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5-SEGURIDADE-SOCIAL-NA-CONSTITUIÇÃO-FEDERAL-DE-1988

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 Seguridade Social na Constituição Federal de 1988. ................................. 4 
2.1 A Evolução da Proteção Social no Brasil ............................................. 4 
2.2 Direito Previdenciário ........................................................................... 7 
2.3 Conceito e Objeto de Estudo. ............................................................... 8 
2.4 Relação com o Direito Previdenciário e outros ramos do Direito ......... 9 
2.5 Fontes do Direito Previdenciário......................................................... 15 
3 A ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL ....................................... 17 
3.1 Competência Legislativa .................................................................... 19 
3.2 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ....................................... 21 
3.3 Conselho Nacional de Previdência – CNP ......................................... 23 
3.4 Conselho de Previdência Social – CPS .............................................. 25 
3.5 Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS ............................. 27 
3.6 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC .............. 28 
3.7 Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS ...................... 29 
3.8 Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF ...................... 32 
4 SISTEMA DE FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL ................. 33 
5 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
Bons estudos! 
 
 
 
4 
 
2 SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
Fonte: rochaemouta.com.br 
2.1 A Evolução da Proteção Social no Brasil 
Os sistemas de proteção social a princípio, foram iniciados nos países 
europeus, visando atender demandas sociais que aumentavam com a expansão do 
sistema capitalista, necessariamente com o processo da revolução industrial e 
consolidação da divisão social do trabalho. A criação do sistema social, visava 
disponibilizar a melhoraria da condição social das pessoas mediante a um conjunto 
de serviços públicos. 
A ideia de que com projetos sociais beneficiariam a classe menos favorecida, 
se dava mediante o projeto de diminuição da pobreza, uma vez que entre os séculos 
XVII e XIX ser pobre era uma situação de extrema vergonha. Devido a esse conceito, 
a seguridade veio com a ideia de proteção social, enquanto direito de cidadãos e não 
como serviços de caridade, ou seja, esses sistemas deveriam assegurar serviços 
públicos de qualidade a todas as pessoas com necessidades. 
Deste modo, constata-se que a adoção dos sistemas sociais em outros países 
desenvolvidos promoveu uma articulação das políticas visando à reprodução de uma 
ordem social mais equilibrada, situação que ficou conhecida na literatura política como 
a ordem social-democrática. Nesse cenário, coube aos Estados disponibilizar os 
 
5 
 
serviços sociais básicos e garantir o acesso aos mesmos por parte de todos os 
cidadãos. 
Com as reformas realizadas pelos países desenvolvidos para aprimorar o 
seguro e o atendimento à população, surgiu a seguridade social. Proteção social pós-
guerra direcionaram a universalidade como mecanismo de construção da cidadania. 
Contudo, nesse período houve um grande crescimento da produção o consumo 
de massas e a expansão do emprego e dos salários, resultando numa maior 
homogeneidade social em algumas regiões do planeta. 
No Brasil a formação de um sistema social, a exemplo do que se foi visto na 
Europa, se deu de forma lenta em um processo de reconhecimento da necessidade 
de que o Estado intervenha para suprir de deficiências da liberdade absoluta. No 
entanto algumas ações que hoje fazem parte do sistema de proteção social, já 
existiam desde a fundação da república, porém com formatos distintos. Quando 
Vargas assumiu o poder do país em 1930, um sistema mais organizado e planejado 
pelo Estado. Foi a partir desse momento que os temas da saúde, educação, 
assistência, previdência e regulação do processo de trabalho passam a fazer parte da 
agenda governamental sequencialmente. 
A Constituição Federal de 1988 possui um capítulo específico sobre a 
Seguridade Social, abarcando ações referente a saúde, previdência e assistência 
social, ficando sob responsabilidade do Estado a organização desse sistema. Além 
disso, definiu-se como princípios orientadores do mesmo a universalidade da 
cobertura; a equivalência dos benefícios e dos serviços às populações urbanas e 
rurais; a diversidade das formas de financiamento; e a introdução de mecanismos 
democráticos de gestão. 
Essa evolução aconteceu depois de 20 anos sob o regime da ditadura militar, 
o Brasil passou por um processo de redemocratização com a realização de uma 
Assembleia Nacional Constituinte (1987/1988). Na Constituição Federal de 1988, os 
constituintes asseguraram os direitos sociais como direitos fundamentais em seu 
Artigo 6º, constituindo as bases legais para o desenvolvimento de um novo marco 
civilizatório. A partir de então, ficou definido que são direitos sociais 
constitucionalizados a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
 
6 
 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados. 
Desde então, diversas alterações por meio de medidas provisória e decretos 
foram feitas nas regras da Seguridade Social com o objetivo de manter a proteção aos 
cidadãos, como também proteger o fluxo da máquina do Estado que mantém o 
funcionamento do sistema. 
De acordo com a doutrina majoritária o marco normativo da Seguridade Social 
brasileira foi a Lei Eloy Chaves, que criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias 
e Pensões para os ferroviários, e atualmente é regida pelas Leis nº 8.080/90 e nº 
8.213/91, que criaram, sob a égide da Constituição Federal de 1988, o Sistema Único 
de Saúde (SUS) e o Plano de Benefícios da Previdência Social. 
Vale ressaltar que antes mesmo da Lei Eloy Chaves, já existia o Decreto n. 
9.284/ de 30.12.1911, que instituiu a Caixa de aposentadoria e Pensões dos Operários 
da Casa da Moeda, abarcando, portanto, os então funcionários públicos daquele 
órgão. 
Em se tratando da Lei de Eloy Chaves, a mesma criou de fato, a trabalhadores 
vinculados a empresas privadas, e entidades que se aproximam das hoje 
denominadas entidades fechadas de previdência complementar, fundos de pensão, 
já que se constituíam por empresas. 
Muitas vezes não se atingia o número necessário de segurados para o 
estabelecimento de bases securitárias – ou seja, um número mínimo de 
filiados com capacidade contributiva para garantir o pagamento dos 
benefícios ao longo prazo. Mesmo assim Eloy Chaves acolheu sua proposta 
dois princípios universaisdos sistemas previdenciários; o caráter contributivo 
e o limite de idade, embora vinculado a um tempo de serviço. (STEPHANES, 
1998 apud CASTRO, p. 31, 2019). 
Nota-se que em regra, o modelo da Lei de Eloy Chaves se assemelha com o 
modelo alemão de 1883, com algumas características fundamentais, como a 
obrigatoriedade de participação dos trabalhadores no sistema, sem ela, não atingiria 
o objetivo pelo qual foi criado, pois mantida a facultatividade, seria mera alternativa ao 
seguro privado; a contribuição para o sistema, devida pelo trabalhador, bem como 
para o empregador, com a responsabilidade de fiscalização do sistema a cargo do 
Estado; e por fim, um rol de prestações definidas em lei, tendentes a proteger o 
 
7 
 
trabalhador em situações de incapacidade temporária, definitiva ou até mesmo em 
caso de morte do mesmo, assegurando-lhe a subsistência. 
A partir daí, com o surgimento da Lei de Eloy Chaves, fora criado outras Caixas 
em empresas de diversos ramos da atividade econômica, como a extensão aos 
portuários e marítimos com previsão em Lei n. 5.109/1926, como aos trabalhadores 
dos serviços telegráficos e radiotelegráficos disposto na Lei n. 5.485/1928. 
O Instituto da Previdência dos Funcionários Públicos da União foi criado pelo 
Decreto n. 5.128/1930. 
Já a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como uma 
das atribuições orientar e supervisionar a Previdência Social, e inclusive como órgão 
de recursos das decisões das Caixas de Aposentadorias e Pensões. 
No entanto, devido a inúmeras fraudes e denúncias de corrupção, uma grande 
crise no sistema previdenciário foi instaurada no governo de Getúlio Vargas, e por 
meio de Decreto (n. 19.540, de 17.12.1930) no prazo de 6 meses, a concessão de 
qualquer aposentadoria, determinando uma revisão geral nos benefícios até ali 
concedidos, pois muitos deles tinham indícios de irregularidades. 
Desde a época do Império as normas possuem uma tendência existente, 
segundo a qual a extensão de benefícios no Brasil. 
2.2 Direito Previdenciário 
 
Fonte: buzzero.com 
 
8 
 
2.3 Conceito e Objeto de Estudo 
O Direito Previdenciário, assegura o direito de o contribuinte a uma assistência 
auxiliar em caso de danos sofridos, (morte, invalidez, idade avançada, doença, 
acidente de trabalho, desemprego involuntário) a lei também considera que é 
necessária a assistência financeira ao indivíduo (maternidade, prole ou reclusão) ou 
mesmo o descanso conquistado após anos de trabalho, referentes prestações 
pecuniárias. 
Conhecido como um seguro compulsório, o Direito Previdenciário hoje é regulado pelo 
INSS. 
Conforme disposto no artigo 194 da Constituição Federal de 1988, a 
Seguridade Social é composta de três grandes sistemas de proteção social, cada um 
com características específicas como, saúde, assistência social e previdência social. 
No entanto a seguridade social abrange tanto a previdência social quanto a 
assistência social; (prestações pecuniárias ou serviços prestados as pessoas fora de 
qualquer atividade laborativa), e a saúde pública (fornecimento de assistência médico-
hospitalar, tratamento e medicação), ressaltando que o médico, tratamento e 
medicação sendo prestações do Estado devidas independentemente de 
contribuições. 
Destarte, o Direito Previdenciário, tem por desígnio analisar e interpretar os 
princípios e as normas constitucionais, legais e regulamentares que se referem ao 
custeio dos regimes. O ordenamento estatal vigente, no caso do Regime Geral de 
Previdência, serve também como financiamento das demais vertentes da Seguridade 
Social, ou seja, Assistência Social e Saúde, tanto como os princípios e normas que 
tratam das prestações previdenciárias devidas a seus beneficiários nos diversos 
Regimes existentes não apenas o Regime Geral, mas também os Regimes Próprios, 
cujos segurados são agentes públicos ocupantes de cargos efetivos e vitalícios. 
Após as expressivas alterações sofridas no que se entende no ordenamento 
jurídico vigente pelas Emendas n. 3/1993, 20/1998 e 103/2019, a relação jurídica 
envolvendo os ocupantes de cargos públicos efetivos e vitalícios e seus dependentes, 
no que fere às aposentadorias e pensões, e os entes públicos mantenedores dos 
regimes previdenciários de que trata o art. 40 da CF, é de natureza eminente 
 
9 
 
previdenciária, mantendo cada vez mais semelhança com os benefícios do Regime 
Geral, razão pela qual pertence, desde então, ao campo de estudo do Direito 
Previdenciário, deixando de pertencer o Direito Administrativo, como ocorria 
anteriormente. 
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de 
cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do 
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019). 
2.4 Relação com o Direito Previdenciário e outros ramos do Direito 
Com as interdisciplinaridades, todos os ramos do direito se comunicam, e com o 
Direito Previdenciário não é diferente. 
O Direito Previdenciário tem sofrido grande influência do ramo do Direito 
Constitucional, no que se refere a fixação de diversos princípios e normas no texto 
constitucional, exatamente a concessão de benefícios como: requisitos, cálculo dos 
proventos, fixação de limites mínimo e máximo, entre outros. Em relação ao custeio 
da Previdência Social, sofre grande interferência de forma direta os princípios e 
normas relativas ao sistema tributário nacional e as hipóteses de incidências indicadas 
no artigo 195. 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998). 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998). 
 
10 
 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União. 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º Ascontribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
 
11 
 
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva 
de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de 
trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas 
apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único 
de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 
(sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das 
contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-
cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019). (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao 
Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou 
superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o 
agrupamento de contribuições. 
 
12 
 
 
Fonte: novaescola.org.br 
 
Tanto quanto o Direito Constitucional, o Direito Previdenciário possui ligação 
com o Direito do Trabalho, partindo da premissa, que grande parte dos assegurados 
são compostas de empregados. Uma vez que as alterações no campo do Direito 
Laboral trazem repercussões legítimas no Direito Previdenciário tanto quanto na área 
trabalhista. É notório questões que envolvem análise destes dois ramos, observando-
se a questão da idade mínima de contribuição e de serviço, o afastamento do trabalho 
por motivo de doença que nos primeiros 15 dias gera a obrigação ao empregador 
urbano e rural de pagar salário, e após os 15 dias o direito ao benefício auxilio doença, 
a licença maternidade (benefício previdenciário) e a licença a gestante (instituto e 
Direito do Trabalho), mais outros direitos que sempre estão em pautas nas discussões 
no congresso, como; os efeitos a aposentadoria sobre o contrato de trabalho; o 
acidente de trabalho e o direito à estabilidade provisória do acidentado, entre outros 
direitos. 
 
13 
 
 
Fonte: paulobyron.jusbrasil.com.br 
Já no Direito Civil, observa-se a relação com o Direito Previdenciário a partir da 
análise do direito a responsabilização por danos causados, onde incide o estudo em 
questões envolvendo acidentes do trabalho e doenças ocupacionais para revelar a 
responsabilidade do empregador ou tomador de serviços. Outra relação estabelecida 
pelo Direito Previdenciário e o Direito Civil é a necessidade na caracterização do 
estado das pessoas, ou seja, no caso de filiação, casamento e sua dissolução, bem 
como a união estável, a homoafetiva e as questões relacionadas a relações afetivas 
simultâneas e paralelas, para fins de dependência previdenciárias, vale ressaltar a 
aplicação dos conceitos de capacidade e incapacidade civil, emancipação, ausência 
e morte presumida, todos oriundos das normas do Código Civil. 
 
14 
 
 
Fonte: pt.quizur.com 
 
O Direito Tributário assume a responsabilidade da ausência de norma 
específica na legislação própria do Direito Previdenciário, como legislação de custeio, 
trazendo daí conceitos de contribuinte, responsabilidade por substituição, sub-
rogação, solidariedade, moratória, decadência e prescrição de créditos tributários. 
No que diz respeito ao Direito Empresarial, e sua função dentro do Direito 
Previdenciário é extrair todo o assunto referente à classificação dos empresários como 
segurados obrigatórios, bem como a responsabilidade dos sócios gestores pelo 
inadimplemento de obrigações perante a legislação de custeio, como a conceituação 
de cotas de participação nos lucros e dividendos. A escrituração contábil é de suma 
importância para a ação fiscal, que deverá se atentar quanto a sua regularidade, 
conforme as normas deste ramo do Direito Privado. 
Mediante a relação que possui na função da atividade estatal desenvolvida pela 
autarquia gestora, ou seja, entidade da Administração Indireta. No entanto, todos os 
procedimentos administrativos normativos ou não, os direitos, deveres e obrigações 
dos servidores que atuam na autarquia previdenciária em relação aos beneficiários e 
contribuintes com o que relacionam, possuem relevância quanto ao estudo no Direito 
Previdenciário, sendo assim, os atos de concessão de benefícios e o procedimento 
contencioso administrativo estarão diretamente emparelhados aos seus princípios e 
normas. 
 
15 
 
E por fim, de acordo com a prática do agente que comete uma infração à 
legislação previdenciária, há que se atentar se a conduta do agente caracteriza delito 
ou contravenção penal. O que pesa a relevância de sua relação com o Direito Penal. 
O Direito Penal será aplicado de acordo com a tipificação do agente de 
condutas reprováveis, sujeitas à sanção penal. 
O Direito Processual nada mais é que o procedimento realizado ao decorrer de 
interesse de contribuinte e do Estado, onde finda de vários princípios processuais, 
para a consecução do princípio-mor, do devido processo legal. 
2.5 Fontes do Direito Previdenciário 
Quando falamos das fontes do Direito estamos nos referindo aos elementos 
que geram determinado conjunto de normas jurídicas. 
Essas fontes podem ser, ou não, outras normas jurídicas. 
O termo “fontes” significa a origem, a procedência, ou melhor, o lugar de onde 
emana algo. O professor Miguel Reale esclarece melhor: 
Por ‘fonte do direito’ designamos os processos ou meios em virtude dos quais 
as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com 
vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa. (REALE, 2012). 
Podemos citar duas fontes, a fontes materiais e fontes formais: 
Fontes Materiais 
As fontes materiais do direito previdenciário, possui fatores que interferem na 
produção de suas normas jurídicas. Fatores variáveis sociais, econômicos e políticos, 
que em determinado momento com a evolução histórica da sociedade, informam a 
produção das normas jurídicas. 
Fontes Formais 
As fontes formais, mesmo que o direito previdenciário é movido por inúmeros 
fatores sociais, políticos e econômicos, em se tratando das fontes formais as mesmas 
São fontes do Direito Previdenciário: a Constituição Federal, a Emenda Constitucional, 
a Lei Complementar, a Lei Ordinária, a Lei Delegada (até o momento nunca utilizada 
em matéria previdenciária), a Medida Provisória, o Decreto Legislativo, a Resoluçãodo Senado Federal, os Atos Administrativos Normativos (Instrução Normativa, Ordem 
 
16 
 
de Serviço, Circular, Orientação Normativa, Portaria etc.), a jurisprudência dos 
Tribunais Superiores. 
O Direito Previdenciário é regido por princípios, que passaram a fazer parte 
dele depois de proclamada a autonomia científica do direito previdenciário. 
“Lições Preliminares de Direito”, trabalha essa categoria sob o ponto de vista 
lógico, como enunciados admitidos como condição ou base de validade das 
demais asserções que compõe dado campo do saber, “verdades fundantes” 
de um sistema de conhecimento. (REALE, 2003 apud CASTRO, p. 69, 2019). 
 O que se pode entender por estes princípios é que as regras do Direito 
Previdenciário deverão ser norteadas por eles, sob pena de se tornarem letra morta 
do ordenamento jurídico. Isso significa que os princípios não deixam de ser normas 
jurídicas. 
Um dos princípios gerais de Direito Previdenciário é o princípio da 
solidariedade, esse princípio orienta todas as medidas de proteção do Estado. Se 
fundamenta na solidariedade entre os membros da sociedade. 
Nesse sentido, entende-se que é um movimento de contribuição unitária, que, 
no entanto, contribui para a proteção e o financiamento do bem social de um todo. 
Princípio da Vedação do Retrocesso Social tem sua nomenclatura de origem 
francesa, a mesma tem importância para não deixar retroceder lei que protegem os 
cidadãos. 
“Consiste na impossibilidade de redução das implementações de direitos 
fundamentais já realizadas”. (TAVARES, 2003 apud CASTRO, p.70, 2019). 
Trata-se de um princípio que já foi adotado pela jurisprudência, conforme 
apreciado na ADI, a inconstitucionalidade do art. 14 da EC n. 20/98, que limitava o 
valor do salário maternidade ao teto do RGPS. 
Ainda não aceito de forma uniforme pela doutrina previdenciária, é cada vez 
mais comum a proteção do menos favorecido baseado no princípio da proteção ao 
hipossuficiente. 
"efeito cliquet” dos direitos humanos significa que os direitos não podem 
retroagir, só podendo avançar na proteção dos indivíduos. Significa que é 
inconstitucional qualquer medida tendente a revogar os direitos sociais já 
regulamentados, sem a criação de outros meios alternativos capazes de 
 
17 
 
compensar a anulação desses benefícios”. (CANOTILLHO, 2002 apud 
GARCIA, p. 2014). 
Esse princípio coloca-os em patamares iguais, portanto, poderia incorrer na 
violação aos princípios da dignidade humana e da solidariedade social. E desse modo, 
as normas previdenciárias devem sempre ser interpretadas a favor do menos 
favorecido 
3 A ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Fonte: contricom.org.br 
 
A Seguridade Social é composta por 3 pilares conforme demonstrado na 
imagem acima; Previdência Social; Assistência Social e Saúde. É disciplinada pelo 
artigo 194 da Constituição Federal. 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A Lei n. 8.212/91 dispõe sobre a organização da Seguridade Social, no 
entanto alguns doutrinadores como Wladimir Noavaes Martinez entendem que os 
legisladores forma faltosos com as normas reguladoras. 
“O legislador fica devendo as normas sobre a efetividade da seguridade 
social, por falta de definição política e reconhecida incapacidade de 
efetivamente atender as diretrizes constitucionais da ambiciosa matéria. 
 
18 
 
Seguridade Social e incorporar as ações de saúde. Mas, mais ainda, é um 
esforço nacional extraordinário no sentido de um amplo atendimento à 
população, obreira ou não, empenho cujos objetivos estão a distância”. 
(MARTINEZ, 1999 apud LAZZARI, p. 91, 2019). 
A Seguridade Social é definida pela CF, como um conjunto de ações por parte 
dos poderes públicos e a sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
Na realidade, a Seguridade Social visa manter a proteção social para quem não 
tem meios para prover suas necessidades pessoais básicas, tão poucos as dos seus 
familiares. Isso pode acontecer por diversos fatores, como desemprego, doenças ou 
invalidez, por exemplo. Assim o cidadão estaria amparado. 
No que diz respeito aos 3 pilares, eles garantem o mínimo de atendimento aos 
assegurados que não tem condições de se sustentarem por conta própria. Para que 
isso ocorra, é preciso que o cidadão preencha alguns requisitos poderá receber 
benefícios e ter acesso a serviços da assistência social e da saúde. 
Isso porque o artigo 196 da CF, garante ao direito a saúde a todos, nesse caso, 
o papel do governo não se restringe apenas ao atendimento à população, que é feito 
através do Sistema Única de Saúde (SUS). O mesmo é financiado pelo setor público 
e instituições privadas. Ele também atua em ações de prevenção e vigilância sanitária, 
saneamento básico, proteção do meio ambiente, incentivo à ao desenvolvimento 
científico e tecnológico para o tratamento e prevenção de doenças. Também cabe ao 
governo verificar a produção de itens e de medicamentos e a realização de 
procedimentos. 
O único recurso que a população tem é a Previdência Social, que é pago 
apenas para quem contribui ou já contribuiu financeiramente para o Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS) ou para Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). 
A Seguridade Social é financiada pelos setores público, privado e pela própria 
população. O governo dá sua participação através da União, estados, municípios e do 
Distrito Federal. Do outro lado, as contribuições sociais são pagas pelos 
empregadores e entidades, por meio do desconto no salário e demais rendimentos. 
Entretanto, dentro na estrutura do Poder Executivo, os Ministérios da área 
social são responsáveis pelo cumprimento das atribuições que competem à União em 
matéria de Seguridade Social. Há os Conselhos setoriais – de Previdência (CNP), 
 
19 
 
Saúde (CNS) e da Assistência Social (CNAS), que atendem ao objetivo da gestão 
quadripartite da Seguridade Social. 
Seguridade Social não se confunde com Previdência Social. Quando se fala 
em Seguridade Social, fala-se de um Sistema de Proteção Social, capaz de amparar 
todos aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade ou em situação de 
risco, como doença, idade avançada, acidente, reclusão, maternidade, morte, entre 
outros. 
A Previdência Social, por sua vez, é apenas um dos três pilares da Seguridade 
Social, junto com a Saúde e a Assistência Social, conforme definição da Constituição 
Federal, art. 194. 
3.1 Competência Legislativa 
 
Fonte: novaescola.org.br 
 
Em regra, caberá privativamente à União legislar sobre seguridade social, na 
forma do artigo 22, inciso XXIII, da Constituição Federal: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
[...] XXIII – seguridade social. Contudo, será competência concorrente entre as 
entidades políticas legislar sobre previdência social, proteção e defesa da saúde, dos 
portadores de deficiência, da infância e juventude, na forma do artigo 24, incisos XII, 
XIV e XV, da Lei Maior: 
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
[...] XII – previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 
20 
 
[...] XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
XV – proteção à infância e à juventude. Note-se que os municípios também 
entrarão na repartição dessas competências, pois aos mesmos caberá legislar 
sobre assuntos de interesse local, assim como suplementar a legislação 
estadual e federal no que couber, nos moldes do artigo 30, incisos I e II, da 
Constituição Federal. 
Há uma aparente antinomia de dispositivos constitucionais, pois a seguridade 
social foi tema legiferantereservado à União pelo artigo 22, inciso XXIII, enquanto a 
previdência social, a saúde e temas assistenciais (todos inclusos na seguridade 
social) foram repartidos entre todas as pessoas políticas. 
Essa aparente antinomia é solucionada da seguinte maneira: apenas a União 
poderá legislar sobre previdência social, exceto no que concerne ao regime de 
previdência dos servidores públicos efetivos dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, que poderão editar normas jurídicas para instituí-los e discipliná-los, 
observadas as normas gerais editadas pela União e as já postas pela própria 
Constituição. Outrossim, os estados, o Distrito Federal e os municípios também 
poderão editar normas jurídicas acerca da previdência complementar dos seus 
servidores públicos, a teor do artigo 40, §14, da Constituição Federal. 
Contudo, entende-se que apenas a União possui competência para legislar 
sobre a previdência complementar privada, pois o tema deve ser regulado por lei 
complementar federal, conforme se interpreta do artigo 202, da Constituição Federal, 
tendo sido promulgada pela União as Leis Complementares 108 e 109/2001. 
No que concerne à saúde e à assistência social, a competência acaba sendo 
concorrente, cabendo à União editar normas gerais a serem complementadas pelos 
demais entes políticos, conforme as suas peculiaridades regionais e locais. 
• A Seguridade Social no Brasil 23 todas as pessoas políticas devem atuar para 
realizar os direitos fundamentais na área da saúde e da assistência social. Nesse 
sentido, as normas gerais sobre a saúde foram editadas pela União através da Lei 
8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e da 
assistência social pela Lei 8.742/93, que dispõe sobre a organização da assistência 
social no Brasil. 
 
21 
 
3.2 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS 
 
Fonte: teoriadigital.com.br 
 
O significado da sigla INSS, significa Instituto Nacional do Seguro Social, (órgão 
do Ministério da Previdência Social, ligado diretamente ao Governo) e é responsável 
pelos pagamentos das aposentadorias e demais benefícios dos trabalhadores 
brasileiros que contribuem com a Previdência Social (seguro que garante uma 
aposentadoria ao contribuinte quando ele para de trabalhar), com exceção dos 
servidores públicos. 
Instituído com base na Lei n. 8.029, de 12/04/1190, possui algumas atribuições, 
com alterações promovidas pela Lei n. 11.457, de 16/03/2007, com a finalidade de 
promover conhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela 
Previdência Social, assegurando celeridade, comodidade aos seus usuários e 
ampliação do controle social, como: 
-Conceder e manter os benefícios e serviços previdenciários e o benefício de 
prestação continuada (BPC-LOAS); 
-Emitir certidões relativas a tempo de contribuição perante o Regime Geral de 
Previdência Social; 
- Gerir os recursos do Fundo do Regime Geral da Previdência Social; e 
- Calcular o montante das contribuições incidentes sobre a remuneração e 
demais rendimentos dos trabalhadores, devidas por estes, pelos empregadores 
 
22 
 
domésticos e pelas empresas com vistas à concessão ou revisão de benefício 
requerido. 
O Ministério da Previdência Social foi transferida para a Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, fundamentado por força de Lei n.11.457/2007, órgão subordinado 
ao Ministério da Fazenda que é encarregado de fiscalizar, arrecadar, lançar e 
normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas na Lei n. 8.212/1991, e 
das contribuições instituídas a título de substituição e ainda, as contribuições devidas 
a terceiros, que antes eram arrecadadas pela Secretaria Previdenciária. 
Com a extinção da Secretaria da Receita Previdenciária, o INSS passou a se 
dedica às atividades de prestações de serviços aos beneficiários da Previdência 
Social, concentrando sua atividade na concessão, manutenção e pagamento de 
benefícios. 
No ano de 2016 no Governo de Michael Temer, houve algumas mudanças na 
estrutura administrativa, a Previdência Social deixou de ser vista como Ministério e o 
INSS passou a integrar o Ministério do Desenvolvimento Social. Contudo fora criada 
uma Secretaria de Previdência vinculada ao então denominado Ministério da Fazenda 
com a finalidade de promover uma grande reforma nas regras de concessão de 
benefícios do RGPS e dos RPPS, no entanto atualmente, há uma Secretaria Especial 
de Previdência e de Trabalho, que vincula o Ministério da Economia. 
Segue a estrutura do INSS que atualmente está vinculada ao Ministério da 
Economia sob Decreto n. 9.746, de 08.04.2019; 
I- Órgãos de assistência direta de e imediata ao Presidente do Instituto 
Nacional do Seguro Social: 
a) Gabinete; 
b) Assessoria de Comunicação Social e; 
c) Coordenação-Geral de Projetos Estratégicos e Inovação; 
II- Órgãos Seccionais: 
a) Procuradoria Federal Especializada; 
b) Auditoria Geral 
c) Corregedoria-Geral; 
d) Diretoria de Gestão de Pessoas e Administração; 
e) Diretoria e tecnologia da Informação e Inovação; e 
 
23 
 
f) Diretoria de Integridade, Governança e Gerenciamento de Riscos; 
III- Órgãos específicos singulares: 
a) Diretoria de Benefícios; e 
b) Diretoria de Atendimento; e 
IV- Unidades descentralizadas: Superintendências Regionais. 
3.3 Conselho Nacional de Previdência – CNP 
Composto de representantes do Governo Federal e da sociedade civil, o CNP 
é um órgão superior de deliberação colegiada. A Lei n. 8.213/1991 em seu art. 3° 
prevê dos quais os seis representantes do Governo Federal nove representantes da 
sociedade civil, sendo: três representantes dos aposentados e pensionistas, três 
representantes dos trabalhadores em atividade e três representantes dos 
empregadores. 
A nomeação do dos membros do Conselho Nacional de Previdência e seus 
respectivos suplentes fica a cargo do Presidente da República. Entretanto as centrais 
sindicais e confederações nacionais faz as respectivas indicações de representantes 
dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus 
suplentes. 
É da competência do CNP: 
- estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à 
Previdência Social; 
- participar, acompanhar e avaliar, sistematicamente, a gestão previdenciária; 
- apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social; 
- apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da previdência social, antes 
da sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social; 
- acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a 
execução dos planos, programas e orçamentos no âmbito da previdência social; 
- acompanhar a aplicação da legislação pertinente a previdência social; 
- apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da 
União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa; 
 
24 
 
- estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a 
anuência prévia do Procurador Gerald ou Presidente do Instituto Nacional do Seguro 
Social para a formalização de desistência ou transigência judiciais, conforme o 
disposto no art. 353 do Decreto n. 3.048/1999; 
- elaborar e aprovar o regimento interno; 
- aprovar os critérios de arrecadação e de pagamento dos benefícios por 
intermédio da rede bancária ou por outras formas; e 
- acompanhar e avaliar os trabalhos de implantação e manutenção do Cadastro 
Nacional de Informações Sociais. 
As reuniões do CPN são realizadas ordinariamente uma vez por mês, por 
convocações do Presidente do Conselho ou mediante requerimento de um terço de 
seus membros, referente ao que dispõe seu regime interno e são iniciadas com a 
presença da maioria simples de votos. A ausência no trabalho dos representantes da 
CNP, são abonadas, não resultando descontos do dia trabalhado para todosos fins e 
efeitos legais. Alei também prevê garantia do emprego para as representantes dos 
trabalhadores eleitos para o CNP, desde a nomeação até um ano após o término no 
mandato de representação, somente podendo ter o contrato extinto pelo empregador 
por motivo de falta grave, regularmente comprovada mediante processo judicial. 
Aos órgãos governamentais cabe prestar toda e qualquer informação 
necessária ao adequado cumprimento ao CNP, com antecedência mínima de 2 meses 
do seu envio ao Congresso Nacional, proposta orçamentária da Previdência Social, 
devidamente detalhada. As decisões tomadas pelo CNP, no âmbito de suas 
atribuições, são baixadas por resoluções e publicadas no Diário Oficial da União. 
 
25 
 
3.4 Conselho de Previdência Social – CPS 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Disposto no art. 296, o regulamento da Previdência Social para os Conselhos 
de Previdência Social nos termos que se segue: 
 Art. 296-A. Ficam instituídos, como unidades descentralizadas do Conselho 
Nacional de Previdência Social - CNPS, Conselhos de Previdência Social - CPS, que 
funcionarão junto às Gerências-Executivas do INSS. 
§ 1o Os CPS serão compostos por dez conselheiros e respectivos suplentes, 
designados pelo titular da Gerência Executiva na qual for instalado, assim 
distribuídos: 
 I - quatro Representantes do Governo Federal; e 
 II - seis Representantes da sociedade, sendo: 
 a) dois dos empregadores; 
 b) dois dos empregados; e 
 c) dois dos aposentados e pensionistas. 
§ 2º O Governo Federal será representado: 
 I - nas cidades onde houver mais de uma Gerência-Executiva: pelo Gerente-
Executivo da Gerência-Executiva a que se refere o § 1o; e 
 b) outros Gerentes-Executivos; ou 
 
26 
 
c) servidores da Divisão ou do Serviço Benefícios ou de Atendimento ou da 
Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS de Gerência-Executiva sediadas 
na cidade, ou de representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ou de 
representante da DATAPREV; 
 II - nas cidades onde houver apenas uma Gerência-Executiva: 
 a) pelo Gerente-Executivo; 
 b) servidores da Divisão ou do Serviço de Benefícios ou de Atendimento ou da 
Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS da Gerência-Executiva, ou de 
representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ou de representante da 
DATAPREV. 
 § 3o As reuniões serão mensais ou bimensais, a critério do respectivo CPS, e 
abertas ao público, cabendo a sua organização e funcionamento ao titular da 
Gerência-Executiva na qual for instalado o colegiado. 
 § 4o Os representantes dos trabalhadores, dos aposentados e dos 
empregadores serão indicados pelas respectivas entidades sindicais ou associações 
representativas. 
 § 5º Os CPS terão caráter consultivo e de assessoramento, competindo ao 
CNPS disciplinar os procedimentos para o seu funcionamento, suas competências, os 
critérios de seleção dos representantes da sociedade e o prazo de duração dos 
respectivos mandatos, além de estipular por resolução o regimento dos 
CPS. 
 § 6º As funções dos conselheiros dos CPS não serão remuneradas e seu 
exercício será considerado serviço público relevante. 
 § 7º A Previdência Social não se responsabilizará por eventuais despesas 
com deslocamento ou estada dos conselheiros representantes da 
sociedade. 
 § 8o Nas cidades onde houver mais de uma Gerência-Executiva, o Conselho 
será instalado naquela indicada pelo Gerente Regional do INSS cujas atribuições 
abranjam a referida cidade. 
 § 9o Cabe ao Gerente-Executivo a designação dos conselheiros. 
 § 10. É facultado ao Gerente Regional do INSS participar das reuniões do 
CPS localizados em região de suas atribuições e presidi-las. 
 
27 
 
3.5 Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS 
 
Fonte: mds.gov.br 
 
Criado pela Lei n. 8.742/1993 a CNAS é um órgão de deliberação colegiada, 
se vincula à estrutura da Administração Pública Federal responsável pela 
coordenação da Política Nacional de Assistência Social – atualmente, o Ministério do 
Desenvolvimento Social. 
CNAS é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos 
nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela 
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios 
seguintes: 
 I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) 
representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; 
 II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos 
usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de 
assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob 
fiscalização do Ministério Público Federal. 
O CNAS é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, 
para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período, e 
 
28 
 
conta também com uma Secretaria Executiva, com sua estrutura disciplinada em ato 
do Poder Executivo (vide organograma). 
As principais competências do Conselho Nacional de Assistência Social são: 
aprovar a Política Nacional de Assistência Social; normatizar as ações e regular a 
prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; 
zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social; 
convocar ordinariamente a Conferência Nacional de Assistência Social; apreciar e 
aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão 
da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional 
de Assistência Social; divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, 
bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os 
respectivos pareceres emitidos. 
3.6 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC 
 
Fonte: dbconcurseiro 
 
O CNPC, sigla para o Conselho Nacional de Previdência Complementar, é o 
atual órgão responsável pela regulamentação do regime de previdência 
complementar, também conhecida como previdência privada. Foi criada pela Lei n. 
 
29 
 
12.154 de 23.12.2009 em substituição ao Conselho de Gestão da Previdência 
Complementar. 
Essas providências complementares são operadas por Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar, que por sua vez, responderão ao CNPC, agindo de 
acordo com as decisões estipuladas e gerenciadas por um conselho especialmente 
montado para isto. 
Instituído em Março de 2010, o CNPC é composto por seis conselheiros do 
setor público e três conselheiros do setor privado, com sua presidência sendo regida 
pelo Ministro da Previdência Social. 
Fazem parte do conselho gestores ligados a órgãos como o PREVIC, a Casa 
Civil, a SPPC (Secretaria de Políticas de Previdência Complementar) e alguns nomes 
ligados ao Ministério da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Ao CNPC, cabe, na forma de Decreto n. 7.123 de 3.3.2010, exercer a função 
de órgão regulador do regime de previdência complementar. 
3.7 Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS 
 
Fonte: crpsjuntasderecursos.wordpress.com 
 
O Conselho de Recurso de Previdência Social – CRPS, é o órgão responsável 
pelo controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos referentes a 
 
30 
 
benefícios a cargo desta Autarquia. O CRPS fica localizado em Brasília e jurisdição 
em toso território nacional. 
A Lei n. 13.846/2019 estabeleceu a ampliação da competência do CRPS: 
“Art. 126. Competeao Conselho de Recursos da Previdência Social julgar: 
I - recursos das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários; 
II - contestações e recursos relativos à atribuição, pelo Ministério da Economia, 
do Fator Acidentário de Prevenção aos estabelecimentos das empresas; 
III - recursos das decisões do INSS relacionados à comprovação de atividade 
rural de segurado especial de que tratam os arts. 38-A e 38-B, ou demais informações 
relacionadas ao CNIS de que trata o art. 29-A desta Lei. 
A presidência do CRPS é atribuída a um dos representantes do Governo com 
notório conhecimento da legislação previdenciária, nomeado pelo Ministro da pasta 
responsável pela Previdência Social. 
Representa uma via importante para a solução de conflitos, considerando-se a 
inexistência de custas processuais; o rito administrativo mais célere, norteado 
especialmente pelos princípios da legalidade e da verdade material; a capilaridade do 
Órgão em todo o território nacional, e aplicação do sistema eletrônico como 
instrumento de transparência, maior controle, gestão e qualidade da prestação 
jurisdicional. 
De acordo com o Regulamento da Previdência Social – Decreto nº 3.048/99, o 
Conselho de Recursos é formado por órgãos julgadores de composição tripartite 
(Governo, Trabalhadores e Empresas), segundo as competências delimitadas para as 
respectivas instâncias, na forma da legislação vigente e do sistema processual 
específico, estabelecido pelo Regimento Interno do CRPS, destacando-se: 
29 Juntas de Recursos, situadas nos estados da federação, para fins de julgar 
os Recursos Ordinários interpostos contra as decisões do INSS; 
4 Câmaras de Julgamento, sediadas em Brasília-DF, para julgar os Recursos 
Especiais interpostos contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos. 
Conselho Pleno, com competência para: 
I – uniformizar, em tese, a jurisprudência administrativa previdenciária e 
assistencial, mediante emissão de Enunciados; (art. 3º, I e arts. 61 e 62 do RI). 
 
31 
 
II – uniformizar, no caso concreto, as divergências jurisprudenciais entre as 
Juntas de Recursos nas matérias de sua alçada; ou, entre as Câmaras de julgamento, 
em sede de Recurso Especial, mediante a emissão de Resolução; e 
III – decidir, no caso concreto, as Reclamações ao Conselho Pleno, mediante 
a emissão de Resolução. (art. 3º, II e arts. 63 do RI). 
Os Enunciados fixam a interpretação sobre a matéria apreciada e passam a 
vincular os membros do CRPS a partir de sua edição. 
Os Acórdãos e as Resoluções têm efeitos jurídicos no caso concreto, e podem 
servir como paradigma para postular a Uniformização de Jurisprudência perante a 
Câmara de Julgamento (art. 63). 
Tais decisões devem atender as disposições do art. 52, do RI/CRPS, e, 
conforme a situação, podem ser objeto de impugnação por meio de: 
Embargos de Declaração, (art. 58) e 
Pedido de Revisão (art. 59). 
A oposição de Embargos de Declaração interrompe o prazo para outros 
recursos. O Pedido de Revisão não interrompe o período recursal. 
É vedado ao INSS escusar-se de cumprir as diligências solicitadas pelo CRPS, 
bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, 
reduzir ampliar o seu alcance ou executá-las de modo que contrarie ou prejudique seu 
evidente sentido. 
“à utilização da via jurisdicional não é obrigatória: a empresa ou o beneficiário 
pode recorrer à Justiça em qualquer fase do processo administrativo; pode, 
inclusive, abandonar a instância jurisdicional e reclamar diretamente na 
Justiça. O INSS, porém, não pode questionar na Justiça, estando obrigado a 
acatar os ditames da instância jurisdicional. Assim, a força coativa do 
julgamento alcança apenas a autarquia previdenciária. A outra parte 
interessada, repita-se, tem liberdade de utilizar ou não a instância 
jurisdicional”. (MARTINEZ,1998 apud LAZZARI pág. 99, 2019). 
Mediante o que foi supracitado, o segurado poderá com grande frequência, 
optar em iniciar a discussão de seus direitos no âmbito CRPS do que na esfera judicial, 
especialmente considerando que em juízo o INSS, poderá interpor todos os recursos 
e incidentes possíveis, demandando muitas vezes contra a razoável duração do 
processo, enquanto no âmbito administrativo o órgão previdenciário terá apenas o 
recurso da Câmara de Julgamento ao Pleno do CRPS. Após todo esse procedimento, 
 
32 
 
caso venha a esgotar os recursos cabíveis, a decisão tomada no âmbito da instância 
administrativa adquire o efeito vinculante para a Autarquia, não podendo esta levar a 
discursão para a sede judicial, entretanto essa hipótese é sempre possível por outro 
lado, para o beneficiário do RGPS, que pode ou não esgotar a via administrativa e, 
mesmo não sendo bem-sucedido nesta, ainda tentar a obtenção de direitos através 
da prestação jurisdicional. 
3.8 Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF 
 
Fonte: migalhas.com.br 
 
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF foi criado pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008, convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e 
instalado pelo Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Fazenda em 15/2/2009, 
mediante Portaria MF nº 41, de 2009. A Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, 
aprovou o Regimento Interno do CARF, que já se encontra em plena vigência. 
O CARF é o resultado da unificação do Conselho de Contribuintes e das 
Câmara Superior de Recursos Fiscais. Não compõe, a estrutura da Seguridade Social 
brasileira, no entanto integra a Administração Fazendária com atribuições 
relacionadas ao custeio do sistema, já que se trata de órgão jurisdicional 
administrativo em matéria de contribuições sociais. 
 
33 
 
Essa unificação visou proporcionar maior racionalidade administrativa, redução 
de custos operacionais e um melhor aproveitamento a alocação dos recursos, levando 
em conta que os 3 Conselhos tinham a mesma natureza e objetivo, entretanto 
estruturas administrativas diversas, com sobreposição de tarefas e fluxo de trabalho. 
Com a criação do novo órgão, as estruturas foram unificadas, admitindo melhor 
coordenação das atividades de planejamento, orçamento, logística, gestão de 
pessoas, documentação, tecnologia e segurança da informação etc., permitindo maior 
celeridade na tomada e implementação das decisões. Nesse sentido, os esforços 
passaram a ser direcionados para a atividade fim de gestão dos processos 
administrativos fiscais, no preparo das sessões de julgamento e formalização das 
decisões no momento em que forem prolatadas. 
4 SISTEMA DE FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Fonte: gazetadopovo.com.br 
 
Como já citado, o financiamento da Seguridade Social é previsto no art. 195 da 
Constituição Federal como um dever imposto a toda a sociedade, de forma direita e 
indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, 
Distrito Federal, dos Munícipios e de contribuições sociais. 
O modelo de financiamento da Seguridade Social previsto na Carta Magna é 
baseado no sistema contributivo, onde o Poder Público participa do orçamento da 
 
34 
 
Seguridade, mediante entrega de recursos originados do orçamento da União e os 
demais entes da Federação, para a cobertura de eventuais insuficiências do modelo, 
bem como fazer frente as despesas com seus próprios encargos previdenciários, 
recursos humanos e materiais empregados. 
O orçamento da Seguridade Social possui receita própria, e ela não se 
confunde com a receita tributária federal, aquela destinada exclusivamente para as 
prestações da Seguridade nas áreas de saúde pública, Previdência Social e 
Assistência Social, disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Para tanto, 
este deve ser objeto de deliberação conjunta entre órgãos competentes, tais como: 
CNPS; CNAS; e CNS, como a gestão dos recursos é descentralizada por área 
de atuação. 
O texto constitucional possui as formas de custeio da seguridade, com tambémpermite a criação de outras fontes, por meio de Lei complementar; consoante o art. 
154, I, da Carta Magna, com a finalidade de financiar novos benefícios ou serviço, ou 
aumentar seu valor, sem que, ao menos simultaneamente, institua fonte de custeio 
capaz de atender as despesas daí concorrentes. 
Todavia, na relação de custeio da Seguridade Social, aplica-se o princípio de 
que todos que fazem parte da sociedade, tem o dever de colaborar para a cobertura 
dos riscos derivados da perda ou redução da capacidade de trabalho ou dos meios 
de subsistência. Por se tratar de relação jurídica estatutária, é compulsória àqueles 
que a lei opta por não cumprir a obrigação de prestar a sua contribuição social. 
No entanto, há duas formas de obter-se o custeio: 
Uma, pela receita tributária, unicamente, denominada de sistema não 
contributivo; e a outra, diferentemente da primeira, tem a fonte principal de custeio as 
contribuições específicas, que são tributos vinculados para este fim, sistema então 
chamado de contributivo. 
O sistema não contributivo, os valores despendidos com o custeio, são 
removidos diretamente do orçamento do Estado, que obtém recursos por meio da 
arrecadação de tributos, entre outras fontes, sem que haja cobrança de contribuições 
sociais. 
No que se refere ao sistema contributivo, por seu turno, podemos estar diante 
de suas espécies; uma de contribuições de cunho pessoal, que será apenas para 
 
35 
 
beneficiar o próprio assegurado, sendo essas contribuições colocadas em uma 
reserva ou conta individualizada (sistema adotado pelos planos de previdência 
complementar, privada), conhecida como sistema de capitalização; noutra, as 
contribuições são todas reunidas em um fundo único, que serve para o pagamento 
das prestações no mesmo período, a quem delas necessite, é o sistema de repartição, 
hoje vigente em termos de Seguridade Social. 
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 195, caput, estabelece que a 
Seguridade Social será financiada por toda sociedade, a forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos derivados dos orçamentos da União, dos Estados, 
dos Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais. 
A União não tem, efetividade no que diz respeito a contribuição social. Ela 
participa atribuindo dotações do seu orçamento da seguridade social, 
obrigatoriamente fixados na Lei Orçamentária anual, além de se responsabilizar pela 
cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade, em detrimento do 
pagamento de benefícios de prestação continuada pela previdência social. No entanto 
diferentemente no que acontece na área da educação, na seguridade não há um 
percentual mínimo definido, como sempre aconteceu, trata-se de uma parcela 
aleatória. 
De acordo com Martinez: “a natureza jurídica da exação previdenciária é área 
na qual o Direito Previdenciário mais se relaciona com o Direito Tributário. 
Sede de formidáveis divergências entre publicistas e uns poucos 
previdenciaristas, tem estimulado enormemente os estudiosos e propiciando 
respeitável contribuição doutrinária”. 
Pesquisas mostram que várias teorias se formaram para definir a natureza 
jurídica das contribuições sociais. 
A teoria fiscal defende a natureza jurídica da contribuição para a Seguridade 
Social como tributária, pois entende que a contribuição se trata de um a prestação 
pecuniária compulsória instituída por lei e cobrada pelo poder público arrecadador 
com o objetivo de custear as ações nas áreas da saúde, previdência e assistência 
social. 
 
36 
 
Já para os defensores da teoria parafiscal, a contribuição para a Seguridade 
Social tem natureza parafiscalidade, pois busca suprir encargos do Estado, que não 
lhe sejam próprios, no quer diz respeito aos benefícios previdenciários. 
Já a chamada teoria da exação sui generis, sustentada pelos doutrinadores 
especialistas em Direito Previdenciário, defendem a tese de que a contribuição é uma 
imposição estatal atípica, prevista no texto constitucional e na legislação ordinária. 
Entende-se que por não ser tributo, seria uma exação sui generis, uma exigência 
prevista em Lei. 
As contribuições são, sem sombra de dúvida, tributos, uma vez que devem 
necessariamente obedecer ao regime jurídico tributário, isto é, aos princípios 
que informam a tributação, no Brasil. Estamos, portanto, que estas 
“contribuições sociais” são verdadeiros tributos (embora qualificados pela 
finalidade que devem alcançat) ”. (CARRAZZA,2018 apud LAZZARI, p. 191, 
2019). 
A orientação que predominou na jurisprudência logo após a CF de 1988, foi a 
de que as contribuições destinadas ao financiamento da Seguridade Social, possuem 
natureza jurídica tributária, pois estão sujeitas a regime constitucional peculiar aos 
tributos, com ressalva apenas a previsão do § 6° do art. 195 da Carta Magna. 
A contribuições sociais possuem algumas características próprias, e estão 
previstas no artigo 149 da CF, que estabelece para a instituição a observância das 
normas gerais do Direito Tributário e aos princípios da legalidade e da anterioridade, 
com ressalva quanto a esse último, a regra especial relacionada às contribuições para 
a Seguridade Social, o qual o prazo de exigibilidade são de 90 dias após a publicação 
da lei que instituiu, modifica ou majora contribuição, de acordo com o previsto no art. 
195, da CF. 
O princípio da anterioridade previsto no art. 150, III, letra b, da CF, veda a 
cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou. O exercício começa no dia 1° de janeiro e se prolonga 
até o dia 31 de dezembro de cada ano. 
No que diz a respeito da contagem sobre o prazo nonagesimal, o STF decidiu 
que o mesmo será contato a partir da publicação da medida provisória que houver 
instituído ou modificado a contribuição. 
 
37 
 
Constituem outras receitas da Seguridade Social, de acordo com o artigo 27 da 
Lei n. 8.212/1991: 
- as multas (moratórias e por descumprimento de obrigações acessórias), a 
atualização monetária e os juros moratórios; 
- a remuneração recebida e os juros moratórios; 
- prestados a terceiros – art. 274 do Decreto n. 3.048/1999; 
- as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento 
ou arrendamento de bens; 
- as demias receitas patrimoniais, industriais e financeiras; 
- as doações legados, subvenções e outras receitas eventuais; 
- 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 
da Constituição Federal; 
- 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Receita Federal; e 
- outras receitas previstas em legislação específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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