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Inadimplência Resumo

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Dados Retirados de:
· CNDL – Confederação de Dirigentes Lojistas
· SPC Brasil – Serviço de Proteção ao Crédito
· BCB – Banco Central do Brasil
· Serasa Experian
Inadimplência – Definição
A inadimplência é o não pagamento de uma conta ou dívida. Assim, o consumidor inadimplente é aquele que está com uma dívida em aberto.
Inadimplência – Pendência no CPF
O prazo médio geral para se gerar uma pendência no CPF é de 15 dias, porém esse prazo pode variar de acordo com o segmento de atividade do credor. Por exemplo, no setor financeiro tem uma média de 30 a 45 dias no atraso nos pagamentos para gerar uma pendência no CPF.
Inadimplência – Perfil do inadimplente brasileiro
Um estudo da Serasa Experian (Dezembro/2018) mostra o mais atualizado perfil do inadimplente brasileiro.
· Os homens são maioria, com 50,9% dos inadimplentes;
· Pessoas com renda de 1 a 2 salários mínimos são as mais atingidas (39,1%), seguida dos que ganham até 1 salário mínimo (38,8%);
· A maioria dos devedores possui apenas uma dívida (37,3%), seguido dos que tem mais de 4 dívidas (30,7%)
· A faixa de idade com mais devedores é a de 41 a 50 anos (19,4%), seguido dos jovens com idade entre 18 e 25 anos (14,9%). 
Inadimplência – Causas
· Ausência de educação financeira
Muitos brasileiros não investem por puro desconhecimento do mercado, e uma parcela dos que tem algum tipo de investimento, seus ganhos chegam ser menores do que se o capital estivesse aplicado numa conta poupança.
Isso juntamente com a falta de instrução na gestão do orçamento doméstico é levado para outras esferas, como, por exemplo, quando o indivíduo resolve empreender. Sem saber como usar o capital de giro, fica difícil construir uma empresa sólida.
· Aumento do desemprego
Com as dificuldades de obtenção de empréstimos e as dívidas corporativas crescentes, começam a surgir as primeiras demissões, o que contrai ainda mais o consumo e intensifica o processo de retração. Com uma crise econômica, que atinge o país há alguns anos o desemprego tem suas taxas aumentando cada vez mais.
A taxa de desemprego no Brasil fechou o 2º trimestre de 2018 em 12,3%, o que representa 12,9 milhões de pessoas fora do mercado ou em busca de recolocação.
· Diminuição da renda média familiar
Os principais motivos que levam o brasileiro à inadimplência são o desemprego (26%), a redução da renda (14%), o descontrole financeiro (11%) e a realização de empréstimos em nome de terceiros (5%).
A diminuição da renda é a segunda maior causa de inadimplência, pois mesmo quem conseguiu se recolocar no mercado de trabalho, teve que aceitar receber menos para não ficar parado. Com menos recursos para manter as mesmas contas de antes, é preciso priorizar pagamentos, priorizando o que realmente é necessário para se sobreviver.
Juntando a informação acima à consciência de que os preços dos itens básicos de uma família (plano de saúde, educação, transporte) cresceram no mesmo período e você terá a fórmula, os sintomas e as causas da inadimplência.
· Atraso de salários
Acompanhando a quebra das finanças dos estados, é cada vez mais comum a criação de hábitos governamentais de dividir a remuneração de servidores públicos em parcelas a perder de vista, fato que não é incomum na iniciativa privada.
Essa irregularidade posterga o pagamento de conta dos trabalhadores. Vale lembra que o juros mensal do cheque especial não coberto equivale a 13,19% a.m., jutos esses que vão se acumulando e se multiplicando periodicamente.
· Compras para terceiros
No brasil, 4 em cada 10 brasileiros já adotaram a estratégia de “pedir o nome emprestado” a outras pessoas. O consumidor se sente mais confortável em flexibilizar os pagamento em caso de “aperto”, ou, simplesmente, deixam de quitar as parcelas por adotar novas prioridades.
Entregar seu nome para financiar para terceiros é um erro clássico de controle orçamentário, devendo ser evitado. O consumidor precisa ter consciência de que quem geralmente pede esse tipo de favor já tem o nome negativado em bancos e, portanto, pode ter problemas em seu histórico de pagamentos.
· Enfermidades
Apesar de ser a razão mais surpreendente da lista, a enfermidade é uma grande vilã no endividamento nacional. O alto custo de remédios e dos serviços no setor privado, bem como a perda de receita decorrido de afastamentos sucessivos, também impactam no PIB, e em última análise, a força monetária das famílias.
Com a falta de uma medicina preventiva, falta de atenção à qualidade de vida, ou a ausência de acesso a uma qualidade de vida digna, o custo dessa negligência é em muitos casos a inadimplência.
Inadimplência – Consequências
· Venda de Vale Refeição
Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 39% dos brasileiros que possuem o benefício vendem o tíquete mesmo sabendo que é ilegal, e desses, 4 em cada dez usam o valor para pagar dívidas em atraso (44%). Esse percentual é maior nas classes A e B, juntas representando um total de 75%.
· Ausência de controle pela Geração Z
Compostas por jovens com idades entre 18 e 24 anos, crescidos em um ambiente com grandes revoluções tecnológicas, 47% dos jovens afirmam não fazer controle das finanças pessoais.
As principais causas desse fenômeno é o fato de não saber como fazer esse controle (19%); sentir preguiça (18%); não ter o hábito ou disciplina (18%) e não ter renda (16%).
Por outro lado, dos 53% que afirmam manter algum tipo de controle, 26% ainda usam bloquinhos de anotação, apesar de estarem bastante conectados.
· Falta de planejamento para a aposentadoria
Os dados apontam que seis em cada de brasileiros (59%) admitem não se preparar para a hora de se aposentar, dos quais 55% pertencem às classes A e B.
Dentre os principais motivos 36% alegam não sobrar dinheiro no orçamento; 17% alegam não valer a pena guardar o pouco que sobra e 18% atribuem ao fato de estrarem desempregados.
Inadimplência – Impacto na Economia
· Quantidade de brasileiros inadimplentes
Segundo a Serasa, o primeiro trimestre de 2019 fechou com 63 milhões de consumidores inadimplentes, isso significa que 40,3% da população adulta do país possui pelo menos uma dívida em atraso.
· Proporção de dívida por pessoa
Em maio de 2018, quando o total de inadimplentes era de 61,1 milhões, a média de dívida por consumidor era de R$ 4 438, 00. Totalizando um montante de
R$ 271.161.800.000,00.

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