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Número de referência © ABNT 2020 ABNT NBR 16868-3:2020 ABNT NBR 16868-3 Primeira edição 10.08.2020 Alvenaria estrutural Parte 3: Métodos de ensaio Structural masonry Part 3: Test methods NORMA BRASILEIRA 39 páginas ICS 91.080.30 ISBN 978-65-5659-398-2 D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ii ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados © ABNT 2020 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA iii ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados Sumário Página Prefácio ...............................................................................................................................................iv 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Referências normativas .....................................................................................................1 3 Termos e definições ...........................................................................................................1 4 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de paredes .......................2 5 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas paredes ......8 6 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de prismas .....................12 7 Ensaio para a determinação da resistência ao cisalhamento de paredes .................17 8 Ensaio para a determinação da resistência à flexão simples e à flexocompressão de paredes ........................................................................................................................23 9 Ensaio para a determinação da resistência à tração na flexão de prismas ...............28 Anexo A (normativo) Cálculo da resistência característica ............................................................34 Anexo B (normativo) Procedimento para extração de corpo de prova testemunha em alvenaria executada ...................................................................................................36 B.1 Princípio ............................................................................................................................36 B.2 Preparação ........................................................................................................................36 B.3 Execução do ensaio .........................................................................................................36 D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA iv ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 16868-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural (CE-002:123.010) em conjunto com o Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha (ABNT/CB-179). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 20.02.2020 a 20.04.2020. A ABNT NBR 16868-3 cancela e substitui as ABNT NBR 15812-3:2017 e ABNT NBR 16522:2016. Esta ABNT NBR 16868-3:2020 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados para aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação como Norma Brasileira, nem àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após esta data. A ABNT NBR 16868, sob o título geral “Alvenaria estrutural”, tem previsão de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execução e controle de obras; — Parte 3: Métodos de ensaio; — Parte 4: Estrutura em situação de incêndio; — Parte 5: Projeto para ações sísmicas. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA v ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados O Escopo em inglês da ABNT NBR 16868-3 é o seguinte: Scope This Standard specifies test methods for masonry specimens built with clay and concrete bricks and blocks, including prism, small wall and wall-compression load testing, and masonry specimens tested to shear, flexural and flexural-compression loading. This Part of ABNT NBR 16868 applies to structural masonry. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 1 Alvenaria estrutural Parte 3: Métodos de ensaio 1 Escopo Esta Norma estabelece os métodos de ensaio de elementos em alvenaria construídos com blocos e tijolos cerâmicos e de concreto (prisma, pequena parede e parede), submetidos a esforços de compressão axial, cisalhamento, flexão e flexocompressão. Esta Parte da ABNT NBR 16868 se aplica a alvenaria estrutural. 2 Referências normativas Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimentopara moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos ABNT NBR 12118, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão ABNT NBR 15270-1, Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 1: Requisitos ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 2: Métodos de ensaio ABNT NBR 16868-1, Alvenaria estrutural – Parte 1: Projeto ABNT NBR 16868-2, Alvenaria estrutural – Parte 2: Execução e controle de obras ASTM C1197, Test method for in situ measurement of masonry deformability properties using the flatjack method 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 16868-1. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 2 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 4 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de paredes 4.1 Aparelhagem A seguinte aparelhagem é necessária para a execução do ensaio: a) dispositivos para aplicação de cargas; b) três defletômetros com resolução mínima de 0,01 mm. 4.2 Corpos de prova 4.2.1 Dimensões das paredes Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real e devem ser construídos de forma que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura). 4.2.2 Parâmetros As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas uniformemente distribuídas. Isto pode ser conseguido em um sistema de reação como o mostrado na Figura 1, devendo ser utilizados no mínimo dois macacos hidráulicos equiespaçados. O sistema de reação e de carregamento deve permitir a determinação da carga de ruptura com exatidão de 3 %. O uso de um macaco único é permitido apenas em condição especial de máquina de grande porte e assegurando a distribuição uniforme do carregamento sobre todas as faces das paredes. Os encurtamentos médios das paredes devem ser determinados por meio de no mínimo dois defletômetros, com resolução mínima de 0,01 mm, instalados nas laterais da parede, conforme mostrado na Figura 1. Adicionalmente, nas paredes com índice de esbeltez maior que 25, deve ser instalado um defletômetro no meio do terço superior da parede, para a determinação do deslocamento horizontal desta. Nos casos em que o índice de esbeltez da parede é menor do que 25, a colocação deste defletômetro é opcional. Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução e posição de leitura. NOTA O índice de esbeltez é a relação entre a altura e a espessura da parede. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 3 Dimensões em centímetros Legenda D defletômetro t espessura das paredes Figura 1 — Esquema do ensaio de compressão simples de parede 4.2.3 Transporte e manuseio Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, essa operação deve ser efetuada com as paredes na vertical, sem choques que possam comprometer a integridade do corpo de prova. 4.3 Procedimentos 4.3.1 Construção das paredes As paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de (25 ± 10) °C e umidade relativa do ar de 40 % a 90 %. As paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e nível, a fim de assegurar a verticalidade. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 4 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo de ruptura. Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assentamento e, se a parede for grauteada, do graute. 4.3.2 Assentamento dos blocos A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas faces laterais, conforme o elemento real a ser simulado. A espessura das juntas deve ser igual a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na ABNT NBR 16868-2. 4.3.3 Amarração A forma de amarração entre os blocos ou tijolos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório. As paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter amarração. 4.3.4 Grauteamento Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem atender à ABNT NBR 16868-2. 4.3.5 Capeamento As paredes devem ser capeadas conforme descrito a seguir: a) a face superior da parede deve ser regularizada por meio de capeamento com argamassa de resistência à compressão igual ou superior à argamassa de assentamento; b) a superfície onde o capeamento é executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm para cada 400 mm; c) o capeamento deve-se apresentar plano e uniforme no momento do ensaio; d) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm. Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico de reação. A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento. 4.3.6 Período de cura O periodo de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 5 No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. Na mesma data, devem ser ensaiados a argamassa e o graute (ver 4.4.3 e 4.4.4). 4.4 Execução do ensaio 4.4.1 Número de paredes A resistência das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos de prova. 4.4.2 Blocos ou tijolos A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze corpos de prova conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos,ou com no mínimo seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto. 4.4.3 Argamassa de assentamento A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa utilizada no terço inferior das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço central e os outros dois devem ser representativos da argamassa utilizada no terço superior das paredes. Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos de prova para cada seis fiadas assentadas. Cada amostra de argamassa corresponde à quantidade de corpos de prova moldados por parede. 4.4.4 Graute O graute deve ser moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739. De cada parede grauteada, devem ser moldados seis corpos de prova de graute. Esse número independe do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova, três devem ser representativos da metade inferior das paredes e os outros devem ser representativos da metade superior, correspondendo às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, devem ser moldados três corpos de prova em cada etapa. Cada amostra de graute corresponde à quantidade de corpos de prova moldados por parede. 4.4.5 Prisma De cada parede, devem ser construídos e ensaiados dois corpos de prova de prisma, conforme a Seção 6. A amostra é o total de prismas construídos e ensaiados. 4.4.6 Aplicação do carregamento Os procedimentos para a aplicação do carregamento são os seguintes: a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o esforço deve ocorrer na prática; b) montar o dispositivo de carga conforme mostrado na Figura 1; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 6 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão; d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s; e) inicialmente, aplicar dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura estimada; f) após os ciclos iniciais de carga e descarga, aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos do corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico conforme a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de carregamento não pode ser menor que 3 min. As leituras devem ser realizadas até no mínimo 70 % da carga de ruptura. O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento de leitura utilizado, devendo neste caso descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio; g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de prova à ruptura. 4.5 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova; c) data do recebimento dos materiais; d) data do assentamento; e) data do grauteamento, se houver; f) condições de cura; g) descrição de todos os equipamentos utilizados para carregamento e instrumentação; h) data do ensaio; i) características geométricas das paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua posição; j) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento e do graute; k) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão de cada amostra de prisma, bloco ou tijolo, argamassa e graute; l) valores da área bruta média das paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2); m) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N); D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 7 n) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das paredes determinadas na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de variação; o) valores individuais e médios do módulo de deformação secante (Ep), e gráficos traçados durante o ensaio para cada corpo de prova, conforme mostrado na Figura 2. O módulo de deformação secante (Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, conforme mostrado Figura 2, de cada corpo de prova; p) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação); q) descrição do modo de ruptura, podendo-se utilizar fotografias ou desenhos; r) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios; s) referência a esta Norma. Figura 2 — Exemplo de gráfico de tensão × deformação D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 8 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 5 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas paredes 5.1 Aparelhagem A seguinte aparelhagem é necessária para a execução do ensaio: a) dispositivos para aplicação de cargas: prensa ou pórtico de reação. b) dois defletômetros com resolução mínima de 0,01 mm; c) dois extensômetros, no caso de ser necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por meio da determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa). 5.2 Procedimentos 5.2.1 Construção das pequenas paredes As pequenas paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de (25 ± 10) °C e umidade relativa do ar de 40 % a 90 %. As pequenas paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e nível, a fim de assegurar a verticalidade. As pequenas paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo de ruptura. Durante a construção das paredes, devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assentamento e, se a parede for grauteada, do graute. 5.2.2 Corpos de prova 5.2.2.1 Dimensões das pequenas paredes Recomenda-se que o corpo de prova tenha no mínimo um comprimento (C) equivalente a dois blocos ou tijolos e altura (H) equivalente a cinco vezes a espessura do bloco ou tijolo, e não inferior a 70 cm. O número de fiadas ao longo da altura deve ser ímpar. 5.2.2.2 Parâmetros A prensa ou pórtico de reação deve permitir a acomodação dos corpos de prova e das chapas e perfis de distribuição de carga. A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual à do corpo de prova, mais a espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm. Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por meio da determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa), devem ser instaladas bases de extensômetros nas duas faces maiores das pequenas paredes. Alternativamente a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois extensômetros instalados lateralmente, conforme mostrado esquematicamente na Figura 3. Para instrumentaçãocomposta por defletômetros, estes devem ter resolução mínima de 0,01 mm. Os equipamentos descritos podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução e posição de leitura. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 9 Figura 3 — Esquema para o ensaio de determinação da resistência de pequenas paredes (fpa), com a instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa) 5.2.2.3 Transporte Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, esta operação deve ser efetuada com as paredes na vertical, sem choques que possam comprometer a integridade do corpo de prova. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 10 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 5.2.3 Assentamento dos blocos ou tijolos A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na ABNT NBR 16868-2. 5.2.4 Amarração As pequenas paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter amarração. 5.2.5 Grauteamento Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem atender à ABNT NBR 16868-2. 5.2.6 Capeamento Inicialmente, as pequenas paredes devem ser capeadas conforme 6.2.4, porém com espessura máxima de 10 mm. Sobre este capeamento é colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico de reação. A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento. Após esta fase, as paredes devem ser instrumentadas, caso seja necessário determinar o módulo de deformação (Ep) e o coeficiente de Poisson (νpa). 5.2.7 Período de cura O periodo de cura para a execução dos ensaios de pequenas paredes é de 28 dias, contados a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver. No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute. 5.3 Execução dos ensaios 5.3.1 Número de pequenas paredes A resistência das pequenas paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos de prova. 5.3.2 Blocos ou tijolos A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze corpos de prova conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 11 5.3.3 Argamassa de assentamento De cada pequena parede, devem ser moldados e ensaiados dois corpos de prova de argamassa, conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. A amostra de argamassa corresponde à quantidade total de corpos de prova moldados. 5.3.4 Graute Dever ser formada uma amostra de corpos de prova de grautes de maneira que de cada pequena parede grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova de graute conforme ABNT NBR 5738, que devem ser ensaiados conforme a ABNT NBR 5739. A amostra de graute é o total de corpos de prova moldados. 5.3.5 Aplicação do carregamento Os procedimentos para aplicação do carregamento são os seguintes: a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o esforço deve ocorrer na prática; b) colocar o corpo de prova na prensa ou pórtico, de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga da prensa ou pórtico; c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão; d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s; e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura estimada; f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos do corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme mostrado na Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de carregamento não pode ser menor que 3 min. As leituras devem ser realizadas até no mínimo 70 % da carga de ruptura. O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento de leitura utilizado, devendo neste caso descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio; g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de prova à ruptura. 5.4 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação de todos os corpos de prova; c) data do recebimento dos materiais; d) data do assentamento; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 12 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados e) data do grauteamento, se houver; f) condições de cura; g) descrição de todos os equipamentos utilizados para carregamento e instrumentação; h) data do ensaio; i) características geométricas das pequenas paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua posição; j) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento e do graute; k) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão das amostras dos blocos ou tijolos, argamassa e graute; l) se as pequenas paredes forem construídas na obra, identificação do pavimento representado por elas; m) valores da área bruta média das pequenas paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2); n) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N); o) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média, das pequenas paredes determinadas na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de variação; p) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep), apresentar os valores individuais e médios obtidos e gráficos de cada ensaio, conforme mostrado na Figura 2. O módulo de deformação (Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão deruptura do gráfico, conforme mostrado na Figura 2, de cada corpo de prova; q) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação); r) descrição do modo de ruptura, podendo-se utilizar fotografias ou desenhos; s) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios; t) referência a esta Norma. 6 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de prismas 6.1 Aparelhagem A aparelhagem necessária é a seguinte: a) prensa para aplicação de carregamento; b) dois defletômetros com resolução mínima de 0,01 mm; c) dois extensômetros, no caso de ser necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos por meio da determinação do módulo de deformação (Ep). D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 13 Estes equipamentos podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução conforme 6.2.1 e posição de leitura. 6.2 Procedimento de preparação dos prismas para o ensaio 6.2.1 Parâmetros Os prismas devem ser construídos conforme 6.2.2 a 6.2.4. Alternativamente, nos casos em que se deseja saber a resistência de alvenarias já executadas, os prismas podem ser obtidos conforme Anexo B. A prensa utilizada para a aplicação dos carregamentos deve permitir a acomodação dos corpos de prova e das chapas de distribuição de carga, quando elas forem necessárias. A espessura mínima da placa de apoio deve ser de: 50 mm para carga até 1 000 kN, 75 mm para carga até 2 000 kN, e 100 mm para carga até 3 000 kN. A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual ao dobro da altura dos blocos, mais a espessura da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm. Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos por meio da determinação do módulo de deformação (Ep), podem ser instaladas bases de extensômetros mecânicos em duas faces dos prismas. Alternativamente, a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois defletômetros instalados lateralmente, conforme mostrado esquematicamente na Figura 4. Figura 4 — Esquema para o ensaio de determinação da resistência do prisma (fp) com a instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Ep) 6.2.2 Construção do prisma Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio, constituído de dois blocos principais sobrepostos e uma junta de assentamento. No caso de tijolos, o prisma deve ser constituído de quatro tijolos sobrepostos e três juntas de assentamento, de forma que a altura do prisma seja pelo menos o dobro da largura do tijolo. Os blocos e tijolos devem ser íntegros e isentos de defeitos. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 14 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Os prismas devem ser identificados, limpos e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais. Devem ser atendidas as seguintes condições na preparação dos prismas: a) o capeamento deve ser total (disposto em toda a superfície dos blocos) e apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos; b) a camada de argamassa de capeamento deve cobrir toda a área líquida do bloco. 6.2.3 Moldagem no laboratório ou obra O prisma pode ser moldado na obra ou no laboratório. As condições para aceitação de prisma moldado no laboratório são listadas a seguir: a) os blocos devem ser retirados do lote da obra; b) os materiais utilizados na argamassa e no graute devem ser retirados dos lotes de obra; c) devem ser formadas duas amostras de seis corpos de prova de graute moldados e ensaiados conforme ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739, sendo uma amostra moldada na obra e outra no laboratório; d) devem ser formadas duas amostra de seis corpos de prova de argamassa moldados e ensaiados conforme ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A, sendo uma amostra moldada na obra e outra no laboratório; e) as amostras de graute devem ser ensaiadas na mesma idade, devendo o fgk da obra ser no mínimo igual a 90 % do fgk do laboratório; f) as amostras de argamassa devem ser ensaiadas na mesma idade, devendo o fa da obra ser no mínimo igual a 90 % do fa do laboratório. Além disso, os coeficientes de variação dos ensaios de argamassa, tanto da obra quanto do laboratório, não podem ser superiores a 20 %. 6.2.4 Assentamento dos blocos Para o preparo dos prismas, devem ser utilizados níveis, prumo e colher de pedreiro. Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. Essa base deve ser impermeável para o caso de prismas cheios, firme e continuamente apoiada, devendo ter no mínimo as dimensões dos blocos ou tijolos. Inicialmente, deve-se colocar um bloco ou tijolo sobre a base nivelada. Em seguida, deve ser disposta a argamassa sobre toda a face do bloco ou tijolo, incluindo todos os septos laterais e transversais. O outro bloco ou tijolo, do mesmo lote, deve ser assentado sobre a argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco ou tijolo em sua posição final, resultando uma junta com (10 ± 3) mm. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 15 6.2.5 Grauteamento Deve ser removido o eventual acúmulo de argamassa no fundo dos furos a serem preenchidos. O grauteamento deve ser efetuado após no mínimo 16 h do assentamento. Antes do grauteamento, cada vazado do prisma deve ser molhado. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos e adensado em duas camadas de 12 golpes por camada, com a haste de socamento conforme ABNT NBR 5738. A superfície superior do graute deve ser rasada e alisada por meio de colher de pedreiro, e imediatamente coberta por um filme impermeável. 6.2.6 Capeamento O capeamento deve ser realizado conforme descrito a seguir: a) as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas por capeamento com pasta de cimento, gesso ou argamassa com resistência superior a 70 % da resistência dos blocos na área líquida; NOTA Na prática é verificado que capeamento realizado com cimento Portland de alta resistência inicial (CP V – ARI) está de acordo com o requisito anterior, para blocos usualmente comercializados. b) a superfície onde o capeamento é executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm para cada 400 mm; c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio; d) a espessura média do capeamento não pode exceder 3 mm. 6.2.7 Período de cura Os prismas devem permanecer na temperatura e umidade do assentamento, ao abrigo do sol e vento, durante o tempo estipulado para a cura. Após a construção, os prismas devem ser mantidos imóveis durante pelo menos sete dias. A data de referência para ensaio é de 28 dias. No caso de ensaios com idade menor, a resistência aos 28 dias deve ser considerada como igual ao do resultado na idade ensaiada. Para prisma de bloco oco, recomenda-se a data de ensaio aos 14 dias. 6.2.8 Transporte A movimentação dos prismas não pode ser realizada antes de sete dias de sua execução e, para seu transporte, os prismas devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadasnos topos e amarradas por meio de arames ou outro dispositivo, de modo a assegurar a integridade do conjunto. O transporte não pode ser realizado antes dessa operação ser completada. 6.3 Aplicação do carregamento Os procedimentos para aplicação do carregamento são os seguintes: a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego na alvenaria; b) colocar o corpo de prova na prensa, de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos pratos da prensa; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 16 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão; d) executar o ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que o carregamento seja aplicado à velocidade especificada na ABNT NBR 12118; e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura estimada; f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura estimada, até atingir 50 % dessa carga. Fazer as leituras dos encurtamentos do corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme mostrado na Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de carregamento não pode ser menor que 3 min; g) atingida a carga correspondente a 50 % da carga estimada para a ruptura do corpo de prova, aplicar o carregamento a uma velocidade que permita que a ruptura aconteça entre 1 min a 2 min (não incluindo o tempo necessário para carregamento até 50 % da carga de ruptura). 6.4 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova; c) data do recebimento dos materiais e amostras; d) data do assentamento; e) data do grauteamento; f) condições de cura; g) data do ensaio; h) tipo do prisma, oco ou cheio; i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos blocos, argamassa e graute, realizados a partir de amostras da obra e/ou do laboratório; j) identificação do pavimento representado pelo prisma, quando for aplicável; k) valores da área bruta nominal dos prismas, expressos em milímetros quadrados (mm2); l) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N); m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média dos prismas, determinadas na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal, e valor do coeficiente de variação; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 17 n) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep) e coeficiente de Poison (νp), apresentação dos valores individuais e médios obtidos, bem como gráficos de tensão × deformação de cada ensaio. O módulo de deformação (Ep), secante, deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, conforme mostrado na Figura 2, de cada corpo de prova; o) desenho esquemático dos ensaios de prisma, ressaltando direção de carregamento e a posição dos vazados ou furos dos blocos ou tijolos quando existentes; p) descrição do modo de ruptura, podendo-se utilizar fotografias ou desenhos; q) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios; r) referência a esta Norma. 7 Ensaio para a determinação da resistência ao cisalhamento de paredes 7.1 Aparelhagem A seguinte aparelhagem é necessária para a execução do ensaio: a) dispositivos para aplicação de cargas; b) dois extensômetros com resolução mínima de 20 × 10-6; c) dois defletômetros com resolução mínima de 0,01 mm. Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução e posição de leitura. NOTA O valor do espaçamento entre enrijecedores depende da espessura das paredes. 7.2 Corpos de prova 7.2.1 Dimensões das paredes Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real, de modo que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as paredes nas mesmas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles que tenham dimensões mínimas de 1,20 m × 1,20 m, sendo que a espessura deve ser a mesma da parede real. 7.2.2 Parâmetros As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas concentradas de compressão segundo uma das suas diagonais. Este arranjo pode ser conseguido em uma prensa hidraúlica ou com um sistema de reação conforme mostrado na Figura 5. Para possibilitar a aplicação da carga e impedir esmagamentos pontuais, as duas extremidades carregadas dos corpos de prova devem ser protegidas com dispositivos metálicos, conforme mostrado na Figura 6. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 18 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados O sistema de reação e de carregamento deve permitir a aplicação das cargas com exatidão mínima de 3 %. Os alongamentos e encurtamentos nas faces das paredes devem ser determinados por meio de quatro aparelhos, instalados nestas faces, cuja resolução deve ser de 0,01 mm, no caso de defletômetros, ou 20 × 10-6 para deformação específica no caso do uso de extensômetros. Em quaisquer dos casos, recomenda-se uma base de medida de no mínimo 500 mm, disposta conforme indicado na Figura 5. Dimensões em metros Figura 5 — Esquema do sistema de reação D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 19 Dimensões em milímetros Figura 6 — Dispositivos metálicos 7.3 Procedimento 7.3.1 Generalidades As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz solar e de ventos canalizados. Nestas condições, a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %. As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e executadas conforme a ABNT NBR 16868-2. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 20 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, a fim de assegurar a sua verticalidade. Deve-se utilizar fio de prumo e nível. As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo de ruptura. 7.3.2 Amarração A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório. 7.3.3 Prismas De cada parede devem ser construídos e ensaiados dois corpos de provade prisma, conforme a Seção 6. A amostra é o total de prismas construídos e ensaiados. 7.3.4 Capeamento Deve ser feito um capeamento dos cantos das paredes para possibilitar a acomodação nos dispositivos metálicos de carga (ver Figura 6). 7.3.5 Período de cura O período de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver. No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute. 7.3.6 Transporte e manuseio Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas podem ser transportadas para o local do ensaio, desde que nesse transporte não ocorram choques ou esforços que as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical. Não se recomenda o transporte dos corpos de prova antes de sete dias de idade. 7.4 Execução do ensaio 7.4.1 Número de paredes A tensão de cisalhamento convencional (τalv) deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos de prova. 7.4.2 Número de blocos ou tijolos A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze corpos de prova, conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto. 7.4.3 Argamassa de assentamento Para cada parede devem ser moldados no mínimo dois corpos de prova de argamassa. A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. A amostra de argamassa corresponde à quantidade total de corpos de prova moldados. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 21 7.4.4 Graute De cada parede grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova do graute. O graute deve ser moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739. Cada amostra de graute corresponde à quantidade de corpos de prova moldados por parede. 7.4.5 Aplicação do carregamento A carga deve ser aplicada à velocidade de (0,02 ± 0,01) MPa/s, em incrementos que possibilitem traçar a curva, conforme mostrado na Figura 2. Deve-se escolher os incrementos de modo a se ter no mínimo dez pontos, com o tempo de permanência de cada carregamento não inferior a 3 min. As medidas devem ser efetuadas até próximo da carga de ruptura. O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento de leitura utilizado, devendo neste caso descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio. 7.5 Expressão dos resultados Os resultados devem ser expressos de modo que se possa obter os principais parâmetros indicativos da resistência e deformabilidade, conforme descrito a seguir: a) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv): ( ) A P0,70 alv =τ onde P é a carga de ruptura média de três paredes, expressa em newtons (N); A é a média da área bruta (ou líquida) das duas faces contíguas ao carregamento, expressa em milímetros quadrados (mm2). NOTA O cálculo de tensão pode ser a área líquida quando se tratar de componentes vazados, conforme a definição da ABNT NBR 15270-1 ou ABNT NBR 6136. b) cálculo da distorção da parede (γalv): o alv 2L HV ∆+∆=γ onde γalv é a distorção, expressa em milímetros por milímetros (mm/mm); ∆V é o encurtamento vertical; ∆H é o alongamento horizontal, expresso em milímetros (mm); Lo é o comprimento da base de medida, expresso em milímetros (mm), devendo esse comprimento ser o mesmo para a medida horizontal e vertical. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 22 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados c) módulo de deformação transversal (Galv), deve ser calculado entre 5 % e 30 % da tensão de ruptura: alv alv alv γ τ=G onde Galv é o módulo de deformação transversal, expresso em megapascals (MPa); τalv é a diferença entre a tensão de cisalhamento convencional a 30 % e 10 % da tensão de ruptura, calculados conforme 7.5 a); γalv é a diferença entre a distorção a 30 % e 10 % da distorção de ruptura, calculados conforme 7.5 b). 7.6 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações: a) características geométricas das paredes; b) registros das especificações e resultados dos ensaios de resistência à compressão das amostras dos componentes (blocos, argamassa e graute) e do prisma; c) descrição de todos os equipamentos utilizados para carregamento e instrumentação; d) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão de bloco ou tijolo, argamassa e graute; e) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv) indicando resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de variação; f) valores individuais e médios do módulo de deformação secante (Galv) e do ângulo de distorção da parede (γalv); e gráficos traçados durante o ensaio para cada corpo de prova, conforme mostrado na Figura 2; g) tensão de rupturas das paredes; h) descrição do modo de ruptura das paredes; i) gráficos de tensão × deformação, conforme mostrado na Figura 2; j) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios; k) fotografias podem ser utilizadas para mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as suas eventuais peculiaridades; l) referência a esta Norma. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 23 8 Ensaio para a determinação da resistência à flexão simples e à flexocompressão de paredes 8.1 Aparelhagem A aparelhagem necessária é descrita a seguir: a) sistema de reação e de carregamento: pórtico de reação, macacos hidráulicos e manômetros e/ou células de carga, conforme mostrado nas Figuras 7 ou 8; b) dois defletômetros com resolução mínima de 0,01 mm. Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução e mesma posição de leitura. Dimensões em centímetros Figura 7 — Esquema do ensaio de flexão simples em paredes D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 24 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Dimensões em centímetros Figura 8 — Esquema do ensaio de flexocompressão em paredes 8.2 Corpos de prova 8.2.1 Dimensões das paredes Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real, de modo que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de obra na resistência das paredes. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados25 Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura). 8.2.2 Parâmetros O sistema de reação e de carregamento, em função da natureza das cargas, deve permitir a determinação da carga de ruptura com exatidão mínima de 3 %. Existindo também carga vertical distribuída sobre a parede, esta carga deve ser aplicada por no mínimo dois macacos hidráulicos equidistantes em relação à carga aplicada. Os deslocamentos horizontais nas paredes devem ser determinados por meio de defletômetros. No caso das paredes ensaiadas à flexão simples, é suficiente o emprego de um defletômetro, conforme indicado na Figura 7. Tratando-se de flexocompressão, pode-se utilizar um ou mais defletômetros. Recomenda-se utilizar no mínimo um defletômetro, instalado no meio do vão, conforme indicado na Figura 8. Os defletômetros devem ter resolução mínima de 0,01 mm. 8.2.3 Transporte e manuseio Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas paredes podem ser transportadas para o local do ensaio, desde que neste transporte não ocorram choques ou esforços que as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical. 8.3 Procedimentos 8.3.1 Construção das paredes As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz solar e de ventos canalizados. Nestas condições, a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %. As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e devem ser executadas de acordo com a ABNT NBR 16868-2. As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, com o uso de fio de prumo e nível, a fim de assegurar a verticalidade destas. Quando a parede ou painel real a ser representada tiver uma cinta de amarração, esta também deve estar presente no corpo de prova de ensaio (ver Figuras 7 e 8). As paredes devem ser pintadas de cal, para realçar as trincas e para permitir a observação do modo de ruptura. 8.3.2 Amarração A forma de armação entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular o desempenho no laboratório. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 26 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 8.3.3 Assentamento A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas faces laterais destes, conforme o elemento real a ser simulado. A espessura das juntas deve ser igual a (10 ± 3) mm, a não ser nos casos especiais onde se pretende simular outras espessuras de juntas. Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na ABNT NBR 16868-2. 8.3.4 Grauteamento Quando houver o grauteamento, este dever ser realizado em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com vibrador apropriado. 8.3.5 Capeamento As paredes submetidas à flexão simples não precisam de capeamento. No caso do ensaio à flexocompressão, as paredes devem ser capeadas atendendo aos seguintes requisitos: a) a face superior da parede deve ser regularizada por meio de capeamento com argamassa com resistência superior a 70 % da resistência dos blocos na área líquida; b) o capeamento deve ser apresentado plano e uniforme no momento do ensaio; c) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm. Sobre o capeamento, deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico de reação. A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento. 8.3.6 Período de cura O período de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver. No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. Nesta mesma data são ensaiados a argamassa e o graute. 8.4 Execução do ensaio 8.4.1 Número de paredes A resistência média à flexão das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos de prova. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 27 8.4.2 Número de blocos ou tijolos A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze corpos de prova, conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto. 8.4.3 Argamassa de assentamento A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa utilizada no terço inferior das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço central e os outros dois devem ser representativos da argamassa utilizada no terço superior das paredes. Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos de prova para cada seis fiadas assentadas. Cada amostra de argamassa corresponde à quantidade de corpos de prova moldados por parede. 8.4.4 Graute O graute deve ser moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739. De cada parede grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova de graute. Esse número independe do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova, um deve ser representativo da metade inferior da parede e o outro deve ser representativo da metade superior, correspondendo às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, deve ser moldado pelo menos um corpo de prova em cada etapa. A amostra de graute corresponde à quantidade total de corpos de prova moldados. 8.4.5 Prisma De cada parede, devem ser construídos e ensaiados dois prismas conforme a Seção 6. A amostra é o total de prismas construídos e ensaiados. 8.4.6 Aplicação do carregamento Inicialmente devem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, próximos a 50 % da carga de ruptura estimada. Na sequência, as cargas devem ser aplicadas segundo um número de vezes que permita o traçado do gráfico, conforme mostrado na Figura 2. Sugere-se que o valor de cada incremento de carga seja 10 % da carga de ruptura provável, com o tempo de permanência de cada incremento não inferior a 3 min. O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento de leitura utilizado, devendo descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio. As leituras devem ser realizadas até no mínimo 70 % da carga de ruptura. Tratando-se de flexocompressão, as cargas verticais são aplicadas em primeiro lugar. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 28 © ABNT 2020─ Todos os direitos reservados 8.5 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações: a) características geométricas das paredes, dos componentes (blocos ou tijolos) e dos prismas, e o posicionamento dos eventuais furos grauteados; b) características gerais da construção das paredes, traços da argamassa de assentamento e do graute, e a localização, por meio de desenhos, da posição das armaduras com a indicação dos seus diâmetros; c) condições de cura das paredes, da argamassa e do graute; d) datas de assentamento, da execução do grauteamento e da realização dos ensaios, detalhando fases particulares, quando existirem; e) descrição de todos os equipamentos utilizados para carregamento e instrumentação; f) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão das amostras dos blocos ou tijolos, argamassa e graute, e prisma; g) carga de ruptura das paredes; h) tensão de flexão máxima obtida em cada parede; i) carga do surgimento de primeira fissura (quando possível a sua observação); j) descrição do modo de ruptura, podendo-se utilizar fotografias ou desenhos; k) gráficos de tensão × deformação horizontais, conforme mostrado na Figura 2; l) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios; m) referência a esta Norma. 9 Ensaio para a determinação da resistência à tração na flexão de prismas 9.1 Aparelhagem e instrumentação A aparelhagem necessária é descrita a seguir: a) quatro roletes constituídos de tubos de aço, com diâmetro de 2,5 cm e comprimento de 40 cm; b) uma prancha de madeira de rigidez e dimensões adequadas para suportar os blocos de carregamento (ver Figura 9); c) balança com resolução de 1 N. Opcionalmente, pode ser utilizada máquina de ensaio que permita controle de carregamento e precisão dentro da faixa de ruptura prevista. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 29 Figura 9 — Ilustração esquemática do elemento de carregamento do ensaio 9.2 Preparação do corpo de prova Cada corpo de prova deve ser um prisma constituído de cinco blocos ou tijolos, sobrepostos, íntegros e isentos de defeitos. Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. A base deve ser impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no mínimo as dimensões dos blocos. Inicialmente, deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. O outro bloco do mesmo lote deve ser assentado sobre a camada de argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de borracha e com o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando em uma junta com (10 ± 3) mm. Assentar os blocos até atingir a altura de cinco blocos ou tijolos. Durante o assentamento, devem ser tomados os seguintes cuidados: a) utilizar um gabarito para manter o prumo e o esquadro dos prismas; b) limpar a face de assentamento; c) não reposicionar o bloco após a sua colocação. Logo após o assentamento do último bloco, colocar mais dois blocos sem assentar sobre o prisma, para servirem como sobrecarga (ver Figura 10). Não movimentar os prismas no período de cura. O número mínimo de corpos de prova para este ensaio não pode ser inferior a seis. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 30 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Dimensões em centímetros Figura 10 — Prisma composto por cinco blocos, com dois blocos de sobrecarga posicionados no topo 9.3 Execução dos ensaios Inicialmente, determinar a massa dos blocos ou tijolos que devem ser utilizados para o carregamento, bem como da prancha de madeira e dos roletes de aço. Determinar a massa de cada prisma a ser ensaiado ou estimar sua massa, considerando a massa média dos blocos ou tijolos, sem considerar a argamassa de assentamento. Em seguida, proceder conforme descrito a seguir: a) colocar o prisma na horizontal, cuidadosamente; b) colocar dois blocos ou tijolos sobre superfície plana e nivelada para receberem os roletes de aço em que se apoiará o prisma, conforme Figuras 9, 11 e 12; c) apoiar o prisma sobre dois roletes de aço posicionados nos eixos longitudinais dos blocos ou tijolos extremos; d) utilizar outros dois roletes de aço, posicionando-os nos eixos dos blocos ou tijolos centrais para apoiar a prancha que deve servir de apoio para os blocos ou tijolos de carregamento, conforme mostrado na Figura 12. No caso de uso de máquina de ensaio, a prancha deve ser centralizada com o centro de carga da máquina e não há necessidade de blocos ou tijolos para carregamento; e) colocar os blocos ou tijolos sobre a prancha, carregando o prisma sem provocar choques, a uma velocidade de quatro blocos ou tijolos por minuto (no caso de uso de máquina de ensaio, respeitar a taxa de carregamento de 500 N/min); D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 31 f) formar uma pilha estável com os blocos de carregamento, conforme mostrado na Figura 11; g) anotar o número de blocos que provocou a ruptura do prisma (ou carga de ruptura da máquina de ensaio), descrevendo como esta ocorreu. Figura 11 — Ilustração esquemática do ensaio H altura do prisma L comprimento livre entre os centros dos roletes de apoio b distância entre o centro do rolete de apoio e o centro do rolete de aplicação de carga Figura 12 — Detalhamento esquemático do ensaio D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 32 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 9.4 Expressão dos resultados O valor individual do resultado de cada prisma ensaiado deve ser calculado, considerando a área bruta dos blocos ou tijolos, conforme as seguintes equações: 28 2 bP L H G M ×+ × = 2t 6 × = c Mf onde P é o peso total da sobrecarga (roletes + madeira + blocos) ou carga de ruptura indicada na máquina de ensaio, expresso em newton (N); G é o peso total do prisma, expresso em newton (N); H é a altura do prisma, expressa em milímetro (mm); L é o comprimento livre entre apoios, expresso em milímetro (mm); b é a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga, expresso em milímetro (mm); c é o comprimento do bloco, expresso em milímetro (mm); ft é a resistência de tração na flexão, expresso em megapascals (MPa); ℓ é a largura do bloco, expresso em milímetro (mm); M é o momento máximo, expresso em newton × milímetro (N.mm). Os resultados dos ensaios devem ser avaliados conforme a seguir: a) calcular a resistência à tração na flexão média, considerando, dos resultados obtidos nos ensaios, apenas metade do número de exemplares, aqueles com resultados de maior valor; b) descartar os resultados dos corpos de prova cujos valores individuais de resistência à tração na flexão sejam inferiores a 30 % do valor médio de resistência à tração na flexão, obtido em 9.4 a). Calcular o valor característico da resistência à tração na flexão dos prismas de blocos ou tijolos,conforme o Anexo A, utilizando um número mínimo de três corpos de prova de prisma com resultados válidos. 9.5 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova; c) data do recebimento da amostra; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 33 d) data do assentamento; e) condições de cura; f) data do ensaio; g) características geométricas dos prismas, indicando os valores do comprimento (c) e largura (l) do bloco ou tijolo, e a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga (b); h) características gerais da construção dos prismas e disposição da argamassa de assentamento; i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos componentes (blocos ou tijolos e argamassa); j) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N); k) resistências individuais, característica e média da tensão de tração na flexão, calculadas na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de variação; l) descrição do modo de ruptura, podendo-se utilizar fotografias ou desenhos; m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios; n) referência a esta Norma. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 34 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Anexo A (normativo) Cálculo da resistência característica A resistência característica do elemento de alvenaria calculada com os resultados obtidos nos ensaios (ver Seções 4 a 9), deve ser igual ou superior à resistência característica especificada pelo projetista estrutural. Para amostragem com número de exemplares, n, menor do que vinte e maior ou igual seis, calcular a resistência característica pela equação descrita a seguir: ( ) ( ) ( )( ) ( ) e 1 2 e 1 ek, est,1 e ... 2 1 e i i f f f f f i − + += ⋅ − − e(1)est,2ek, Ø ff ×= fek,est = maior valor entre fek,est,1 e fek,est,2 onde i = n/2 se n for par, com n igual ao número de exemplares da amostra; i = (n-1)/2 se n for ímpar, com n igual ao número de exemplares da amostra; fek,est é a resistência característica estimada da amostra, expressa em megapascals (MPa); fe(1), fe(2), ... fe(n – 1), fe(n) são os valores de resistência individual dos corpos de prova da amostra, ordenados em ordem crescente; Ø é o fator de incerteza em função da quantidade de resultados, conforme mostrado na Tabela A.1. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 35 Tabela A.1 — Valores de Ø em função da quantidade de elementos de alvenaria (paredes, pequenas paredes e prismas) N° de elementos Ø 3 0,80 4 0,84 5 0,87 6 0,89 7 0,91 8 0,93 9 0,94 10 0,96 11 0,97 12 0,98 13 0,99 14 1,00 15 1,01 16 e 17 1,02 18 e 19 1,04 Para ensaios com n igual a 3, 4 ou 5, a resistência característica deve ser calculada pela equação descrita a seguir: e(1)estek, Ø ff ×= Para ensaios com n maior ou igual a 20, a resistência característica deve ser calculada pela equação descrita a seguir: nemek 1,65 Sff ×−= onde Sn é o desvio-padrão da amostra; fem é a média de todos os resultados da amostra. D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 36 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Anexo B (normativo) Procedimento para extração de corpo de prova testemunha em alvenaria executada B.1 Princípio Este método de ensaio consiste na retirada de corpos de prova de elementos (prisma) e componentes (bloco) de alvenaria estrutural, com a finalidade de realização de contraprova. No caso de tijolos, recomenda-se a realização de ensaio no local, conforme ASTM C1197. B.2 Preparação Antes da execução da retirada dos corpos de prova, deve-se observar que as retiradas dos corpos de prova devem ser realizadas sob orientação do projetista de estruturas, em paredes cuja extração não cause prejuízos ao comportamento da estrutura, como as regiões sob aberturas de janelas ou balcões. Os corpos de prova devem ser retirados de diferentes regiões para configuração da aleatoriedade da amostra. O número de corpos de prova deve ser de seis blocos ou seis prismas por pavimento a ser ensaiado, ou conforme a orientação do projetista. Quando houver registro do controle da resistência da argamassa em obra, alternativamente à retirada dos prismas ocos, podem ser retirados os blocos e construídos os prismas, conforme a Seção 6. Neste caso, os materiais e procedimentos devem ser os mesmos utilizados na construção das paredes, devendo ser previsto o período necessário para a cura dos prismas. Os resultados dos ensaios de prisma são válidos se a resistência média da argamassa obtida no laboratório não for 10 % maior que o resultado de resistência média da argamassa obtido no controle de obra. Ambos os resultados de resistência de argamassa não podem ter coeficiente de variação maior que 20 %, caso contrário são considerados inválidos. B.3 Execução do ensaio Para a retirada dos prismas de alvenaria, proceder conforme descrito a seguir: a) dimensão dos prismas: prisma oco: retirar prismas de três fiadas de altura por um bloco de comprimento, devendo os blocos das extremidades ser blocos inteiros, conforme mostrado na Figura B.1-a); prisma grauteado: retirar prismas de duas fiadas de altura por meio bloco de comprimento, com corte realizado conforme mostrado na Figura B.1-b); b) iniciar a retirada com o corte superior na junta de argamassa sobre o bloco utilizado como topo do prisma; c) em seguida cortar na junta de argamassa abaixo do bloco inferior utilizado como a base do prisma; D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 29/10/2020 09:14:35, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-3:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 37 d) amarrar o conjunto utilizando pedaços de compensado de madeira sob e sobre os cortes realizados, envolvendo-os com arame; e) efetuar os cortes laterais, com o cuidado deste corte ser externo ao septo central dos blocos que são cortados ao meio, de forma que em ambos os lados este septo permaneça no prisma (ver Figuras B.1 e B.2); f) efetuar os cortes com serra elétrica para materiais pétreos, recomenda-se serra elétrica de disco duplo. g) transportar os corpos de prova retirados com cuidado para não serem danificados; h) encaminhar os corpos de prova ao laboratório e ensaiar conforme a Seção 6. a) Esquema de corte para retirada de prisma oco b) Esquema de corte para retirada de prisma cheio Figura B.1 — Esquema de corte para a retirada de prisma de alvenaria D oc um en to im pr es so e m 2 9/ 10 /2 02 0 09 :1 4: 35 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L
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