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SAÚDE MENTAL- ESQUIZOFRENIA

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SAÚDE MENTAL- ESQUIZOFRENIA
GABRIELA NUNES PASCOAL
Psicoses:
- Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos;
- “Psicose é rompimento no teste de realidade, seja por experiências sensoriais que
não são habituais do indivíduo (p.ex. alucinações), seja por ter uma crença que não é
aceita pela maioria das pessoas (p.ex. um delírio).";
- Caracterizada por um alteração da crítica da realidade na qual o indivíduo tem uma
vivência não compartilhada culturalmente e com impacto funcional.
Sintomas característicos dos transtornos psicóticos:
Critério A - DSM 5 (2 ou mais, sendo que 1 do primeiro grupo deve estar presente):
• Delírios;
• Alucinações;
• Discurso desorganizado;
• Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico;
• Sintomas negativos;
• Níveis acentuadamente baixos de funcionamento em uma ou mais áreas principais:
- Trabalho/estudos
- Relacionamentos interpessoais
- Autocuidados
Delírios:
• Crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes;
• Conteúdo:
- Persecutório (crença de que será atacado/assediado);
- De referência (gestos ou comentários são dirigidos ao indivíduo);
- Somático (preocupações referentes à saúde e função dos órgãos);
- Religioso;
- De grandeza;
- Bizarros (experiências incompreensíveis, ex: chip dentro da barriga; perda de
controle da mente/corpo, ex: inserção de pensamentos, controle).
● Distinguir um delírio de uma idéia firmemente defendida pode ser difícil. Depende,
em parte, do grau de convicção em que a crença é defendida, apesar de crenças
contraditórias claras ou razoáveis acerca de sua veracidade.
Psicopatologia e semiologia:
- Ao longo da entrevista verificar:
• Como flui o pensamento? É lento e difícil? Chega ao ponto ou fica orbitando em temas
secundários?
• Qual a forma e o tipo do pensamento? É coerente e bem compreensível? Vago? É muito
concreto ou tem capacidade de abstração? Respeita a realidade?
• Caso o pensamento seja desorganizado: é do tipo confusional (alteração do nível de
consciência), demencial (alteração da cognição) ou deficitário (pobreza homogênea)?
Existem alterações típicas da esquizofrenia? Pensamento obsessivo?
• Quais os conteúdos mais recorrentes e marcantes no discurso do paciente?
Alucinações:
- Experiências semelhantes à percepção real que ocorrem sem estímulo externo;
- São vívidas e claras como a percepção real, não estando sob controle voluntário;
- Mais comuns são auditivas. Importante caracterizar se são vozes, familiares ou não,
se são percebidas como diferentes dos próprios pensamentos do indivíduo;
- Devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações e fora de contexto
religioso;
SAÚDE MENTAL- ESQUIZOFRENIA
GABRIELA NUNES PASCOAL
- Alucinações ao adormecer (hipnopômpicas) e acordar (hipnagógicas) são
consideradas normais.
1. Desorganização do pensamento e do discurso:
- Frouxidão de laços, descarrilhamento;
- Tangencialidade;
- Incoerência ou “salada de palavras”;
- Deve ser grave a ponto de prejudicar a comunicação efetiva (levar em conta contexto
cultural).
2. Comportamento motor desorganizado ou anormal ou catatonia:
- Comportamento pueril;
- Agitação psicomotora;
- Movimentos estereotipados repetidos;
- Catatonia: redução acentuada na reatividade ao ambiente. Não é específica das
psicoses:
Negativismo (resiste a instruções);
Manutenção de postura rígida, inapropriada ou bizarra;
Falta total de respostas verbais ou motoras.
3. Sintomas Negativos:
- Principalmente na Esquizofrenia;
- Expressão emocional diminuída: no rosto, no contato visual, na entonação da fala
(prosódia) e na linguagem corporal;
- Hipobulia: redução em atividades autoiniciadas, motivadas e com uma finalidade. Ex:
ficar longo período sentado, pouco interesse em atividades de lazer ou trabalho;
- Alogia: produção diminuída de discurso;
- Anedonia: capacidade reduzida de ter prazer com estímulos positivos;
- Falta de sociabilidade.
Diagnósticos de Psicoses:
1. Transtorno Delirante: 1 mês de delírios, sem outros itens da psicose.
2. Personalidade Esquizotípica: padrão global de déficits sociais, distorções cognitivas
e perceptivas, excentricidade de comportamento. Início no adolescência/começo da
fase adulta. Abaixo do limiar para diagnóstico de transtorno psicótico.
3. Duração dos sintomas:
● De 1 dia a 1 mês: Transtorno Psicótico Breve
- Com estressor bem definido (ex. periparto)
- Sem estressor bem definido
● Entre 1-6 meses: Transtorno Esquizofreniforme (não precisa ter declínio funcional)
● Maior que 6 meses: Esquizofrenia (pelo menos 1 mês de sintomas de fase ativa)
4. Correlação com Humor:
● Depressão ou mania com sintomas psicóticos:
- Psicose está presente somente quando há um transtorno de humor identificável.
● Transtorno Esquizoafetivo:
- Precisa haver psicose sem sintomas proeminentes de humor pelo menos 2 semanas
antes de começarem as manifestações de um episódio de humor.
5. Induzidos por outras condições:
- Medicamentos
- Substâncias de abuso
- Outra condição médica
SAÚDE MENTAL- ESQUIZOFRENIA
GABRIELA NUNES PASCOAL
Esquizofrenia:
• Prevalência aproximada 1% população mundial (proporção um pouco maior de homens);
• Maior prevalência entre grupos de migrantes e em zonas urbanas, quando comparadas à
rurais;
• 9o lugar entre causas de incapacidade pela OMS;
• A chance de morrer é 2,6x maior. Destaca-se o risco de suicídio, que é de 5% na
esquizofrenia (1% na pop. Geral), principalmente no período logo após alta hospitalar;
• Início costuma ser no final da adolescência, início da vida adulta. Quadros mais precoces
tendem a ser mais graves;
• Associação familiar muito forte. Risco 1% na pop geral, chega a 10% para quem tem um
irmão com esquizofrenia;
• Até 50% para quem tem ambos pais afetados;
• No entanto, 85% não têm antecedentes familiares.
Fatores de risco:
Fisiopatologia:
● Neurodegeneração e neurodesenvolvimento:
- Fase pré-mórbida: atrasos no desenvolvimento;
- Fase prodrômica: alterações na personalidade, no pensamento e no humor, muitas
vezes imperceptíveis (oportunidade de intervenção - ultra alto risco para
desenvolvimento de psicose);
- Primeiro episódio psicótico *;
- Fase de estabilidade/crônica: piora cognitiva e na funcionalidade;
● Teorias mais aceitas:
1. “Desbalanço do sistema dopaminérgico”:
- Via mesolímbica: atividade D2 excessiva justificaria sintomas positivos;
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GABRIELA NUNES PASCOAL
- Via nigro-estriatal: relacionada aos distúrbios do movimento;
- Diminuição da atividade dopaminérgica em receptores D1 do córtex pré frontal
(sintomas negativos);
2. Disfunção dos receptores NMDA glutamatérgicos
3. Interação gene-ambiente
Exames complementares:
*Descartar causas clínicas subjacentes
• Achados inespecíficos de neuroimagem:
- Alargamento ventricular;
- Reduções volumétricas em locais específicos;
• Exames de sangue:
- Hmg, TSH, sorologias HIV, sífilis…;
- Toxicológicos;
- Outros de acordo com suspeita.
Tratamento:
- O período de psicose não tratada determina alterações neurofuncionais e
neuroanatômicas. Quanto maior esse tempo, pior será o prognóstico e a resposta ao
tratamento medicamentoso.
1. Antipsicóticos:
• Típicos: Haldol, Clorpromazina (déc. 50)
• Atípicos: Olanzapina, Quetiapina, Risperidona, Aripiprazol, Ziprasidona, Clozapina,
Clopixol, Paliperidona, Clozapina...
• Monoterapia, dose adequada por 4-6 semanas, reavaliar.
• Via oral X injetável depósito
● Principais efeitos adversos dos antipsicóticos:
- Sintomas extrapiramidais: distonia, discinesia tardia, parkinsonismo e acatisia;
- Hiperprolactinemia;
- Síndrome metabólica;
- Efeitos anticolinérgicos;
- Discrasias sanguíneas;
- Sonolência;
- Hipotensão;
- Arritmias (alargamento QT);
- Diminuição do limiar convulsivo;
- Síndrome Neuroléptica Maligna.
2. Abordagens psicossociais:
• Psicoeducação: estímulo para adesão ao tratamento, reduz internações futuras
• Terapia familiar
• Psicoterapia individual (TCC)
• Casos mais refratários podem precisar de "reabilitação"
Diagnóstico diferencial:
SAÚDE MENTAL- ESQUIZOFRENIA
GABRIELA NUNESPASCOAL
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