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Número de referência 70 páginas © ABNT 2020 ABNT NBR 16868-1:2020 ABNT NBR 16868-1 Primeira edição 10.08.2020 Alvenaria estrutural Parte 1: Projeto Structural masonry Part 1: Design NORMA BRASILEIRA ICS 91.080.30 ISBN 978-65-5659-396-8 D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ii ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados © ABNT 2020 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA iii ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados Sumário Página Prefácio ...............................................................................................................................................iv 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Referências normativas .....................................................................................................1 3 Termos e definições ...........................................................................................................1 4 Símbolos e abreviaturas ....................................................................................................5 5 Requisitos ...........................................................................................................................8 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes .....................................................10 7 Segurança e estados-limite .............................................................................................14 8 Ações na análise estrutural .............................................................................................15 9 Análise estrutural .............................................................................................................19 10 Limites para dimensões, deslocamentos e fissuras ....................................................26 11 Dimensionamento ............................................................................................................28 12 Disposições construtivas e detalhamento ....................................................................41 Anexo A (normativo) Dano acidental e colapso progressivo .........................................................45 A.1 Princípio ............................................................................................................................45 A.2 Danos acidentais ..............................................................................................................45 A.3 Verificação do colapso progressivo ...............................................................................46 A.4 Detalhes construtivos ......................................................................................................46 Anexo B (normativo) Alvenaria protendida ......................................................................................49 B.1 Dimensionamento de alvenaria protendida ...................................................................49 B.2 Execução de alvenaria protendida .................................................................................51 Anexo C (normativo) Parede com índice de esbeltez superior a 30 ..............................................53 C.1 Especificações .................................................................................................................53 C.2 Determinação do momento de cálculo total ..................................................................53 C.3 Cálculo do deslocamento de primeira ordem ∆0...........................................................54 Anexo D (informativo) Alvenaria participante ..................................................................................56 D.1 Generalidades ...................................................................................................................56 D.2 Paredes participantes ......................................................................................................56 Anexo E (informativo) Painel sob ação lateral fora do plano..........................................................60 E.1 Generalidades ...................................................................................................................60 E.2 Coeficiente de ortogonalidade ........................................................................................60 E.3 Cálculo dos esforços .......................................................................................................60 E.4 Alvenaria não armada ......................................................................................................61 E.5 Alvenaria armada .............................................................................................................62 Anexo F (informativo) Especificação dos materiais da alvenaria ..................................................69 F.1 Especificação ...................................................................................................................69 Bibliografia .........................................................................................................................................70 D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA iv ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 16868-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural (CE-002:123.010) em conjunto com o Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha (ABNT/CB-179). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 19.02.2020 a 20.04.2020.A ABNT NBR 16868-1 cancela e substitui as ABNT NBR 15812-1:2010 e ABNT NBR 15961-1:2011. Esta ABNT NBR 16868-1:2020 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados para aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação como Norma Brasileira, nem àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após esta data. A ABNT NBR 16868, sob o título geral “Alvenaria estrutural”, tem previsão de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execução e controle de obras; — Parte 3: Métodos de ensaio; — Parte 4: Estrutura em situação de incêndio; — Parte 5: Projeto para ações sísmicas. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA v ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados O Escopo em inglês da ABNT NBR 16868-1 é o seguinte: Scope This Part of ABNT NBR 16868 establishes the requirements to the design of masonry structures. This Part of ABNT NBR 16868 also applies to the analysis of structural elements of masonry inserted into other structural systems. This Part of ABNT NBR 16868 does not include requirements to avoid limit states generated by actions such as earthquakes, impacts, explosions and fire. This Standard applies only to clay block and brick masonry and concrete block masonry. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 1 Alvenaria estrutural Parte 1: Projeto 1 Escopo Esta Parte da ABNT NBR 16868 estabelece os requisitos para o projeto de estruturas de alvenaria. Esta Parte da ABNT NBR 16868 também se aplica à análise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria inseridos em outros sistemas estruturais. Esta Parte da ABNT NBR 16868 não inclui requisitos para evitar estados-limite gerados por ações como sismos, impactos, explosões e fogo. Esta Norma só é aplicável à alvenaria de blocos e tijolos cerâmicos e de blocos de concreto. 2 Referências normativas Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação ABNT NBR 8681:2003 Versão Corrigida:2004, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos ABNT NBR 15270-1, Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 1: Requisitos ABNT NBR 16868-2, Alvenaria estrutural – Parte 2: Execução e controle de obras ABNT NBR 16868-3, Alvenaria estrutural – Parte 3: Métodos de ensaio 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 2 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 3.1 amarração direta de paredes padrão de ligação de paredes por intertravamento de blocos ou tijolos, respeitando a superposição em toda a espessura NOTA 1 O comprimento de superposição tem no mínimo 9 cm e no mínimo 1/4 do comprimento dos blocos ou tijolos. NOTA 2 A amarração direta de paredes é obtida com a interpenetração alternada de 50 % das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns. 3.2 amarração direta no plano da parede padrão de distribuição dos blocos ou tijolos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em no mínimo 9 cm e no mínimo 1/4 do comprimento dos blocos ou tijolos 3.3 amarração indireta de paredes padrão de ligação de paredes com junta vertical a prumo, em que o plano da interface comum é atravessado por armaduras normalmente constituídas por grampos metálicos devidamente ancorados em furos verticais adjacentes grauteados ou por telas metálicas ancoradas em juntas de assentamento 3.4 área bruta área de um componente ou elemento, considerando-se as suas dimensões externas e desprezando-se a existência dos furos e vazados 3.5 área efetiva parte da área líquida de um componente ou elemento, sobre a qual efetivamente é disposta a argamassa adicionada à área grauteada 3.6 área líquida área de um componente ou elemento, com desconto das áreas dos furos e vazados 3.7 bloco componente básico da alvenaria com altura maior ou igual a 115 mm, podendo ser vazado, perfurado ou maciço 3.8 cinta elemento estrutural armado apoiado continuamente na parede, ligado ou não às lajes, vergas ou contravergas 3.9 componente menor parte constituinte dos elementos da estrutura NOTA Os principais componentes são: bloco ou tijolo, junta de argamassa, graute e armadura. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 3 3.10 contraverga elemento estrutural armado colocado sob o vão de abertura, com a função de prevenir de fissuração nos seus cantos 3.11 coxim elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas 3.12 elemento parte da estrutura suficientemente elaborada, constituída da reunião de dois ou mais componentes 3.13 elemento de alvenaria armado elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que são necessárias para resistir aos esforços solicitantes 3.14 elemento de alvenaria não armado elemento de alvenaria no qual não há armadura dimensionada para resistir aos esforços solicitantes 3.15 elemento de alvenaria protendido elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras ativas 3.16 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na direção perpendicular ao seu plano 3.17 excentricidade distância entre o eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada ação que atue sobre ele 3.18 flange comprimento de trecho de alvenaria, fora do plano da seção, considerado para aumento de rigidez da seção transversal (ver Figura 5) 3.19 graute material cimentício fluido, utilizado para preenchimento de espaços vazios da alvenaria, com a finalidade de solidarizar armaduras à alvenaria ou aumentar a sua capacidade resistente 3.20 junta de argamassa componente utilizado na ligação dos blocos ou dos tijolosD oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 4 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 3.21 junta não amarrada no plano da parede padrão de distribuição de blocos ou tijolos no plano no qual as juntas verticais se defasam menos que 9 cm e menos 1/4 do comprimento dos blocos ou tijolos NOTA Usualmente as juntas verticais são alinhadas a prumo nessa configuração. 3.22 parede elemento laminar que resista predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal exceda cinco vezes a menor dimensão 3.23 parede estrutural toda parede admitida como participante da estrutura 3.24 parede não estrutural toda parede não admitida como participante da estrutura 3.25 pequena parede corpo de prova que tenha no mínimo um comprimento equivalente a dois blocos ou dois tijolos e altura equivalente a cinco vezes a espessura do bloco ou tijolo, e não inferior a 70 cm 3.26 pilar elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compressão e cuja maior dimensão da seção transversal não excede cinco vezes a menor dimensão NOTA Excluem-se desta definição os trechos entre janelas com altura até 160 cm. 3.27 prisma corpo de prova obtido pela superposição de blocos ou tijolos unidos por junta de argamassa 3.28 prisma cheio prisma de blocos vazados ou perfurados, preenchido por grauteamento 3.29 prisma oco prisma de blocos vazados ou perfurados, sem grauteamento 3.30 tijolo componente básico da alvenaria com altura menor que 115 mm, podendo ser perfurado ou maciço 3.31 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela,com a função exclusiva de transmissão de cargas verticais para os apoios adjacentes à abertura D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 5 3.32 viga elemento linear que resiste predominantemente à flexão e cujo vão seja maior ou igual a três vezes a altura da seção transversal 4 Símbolos e abreviaturas Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas: 4.1 Letras minúsculas a distância ou dimensão b largura bf comprimento efetivo do flange bm largura da mesa de uma seção T d altura útil e excentricidade ex excentricidade resultante do plano de flexão fs tensão normal da armadura longitudinal fsw tensão normal da armadura transversal fd resistência à compressão simples de cálculo da alvenaria fk resistência característica à compressão simples da alvenaria fpd tensão nominal no cabo de protensão fpk resistência característica de compressão simples do prisma fppk resistência característica de compressão simples da pequena parede ftk resistência característica de tração na flexão ftd resistência de cálculo de tração na flexão fvk resistência característica ao cisalhamento fvd resistência de cálculo ao cisalhamento da alvenaria fyd resistência de cálculo de escoamento da armadura h altura he altura efetiva j coeficiente para permitir transformação de flexão oblíqua em flexão reta ka coeficiente de dilatação térmica da alvenaria ks coeficiente de dilatação térmica do aço ℓ vão ou comprimento ou espaçamento ℓe vão efetivo p dimensão da seção transversal na direção perpendicular ao eixo x q dimensão da seção transversal na direção perpendicular ao eixo y D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 6 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados s espaçamento das barras da armadura transversal t espessura te espessura efetiva x altura da linha neutra y profundidade da região de compressão uniforme z braço da alavanca 4.2 Letras maiúsculas A área bruta da seção transversal As área da seção transversal da armadura longitudinal de tração A's área da seção transversal da armadura longitudinal de compressão Asw área da seção transversal da armadura de cisalhamento As1 área da seção transversal da armadura comprimida na face de maior compressão As2 área da seção transversal da armadura na face oposta à de maior compressão Ap área da seção transversal dos cabos de protensão C fluência específica E módulo de elasticidade Ea módulo de elasticidade da alvenaria Ep módulo de elasticidade do aço do cabo de protensão Fc resultante das forças de compressão na alvenaria Fd valor de cálculo de uma ação Fs resultante das forças axiais na armadura tracionada Fs' resultante das forças axiais na armadura comprimida Fgk valor característico das ações permanentes Fk valor característico de uma ação Fqi,k valor característico da ação variável i H altura ITD indicador de tração direta K fator majorador da resistência de compressão na flexão da alvenaria L vão ou comprimento MRd momento fletor resistente de cálculo Mx momento fletor em torno do eixo x My momento fletor em torno do eixo y M'x momento fletor efetivo em torno do eixo x M'y momento fletor efetivo em torno do eixo y D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 7 M2d momento fletor de cálculo de 2ª ordem Nrd força normal resistente de cálculo R coeficiente redutor devido à esbeltez Rd esforço resistente de cálculo Sd esforço solicitante de cálculo Va força cortante absorvida pela alvenaria Vd força cortante de cálculo W módulo de resistência de flexão 4.3 Letras gregas αe razão entre os módulos de elasticidade do aço e da alvenaria δ coeficiente auxiliar para cálculo de espessura efetiva ∆T variação da temperatura ∆σ variação média da tensão de protensão εs deformação na armadura tracionada εc deformação máxima na alvenaria comprimida Φ diâmetro γg coeficiente de ponderação das ações permanentes γq coeficiente de ponderação das ações variáveis γm coeficiente de ponderação das resistências λ índice de esbeltez ψo coeficiente para redução de ações variáveis ρ taxa geométrica de armadura longitudinal σ tensão normal σt tensão normal de tração σc tensão normal de compressão τ tensão de cisalhamento τvd tensão de cálculo convencional de cisalhamento θ rotação θa ângulo de desaprumo D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 8 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 5 Requisitos 5.1 Qualidade da estrutura A solução estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à durabilidade da estrutura, conforme 5.1.1 a 5.1.3. 5.1.1 Capacidade resistente O projeto deve ser consistente de modo a assegurar a segurança à ruptura. 5.1.2 Desempenho em serviço A estrutura não pode apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada e deve ter capacidade de manter-se em condições plenas de utilização durante sua vida útil. 5.1.3 Durabilidade da estruturaA estrutura deve ter capacidade de resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo projetista estrutural e seu contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto. 5.2 Qualidade do projeto O projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado, adotando-se: a) sistema estrutural adequado à função desejada para a edificação; b) ações compatíveis e representativas; c) dimensionamento e verificação de todos os elementos estruturais presentes; d) especificação de materiais e componentes apropriados e de acordo com os dimensionamentos efetuados; e) procedimentos de controle para projeto. O projeto estrutural, antes de ser liberado para execução, deve ser devidamente compatibilizado com os projetos das demais especialidades técnicas. As interferências desses outros projetos em elementos de alvenaria estrutural devem ser solucionadas antes de sua aprovação final. 5.3 Documentação do projeto O projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituído por desenhos técnicos e especificações. Esses documentos devem conter todas as informações necessárias à execução da estrutura de acordo com os critérios adotados, conforme descrito em 5.3.1 e 5.3.2. 5.3.1 Desenhos técnicos O projeto deve apresentar desenhos técnicos detalhando as fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevações de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas e elevações podem ser representadas parcialmente. Devem ser apresentados, sempre que presentes: a) posicionamento dos blocos ou tijolos especiais; b) detalhes de amarração das paredes; D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 9 c) localização dos pontos grauteados e das armaduras; d) posicionamento das juntas de controle e de dilatação. 5.3.2 Especificações As especificações de projeto devem conter as resistências características à compressão dos prismas ocos e prismas cheios, e grautes, as faixas de resistência média à compressão (ou as classes conforme a ABNT NBR 13281) das argamassas, assim como a categoria, classe e bitola dos aços a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resistência sugeridos para os blocos ou tijolos, de forma que as resistências de prisma especificadas sejam atingidas. O planejamento e procedimentos de controle devem atender a ABNT NBR 16868-2. 5.4 Avaliação da conformidade do projeto 5.4.1 Entende-se por avaliação de conformidade do projeto de estruturas de alvenaria a verificação e a análise crítica do projeto, realizadas com o objetivo de avaliar se o projeto atende aos requisitos aplicáveis. 5.4.2 A avaliação da conformidade do projeto de estruturas de alvenaria deve contemplar, entre outras, as seguintes atividades (integral ou parcialmente): a) verificar se as premissas adotadas para o projeto estão de acordo com o previsto nesta Parte da ABNT NBR 16868 e se todos os seus requisitos foram considerados; b) analisar as considerações de cálculo e verificar os resultados dos cálculos; c) analisar os desenhos que compõem o projeto, inclusive os detalhes construtivos. 5.4.3 A avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada por profissional habilitado e independente em relação ao projetista da estrutura. A avaliação deve ser registrada em documento específico que deve acompanhar a documentação do projeto citada nesta Parte da ABNT NBR 16868. 5.4.4 A responsabilidade pela escolha do profissional que for realizar a avaliação da conformidade do projeto cabe ao contratante do projeto da estrutura. Esta responsabilidade pode ser do proprietário da obra, que, no caso de não ter os conhecimentos técnicos necessários para a escolha do profissional responsável pela avaliação da conformidade do projeto, pode designar um representante ou preposto para substituí-lo nesta atribuição. 5.4.5 A avaliação da conformidade do projeto é obrigatória e deve ser realizada antes da fase de construção e, de preferência, simultaneamente com a fase de projeto. NOTA É recomendável que o profissional escolhido para realizar a avaliação da conformidade do projeto possua experiência em estruturas de alvenaria. 5.4.6 Recomenda-se ao projetista da estrutura alertar o seu contratante sobre a obrigatoriedade da avaliação da conformidade do seu projeto nos termos previstos nesta subseção. Cabe ao contratante informar ao projetista da estrutura quem é o profissional responsável pela avaliação da conformidade do projeto. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 10 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes 6.1 Componentes 6.1.1 Blocos e tijolos A especificação dos blocos de concreto deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 6136. A especificação dos blocos e tijolos cerâmicos deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 15270-1. 6.1.2 Argamassa As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281. Para evitar risco de fissuras, recomenda-se especificar a resistência à compressão da argamassa limitada a 1,5 vez da resistência característica especificada para bloco. A resistência da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13279. Alternativamente, podem-se utilizar as especificações da ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. 6.1.3 Graute Quando especificado o graute, sua influência na resistência da alvenaria deve ser verificada em laboratório, nas condições de sua utilização. A avaliação da influência do graute na compressão deve ser feita mediante o ensaio de compressão de prismas, pequenas paredes ou paredes. Para consideração das sugestões da Tabela F.1, a resistência à compressão característica deve ser especificada com valor mínimo de 15 MPa. A resistência característica do graute deve ser determinada de acordo com as ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. 6.1.4 Aço A especificação do aço deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 7480. Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, pode-se admitir o módulo de elasticidade do aço igual a 210 GPa. 6.2 Alvenaria 6.2.1 Propriedades Os valores das propriedades da alvenaria podem ser adotados de acordo com a Tabela 1. Com relação à geometria, a parede construída com junta amarrada no plano da parede pode ser estrutural. Toda parede com junta não amarrada no seu plano deve ser considerada não estrutural, salvo se existir comprovação experimental de sua eficiência. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 11 Tabela 1 — Propriedades da alvenaria Componente Propriedade Valor Bloco de concreto Módulo de deformação longitudinal 800 fpk se fbk ≤ 20 MPa 750 fpk se fbk = 22 e 24 MPa 700 fpk se fbk ≥ 26 MPa Coeficiente de Poisson 0,20 Coeficiente de dilatação térmica linear 9,0 × 10-6 °C-1 Coeficiente de deformação unitária por retração da alvenaria a 500 × 10 -6 mm/mm Coeficiente de fluência específica (considerando tensões na área líquida, ajustar os valores para área bruta conforme o caso). 0,36 mm/m/MPa Bloco cerâmico Módulo de deformação longitudinal 600 fpk Coeficiente de Poisson 0,15 Coeficiente de dilatação térmicalinear 6,0 × 10-6 °C-1 Coeficiente de expansão por umidade 300 × 10-6 mm/mm Coeficiente de fluência específica (considerando tensões na área líquida, ajustar os valores para área bruta conforme o caso) 0,15 mm/m/MPa Tijolo cerâmico Módulo de deformação longitudinal 600 fpk Coeficiente de Poisson 0,15 Coeficiente de dilatação térmica linear 6,0 × 10-6 °C-1 Coeficiente de expansão por umidade 300 × 10-6 mm/mm Coeficiente de fluência específica 0,15 mm/m/MPa a Este valor deve ser aumentado para 600 × 10-6 mm/mm quando os blocos forem produzidos sem cura a vapor e na verificação de perdas quando a protensão for aplicada antes de 14 dias após a execução da parede. 6.2.2 Resistências 6.2.2.1 Valores de cálculo A resistência de cálculo é obtida pela resistência característica dividida pelo coeficiente de ponderação das resistências. 6.2.2.2 Coeficientes de ponderação das resistências Os valores para verificação no estado-limite último (ELU) estão indicados na Tabela 2 e são adequados para obras executadas de acordo com as especificações da ABNT NBR 16868-2. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 12 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Tabela 2 — Valores de γm Combinações Alvenaria Graute Aço Normais 2,0 2,0 1,15 Especiais ou de construção 1,5 1,5 1,15 Excepcionais 1,5 1,5 1,0 Para verificações do ELS, deve ser utilizado o valor γm = 1,0. 6.2.2.3 Compressão simples A resistência característica à compressão simples da alvenaria fk deve ser determinada com base no ensaio de paredes (ver ABNT NBR 16868-3). No caso de alvenaria de blocos de 190 mm de altura e junta de argamassa de 10 mm, esse valor pode ser estimado como 70 % da resistência característica de compressão simples de prisma fpk ou 85 % da pequena parede fppk. No caso de uso de tijolos, a resistência característica à compressão simples da alvenaria pode ser estimada como 60 % da resistência característica de compressão simples de prisma fpk. As resistências características de paredes ou prismas devem ser determinadas de acordo com as especificações da ABNT NBR 16868-3. Se as juntas horizontais forem assentadas com argamassa parcial (argamassa horizontal disposta apenas sobre as paredes longitudinais dos blocos) e se a resistência for determinada com base no ensaio de prisma ou pequena parede, moldados com a argamassa aplicada em toda a área líquida dos blocos, a resistência característica à compressão simples da alvenaria deve ser corrigida pelo fator 0,80. Quando a geometria do bloco não permitir alinhamento vertical entre os septos transversais dos blocos na elevação da parede, o cálculo deve ser feito considerando argamassa parcial. Pontos eventuais de desalinhamento podem ser desconsiderados. As correlações indicadas nesta subseção podem ser alteradas, desde que justificadas por resultados de ensaios. 6.2.2.4 Compressão na flexão As condições de obtenção da resistência fk devem ser as mesmas da região comprimida da peça no que diz respeito à porcentagem de preenchimento com graute e à direção da resultante de compressão relativa à junta de assentamento. Na verificação de tensões localizadas, na direção normal às juntas de assentamento, considerando a distribuição linear de tensões sem plastificação, a resistência à compressão na flexão pode ser admitida: na flexão fora do plano da parede: igual a 1,5 fk para trecho não grauteado de alvenaria e a 2,0 fk para trecho totalmente grauteado de alvenaria; na flexão no plano da parede: igual a 1,5 fk para trecho não grauteado de alvenaria e a para trecho grauteado de alvenaria. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 13 Quando a compressão ocorrer em direção paralela às juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resistência característica na flexão pode ser: a) igual à resistência à compressão na direção perpendicular às juntas de assentamento, se a região comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada; b) igual a 50 % da resistência à compressão na direção perpendicular às juntas de assentamento, em caso contrário. 6.2.2.5 Tração na flexão Permite-se a consideração da resistência à tração da alvenaria sob flexão, segundo os valores característicos especificados na Tabela 3, válida para assentamento com juntas verticais preenchidas. Tabela 3 — Valores característicos da resistência à tração na flexão – ftk Resistência média a compressão da argamassa ftk MPa Direção da tração perpendicular à fiada Direção da tração paralela à fiada Entre 1,5 e 3,4 MPa 0,10 0,20 Entre 3,5 e 7,0 MPa 0,20 0,40 Acima de 7,0 MPa 0,25 0,50 6.2.2.6 Cisalhamento na alvenaria As resistências características ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes são os valores apresentados na Tabela 4, em função da faixa de resistência da argamassa. Os valores são válidos para assentamento com juntas verticais preenchidas durante o assentamento. Tabela 4 — Valores característicos da resistência ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes (fvk) Resistência média a compressão da argamassa fvk MPa Entre 1,5 e 3,4 MPa 0,10 + 0,5 σ ≤ 1,0 Entre 3,5 e 7,0 MPa 0,15 + 0,5 σ ≤ 1,4 Acima de 7,0 MPa 0,35 + 0,5 σ ≤ 1,7 σ é a tensão normal de pré-compressão na junta, considerando-se apenas as ações permanentes ponderadas por coeficiente igual a 0,9 (ação favorável). A resistência característica ao cisalhamento na interface vertical de paredes com juntas amarradas pode ser igual a 0,60 MPa. Para peças de alvenaria estrutural submetidas à flexão e quando existirem armaduras perpendiculares ao plano do cisalhamento e envoltas por graute, a resistência característica ao cisalhamento pode ser obtida por: fvk = 0,35 + 17,5 ρ ≤ 0,7 MPa D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 14 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Sendo bd As=ρ a taxa geométrica de armadura, limitada ao valor máximo igual a 2 %; onde As é a área da armadura principal de flexão; b é a largura da seção transversal; d é a altura útil da seção transversal. 6.2.2.7 Aderência Os valores da resistência característica de aderência podem ser adotados de acordo com a Tabela 5. Tabela 5 — Resistência característica de aderência em função do tipo de barra de aço Tipo de aderência Resistência característica de aderência MPa Barras corrugadas Barras lisas Entre aço e argamassa 0,10 0,00 7 Segurança e estados-limite 7.1 Critérios de segurança Os critérios de segurança desta Parte da ABNT NBR 16868 baseiam-se na ABNT NBR 8681. 7.2 Estados-limite Devem ser considerados todos os estados-limite últimos e estados-limite de serviço. 7.3 Estados-limite últimos (ELU) A segurança deve ser verificada em relação aos seguintes ELU: a) ELU da perda do equilíbrio da estrutura como corpo rígido; b) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte; c) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem; d) ELU provocado por solicitações dinâmicas; e) ELU de colapso progressivo (ver Anexo A para detalhes de critério normativo); f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais. D oc um ento im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 15 7.4 Estados-limite de serviço (ELS) Os estados-limite de serviço estão relacionados à durabilidade, aparência, conforto do usuário e funcionalidade da estrutura. Devem ser verificados os ELS relativos a: a) danos que comprometam apenas o aspecto estético da construção ou a durabilidade da estrutura; b) deformações excessivas que afetem a utilização normal da construção ou seu aspecto estético; c) vibração excessiva ou desconfortável. 8 Ações na análise estrutural 8.1 Disposições gerais Para ações na análise estrutural deve-se considerar ABNT NBR 8681. 8.2 Ações a considerar Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura, levando-se em conta os possíveis estados-limite últimos e os de serviço. As ações a serem consideradas classificam-se em: a) ações permanentes; b) ações variáveis; c) ações excepcionais. 8.3 Ações permanentes São ações que apresentam valores com pequena variação em torno de sua média durante praticamente toda a vida da estrutura. 8.3.1 Ações permanentes diretas 8.3.1.1 Peso específico Na falta de uma avaliação precisa para o caso considerado, podem-se utilizar os seguintes valores como peso específico aparente de alvenarias, sem revestimentos, devendo-se acrescentar o peso do graute, quando existente: a) valor de 14 kN/m3 para a alvenaria de blocos de concretos vazados; b) valor de 12 kN/m3 para a alvenaria de blocos cerâmicos vazados com paredes vazadas; c) valor de 14 kN/m3 para a alvenaria de blocos cerâmicos vazados com paredes maciças; d) valor de 18 kN/m3 para a alvenaria de tijolos maciços. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 16 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 8.3.1.2 Elementos construtivos fixos e instalações permanentes As massas específicas dos materiais de construção usuais podem ser obtidas na ABNT NBR 6120. As ações devidas às instalações permanentes devem ser consideradas com os valores nominais fornecidos pelo fabricante. 8.3.1.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos que provêm de materiais granulosos ou líquidos não removíveis. Os valores para a massa específica dos materiais granulosos mais comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.3.2 Ações permanentes indiretas São ações impostas pelas imperfeições geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais. 8.3.2.1 Imperfeições geométricas locais São consideradas quando do dimensionamento dos diversos elementos estruturais. 8.3.2.2 Imperfeições geométricas globais Para edifícios de andares múltiplos, deve ser considerado um desaprumo global, pelo ângulo de desaprumo θa , em radianos, conforme apresentado na Figura 1. Figura 1 — Imperfeições geométricas globais O ângulo de desaprumo é calculado conforme descrito a seguir: HHa 40 1 100 1 ≤=θ onde H é a altura total da edificação, expressa em metros (m). D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 17 8.4 Ações variáveis São aquelas que apresentam variação significativa em torno de sua média durante toda a vida da estrutura. 8.5 Cargas acidentais As cargas acidentais são aquelas que atuam sobre a estrutura de edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos etc). Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.6 Ação do vento As forças devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123. 8.7 Ações excepcionais Consideram-se excepcionais as ações decorrentes de explosões, impactos, incêndios, sismos etc. No caso de considerar ações como explosões e impactos, recomendações são indicadas em A.2. 8.8 Valores das ações 8.8.1 Valores representativos As ações são quantificadas pelos seus valores representativos, que podem ser: a) valores característicos Fk, conforme a ABNT NBR 8681; b) valores convencionais excepcionais, que são os valores arbitrados para ações excepcionais; c) valores reduzidos de ações variáveis, em função de combinação de ações, conforme 8.8.2. 8.8.2 Valores reduzidos de ações variáveis Considerando-se que é muito baixa a probabilidade de que duas ou mais ações variáveis de naturezas diferentes ocorram com seus valores característicos de maneira simultânea, podem ser especificados os valores reduzidos para essas ações. Para o caso de verificações de estados-limite últimos, esses valores são ψ0Fk (conforme 8.9.8). Os valores de ψ0 constam na ABNT NBR 8681:2003 Versão corrigida:2004, Tabela 6, ou no resumo apresentado na Tabela 6 desta Parte da ABNT NBR 16868, para alguns casos mais comuns. Tabela 6 — Coeficientes para redução de ações variáveis Ações Edificações ψ0 Cargas acidentais em edifícios Edifícios residenciais 0,5 Edifícios comerciais 0,7 Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 Vento Edificações em geral 0,6 D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 18 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 8.8.3 Valores de cálculo Os valores de cálculo Fd são obtidos por meio dos valores representativos apresentados em 8.8.1, multiplicados por coeficientes de ponderação que constam na ABNT NBR 8681:2003 Versão corrigida:2004, Tabelas 1 a 5, ou no resumo apresentado na Tabela 7 desta Parte da ABNT NBR 16868 para alguns casos mais comuns. Tabela 7 — Coeficientes de ponderação para combinações normais de ações Categoria da ação Tipo de estrutura Efeito Desfavorável Favorável Permanentes Edificações Tipo 1 a e pontes em geral 1,35 0,9 Edificações Tipo 2 b 1,40 0,9 Variáveis Edificações Tipo 1 a e pontes em geral 1,50 ― Edificações Tipo 2 b 1,40 ― a Edificações Tipo 1 são aquelas em que as cargas acidentais superam 5 kN/m2. b Edificações Tipo 2 são aquelas em que as cargas acidentais não superam 5 kN/m2. 8.9 Combinação de ações 8.9.1 Para cada tipo de carregamento, devem ser consideradas todas as combinações de ações que possam acarretar os efeitos mais desfavoráveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura. 8.9.2 As ações permanentes devem ser sempre consideradas. 8.9.3 As ações variáveis devem ser consideradas apenas quando produzirem efeitos desfavoráveis para a segurança. 8.9.4 As ações variáveis móveis devem ser consideradas em suas posições mais desfavoráveis para a segurança. 8.9.5 Recomendações informativas para prevenção de danos contra colapso progressivo decorrente de ações como impactos e explosões são encontradas no Anexo A. 8.9.6 As ações incluídas em cada combinação devem ser consideradas com seus valores representativos multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderação. 8.9.7 As combinações de ações são apresentadas na ABNT NBR 8681 para as combinações últimas das ações e para combinações de utilização ou serviço. 8.9.8 As combinações últimas para carregamentos permanentes e variáveis devem ser obtidas por: Fd = γgFG,k + γq (FQ1,k + ∑ψ0jFQj,k) ondeFd é o valor de cálculo para a combinação última; γg é o ponderador das ações permanentes (ver Tabela 7); FG,k é o valor característico das ações permanentes; D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 19 γq é o ponderador das ações variáveis (ver Tabela 7); FQ1,k é o valor característico da ação variável considerada principal; ψ0jFQj,k representa os valores característicos reduzidos das demais ações variáveis (conforme 8.8.2 e Tabela 6). 8.9.9 Devem ser consideradas todas as combinações necessárias para que se obtenha o maior valor de Fd, alternando-se as ações variáveis que são consideradas como principal e secundária. 9 Análise estrutural 9.1 Disposições gerais 9.1.1 Objetivos da análise estrutural A análise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre o equilíbrio de cada um dos seus elementos e na estrutura como um todo, bem como o caminho descrito pelas ações, sejam elas verticais ou horizontais, desde o seu ponto de aplicação até a fundação, ou onde se suponha que seja o limite da estrutura de alvenaria. 9.1.2 Premissas da análise estrutural A análise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre considerando o equilíbrio tanto em cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo. O caminho descrito pelas ações, sejam elas verticais ou horizontais, deve estar claramente especificado desde o seu ponto de aplicação até a fundação, ou onde se suponha que seja o final da estrutura de alvenaria. 9.1.3 Estabilidade global de edifícios A verificação da estabilidade global de edifícios deve atender à condição de que os efeitos de 2ª ordem não sejam superiores a 10 % dos efeitos de 1ª ordem. Essa verificação pode ser feita pelo parâmetro γz, conforme a ABNT NBR 6118. NOTA Esta especificação não elimina a necessidade de verificação de efeitos locais de 2ª ordem. 9.1.4 Hipóteses básicas A análise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um comportamento elástico- linear para os materiais, mesmo para verificação de estados-limite últimos. A consideração aproximada da não linearidade física pode ser realizada admitindo a rigidez dos elementos estruturais com os seguintes valores: a) vigas: (EaI)sec = 0,4 EaI; b) paredes e pilares: (EaI)sec = 0,8 EaI. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 20 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados A dispersão de qualquer ação vertical concentrada ou distribuída sobre um trecho de um elemento ocorre por uma inclinação de 45°, em relação ao plano horizontal, podendo-se utilizar essa especificação tanto para a determinação da parte de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma ação quanto para a parte de um carregamento que eventualmente atue sobre um elemento, conforme a Figura 2. Figura 2 — Dispersão de ações verticais 9.1.5 Disposições específicas para os elementos Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme as disposições em 9.2 a 9.7. Sempre que os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se o equilíbrio na configuração deformada. 9.2 Vigas 9.2.1 Vão efetivo O vão efetivo deve ser tomado como a distância livre entre as faces dos apoios, acrescida de cada lado do vão do menor valor entre: a) metade da altura da viga; b) distância do eixo do apoio à face do apoio. 9.2.2 Carregamento para vigas O carregamento pode ser considerado de acordo com o princípio geral de dispersão das ações no material alvenaria que ocorre por um ângulo de 45°, conforme 9.1.4, respeitando-se as considerações de 9.7, conforme a Figura 3. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 21 Legenda h altura da viga Ie vão da viga a distância livre entre apoios Figura 3 — Determinação da região que carrega a viga segundo a regra de dispersão de cargas verticais 9.2.3 Flecha imediata Para uma avaliação aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a expressão de inércia equivalente dada a seguir: aII a r a a r eq IIM MI M MI ≤ −+ = 33 1 onde Ia é o momento de inércia da seção bruta de alvenaria; III é o momento de inércia da seção fissurada de alvenaria; Ma é o momento máximo no vão da viga, considerando o estado-limite de serviço na combinação quase permanente; Mr é o momento de fissuração = ( ) a t ktk I y f σ+ onde ftk é a resistência de tração na flexão; D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 22 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados σk é a tensão de compressão axial aplicada na seção; yt é a distância do centróide da seção não-fissurada ao bordo mais tracionado. 9.2.4 Deformação por fluência Para estimar a deformação por fluência, pode-se considerar: + +×= 'ρ501 11inicial Flechafinal Flecha Com bd A'' s=ρ na seção central para vão de viga com dois apoios ou no apoio para vão em balanço. 9.3 Pilares 9.3.1 Altura efetiva A altura efetiva (he) de um pilar, em cada uma das direções principais da sua seção transversal, deve ser considerada igual: a) à altura do pilar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais ou as rotações das suas extremidades, na direção considerada; b) ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja o deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade, na direção considerada. 9.3.2 Seção transversal Para o cálculo das características geométricas, a seção transversal deve ser calculada desconsiderando- se os revestimentos. 9.3.3 Carregamento para os pilares Excentricidades nos carregamentos sobre pilares devem ser consideradas, sendo necessário, nesse caso, dimensionar os pilares sob flexão composta. 9.4 Paredes 9.4.1 Altura efetiva A altura efetiva (he) de uma parede deve ser considerada igual: a) para casos em que não haja travamento lateral transversal à parede: à altura da parede, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades superior e inferior; ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja conjuntamente o deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade superior ou inferior. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 23 b) para casos em que haja travamento lateral transversal à parede: veh h≤ α ⋅ e v h0 7eh , h l≤ ⋅ α ⋅ ⋅ α ⋅ Devendo ser considerado o menor valor de he. onde αv é o coeficiente de esbeltez vertical: = 1,0 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas duas extremidades superior e inferior;= 2,5 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais em uma das extremidades superior ou inferior αh é o coeficiente de esbeltez horizontal: = 1,0 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas duas extremidades esquerda e direita; = 2,5 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais em uma das extremidades esquerda ou direita; h é a altura do painel; l é a largura do painel. As paredes de travamento devem ter comprimento mínimo (calculado descontando a espessura da parede sendo travada) igual a 1/5 da altura da parede sendo travada e no mínimo a mesma espessura desta. Além disso, as paredes de travamento devem ter travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades superior e inferior. 9.4.2 Espessura efetiva A espessura efetiva (te) de uma parede sem enrijecedores correspondente à sua espessura (t), não sendo considerados os revestimentos. A espessura efetiva de uma parede com enrijecedores regularmente espaçados deve ser calculada de acordo com a expressão: te = δ t onde te é a espessura efetiva da parede; δ é um coeficiente calculado de acordo com a Tabela 8 e parâmetros dados pela Figura 4; t é a espessura da parede na região entre os enrijecedores. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 24 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados Tabela 8 — Valores do coeficiente δ (interpolar para valores intermediários) ℓenr / eenr tenr / t = 1 tenr / t = 2 tenr / t = 3 6 1,0 1,4 2,0 8 1,0 1,3 1,7 10 1,0 1,2 1,4 15 1,0 1,1 1,2 20 ou mais 1,0 1,0 1,0 onde ℓenr é o espaçamento entre os eixos de enrijecedores adjacentes; eenr é a espessura dos enrijecedores; tenr é o comprimento dos enrijecedores; t é a espessura da parede. Figura 4 — Parâmetros para cálculo da espessura efetiva de paredes A espessura efetiva é utilizada apenas para o cálculo do índice de esbeltez da parede, conforme 10.1.2, e não pode ser utilizada para o cálculo da área da seção resistente quando a parede apresentar enrijecedores. 9.5 Seção resistente A seção resistente de uma parede é sempre calculada desconsiderando-se os revestimentos, salvo projeto específico de reforço. 9.6 Interação entre elementos de alvenaria A interação de elementos adjacentes deve ser considerada quando se assegurar que as forças de interação podem se desenvolver entre esses elementos e que há resistência suficiente na interface para transmiti-las. O modelo de cálculo adotado deve ser compatível com o processo construtivo. Caso seja considerada a interação de paredes, deve ser verificada e assegurada a resistência de cisalhamento das interfaces. A abertura cuja maior dimensão seja menor ou igual a 61 cm e menor que 1/4 do menor valor entre a altura e o comprimento da parede na qual se insere pode ser desconsiderada para efeito de interação, D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 25 desde que as extremidades da abertura estejam afastadas pelo menos 60 cm de cada extremidade da parede. Quando houver mais de uma abertura na mesma parede, essa consideração só é permitida quando o trecho de parede entre duas aberturas for superior a 60 cm. 9.6.1 Interação para cargas verticais 9.6.1.1 Interação de paredes em cantos e bordas (amarração “L”, “T” e “X”) Deve-se considerar que existe a interação quando se tratar de borda ou canto com amarração direta. Em outras situações de ligação, que não a de amarração direta, a interação não pode ser considerada. 9.6.1.2 Interação pelas aberturas As interações pelas aberturas em paredes podem ser consideradas. As dimensões das aberturas devem ser descontadas da área da parede no dimensionamento. 9.6.2 Interação para ações horizontais 9.6.2.1 Interação em flanges Considera-se que existe a interação quando se tratar de flange com amarração direta. Em outras situações de ligação, que não a de amarração direta, a interação não pode ser considerada. O comprimento de cada flange não pode exceder o limite apresentado em 10.1.3. Em nenhuma hipótese pode existir superposição de flanges no dimensionamento. Os flanges devem ser utilizados tanto para o cálculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para o cálculo das tensões normais devidas à flexão, provenientes das ações horizontais, não sendo permitida a sua contribuição na absorção dos esforços cortantes no dimensionamento. 9.6.2.2 Interação pelas aberturas As interações pelas aberturas em paredes podem ser consideradas. As dimensões das aberturas devem ser descontadas da área da parede no dimensionamento. Na associação de painéis de contraventamento, é obrigatória a verificação dos esforços internos ou das tensões resultantes nos elementos de ligação, como os trechos sob e sobre as aberturas. 9.7 Interação entre a alvenaria e as estruturas de apoio O carregamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com o esquema estrutural adotado para o edifício, representando a trajetória prevista para as tensões. São proibidas reduções nos valores a serem adotados, como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na consideração do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos nesse fenômeno, inclusive a concentração de tensões que se verifica na alvenaria, o cisalhamento na interface, tensões normais axiais e de flexão e de cisalhamento na estrutura de apoio, e demais solicitações. As concentrações de tensões na alvenaria nas regiões próximas aos apoios devem ser sempre consideradas. Na verificação dessas tensões, pode-se considerar aumento no valor de fk multiplicado pelo valor K indicado em 11.5.2. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 26 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 10 Limites para dimensões, deslocamentos e fissuras 10.1 Dimensões-limite 10.1.1 Espessura efetiva de paredes ou pilar Para edificações de mais de dois pavimentos, não se admite parede ou pilar estrutural com espessura efetiva inferior a 14 cm. 10.1.2 Esbeltez O índice de esbeltez é a razão entre a altura efetiva e a espessura efetiva da parede ou pilar, calculado conforme descrito a seguir: λ = he / te A Tabela 9 apresenta os valores máximos permitidos para a esbeltez. Tabela 9 — Valores máximos do índice de esbeltez de paredes e pilares Paredes e pilares Índice de esbeltez Não armados a 24 a Armados (devem respeitar armaduras mínimas em 12.2) 30 Paredes muito esbeltas Sem limite, desde que seja seguido o descrito no Anexo C a Em casos de construções habitacionais térreas, admitem-se paredes não armadas com índice de esbeltez menor ou igual a 30, desde que o coeficiente ponderador da resistencia da alvenaria seja considerado igual a γm = 3,0. 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento O comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite bf ≤ 6t, conforme a Figura 5. Figura 5 — Comprimento efetivo de flanges D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONALLTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 27 10.2 Cortes e juntas 10.2.1 Cortes em paredes Qualquer corte em paredes deve ser previsto no projeto estrutural. Qualquer trecho cortado deve ser descontado da seção da parede no projeto. Cortes verticais de comprimento superior a 60 cm determinam elementos distintos. Não são permitidos condutores de fluidos embutidos em paredes estruturais, exceto quando a manutenção não exigir corte. 10.2.2 Juntas de dilatação Recomenda-se prever juntas de dilatação no máximo a cada 24 m da edificação em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faça uma avaliação dos efeitos da variação de temperatura e retração sobre a estrutura, incluindo a eventual presença de armaduras adequadamente alojadas em juntas de assentamento horizontais. 10.2.3 Juntas de controle Deve ser analisada a necessidade da colocação de juntas verticais de controle de fissuração em elementos de alvenaria, com a finalidade de prevenir o aparecimento de fissuras provocadas por variação de temperatura, retração, expansão, variação brusca de carregamento e variação da altura ou da espessura da parede. Para painéis de alvenaria contidos em um único plano e na ausência de uma avaliação precisa das condições específicas do painel, recomenda-se dispor juntas verticais de controle com espaçamento máximo que não ultrapasse os limites da Tabela 10. Tabela 10 — Valores máximos de espaçamento entre juntas verticais de controle Material Localização do elemento Espaçamento máximo entre juntas verticais de controle m Alvenaria sem armadura horizontal Alvenaria com taxa de armadura horizontal maior ou igual a 0,04 % da seção transversal (altura ⋅ espessura) t ≥ 14 cm t < 14 cm t ≥ 14 cm t < 14 cm C er âm ic a Externa 10 8 12 9 Interna 12 10 15 12 C on cr et o Externa 7 6 9 8 Interna 12 10 15 12 NOTA 1 Os limites nesta tabela são reduzidos em 15 %, caso a parede tenha abertura. NOTA 2 No caso de paredes executadas com blocos de concreto não curados a vapor, os limites são reduzidos em 20 %, caso a parede não tenha abertura. NOTA 3 No caso de paredes executadas com blocos de concreto não curados a vapor, os limites são reduzidos em 30 %, caso a parede tenha abertura. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 28 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 10.2.4 Espessura das juntas horizontais A menos que explicitamente especificado no projeto, a espessura das juntas de assentamento deve ser considerada igual a 10 mm. 10.3 Deslocamentos-limite 10.3.1 Elementos de apoio das alvenarias Os elementos estruturais que servem de apoio para a alvenaria (lajes, vigas etc.) não podem apresentar deslocamentos finais maiores que L/250 e 10 mm para peças em balanço, ou L/500 e 10 mm nos demais casos, considerando ações no estado-limite de serviço, com combinação frequente. 10.3.2 Elementos fletidos em alvenaria Em elementos fletidos em alvenaria, os deslocamentos finais (incluindo os efeitos de fissuração, temperatura, retração e fluência) não podem ser maiores que L/150 e 10 mm para peças em balanço, ou L/300 e 10 mm nos demais casos. NOTA 1 Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados por contraflechas, desde que elas não sejam maiores que L/400. NOTA 2 No caso do elemento fletido em alvenaria servir de apoio a um elemento que tenha função de vedação (incluindo aqueles também estruturais) atendem-se os limites de 10.3.1. 10.3.3 Movimento lateral em edifícios Na verificação do movimento lateral em edifícios, provocado pela ação do vento para combinação frequente (ψ1 = 0,30) deve-se atender aos limites descritos a seguir: a) H/1 700, onde H é a altura total do edifício; b) Hi/850 entre pavimentos, onde Hi é o desnível entre dois pavimentos sucessivos. 11 Dimensionamento 11.1 Disposições gerais Para um elemento de alvenaria em estado-limite último, o esforço solicitante de cálculo, Sd, deve ser menor ou igual ao esforço resistente de cálculo, Rd. O dimensionamento deve ser realizado considerando-se a seção homogênea e com sua área bruta, exceto quando especificamente indicado. 11.1.1 Alvenaria não armada No projeto de elementos de alvenaria não armada submetidos a tensões normais, admite-se o seguinte: a) as seções transversais se mantêm planas após a deformação; b) as máximas tensões de tração devem ser menores ou iguais à resistência à tração da alvenaria, conforme 6.2.2.5; D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 29 c) as máximas tensões de compressão devem ser menores ou iguais à resistência à compressão da alvenaria indicada em 6.2.2.3 para a compressão simples e em 6.2.2.4 para a compressão na flexão. As seções transversais submetidas à flexão e flexocompressão são consideradas no Estádio I (alvenaria não fissurada e comportamento elástico linear dos materiais). 11.1.2 Alvenaria armada No projeto de elementos de alvenaria armada submetidos a tensões normais, admite-se o seguinte: a) as seções transversais se mantêm planas após a deformação; b) as armaduras aderentes têm a mesma deformação que a alvenaria em seu entorno; c) a resistência à tração da alvenaria é nula; d) as máximas tensões de compressão devem ser menores ou iguais à resistência à compressão da alvenaria indicada em 6.2.2.3; e) a distribuição de tensões de compressão nos elementos de alvenaria submetidos à flexão pode ser representada por um diagrama retangular, conforme 11.3.2; f) para flexão ou flexocompressão, o máximo encurtamento da alvenaria se limita a 0,30 %; g) o máximo alongamento do aço se limita a 1 %. 11.1.3 Alvenaria protendida Especificações para alvenaria protendida encontram-se no Anexo B. 11.2 Dimensionamento da alvenaria à compressão simples 11.2.1 Resistência de cálculo em paredes e pilares não armados Em paredes e pilares de alvenaria estrutural, o esforço resistente de cálculo é calculado conforme as seguintes equações: Nrd = fd × A × R (para paredes) Nrd = 0,9 fd × A × R (para pilares) onde Nrd é a força normal resistente de cálculo; fd é a resistência à compressão de cálculo da alvenaria; A é a área da seção resistente; R é o coeficiente redutor devido à esbeltez da parede = − 3 40 1 λ D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 30 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 11.2.2 Resistência de cálculo para pilares armados, com índice de esbeltez menor ou igual a 30 Em pilares de alvenaria estrutural, a resistência de cálculo é calculada conforme a seguinte equação: Nrd = (fd × A + fs × As/γs) × R onde Nrd é a força normal resistente de cálculo; fd é a resistência à compressão de cálculo da alvenaria; fs é a tensão na armadura, limitada a: fs ≤ fpk × Es/Em; fs ≤ fyk; fs ≤ 250 MPa, para espaçamento de estribos ≤ 24 × diâmetro da barra longitudinal; fs ≤ 500 MPa, para espaçamento de estribos ≤ 12 × diâmetro da barra longitudinal; As é área da seção das armaduras longitudinais contraventadas por estribos; A é área da seção resistente; R é o coeficiente redutor devido à esbeltez do pilar = − 3 40 1 λ 11.2.3 Resistência de cálculode paredes armadas, com índice de esbeltez maior que 30 A resistência deve ser de acordo com o Anexo C. 11.2.4 Forças concentradas As tensões em região de contato com as dimensões “a” e “b” maiores ou iguais a 50 mm ou t/3 devem ser menores que m pk d f k γ σ ××≤ 1,2 . onde σd é a tensão de contato em valor de projeto, somada à tensão aplicada à parede antes da inserção da carga concentrada; k é o fator para resistência de contato: em alvenaria maciça ou grauteada, nos casos em que a tensão de contato da carga concentrada é maior ou igual a 80 % da tensão 2 1 , 2,0d Ak Aσ = ≤ ; para demais casos: k = 1,0; A1 é a área de contato carregada uniformemente; D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 31 A2 é a área máxima até a extremidade da seção, de mesma forma e centro de gravidade de A1, conforme Figura 6. Em outros casos a tensão deve ser no máximo igual a fd. Esforços de fendilhamento considerados importantes devem ser verificados, podendo ser utilizado o modelo de biela e tirante da ABNT NBR 6118. Figura 6 — Cargas concentradas 11.3 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos à flexão simples 11.3.1 Alvenaria não armada Para a alvenaria não armada, o cálculo do momento fletor resistente da seção transversal pode ser feito com o diagrama simplificado indicado na Figura 7. Figura 7 — Diagrama de tensões para a alvenaria não armada D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 32 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados A máxima tensão de compressão de cálculo na flexão não pode ultrapassar o indicado em 6.2.2.4, considerando o fator de ponderação da resistência da alvenaria. A máxima tensão de tração de cálculo não pode ser superior à resistência à tração indicada em 6.2.2.5, considerando o fator de ponderação da resistência da alvenaria. 11.3.2 Alvenaria armada Para a alvenaria armada, o momento fletor resistente da seção transversal pode ser calculado com o diagrama simplificado indicado na Figura 8. Legenda d altura útil da seção x altura da linha neutra As área da armadura tracionada A's área da armadura tracionada εs deformação na armadura tracionada εc deformação máxima na alvenaria comprimida fd máxima tensão de compressão fs tensão de tração na armadura Fc resultante de compressão na alvenaria Fs resultante de forças na armadura tracionada Fs' resultante de forças na armadura tracionada Figura 8 — Diagramas de deformações e tensões para a alvenaria armada 11.3.3 Seções retangulares com armadura simples No caso de uma seção retangular fletida com armadura simples, o momento fletor resistente de cálculo é igual a: MRd = Asfsz D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 33 O braço de alavanca z é dado por: d fdb fAdz d ss 0,950,51 ≤ −= onde fs é a tensão no aço, limitada a: bloco de concreto: fyk; bloco ou tijolo cerâmico, vazado em contato com o graute com faces lisas: • fyk, para barras de 10 mm; • 0,75 fyk, para barras de 12,5 mm; • 0,50 fyk, para barras de 16 mm ou superior; bloco cerâmico,vazado em contato com o graute com faces com ranhuras: fyk (a Figura 9 ilustra exemplo de vazado ranhurado de boa aderência). NOTA 1 Ranhuras de pelo menos 3 mm de profundidade e 10 mm de largura, espaçadas não mais que 10 mm, continuamente distribuídas ao longo do perímetro. NOTA 2 É necessário que o projetista indique no projeto a condição de necessidade de ranhura. Dimensões em milímetros Figura 9 — Exemplo de vazados ranhurados de boa aderência Para limitar a posição da linha neutra a 0,45 d, de forma a assegurar a ductilidade, o valor de MRd não pode ser maior que: MRd ≤ 0,3 fd b d2 11.3.4 Seções com flanges (flexão no plano do elemento) O momento resistente de cálculo é igual a: MRd = Asfsz D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 34 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados O braço de alavanca z é dado por: d fdb fAdz dm ss 0,950,51 ≤ −= O valor de MRd obtido para as seções de paredes com flanges não pode ser maior que: fd bmtf (d – 0,5tf) A largura do flange, bf, deve respeitar os limites de 10.1.3, e a largura da mesa bm não pode ser maior que 1/3 da altura da parede, conforme a Figura 10. A espessura do flange, tf, não pode ser maior que 0,5 d. Figura 10 — Seções transversais de paredes com flanges 11.3.5 Seções com armaduras isoladas (flexão em plano perpendicular ao do elemento) Em seções com armaduras concentradas localmente, a largura paralela ao eixo de flexão não pode ser considerada superior a seis vezes a dimensão da sua espessura, conforme a Figura 11. Neste caso considera-se a área líquida do bloco. Figura 11 — Largura de seções com armaduras concentradas D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 35 11.3.6 Vigas-parede Quando a razão vão/altura de uma viga for inferior a três, ela deve ser tratada como uma viga-parede. Neste caso, a resultante de tração deve ser absorvida por armadura longitudinal, calculada com braço de alavanca igual a 2/3 da altura, não se tomando valor maior que 70 % do vão. Deve-se ainda verificar a compressão na região superior da parede. É recomendado dispor uma armadura em cada junta horizontal da face inferior da viga até a distância de 0,5 d ou 0,5 Lef (o que for menor), com área mínima de 0,04 % da área da seção. A Figura 12 indica as dimensões a serem consideradas no dimensionamento. Figura 12 — Detalhes para vigas altas 11.4 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento 11.4.1 Tensões de cisalhamento A tensão de cisalhamento deve ser calculada conforme descrito a seguir: hb Vd vd =τ , para peças de alvenaria não armada; db Vd vd =τ , para peças de alvenaria armada. Em seções com flanges, deve-se tomar apenas a área da alma da seção para o cálculo da tensão de cisalhamento. No caso de vigas com cargas uniformemente distribuídas, para levar em conta o efeito de arqueamento das tensões de cisalhamento próximas aos apoios, pode-se tomar o valor de Vd a uma distância igual a d/2 da face de apoio. D oc um en to im pr es so e m 2 3/ 09 /2 02 0 14 :5 3: 03 , d e us o ex cl us iv o de A N H AN G U ER A ED U C AC IO N AL L TD A Documento impresso em 23/09/2020 14:53:03, de uso exclusivo de ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA ABNT NBR 16868-1:2020 36 © ABNT 2020 ─ Todos os direitos reservados 11.4.2 Verificação da resistência A tensão de cisalhamento de cálculo, τvd, não pode superar a resistência de cálculo obtida a partir dos valores característicos da resistência ao cisalhamento, fvk, especificados em 6.2.2.6,
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