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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ CAMPUS CASTANHAL DIRETORIA DE ENSINO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHRIA DE ALIMENTOS BRUNO DA SILVA E SILVA CAIO AYRES DA SILVA LUCAS DE ALMEIDA DOS REIS MARIA FERNANDA DA CONCEIÇÃO NEVES PABLO FERNANDES CEZAR DE FREITAS MANUAL DE BPF (BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO) CASTANHAL-PA 2021 BRUNO DA SILVA E SILVA CAIO AYRES DA SILVA LUCAS DE ALMEIDA DOS REIS MARIA FERNANDA DA CONCEIÇÃO NEVES PABLO FERNANDES CEZAR DE FREITAS MANUAL DE BPF (BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO) Trabalho Acadêmico Avaliativo apresentado à disciplina de Higiene e Legislação de Alimentos pertencente ao curso Superior em Engenharia de Alimentos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, sob a orientação da Prof.ª. Dr.ª. Liliane Moreira Silva Gomes e o Prof. Ms. Wagner Marcelo Sousa Vinhote. CASTANHAL-PA 2021 Sumário 1 OS REQUISITOS SANITÁRIOS DOS EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES ......................... 4 2 LIMPEZA E SANITIZAÇÃO NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO: ....................................... 5 3 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS: ................................................................................. 6 4 O CONTROLE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO, INTEGRADO DE VALORES .... 7 5 PRAGAS HUMANAS ........................................................................................................ 8 5.1 HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES ....................................................... 8 5.1.1 Ensinamentos de higiene ...................................................................................... 8 5.1.2 Condições de saúde .............................................................................................. 9 5.1.3 Enfermidades contagiosas .................................................................................... 9 5.1.4 Ferimentos ............................................................................................................ 9 5.1.5 Lavagem das mãos................................................................................................ 9 5.1.6 Higiene pessoal ................................................................................................... 10 5.1.7 Conduta pessoal .................................................................................................. 10 5.1.8 Luvas .................................................................................................................. 10 5.1.9 Visitantes ............................................................................................................ 10 5.1.10 Supervisão .......................................................................................................... 10 6 GARANTIA DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL ................................................ 10 1 OS REQUISITOS SANITÁRIOS DOS EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permitam seu fechamento. As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais. As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos. Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica. As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento automático. As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual. Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 2 LIMPEZA E SANITIZAÇÃO NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO: As áreas de trabalho devem ser mantidas limpas o tempo todo, sendo que todos os funcionários colaboram com a conservação da limpeza. Os produtos de limpeza são devidamente identificadospor rótulos e guardados em local próprio e por pessoa responsável. Estes estão fora da área de processo. Todos os utensílios de limpeza são mantidos em locais próprios. Os equipamentos e utensílios da produção são mantidos sanitizados frequentemente de acordo com a produção e necessidade de uso dos mesmos. Os produtos de limpeza e sanitização são escolhidos de acordo com a finalidade. Estes produtos não são tóxicos e não transmite sabor ou odor a bebida. Estes são aplicados nos equipamentos e utensílios de forma que não contaminem ou danifiquem sua superfície e/ou produto. Os funcionários responsáveis pela sanitização dos equipamentos e utensílios utilizados nas áreas de produção são treinados para isto, eles são orientados, de acordo com os procedimentos. Estes funcionários também são orientados sobre os cuidados que devem ter com produto químico de sanitização, sendo instruídos, também, para utilizar protetores se segurança. É proibido colocar peças ou partes do equipamento diretamente sobre o piso. Estas devem estar sobre estantes ou mesas próprias. As tubulações utilizadas para levar bebidas para as linhas e as de água, também são saneadas conforme a produção. Os restos de produtos e embalagens são eliminados no ato evitando que este se acumule na área de produção. Todas as garrafas utilizadas no envase de bebidas passam por processo de sanitização, chamado de rinsagem, onde cada garrafa é limpa com água clorada, dependendo do tipo de utilização destas garrafas. Os Equipamentos portáteis e utensílios utilizados no processo, como: colheres, espátulas, tubos, etc. são conservados em solução sanitizante. 3 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS: Os equipamentos e utensílios das áreas de manipulação da cerveja, que possam entrar em contato com ela, devem ser constituídos de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores nem sabores, e sejam impermeabilizados, bem como resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. As superfícies deverão ser lisas e isentas de imperfeições (fendas, amassaduras etc.), que possam comprometer a higiene da bebida ou causar contaminação. Devem ser evitados o uso de madeira e outros materiais que não possam ser limpos e desinfetados adequadamente, a menos que não constituam comprovada fonte de contaminação. Deverá ser evitado o uso de materiais de diferentes naturezas, a fim de que não se produza a corrosão por contato. Todos os equipamentos e utensílios deverão apresentar formato e estrutura que assegurem a higiene, permitindo a completa limpeza e desinfecção e, quando possível, deverão estar visíveis, para facilitar a inspeção. Os equipamentos fixos deverão ser instalados de modo que permitam acesso fácil e limpeza profunda, além do que deverão ser usados, exclusivamente, para os fins a que foram projetados. Os recipientes para matérias não comestíveis e resíduos deverão ser feitos de metal ou qualquer outro material não absorvente e resistente ao ataque de agentes físicos 36 ou químicos. Deverão ser de fácil limpeza e de eliminação do conteúdo, e suas estruturas e vedações terão de garantir que não ocorram perdas nem emanações. Os equipamentos e utensílios empregados para matérias não comestíveis ou resíduos deverão ser marcados com a indicação do seu uso e não poderão ser usados para produtos comestíveis. Referente aos locais refrigerados deverá estar provido de um termômetro de máxima e de mínima ou de dispositivos de registro da temperatura, para assegurar a uniformidade da temperatura na conservação das matérias-primas e produtos e durante os processos industriais. Quanto ao equipamento que necessite de lubrificação, o mesmo é próprio para indústria alimentícia e utilizada em pequenas quantidades para que não comprometa a qualidade do produto. Os equipamentos precisam de manutenções preventivas evitando que parafusos, porcas, rebites ou partes móveis não possam cair acidentalmente nos produtos. Equipamentos usados para esterilizar, pasteurizar e resfriar, são projetados para permitir que sua temperatura necessária seja alcançada em tempo adequado e seja mantida. Estes processos são controlados e monitorados por pessoas treinadas. Para os equipamentos que possuem instalações elétricas e hidráulicas, devem ser monitorados com o intuito de evitar danos ao equipamento e as pessoas que o operam. Estas instalações devem ser periodicamente revisadas por pessoal habilitado, e em caso de defeito, estes são chamados. 4 O CONTROLE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO, INTEGRADO DE VALORES Controle da Água (Portaria 518/1469 / MS) Água potável - água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde. Entende-se por água tratada: ● Água de rede de abastecimento clorada (0,5 ppm e chegar até a caixa d’água com 0,2 ppm de cloro no mínimo); ● Água fervida por 2 minutos; ● Água filtrada e clorada (Hipoclorito de Sódio 1,5 a 2,5 mg/l); ● Ausência de coliformes totais e fecais; ● Cloro Residual no mínimo 0,2 mg/L. É obrigatório a existência de reservatório de água. O reservatório não deve ter rachaduras e deve ser mantido sempre tampado, devendo ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: ❖ Quando for instalado; ❖ Durante um período de 6 meses; ❖ Na ocorrência de incidentes que possam causar a contaminação da água (animais, sujeira). Procedimento Operacional Padronizado ➔ Reservatório de água: tem que ser higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação. ➔ Higienização do reservatório: higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, certificado de execução do serviço 5 PRAGAS HUMANAS Segundo a resolução N° 216, DE 15 de setembro de 2004. A agroindústria deve se atentar as medidas cautelares para evitar o surgimento de pragas e vetores, no ambiente de produção e armazenamento, tendo em mente que alguns pequenas exceções necessitem de uma manutenção atenciosa. Que pode ser menos corriqueira, se forem adotadas algumas instalações de segurança, como telas entre forros e telhados, abertura mínima inferior das portas com dispositivos que inibem a entrada de pragas rasteiras, presença de placas cegas em caixas de luz sem uso (para previsão de novas instalações de tomadas/interruptores/luminárias quando necessárias), afastamentos mútuos de paletes/estantes entre outros paletes/estantes e paredes, o que proporciona espaço para limpeza adequada (prevenção de ninhos de pragas) e manutenção periódica de rejuntes entre placas cerâmicas de parede e pisos para evitar a formação de ninhos de formigas (que fazem ninhos pelos rejuntes). O armazenamento da matéria prima também deve ser bem verificado, já que pode trazer pragas direto do produtor. Os resíduos também devem ser separados da forma correta e destinadas ao seu tratamento específico, o mais rápido possível, assim evitando focos de contaminação e um ambientar propício para a proliferação das pragas. 5.1 HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES 5.1.1 Ensinamentos de higiene A direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as pessoas que manipulem os produtos recebam instrução adequada e contínua em matéria higiênico-sanitária na manipulação dos produtos e higiene pessoal, a fim de que saibam adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos produtos. 5.1.2 Condições de saúde A constatação ou suspeita de que o manipulador apresente alguma enfermidade ou problema de saúde que possa resultar na transmissão de perigos aos produtos, ou mesmo que sejam portadores sãos, deve-se impedi-lo de entrar em qualquer área de produção ou operação de produtos, se existir a probabilidade de contaminação dos mesmos. Qualquer pessoa que esteja nessas condições deverá comunicar imediatamente à direção do estabelecimento sobre suacondição de saúde. As pessoas que mantêm contato com os produtos durante seu trabalho devem submeter-se aos exames médicos e laboratoriais que avaliem a sua condição de saúde antes do início de sua atividade e/ou periodicamente, após o início das mesmas. O exame médico e laboratorial dos manipuladores deve ser exigido também em outras ocasiões em que houver indicação, por razões clínicas ou epidemiológicas. 5.1.3 Enfermidades contagiosas A direção tomará as medidas necessárias para que não se permita a nenhuma pessoa que se saiba, ou se suspeite que padeça, ou seja vetor de uma enfermidade suscetível de transmitir- se aos produtos, ou seja, apresente feridas infectadas, infecções cutâneas, chagas ou diarreias, trabalhar em qualquer área de manipulação de produtos em que haja risco direto ou indireto de contaminar os produtos por micro-organismos patogênicos, até que obtenha alta médica. Toda pessoa que se encontre nestas condições deve comunicar imediatamente à direção do estabelecimento sobre o seu estado físico. 5.1.4 Ferimentos Nenhuma pessoa portadora de ferimentos poderá continuar manipulando produtos, ou superfícies em contato com os produtos, até que se determine sua reincorporação por determinação profissional competente. 5.1.5 Lavagem das mãos Toda pessoa que trabalhe em área de manipulação de cerveja deverá, enquanto em serviço, lavar as mãos de maneira frequente e cuidadosa, com agentes de limpeza autorizados e em água corrente e potável fria, ou fria e quente. Esta pessoa deverá lavar as mãos antes do início dos trabalhos, imediatamente após o uso dos sanitários, após manipular material contaminado, e sempre que seja necessário. Deverá lavar e desinfetar as mãos imediatamente após a manipulação de qualquer material contaminante que possa transmitir enfermidades. Deverão ser colocados avisos que indiquem a obrigação de lavarem-se as mãos. Deverá ser realizado controle adequado para garantir o cumprimento dessas exigências. 5.1.6 Higiene pessoal Toda pessoa que trabalhe em uma área de produção da bebida deverá manter uma esmerada higiene pessoal, e em todas as etapas, durante o trabalho, deverá manter-se uniformizado, protegido, calçado adequadamente e com os cabelos cobertos. Todos os elementos do uniforme deverão ser laváveis, a menos que sejam descartáveis, e manterem-se limpos de acordo com a natureza dos trabalhos que desempenhe. Durante a manipulação das matérias-primas da cerveja devem ser retirados todos os objetos de adorno. 5.1.7 Conduta pessoal Nas áreas de manipulação da bebida deverá ser proibido todo ato que possa originar uma contaminação desses produtos, tais como comer, fumar, cuspir ou outras práticas anti- higiênicas. 5.1.8 Luvas Se para manipular a bebida forem usadas luvas, estas deverão ser mantidas em perfeitas condições de limpeza e higiene. O uso das luvas não dispensa o operário da obrigação de lavar as mãos cuidadosamente. 5.1.9 Visitantes Incluem-se nesta categoria todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde se manipulem a bebida. Deverão ser tomadas precauções para impedir que os visitantes contaminem os produtos nas áreas onde estes são manipulados. As precauções podem incluir o uso de roupas protetoras. Os visitantes devem cumprir as disposições recomendadas referentes à sua higiene e conduta pessoal. 5.1.10 Supervisão As responsabilidades do cumprimento dos requisitos descritos acima são de responsabilidade do supervisor competente. 6 GARANTIA DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL Todos os anos, centenas de bebidas são recolhidas devido à contaminação cruzada com alérgenos, deterioração e fermentação, medo de contaminação do plástico, uso de químicos banidos e outras preocupações de segurança. Para salvaguardar a qualidade das bebidas fornecidas ao mercado, os fabricantes têm de garantir a conformidade dos componentes do produto, processos de produção e embalamento em todas as fases. A Garantia da qualidade é um dos setores considerados mais relevantes da indústria de bebidas. Está no topo da cadeia produtiva: desde a seleção do fornecedor dos insumos e materiais de embalagem, passando por todas as etapas do processo de fabricação até a liberação final do produto para o mercado. A garantia da qualidade está presente durante todo o transporte por meio da qualificação das transportadoras, da qualificação do cliente até chegar ao consumidor final, inclusive no atendimento às necessidades e reclamações desse consumidor. Esse setor, sem um sistema da qualidade bem definido e implementado na empresa, com políticas e diretrizes alinhadas com a alta direção, juntamente com um trabalho de conscientização de todos que fazem parte da cadeia produtiva, é impossível garantir a eficácia necessária ao processo e, consequentemente, ao produto final. A garantia da qualidade visa garantir que os produtos de uma indústria de bebidas estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para que possam ser utilizados no consumo da população e, para isso, deve cumprir com todas as normas técnicas, as legislações vigentes, os guias internacionais de qualidade. A manutenção da qualidade exige cada vez mais investimentos muito expressivos à medida que novos conhecimentos são aprimorados, novas tecnologias vão sendo desenvolvidas, novos concorrentes surgem no mercado, além de que novas exigências técnicas vão sendo estabelecidas e as normas vão ficando cada vez mais pesadas. Portanto, todas as decisões imprescindíveis para a garantia de uma melhoria contínua dos processos e da qualidade dos produtos exigem o envolvimento e a participação, não só da gerência técnica, mas também dos altos administradores da organização. Rotinas da garantia da qualidade E necessário sempre a constante evolução da área. Com isso é preciso buscar melhorias contínuas nos processos, com o desenvolvimento e implementação de indicadores que permitam monitorar a conformidade dos processos. Como principais atividades da Garantia da Qualidade, tem-se: • Qualificação de fornecedores; • Auto inspeções e auditorias de qualidade; • Validação e qualificação; • Investigação de desvios e adoção de medidas preventivas e corretivas junto às áreas envolvidas; • Tratamento das reclamações de mercado recebidas; • Coordenação do sistema de controle de mudanças; • Revisão periódica de produtos; • Gerenciamento do Sistema de Procedimentos Operacional Padrão (POP); • Treinamento em Boas Práticas de Fabricação; • Revisão da documentação de lotes produzidos; e • Liberação de produtos para o mercado. Identificação dos erros através da Garantia da Qualidade Dentro de uma indústria de bebidas podem existir os mais variados tipos de erros, e é por isso que as chances de erro diminuem quando há uma sistemática para identificação e tratamento de desvios, condução de investigações e planos de ação implementados de maneira robusta e, principalmente, quando toda essa sistemática está claramente divulgada a todos os colaboradores da empresa, e conta com a participação ativa deles. Para todo tipo de desvio ocorrido há um impacto, que pode ser menor, maior ou crítico, dependendo da gravidade. Quando o desvio ocorre e o produto final ainda está dentro da fábrica, é bem mais fácil tratar esse desvio e propor as ações corretivas e preventivas. Mas, quando acontece um desvio que não foi identificado, ou que não houve uma investigação bem feita a ponto de descobrir a causa raiz específica daquele problema (e com isso não ter estabelecido a ação mais apropriada e eficaz para o erro), temos um grande problema, principalmente, se o produto já estiver sido liberado para o mercado. Neste caso, qualquer tipo de desvio de qualidade com o produto vai exigir seu recolhimento no mercado, o que traz uma percepção ruim pelo consumidor da imagem da empresa. Com isso os processos são avaliados e garantidos por meio de açõese intervenções de um departamento, assim, qualquer ação que não tenha recebido atenção adequada irá impactar na saúde e na vida do consumidor, que receberá o produto comercializado. Logo a um controle da qualidade para todas as categorias de bebidas, ajudando as marcas e revendedores a preservarem a qualidade do produto, desde a fábrica à prateleira. Onde é realizado inspeções no local, auditorias e testes de laboratório para garantir que as bebidas são fabricadas, armazenadas e transportadas de acordo com as suas especificações, e que vão de encontro às normas de segurança do seu mercado de destino. Como por exemplo: • Monitorização da produção e controlo do processo • Auditoria da higiene • Verificações de embalamento • Testes microbiológicos • Testes para identificar pesticidas, metais pesados e outros contaminantes • Tempo de vida na prateleira e estabilidade • Testes químicos e radiológicos
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