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MANUAL DE BPF (BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO)

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
DO PARÁ CAMPUS CASTANHAL 
DIRETORIA DE ENSINO 
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHRIA DE ALIMENTOS 
 
 
 
 
 
BRUNO DA SILVA E SILVA 
CAIO AYRES DA SILVA 
LUCAS DE ALMEIDA DOS REIS 
MARIA FERNANDA DA CONCEIÇÃO NEVES 
PABLO FERNANDES CEZAR DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE BPF (BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTANHAL-PA 
2021 
BRUNO DA SILVA E SILVA 
CAIO AYRES DA SILVA 
LUCAS DE ALMEIDA DOS REIS 
MARIA FERNANDA DA CONCEIÇÃO NEVES 
PABLO FERNANDES CEZAR DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE BPF (BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO) 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Acadêmico Avaliativo apresentado à 
disciplina de Higiene e Legislação de Alimentos 
pertencente ao curso Superior em Engenharia de 
Alimentos, do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, sob a 
orientação da Prof.ª. Dr.ª. Liliane Moreira Silva 
Gomes e o Prof. Ms. Wagner Marcelo Sousa 
Vinhote. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTANHAL-PA 
2021 
Sumário 
1 OS REQUISITOS SANITÁRIOS DOS EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES ......................... 4 
2 LIMPEZA E SANITIZAÇÃO NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO: ....................................... 5 
3 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS: ................................................................................. 6 
4 O CONTROLE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO, INTEGRADO DE VALORES .... 7 
5 PRAGAS HUMANAS ........................................................................................................ 8 
5.1 HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES ....................................................... 8 
5.1.1 Ensinamentos de higiene ...................................................................................... 8 
5.1.2 Condições de saúde .............................................................................................. 9 
5.1.3 Enfermidades contagiosas .................................................................................... 9 
5.1.4 Ferimentos ............................................................................................................ 9 
5.1.5 Lavagem das mãos................................................................................................ 9 
5.1.6 Higiene pessoal ................................................................................................... 10 
5.1.7 Conduta pessoal .................................................................................................. 10 
5.1.8 Luvas .................................................................................................................. 10 
5.1.9 Visitantes ............................................................................................................ 10 
5.1.10 Supervisão .......................................................................................................... 10 
6 GARANTIA DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL ................................................ 10 
 
 
 
1 OS REQUISITOS SANITÁRIOS DOS EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES 
A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo 
ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as 
operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações 
deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. 
O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as 
operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros 
meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. 
As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, 
impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, 
trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem 
transmitir contaminantes aos alimentos. 
As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de 
preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As 
aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema 
de exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas 
urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. 
As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede 
de esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem 
possuir dispositivo que permitam seu fechamento. 
As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de 
resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos 
e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. 
As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso 
ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. 
A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as 
atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos 
alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser 
apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais. 
As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e 
íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. 
A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de 
fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que 
possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir 
diretamente sobre os alimentos. 
Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos 
componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e 
periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação 
específica. 
As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a área 
de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados 
e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento 
automático. 
As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos 
destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro antisséptico 
ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico e toalhas de papel não reciclado ou outro 
sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados 
de tampa e acionados sem contato manual. 
Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, 
em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente 
de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido 
inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, toalhas de papel não 
reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado 
sem contato manual. 
Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser 
de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, 
conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de 
conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 
 
2 LIMPEZA E SANITIZAÇÃO NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO: 
As áreas de trabalho devem ser mantidas limpas o tempo todo, sendo que todos os 
funcionários colaboram com a conservação da limpeza. Os produtos de limpeza são 
devidamente identificadospor rótulos e guardados em local próprio e por pessoa responsável. 
Estes estão fora da área de processo. Todos os utensílios de limpeza são mantidos em locais 
próprios. 
Os equipamentos e utensílios da produção são mantidos sanitizados frequentemente de 
acordo com a produção e necessidade de uso dos mesmos. Os produtos de limpeza e sanitização 
são escolhidos de acordo com a finalidade. Estes produtos não são tóxicos e não transmite sabor 
ou odor a bebida. Estes são aplicados nos equipamentos e utensílios de forma que não 
contaminem ou danifiquem sua superfície e/ou produto. Os funcionários responsáveis pela 
sanitização dos equipamentos e utensílios utilizados nas áreas de produção são treinados para 
isto, eles são orientados, de acordo com os procedimentos. Estes funcionários também são 
orientados sobre os cuidados que devem ter com produto químico de sanitização, sendo 
instruídos, também, para utilizar protetores se segurança. 
É proibido colocar peças ou partes do equipamento diretamente sobre o piso. Estas 
devem estar sobre estantes ou mesas próprias. As tubulações utilizadas para levar bebidas para 
as linhas e as de água, também são saneadas conforme a produção. Os restos de produtos e 
embalagens são eliminados no ato evitando que este se acumule na área de produção. Todas as 
garrafas utilizadas no envase de bebidas passam por processo de sanitização, chamado de 
rinsagem, onde cada garrafa é limpa com água clorada, dependendo do tipo de utilização destas 
garrafas. Os Equipamentos portáteis e utensílios utilizados no processo, como: colheres, 
espátulas, tubos, etc. são conservados em solução sanitizante. 
3 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS: 
 Os equipamentos e utensílios das áreas de manipulação da cerveja, que possam entrar 
em contato com ela, devem ser constituídos de materiais que não transmitam substâncias 
tóxicas, odores nem sabores, e sejam impermeabilizados, bem como resistentes à corrosão e a 
repetidas operações de limpeza e desinfecção. As superfícies deverão ser lisas e isentas de 
imperfeições (fendas, amassaduras etc.), que possam comprometer a higiene da bebida ou 
causar contaminação. Devem ser evitados o uso de madeira e outros materiais que não possam 
ser limpos e desinfetados adequadamente, a menos que não constituam comprovada fonte de 
contaminação. Deverá ser evitado o uso de materiais de diferentes naturezas, a fim de que não 
se produza a corrosão por contato. 
Todos os equipamentos e utensílios deverão apresentar formato e estrutura que 
assegurem a higiene, permitindo a completa limpeza e desinfecção e, quando possível, deverão 
estar visíveis, para facilitar a inspeção. Os equipamentos fixos deverão ser instalados de modo 
que permitam acesso fácil e limpeza profunda, além do que deverão ser usados, exclusivamente, 
para os fins a que foram projetados. 
 Os recipientes para matérias não comestíveis e resíduos deverão ser feitos de metal ou 
qualquer outro material não absorvente e resistente ao ataque de agentes físicos 36 ou químicos. 
Deverão ser de fácil limpeza e de eliminação do conteúdo, e suas estruturas e vedações terão 
de garantir que não ocorram perdas nem emanações. Os equipamentos e utensílios empregados 
para matérias não comestíveis ou resíduos deverão ser marcados com a indicação do seu uso e 
não poderão ser usados para produtos comestíveis. 
Referente aos locais refrigerados deverá estar provido de um termômetro de máxima e 
de mínima ou de dispositivos de registro da temperatura, para assegurar a uniformidade da 
temperatura na conservação das matérias-primas e produtos e durante os processos industriais. 
Quanto ao equipamento que necessite de lubrificação, o mesmo é próprio para indústria 
alimentícia e utilizada em pequenas quantidades para que não comprometa a qualidade do 
produto. Os equipamentos precisam de manutenções preventivas evitando que parafusos, 
porcas, rebites ou partes móveis não possam cair acidentalmente nos produtos. Equipamentos 
usados para esterilizar, pasteurizar e resfriar, são projetados para permitir que sua temperatura 
necessária seja alcançada em tempo adequado e seja mantida. Estes processos são controlados 
e monitorados por pessoas treinadas. Para os equipamentos que possuem instalações elétricas e 
hidráulicas, devem ser monitorados com o intuito de evitar danos ao equipamento e as pessoas 
que o operam. Estas instalações devem ser periodicamente revisadas por pessoal habilitado, e 
em caso de defeito, estes são chamados. 
 
4 O CONTROLE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO, INTEGRADO DE 
VALORES 
Controle da Água (Portaria 518/1469 / MS) 
Água potável - água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, 
químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde. 
Entende-se por água tratada: 
● Água de rede de abastecimento clorada (0,5 ppm e chegar até a caixa 
d’água com 0,2 ppm de cloro no mínimo); 
● Água fervida por 2 minutos; 
● Água filtrada e clorada (Hipoclorito de Sódio 1,5 a 2,5 mg/l); 
● Ausência de coliformes totais e fecais; 
● Cloro Residual no mínimo 0,2 mg/L. 
 
É obrigatório a existência de reservatório de água. 
O reservatório não deve ter rachaduras e deve ser mantido sempre tampado, devendo 
ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: 
❖ Quando for instalado; 
❖ Durante um período de 6 meses; 
❖ Na ocorrência de incidentes que possam causar a contaminação da água 
(animais, sujeira). 
 
Procedimento Operacional Padronizado 
➔ Reservatório de água: tem que ser higienizado, em um intervalo 
máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação. 
➔ Higienização do reservatório: higienizado, em um intervalo máximo de 
seis meses, certificado de execução do serviço 
 
 
5 PRAGAS HUMANAS 
Segundo a resolução N° 216, DE 15 de setembro de 2004. A agroindústria deve se 
atentar as medidas cautelares para evitar o surgimento de pragas e vetores, no ambiente de 
produção e armazenamento, tendo em mente que alguns pequenas exceções necessitem de uma 
manutenção atenciosa. Que pode ser menos corriqueira, se forem adotadas algumas instalações 
de segurança, como telas entre forros e telhados, abertura mínima inferior das portas com 
dispositivos que inibem a entrada de pragas rasteiras, presença de placas cegas em caixas de 
luz sem uso (para previsão de novas instalações de tomadas/interruptores/luminárias 
quando necessárias), afastamentos mútuos de paletes/estantes entre outros 
paletes/estantes e 
paredes, o que proporciona espaço para limpeza adequada (prevenção de ninhos de 
pragas) e manutenção periódica de rejuntes entre placas cerâmicas de parede e pisos para evitar 
a formação de ninhos de formigas (que fazem ninhos pelos rejuntes). O armazenamento da 
matéria prima também deve ser bem verificado, já que pode trazer pragas direto do produtor. 
Os resíduos também devem ser separados da forma correta e destinadas ao seu 
tratamento específico, o mais rápido possível, assim evitando focos de contaminação e um 
ambientar propício para a proliferação das pragas. 
5.1 HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES 
5.1.1 Ensinamentos de higiene 
A direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as pessoas que 
manipulem os produtos recebam instrução adequada e contínua em matéria higiênico-sanitária 
na manipulação dos produtos e higiene pessoal, a fim de que saibam adotar as precauções 
necessárias para evitar a contaminação dos produtos. 
5.1.2 Condições de saúde 
A constatação ou suspeita de que o manipulador apresente alguma enfermidade ou 
problema de saúde que possa resultar na transmissão de perigos aos produtos, ou mesmo que 
sejam portadores sãos, deve-se impedi-lo de entrar em qualquer área de produção ou operação 
de produtos, se existir a probabilidade de contaminação dos mesmos. Qualquer pessoa que 
esteja nessas condições deverá comunicar imediatamente à direção do estabelecimento sobre 
suacondição de saúde. As pessoas que mantêm contato com os produtos durante seu trabalho 
devem submeter-se aos exames médicos e laboratoriais que avaliem a sua condição de saúde 
antes do início de sua atividade e/ou periodicamente, após o início das mesmas. 
O exame médico e laboratorial dos manipuladores deve ser exigido também em outras 
ocasiões em que houver indicação, por razões clínicas ou epidemiológicas. 
5.1.3 Enfermidades contagiosas 
A direção tomará as medidas necessárias para que não se permita a nenhuma pessoa que 
se saiba, ou se suspeite que padeça, ou seja vetor de uma enfermidade suscetível de transmitir-
se aos produtos, ou seja, apresente feridas infectadas, infecções cutâneas, chagas ou diarreias, 
trabalhar em qualquer área de manipulação de produtos em que haja risco direto ou indireto de 
contaminar os produtos por micro-organismos patogênicos, até que obtenha alta médica. Toda 
pessoa que se encontre nestas condições deve comunicar imediatamente à direção do 
estabelecimento sobre o seu estado físico. 
5.1.4 Ferimentos 
Nenhuma pessoa portadora de ferimentos poderá continuar manipulando produtos, ou 
superfícies em contato com os produtos, até que se determine sua reincorporação por 
determinação profissional competente. 
5.1.5 Lavagem das mãos 
Toda pessoa que trabalhe em área de manipulação de cerveja deverá, enquanto em 
serviço, lavar as mãos de maneira frequente e cuidadosa, com agentes de limpeza autorizados 
e em água corrente e potável fria, ou fria e quente. Esta pessoa deverá lavar as mãos antes do 
início dos trabalhos, imediatamente após o uso dos sanitários, após manipular material 
contaminado, e sempre que seja necessário. Deverá lavar e desinfetar as mãos imediatamente 
após a manipulação de qualquer material contaminante que possa transmitir enfermidades. 
Deverão ser colocados avisos que indiquem a obrigação de lavarem-se as mãos. Deverá ser 
realizado controle adequado para garantir o cumprimento dessas exigências. 
5.1.6 Higiene pessoal 
Toda pessoa que trabalhe em uma área de produção da bebida deverá manter uma 
esmerada higiene pessoal, e em todas as etapas, durante o trabalho, deverá manter-se 
uniformizado, protegido, calçado adequadamente e com os cabelos cobertos. 
Todos os elementos do uniforme deverão ser laváveis, a menos que sejam descartáveis, 
e manterem-se limpos de acordo com a natureza dos trabalhos que desempenhe. Durante a 
manipulação das matérias-primas da cerveja devem ser retirados todos os objetos de adorno. 
5.1.7 Conduta pessoal 
Nas áreas de manipulação da bebida deverá ser proibido todo ato que possa originar 
uma contaminação desses produtos, tais como comer, fumar, cuspir ou outras práticas anti-
higiênicas. 
5.1.8 Luvas 
Se para manipular a bebida forem usadas luvas, estas deverão ser mantidas em perfeitas 
condições de limpeza e higiene. O uso das luvas não dispensa o operário da obrigação de lavar 
as mãos cuidadosamente. 
5.1.9 Visitantes 
Incluem-se nesta categoria todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde 
se manipulem a bebida. Deverão ser tomadas precauções para impedir que os visitantes 
contaminem os produtos nas áreas onde estes são manipulados. As precauções podem incluir o 
uso de roupas protetoras. Os visitantes devem cumprir as disposições recomendadas referentes 
à sua higiene e conduta pessoal. 
5.1.10 Supervisão 
As responsabilidades do cumprimento dos requisitos descritos acima são de 
responsabilidade do supervisor competente. 
 
6 GARANTIA DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL 
Todos os anos, centenas de bebidas são recolhidas devido à contaminação cruzada com 
alérgenos, deterioração e fermentação, medo de contaminação do plástico, uso de químicos 
banidos e outras preocupações de segurança. Para salvaguardar a qualidade das bebidas 
fornecidas ao mercado, os fabricantes têm de garantir a conformidade dos componentes do 
produto, processos de produção e embalamento em todas as fases. 
A Garantia da qualidade é um dos setores considerados mais relevantes da indústria de 
bebidas. Está no topo da cadeia produtiva: desde a seleção do fornecedor dos insumos e 
materiais de embalagem, passando por todas as etapas do processo de fabricação até a liberação 
final do produto para o mercado. A garantia da qualidade está presente durante todo o transporte 
por meio da qualificação das transportadoras, da qualificação do cliente até chegar ao 
consumidor final, inclusive no atendimento às necessidades e reclamações desse consumidor. 
Esse setor, sem um sistema da qualidade bem definido e implementado na empresa, com 
políticas e diretrizes alinhadas com a alta direção, juntamente com um trabalho de 
conscientização de todos que fazem parte da cadeia produtiva, é impossível garantir a eficácia 
necessária ao processo e, consequentemente, ao produto final. 
A garantia da qualidade visa garantir que os produtos de uma indústria de bebidas 
estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para que possam ser utilizados no consumo 
da população e, para isso, deve cumprir com todas as normas técnicas, as legislações vigentes, 
os guias internacionais de qualidade. 
A manutenção da qualidade exige cada vez mais investimentos muito expressivos à 
medida que novos conhecimentos são aprimorados, novas tecnologias vão sendo 
desenvolvidas, novos concorrentes surgem no mercado, além de que novas exigências técnicas 
vão sendo estabelecidas e as normas vão ficando cada vez mais pesadas. Portanto, todas as 
decisões imprescindíveis para a garantia de uma melhoria contínua dos processos e da qualidade 
dos produtos exigem o envolvimento e a participação, não só da gerência técnica, mas também 
dos altos administradores da organização. 
 
Rotinas da garantia da qualidade 
E necessário sempre a constante evolução da área. Com isso é preciso buscar melhorias 
contínuas nos processos, com o desenvolvimento e implementação de indicadores que 
permitam monitorar a conformidade dos processos. Como principais atividades da Garantia da 
Qualidade, tem-se: 
 
• Qualificação de fornecedores; 
• Auto inspeções e auditorias de qualidade; 
• Validação e qualificação; 
• Investigação de desvios e adoção de medidas preventivas e corretivas junto às 
áreas envolvidas; 
• Tratamento das reclamações de mercado recebidas; 
• Coordenação do sistema de controle de mudanças; 
• Revisão periódica de produtos; 
• Gerenciamento do Sistema de Procedimentos Operacional Padrão (POP); 
• Treinamento em Boas Práticas de Fabricação; 
• Revisão da documentação de lotes produzidos; e 
• Liberação de produtos para o mercado. 
 
Identificação dos erros através da Garantia da Qualidade 
Dentro de uma indústria de bebidas podem existir os mais variados tipos de erros, e é 
por isso que as chances de erro diminuem quando há uma sistemática para identificação e 
tratamento de desvios, condução de investigações e planos de ação implementados de maneira 
robusta e, principalmente, quando toda essa sistemática está claramente divulgada a todos os 
colaboradores da empresa, e conta com a participação ativa deles. 
Para todo tipo de desvio ocorrido há um impacto, que pode ser menor, maior ou crítico, 
dependendo da gravidade. Quando o desvio ocorre e o produto final ainda está dentro da fábrica, 
é bem mais fácil tratar esse desvio e propor as ações corretivas e preventivas. Mas, quando 
acontece um desvio que não foi identificado, ou que não houve uma investigação bem feita a 
ponto de descobrir a causa raiz específica daquele problema (e com isso não ter estabelecido a 
ação mais apropriada e eficaz para o erro), temos um grande problema, principalmente, se o 
produto já estiver sido liberado para o mercado. Neste caso, qualquer tipo de desvio de 
qualidade com o produto vai exigir seu recolhimento no mercado, o que traz uma percepção 
ruim pelo consumidor da imagem da empresa. 
Com isso os processos são avaliados e garantidos por meio de açõese intervenções de 
um departamento, assim, qualquer ação que não tenha recebido atenção adequada irá impactar 
na saúde e na vida do consumidor, que receberá o produto comercializado. Logo a um controle 
da qualidade para todas as categorias de bebidas, ajudando as marcas e revendedores a 
preservarem a qualidade do produto, desde a fábrica à prateleira. Onde é realizado inspeções 
no local, auditorias e testes de laboratório para garantir que as bebidas são fabricadas, 
armazenadas e transportadas de acordo com as suas especificações, e que vão de encontro às 
normas de segurança do seu mercado de destino. Como por exemplo: 
• Monitorização da produção e controlo do processo 
• Auditoria da higiene 
• Verificações de embalamento 
• Testes microbiológicos 
• Testes para identificar pesticidas, metais pesados e outros contaminantes 
• Tempo de vida na prateleira e estabilidade 
• Testes químicos e radiológicos

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