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Apostilas Domínio 
. 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
SEGURIDADE SOCIAL 
 
A seguridade social, no que tange a gestão do Regime Geral de Previdência Social, é organizada pelo Ministério da Previdência 
Social e executada principalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social, com o auxílio das secretarias estaduais de assistência 
social. 
Estão também diretamente envolvidos na seguridade social, o Ministério da Saúde (e as respectivas secretarias dos Estados da 
federação), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Trabalho e Emprego. 
A seguridade social é uma obrigação constitucional do Estado brasileiro, o que não significa que outros órgãos (filantrópicos ou 
com finalidade de lucro/iniciativa privada) também não possam atuar nas áreas previdenciárias (previdência privada), saúde 
pública (planos particulares) e assistência social (entidades religiosas). 
Nesse caso, os órgãos podem firmar convênios com os entes públicos e seguirem leis gerais para que possam atuar com 
uniformidade e responsabilidade. 
Importante destacar que a seguridade social não abrange todas as políticas sociais, afinal, a seguridade compreende saúde, 
assistência e previdência, enquanto as políticas sociais abarcam campo mais amplo, tais como; educação, trabalho, justiça, 
agricultura, habitação popular, meio ambiente, dentre outros. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL 
O conteúdo abaixo relacionado foi adaptado e esquematizado com base no texto extraído do site: www.conteudojuridico.com.br 
(referências). 
A Seguridade Social se originou na necessidade social de se estabelecer métodos de proteção contra os variados riscos ao ser 
humano. Em verdade, a elaboração de medidas para reduzir os efeitos das adversidades da vida, como fome, doença, velhice, 
etc. pode ser considerada como parte da própria teoria evolutiva de Darwin, na parte em que refere à capacidade de adaptação 
da raça humana para sobreviver. Segundo Ibrahim, “não seria exagero rotular esse comportamento de algo instintivo, já que até 
os animais têm hábito de guardar alimentos para dias mais difíceis. O que talvez nos separe das demais espécies é o grau de 
complexidade de nosso sistema protetivo. 
A proteção contra os riscos da vida era inicialmente conferida pela família no seu conceito amplo (pai, mãe, filhos, avós, tios). 
Aqueles que não possuíam proteção familiar e não tinham condições de prover o próprio sustento dependiam da caridade 
praticada pelos mais ricos, que, por usa vez, praticavam como garantia de acesso ao Reino de Deus. 
Formalmente, “a notícia da preocupação do homem em relação ao infortúnio é de 1344. Ocorre neste ano a celebração do primeiro 
contrato de seguro marítimo, posteriormente surgindo a cobertura de riscos contra incêndios”. Contudo, a preocupação maior 
desses seguros não era com as pessoas, mas, sim, com as cargas e bens materiais. 
Segundo Martins, posteriormente vieram as confrarias ou guildas, consistentes em associações com fins religiosos. Essas 
sociedades normalmente vinculavam pessoas da mesma categoria ou profissão, que tinham objetivos comuns. Os integrantes 
recolhiam valores anuais, que poderiam ser utilizados em caso de velhice, doença e pobreza. 
O ano de 1601 marcou o advento, na Inglaterra, do Poor Relief Act (lei de amparo aos pobres), que instituiu a contribuição 
obrigatória para fins sociais e consolidou outras leis sobre a assistência pública. Essa lei concedia aos juízes da Comarca o poder 
de tributar, pois autorizava que lançassem o imposto de caridade a ser pago por todos os ocupantes e usuários de terras. O valor 
arrecadado era centralizado nas paróquias e administrados pelos inspetores nomeados pelos juízes, cabendo a elas - paróquias 
- o auxílio aos indigentes. 
O artigo 21 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, acrescentado pela Convenção Nacional francesa de 1793, 
dispôs que “os auxílios públicos são uma dívida sagrada. A sociedade deve a subsistência aos cidadãos infelizes, quer seja 
procurando-lhes trabalho, quer seja assegurando os meios de existência àqueles que são impossibilitados de trabalhar.” Assim, 
verifica-se que a proteção assistencial passou, progressivamente, a ser institucionalizada. 
A gênese da proteção social conferida pelo Estado originou-se, então, na Alemanha, com a aprovação, em 1883, do projeto do 
Chanceler Otto Von Bismarck. A Lei do Seguro Social garantiu, inicialmente, o seguro-doença, evoluindo para abrigar também o 
seguro contra acidentes de trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). O financiamento desses seguros era tripartido, 
mediante prestações do empregado, do empregador e do Estado. 
Depois da atuação do Chanceler Alemão para diminuir a tensão existente entre as classes trabalhadoras, surge uma nova fase, 
denominado constitucionalismo social, em que o tema sob análise começa a ser positivado na própria Constituição dos países e 
outras normas importantes, da seguinte forma: 
 
CONSTITUIÇÃO DO MÉXICO - 1917: Os empresários eram responsáveis pelos acidentes do trabalho e pelas moléstias 
profissionais dos trabalhadores, em razão do exercício da profissão ou do trabalho que realizavam. 
 
WEIMAR - 1919: Criou um sistema de seguros sociais para poder, com o concurso dos interessados, atender à conservação da 
saúde e da capacidade para o trabalho, à proteção, à maternidade e à previsão das consequências econômicas da velhice, da 
enfermidade e das vicissitudes da vida. Determinou que ao Estado incumbe prover a subsistência do cidadão alemão, caso não 
possa proporcionar-lhe a oportunidade de ganhar a vida com um trabalho produtivo. 
 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) – 1919: Tal órgão passou a evidenciar a necessidade de um programa 
sobre previdência social. Após, várias convenções vieram a tratar da matéria, exemplos: Nº 12 - sobre acidentes do trabalho na 
agricultura, de 1921; Nº 17 - sobre indenização por acidente de trabalho, de 1927. 
 
RELATÓRIO BEVERIDGE - 1942: Previa uma ação estatal concreta como garantidora do bem-estar social, estabelecendo a 
responsabilidade do Estado, além do seguro social, na área da saúde e assistência social. O Plano Beveridge foi elaborado por 
uma comissão interministerial de seguro social e serviços afins, nomeada um ano antes, com o escopo de estabelecer alternativas 
para a reconstrução da sociedade no período pós-guerra. É considerado um marco da evolução securitária porque se trata de um 
estudo amplo e minucioso de todo o universo do seguro social e serviços conexos, tendo questionado a proteção somente aos 
Apostilas Domínio 
. 
empregados, enquanto todos os trabalhadores estavam sujeitos aos riscos sociais. Baseava-se numa proteção ampla e 
duradoura, tanto que Lorde Beveridge afirmara que a segurança social deveria ser prestada “do berço ao túmulo” (Social 
security from the cradle to the grave). 
O Plano Beveridge tinha por objetivos. 
(a) unificar os seguros sociais existentes; 
(b) estabelecer o princípio da universalidade, para que a proteção se estendesse a todos os cidadãos e não apenas aos 
trabalhadores; 
(c) igualdade de proteção; 
(d) tríplice forma de custeio, porém com predominância do custeio estatal. 
O Plano Beveridge tinha cinco pilares: 
(a) necessidade; 
(b) doença; 
(c) ignorância; 
(d) carência (desamparo); (e) desemprego. 
Era universal e uniforme. Visava ser aplicado a todas as pessoas e não apenas a quem tivesse contrato de trabalho, pois o 
sistema de então não atingia quem trabalhava por conta própria. Tinha por objeto abolir o estado de necessidade. Objetivava 
proporcionar garantia de renda às pessoas, atacando a indigência. Os princípios fundamentais do sistema eram: horizontalidade 
das taxas de benefícios de subsistência, horizontalidade das taxas de contribuição, unificação da responsabilidade administrativa, 
adequação dos benefícios, racionalização e classificação. 
 
NO BRASIL 
No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante aoplano internacional. Inicialmente foi privada e voluntária, passou para 
a formação dos primeiros planos mutualistas e, posteriormente, para a intervenção cada vez maior do Estado. 
No século XVI, decorrente da caridade imanente à fé cristão e a atuação da Igreja Católica, o padre jesuíta José de Anchieta 
fundou a Santa Casa de Misericórdia, cujo objetivo era prestar atendimento médico e hospitalar aos necessitados. 
Vamos estudar a evolução brasileira de forma esquematizada, vejamos: 
 
Em 1795, foi criado o Plano de Benefícios dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha. Esse talvez seja a primeira ideia de 
pensão por morte no ordenamento jurídico brasileiro, na medida em que tinha por objetivo estabelecer proteção aos citados 
dependentes dos oficiais da Marinha contra o risco social morte. 
Em 1º de outubro de 1821, Dom Pedro de Alcântra publicou Decreto concedendo o direito à aposentadoria aos mestres e 
professores, desde que completassem 30 (trinta) anos de serviço, bem como assegurou um abono de ¼ dos ganhos para 
aqueles que continuassem trabalhando depois de completarem o tempo para inativação. 
Em 1808, estabeleceu-se o montepio para a guarda pessoal de Dom João VI e, em 1835, o Montepio Geral dos Servidores do 
Estado (Mongeral). 
Na Constituição Imperial de 1824, a referência mais próxima ao seguro social foi feita pelo artigo 179, inciso XXXI, ao constituir 
os Socorros Públicos. Depois da proliferação dos Socorros Públicos, instituiu-se, como já referido, o Montepio Geral dos 
Servidores do Estado, no ano de 1835. Esse Montepio, que previa um sistema mutualista de cobertura de riscos, foi a primeira 
entidade privada a funcionar no país. Na vigência da Constituição Imperial, ainda, merecem destaque: 
a) o Código Comercial (1850), que previa o direito de manutenção do salário por três meses na hipótese de acidente 
imprevisto e inculpado; 
b) o Regulamento nº 737 (1850), que igualmente garantia aos empregados acidentados os salários por até três meses; 
c) o Decreto nº 2.711 (1860), que regulamentava o custeio dos montepios e das sociedades de socorros mútuos; 
d) o Decreto nº 9.912-A (1888) e nº 9.212 (1889), que, respectivamente, concedeu aos empregados dos Correios o 
direito à aposentadoria, ao conjugarem 60 (sessenta) anos de idade e 30 (trinta) anos de serviço e criou o montepio obrigatório 
para os seus empregados dos Correios; 
e) o Decreto nº 221 (1890), que instituiu o direito à aposentadoria para os empregados da Estrada de Ferro Central do 
Brasil. 
A Constituição Federal de 1891 foi a primeira a referir expressamente o termo “aposentadoria”, concedendo o direito à 
inativação somente aos funcionários públicos, no caso de invalidez. As outras categorias de trabalhadores não foram 
contempladas pela Constituição. Essa diferenciação de tratamento entre funcionários públicos e privados merece registro. A 
justificativa era a necessidade de conceder uma proteção aos militares porque eram eles que defendiam as fronteiras territoriais 
e mantinham a ordem, sacrificando-se pelo país. Essa argumentação é válida, mas é bom que se diga: ao manter a ordem, o 
exército mantinha o regime monárquico e o próprio imperador no poder. 
Na vigência da Constituição Federal de 1891, tem importância a edição das Leis: 
a) 217 (1892), que concedeu o direito à aposentadoria por invalidez e a pensão por morte dos operários do Arsenal da 
marinha do Rio de Janeiro, 
b) 3.724 (1919), que estabeleceu o seguro acidente e tornou obrigatório o pagamento de indenização pelos 
empregadores e, principalmente; 
c) Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682/1923). 
Vamos dar uma atenção especial a Lei Eloy Chaves. Essa é considerada um marco na evolução da Seguridade Social no Brasil, 
pois criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários. O custeio das Caixas, conforme previsão 
do artigo 3º, era feito da seguinte forma: 
a) uma contribuição mensal dos empregados, correspondente a 3% dos respectivos vencimentos; 
b) uma contribuição anual da empresa, correspondente a 1% da sua renda bruta; 
c) uma contribuição equivalente ao aumento de 1,5% sobre as tarifas das estradas de ferro; 
d) as importâncias das joias pagas pelos empregados na data da criação da caixa e pelos admitidos posteriormente, 
equivalentes a um mês de vencimentos e pagas em 24 prestações mensais; 
Apostilas Domínio 
. 
e) as importâncias pagas pelos empregados correspondentes à diferença do primeiro mês de vencimentos, quando 
promovidos ou aumentados de ordenado, pagas também em 24 prestações mensais; 
f) o importe das somas pagas a maior e não reclamadas pelo público, dentro do prazo de um ano; 
g) as multas que atingiam o público ou o pessoal; 
h) as verbas sob rubrica de venda de papel velho e varreduras; 
i) os donativos legados à caixa; 
j) os juros dos fundos acumulados. 
Além da aposentadoria por invalidez, a Lei Eloy Chaves previa, no seu artigo 12, a aposentadoria ordinária nas seguintes 
situações: 
a) integral, ao empregado ou operário que tenha prestado, pelo menos, 30 (trinta) anos de serviço e tenha 50 (cinquenta) 
anos de idade; 
b) com 25% de redução, ao empregado ou operário que, tendo prestado 30 (trinta) anos de serviço, tenha menos de 50 
(cinquenta) anos de idade; 
c) com tantos trinta avos quanto forem os anos de serviço, até o máximo de 30 (trinta), ao empregado ou operário que, 
tendo 60 (sessenta) ou mais anos de idade, tenha prestado 25 (vinte e cinco) ou mais, até 30 (trinta) anos de serviço. 
A Lei Eloy Chaves instituiu, no seu artigo 9º, item 3º, a pensão por morte para os dependentes dos segurados. O benefício seria 
extinto, nos termos do artigo 33, para a viúva, o viúvo ou pais, quando contraíssem novas núpcias, para os filhos, ao completarem 
18 (dezoito) anos, para as filhas ou irmãs solteiras, ao contraírem matrimônio e, para todos, em caso de vida desonesta ou 
vagabundagem. 
Com a edição da Lei Eloy Chaves, outras categorias mobilizaram na busca pelos mesmos direitos, provocando uma extensão 
dessa medida protetiva. 
Após publicação da Lei Eloy Chaves, o desenrolar da Seguridade Social no Brasil passa pela Revolução de 1930, com o governo 
de Getúlio Vargas. Este Presidente reformulou os regimes previdenciário e trabalhista. Na esfera previdenciária, tem especial 
destaque a mudança da organização do sistema de caixas de aposentadoria e pensão para institutos de aposentadoria e pensão. 
O primeiro a ser criado foi o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos (Decreto nº 22.872/1933). 
A unificação das caixas em institutos também ampliou a intervenção estatal na área, pois o controle público ficou finalmente 
consolidado, já que os institutos eram dotados de natureza autárquica e subordinados diretamente à União, em especial ao 
Ministério do Trabalho. 
A Constituição Federal de 1934, que empregou o termo “previdência” dissociado do termo “social”, foi a primeira a estabelecer 
a forma tripartida de custeio, mediante contribuições do empregado, do empregador e do Estado 
A Constituição Federal de 1937 não trouxe nenhuma inovação significativa, senão o emprego da expressão “seguro social. 
A Constituição Federal de 1946 foi a primeira a empregar o termo “previdência social” em substituição ao “seguro social”; 
também durante a sua vigência foi editada a Lei nº 3.807 (1960), que unificou a legislação securitária e foi apelidada de Lei 
Orgânica da Previdência Social (LOPS). 
Em 1965 ocorreu um fato significativo, incluiu-se na Constituição Federal de 1946 um parágrafo proibindo a prestação de 
benefício sem a correspondente fonte de custeio. 
Finalmente, no ano de 1966, o Decreto nº 72 criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), autarquia integrante da 
administração indireta da União, com personalidade jurídica própria. 
Em 1977, a Lei nº 6.439 instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), conservando as 
competências previdenciárias do INPS, e criando, entre outrosórgãos, o Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS). 
Em 1976, novamente a legislação esparsa, que havia surgido desde a LOPS de 1960, foi unificada pelo Decreto nº 77.077 na 
Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS). A CLPS de 1976 foi substituída pela CLPS de 1984, aprovada pelo 
Decreto nº 89.312. 
Em 1988, sob inspiração do Wellfare State, foi publicada no Brasil uma nova Constituição Federal. O texto constitucional trouxe 
um capítulo abordando a Seguridade Social (artigos 194 a 204), que foi dividida em Previdência Social, Assistência Social e 
Saúde. Num primeiro momento, o custeio da Seguridade Social seria realizado por contribuições sociais do empregador, dos 
trabalhadores e sobre as receitas dos concursos de prognósticos. Com as emendas constitucionais que sobrevieram, o custeio 
foi melhor especificado. 
Em 1990, o SIMPAS, do qual faziam parte INPS e o INAMPS, foi extinto. A Previdência Social foi assumida, então, pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social (INSS), criado pela Lei nº 8.029, e o atendimento médico hospitalar passou a ser realizado pelo 
Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Lei nº 8.080. 
Por fim, a CLPS de 1984 foi revogada pela Lei nº 8.213 (1991), que dispôs sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social, e pela Lei nº 8.212 (1991), que institui o Plano de Custeio, vigentes até hoje. 
 
Diante de todo o exposto, possível concluir-se que a Seguridade Social, sob o enfoque mundial, tem origem nos modelos 
Bismarckiano e Beveridgiano. O modelo Bismarckiano foi inaugurado em 1883, com o seguro-doença, evoluindo para abrigar 
também o seguro contra acidentes de trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). O Plano Beveridge (1942), por 
sua vez, era universal e uniforme, tendo cinco pilares: necessidade, doença, ignorância, carência (desamparo) e desemprego. 
Ele baseava-se numa proteção ampla e duradoura, tanto que Lorde Beveridge afirmara que a segurança social deveria ser 
prestada do berço ao túmulo (Social security from the cradle to the grave). No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante 
ao plano internacional. Inicialmente foi privada e voluntária, passou para a formação dos primeiros planos mutualistas e, 
posteriormente, para a intervenção cada vez maior do Estado. O marco normativo da Seguridade Social brasileira foi a Lei Eloy 
Chaves, que criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, e atualmente é regida pelas Leis 
nº 8.080/90 e nº 8.213/91, que criaram, sob a égide da Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano 
de Benefícios da Previdência Social. 
 
Apostilas Domínio 
. 
CONCEITOS 
A seguridade social, no que tange a gestão do Regime Geral de Previdência Social, é organizada pelo Ministério da Previdência 
Social e executada principalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social, com o auxílio das secretarias estaduais de assistência 
social. 
Estão também diretamente envolvidos na seguridade social, o Ministério da Saúde (e as respectivas secretarias dos Estados da 
federação), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Trabalho e Emprego. 
A seguridade social é uma obrigação constitucional do Estado brasileiro, o que não significa que outros órgãos (filantrópicos ou 
com finalidade de lucro/iniciativa privada) também não possam atuar nas áreas previdenciárias (previdência privada), saúde 
pública (planos particulares) e assistência social (entidades religiosas). 
Nesse caso, os órgãos podem firmar convênios com os entes públicos e seguirem leis gerais para que possam atuar com 
uniformidade e responsabilidade. 
Importante destacar que a seguridade social não abrange todas as políticas sociais, afinal, a seguridade compreende saúde, 
assistência e previdência, enquanto as políticas sociais abarcam campo mais amplo, tais como; educação, trabalho, justiça, 
agricultura, habitação popular, meio ambiente, dentre outros. 
“Seguridade social é conjunto de medidas proporcionado pela sociedade aos seus integrantes com a finalidade de evitar 
desequilíbrios econômicos e sociais que, a não ser resolvidos, significariam redução ou perda de renda a causa de 
contingências como doenças, acidentes, maternidade ou desemprego, entre outras.” 
É um direito humano inalienável, contido na Carta Internacional de Direitos Humanos: 
Artigo 22 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação 
internacional de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos– direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
A Constituição Federal em seu título VIII (da Ordem Social) traz entre os artigos 194 e 204, a base da regulamentação da 
seguridade social no Brasil. 
TÍTULO VIII 
Da Ordem Social 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
A Constituição Federal em seu título VIII (da Ordem Social) traz entre os artigos 194 e 204, a base da regulamentação da 
seguridade social no Brasil. 
TÍTULO VIII 
Da Ordem Social 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
ORGANIZAÇÃO: 
A seguridade social encontra-se firmada em três pilares: 
a) Saúde: A universalidade é a nota característica desse subsistema, que é destinado a toda e qualquer pessoa que dele 
necessita. Não se limita à prestação de serviços de recuperação, visto que o conceito constitucional é bem mais amplo, dando 
ênfase à prevenção do risco, através de políticas sociais e econômicas. A saúde estrutura-se através de um sistema unificado e 
hierarquizado denominado SUS – Sistema Único de Saúde. As condições de saúde, qualidade de vida e longevidade, influem 
diretamente no sistema previdenciário, pois, apenas como exemplos, pessoas mais saudáveis, aposentam-se menos por 
invalidez. 
Apostilas Domínio 
. 
b) Previdência: Está disciplinada nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, que dispõem ser, esse, um sistema 
contributivo, mediante o qual os trabalhadoresestarão protegidos contra as contingências elencadas em seu art. 201: doença, 
morte, invalidez, idade avançada, encargos familiares, prisão do segurado de baixa renda, além de proteção à maternidade e 
desemprego involuntário. 
c) Assistência Social: A assistência social encontra-se disciplinada nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal. É 
destinada aos hipossuficientes, ou seja, àqueles que dela necessitam, independente de contribuição. Direciona-se, portanto, 
àquelas pessoas que estão fora do mercado de trabalho, sem proteção previdenciária e em condições indignas de vida. Interagem 
com os dois outros subsistemas, completando-os, em busca da realização de princípios constitucionais fundamentais, como a 
dignidade da pessoa humana, o bem-estar e a justiça social. 
 
 
 
 
 
SEGURIDADE 
SOCIAL 
 Previdência social Só para os que contribuem 
 Direito à saúde Para todos Independente de 
contribuição 
 Assistência Social Para os necessitados Independente de 
contribuição 
 
Vamos conferir o texto constitucional: 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos 
orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, 
assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o 
Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I. 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte 
de custeio total. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação 
da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que 
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos 
da lei. 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, 
em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do 
mercado de trabalho. 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União 
para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de 
recursos. 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para 
débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do 
caput, serão não-cumulativas. 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na 
forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
Seção II 
DA SAÚDE 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Apostilas Domínio 
. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde 
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos 
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos 
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que trata o § 2º; 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades 
regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e 
municipal; 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às 
endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos 
específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a 
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos 
termos da lei, prestar assistência financeira complementaraos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento 
do referido piso salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções 
equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de 
descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, 
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos 
casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para 
fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo 
vedado todo tipo de comercialização. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de 
medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para 
consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, 
tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
Seção III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante. 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto 
no § 2º. 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime 
geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou 
a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior 
ao salário mínimo. 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
Apostilas Domínio 
. 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios 
definidos em lei. 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de 
regime próprio de previdência. 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada 
ano. 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para 
os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na 
atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, 
segundo critérios estabelecidos em lei. 
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de 
previdência social e pelo setor privado. 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição 
previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem 
renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a 
famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes 
para os demais segurados do regime geral de previdência social. 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral 
de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por 
lei complementar. 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência 
privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos 
de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção 
dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de 
patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, 
fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades 
fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. 
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou 
concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. 
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabeleceráos requisitos para a designação dos membros das 
diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias 
de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. 
Seção IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e 
tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade 
social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação 
e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência 
social; 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das 
ações em todos os níveis. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até 
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiadas. 
PRINCÍPIOS: 
Os princípios constitucionais são alicerces do ordenamento jurídico, servem para garantir um estado democrático de direito. Nessa 
linha, os princípios da seguridade social são compostos por um conjunto de normas programáticas que trazem objetivos 
orientadores para elaboração das leis e um conjunto de garantias a serem observadas pela administração pública na execução 
Apostilas Domínio 
. 
de programas de seguridade social. Esses princípios não são aplicados somente pela previdência social, mas em toda a estrutura 
da seguridade social, que abrange os seus três seguimentos: Além da previdência social, a saúde e assistência social. 
1) Princípio da Universalidade e cobertura no atendimento (art.194, parágrafo único, I CF/88 – universalidade de 
cobertura e do atendimento). A seguridade deve abranger a todos que dela necessitam e atender a cobertura dos riscos sociais 
da forma mais ampla possível. Destaca-se que na previdência social é aplicado o regime de contribuição com filiação obrigatória 
daqueles que exercem função remunerada e facultativa para alguns seguimentos. A universalidade da cobertura, significa que a 
Seguridade deve contemplar todas as contingências sociais que geram necessidade de proteção social das pessoas, tais como: 
maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e morte. Já a universalidade do atendimento, significa dizer que todas 
as pessoas serão indistintamente acolhidas pela Seguridade Social. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência. Convém esclarecermos um ponto que pode suscitar dúvidas. Não podemos confundir, previdência social com 
seguridade social, aquela é espécie dessa. Assim, quando o princípio assegura universalidade de atendimento, não significa dizer 
que qualquer pessoa tenha direito aos benefícios previdenciários, já que, a Previdência Social tem caráter contributivo, ou seja, 
somente aqueles que contribuem para o sistema é que terão direito aos benefícios. 
2) Princípio da uniformidade e equivalência (art. 194, parágrafo único, II CF/88 – uniformidade e equivalência dos 
benefícios e serviços às populações urbanas e rurais). Os direitos e benefícios da seguridade social devem abranger de forma 
isonômica, tanto as populações urbanas como as rurais. Equivale dizer, que as mesmas contingências (morte, velhice, 
maternidade...) serão cobertas tanto para os trabalhadores urbanos como para os rurais. Além disso, deverão possuir o mesmo 
valor econômico. Observe que este princípio da Seguridade Social coaduna-se com o disposto no artigo 7º, da CF/88, que garante 
direitos sociais idênticos aos trabalhadores urbanos e rurais. 
3) Princípio da seletividade e distributividade na prestação (art. 194, parágrafo único, III CF/88 – a seletividade e 
distributividade na prestação dos benefícios e serviços). A prestação do benefício e do serviço é feita de acordo com a capacidade 
econômico-financeira do sistema que custeia a seguridade social, atendendo as necessidades de benefícios e serviços mais 
relevantes. A seguridade social visa garantir a sobrevivência digna da população de baixa renda, para isso, um dos mecanismos 
utilizados é a distribuição de renda, tendo, portanto, caráter social. Esse princípio apregoa que nem todos os segurados terão 
direito a todas as prestações que o sistema pode fornecer. Por exemplo, os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão 
pagos aos segurados de baixa renda. 
4) Princípio da irredutibilidade no valor dos benefícios (art. 194, parágrafo único, IV – irredutibilidade do valor dos 
benefícios). Visa garantir o valor real dos benefícios prestados pela seguridade social. Para isso, há garantia de reajustamento 
periódico dos proventos e pensões. 
5) Princípio da equidade no custeio – (art. 194, parágrafo único, V – equidade na forma de participação no custeio). Este 
princípio é um desdobramento do Princípio da Igualdade que estabelece que deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente 
os desiguais. A legislação da seguridade social deve prever contribuições iguais para quem se encontra nas mesmas condições. 
Quem possui maior capacidade contributiva, contribui com mais. Quem possui menor capacidade contributiva, contribui com 
menos, ou, não contribui. Importante destacar que não há anterioridade quanto ao exercício financeiro instituído em relação às 
contribuições sociais. 
Princípio da Anterioridade, art. 150, III, b: os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Princípio da Anterioridade Nonagesimal, art. 150, III, c: o tributo não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, e, antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada 
esta lei. 
6) Princípio da diversidade na base de financiamento (art. 194, parágrafo único, VI). O maior número possível de fontes 
de custeio deve ser agregado ao sistema de seguridade social, para, dessa forma, diminuir os riscos financeiros do sistema, 
evitando a falta de recursos para prover os serviços e benefícios. Estabelece a CF/88 em seu artigo 195, que a Seguridade Social 
será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, da empresa incidente sobre a folha, a receita, o lucro, a remuneração 
paga ao trabalhador e sobre a receita de concursos de prognósticos, visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência 
e à assistência social. As receitas dos Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas à Seguridade Social constarão dos 
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Além disso, o artigo 195, parágrafo 4o estabelece que lei da Uniãopoderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da Seguridade Social desde que sejam não-
cumulativas e tenham fato gerador e base de cálculo diferentes das contribuições sociais existentes. 
7) Princípio do caráter democrático e descentralizado da administração (art. 194, parágrafo único, VII). A gestão da 
seguridade social tem a participação de todos os envolvidos, é feita por meio de conselhos espalhados na estrutura do sistema 
de seguridade social. Essa gestão é chamada de quadripartite, pois conta com a participação da sociedade civil; 
a) dos aposentados e pensionistas; 
b) dos trabalhadores em atividade; 
c) do governo federal; e 
d) dos empregadores. 
8) Princípio da solidariedade – (art. 3º, I, CF/88 - construir uma sociedade livre, justa e solidária). Esse objetivo 
programático deve ser perseguido pelo sistema de seguridade social, pois trata de sistema de ajuda mútua em benefício da 
coletividade. A seguridade social visa garantir a sobrevivência digna da população de baixa renda, para isso, um dos mecanismos 
utilizados é a distribuição de renda. 
9) Forma de custeio (art. 195, CF/88). Segundo esse dispositivo constitucional a seguridade social deve ser financiada por 
toda a sociedade, de forma direta e indireta, por meio de recursos provenientes da contribuição do governo, das empresas e dos 
trabalhadores. A prestação do benefício e do serviço é feita de acordo com a capacidade econômico-financeira do sistema que 
custeia a seguridade social, atendendo as necessidades de benefícios e serviços mais relevantes. A seguridade social visa 
garantir a sobrevivência digna da população de baixa renda, para isso, um dos mecanismos utilizados é a distribuição de renda. 
Importante destacar que, com a reforma da previdência social (emenda constitucional nº 41/2003), foi introduzida a contribuição 
dos aposentados para o financiamento do sistema previdenciário. Vejamos: 
Art. 4º Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas 
autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os alcançados pelo disposto no 
Apostilas Domínio 
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seu art. 3º, contribuirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com percentual igual ao 
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 
Parágrafo único. A contribuição previdenciária a que se refere o caput incidirá apenas sobre a parcela dos proventos e das 
pensões que supere: 
I - cinquenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
II - sessenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas da União. 
 
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
 
Legislação é um corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência, ou ainda um conjunto de leis que organiza um 
país, que estabelece condutas e ações aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros. 
CONTEÚDO 
A Previdência Social desenvolveu o Sistema de Legislação da Previdência Social - Sislex com o objetivo de organizar, manter e 
disponibilizar para toda a população um banco de dados como fonte integrada de consulta sobre legislação previdenciária. São 
inúmeras leis que regulamentam o sistema previdenciário brasileiro, contudo, o candidato deverá estudar apenas as leis exigidas 
no conteúdo programático do edital. 
FONTES 
Fontes é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes utilizados no processo de composição do 
direito, enquanto conjunto sistematizado de normas (legislação). 
- Fontes diretas ou imediatas: São as Leis: Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Leis Complementares e Legislação 
Ordinária. Ou seja, as fontes diretas ou mediatas, por si só, são suficientes para gerar a regra jurídica. 
- Fontes indiretas ou mediatas: São as que não têm a virtude de gerar a regra jurídica, porém, encaminham mais cedo ou mais 
tarde, à elaboração da norma. São os costumes, a doutrina e a jurisprudência. 
AUTONOMIA 
A teoria dualista dispõe que o Direito da Seguridade Social é autônomo, mostrando que esse ramo do Direito não se confunde 
com o Direito do Trabalho. A Constituição Federal de 1988, ao estatuir um capítulo próprio para a seguridade social (Capítulo II), 
incluído no Título VIII ("Da Ordem Social"), no qual constam várias disposições sobre seguridade social, abrangendo a previdência 
social, assistência social e saúde (arts. 194 a 204), tornando-a totalmente desvinculada do Direito do Trabalho, que teve suas 
determinações incluídas no Capítulo II ("Dos Direitos Sociais") do Título II ("Dos Direitos e Garantias Fundamentais"), no art. 7º. 
APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS: A complexidade do ordenamento jurídico previdenciário resulta da 
coexistência de diferentes tipos de normas produzidas da constante renovação e das naturais dúvidas que, em cada caso 
concreto, surgem, na tarefa de escolher qual norma deve ser aplicada. Dessa forma, é necessário manter a coerência do sistema, 
que é questão de hierarquia, afastando as antinomias entre as normas; encontrar meios para resolver o caso concreto quando 
não há no ordenamento uma norma específica para ele, que é o problema da integração das lacunas; e compreender o significado 
das diretrizes que estão contidas nas normas, que é sua interpretação, sendo esses os aspectos nucleares da aplicação do direito 
como um todo. 
VIGÊNCIA: A vigência, ou eficácia da norma jurídica, pode ser dividida em relação ao tempo e ao espaço. 
a) Eficácia no Tempo: A eficácia no tempo refere-se à entrada da lei em vigor. Normalmente, as disposições securitárias 
entram em vigor na data da publicação da lei, com eficácia imediata, mas certos dispositivos, tanto do Plano de Custeio como do 
de Benefícios, necessitam ser complementados pelo regulamento, e só a partir da existência deste terão plena eficácia. 
b) Eficácia no Espaço: A eficácia no espaço diz respeito ao território em que será aplicada a norma. A lei de Seguridade 
Social se aplica no Brasil, tanto para os nacionais como para os estrangeiros nele residentes, de acordo com as regras 
determinadas pelo Plano de Custeio e Benefícios e outras especificações atinentes à matéria. 
HIERARQUIA: Havendo duas ou mais normas sobre a mesma matéria, começa a surgir o problema de qual delas deva ser 
aplicada. A hierarquia entre as normas somente vai ocorrer quando a validade de determinada norma depender de outra, na qual 
esta vai regular inteiramente a forma de criação da primeira norma. É certo que a Constituição é hierarquicamente superior às 
demais normas, pois o processo de validade destas é regulado pela primeira. Abaixo da Constituição encontram-se os demais 
preceitos legais, cada qual com campos diversos: leis complementares, leis ordinárias, decretos-leis (nos períodos em que 
existiram), medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções. Não há dúvida que os decretos são 
hierarquicamente inferiores às primeiras normas, até porque não são emitidos pelo Poder Legislativo, mas pelo Poder Executivo. 
Após os decretos encontramos normas internas da Administração, como portarias, circulares, ordens de serviço etc., que são 
hierarquicamente inferiores aos decretos. 
INTERPRETAÇÃO: (texto adaptado de Erick Menezes de Oliveira Junior) Nenhum método interpretativo é absoluto. Os diferentes 
meios empregados ajudam-se uns aos outros, combinando-se e controlando-se reciprocamente. Assim, não basta conhecer as 
regras aplicáveis para determinar o sentido e o alcance dos textos. Parece necessário reuni-las e, num todo harmônico, oferecê-
las ao estudo,em um encadeamento lógico. O ponto de partida do intérprete há que ser sempre os princípios, que são um conjunto 
de normas que espelham a ideologia do ordenamento jurídico, seus postulados básicos e seus fins. 
A atividade de interpretação deve começar pela identificação dos princípios maiores que regem o tema a ser apreciado, do mais 
genérico ao mais específico, até chegar à formulação da regra concreta que vai reger a espécie. 
De acordo com a técnica gramatical (literal, semântica ou filológica) o hermeneuta procurará o sentido literal do texto normativo, 
buscando as regras da gramática e da linguística, examinará o aplicador ou intérprete cada termo do texto normativo, isolada ou 
sistematicamente, atendendo à pontuação, colocação dos vocábulos, origem etimológica etc., para, ao final, formular os 
significados que possa ter o preceito analisado. 
Pertinente ao processo lógico, o que se pretende é desvendar o sentido e o alcance da norma, estudando-a por meio de 
raciocínios lógicos, analisando os períodos da lei e combinando-os entre si, com o objetivo de atingir perfeita compatibilidade. 
A técnica interpretativa histórica funda-se na análise dos antecedentes da norma, pesquisando todo o seu itinerário legislativo, às 
circunstâncias fáticas que a precederam e lhe deram origem, às causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborá-la. 
Essa investigação é bastante útil a fim de captar o exato significado das normas e os resultados que tencionam alcançar. 
Apostilas Domínio 
. 
Por sua vez, no processo sistemático, o intérprete, partindo do pressuposto que o sistema jurídico não se compõe de um único 
sistema normativo, mas de vários, que constituem um conjunto harmônico e interdependente, considerará o sistema em que se 
insere a norma, relacionando-a com outras normas concernentes ao mesmo objeto. Deve-se, por conseguinte, cotejar o texto 
normativo, em análise, com outros do mesmo diploma legal ou de leis diversas, mas referentes ao mesmo objeto, pois por umas 
normas pode-se desvendar o sentido de outras. Examinando o conjunto das normas é possível desvendar o sentido de cada uma 
delas. 
Por fim, o processo teleológico objetiva adaptar a finalidade da norma às novas exigências sociais. A técnica teleológica conduz 
à compreensão de que o fim prático da norma coincide com o fim apontado pelas exigências sociais (fim social, tendo em vista o 
bem comum). 
No Direito da Seguridade Social vamos encontrar a aplicação da norma mais favorável ao segurado na interpretação do texto 
legal, que muitas vezes é disciplinada pela própria lei. Normalmente na legislação ordinária, principalmente quanto aos benefícios, 
costuma-se encontrar a expressão "o que for mais vantajoso" para o beneficiário. 
Em resumo e complementando o assunto, vamos memorizar: 
a) Gramatical ou literal (verba legis): Consiste em verificar qual o sentido do texto gramatical da norma jurídica. Vai se 
analisar o alcance das palavras contidas no texto da lei; 
b) Lógica (mens legis): Em que se estabelece uma conexão entre os vários textos legais a serem interpretados; 
c) Teleológica ou finalística: A interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com o fim desejado pelo legislador; 
d) Sistemática: A interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com a análise do sistema, no qual está inserido, 
sem se ater a interpretação isolada de um dispositivo, mas, sim, ao conjunto; 
e) Extensiva ou ampliativa: Pretende um sentido mais amplo à norma a ser interpretada do que ele normalmente teria; 
f) Restritiva ou limitativa: Pretende um sentido mais restrito, limitado a interpretação da norma jurídica; 
g) Histórica: O Direito decorre de um processo evolutivo. Há necessidade de analisar, na evolução histórica dos fatos, o 
pensamento do legislador, não só à época da edição da lei, mas de acordo com sua exposição de motivos, mensagens, emendas, 
as discussões parlamentares etc. O Direito, portanto, é uma forma de adaptação do meio em que vivemos em função da evolução 
da natureza das coisas; 
h) Autêntica: É realizada pelo órgão que editou a norma, esse órgão que irá declarar seu sentido, alcance, conteúdo, por 
meio de outra norma jurídica. Também é chamada de interpretação legal ou legislativa. 
INTEGRAÇÃO: Integrar tem o significado de completar, inteirar. O intérprete fica autorizado a suprir as lacunas existentes na 
norma jurídica por meio da utilização de técnicas jurídicas. As técnicas são a analogia e a equidade, podendo ser utilizados 
também os princípios gerais de Direito e a doutrina. 
ORIENTAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES: As orientações dos tribunais se apresentam como uma condensação de 
idênticas intepretações de preceito jurídico, sem caráter obrigatório, porém de cunho persuasivo. Súmulas, orientações 
jurisprudenciais e precedentes normativos possuem função de orientar decisões em questões semelhantes, de forma a 
estabelecer o entendimento sobre determinadas matérias. Sobre esse tema, vamos conferir o que diz o artigo 131 da Lei 8.213/91, 
uma vez que INSS poderá se basear em orientações dos tribunais superiores para fundamentar suas decisões: 
Art. 131. O Ministro da Previdência e Assistência Social poderá autorizar o INSS a formalizar a desistência ou abster-se de propor 
ações e recursos em processos judiciais sempre que a ação versar matéria sobre a qual haja declaração de inconstitucionalidade 
proferida pelo Supremo Tribunal Federal - STF, súmula ou jurisprudência consolidada do STF ou dos tribunais superiores. 
Parágrafo único. O Ministro da Previdência e Assistência Social disciplinará as hipóteses em que a administração previdenciária 
federal, relativamente aos créditos previdenciários baseados em dispositivos declarados inconstitucionais por decisões definitivas 
do Supremo Tribunal Federal, possa: 
a) abster-se de constituí-los; 
b) retificar o seu valor ou declará-los extintos, de ofício, quando houverem sido constituídos anteriormente, ainda que 
inscritos em dívida ativa; 
c) formular desistência de ações de execução fiscal já ajuizadas, bem como deixar de interpor recursos de decisões 
judiciais. 
 
QUESTÕES 
Algumas questões são da Organizadora CESPE, portanto, não possuem alternativas! Devemos apenas julgar se as 
assertivas estão “C” (certas) ou “E” (erradas). 
Por serem retiradas de concursos anteriores, nem todos os tópicos das apostilas terão questões, haja vista que nem 
todos os assuntos são cobrados com a mesma frequência nas provas. 
01. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) O Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal atualmente vinculada ao 
Ministério da Previdência Social, surgiu, em 1990, como resultado da fusão do Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS) e o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
02. (TRT/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO - CESPE/2010) Até a década de 50 do século XX, a previdência social brasileira se 
caracterizava pela existência de institutos previdenciários distintos que atendiam a diferentes setores da economia. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
03. (TRT/RN - TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2010) A previdência social, por seu caráter necessariamente contributivo, 
não está inserida no sistema constitucional da seguridade social. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
04. (INSS – TÉCNICO – CESPE/2008) Em que pesem os inúmeros avanços alcançados após a promulgação da Constituição 
Federal de 1988, especialmente com a estruturação do modelo de seguridade social, o Brasil mantém, ainda, resquícios de 
Apostilas Domínio 
. 
desigualdade, que podem ser observados, por exemplo, pela existência de benefícios distintos para os trabalhadores urbanos em 
detrimento dos rurais. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
05. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) A seguridade social brasileira, apesar de ser fortemente influenciada pelo modelo do 
Estado do bem-estar social, não abrange todas as políticas sociaisdo Estado brasileiro. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
06. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) A grande preocupação com os hipossuficientes tem sido característica marcante da 
seguridade social brasileira, como pode ser demonstrado pela recente alteração, no texto constitucional, de garantias para 
inclusão dos trabalhadores de baixa renda, bem como daqueles que se dediquem, exclusivamente, ao trabalho doméstico, sendo-
lhes oferecido tempo de contribuição, alíquotas e prazos de carência inferiores. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
07. (INSS - ANALISTA – CESPE/2008) Uma das causas da rápida alteração do perfil demográfico brasileiro é a melhoria 
das condições de saúde e dos índices de qualidade de vida, assim como a diminuição da mortalidade infantil, o que determina 
maior longevidade. 
Esses fatores não influenciam o sistema previdenciário brasileiro, haja vista sua organização em um sistema solidário, embasado 
em regime financeiro de repartição. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
08. (INSS – TÉCNICO – CESPE/2008) Quantos aos riscos sociais protegidos pela seguridade social, assinale a alternativa 
incorreta: 
A) A doença e a idade avançada são riscos amparados por mais de uma área da Seguridade Social. 
B) A proteção à maternidade pode ser oferecida tanto pela Assistência Social quanto pela Previdência Social. 
C) A proteção à maternidade é garantida pela Previdência Social através da concessão de salário-maternidade e de auxílio-
natalidade. 
D) O estado de necessidade que impossibilita obtenção dos mínimos sociais para assegurar a subsistência assegura 
proteção pela Assistência Social. 
E) A proteção da Previdência Social assegura aos segurados e a seus dependentes uma renda de substituição quando 
ocorrida situação legalmente prevista como risco social, sendo tal renda limitada a um teto ou limite máximo. 
 
09. (RIOPREVIDÊNCIA/RJ - ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL - CIÊNCIAS CONTÁBÉIS - CEPERJ/2013) Ao 
estabelecer um melhor quinhão de benefícios a classes de renda menos elevada, fornecendo benefícios previdenciários de maior 
amplitude e valor, a administração previdenciária obedece ao seguinte princípio: 
A) seletividade 
B) discriminação 
C) legalidade 
D) equalização 
E) regionalização 
 
10. (TRT 10ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS - CESPE/2013) O princípio do caráter 
democrático da administração da seguridade social preconiza que sua gestão será quadripartite, com a participação da União, 
dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
11. (TRT 6ª Região - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - FCC/2012) A Constituição Federal brasileira atribui 
ao Poder Público a organização da Seguridade Social com base em objetivos que a doutrina entende como verdadeiros princípios. 
NÃO fazem parte destes objetivos ou princípios: 
A) universalidade da cobertura e do atendimento. 
B) equidade na forma de participação no custeio. 
C) irredutibilidade do valor dos benefícios. 
D) unicidade da base de financiamento. 
E) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais. 
 
12. (PREVIC - ANALISTA ADMINISTRATIVO - ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE/2011) Com relação às normas 
constitucionais que regem a previdência social, julgue o item a seguir. 
Na lei, constam dispositivos sobre o sistema especial de inclusão previdenciária relativo ao atendimento de trabalhadores de 
baixa renda e daqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, 
desde que pertencentes a famílias de baixa renda. Por meio desses dispositivos, garante-se o acesso a benefícios de valor igual 
a um salário mínimo e veda-se a estipulação de alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime 
geral de previdência social. Parte superior do formulário 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Apostilas Domínio 
. 
13. (TRT 21ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE/2010) Julgue os itens seguintes, que 
versam sobre a seguridade social e o regime geral da previdência social (RGPS). 
A despeito do princípio constitucional da universalidade da cobertura e do atendimento, os menores de dezesseis anos não podem 
ser segurados do RGPS, ressalvado o menor aprendiz (14 anos). 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
14. (MF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2009) Assinale a opção correta entre as assertivas abaixo 
relacionadas à organização e princípios constitucionais da Seguridade Social. 
A) Diversidade da base de financiamento é objetivo da Seguridade Social. 
B) O valor dos benefícios pode ser diminuído gradativamente. 
C) Pode haver benefícios maiores para a população urbana em detrimento da rural. 
D) A gestão da Seguridade Social é ato privativo do Poder Público. 
E) Os serviços previdenciários devem ser sempre o mesmo, independente do destinatário. 
 
15. (TRF 4ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – FCC/2007) Para um trabalhador que não possua 
dependentes, o benefício salário-família não será concedido; para o trabalhador que se encontre incapaz temporariamente para 
o trabalho, por motivo de doença, não será concedida a aposentadoria por invalidez, mas auxílio doença. Nesses casos, está 
sendo aplicado, especificamente, o princípio constitucional da 
A) seletividade na prestação dos benefícios e serviços. 
B) universalidade na cobertura e no atendimento. 
C) equidade na forma de participação no custeio. 
D) diversidade da base de financiamento. 
E) democratização e descentralização da administração. 
 
16. (INSS - TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – FCC/2012) A Seguridade Social encontra-se inserida no título da Ordem Social 
da Constituição Federal e tem entre seus objetivos: 
A) promover políticas sociais que visem à redução da doença. 
B) uniformizar o atendimento nacional. 
C) universalizar o atendimento da população. 
D) melhorar o atendimento da população. 
E) promover o desenvolvimento regional. 
 
17. (INSS – TÉCNICO – CESPE/2008) O Conselho Nacional da Previdência Social é um dos órgãos de deliberação coletiva 
da estrutura do Ministério da Previdência Social, cuja composição, obrigatoriamente, deve incluir pessoas indicadas pelo governo, 
pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
18. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) Um dos objetivos da seguridade social é a universalidade da cobertura e do 
atendimento, meta cumprida em relação à assistência social e à saúde, mas não à previdência. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
19. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) A seguridade social, em respeito ao princípio da solidariedade, permite a incidência 
de contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social. ( ) Certo 
( ) Errado 
 
20. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) A instituição de alíquotas ou bases de cálculos diferentes, em razão da atividade 
econômica ou do porte da empresa, entre outras situações, apesar de, aparentemente, infringir o princípio tributário da isonomia, 
de fato atende ao comando constitucional da equidade na forma de participação no custeio da seguridade social. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
21. (INSS - TÉCNICO – CESPE/2008) De acordo com recentes alterações constitucionais, as contribuições sociais que 
financiam a seguridade social somente poderão ser exigidas depois de decorridos noventa dias da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado. Essas alterações também acrescentaram, no que concerne a esse assunto, a exigência da anterioridade 
do exercício financeiro. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
22. (INSS – TECNICO DO SEGURO SOCIAL – FCC/2012). É correto afirmar que a seguridade social compreende: 
A) A assistência social, a saúde e a previdência social 
B) A assistência social, o trabalho e a saúde 
C) O sistema tributário, o lazer e a previdência social 
D) A educação, a previdência social e a assistênciasocial 
E) A cultura, a previdência social e a saúde. 
 
Apostilas Domínio 
. 
23. (TRT/RN – ANALISTA – CESPE/2011). As atuais regras constitucionais impedem que os municípios tenham seus 
próprios institutos de previdência. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
24. (TRT/RN – ANALISTA – CESPE/2011). O regime de previdência privada tem como características ser facultativo e de 
natureza complementar. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
25. (STJ – ANALISTA JUDICIARIO – CESPE/2012). Segundo a CF, as contribuições das entidades beneficentes de 
assistência social estão entre as fontes de recursos destinados ao financiamento da seguridade social, juntamente com os 
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do distrito federal e dos municípios. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
26. (MP/PI – ANALISTA – CESPE/2012). A previdência social tem por finalidade assegurar aos seus beneficiários meios 
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, de idade avançada, de tempo de serviço, de desemprego 
involuntário, de encargos de família e de reclusão ou morte daqueles de quem os dependentes dependiam economicamente. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
27. (INSS - TÉCNICO INSS – CESPE/2008) Em relação ao Instituto Nacional do Seguro Social, a seu histórico e estrutura, 
julgue os itens a seguir. 
As gerências executivas são órgãos descentralizados da estrutura administrativa do INSS; entretanto a escolha e a nomeação 
dos gerentes executivos são feitas diretamente pelo ministro da previdência social sem necessidade de observação a critérios 
especiais de seleção. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
28. (INSS - TÉCNICO INSS – CESPE/2008) A fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita 
Previdenciária centralizou em apenas um órgão a arrecadação da maioria dos tributos federais. 
Contudo, a fiscalização e a arrecadação das contribuições sociais destinadas aos chamados terceiros — SESC, SENAC, SESI, 
SENAI e outros — permanecem a cargo do INSS. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
29. (TRT 21ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO - CESPE/2010) Com a criação do Instituto Nacional do Seguro Social, 
foram unificados, nesse instituto, todos os órgãos estaduais de previdência social. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
30. (TRT 21ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO - CESPE/2010) É vedado aos planos de benefício de instituições de 
previdência privada de órgãos federais receber recursos da União. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
31. (INSS - ANALISTA – CESPE/2008) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada, que constitui um sistema único, organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral 
e participação da comunidade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
32. (INSS - ANALISTA SERVIÇO SOCIAL –FUNRIO/2009) A saúde é de relevância pública e sua organização obedecerá 
a princípios e diretrizes, na forma da Lei nº 8.212/91. Assinale a alternativa correta no que se refere a esses princípios e diretrizes. 
A) Participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais. 
B) Centralização, com direção única na esfera do Governo Federal. 
C) Participação da comunidade na gestão, no acompanhamento e não na fiscalização das ações e serviços de saúde. 
D) Provimento das ações e serviços através de rede nacional e hierarquizada, integrados em sistema único. 
E) Atendimento seletivo e parcial, com prioridade para as atividades preventivas. 
 
33. (INSS – TÉCNICO – CESPE/2008) Pelo fato de serem concedidos independentemente de contribuição, os benefícios e 
serviços prestados na área de assistência social prescindem da respectiva fonte de custeio prévio. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
34. (MP/PI – ANALISTA – CESPE/2012). De acordo com as alterações recentes da LOAS, consideram-se entidades de 
assistência social somente as entidades de atendimento no âmbito da proteção social básica, que executam serviços dirigidos as 
famílias, desde que em caráter continuado, permanente e planejado. 
( ) Certo 
Apostilas Domínio 
. 
( ) Errado 
 
RESPOSTAS 
01. RESPOSTA: “ERRADA” 
Apesar do INSS ter surgido em 1990 através do Decreto n°. 99.350, não foi mediante a fusão entre INAMPS e IAPAS, mas 
mediante a fusão do IAPAS com o INPS. 
 
02. RESPOSTA: “CORRETA”. 
De fato tal período se caracterizava pela existência de diversos institutos distintos, conforme se dessume na nota de apoio. Cada 
um desses institutos atendia a um público específico a ele relacionado. Por exemplo existia o Decreto n°. 22.872/1933, que criou 
o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, considerado a primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito 
nacional, com base na atividade genérica da empresa. Posteriormente surgiram institutos como Comerciários, Bancários, 
industriários, servidores do estado e transportadores de carga. 
 
03. RESPOSTA: “ERRADA”. 
O artigo 194, da Constituição Federal assim afirma “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, À PREVIDÊNCIA e à assistência 
social”. Logo, a própria CF prevê que a seguridade social compreende, além dos direitos relativos à saúde e à assistência social, 
os direitos relativos à Previdência. Assim, a Previdência está inserida na Seguridade Social. 
 
04. RESPOSTA: “ERRADA”. 
Nesta questão importante lembrar que NÃO há distinção entre trabalhadores urbanos e rurais, nem no que tange aos direitos 
trabalhistas, nem no que tange aos direitos sociais. 
Inclusive, estamos diante do princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais 
(art. 194, parágrafo único, II da CF). Os direitos e benefícios da seguridade social devem abranger de forma isonômica, tanto as 
populações urbanas como as rurais. 
Art. 194. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes 
objetivos: 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
Os arts. 5º e 7º da Constituição preveem medidas de proteção à população em geral (art. 5º) e às pessoas envolvidas em relações 
de emprego (art. 7º). 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes 
(...) 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social (...) 
 
05. RESPOSTA: “CORRETA”. 
Deve-se tomar cuidado pois a seguridade social brasileira compreende diversas políticas sociais, tais quais, a saúde, assistência 
e previdência, contudo o campo das políticas sociais é muito mais amplo, abrangendo, por exemplo, a educação, trabalho, justiça, 
agricultura, habitação popular e meio ambiente, dentre outros. 
Sendo assim, de fato a seguridade social não abrange todas as políticas. 
 
06. RESPOSTA: “ERRADA”. 
Não há diferença de tratamento entre os segurados da Previdência Social. A preocupação com os hipossuficientes é real, 
principalmente na seara da assistência social, no entanto, não podemos afirmar a diferença de tratamento entre os trabalhadores 
de baixa renda e domésticos, tampouco no que tange ao tempo de contribuição, alíquotas e prazos de carência. 
Quem se destina aos hipossuficientes é a assistência social – que não é sinônimo de seguridade social -, que busca ajudar 
àqueles que dela necessitarem, independentemente de contribuição. Direciona-se, portanto, àquelas pessoas que estão fora do 
mercado de trabalho, sem proteção previdenciária e em condições indignas de vida. 
 
07. RESPOSTA: “ERRADA”. 
As condições de saúde, qualidade de vida e longevidade, influem diretamente no sistema previdenciário. Imagine que uma pessoa 
saudável

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