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Funções→ – Molécula mais abundante do planeta – Fonte de energia (Animais: glicogênio, Vegetais: amido) – Componente estrutural (celulose) – Componente de membrana – Podem ser antígenos de superfície celular – Podem se associar a proteínas e lipídeos – Fazem parte do DNA, RNA e coenzimas – Reconhecimento celular/Adesão celular: GLICOCÁLICE Obs: As ligações covalentes dos monossacarídeos são MUITO energéticas Classificação→ 1) Monossacarídeos: unidade funcional dos carboidratos. Até 6 carbonos (Pentoses: ribose, desoxirribose, xilose = parede celular vegetal. Hexose: glicose, frutose, galactose) – Como os carbonos fazem isomeria (são quirais), há várias possibilidades de monossacarídeos. – O que significar o D antes do nome? Significa que o carbono quiral mais distante do grupo funcional tem a hidroxila na posição DIREITA. Maioria dos açúcares tem a isomeria D – Dois açúcares que diferem apenas na configuração de um carbono são chamados de epímeros (ex: D glicose e D manose) 2) Dissacarídeos: dois monos (ligações glicosídicas) 3) Polissacarídeos: mais de dois mono Características químicas→ – Cadeia normal (aldeído ou cetona) com 2 ou mais hidroxilas – Cetoses ou aldoses (tem grupos cetonas ou aldeídos) = grupo funcional Desoxirribose (ribose perde um oxigênio) Carboidratos Monossacarídeos comuns podem formar cadeias cíclicas→ – Em soluções aquosas aldotetroses e todos os monossacarídeos de 5 e 6 → carbonos ficam predominantemente na forma cíclica (anel). Constantemente se abrem e fecham. Ligação ocorre entre o carbono do grupo funcional e o oxigênio da hidroxila do carbono quiral mais distante do grupo funcional – Exemplos: D-Glicose. ➢ Há um dobramento na estrutura linear ➢ Carbono do grupo funcional está eletropositivo (oxigênio está puxando seus elétrons). Ocorre um ataque nucleofílico. O par de elétrons do oxigênio da hidroxila ataca o carbono eletropositivo. Ocorre ligação covalente (ligação Hemiacetal) entre o oxigênio do carbono 5 e o carbono 1, desfazendo a ligação dupla. Hidrogênio se liga ao oxigênio da carbonila ➢ O ataque do álcool pode ocorrer de duas formas (atacando a frente ou as costas do carbono). Por isso, formarão duas cadeias cíclicas estereoisômeras da glicose → anômeros alfa e beta D-Glicose. ➢ Na cadeia aberta o carbono 1 não era quiral, e na cadeia fechada ele passa a ser ➢ O carbono 1 (do grupo funcional, que tinha a carbonila) é chamado de carbono anômerico porque é a partir dele que se formam os anômeros. – Ex: D Frutose ➢ Carbono 5 perde H da hidroxila para o oxigênio do carbono 2 ➢ Ligação covalente entre o carbono 2 e o oxigênio do carbono 5 – Formação dos anéis é resultado da reação química entre álcoois e grupos carbonilados (aldeídos e cetonas) para formar os hemiacetais ou hemicetais – Anômeros alfa e beta se interconvertem entre si em solução aquosa (mutarrotação). Uma forma de anel se abre brevemente na forma linear e então se fecha no outro anômero – Na forma linear do monossacarídeo, em equilíbrio com as formas cíclicas, o carbono anomérico é facilmente oxidável, tornando o composto um açúcar redutor Anômero alfa D Glicose. Formado em menor quantidade Anômero beta D Glicose. Formado em maior quantidade 1 2 3 4 5 6 Anéis→ – Aldo hexoses: formada anel de 6 membros. Anel pirano. Compostos chamados de piranoses. – Ceto hexoses: forma anel de 5 membros. Anel furânico. Compostos chamados de furanoses. – É possível haver a reação com dois álcoois. O primeiro vai formar o anel e quando houver reação com um segundo álcool, formará dissacarídeo (ligação glicosídica) – O produto da primeira adição é um hemiacetal (quando adicionado a uma aldose) ou um hemicetal (quando adicionado a uma cetose) com a formação do anel – Com a segunda adição de álcool, haverá formação de um cetal ou acetal completos a partir de ligação O-glicosídica (essa ligação protege o açúcar de sofrer oxidação). Formação de dissacarídeo – Ligações N – GLICOSÍDICAS: ocorrem quando o carbono anomérico se liga a um átomo de nitrogênio em glicoproteínas e nucleotídeos – Sofrer oxidação é ruim para as estruturas do organismo – Ligações glicosídicas são normalmente hidrolisadas por ácidos, mas resistem à clivagem por bases Monossacarídeos são agentes redutores→ – Eles são capazes de reduzir o íon cúprico e este oxida os monossacarídeos a uma complexa mistura de ácidos carboxílicos (reação que define um açúcar redutor) – A oxidação ocorre apenas na forma linear (açúcares redutores, alta reatividade) – Quando um carbono anomérico faz ligação glicosídica, o açúcar fica impedido de oxidar, ou seja, não consegue mais abrir para a forma linear e com isso não reduz substâncias. Não há mais interconversão entre as cadeias cíclicas e lineares – Ligação glicosídica gera açúcar não redutor – Dissacarídeos e polissacarídeos extremidade com carbono anomérico livre → (sem fazer ligação glicosídica) é chamada de extremidade redutora – A glicose é um açúcar redutor, e quando está no sangue pode reagir com outras moléculas, como proteínas, e acaba danificando-as. Danifica também epitélio de vasos. Isso é desvantajoso. – Os vegetais têm muito mais glicose que os animais, se o transporte de açúcar em vegetais ocorresse na forma de glicose, ocorreria redução de muitas estruturas, trazendo muito malefício. Então, em vegetais o transporte de açúcar não ocorre na forma de glicose, e, sim, na forma de sacarose (açúcar não redutor. – Cetona é menos redutora que o aldeído. Aldeído é redutor, causa redução em outros compostos se transformando em ácido carboxílico, sendo oxidado. Formação de dissacarídeos→ – Maltose: glicose + glicose – Lactose: glicose + galactose – Sacarose: glicose + frutose – Dois monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação O- GLICOSÍDICA – Ocorre com a reação de um álcool de um monossacarídeo com um carbono anomérico do outro monossacarídeo. Há formação de um acetal a partir de um hemiacetal, ou de cetal a partir de um hemicetal – Quando o carbono anomérico se liga a um outro monossacarídeo, a cadeia não se abre mais (não é mais possível a redução) Essa cadeia pode se abrir porque o carbono anomérico não está fazendo ligação glicosídica. É um açúcar redutor. O nome do composto começa com alfa porque o carbono anomérico tem origem no monossacarídeo alfa. 1 4 : → ligação glicosídica ocorre entre o carbono 1 e o carbono 4 Essa cadeia não se abre mais porque o carbono anomérico está fazendo ligação glicosídica. Não é um açúcar redutor. SACAROSE – Os dois carbonos anoméricos estão fazendo ligação glicosídica, ou seja, não tem nenhum carbono anomérico livre para ocorrer formação de cadeia linear por oxidação do açúcar – É um açúcar não redutor. Isso é benéfico para o armazenamento e transporte de energia nas plantas – Formada por plantas, animais não sintetizam LACTOSE – Ligação glicosídica entre o carbono 1 e 4 – Carbono anomérico disponível para oxidação – É um açúcar redutor – Intolerância a lactose: a lactose não é quebrada e não ocorre absorção de monossacarídeos no intestino. Esse dissacarídeo acaba sendo fonte de energia pra bactérias (fermentação) TREALOSE – Açúcar não redutor – Carbonos anoméricos ligados entre si MALTOSE – Ligação glicosídica entre o carbono 1 e 4 – É um açúcar redutor – Nomenclatura: Açúcar não redutor à esquerda 1) Alfa/beta (do carbono anomérico a esquerda) 2) Nome do açúcar não redutor + nome do anel (-sil) 3) Ligações entre parênteses (1 4)→ 4) Nome do segundo resíduo da mesma forma que o primeiro Extremidade não redutora. Carbono anomérico já esta ocupado, essa extremidade não é capaz de abrir. Extremidade redutora. Como o carbono anomérico não está fazendo ligação, essa parte é capaz de se abrir e causar redução/sofrer oxidação Polissacarídeos (glicanos)→ – Homopolissacarídeo: energia (amido, glicogênio), estrutura (celulose, quitina). Formado por um tipo de monossacarídeo. – Heteropolissacarídeo: estrutura (parece celular das bactérias é formadapor peptideoglicano duas unidades alternadas de monossacarídeos + peptídeo). → Formado por diferentes monossacarídeos. – Amido ➢ Homo polissacarídeo ➢ Conformação curva (alfa hélice) reage com o iodo, muda de cor. → Detecção de amido em substâncias amido é um adulterante de → alimentos) ➢ Formado por 2 polímeros de glicose: amilose e amilopectina ➢ Amilose: cadeias longas, não ramificadas, glicoses com ligações (alfa 1 4). Amilopectina: é muito ramificada. Cadeia normal com ligações alfas→ 1 4, nas ramificações as ligações são alfa 1 6→ → – Glicogênio ➢ Homopolissacarídeo ➢ Fígado (7% do peso do músculo, fornece glicose para o corpo), músculo (fornece glicose para o próprio músculo) ➢ Glicoses ligadas com alfa 1 → 4 na cadeia principal e com alfa 1 6 nas ramificações→ ➢ Estrutura muito ramificada ➢ As ramificações possuem glicoses NÃO REDUTORAS ➢ Tem apenas uma extremidade redutora ➢ Ter muitas ramificações não redutoras facilita a mobilização do glicogênio (se houvesse muitas extremidades redutoras, esses açúcares sofreriam oxidação e não haveria possibilidade de armazenamento) e é vantajoso para uma quebra rápida ➢ Quando o glicogênio é hidrolisado, as enzimas atacam as extremidades não redutoras, que são numerosas. Como elas são numerosas, é vantajoso para o animal por ser uma reserva que vai fornecer rapidamente energia. As enzimas podem atuar simultaneamente em várias extremidades, e isso acelera a quebra OBS: 1- Reserva de glicogênio no fígado dura mais ou menos 8 horas e a reserva de lipídio é longa, durando dias. Porque? Porque junto com o glicogênio se armazena muita água (por ser polar) e aumentaria o peso do corpo. Então para reserva de longo prazo se usa lipídio (composto apolar que não precisa de água para ser armazenado). 2- Saliva e secreção intestinal degradam ligações alfas 1 4 tanto do → amido quanto do glicogênio (alfa amilases e glicosidases) HOMO HETERO Normal Ramificado Normal Ramificado – Dextranas ➢ Homopolissacarídeo ➢ Presente em bactérias e leveduras ➢ Glicoses com ligações alfa 1 6 na cadeia principal e alfa 1 3 nas → → ramificações. Também pode ter alfa 1 2 e alfa 1 4 nas ramificações→ → ➢ Metabolismo bacteriano, aderência (moléculas adesivas. Permite que bactérias se grudem umas nas outras ou nos dentes de animais) – Celulose ➢ Homopolissacarídeo ➢ Insolúvel (A força que a ligação de hidrogênio traz faz com que a celulose seja insolúvel em água) ➢ Formada por beta D glicose com ligações betas 1 4. Linear, sem → ramificações ➢ Há muitas ligações de hidrogênio entre as cadeias e isso traz à fibra força e resistência que o amido não tem. ➢ Ligações betas 1 4 não são reconhecidas por enzimas humanas e isso → faz com que a gente não consiga digerir celulose. (cupins, fungos, ruminantes conseguem digerir celulose, possuem celulase) – Impedimento estérico impede a rotação em torno das ligações e isso define a solubilidade dos compostos ➢ No amido e no glicogênio, a forma mais estável permite a formação de cadeias curvas, e isso permite hidroxilas livres para fazer ligação de hidrogênio com água, o que dá a solubilidade ➢ Na celulose, o ângulo de rotação faz com que as cadeias fiquem retas e lado a lado, isso permite a formação de ligações de hidrogênio intercadeias e intracadeias e não sobra hidroxilas para fazer Ligações de Hidrogênio com a água, o que torna a celulose insolúvel. Isso traz resistência a tensão. – Quitina ➢ Homopolissacarídeo linear ➢ Ligações beta 1 4→ ➢ O grupo hidroxila do carbono 2 é substituído por um grupo amina acetilado Parede celular – Pectina ➢ Estão nas paredes celulares de plantas que produzem sementes ➢ Funcionam como uma combinação de celulose e hemicelulose ➢ Material de cimentação intercelular, dá rigidez maior à parede celular ➢ Quando o fruto não está maduro há muita pectina e a casca se torna dura. Quando ele vai amadurecendo, a pectina vai sendo quebrada pela enzima pectinase que se ativa com o amadurecimento do fruto. – Peptideoglicanos ➢ Parede celular de bactérias ➢ Heteropolímero ➢ Açúcar + proteína ➢ Açúcares: N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico (ligações glicosídicas beta 1 4)→ ➢ Os peptídeos responsáveis por ligar as cadeias de açúcares através de→ ligações cruzadas ➢ Protege a bactéria da lise osmótica (sem a parede celular, a bactéria explode) ➢ Lisozima rompe/hidrolisa a ligação beta 1 4→ ➢ Enzima transpeptidase é responsável por ligar a aminoácidos (bolinhas vermelhas = pentaglicina, 5 aminoácidos glicina. Bolinhas amarelas e azuis = outros aminoácidos) aos polissacarídeos. A penicilina inibe essa enzima e isso impede a formação das paredes celulares das bactérias. Assim, a bactéria se rompe (lise celular) ➢ Antibióticos e penicilina impedem as ligações cruzadas ➢ Não é uma glicoproteína porque não há a formação de uma proteína com forma tridimensional (com função). É apenas uma cadeia peptídica – Ágar ➢ Heteropolissacarídeo sulfatados ➢ D galactose + 1 derivado de L galactose. Unidos por ligações éter Glicoconjugados: proteoglicanos, glicoproteínas, → glicoesfingolipídeo 1) Glicoproteínas – Um ou alguns oligossacarídeos + proteínas (ligação covalente) Cadeia de açúcares – Encontradas na superfície externa da membrana plasmática (parte do glicocálice), na matriz extracelular e no sangue – Glicanos são menores, ramificados e mais estruturalmente diversos do que os gigantescos glicosaminoglicanos – Açúcar é ligado pelo seu carbono anomérico por uma ligação glicosídica com o OH de um resíduo serina ou treonina (lig. O-glicosídica) ou com asparagina (lig. N – glicosídica) – São ricas em informação (formam locais muito específicos para o reconhecimento e a ligação de alta afinidade por proteínas ligantes de carboidratos, chamadas de lectinas) – Compreendem o espectro inteiro das atividades das proteínas, incluindo enzimas, proteínas de transporte, receptores, hormônios e proteínas estruturais. – Os oligossacarídeos (glicanos) influenciam no enovelamento e estabilidade das proteínas, fornecem informações sobre o destino de proteínas recém- produzidas e permitem o reconhecimento de outras proteínas – As cadeias de carboidratos são geradas de forma enzimática e ligadas covalentemente ao polipeptídeo. Os açúcares podem se ligar em aminoácidos que tem o OH livre ou o grupo amino livre. – Quase todas as proteínas secretadas e associadas a membrana de células eucarióticas são glicosadas. – Os açucares podem estar ligados nas extremidades O terminal ou N terminal. Se for na extremidade O terminal a ligação será chamada de ligação O- glicosídica, e se for na extremidade N terminal, será ligação N glicosídica – A glicosilação pode afetar a estrutura, a estabilidade ou a atividade da proteína. – Glicoproteínas só estão presentes em seres eucariontes – Normalmente forma o glicocálice, e a parte de carboidrato fica para fora da célula – Mucinas: glicoproteínas que podem ter muitos oligossacarídeos O-ligadas – ex: imunoglobulinas, alguns hormônios (FSH, LH, TSH) – Vantagem das glicoproteínas: adição de oligossacarídeos altera a solubilidade das proteínas com as quais estão conjugadas Açúcares 2) Proteoglicanos – Macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular – Agem como organizadores de tecidos e influenciam atividades celulares ( de fatores de crescimento e adesão) – Glicanos grandes (glicosaminoglicano sulfatado) ligados covalentemente a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada – Estrutura: cerne proteico (proteína central) ligado covalentemente a um ou mais glicosaminoglicanos (eles se ligam a uma serina do cerne proteico) 3) glicoesfingolipídeos – Componentes da mp – Grupo hidrofílico é um oligossacarídeo Testes de detecção de carboidratos→ 1) Teste de Benedict detecta açúcares redutores→ – Monossacarídeo doa elétron pro cobre (reduz) e forma Cu2O (cor escura) – Reativo de benedicttem cobre na sua composição. – É muito usado para ver se tem glicose na urina – Reativo: CuSO4 . 5 H2O + Na2CO3 + Na3C6H5O7. Tem a cor azul quando sozinho – No teste de Benedict, espera-se um aumento na tonalidade da solução para uma cor amarronzada, o que significa alta concentração de glicose. 2) Teste de Lugol: detectar presença de amido – Reativo de lugol tem iodo na sua composição. O iodo se posiciona no centro do amido e fica com uma cor escura – Açucares com o grupo hemiacetal são açucares redutores. – Grupamento hemiacetal: carbono ligado a um OH, a um OXIGÊNIO que está ligado a outras coisas. Esse grupo tem a capacidade de se abrir e causar redução (forma linear tem a carbonila, e ela é redutora) – No teste com lugol ocorre clareamento da cor até o ponto em que ela ficará igual a cor do reativo controle, ponto esse que demonstra a total quebra do amido em glicoses Aumento de açúcar redutor
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