado todas as condutas no 
artigo 213 surgiram duas correntes:
Houve novatio legis in mellius de modo que a situação que configurava concurso material 
de crimes hoje configura crime único. A pluralidade de atos sexuais apenas pode ser usada 
para majorar a pena-base.
Em sentido inverso, entende haver crime único apenas nos casos em que o ato libidinoso 
é mero ato preparatório de outro (praeludia coiti), de modo que nas demais hipóteses há con-
curso de crimes. Destarte, em havendo vários atos libidinosos que não caracterizem praeludia 
coiti há vários crimes de estupro, ainda que no mesmo contexto fático.
E se os fatos forem praticados em contextos diferentes? Haverá concurso de crimes, mas 
qual espécie?
Continuidade delitiva, pois há mesma espécie de crime praticado.
Greco entende que só será possível o crime continuado se a forma de estupro for idêntica, 
ou seja, se houver séries de conjunção carnal ou atos libidinosos diversos.
iMportunAção seXuAl – Art. 215-A
Entrou em vigor na data de 24 de setembro de 2018. Seu objetivo principal foi suprir uma 
lacuna até então existente na hipótese de práticas de condutas libidinosas relacionadas à de-
terminada pessoa, sem violência ou grave ameaça. Exemplos: masturbação e ejaculação em 
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alguém, “encoxada”, apalpar os seios, desde que sem qualquer vis (STJ já reconheceu este 
crime em julgado sobre estes fatos).
Tais condutas eram tipificadas como contravenção penal do artigo 61 do Dec. Lei 3688/41 
– importunação ofensiva ao pudor, o que gerava sensação de impunidade. Desta forma, a ideia 
do legislador foi substituir a contravenção, tanto que a revogou, por um tipo intermediário entre 
a contravenção e o estupro.
Houve abolitio criminis da conduta prevista na contravenção? Eu particularmente creio que 
sim, pois houve permuta de elementos especializantes (Taipa de Carvalho). No entanto, parece 
prevalecer que houve continuidade normativo-típica.
Descrição típica: “Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo 
de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
Prevalece que não se exige contato físico para que ocorra o delito em tela.
Se a vítima for vulnerável haverá o delito do art. 217-A.
Diferença entre este delito e o de ato obsceno (art. 233, CP): Neste o ato libidinoso é dirigi-
do ou é relacionado à pessoa específica, o que se extrai da expressão “contra alguém”. Já, no 
ato obsceno o ato libidinoso ou ofensivo ao pudor é praticado sem se dirigir a pessoa específi-
ca. Ademais, o ato obsceno deve se dar em local público, aberto ou exposto ao público, o que 
não se exige no crime do art. 215-A.
Trata-se de tipo subsidiário expresso.
Ação penal: Pública incondicionada
Assédio Sexual – 216-A
Conceito: O crime consiste em constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual prevalecendo-se o agente de sua superioridade hierárquica ou de ascen-
dência inerente ao cargo, emprego ou função.
− Muitas vezes o assédio sexual é acompanhado de uma ameaça, mas isso não é ele-
mentar do crime, bastando que o agente coloque a vítima em uma situação constran-
gedora.
Crime próprio: o assédio sexual é crime próprio, pois apenas pode ser praticado pelo supe-
rior hierárquico ou por alguém que tenha ascendência em razão de cargo, emprego ou função 
(exemplos: professores e diretores em relação a alunos de colégio ou faculdade; dos desem-
bargadores em relação aos juízes de direito).
O assédio sexual pode ocorrer tanto no âmbito das relações públicas, quanto privadas.
Consumação: o crime se consuma no momento do assédio, isto é, no momento em que o 
agente importuna a vítima mediante palavras ou gestos. Trata-se de crime formal que se con-
suma independentemente da efetiva obtenção de alguma vantagem sexual. Muitas vezes, o 
assédio sexual é praticado verbalmente, com cantadas indecorosas, comentários embaraços, 
pedidos para que a vítima experimente uma roupa menor ou ainda mediante gestos.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
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Sujeito passivo: Pode ser homem ou mulher.
Causa de aumento: O parágrafo segundo prevê aumento de até 1/3 se a vítima for menor 
de 18 anos.
É possível tal delito na relação professor-aluno? irrazoável excluir a (nítida) relação de as-
cendência elemento normativo do tipo por parte do docente no caso de violação de um de 
seus deveres funcionais e morais, consistente em atribuir notas, reconhecer o mérito e apro-
var o aluno não apenas pelo seu desempenho intelectual, mas por eventual barganha sexual. 
Ademais, é notório o propósito do legisladorde punir aquele que se prevalece da condição de 
professor para obter vantagem de natureza sexual. Nenhuma outra profissão suscita tamanha 
reverência e vulnerabilidade quanto a que envolve a relação aluno-mestre, que alcança, por 
vezes, autoridade paternal dentro de uma visão mais tradicional do ensino. O professor está 
presente na vida de crianças, jovens e também adultos durante considerável quantidade de 
tempo, torna-se exemplo de conduta e os guias para a formação cidadã e profissional, motivo 
pelo qual a “ascendência” constante do tipo penal do art. 216-A do Código Penal não pode 
se limitar à ideia de relação empregatícia entre as partes. Assim, releva-se patente a aludida 
“ascendência”, em virtude da “função” outro elemento normativo do tipo, dada a atribuição 
que tem a cátedra de interferir diretamente no desempenho acadêmico do discente, situação 
que gera no estudante o receio da reprovação (STJ; Resp 1.759.135/SP; Rel. Acd. Min. Rogerio 
Schietti Cruz; por maioria; j. 13/08/2019).
registro não AutorizADo DA intiMiDADe seXuAl (Art. 216-b Do Cp)
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez 
ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou 
qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso 
de caráter íntimo.”
Trata-se de infração penal de menor potencial ofensivo.
Pune a conduta de quem produz, fotografa, filma ou registra cena de nudez ou ato sexual 
ou libidinoso de caráter íntimo e privado em autorização dos participantes.
O ato íntimo não precisa envolver pluralidade de pessoas. Caso seja registrada nudez de 
uma pessoa em autorização já há o crime.
A montagem é punida na forma equiparada do parágrafo único.
Se o agente registra e, depois divulga, responde por quais crimes? Responde por um crime 
apenas ou por este crime e pelo do art. 218-C? Deve se instalar uma discussão.
Como se dá este crime em relação a prática de “agorafilia”(fetiche de ter sexo em locais 
públicos ou ao ar livre)? Mesmo que se registre não há este crime, pois a prática de atividade 
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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sexual em local público mitiga em muito o caráter íntimo e privado da prática. Neste caso, os 
praticantes podem responder por ato obsceno.
estupro De vulnerável (Art. 217-A Do Cp)
Observação inicial: aqui não se exige vis, bastando para que ocorra prática de ato libidino-
so com vítima nas condições previstas no artigo.
No caput está prevista a conduta de quem pratica conjunção carnal ou qualquer outro ato 
libidinoso com pessoa menor de 14 anos.
Parágrafo primeiro: Neste, por sua vez, temos a mesma pena para quem mantém conjun-
ção carnal ou pratica qualquer outro ato libidinoso com pessoa portadora de enfermidade ou 
deficiência mental que por tal razão não tem o necessário discernimento para o ato ou com 
alguém que não pode por qualquer causa oferecer resistência.
O estupro de vulnerável constitui crime hediondo, nos termos do artigo 1º, VI da LCH.
Portanto, temos três grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade (Sujeitos passivos):
1. Menor de 14 anos
2. Pessoa que em razão de enfermidade ou doença mental não tem o necessário discerni-
mento para o ato. Somente se ficar constatada a completa falta de capacidade e discernimen-
to é que teremos estupro de vulnerável.
3. Fórmula genérica: Se a vítima não pode por qualquer outra causa oferecer resistência.
Como a lei usa a expressão “qualquer causa”, o crime de estupro de vulnerável existe, quer 
o próprio agente tendo gerado tal situação, ministrando droga, sonífero na vítima; quer ela pró-
pria tenha se colocado em tal situação mediante ingestão de sonífero ou de grande quantidade 
de bebida alcoólica; quer se trate de causas outras como acidentes ou doenças que tenham 
colocado a vítima em coma; doenças incapacitantes, idade avançada.
Hipóteses de Vulnerabilidade
Consumação: Momento em que foi realizado o ato sexual
Tentativa: É possível desde que haja início de execução e não ocorra o ato de libidinagem.
Qualificadoras: Além disso, a lei prevê duas qualificadoras se da conduta resultar lesão gra-
ve ou morte (artigo 217-A, §§ 3º e 4º). Aqui os comentários são os mesmos feitos em relação 
ao estupro qualificado pelo resultado.
Ação penal: Pública incondicionada.
Contato físico? Necessário o contato físico para a consumação do crime ou a mera con-
templação lasciva já o caracteriza? Na doutrina há discussão (Rogério Greco entende ser des-
necessário o contato físico, enquanto que Noronha e Álvaro Mayrink entendem ser necessário 
ao tratar do revogado atentado violento ao pudor). O STJ tem reconhecido que mesmo sem 
contato físico pode haver este delito (HC 611.511/SP, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonse-
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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ca, Quinta Turma., DJe 15/10/2020 e HC 478.310, Rel. Min. Rogério Schietti, Sexta Turma, por 
unanimidade, 09/02/2021).
Questão interessante: É possível relativizar a vulnerabilidade? É possível alegar a exceção 
de Romeu e Julieta (consentimento e diferença pequena de idade, pois Julieta tinha 13 anos 
e Romeu, 18)? Segundo o STJ, não é possível: “Para a caracterização do crime de estupro de 
vulnerável previsto no art. 217 - A, caput, do Código Penal, basta que o agente tenha conjunção 
carnal ou pratique qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos. O consentimento da 
vítima, sua eventual experiência sexual anterior ou a existência de relacionamento amoroso 
entre o agente e a vítima não afastam a ocorrência do crime” STJ. 3ª Seção. REsp 1.480.881-PI, 
Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/8/2015 (recurso repetitivo) (Info 568). Editou-se 
a Súmula 593 do STJ sedimentando o mesmo entendimento. Posteriormente, inseriu-se um 
§5º que reforçou a ideia de irrelevância do consentimento da vítima, bem como irrelevância de 
sua experiência sexual anterior para fins de caracterização deste crime.
Questão interessante 02: Beijo lascivo em criança de 05 anos caracteriza este crime ou 
pode haver desclassificação? O STF entendeu por maioria que a conduta caracteriza estupro 
de vulnerável, tendo havido no caso julgado conotação sexual e abuso de confiança (STF; Pri-
meira Turma; HC 134.591/SP; rel. para acórdão min. Alexandre de Moraes; j. 01/10/2019).
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou ado-
lescente ou de vulnerável - artigo 218-B do CP
Este dispositivo revogou tacitamente o art. 244-A do ECA.
No artigo 218-B do Código Penal não basta aferir a idade da vítima, devendo-se averiguar 
se o menor de 18 (dezoito) anos ou a pessoa enferma ou doente mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou por outra causa não pode oferecer resistência. Portan-
to, não basta que seja menor, enferma ou doente mental, além disso o STJ entende que deve a 
pessoa não ter o necessário discernimento ou não pode oferecer resistência. Tal comprovação 
se dá quando verificado que a vítima se entrega à prostituição devido às suas más condiçõesfinanceiras. É a idade aliada a má condição financeira que torna a vítima vulnerável (STJ; Quinta 
Turma; HC 371.633; Quinta Turma; Rel. Min. Jorge Mussi; j. 19/03/2019).
§1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2º Incorre nas mesmas penas:
I – quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e 
maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
STJ: Nesta modalidade, diferentemente do caput, não se exige habitualidade para a carac-
terização do delito. O delito se consuma independentemente da reiteração de condutas (STJ; 
HC 371.633/SP; Quinta Turma; Rel. Min. Jorge Mussi; j. 19/03/2019).
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STJ: O delito previsto no art. 218-B, § 2º, inciso I, do Código Penal, na situação de explora-
ção sexual, não exige a figura do terceiro intermediador (EREsp 1.530.637/SP, Rel. Min. Ribeiro 
Dantas, Terceira Seção, por maioria, julgado em 24/03/2021).
II – o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas 
no caput deste artigo.
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da 
licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou 
pornografia – artigo 218-C do CP (Lei 13.718/18)
Pune quem pratica conduta prevista no tipo envolvendo foto, vídeo ou outro recurso audio-
visual envolvendo cena de:
1. estupro;
2. estupro de vulnerável;
3. ou que faça apologia ou induza as condutas mencionadas;
4. sexo, nudez ou pornografia, sem o consentimento da vítima.
O mero armazenamento das mídias não caracteriza o crime.
Trata-se de delito subsidiário expresso.
Caso a conduta envolva criança ou adolescente haverá o crime do art. 241-A do ECA.
O §1º traz causa de aumento de pena de 1/3 a 2/3 se o agente pratica a conduta em rela-
ção a pessoa com quem tem ou teve relação íntima de afeto ou se houver finalidade de vingan-
ça (revenge porn) ou humilhação.
Relação íntima de afeto afasta qualquer relacionamento rápido e descompromissado. Deve 
ter havido, para a incidência da majorante, relacionamento que transcenda apenas a diversão 
momentânea com escopo de obtenção de prazer.
O §2º traz excludente de ilicitude caso preenchidos os seguintes requisitos:
1. se trate de publicação jornalística, científica, cultural ou acadêmica;
2. sem identificar a pessoa ou caso a identifique, deve ter havido prévia autorização e ela 
deve ter mais de 18 anos.
CAsA De prostituição – Art. 229 Do Cp
O Código Penal, em sua redação original, previa o seguinte acerca do delito de Casa de 
Prostituição:
Casa de prostituição
Art. 229 - Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encon-
tros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena – — reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Com a edição da Lei n.12.015, de 7 de agosto de 2009, a norma passou a dispor o seguinte:
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, 
haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena – — reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Ao interpretar a mudança do dispositivo entendeu o STJ que agora se exige exploração 
sexual para que haja o delito sem a qual o fato é atípico.
Exige-se, por exemplo, a mantença da pessoa em condição de explorada, obrigada, coagi-
da, não raro em más condições, ou mesmo em condição análoga à de escravidão, impondo-lhe 
a prática de sexo sem liberdade de escolha, ou seja, com tolhimento de sua liberdade sexual 
e em violação de sua dignidade sexual. Portanto, a prostituição, por si só não caracteriza este 
crime (STJ; Resp 1.683.375/SP; Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura; 14/08/2018)
Ato obsCeno – Art. 233 Do Cp
Obs.: � O STF vai analisar se este delito é constitucional. A questão diz respeito a violação ou 
não da taxatividade e como deve ser interpretado o dispositivo. Foi reconhecida reper-
cussão geral (RE 1.093.553).
Conceito: O crime consiste em praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto 
ao público.
Ao obsceno: Ato que ofende o pudor público, considerado objetivamente em um dado meio 
social e relacionado à sexualidade.
Obs.: � Em regra os atos de natureza sexual como a conjunção carnal, sexo oral, bem como a 
exposição da genitália no caso de masturbação em público, etc., configuram o crime em 
análise, exceto quando ocorre de madrugada em ruas longínquas no interior de um veí-
culo de uma maneira que apenas serão vistos se o transeunte encostar o olho no vidro.
O crime existe pela possibilidade de um grande número de pessoas notarem, ainda que isso 
não ocorra (exemplo: sexo oral feito em praça pública iluminada em um dos bancos da praça).
Locais públicos são as ruas, avenidas, praias etc.
O delito pode ainda ser ainda praticado em locais abertos ou expostos ao público. Locais 
abertos ao público são: os trens, os shoppings, cinemas, teatros, casas de show.
Locais expostos ao público são as residências particulares nas partes que podem ser vis-
tas por pessoas que passam pela rua (exemplo: jardim, sacada de uma casa).
O crime se consuma no momento em que o ato é praticado, independentemente de qual-
quer outra consequência.
Diferença entre o crime de importunação sexual e este delito: Naquele o ato libidinoso é 
dirigido ou é relacionado à pessoa específica. Já, no ato obsceno o ato libidinoso ou ofensivo 
ao pudor é praticado sem se dirigir a pessoa específica.
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MAPAS MENTAIS
DIFERENÇA: 
IMPORTUNAÇÃO 
SEXUAL X ATO 
OBSCENO
Importunação sexual
Ato praticado em relação a pessoa específica
não se exige local público, aberto ou exposto ao público
Caso se trate de pessoa vulnerável haverá o crime do art. 217-A e não este delito.
Ato obsceno
Ato não se dirige a nenhuma pessoa específica
Exige-se local público, aberto ou exposto ao público
Hipóteses de 
vulnerabilidade
Menor de 14 anos
Pessoa que em razão de enfermidade ou doença mental não tem o necessário 
discernimento para o ato
Se a vítima não pode por qualquer outra causa oferecer resistência.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2021/VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) A conduta daquele que beija, bemcomo 
passa a mão no corpo e nas partes íntimas de uma criança de dez (10) anos de idade, não 
ocasionando lesões físicas à vítima, configura crime de:
a) estupro tentado.
b) importunação sexual.
c) estupro de vulnerável tentado.
d) estupro de vulnerável.
002. (2021/FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO) Segundo a jurisprudência do Superior Tribu-
nal de Justiça, a continuidade delitiva:
a) específica aplica-se para os crimes de estupro ou de atentado violento ao pudor praticados 
com violência presumida.
b) pode ser reconhecida entre crimes de estupro de vulnerável praticados contra vítimas diversas.
c) é possível entre os crimes de roubo e extorsão se o agente, após o roubo, constrange a víti-
ma a entregar o cartão bancário e a senha para sacar o dinheiro da conta.
d) específica, para fins de cálculo do aumento de pena, independe da análise das circunstân-
cias judiciais.
e) exige fundamentação concreta para a fixação da fração de aumento de pena, sendo insufi-
ciente para a exasperação a mera indicação do número de crimes.
003. (2021/FGV/IMBEL/ADVOGADO - REAPLICAÇÃO) Paulo, diretor da sociedade empresá-
ria na qual Joana exercia a função de secretária, determina que ela compareça à sua sala, pois 
tinha uma solicitação para lhe fazer. Lá chegando, Paulo informa que estaria com a demissão 
dela sobre a mesa, faltando apenas assinar.
Ao saber da informação, Joana se desespera, na medida em que o trabalho era fundamental 
para o pagamento de suas despesas pessoais e de sua filha pequena. Diante do choro de 
Joana, Paulo informa que poderia reverter a demissão, caso ela aceitasse se relacionar sexu-
almente com ele, ali mesmo.
Joana, constrangida e indignada com a proposta feita por Paulo, sai correndo da sala e procu-
ra a Delegacia da área. Diante dos fatos apresentados, acerca da responsabilização penal de 
Paulo, pode-se afirmar que:
a) Paulo praticou o crime de assédio sexual tentado, uma vez que não conseguiu obter a van-
tagem sexual pretendida, pois o crime é material, exigindo a produção do resultado para a sua 
consumação.
b) Paulo praticou o crime de assédio sexual consumado, uma vez que apesar de não ter conse-
guido a vantagem sexual pretendida, o crime é de mera conduta, consumando-se apenas com 
o constrangimento visando a vantagem sexual.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
c) Paulo praticou o crime de assédio sexual consumado, uma vez que apesar de não ter con-
seguido a vantagem sexual pretendida, o crime é formal, consumando-se apenas com o cons-
trangimento visando a vantagem sexual.
d) Paulo não será responsabilizado penalmente, na medida em que não chegou a iniciar a exe-
cução do crime, ficando apenas nos atos preparatórios que, como tais, são impuníveis.
e) Paulo praticou o crime de assédio sexual consumado, uma vez que o crime é formal e os 
crimes formais nunca admitem a modalidade tentada.
004. (2021/IDECAN/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com o 13º Anuário Bra-
sileiro de Segurança Pública, de 2011 em diante, ocorreu um aumento muito significativo nos 
registros de ocorrência relacionados ao crime de estupro. Segundo esse mesmo levantamen-
to, a maior parte de crimes de estupro praticados no Brasil é o estupro de vulnerável, que é 
aquele praticado contra menores de 14 anos ou pessoas com doenças ou deficiência mental 
que não têm discernimento para a prática do ato ou que, por qualquer outra causa, não podem 
oferecer resistência.
Acerca da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a afirmativa 
INCORRETA.
a) O delito de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) se consuma com a prática de qualquer 
ato de libidinagem ofensivo à dignidade sexual da vítima.
b) Em razão do princípio da especialidade, é descabida a desclassificação do crime de estupro 
de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) para o crime de importunação sexual (art. 215-A do 
CP), uma vez que este é praticado sem violência ou grave ameaça, e aquele traz ínsito ao seu 
tipo penal a presunção absoluta de violência ou de grave ameaça.
c) A contemplação lasciva configura o ato libidinoso constitutivo dos tipos dos art. 213 e art. 
217-A do CP, sendo irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja contato físico entre 
ofensor e vítima.
d) Não há bis in idem na incidência da agravante genérica do art. 61, II, f, concomitantemente 
com a causa de aumento de pena do art. 226, II, ambas do CP, no crime de estupro.
e) Não se configura crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) na relação entre profes-
sor e aluno.
005. (2021/CESPE / CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - PROVA 
1) Com relação aos crimes previstos na Parte Especial do Código Penal, julgue o próximo item.
A prática sexual com pessoa em estado de sono caracteriza estupro de vulnerável.
006. (2021/IDECAN/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com o Código Penal, o 
crime de estupro ocorre quando há a seguinte conduta: “constranger alguém, mediante violên-
cia ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique 
outro ato libidinoso” (artigo 213, caput).
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou várias vezes sobre o crime de estupro.
Analisando as afirmativas a seguir, assinale a que está em DESACORDO com a jurisprudên-
cia do STJ.
a) Nas hipóteses em que há imprecisão acerca do número exato de eventos abusivos à digni-
dade sexual da vítima, praticados em um longo período de tempo, é adequado o aumento de 
pena pela continuidade delitiva (art. 71 do CP) em patamar superior ao mínimo legal.
b) Nos crimes de estupro ou de atentado violento ao pudor praticados com violência presumi-
da, não incide a regra da continuidade delitiva específica (art. 71, parágrafo único,do CP), que 
condiciona a sua incidência às situações de emprego de violência real.
c) O segredo de justiça previsto no art. 234-B do Código Penal abrange apenas a vítima de cri-
mes sexuais, devendo constar da autuação somente as iniciais de seu nome.
d) O avançado estado de embriaguez da vítima, que lhe retire a capacidade de oferecer resis-
tência, é circunstância apta a revelar sua vulnerabilidade e, assim, configurar a prática do crime 
de estupro previsto no §1º do art. 217-A do Código Penal.
e) Aquele que adere à determinação do comparsa e contribui para a consumação do crime de 
estupro, ainda que não tenha praticado a conduta descrita no tipo penal, incide nas penas a ele 
cominadas, nos exatos termos do art. 29 do Código Penal.
007. (2021/IDECAN/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) Aquele que, com intenção de es-
tuprar uma mulher, mantém com ela, sob coação, relação sexual e, após encerrada a prática de-
lituosa do estupro, resolve matar a vítima, desferindo contra ela facadas que provocam exces-
siva perda de sangue, sendo causa da morte conforme laudo pericial, responderá por delito de
a) estupro em concurso formal com delito de homicídio.
b) estupro qualificado pelo resultado morte.
c) estupro em concurso material com delito de homicídio.
d) estupro em concurso material com lesão corporal seguida de morte.
e) estupro apenas; o delito de homicídio será absorvido pelo estupro.
008. (2021/FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre o crime de divulgação de cena de estu-
pro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, é correto afirmar que
a) o especial fim de vingança ou humilhação é causa de aumento de pena de um terço a 
dois terços.
b) se consuma com a invasão de dispositivo informático de uso alheio para obter foto ou vídeo 
íntimo com nudez da vítima.
c) sua tipicidade depende de divulgação de cena de sexo com violência; do contrário, configura 
o crime de difamação.
d) quando a vítima for mulher, seu consentimento é incapaz de excluir a ilicitude da conduta, 
dada a especial proteção de gênero prevista pela norma.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
e) a prévia relação íntima de afeto, por constituir elementar do tipo, não pode incidir como mo-
tivação para aumento de pena.
009. (2021/FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/MPE-MG - PROMOTOR DE JUSTIÇA 
SUBSTITUTO) Quanto ao delito de estupro, é INCORRETO afirmar:
a) Ocorrendo lesão corporal grave consumada e conjunção carnal tentada, configura-se o deli-
to de estupro qualificado pelo resultado lesão grave, na forma tentada.
b) A respeito do dissenso da vítima, basta, para a configuração do crime de estupro, que o 
agente atue com dolo eventual.
c) O delito de estupro se consuma com a prática da conjunção carnal ou de qualquer outro ato 
libidinoso dela diverso. Caso ocorram ambas as condutas, trata-se de crime único.
d) A circunstância de a vítima ser maior de 14 e menor de 18 anos configura uma qualificadora 
do tipo-base.
010. (2021/AOCP/MPE-RS/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Assinale a alternativa correta.
a) Policarpo, quando passava pela Rua Getúlio Vargas, em Bagé, mediante grave ameaça, rou-
bou da senhora Ayla seu relógio. A polícia civil local, ao receber a notitia criminis, instaurou 
inquérito policial contra ele e o indiciou por tal crime. Durante a fase investigativa, Policarpo, 
impelido por forte arrependimento do que havia feito, devolveu, voluntariamente, o relógio à 
vítima. Nessa situação hipotética, caso Policarpo seja condenado, terá em seu favor uma re-
dução de pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) em razão do arrependimento posterior 
(art. 16, do Código Penal). Nesse caso, quanto mais rápida for a entrega do bem, maior será a 
redução da pena.
b) Nísia estava em uma praia totalmente deserta com Epílogo, seu amigo de infância. Por onde 
os olhos alcançavam, via-se apenas areia, sem pedras, sem morros e sem arvoredos. Com a 
intenção de lesar Epílogo, ela desferiu um golpe em suas costas, ocasião em que Epílogo caiu 
e bateu a cabeça justamente em uma pedra (única e não visível), encoberta pela areia (im-
previsível), momento em que faleceu por traumatismo craniano. Considerando essa situação 
hipotética, pode-se afirmar que a conduta dela adequa-se ao crime de lesão corporal segui-
da de morte.
c) Honório efetuou compra de uma bicicleta e emitiu um cheque sem fundos, de sua conta 
corrente, para pagar a referida bicicleta. O cheque foi devolvido pelo banco por ausência de 
fundos. Em razão desse fato, foi instaurado inquérito policial contra ele por violação ao art. 
171, § 2º, inciso VI, do Código Penal (estelionato mediante fraude no pagamento por meio de 
cheque). Ainda na fase investigativa, Honório, voluntariamente, restituiu integralmente o prejuí-
zo à vítima, pagando o valor devido. Nesse caso hipotético, segundo entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça, ele terá em seu favor uma excludente legal de ilicitude, que obstará a pro-
positura da ação penal.
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DIREITO PENAL
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d) Esdras e Efraim, em coautoria, ajustaram a prática do crime de furto contra o Restaurante 
Bom Prato, em horário em que não houvesse ninguém, ou seja, que estivesse fechado. A exi-
gência de Efraim, para a prática delituosa, seria para que fossem desarmados, pois ele não 
aceitava o emprego de qualquer violência. Na ocasião em que o crime foi praticado, Esdras 
disse a Efraim para ficar do lado de fora dando cobertura, enquanto ele entraria no restaurante 
para furtar. Ao entrar no restaurante sozinho, Esdras se depara com o vigia e, de posse de uma 
faca (que trazia em sua cintura, sem o conhecimento de Efraim), desfere vários golpes no vigia 
que não resiste aos ferimentos e morre no local. Em seguida, Esdras foge e deixa seu colega 
sem saber do ocorrido. Com base nesse contexto hipotético, pode-se afirmar que Efraim agiu 
em cooperação dolosamente distinta, razão pela qual responderá por crime de roubo com cau-
sa especial de diminuição de pena.
e) Para o Superior Tribunal de Justiça, o estupro de vulnerável se consuma com a prática de 
qualquer ato libidinoso ofensivo à dignidade sexual da vítima, sendo dispensável o contato 
físico direto entre ela e o réu para a configuração do delito.
011. (2021/FGV/PC-RN/DELEGADODE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO) Maicon, 25 anos, e 
Maria, 13 anos, que não era mais virgem, iniciaram relacionamento amoroso, com a concor-
dância dos pais da menor. Após dois meses de namoro, ainda antes do aniversário de 14 anos 
de Maria, o casal praticou relação sexual, o que ocorreu com o consentimento de Joana, mãe 
da adolescente, que, após conversar com Maicon, incentivou o ato sexual entre os dois como 
prova de amor. Tomando conhecimento do ocorrido dias depois, André, pai de Maria, ficou 
indignado com o ato sexual e registrou o fato na delegacia. Diante desse quadro, é correto 
afirmar que:
a) Maicon e Joana responderão por estupro de vulnerável, na forma majorada;
b) Maicon responderá por estupro de vulnerável e Joana,por corrupção de menores;
c) o fato será atípico, porque houve consentimento expresso da representante legal da vítima;
d) o fato será atípico, pois a vítima, apesar da idade, não era mais virgem e inexperiente;
e) Maicon e Joana responderão por estupro de vulnerável, não incidindo qualquer majorante.
012. (2021/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO) A respeito de CRIMES CONTRA A 
DIGNIDADE SEXUAL, conforme o STJ, é CORRETO afirmar que:
a) É possível a desclassificação do crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) para o de 
importunação sexual (art. 215-A, do CP), se as carícias forem por cima da roupa.
b) Não é possível a configuração do crime de assédio sexual (Art. 216-A, do CP) entre profes-
sor e aluno, porque inexiste relação hierárquica ou de ascendência, inerentes ao exercício do 
emprego, cargo ou função, próprios do tipo.
c) A incidência da causa de aumento de pena referente à condição de padrasto do autor (art. 
226, II, do CP) afasta a aplicação da agravante relativa à prevalência das relações domésticas 
em ambiente familiar (art. 61, II, “f”, do CP), sob pena de bis in idem.
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DIREITO PENAL
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d) A contemplação lasciva pode tipificar o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP).
e) No estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), o trauma psicológico, decorrente do fato, é sufi-
ciente para a valoração negativa das consequências do crime (art. 59 do CP).
013. (2010/COPESE/UFT/MPE-TO/ANALISTA MINISTERIAL - CIÊNCIAS JURÍDICAS) Não 
constitui crime contra a dignidade sexual:
a) Constranger homem, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal.
b) A satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
c) Raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim libidinoso.
d) Manter conjunção carnal com adolescente de treze anos de idade.
014. (2017/FCC/DPE-AP) Conforme o ordenamento penal pátrio e o entendimento dos tribu-
nais superiores:
a) Compete à Justiça Estadual do local do upload processar e julgar os crimes consistentes 
em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 
241, 241-A e 241-B da Lei n. 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de 
computadores.
b) Para a configuração do crime de corrupção de menores, atual artigo 244-B do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, se faz necessária a prova da efetiva corrupção do menor, uma vez 
que se trata de delito material, cujo bem jurídico tutelado pela norma visa, sobretudo, a impe-
dir que o maior imputável induza ou facilite a inserção ou a manutenção do menor na esfe-
ra criminal.
c) Não configura o crime de corrupção de menores na hipótese em que o maior imputável pra-
tica com o menor a infração penal ou induz a praticá-la, quando o adolescente possui outros 
antecedentes infracionais, pois, a cada nova prática criminosa em que o menor participa não 
ser pode falar de um aumento da degradação de sua personalidade.
d) Para a caracterização do crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do 
Código Penal, basta que o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso 
com pessoa menor de 14 anos. O consentimento da vítima, sua eventual experiência sexual 
anterior ou a existência de relacionamento amoroso entre o agente e a vítima não afastam a 
ocorrência do crime.
e) Ocorre erro de tipo no crime de corrupção de menores, não cabendo à defesa apresentar ele-
mentos probatórios capazes de sustentar a alegação de desconhecimento do acusado acerca 
da menoridade do coautor.
015. (2011/CESPE / CEBRASPE/TJ-PI) Com referência às infrações penais contra a dignidade 
sexual, assinale a opção correta.
a) O crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente consuma-se 
com dolo genérico, não se exigindo o chamado especial fim de agir.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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b) Caso o delito de violação sexual mediante fraude seja cometido com o fim de obtenção de 
vantagem econômica, o infrator sujeitar-se-á também à pena de multa.
c) Segundo entendimento do STJ, após a Lei n.º 12.015/2009, o crime de corrupção de meno-
res passou a ser material, ou seja, é exigida prova do efetivo corrompimento do menor.
d) No estupro, se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver me-
nos de dezoito anos de idade, aplicar-se-á causa especial de aumento de pena.
e) No assédio sexual, o fato de a vítima ter menos de dezoito anos de idade qualifica o cri-
me, razão pela qual as penas desse delito estarão majoradas em seus limites abstratamente 
cominados.
016. (2012/CESPE / CEBRASPE/PC-AL) Acerca dos crimes em espécie, julgue o item seguinte.
Nos crimes contra a dignidade sexual, a vulnerabilidade da menor de 14 anos de idade é consi-
derada relativa diante de seu consentimento para a prática sexual, devendo, no caso concreto, 
ser considerado o comportamento sexual da vítima, sua vida social e o grau de conscientiza-
ção da menor.
017. (2019/VUNESP/TJ-RO /JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Tícia, de 16 anos, há dois anos 
namora Caio, de 19 anos. Tícia é virgem e está decidida a apenas manter relação sexual após 
o casamento, já marcado para ocorrer no dia em que ela completará 18 anos. Quando estavam 
sozinhos, na sala, assistindo TV, Caio, aproveitando-se que Tícia cochilava, masturbou-se e 
ejaculou no corpo da namorada que, imediatamente, acordou. Sentindo-se profundamente vio-
lada e agredida, Tícia grita e acorda os pais, que dormiam no quarto da casa. Os pais, vendo a 
filha suja e em pânico, impedem Caio de fugir e decidem chamara polícia. Acionada a polícia, 
Caio é preso, em flagrante delito e, encerradas as investigações, denunciado pelo crime sexual 
praticado. Diante da situação hipotética, Caio poderá ser processado pelo crime de
a) corrupção de menores, tratando-se de ação penal pública incondicionada.
b) violação sexual mediante fraude, haja vista que Tícia estava dormindo, sem possibilidade de 
resistir, tratando-se de crime de ação penal pública condicionada.
c) importunação sexual, tratando-se de ação penal pública incondicionada.
d) estupro de vulnerável, haja vista que Tícia é menor, tratando-se de crime de ação penal pú-
blica incondicionada.
e) estupro, incidindo causa de aumento em virtude de a vítima ser menor de 18, tratando-se de 
ação penal pública condicionada.
018. (2019/FGV/MPE-RJ /ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PROCESSUAL) Tício, pa-
drasto de Lourdes, criança de 11 anos de idade, praticou, mediante violência consistente em 
diversos socos no rosto, atos libidinosos diversos da conjunção carnal com sua enteada. A 
vítima contou o ocorrido à sua mãe, apresentando lesões no rosto, de modo que a genitora de 
Lourdes, de imediato, compareceu com a filha em sede policial e narrou o ocorrido.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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Recebidos os autos do inquérito policial, o promotor de justiça com atribuição deverá oferecer 
denúncia imputando a Tício o crime de:
a) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), podendo o emprego de violência real ser considera-
do na pena base para fins de aplicação da sanção penal, bem como cabendo reconhecimento 
da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida;
b) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), não podendo o emprego de violência real ser consi-
derado na pena base por já funcionar como elementar do delito, mas cabendo reconhecimento 
da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida;
c) estupro qualificado pela idade da vítima (art. 213, §1º do CP), diante da violência real empre-
gada, de modo que a idade da vítima não poderá funcionar como agravante, apesar de presen-
te a causa de aumento pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida
d) estupro simples (art. 213 do CP), diante da violência real empregada, funcionando a idade 
da vítima como agravante da pena, não havendo previsão de causa de aumento de pena, que 
somente seria aplicável se o autor fosse pai da ofendida;
e) estupro qualificado pela idade da vítima (art. 213, §1º do CP), sem causa de aumento por ser 
o autor padrasto da ofendida, diante da violência real empregada, podendo a idade da vítima 
funcionar também como agravante da pena.
019. 1DOR) Júnia, de quatorze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter 
praticado crime de natureza sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último 
aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos 
legais e jurisprudenciais a ela relacionados.
Caso fique comprovado o consentimento de Júnia para a prática do ato sexual, a conduta de 
Pierre será considerada atípica.
020. (2019/CESPE / CEBRASPE/TJ-AM /ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR) Júnia, de quatorze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter 
praticado crime de natureza sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último 
aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos 
legais e jurisprudenciais a ela relacionados.
Se comprovada a prática do crime, Pierre responderá por estupro de vulnerável, haja vista a 
idade da vítima.
021. (2019/FCC/MPE-MT/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com o orde-
namento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores sobre os crimes contra a digni-
dade sexual,
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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a) a prática de passar as mãos nas coxas e seios da vítima menor de 14 anos, por dentro de 
sua roupa, não pode ser tipificado como crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código 
Penal), haja vista que não houve a conjunção carnal.
b) o estupro (art. 213 do Código Penal), com redação dada pela Lei n. 12.015/2009, é tipo pe-
nal misto alternativo. Logo, se o agente, no mesmo contexto fático, pratica conjunção carnal 
e outro ato libidinoso contra uma só vítima, pratica um só crime do art. 213 do Código Penal.
c) a conduta consistente em manter casa para fins libidinosos é suficiente para a caracteriza-
ção do crime tipificado no art. 229 do Código Penal, sendo desnecessário, para a configuração 
do delito, que haja exploração sexual, assim entendida como a violação à liberdade das pesso-
as que ali exercem a mercancia carnal.
d) somente no crime de estupro, praticado mediante violência real, é que a ação penal é pública 
incondicionada. Nas demais modalidades de violência, trata-se de crime de ação penal condi-
cionada a representação.
e) segundo a legislação brasileira, o estupro coletivo é aquele praticado mediante concurso de 
três ou mais pessoas.
022. (2019/INSTITUTO ACESSO/PC-ES /DELEGADO DE POLÍCIA - ANULADO) A profissional 
do sexo Gumercinda atende a seus clientes no local onde reside juntamente com seu filho Jo-
aquim de dez anos. O local é bastante exíguo, tendo pouco mais de quinze metros quadrados, 
onde existem apenas um quarto e um banheiro, ficando a cama onde Joaquim dorme ao lado 
da cama da mãe. Em uma determinada madrugada, Gumercinda acerta um “programa sexual” 
com Caio e o leva até sua casa. Durante o ato sexual, Joaquim acorda e presencia tudo, sem 
que Gumercinda ou Caio percebam que ele está assistindo à cena. No dia seguinte, Joaquim 
vai para a escola e conta o fato a um amigo, o qual, por sua vez, relata a história para Joana, 
sua mãe. Esta, abismada com a história,procura a delegacia do bairro e narra os fatos acima 
descritos.
Diante desta situação hipotética, assinale a alternativa correta do ponto de vista legal.
a) Gumercinda e Caio responderão pelo delito de satisfação de lascívia mediante a presença 
de criança ou adolescente.
b) Gumercinda e Caio não cometeram nenhum crime.
c) Gumercinda e Caio praticaram exploração sexual de criança ou adolescente.
d) Gumercinda e Caio praticaram crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
e) Apenas Gumercinda responderá pelo delito de satisfação de lascívia mediante a presença 
de criança ou adolescente
023. (2019/CESPE / CEBRASPE/TJ-SC /JUIZ SUBSTITUTO) Julgue os itens a seguir com 
base no Código Penal e na jurisprudência do STJ.
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DIREITO PENAL
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I – Um indivíduo poderá responder criminalmente por violação sexual mediante fraude, 
caso pratique frotteurismo contra uma mulher em uma parada de ônibus coletivo lota-
da, sem o consentimento dela.
II – Nos casos de parcelamento de contribuições previdenciárias cujo valor seja superior 
ao estabelecido administrativamente como sendo o mínimo para ajuizamento de suas 
execuções fiscais, é vedado ao juiz aplicar somente a pena de multa ao agente, ainda 
que ele seja réu primário.
III – Tanto ao agente, maior e capaz, que praticar o crime de estupro coletivo quanto ao 
agente, maior e capaz, que praticar o crime de estupro corretivo será aplicada a mesma 
majorante de pena in abstrato.
IV – Situação hipotética: Um homem, em 31/12/2018, por volta das cinco horas da madru-
gada, com a intenção de obter vantagem pecuniária, explodiu um caixa eletrônico situa-
do em um posto de combustível. Assertiva: De acordo com o STJ, ele responderá crimi-
nalmente por furto qualificado em concurso formal impróprio com o crime de explosão 
majorada.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
024. (2019/FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) No dia 23 de abril de 2013, Jailson, aprovei-
tando que sua esposa havia saído de casa para fazer compras, decidiu ir até o quarto de sua 
enteada Jéssica, que à época contava com 19 anos de idade. Ao perceber que Jéssica estava 
dormindo, Jailson se aproximou de sua cama, apalpou seus seios e começou a acariciar sua 
vagina por dentro da calcinha. Ocorre que, nesse momento, o irmão de Jéssica chegou à casa 
e, ao presenciar a cena, começou a gritar, momento em que Jailson se afastou da jovem e fugiu.
O tipo penal em que incorreu Jailson, sem analisar se o delito teria se dado na forma consuma-
da ou tentada, é:
a) Constrangimento ilegal (art. 146, caput, do CP).
b) Estupro (art. 213, caput, do CP).
c) Estupro de vulnerável (art. 217-A, §1º, do CP).
d) Violação sexual mediante fraude (art. 215, caput, do CP).
e) Importunação sexual (art. 215-A, do CP).
025. (2019/VUNESP/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) No que concerne aos crimes 
contra a dignidade sexual, é correto afirmar que
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
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a) a prática de relacionamento amoroso consensual por indivíduo com 18 anos com infante de 
13 anos há mais de dois anos anteriores é fato atípico.
b) a contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor foi tacitamente revogada pela Lei 
n. 13.718, de 24.09.2018.
c) em relação à titularidade da ação penal, nos crimes de estupro, por violência real ou grave 
ameaça, importunação sexual, assédio sexual e divulgação de cena de estupro, procede-se 
mediante ação penal pública condicionada à representação.
d) é fato típico distribuir ou expor publicamente qualquer objeto obsceno.
026. (2012/TJ-SC /TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - PROVIMENTO) 
Não constitui crime contra a dignidade sexual:
a) Exploração sexual de vulnerável.
b) Rapto violento ou mediante fraude.
c) Violência sexual mediante fraude.
d) Estupro de vulnerável.
e) Favorecimento à prostituição.
027. (2019/INSTITUTO AOCP/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em relação ao crime de estupro 
de vulnerável, é questão pacificada no Direito Penal
a) a irrelevância do consentimento da vítima para a prática do ato, bem como sua experiência 
sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.
b) o critério exclusivo de vulnerabilidade pela idade da vítima, menor de 14 anos.
c) que a vítima do sexo masculino não pode ser sujeito passivo do delito em análise.
d) que o desconhecimento da lei exclui a tipicidade delitiva
e) que a pena é duplicada se o agente exercer autoridade sobre a vítima.
028. (2019/CESPE / CEBRASPE/ TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Julgue os itens a seguir, relativos 
a delitos de natureza sexual.
I – Praticar, em local público, ato libidinoso contra alguém e sem o seu consentimento ca-
racteriza contravenção penal tipificada como importunação ofensiva ao pudor.
II – Praticar conjunção carnal com o parceiro na presença de menor de catorze anos de 
idade, a fim de satisfazer a própria lascívia, configura, a princípio, o tipo penal específico 
denominado satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
III – Praticar ato obsceno em praça pública, ainda que sem a intenção de ultrajar alguém es-
pecífico, configura crime de importunação sexual, que, por equiparação, é considerado 
hediondo.
IV – Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, 
como meio de vingança pelo término de relacionamento, configura crime específico 
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DIREITO PENAL
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previsto no ECA, o que afasta a incidência do novo tipo penal previsto no art. 218-C do 
Código Penal.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
029. (2019/CESPE / CEBRASPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A respei-
to de crimes contra a dignidade sexual, assinale a opção correta.
a) Para a configuração do crime de estupro de vulnerável, é relevante, na avaliação da atipici-
dade da conduta, averiguar a existência de relacionamento amoroso entre a vítima e o agente.
b) O STJ pacificou o entendimento de que, com o advento do Estatuto da Pessoa com Deficiên-
cia, eventual consentimento da vítima afasta a tipicidade do estupro de vulnerável.
c) Em regra, o crime de importunação sexual pode ter como agente passivo pessoa vulnerável, 
dados a especificidade da conduta e seu caráter de crime não subsidiário
d) Caracteriza o crime de assédio sexual a conduta de médico ginecologista que, durante aten-
dimento, pratica ato libidinoso contra paciente, aproveitando-se do consentimento dado por 
ela para a realização de exame ginecológico.
e) Em se tratando de crime de estupro em que a vítima seja maior de dezoito anos de idade e 
plenamente capaz, a ação penal é pública incondicionada, ainda que não tenha ocorrido violên-
cia real na prática do crime.
030. (2018/TRF - 2ª REGIÃO/ JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Leia as assertivas abaixo e as-
sinale a opção correta:
I – O crime específico de tráfico de pessoas consiste em agenciar, aliciar, recrutar, trans-
portar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, 
coação, fraude ou abuso, com a finalidade de remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do 
corpo; submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; submetê-la a qual-
quer tipo de servidão; adoção ilegal ou exploração sexual.
II – A pedofilia por meio da informática ou telemática também se caracteriza quando al-
guém assegura meios ou serviços para o armazenamento ou o acesso por rede de 
computadores às fotografias, cenas, imagens ou outro registro que contenha cena de 
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, mas não quando o 
responsável legal pela prestação do serviço, embora notificado, deixa de desabilitar o 
acesso ao conteúdo.
III – A aquisição, posse ou armazenamento de fotografia, vídeo ou outra forma de registro 
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescen-
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te é crime sempre punido com reclusão de um a quatro anos e multa, sendo irrelevante 
para a aplicação da pena, que haja pequena quantidade de material pornográfico apre-
endido.
IV – O crime de estupro próprio, punido com a pena de reclusão de oito a doze anos e mul-
ta, consiste no constrangimento de mulher, mediante violência ou grave ameaça, a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ela se pratique qualquer outro ato li-
bidinoso diverso da conjunção carnal, assim como também quando da conduta resulta 
lesão corporal de natureza grave, ou se a vítima é menor de dezoito ou maior de catorze 
anos.
V – O recém introduzido crime de estupro de vulnerável consiste em ter conjunção carnal 
ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos. E incorre na mesma pena 
quem pratica as mesmas ações com alguém que, por enfermidade ou deficiência men-
tal, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra 
causa, não pode oferecer resistência.
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I e V estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
e) Apenas as assertivas III e V estão corretas.
031. (2018/FCC/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) João e Maria, com 18 e 
13 anos de idade, respectivamente, iniciaram relacionamento amoroso que culminou em re-
lações sexuais consensuais. Inconformado com o fato, o pai de Maria procura a autoridade 
policial e solicita a instauração de inquérito policial contra João por entender que sua filha está 
sendo vítima de abuso sexual. No âmbito do direito penal,
a) João praticou o crime de satisfação de lascívia contra pessoa menor de 14 anos.
b) a existência de relacionamento amoroso entre o casal torna a conduta de João atípica.
c) o consentimento de Maria à conjunção carnal torna o crime de estupro impossível.
d) comprovado que Maria tinha experiência sexual anterior, João praticou o crime de estupro 
privilegiado.
e) João praticou o crime de estupro de vulnerável.
032. (2018/VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) No que concerne aos crimes contra a 
dignidade sexual, é correto afirmar que
a) dadas as condições de evolução social, não se pune atualmente a violação sexual mediante 
fraude e nem a sedução.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de maiores 
de 18 anos não-vulneráveis só é punido se o agente tem intuito de lucro.
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Crimes contra a Dignidade Sexual
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
c) o crime de assédio sexual, por expressa disposição legal fruto de ativismo jurídico, é punido 
mais gravemente se cometido por homem contra mulher do que vice-versa.
d) é fato típico induzir menor de 14 (quatorze) anos a presenciar ato libidinoso diverso da con-
junção carnal, a fim de satisfazer lascívia própria.
e) apenas pessoas dignas são objeto de proteção penal, excluídas as pessoas que voluntaria-
mente se entregam à má vida ou a práticas sexuais promíscuas.
033. (2018/CESPE / CEBRASPE/TJ-CE/ JUIZ SUBSTITUTO) Considerando a jurisprudência dos 
tribunais superiores acerca dos crimes contra a dignidade sexual, julgue os seguintes itens.
I – Ato sexual praticado por maior de idade com menor de quatorze anos de idade não con-
figura estupro de vulnerável se tiver havido consentimento da parte menor.
II – Toques e apalpações fugazes nos seios e na genitália da vítima são atitudes insuficien-
tes para configurar o tipo de estupro de vulnerável.
III – O trauma psicológico sofrido pela vítima de estupro de vulnerável é justificativa para a 
exasperação da pena-base imposta ao agente da conduta delituosa.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas o item III está certo.
d) Apenas os itens

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