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LÍNGUA PORTUGUESA A

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1
Aula 
01 1A
Português
Variedades linguísticas (I)
1
“Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e os paroaras escancarem as vogais
Que tem si o quinhentos réis meridional
Vira tostões do Rio pro norte?
Juntos formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal...”
(Mário de Andrade, “Noturno de Belo Horizonte”)
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01
5.
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ita
l.
2 Semiextensivo
O que são variedades linguísticas?
Grosso não fala como um executivo em plena Avenida 
Paulista, em São Paulo. O falar arrastado de um baiano 
e a velocidade de um “manezinho da ilha” não faz com 
que haja duas línguas portuguesas distintas. É uma 
mesma língua vivendo variedades linguísticas diferen-
tes. Por vezes, dentro de um mesmo estado podem-se 
experimentar variedades diferentes. 
Muito importante é o conceito das variedades 
sociais: linguagem culta e linguagem popular. A 
norma culta é a linguagem utilizada pelas pessoas 
escolarizadas, é transmitida pela tradição escolar. A 
língua popular é a realizada em regra pelas pessoas 
não escolarizadas ou com nível muito baixo de esco-
larização. A língua em sua modalidade culta acaba 
recebendo um cunho de valor bastante grande e, 
em seu nome, cometem-se inúmeros preconceitos 
linguísticos. É injusto dizer que erra o menino que 
joga bola em um terreno alagado vizinho às palafitas 
em que vive na grande Salvador e diz: “Os menino joga 
bola.”. A comunicação se efetivou da forma que foi pos-
sível efetivar-se considerando origem, escolarização e 
situação do falante. Dar mais essa carga pejorativa a 
esse habitante de um Brasil profundo parece acima de 
tudo preconceito. A língua, quando se leva em con-
sideração a variedade popular, acaba constituindo-se 
uma forma de exclusão. A todos deve ser dada a 
oportunidade de conhecer o português culto e formal, 
mas nem por isso deve ser negada a possibilidade de 
realização da língua de maneira informal ou popular. 
O grande segredo da boa realização de uma língua é a 
adequação da língua à experiência vivida pelo falante. 
Há também a variedade de época. A língua, 
fenômeno dinâmico e vibrante, muda conforme o 
momento histórico em que ela se realiza. Ler hoje 
um Camões não é muito fácil para a maioria dos fa-
lantes do português. A língua de Camões é a língua 
portuguesa, mas numa variedade que a distancia do 
português contemporâneo. As gírias, por outro lado, 
são um demonstrativo dessa dinamicidade da língua. 
Ou mais, pode-se notar que todo um vocabulário 
relativo, por exemplo, à tecnologia de informação 
está presente hoje no léxico de muitas línguas, o que 
obviamente não acontecia trinta anos atrás. Como se 
sabe, a língua sofre transformações com o tempo. As 
pessoas, inclusive, falam de modo diferente de acordo 
com sua idade. Para falar com o avô o adolescente não 
usa a mesma variedade de língua que utiliza ao falar 
com seus amigos.
Mesmo intuitivamente, todos sabemos que uma 
língua, como a língua portuguesa, não é falada ou 
realizada por escrito do mesmo modo por todos os 
falantes em todo e qualquer lugar ou circunstância. 
Ao contrário, a língua varia conforme varie seu modo 
de realização: falada ou escrita, conforme o lugar 
onde o usuário da língua nasceu ou reside, conforme 
ele utilize o português culto ou popular, conforme a 
época em que ele vive ou em conformidade com a 
idade que tem ou, ainda, conforme use uma modali-
dade formal ou informal da língua. A descrição de um 
idioma não pode desconsiderar esse tipo de fenôme-
no e deve, portanto, englobar a noção de variedades 
linguísticas.
Basicamente, uma língua sofre variações de acordo 
com cinco eixos.
Uma variação inicial diz respeito às modalidades 
escrita e falada. Normalmente, parece pedante falar 
como se escreve e infantil escrever como se fala. 
Ninguém fala como escreve e ninguém escreve como 
fala. Se o falante usa a língua oral como se escreve, soa 
pedante, exibido, distante da realidade. Se o usuário 
da língua escreve como se fala, vai parecer infantil e 
com certeza não será bem visto ou bem avaliado em 
diversas situações da vida. 
Em segundo lugar, existem as variedades regionais. 
Isso define, por exemplo, a ocorrência de sotaques e 
de expressões ou de construções típicas de determi-
nadas regiões. No caso da língua portuguesa, a língua 
realizada no Brasil, em Portugal ou em outros países 
lusófonos, ainda que seja uma mesma e única língua, 
apresenta diferenças pertinentes, por exemplo, a vo-
cabulário e estruturas gramaticais. Isso não quer dizer 
que sejam línguas distintas, apenas realizam-se às ve-
zes com variações linguísticas regionais. Normalmen-
te, a língua escrita e formal do Brasil aproxima-se do 
português de Portugal e essa valorização faz com que 
esta seja considerada melhor que a linguagem infor-
mal, oral, coloquial brasileira. Como escreveu Manuel 
Bandeira: “enquanto nós (os professores, os letrados, 
os bem-escolarizados), o que fazemos é macaquear a 
sintaxe lusíada”. Por outro lado, não é necessário cru-
zar o Atlântico para perceber variedades linguísticas 
regionais: o Brasil, com suas proporções continentais, 
apresenta variedades linguísticas regionais dentro do 
seu próprio território. Um gaúcho não fala como um 
paraense, assim como um cearense não fala como um 
paulista, assim como um habitante do sertão do Mato 
Aula 01
3Português 1A
Finalmente, há o eixo de variação de estilo, que 
define o modo formal ou informal de falar ou de 
escrever. Um mesmo falante, usando a mesma varie-
dade culta, pode realizar a língua de maneira formal 
ou informal. Um mesmo falante pode, por exemplo, 
usar a modalidade informal ao falar e a modalidade 
formal ao escrever. Se se diz com naturalidade que 
“Ela é linda que nem uma estrela.”, por outro lado o 
mesmo usuário pode querer escrever que “Ela é linda 
como uma estrela.”. São variedades de estilo de uma 
mesma língua. Deve haver um cuidado especial em 
não confundir os conceitos de culto e popular com os 
conceitos de formal e informal. Um mesmo usuário da 
língua pode, em seu trabalho, escrever em português 
Testes
Assimilação
01.01. (PUCPR) – Leia o texto a seguir, depois analise as 
alternativas e assinale a que for VERDADEIRA.
Leis em português (Eduardo Szklarz)
Se você já tentou interpretar uma lei ou decisão 
judicial, sabe que a tarefa pode ser complicada como ler 
em grego. Com a desvantagem de o Google não traduzir 
o juridiquês, “idioma” criado por políticos e profissionais 
do direito, com pitadas de português, termos técnicos 
e expressões em latim. “Alguns usam essa linguagem 
empolada para ter status, outros como instrumento de 
poder. Na sua vaidade, afastam a Justiça da sociedade”, 
diz o advogado Renato Pacca, do blog Traduzindo o 
Juridiquês. “Assim como bons médicos explicam o tra-
tamento com palavras simples, um juiz deveria explicar 
sentenças de modo acessível. Sem precisar de tradução.”.
a) De acordo com o texto, leis e decisões judiciais deveriam 
ser escritas em uma linguagem acessível à sociedade.
b) O autor do texto, apesar de defender o juridiquês, observa 
a importância de redação acessível aos leigos nas leis e 
sentenças judiciais.
c) No texto está implícito que a dificuldade de os cidadãos 
brasileiros compreenderem documentos da área jurídica 
se deve ao seu despreparo em relação à competência 
leitora.
d) De acordo com o texto, os juristas precisam fazer uso de 
linguagem empolada sob pena de perderem credibilida-
de perante a sociedade.
e) A citação das palavras de Renato Pacca não serve de 
argumento para a tese defendida pelo autor do texto.
01.02. (VUNESP – SP) – Leia a charge.
O efeito de humor da charge advém, dentre outros fatores, 
do uso de uma variedade linguística que se manifesta na
a) sintaxe dos períodos subordinados.
b) seleção de termos parônimos.
c) fonética e na morfologia dos vocábulos.
d) ambiguidade dos verbos.
e) contradição entre a imagem e a fala.
01.03. (UNIFESP) – Leia a charge.
cultoe formal e, no aconchego de seu lar, usar o por-
tuguês culto e informal ao falar com seu filho criança. 
É uma mesma língua culta, com modalidades de estilo 
diferentes.
Esquematicamente, tem-se portanto:
Variedades linguísticas
1. Modalidade escrita e modalidade falada
2. Variedades regionais
3. Variedades sociais (norma culta e norma popular)
4. Variedades de época
5. Variedades de estilo (formal e informal)
4 Semiextensivo
No contexto apresentado, o personagem expressa-se in-
formalmente.
Se sua frase fosse proferida em norma-padrão da língua, 
assumiria a seguinte redação:
a) Fazemos o seguinte: a gente ressuscita o Bin Laden e lhe 
matamos de novo.
b) A gente faz o seguinte: ressuscita o Bin Laden e lhe mata 
de novo.
c) Nós faremos o seguinte: ressuscitamos o Bin Laden e 
matamos ele de novo.
d) Façamos o seguinte: a gente ressuscitamos o Bin Laden 
e matamos de novo.
e) Façamos o seguinte: nós ressuscitamos o Bin Laden e o 
matamos de novo.
Leia o trecho a seguir e responda à questão 01.04.
– Sou playboy! – dizia Pardalzinho a todos que 
comentavam sua nova indumentária. Tatuou no 
braço um enorme dragão soltando labaredas amare-
las e vermelhas pelo focinho, o cabelo ligeiramente 
crespo foi encaracolado por Mosca. Sentia-se ago-
ra definitivamente rico, pois se vestia como eles. O 
cocota pediu a Mosca que comprasse uma bicicleta 
Caloi 10 para que pudesse ir à praia todas as ma-
nhãs. Rico também anda de bicicleta. Iria frequentar 
a praia do Pepino assim que aprendesse o palavra-
do deles. Na moral, na moral, na vida tudo é uma 
questão de linguagem. Alguns bandidos tentaram 
fazer chacota do seu novo visual. O traficante meteu 
a mão no revólver dizendo que não tinha cara de 
palhaço. Até mesmo Miúdo prendeu o riso quando 
o viu dentro daquela roupa de garotão da Zona Sul.
(LINS, P. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. P. 261.)
01.04. (UEL – PR) – A partir da leitura desse trecho, considere 
as afirmativas a seguir.
I. Pardalzinho, apesar de ter dinheiro e roupas de ricos e 
sentir-se como rico, ainda precisava adequar sua lingua-
gem ao padrão desejado.
II. Roupas, dinheiro, tatuagem e cabelo encaracolado eram 
suficientes para Pardalzinho sentir-se incluído no “mundo 
dos ricos”.
III. Pardalzinho sentia-se como palhaço, mas não admitia 
que rissem dele.
IV. Pardalzinho tatuou o dragão soltando labaredas amare-
las e vermelhas pelo focinho e encaracolou os cabelos 
porque achou que, assim, ficaria parecido com os ricos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
01.05. (FUVEST – SP) – Você pode dar um rolê de bike, la-
pidar o estilo a bordo de um skate, curtir o sol tropical, levar 
sua gata para surfar.
Considerando-se a variedade linguística que se pretendeu 
reproduzir nesta frase, é correto afirmar que a expressão 
proveniente de variedade diversa é
a) “dar um rolê de bike”.
b) “lapidar o estilo”.
c) “a bordo de um skate”.
d) “curtir o sol tropical”.
e) “levar sua gata para surfar”.
01.06. O trecho a seguir é parte de entrevista concedida 
pelo linguista paranaense e ex-reitor da UFPR, Carlos Alberto 
Faraco:
Pergunta: O senhor acha que existe o falar “certo” e 
o falar “errado”?
Faraco: Há milhares de falares, e a classificação “cer-
to” e “errado” é reducionista, mas o falante não é re-
ducionista. A prática linguística do falante é organiza-
da em termos de uma busca constante de adequação. 
O falante transita entre um leque imenso de opções 
linguísticas e entre polos de formalidade e informa-
lidade. E isso é que é o legal da linguagem. Somos 
todos multilíngues e querem que sejamos unilíngues.
Entrevista à revista Folha do Curso, do Curso Positivo. 
Edição extraordinária, maio de 1998.
Carlos Alberto Faraco demonstra ter, sobre normas linguís-
ticas, uma visão:
a) inflexível, pois não aceita nenhuma norma a não ser a da 
estrita correção gramatical.
b) internacionalista, pois defende que todos nos tornemos 
poliglotas, quer dizer, falantes de línguas estrangeiras.
c) nacionalista, pois condena a presença de estrangeirismos 
na língua portuguesa.
d) tolerante, pois entende que os falantes naturalmente 
mudam sua maneira de falar de acordo com o contexto.
e) autoritária, pois defende que a classificação “certo” e 
“errado” prevaleça sobre a anarquia representada pela 
existência de milhares de falares reducionistas.
Aperfeiçoamento
O texto a seguir servirá de base para as questões 01.07 
e 01.08.
O Estado deve reger a língua?
Controlar a língua e a literatura é tentação au-
toritária de inquietante frequência no Brasil. A 
mais recente demonstração desse impulso teve 
fim em abril, quando o projeto de lei que ba-
niria de escolas estaduais mineiras os livros es-
critos fora da norma gramatical hegemônica, 
ou com conteúdo imoral, acabou engavetado,
Aula 01
5Português 1A
Glossário
Rolezinho: diminutivo de rolê ou rolé; em linguagem informal, 
significa “pequeno passeio”. Recentemente, tem designado 
encontros simultâneos de centenas de pessoas em locais como 
praças, parques e shopping centers, organizados via internet.
Anonymous riot: rebelião anônima.
após repercussão em redes sociais. Protocolado na 
Assembleia Legislativa de Minas Gerais em junho 
de 2011, pelo deputado Bruno Siqueira (PMDB), 
o projeto 1.983 dizia:
“Fica proibida a adoção e distribuição, na rede 
de ensino pública e privada do estado de Minas 
Gerais, de qualquer livro didático, paradidático 
ou literário com conteúdo contrário à norma cul-
ta da língua portuguesa ou que viole de alguma 
forma o ensino correto da gramática. O disposto 
no caput também se aplica quando o conteúdo 
apresentar elevado teor sexual, com descrições de 
atos obscenos, erotismo e referências a incestos 
ou apologias e incentivos diretos ou indiretos à 
prática de atos criminosos”.
Fonte: www.revistalingua.com.br. 
Ano 7, n. 80, junho de 2012.
01.07. (PUCPR) – Selecione a alternativa que apresenta uma 
interpretação ADEQUADA a partir da leitura do texto.
a) O autor do texto mostra-se favorável ao projeto de lei, pois 
é dever de todos os cidadãos defender o uso da língua 
portuguesa culta.
b) Se aprovado, o projeto de lei estimularia a leitura de obras 
literárias de grandes autores nacionais, como Guimarães 
Rosa, Clarice Lispector e Jorge Amado.
c) Ao apresentar o projeto de lei, o deputado Siqueira de-
monstrou desconhecer que o papel da escola é preparar 
o aluno para o mundo real, apresentando a diversidade 
linguística do país.
d) A expressão “acabou engavetado”, na 2ª. frase do 1º. pará-
grafo, indica que o projeto foi protocolado e aprovado na 
primeira instância.
e) O projeto de lei do deputado Siqueira repercutiu positi-
vamente nas redes sociais.
01.08. (PUCPR) – Selecione a alternativa que apresenta 
ADEQUAÇÃO a partir da leitura e análise do texto.
a) Os adjetivos “autoritária” e “ inquietante” demonstram 
o agrado e a adesão do autor à ideia defendida no 
projeto de lei.
b) Na 2.a frase do 1.o parágrafo, a expressão “ desse impulso” 
refere-se ao dever do Estado de apresentar projetos 
de lei.
c) O 2.o parágrafo está entre aspas porque retrata a fala 
do deputado Bruno Siqueira em entrevista coletiva à 
imprensa.
d) A expressão “norma gramatical hegemônica” refere-se 
exclusivamente ao novo acordo ortográfico vigente 
no país.
e) Na oração “Fica proibida a adoção e distribuição de qual-
quer livro didático, paradidático ou literário”, apesar de a 
expressão verbal estar no singular, devemos interpretar 
que ambos os atos, o de adoção e o de distribuição, 
ficam proibidos.
01.09. (UFRJ) – O cartaz a seguir foi usado em uma campa-
nha pública para doação de sangue.
Considerando como os sentidos são produzidos no cartaz e 
o seu caráter persuasivo, pode-se afirmar que:
a) As figuras humanas estilizadas, semelhantesumas às 
outras, remetem ao grupo homogêneo das pessoas que 
podem ajudar a ser ajudadas.
b) A expressão “rolezinho” remete à meta de se reunir muitas 
pessoas, em um só dia, para doar sangue.
c) O termo “até” indica o limite mínimo de pessoas a serem 
beneficiadas a partir da ação de um indivíduo.
d) O destaque visual dado à expressão “ROLEZINHO NO 
HEMORIO” tem a função de enfatizar a participação indi-
vidual na campanha.
Textos para as questões 01.10 e 01.11.
TEXTO 1: 
Meter a língua onde não é chamado
Outro dia eu disse para as minhas filhas que 
o telefone estava escangalhado. Nada escangalha 
mais, no máximo não funciona. Me acharam, 
sem usar tamanho e tão cansativo polissílabo, 
um completo mocorongo. Como sempre, esta-
vam certas. Eu tenho visto mulheres de botox, 
homens que escondem a idade, tenho visto to-
das as formas de burlar a passagem do tem-
po, mas o que sai da boca tem data. Cuidado
6 Semiextensivo
cinquentões com o ato de pedir um ferro de engomar, achar tudo chin-
frim, reclamar do galalau que senta na sua frente no cinema e a mania de 
dizer que a fila do banco está morrinha. Esse papo, por mais que você 
curta música techno e endívias, denuncia de que década você veio.
Adaptado de: Joaquim Ferreira dos Santos. 
Disponível em http://www.releituras.com/ifsantos_menu.asp. Acesso em: 23 jun 2012.
TEXTO 2: 
Rato de sebo
01.10. (UEPG – PR) – O texto de Joaquim Ferreira dos Santos e a charge de 
Custódio têm entre si um assunto comum. Quanto a isso, assinale o que for 
correto.
01) “O real estado da língua é o das águas de um rio, que nunca param de correr 
e de se agitar, que sobem e descem conforme o regime de chuvas, sujeitas a 
se precipitar por cachoeiras, a se estreitar entre as montanhas e a se alargar 
pelas planícies.” (BAGNO, 2007, p. 36).
02) “Se a língua é falada por seres humanos que vivem em sociedades, se esses 
seres humanos e essas sociedades são sempre, em qualquer lugar e em 
qualquer época, heterogêneos, diversificados, instáveis, sujeitos a conflitos e 
a transformações, o estranho, o paradoxal, o impensável seria justamente que 
as línguas permanecessem estáveis e homogêneas.” (BAGNO, 2007, p. 37.)
04) “Somente uma língua idealizadamente descontextualizada é uniforme. E o que 
é uma língua descontextualizada? É a língua artificial, inventada; língua para 
dar exemplos. É a língua das frases soltas. Língua que não tem como referência 
uma situação, um sujeito, uma finalidade comunicativa. Parece uma coisa oca.” 
(ANTUNES, 2007, p. 105).
08) “A língua contextualizada inclui pessoas, inclui sujeitos.” (ANTUNES, 2007, p. 106).
16) “Assim como certos grupos se caracterizam através de alguma marca (digamos, 
por utilizarem certos trajes, por terem determinados hábitos, etc.), também 
podem caracterizar-se por traços linguísticos.” (POSSENTI, 1996, p. 34).
01.11. (UEPG – PR) – Sobre o novo Acordo Ortográfico, assinale o que for 
correto.
01) No texto 1, a palavra “galalau”, em “reclamar do galalau que senta na sua frente 
no cinema”, era acentuada antes do Novo Acordo Ortográfico.
02) No texto 2, o da charge, a palavra “sarau”, em “Ontem fui a um sarau supimpa”, 
era acentuada antes do acordo que vigora atualmente.
04) Na charge, em “O véio tirou a maior onda”, a palavra véio (uma variante de 
“velho”) não levaria acento na atual ortografia.
08) No texto de Joaquim Ferreira dos Santos, aparece uma palavra cujo sinal gráfico 
foi abolido no Novo Acordo, a não ser em palavras derivadas de nomes próprios 
estrangeiros.
16) A regra que norteava a acentuação de palavras, como “máximo”, “polissílabo”, 
“música” e “década”, todas do primeiro texto, não sofreu alteração no Novo 
Acordo Ortográfico.
Texto para as questões 01.12, 
01.13 e 01.14.
ECA completa 20 anos com 
avanços para o bem-estar 
social dos jovens
(...) Para os defensores do Es-
tatuto da Criança e do Ado-
lescente (ECA), que completa 
20 anos nesta terça-feira (13), 
as críticas em relação a uma 
suposta ineficácia ou permis-
sividade têm origem no des-
conhecimento e na deturpa-
ção da legislação, que levam 
setores da sociedade a exigir 
a aprovação de punições mais 
severas para adolescentes em 
conflitos com a lei, como a 
redução da maioridade penal. 
Os especialistas são unânimes 
em afirmar que o ECA trou-
xe importantes instrumentos 
para garantia do bem-estar 
social dos jovens brasileiros.
Os crimes cometidos por ado-
lescentes concorrem para au-
mentar o medo e a inseguran-
ça, gerando a sensação de que 
o ECA guarda algum tipo de 
relação com essa triste e cruel 
realidade. Só que, evidente-
mente, o estatuto não é res-
ponsável pelas mazelas. Pelo 
contrário. É por meio dele 
que crianças e adolescentes 
vêm sendo incluídos nos ser-
viços de saúde, educação, la-
zer e cultura”, afirmou o pro-
motor da Vara da Infância e 
da Juventude de São Bernardo 
do Campo, Jairo de Luca. (...)
(Disponível em: http://www.abril.com.br/no-
ticias/brasil/eca-completa-20-anos-avancos-
-bem-estarsocial-jovens-578042.shtml. Acesso 
em: 15 ago. 2010. Publicado em: 13 ago. 2010.)
01.12. (FDSM – RS) – De acordo com 
o texto, para aqueles que defendem a 
validade do ECA a origem das críticas a 
essa lei encontra-se, sobretudo:
a) na ignorância excessiva e na altera-
ção contínua da legislação.
b) na falta de conhecimento e na alta 
permissividade da legislação.
c) na falta de conhecimento e na alte-
ração limitada da legislação.
Aula 01
7Português 1A
d) na ignorância exagerada e na interpretação equivocada 
da legislação.
e) na falta de conhecimento e na interpretação equivocada 
da legislação.
01.13. (FDSM – RS) – A partir da observação das estruturas 
sintáticas e do vocabulário empregado no texto, verifica-se 
que o nível de linguagem predominante é o:
a) culto ou variante-padrão.
b) familiar ou coloquial.
c) popular ou subpadrão.
d) chulo ou vulgar.
e) técnico ou profissional. 
01.15. Analise as afirmações que se fazem em seguida a 
respeito do texto, conjunto de três imagens acima. 
I. Dois dos personagens utilizados na matéria publicitária 
manifestam estranhamento diante da palavra “despulgar”.
II. O personagem da imagem 2, em linguagem jovem, 
marcada por estrangeirismo e gíria, demonstra perfeita 
compreensão da palavra que causou estranhamento a 
um dos personagens.
III. O personagem da imagem 3, auxiliado pelo adereço ócu-
los, que pretende passar um aspecto de intelectualidade, 
também parece compreender a palavra em questão.
Está(ão) correta(s):
a) todas as afirmações; b) I e II, somente; 
c) I e III, somente; d) II e III, somente;
e) II, apenas.
01.16. A palavra “despulgar”, usada na publicidade, 
a) constitui um neologismo cuja compreensão é impossível, 
visto que consiste numa derivação da palavra “pulga”.
b) nasce de um processo permitido pela língua portugue-
sa, mas utilizado, neste caso de forma a não possibilitar 
compreensão.
c) surge de um processo de derivação, com a juntada do 
prefixo “des” à palavra “pulga”, aqui transformada em verbo 
com o auxílio da desinência “ar”, o que ainda assim não 
leva à compreensão, o que justifica o estranhamento de 
dois dos personagens.
d) é a soma do prefixo “des” à palavra “pulga”, transformada 
em verbo por meio da desinência “ar”, e como o prefixo 
“des” designa afastamento, ação contrária, fica evidenciada 
sua clara significação ao leitor da publicidade.
e) revela a criação de um novo vocábulo desprovido de 
qualquer significação.
01.17. Quanto à linguagem utilizada no texto, pode-se 
concluir que
a) contém estrangeirismo e gíria e, assim, inadequada a um 
texto publicitário.
b) tem características de informalidade e, como tal, é incon-
cebível num texto publicitário.
c) é informal, vulgar e popular e, dessa forma, inadmissível 
num texto publicitário.
d) é marcada pela informalidade e, assim, pretende atingir 
um público maior, representado no texto por dois cães 
que denotam juventude e um que pretende sugerir 
maturidade e intelectualidade.
e) é popular e não atende aos padrões mínimosde forma-
lidade exigidos por um texto publicitário.
01.14. (FDSM – RS) – De acordo com o texto:
a) os crimes praticados por adolescentes aumentaram nos 
últimos anos com a aplicação do ECA, o que poderia ser 
revertido com a redução da maioridade penal.
b) o medo e a insegurança causados pelos crimes praticados 
por crianças e adolescentes levam toda a sociedade a 
reclamar punições mais severas.
c) o ECA permitiu a inclusão de crianças e adolescentes 
em serviços de saúde, educação, lazer e cultura, o que 
evidencia a importância dessa lei.
d) Nem todos os especialistas concordam que o ECA 
tenha trazido meios eficientes de se garantir o bem-
-estar do menor.
e) a pouca eficácia do ECA se deve, principalmente, à 
presença de medidas punitivas muito brandas e per-
missivas.
Aprofundamento
As questões de número 01.15 a 01.18 dizem respeito ao texto publicitário reproduzido a seguir.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3
©
 Z
oe
tis
 B
ra
si
l/R
ev
ol
ut
io
n
8 Semiextensivo
01.18. Correlacione os textos da coluna 1 com as caracte-
rísticas da coluna 2.
1. ( I ) imagem 1
 ( II ) imagem 2
 ( III ) imagem 3
2. ( ) dúvida
 ( ) linguagem claramente juvenil
 ( ) reflexão
 ( ) conclusão
 ( ) desconhecimento
 ( ) pronúncia articulada para ser compreendida
A adequada correlação é:
a) II – II – III – I – I – III
b) I – II – III – I – II – III
c) I – II – III – III – I – II
d) I – I – II – II – III – III
e) I – I – III – III – II – II
Leia o texto a seguir e responda às questões de 01.19 
a 01.22.
Adapte-se ao nível de formalidade
Quando um e-mail é enviado em substituição 
a um bilhete, a linguagem usada pode ter maior 
grau de informalidade. Nesses casos, ele aproxi-
ma-se da fala, embora seja importante considerar 
que a mensagem será lida. Um dos problemas co-
municacionais advém de o redator escrever como 
se falasse despreocupadamente, com frases mal 
organizadas e sem clareza. Mesmo que o texto 
tenda à informalidade, devem-se evitar erros que 
comprometam a imagem do redator e da institui-
ção que ele representa.
Quando o meio eletrônico substitui memoran-
do ou comunicado interno, a formalidade aumen-
ta, tendo em conta o conteúdo e o destinatário. Aí 
é preciso considerar as características da redação 
empresarial, que se renovou nestes anos. Trope-
ços são mais facilmente evitados quando se tem 
o hábito de leitura de textos bem escritos. Como 
redação empresarial demanda rapidez, convém 
redobrar a leitura não só de livros de sua área, 
pois isso facilitará a redação coesa e coerente.
(NÓBREGA, M. H. da Revista Língua Portuguesa. 
Segmento, ano III, n. 33. jul. 2008. p. 40-41.)
01.19. De acordo com o texto, é correto afirmar.
a) Nos dias atuais, a imagem de uma empresa é determinada 
pelo nível mais alto de formalidade de sua comunicação 
interna.
b) Marcas da oralidade em e-mails empresariais acarretam 
erros gramaticais próprios dos bilhetes.
c) Em determinadas situações, a correspondência por e-mail 
deve ser cuidada e correta. 
d) A redação coesa e coerente é aquela que tem maior grau 
de informalidade.
e) Dado o seu caráter conservador, a redação empresarial 
prioriza o conteúdo em detrimento de quem vai ler o 
texto.
01.20. O e-mail é um tipo de texto que surgiu com a internet. 
Pelo texto, pode-se entender que
a) o advento da internet não modificou as necessidades 
de comunicação nas empresas, mas tem exigido maior 
atenção quanto à correção e ao nível de formalidade.
b) a necessidade de se comunicar no ambiente empresarial 
fez nascer um novo gênero: o e-mail. 
c) no ambiente empresarial o gênero e-mail deveria agilizar 
a comunicação, porém sua informalidade vem atrapa-
lhando esse processo.
d) a produtividade de uma empresa está prejudicada 
pela crescente utilização de gêneros textuais do meio 
eletrônico.
e) a inovação tecnológica inibe a renovação de gêneros 
textuais, particularmente no ambiente de trabalho.
01.21. Considere a frase: “Nesses casos, ele aproxima-se 
da fala.”
Nesta oração, a palavra sublinhada retoma:
a) bilhete.
b) memorando.
c) grau de informalidade.
d) redator. 
e) e-mail.
01.22. Assinale a alternativa que reescreve corretamen-
te o período do texto: “Mesmo que o texto tenda à 
informalidade, devem-se evitar erros que compro-
metam a imagem do redator e da instituição que 
ele representa.”
a) A imagem do redator da instituição representada fica 
comprometida pelos erros a serem evitados, isso se o 
texto tende à informalidade.
b) Erros comprometedores da imagem do redator e da 
instituição que o representa devem ser evitados, pois o 
texto tende à informalidade.
c) Como o texto tende à representação da informalidade, os 
erros não evitados pelo redator comprometem a imagem 
da instituição.
d) A imagem do redator e a da instituição por ele represen-
tada ficarão comprometidas se erros não forem evitados, 
ainda que o texto tenda à informalidade.
e) Para que o texto tenda à informalidade representada pela 
instituição e por seu redator, erros devem ser evitados sem 
que haja comprometimento da sua imagem.
Aula 01
9Português 1A
Discursivos
01.23. (FUVEST – SP) – Examine a tirinha.
a) De acordo com o contexto, o que explica o modo de falar das personagens representadas pelas duas traças?
b) Mantendo o contexto em que se dá o diálogo, reescreva as duas falas do primeiro quadrinho, empregando o português 
usual e gramaticalmente correto.
01.24. (UNICAMP – SP) – Reproduzimos abaixo a chamada de capa e a notícia publicada em um jornal brasileiro que apre-
senta um estilo mais informal.
Governo quer fazer a galera pendurar a chuteira mais tarde 
Duro de parar Como a vovozada vive até mais tarde, a intenção, agora, é criar regra para aumentar a idade 
mínima exigida para a aposentadoria; objetivo é impedir que o INSS quebre de vez 
Página 12
Descanso mais longe
O brasileiro tá vivendo cada vez mais – o que é bom. Só que quanto mais ele vive, mais a situação do INSS 
se complica, e mais o governo trata de dificultar a aposentadoria do pessoal pelo teto (o valor integral que a 
pessoa teria direito de receber quando pendura as chuteiras) – o que não é tão bom.
A última novidade que já tá em discussão lá em Brasília é botar pra funcionar a regra 85/95, que diz que 
só se aposenta ganhando o teto quem somar 85 anos entre idade e tempo de contribuição (se for mulher) e 
95 anos (se for homem).
Ou seja, uma mulher de 60 anos só levaria a grana toda se tivesse trampado registrada por 25 anos 
(60+25=85) e um homem da mesma idade, se tivesse contribuído por 35 (60+35=95).
Quem quiser se aposentar antes, pode – só que vai receber menos do que teria direito com a conta fe-
chada.
(notícia JÁ, Campinas, 30/06/2012, p. 1 e 12)
10 Semiextensivo
01.01. a
01.02. c
01.03. e
01.04. b
01.05. b
01.06. d
01.07. c
01.08. e
01.09. b
01.10. 31 (01, 02, 04, 08, 16)
01.11. 28 (04, 08, 16)
01.12. e
01.13. a
01.14. c
01.15. d
01.16. d
01.17. d
01.18. c
01.19. c
01.20. a
01.21. e
01.22. d
01.23. a) As traças se utilizam de linguagem 
formalíssima, de uma linguagem em-
polada e algo pedante, por terem lido 
a Bíblia, o que provocou que elas fa-
lassem com a linguagem usada nessa 
obra. Na lógica da tirinha, como elas 
se alimentam da Bíblia, apossam-
-se da linguagem do livro e passam 
a usar equivocadamente o estilo da 
obra máxima do cristianismo. Esse 
uso é marcado, entre outras carac-
terísticas, pela segunda pessoa do 
plural: vós.
 b) Reescritas em português usual e 
gramaticalmente correto, as frases 
poderiam ser por exemplo: “Como 
foi o seu dia?”, “Como passou o dia?” 
e “Queria, que tivesse sido melhor.”, 
“Queria que fosse melhor do que foi.”, 
“Gostaria que tivesse sido melhor.”.
01.24. a) A maioria das marcas que caracteri-
zam a informalidade da publicação 
são relacionadas ao nível lexical 
(vocabulário). Dentre elas poderiam 
ser citadas palavras ou expressões 
como: “galera”, “pendurar a chuteira”, 
“vovozada”, “quebre”, “botar”, “grana”, 
“trampado”. 
 Por outro lado, há marcas que são de 
naturezafonológica, são variantes de 
pronúncia, aqui representadas por 
escrito, como “pra” ou “tá”. 
 Basta para responder bem à questão 
citar duas ocorrências e dizer se são 
marcas lexicais ou fonológicas. 
 b) No texto ocorrem marcas que di-
zem respeito mais especificamente 
a determinado setor da sociedade. 
Vocábulos como “galera” e “grana” são 
mais próprias de um segmento jovem 
da população, enquanto “tá” e “botar” 
são marcas de oralidade para todos os 
segmentos da população, marcas de 
informalidade para todos os falantes.
Gabarito
a) Retire dos textos duas marcas que caracterizam a informalidade pretendida pela publicação, explicitando de que tipo elas 
são (sintáticas, morfológicas, fonológicas ou lexicais, isto é, de vocabulário).
b) Pode-se afirmar que certas expressões empregadas no texto, como “tá” e “botar”, se diferenciam de outras, como “galera” e 
“grana”, quanto ao modo como funcionam na sociedade brasileira. Explique que diferença é essa.
11Português 1A
1A
Português
Aula 02
Acentuação gráfica (I)
Padrões de tonicidade
As palavras da língua portuguesa com mais de uma 
sílaba possuem, na maioria dos casos, uma tônica, que 
pode ser a última, a penúltima ou, mais raramente, a 
antepenúltima sílaba. Há, assim, três tipos de palavras 
quanto à tonicidade:
1. Oxítonas – palavras em que a sílaba tônica é a últi-
ma, como tupi, crescer, Paraná, oração.
2. Paroxítonas – em que a tônica é a penúltima, como 
filho, guerreiro, selva, descendo, morte.
3. Proparoxítonas – em que a tônica é a antepenúlti-
ma, como sábado, Fátima, apático, capítulo.
Já os vocábulos de uma sílaba, chamados monossíla-
bos, representam um caso à parte. Sua única sílaba pode 
ser tônica ou átona. A distinção só é possível no fluxo 
da fala. Monossílabos tônicos podem ser enfatizados, ao 
passo que a pronúncia dos átonos tende a minimizar-se, 
possibilitando inclusive transformações fonéticas.
Compare as duas palavras do enunciado a seguir que 
se escrevem com as mesmas letras:
Por favor, dê à sra. Ângela o anel de brilhante que se 
encontra no cofre.
O primeiro dê pode ser acentuado, enfatizado no flu-
xo da fala; mas o segundo de não tem essa possibilidade. 
O primeiro se mantém forçosamente com a pronúncia /
dê/, com vogal e; mas o segundo é pronunciado mais 
frouxamente, quase sempre /di/, com vogal i, na maioria 
do território brasileiro. Por isso, o primeiro é um monos-
sílabo tônico, e o segundo, um monossílabo átono.
Em geral essa distinção pode ser feita com base na 
classe gramatical da palavra.
São tônicos os monossílabos que forem substan-
tivos, adjetivos, verbos, advérbios e numerais. Veja os 
exemplos:
a) substantivos – pá, pé, nó;
b) adjetivos – bom, mau;
c) verbos e formas verbais – ser, é, ir, vi, vim, há;
d) advérbios – bem, mal, lá, sim, não;
e) numerais – três.
São átonos os monossílabos que forem artigos, 
preposições (com exceção de trás) e conjunções.
Exemplos:
f ) artigos – o, a, os, as;
g) preposições – de, em, com, por;
h) conjunções – ou, e, mas, que.
Os pronomes em geral são tônicos, casos de eu, 
nós, mim, si, quem. Há, contudo, a série de pronomes 
átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. Também 
o pronome relativo que é átono.
Por que acentuamos 
as palavras
A existência de acentuação gráfica em português (e 
outros idiomas, como espanhol e francês; mas não em 
todos, haja vista o inglês) se explica tanto por caracte-
rísticas de nossa língua como por opção daqueles que 
legislam sobre ela.
Há em português uma série de vocábulos que se 
diferenciam apenas pela posição da sílaba tônica, casos, 
por exemplo, dos pares secretária/secretaria, fábrica/
fabrica, saia/saía, doido/doído, e assim por diante. A 
inexistência de acentos gráficos poderia causar ambi-
guidades, que com eles se evitam.
Além disso, o sistema de acentos adotado para por-
tuguês visa a ensinar ao leitor a pronúncia adequada dos 
vocábulos, de modo que se saiba dizer mesmo aqueles 
cujo significado se desconhece. Talvez o leitor não saiba 
o que é um códice; nem assim terá qualquer problema 
em ler o termo, pois a escrita do vocábulo já lhe registra 
a posição da sílaba tônica.
Princípios da 
acentuação gráfica
Fundamentalmente o sistema de acentos da língua 
portuguesa se guia por dois princípios, que podemos 
nomear como o da economia e o da diferenciação.
Pelo princípio da economia acentuam-se sempre os 
padrões mais raros, em detrimento dos mais frequentes, 
o que leva a colocar menos acentos.
12 Semiextensivo
Dos três padrões básicos de tonicidade – palavras 
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas –, o mais raro é o 
das proparoxítonas. Daí que nossa regra primeira (e mais 
conhecida) seja a que mande acentuar todas as palavras 
desse tipo.
Por outro lado, são extremamente comuns palavras 
paroxítonas terminadas em vogal a, e, o. É assim o nome 
de uma infinidade de objetos e seres: calça, camisa, olho, 
rosto, pente, leite, perna, mesa, ferro, macaco, elefante, 
passarinho, rua, casa, dentre milhares de outros exemplos. 
Por essa razão, tal tipo de palavra não é acentuada.
Complementarmente, o princípio da diferenciação as-
segura que se saiba sempre a pronúncia de um vocábulo, 
quer pela presença quer pela ausência de acento gráfico.
Sabemos que códice é um termo proparoxítono 
porque, como tal, vem acentuado. Mas também sabe-
mos, mesmo os que não o conhecemos, que o vocábulo 
dossel é oxítono. Isso é certo mesmo que dossel não 
tenha acento gráfico; ou melhor, isso é certo justamente 
porque dossel não tem acento gráfico. Se a palavra fosse 
paroxítona, ela se escreveria dóssel, uma vez que, como 
veremos, se acentuam as paroxítonas terminadas em l.
A pronúncia de um vocábulo está, portanto, regis-
trada pela presença ou pela ausência do acento gráfico.
Mudanças com o Novo 
Acordo Ortográfico
Como foi amplamente divulgado pela imprensa, os 
países lusófonos (ou seja, os que têm o português como 
língua oficial), a partir de 2009, passaram a adotar o 
chamado Acordo de Unificação Ortográfica dos Países 
de Língua Portuguesa. Em todos eles, a medida alterou 
uma parte das regras ortográficas.
No tocante à acentuação adotada no Brasil, o Acordo 
suprimiu alguns dos acentos que até então adotávamos. 
A alteração afetou o trema (que não é mais adotado) e a 
acentuação da vogal U quando tônica, bem como regras 
relativas aos hiatos, aos ditongos abertos e aos acentos 
diferenciais.
Ao longo desta exposição, destacaremos as regras de 
acentuação modificadas pelo Novo Acordo Ortográfico.
Atenção
Mudou com o Acordo
Com a adoção do Novo Acordo 
Ortográfico, deixaram de ser acentu-
adas as palavras terminadas em – OO. 
Confira:
Proparoxítonas
Como dissemos, por representarem o padrão mais 
raro de tonicidade, todas as palavras proparoxítonas 
devem ser acentuadas:
vítima
ridículo
rápido
lúgubre
médico
módulo
ânimo
titânico
catastrófico
hiperbólico
despótico 
fenômeno
Paroxítonas
Raciocinando negativamente, pode-se dizer que não 
se acentuam as paroxítonas terminadas pelas vogais a, 
e, o e pela consoante nasal m. Como sabemos, são esses 
os tipos de palavras mais comuns do português (as paro-
xítonas terminas em m são bastante comuns por forma-
rem a 3a. pessoa do plural da maioria dos verbos: cantam, 
amavam, batiam, sorriram, quiserem, partissem…).
Falando agora positivamente, acentuam-se as paroxí-
tonas com as seguintes terminações (relativamente raras):
• R: revólver, caráter, cadáver, mártir.
• N: hífen, pólen, próton, nêutron.
• L: fácil, réptil, míssil, fóssil.
• X: tórax, látex.
• I ou IS: táxi, táxis, júri.
• US: ânus, bônus.
• UM ou UNS: fórum, álbuns.
• PS: bíceps, fórceps.
• Ã ou ÃS: ímã, órfãs.
• DITONGO oral ou nasal, seguido ou não de S (ou seja, 
no singular ou no plural): órfão, órgão, série, colégio, 
átrio, matéria, secretária, férias, vários, domínios.
Como particularidade, registre-se que não se acen-
tuam as paroxítonas terminadas em ENS, o que faz com 
que certos termos se acentuem no singular mas não 
no plural. Confira:hífen (singular), mas hifens (plural); 
pólen, mas polens.
Antes do acordo (com acento) Atualmente (sem acento)
Vôo Voo
Enjôo Enjoo
Perdôo Perdoo
Aula 02
13Português 1A
• A ou AS: Pará, Corumbá, amará, sofás, morrerás.
• E ou ES: rapé, cafés, até, vocês.
• O ou OS: avô, avó, cipó, gigolôs.
• EM ou ENS: também, parabéns.
Não se acentuam, portanto, oxítonas terminadas com 
as vogais I(s) e U(s), de modo que, apesar de bastante 
frequentes, não é adequado escrever Pacaembú, Itú ou 
Bariguí, para palavras que se devem grafar Pacaembu, 
Itu e Barigui.
Ressalte-se também que as palavras terminadas 
em Z não estão contempladas pelas regras por serem 
sempre oxítonas: capaz, algoz.
• A ou AS: pá, má, lá, trás.
• E ou ES: fé, pés, vê, lês.
• O ou OS: ló, nós, vós, pôs.
Acentuação de monossílabos
Como já comentamos, os monossílabos podem ser tônicos ou átonos. 
Naturalmente, só os primeiros podem ser acentuados (pois não se acentua 
uma sílaba átona).
Recebem acento os monossílabos tônicos terminados em A, E e O, seguidos 
ou não de S.
A regra é quase igual à das oxítonas; a diferença é que, no caso dos monossílabos, não se acentua pela terminação 
EM e ENS. Por isso não tem acento o substantivo bem ou a forma verbal tens, por exemplo.
A dificuldade de aplicação dessa regra pode ser distinguir os monossílabos tônicos dos átonos. Como estudamos 
anteriormente, a distinção pode ser feita com base na classe gramatical da palavra.
Por essa razão se acentua o adjetivo feminino plural más, e não se acentua a conjunção mas; a forma verbal é, mas 
não a conjunção e.
Testes
Assimilação
02.01. Acentue, se necessário, os vocábulos destacados 
nas frases a seguir.
a) Não posso atendê-lo no momento, mas minha secretaria, 
dona Vanessa, agendará uma reunião para a próxima semana.
b) O aluno Bruno de Alencar deve comparecer imediata-
mente à secretaria da escola.
c) Luís, que agora retornava à casa paterna, dela partira 
aos vinte anos.
d) Quando o sol raiar, Luís partira novamente.
e) Acho inconcebível que alguns pais não amem os filhos.
f ) E que o arroz não falte alem do tolerável.
José Saramago, Memorial do convento
g) O voo das aves sempre nos causa encantamento.
h) Hoje são muito mais raros os partos feitos com forceps.
i) Acho desagradável rever velhos albuns de familia.
02.02. Acentue, se necessário, os vocábulos destacados 
a seguir.
a) São confusas as regras para o emprego dos hifens em 
português.
b) O polen e o nectar dos insetos.
c) Ate o início da década passada, a plástica no Brasil era tida 
como um item de consumo fútil, um capricho próprio 
das dondocas.
Veja, 17/01/01
d) Nenhum outro negócio lida com tantos itens quanto 
um supermercado.
Veja, 07/03/01
02.03. (PUCCAMP – SP) – Assinale a alternativa de vocábulo 
corretamente acentuado:
a) hífen
b) ítem
c) ítens
d) rítmo
e) midia
02.04. (UFES) – O acento gráfico de “três” justifica-se por 
ser o vocábulo:
a) monossílabo átono terminado em ES;
b) paroxítono terminado em ES;
c) monossílabo tônico terminado em S;
d) oxítono terminado em S;
e) monossílabo tônico terminado em ES.
Oxítonas
Acentuam-se as oxítonas com as seguintes terminações:
14 Semiextensivo
02.05. (MACK – SP) – Indique a única alternativa em que 
nenhuma palavra é acentuada graficamente.
a) lapis, canoa, abacaxi, jovens;
b) ruim, sozinho, aquele, traiu;
c) saudade, onix, grau, orquidea;
d) flores, açucar, album, virus;
e) voo, legua, assim, tenis.
02.06. (FGV – SP) – Assinale a alternativa em que as pala-
vras sejam, respectivamente: oxítona, oxítona, paroxítona, 
proparoxítona, proparoxítona e oxítona. 
a) Papel, sagu, andrajo, xenófobo, redondo, saci.
b) Sabia, interessar, anjo, borrego, íntimo, saúde.
c) Canavial, superar, novel, cádmio, contíguo, interesseiro.
d) Saci, sagu, indelevelmente, pródigo, bígamo, sinal.
e) Tiziu, anéis, móvel, esperançoso, código, colher.
Aperfeiçoamento
02.07. (PUCCAMP – SP) – A frase em que nem todas as 
palavras estão acentuadas corretamente é:
a) A providência que foi tomada tem relação com o grupo 
de que ele é partidário.
b) A saúde pública deve ser um dos assuntos centrais dessa 
reunião.
c) Há muita polemica em relação a esse assunto por isso 
devemos ter cautela.
d) Pouco tempo atrás todos diziam que eles estavam em 
situação bastante confortável.
e) Há quem avalie que aquela foi a solução mais inócua de 
todas as apresentadas.
02.08. (ESPM – SP) – Assinale a opção em que ambas as 
palavras (possíveis acentos omitidos) são oxítonas:
a) ibero, avaro
b) ureter, cateter
c) misantropo, interim
d) recorde, rubrica
e) Nobel, filantropo
02.09. (MACK – SP) – No começo do século XX, o escritor 
paranaense Emílio de Meneses era gênio das frases. Conta-
-se que certa vez, no Rio de Janeiro, viajava num bonde em 
cujos bancos só cabiam quatro passageiros. O do escritor 
já estava lotado, quando ele viu, tentando com dificuldade 
acomodar-se a seu lado, uma conhecida cantora lírica, gorda 
como ele. Foi a deixa para mais um trocadilho: “ Ó, atriz atroz. 
Atrás, há três!”
São palavras acentuadas de acordo com a mesma regra:
a) há e Benício.
b) atrás e gênio. 
c) só e Emílio. 
d) século e lírica.
e) gênio e três. 
02.10. (FGV – SP) – Assinale a alternativa em que a palavra 
deveria ter recebido acento gráfico:
a) Paiçandu.
c) Gratuito. 
e) Entorno.
b) Taxi. 
d) Rubrica.
02.11. (CESGRANRIO – RJ) – Indique o item no qual os 
vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação da 
palavra NÓDOA.
a) ânsia, âmbar, imundície.
b) míope, ímã, vírgula.
c) água, tênue, supérfluo.
d) ímpar, míngua, lânguida.
e) viúvo, argênteo, sórdido.
02.12. Aponte a alternativa em que as palavras estão 
acentuadas, respetivamente, pela mesma regra das palavras 
décadas e prêmio.
a) dióxido – água
c) caráter – espúrio
e) combustíveis – países
b) dióxido – países
d) combustível – água
02.13. (FGV – SP) – 
Ver é muito complicado. Isso é estranho por-
que os olhos, de todos os órgão dos sentidos, 
são os de mais fácil compreensão científica.
A sua física é idêntica à física óptica de uma 
máquina fotográfica: o objeto do lado de fora 
aparece refletido do lado de dentro. Mas existe 
algo na visão que não pertence à física. William 
Blake* sabia disso e afirmou: “A árvore que o 
sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. 
Sei disso por experiência própria. 
Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como 
Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epi-
fania do sagrado. Mas uma mulher que vivia 
perto da minha casa decretou a morte de um 
ipê que florescia à frente de sua casa porque ele 
sujava o chão, dava muito trabalho para a sua 
vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam 
o lixo. 
Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando 
me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo 
uma pedra”. Drummond viu uma pedra e não 
viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. 
(Rubem Alves. A complicada arte de ver. Folha de S.Paulo, 26.10.2004)
* William Blake (1757-1827) foi poeta romântico, pintor e gravador inglês. 
Autor dos livros de poemas Song of Innocence e Gates of Paradise.
As palavras que são acentuadas graficamente pelas mesmas 
regras de fácil, científica e Moisés, respectivamente, são:
a) negócio, saída, já.
b) espírito, atribuída, herói. 
c) cárter, lógica, atrás.
d) incluíd
e) benefício, pôde, cafés.
Aula 02
15Português 1A
Aprofundamento
02.14. Estão acentuados pela mesma razão os vocábulos:
a) “pássaros“ e “impossível”
c) “orgânica“ e “órgãos”
e) ”os lençóis“ e “avós “
b) “você“ e “balé” 
d) “saíram” e “última”
02.15. (UNIFESP) – Indique a alternativa em que todas as pa-
lavras são acentuadas graficamente, segundo a mesma regra.
a) estômago, colégio, fábrica, lâmpada, inflexível 
b) Virgílio, fúria, carícias, matéria, colégio
c) trópicos, lábios, fúria, máquinas, elétricas 
d) sério, cérebro, Virgílio, sábio, lógico 
e Ésquilo, carícia, Virgílio, átomos, êmbolo 
02.16. (UNIP – SP) – Assinale a alternativa que apresenta 
palavra acentuada de acordo com a mesma regra de há:
a) tifoide;
d)mistério;
b) túmulo; 
e) vê-lo.
c) aí; 
02.17. (UFSC) – Assinale a(s) roposição(ões) CORRETAS(S).
01) Os acentos gráficos em corrupião, lá e baldeação são 
justificados pela mesma regra.
02) São classificadas como oxítonas: corrupião, poder e 
conduzi-lo.
04) As palavras beira, aérea e tédio possuem a mesma clas-
sificação quanto à posição da sílaba tônica.
08) Os acentos gráficos dos vocábulos você, protegê-los e 
contém seguem as regras de acentuação das oxítonas.
12) Em idade, ainda e fluido temos três palavras com o 
mesmo número de sílabas.
36) As palavras gratuito, debaixo e implicou são trissílabas.
02.18. Assinale a alternativa em que todas as palavras são 
acentuadas.
a) Salario, urgencia, cinico, sabado, prejuizo.
b) Impossivel, comercio, apos, gramatical, economia.
c) Inteligencia, proposito, tambem, viavel, rubrica.
d) Apoio, ceus, pagina, fiel, hifen.
e) Ideias, minimo, comicio, eletrica, itens.
02.19. (FAG – PR) – A questão tem como referência a charge 
abaixo:
 Disponivel em: http://blogeducacional.com.br/glaucegrar
Falo fluentemente inglês, espanhol, 
francês, russo, italiano e alemão!
E o português?
Aí varêia!!!
Em relação à acentuação gráfica do vocábulo varêia, em-
pregado com tal grafia de maneira intencional pelo autor 
da charge, para que não houvesse confusão em relação à 
sua pronúncia e significação, é correto afirmar que:
a) está de acordo com as regras de acentuação gráfica da 
Língua Portuguesa, pois se trata de uma oxítona com-
posta por ditongo aberto seguido de hiato, portanto 
deve ser acentuada.
b) não está de acordo com as regras de acentuação gráfica 
da Língua Portuguesa, pois o Acordo Ortográfico que 
está em vigor extinguiu o acento gráfico das oxítonas 
compostas por ditongo aberto seguido de hiato.
c) não está de acordo com as regras de acentuação gráfica 
da Lingua Portuguesa, pois se trata de uma paroxítona 
composta por ditongo fechado seguido de hiato, à qual 
não se deve acentuar.
d) está de acordo com as regras de acentuação gráfica 
da Língua Portuguesa, pois se trata de uma palavra 
proparoxítona e todas as palavras proparoxítonas 
devem ser acentuadas.
e) não está de acordo com as regras de acentuação 
gráfica da Língua Portuguesa, pois se trata de uma 
palavra proparoxítona e de acordo com as regras de 
acentuação em vigor, as palavras proparoxítonas não 
são acentuadas.
Discursivos
O texto que segue serve de base à resolução das questões 02.20 e 02.21. 
Uma história de mil anos
– Hu...hu...
É como nos invios da mata soluça a juriti.
Dois hus – um que sobe, outro que desce.
O destino do u!... Veludo verde-negro transmutado em som – voz das tristezas sombrias. Os aborígines, 
maravilhosos denominadores das coisas, possuiam o senso impressionista da onomatopeia. Urutáu, urú, 
urutú, inambú – que sons definirão melhor essas criaturinhas solitarias, amigas da penumbra e dos recessos?
16 Semiextensivo
A juriti, pombinha eternamente magoada, é toda us. Não canta, geme em u – geme um gemido aveluda-
do, lilás, sonorização dolente da saudade.
O caçador passarinheiro sabe como ela morre sem luta ao mínimo ferimento. Morre em u...
Já o sanhaço é todo as. Ferido, debate-se, desfere bicadas, pia lancinante.
A juriti apaga-se como chama de algodão. Fragil torrão de vida, extingue-se como se extingue a vida do 
torrão de açucar ao simples contacto da agua. Um u que se funde.
In: LOBATO, Monteiro. Negrinha. 9.a ed. São Paulo: Brasiliense, 1959, p.135.
02.20. (VUNESP – SP) – No conto Uma História de Mil Anos, Monteiro Lobato interpreta os valores expressivos dos sons com 
que representamos o canto dos pássaros, bem como de vocábulos onomatopaicos que a Língua Portuguesa herdou do tupi. 
Com base neste comentário, responda:
a) Para exprimir relações entre som e sentido, os escritores muitas vezes se servem da sinestesia, ou seja, da mescla de dife-
rentes impressões sensoriais, como por exemplo no sintagma “ruído áspero e frio”, em que se misturam sensações auditivas 
(“ruído”) e tácteis (“áspero e frio”). Localize, no quinto parágrafo do conto, um sintagma em que ocorre procedimento 
semelhante e identifique as impressões sensoriais evocadas.
 
b) Monteiro Lobato não concordava com as regras de acentuação do Sistema Ortográfico vigente, instituído em 1943, e não 
as empregava em seus textos. As diversas edições de suas obras têm mantido a acentuação original do escritor. Após reler 
o texto apresentado, localize duas palavras cuja acentuação não esteja de acordo com a ortografia oficial e mencione as 
regras a que deveriam obedecer.
 
02.21. (VUNESP – SP) – A palavra “germens”, paroxítona terminada em “-ens”, é grafada corretamente sem nenhum acento 
gráfico.Tomando por base esta informação,
a) explique a razão pela qual se escreve no plural “germens” sem acento gráfico, enquanto a forma do singular “gérmen” 
recebe tal acento.
 
Aula 02
17Português 1A
02.01. a) secretária,
d) partirá,
f ) além,
h) fórceps,
i) álbuns, família.
02.02. a) As paroxítonas terminadas em “ens” 
não são acentuadas.
 b) As palavras “pólen” e “néctar” devem 
ser acentuadas pela regra das paro-
xítonas (respectivamente terminadas 
em “n” e “r”).
 c) A palavra “item”, paroxítona termina-
da em “em”, não recebe acento gráfi-
co.
 d) De igual modo, “itens”, paroxítona 
terminada em “ens”, não deve ser 
acentuada. Não confundir com as 
oxítonas terminadas em “ém” ou “éns”.
02.03. a
02.04. e
02.05. b
02.06. d
02.07. c
02.08. b
02.09. d
02.10. b
02.11. c
02.12. a
02.13. c
02.14. b 
02.15. b
02.16. e
02.17. 46 (02, 04, 08, 32)
02.18. a
02.19. c
02.20. a) No quinto parágrafo do texto há a ex-
pressão “geme um gemido aveluda-
do, lilás, sonorização dolente da sau-
dade.” que é uma forma de sinestesia, 
pois remete a mais de um sentido: 
“gemido” diz respeito a audição, “ave-
ludado” a tato, “lilás” a visão e “sonori-
zação dolente” de novo a audição.
 b) Monteiro Lobato não acentua, por 
exemplo, a palavra “aborígines” e “mí-
nimo”, que devem ser acentuadas por 
serem proparoxítonas. Não acentua 
as paroxítonas terminadas em diton-
gos, tais como “solitárias”, “ínvios” e 
“água”, bem como a paroxítona ter-
minada em “L”, “frágil”, e a paroxítona 
terminada em “R”, “açúcar”. O autor 
tampouco acentua a palavra “possuí-
am“, que deve ser acentuada por con-
ter “í” tônico, segunda vogal do hiato, 
sozinho na sílaba. Ao aluno caberia 
mostrar apenas duas palavras.
02.21. a) Segundo a ortografia vigente, de-
vem ser acentuados os paroxítonos 
terminados em “N”, mas não devem 
ser acentuados os paroxítonos ter-
minados em “ENS”. Na ortografia do 
português uma regra de acentua-
ção é complementar a outra. Assim, 
acentuam-se as oxítonas terminadas 
em “ÉNS”, como “reféns” ou “arma-
zéns”. Não se acentuam, contudo, 
as paroxítonas terminadas em “ENS”, 
como “hifens” ou “semens”.
 b) Exemplos para possíveis respostas: 
“abdômen” e “abdomens”, “hífen” e 
“hifens”, “hímen” e “himens”, “pólen” e 
“polens”.
Gabarito
b) apresente outro vocábulo de seu conhecimento em que se observa essa mesma diferença de acentuação gráfica entre 
a forma do singular e a forma do plural.
 
Semiextensivo18
 
Anotações

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