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@MEUMUNDO.VET 
 
HISTOLOGIA 
 
A histologia (do grego: hydton = tecido + logos = estudos) é a ciência que estuda 
os tecidos biológicos, desde a sua formação (origem), estrutura (tipos diferenciados de 
células) e funcionamento. 
Tecido é o conjunto de células que atuam de maneira integrada desempenhando 
funções especificas. 
TECIDO = CÉLULAS + MATRIZ EXTRACELULAR (substância intercelular) 
Tem nessas substancias H2O, colágeno, glicoproteínas, integrinas. 
São 4 tipos de tecidos: Tecido Epitelial (revestimento, glândulas), Tecido 
Conjuntivo (tecido sanguíneo, tecido ósseo, tecido cartilaginoso), Tecido Muscular e 
Tecido Nervoso. 
O conjunto de tecido irá formar órgãos e o conjunto de órgãos formam sistemas. 
 
 Matriz extracelular (ME) – Secretada pelas próprias células: 
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No meio extracelular, pode existir proteínas de ancoragem, ou seja, proteínas 
que promovem adesão entre outras células ou com o próprio meio (intergrinas). 
O colágeno é a proteína mais abundante fora da célula (meio extracelular) e a 
proteína mais abundante dentro da célula é a aquitina. 
Funções da Matriz extracelular: 
 Preencher espaços 
 Ancoragem para as células 
 Resistências aos tecidos 
 Transportes de substâncias e migração das próprias células 
 
 
 
 
 
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TECIDO EPITELIAL 
 
- Células justapostas (unidas) 
- Apoiado em uma lâmina basal (acelular) que separa o epitélio do tecido conjuntivo 
adjacente 
- Avascular – sem vasos sanguíneos 
 
 
Embaixo de todo tecido epitelial tem um tecido conjuntivo, pois é o tecido 
conjuntivo que fornece nutriente e oxigênio por difusão para o tecido epitelial. 
 
FOLHETOS GERMINATIVOS EPITÉLIOS 
ECTODERMA EPIDERME, EPITÉLIO DO NARIZ, 
BOCA E ÂNUS. 
MESODERMA ENDOTÉLIO (VASOS SANGUINEOS) 
ENDODERMA REVESTIMENTO DO TUBO 
DIGESTÓRIO, EXCETO BOCA E ÂNUS. 
ÁRVORE RESPIRATÓRIA. 
 
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O tecido epitelial é dividido em dois tipos, revestimento e glandular. 
1. Epitélio de revestimento (revestir, proteger, absorver) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Forma das células 
 
 
Transição: Bexiga relaxada (vazia) -> Bexiga distendida (cheia). 
 
CLASSIFICAÇÃO REVESTIMENTO 
Simples pavimentoso Endotélio, pulmão, pleura, peritônio, 
pericárdio,.... 
Simples cúbico Túbulos renais, ovários,.... 
Simples prismático (ajuda na absorção, 
secreção de substância, lubrificação) 
Estômago, intestino 
Estratificado pavimentosos (as células 
são renovadas, protege quanto a perda 
excessiva de água) 
Boca, esôfago, epiderme, vagina,... 
Estratificado prismático Conjuntiva do olho, epiglote,... 
Pseudoestratificado (áreas que secretam 
muco) 
Traqueia, brônquios, fossas nasais,... 
Transição Interno das bexigas e parte das vias 
urinárias 
 
OBS: a gente classifica o tecido epitelial estratificado pela canada superficial. 
 
 
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2. Epitélio glandular (secretar) 
Secreções: 
 Mucosas: Espessas e ricas em muco Ex: Traquéia 
 Serosas: Fluidas e ricas em proteínas EX: pâncreas 
 Mistas: Ex: glândulas parótidas 
 
 
AS CELASAS
 
As células caliciformes são encontradas na traqueia, nos brônquios. 
 
Classificação do epitélio glandular quanto ao nº de células: 
A) Unicelular EX: células caliciformes 
B) Multicelular (maioria) EX: Glândulas salivares 
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Origem das Glândulas 
Existem dois tipos, exócrinas (fora do sangue) e endócrinas (dentro do sangue) 
a) A glândula surge a partir da proliferação de células de epitélios de revestimento, 
com invasão do tecido conjuntivo subjacente e posterior diferenciação. 
 
 Glândulas exócrinas 
 
As glândulas exócrinas são aquelas que eliminam sua secreção na superfície 
livre, ou seja, na superfície do corpo ou na luz de órgãos. Elas possuem ductos 
especializados para eliminar as substâncias produzidas. Assim sendo, uma glândula 
exócrina apresenta duas porções distintas: a porção secretora e os dutos 
glandulares. 
De acordo com a morfologia da parte secretora das glândulas exócrinas, é 
possível classificá-las em diferentes tipos: tubulosas, acinosas e compostas. O 
primeiro grupo, também chamado de glândulas exócrinas tubulares, possui porção 
secretora em forma de tubo. As acinosas, também chamadas de alveolares, possuem 
um formato mais arredondado. Já as glândulas exócrinas compostas são uma 
combinação das duas formas descritas anteriormente. 
Além da classificação com base na forma, podemos classificar as glândulas 
exócrinas de acordo com a forma como a célula elimina a secreção, isto é, 
em merócrinas, apócrinas e holócrinas. As glândulas merócrinas eliminam sua 
secreção de maneira que não ocorre nenhuma perda citoplasmática. Já as glândulas 
DUCTO 
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apócrinas perdem um pouco do citoplasma no momento da secreção. As holócrinas, por 
sua vez, eliminam toda a célula com a secreção, ou seja, a secreção é a própria célula. 
São exemplos de glândulas exócrinas as glândulas salivares, sudoríparas, mamárias, 
fígado, entre outras. 
 
 
→ Glândulas endócrinas 
As glândulas endócrinas destacam-se por compor o sistema endócrino e 
são responsáveis por secretar substâncias denominadas de hormônios. 
Diferentemente das glândulas exócrinas, as endócrinas não possuem ducto 
glandular e sua secreção é lançada diretamente no sangue, onde seguirá em direção 
ao órgão-alvo. Como exemplo desse tipo de glândula, podemos citar a tireoide, o ovário, 
o testículo, a suprarrenal, a hipófise e a paratireoide. 
De acordo com a organização dessas células, as glândulas endócrinas podem 
ser classificadas em dois tipos básicos: a cordonal e a folicular. A cordonal apresenta 
células que se organizam em fileiras, e a folicular possui células que se agregam 
formando uma vesícula. 
 
→ Glândulas mistas 
Alguns autores consideram ainda outra classificação para as glândulas: a 
glândula mista. Como exemplo desse tipo de glândula, podemos citar o pâncreas, que 
possui uma porção responsável por produzir hormônios (insulina e glucagon) e outra 
responsável por produzir suco pancreático, que é lançado no intestino. 
 
 
 
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TIPOS CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS 
GLÂNDULA EXÓCRINA Possuem ductos e liberam 
secreção fora do sangue 
Sudoríparas, lacrimais e 
salivares 
GLÂNDULA ENDÓCRINA Sem ductos e liberam 
secreção dentro do sangue 
(hormônios) 
Tireoide, paratireoides, hipófise 
GLÂNDULA MISTA OU ANFICRINA Possuem regiões 
endócrinas e exócrinas 
Pâncreas, ovários, testículos. 
 
 
 
Formas de secretar: 
 
 
Merócrina: Sem perda, não acontece nada. Ex: Glândulas lacrimais. 
Holócrina: Perda total (morte) Ex: glândula sebácea. 
Apócrina: Perda parcial do Citoplasma. Ex: glândula mamária. 
TECIDO CONJUNTIVO 
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- Diversos tipos de células separadas por abundante matriz extracelular (substância 
intercelular); 
- Origem Embrionária: Mesodérmica 
- Vascularizado e Inervado (Exceto cartilaginoso) 
- Funções principais: 
 Unir outros tecidos (sustentação e nutrição). 
 Preenchimento 
- Classificação: 
 Tecido Conjuntivo propriamente dito: Preenchimento; Elasticidades; 
Resistência. 
 
 Tecido Adiposo: Armazenar energia. 
 
 Tecido ósseo: Sustentação 
 
 Tecido Cartilaginoso: Sustentação. 
 
 Tecido Sanguíneo: Transporte; Defesa; .... 
 
 Tecido Hematopoiético: Produção de células sanguíneas da linfa; 
Matriz Extracelular do tecido conjuntivo (substancia intercelular): 
Preenche espaço entre as células e dependendo do tipo de tecido sua 
consistência é variável. 
É dividida em 2 tipos: 
Substância fundamental amorfa (mão tem forma): água, íons e proteínas. 
 Fibras: Colágenas (Resistência á tração), Reticulares (liga o tecido conjuntivo a 
tecido vizinhos, Elásticas (Elasticidade). 
Substância Fundamental Amorfa – “GELÉIA HIDRATADA” 
- Água sob forma de solvatação (H2O + íons + moléc, polares) 
- Íons (Na+, Cl-. K+,...)- Glicosaminoglicanos: atraem e retém agua e cátions, são gelatinosos. 
- Proteoglicanos: Rigidez, resistências, compressão e preenchimento 
- Glicoproteínas: Adesão. Ex: fibronectina. 
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Abaixo imagem de toda matriz extracelular (amorfa e as fibras) 
 
 
 
Fibras do Tecido Conjuntivo 
Fibras Colágenas: 
 Mais frequentes e resistentes á tração. 
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 Mais frequentes: Colágeno tipo I, V e XI. 
 Ex: tendões, ligamentos, derme,.... 
Fibras Reticulares: 
 Formadas por colágeno tipo III + glicídios (açúcares) 
 Arcabouço de órgãos hematopoéticos: Baço. Linfonodos, ... 
 Formam redes em torno de células musculares e das células de muitos 
órgãos epiteliais: Fígado, rins, ... 
 Ligação do tecido conjuntivo com outros tecidos; 
 
 Fibras Elásticas: 
 Formadas por elastina, miofibrilas e fibrilas; 
 Delgadas e sem estriações longitudinais; 
 Cedem facilmente, mas logo voltam ao estado inicial; 
 Ex: Paredes de vasos calibrosos. 
 
 
 
Fibroblastos “Aquele que produz fibras” 
 Célula mais comum do tecido conjuntivo; 
 Principal responsável por: produção de fibras e substância fundamental 
amorfa; 
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 Forma inativa: fibrócito; 
 Fibrócitos – estimulo – miofibroblasto (cicatrização) 
OBS: A cicatriz é formada de tecido conjuntivo. 
 
CÉLULAS ORIGEM FUNÇÃO 
FIBROBLASTO Célula Mesenquimat. Produz principalmente fibras. 
ADIPÓCITO Célula Mesenquimat. Armazena Triglicerídeos 
OSTEOBLASTOS Célula Mesenquimat. Produtores da parte orgânica do tecido 
ósseo 
CONDROBLASTOS Célula Mesenquimat. Forma da matriz da cartilagem 
MACRÓFAGOS Oriundo dos Monócitos Fagocitose, secreção, apresentação 
de antígenos 
MASTÓCITOS Médula óssea vermelha Participa da inflamação e tem um 
papel central na alergia 
PLASMÓCITOS Médula óssea vermelha Se origina do linfócito B ativado e 
produz anticorpos. 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO 
 
 Ele tem uma vasta matriz extracelular e tem os condrócitos. 
 Funções: 
 Suporte de tecidos moles; 
 Reveste superfícies articulares 
 Absorve choques 
 Facilita o deslizamento ósseo 
 Formação e crescimento dos ossos longos 
Características: 
 Estrutura avascular 
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 Resistente 
 Relativamente flexível 
 Constituída de matriz proteoglicana – ácido hialurônico e proteínas 
 Praticamente desprovida de vasos e inervação 
Componentes: 
 Condrócitos: situados em lacunas na matriz 
 Condroblastos 
Células condrogêncas 
 Pericôndrio: membrana de tecido conjuntivo 
Camada externa fibrosa: fibroblastos 
Camada interna: condrogênica 
 
 
 
 
Três tipos de cartilagem (de acordo com a matriz) 
 
 Hialina: amplamente distribuído p. ex, articulações. Colágeno tipo II 
 Fibrocartilagem: discos intervertebrais. Colágeno tipo I 
 Elástica: pavilhão da orelha. Fibras colágeno e muitas elásticas. 
 
Pericôndrio: Região periférica da cartilagem, constituída em sua maior parte por tecido 
conjuntivo denso, cuja integridade é essencial para a vida da cartilagem. É fonte de 
novos condroblastos que dão origem aos condrócitos e é responsável pela nutrição da 
cartilagem. Não está presente nas cartilagens articulares nem nas fibrosas. Portanto 
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tem a função de nutrição, oxigenação, eliminação de resíduos metabólicos, vasos, 
linfático e inervação. 
 
TECIDO CARTILAGINOSO – FIBROCARTILAGEM 
A fibrocartilagem é um tecido que possui características intermediárias entre a 
cartilagem hialina e o tecido conjuntivo denso. Este tipo de cartilagem forma um tecido 
branco, compacto, opaco e volumoso com uma mistura de condrócitos e fibroblastos. A 
composição da fibrocartilagem varia em função da sua localização anatómica e da função 
específica da área onde se encontra. Por exemplo, a cartilagem encontrada nos discos 
intervertebrais tem grande capacidade de tensão e elasticidade, enquanto a encontrada 
na fossa glenóide ou no labrum acetabular é mais resistente a estresse repetitivo e 
providencia elasticidade às inserções musculoesqueléticas. 
TECIDO CARTILAGINOSO – ELÁSTICA 
Esta é uma cartilagem na qual a matriz contém fibras elásticas e lâminas de 
material elástico, além das fibrilas de colágeno e da substância fundamental. O material 
elástico confere maior elasticidade à cartilagem, como a que se pode ver no pavilhão da 
orelha. A presença desse material elástico (elastina) confere a esse tipo de cartilagem 
uma cor amarelada, quando examinado a fresco. 
A cartilagem elástica pode estar presente isoladamente ou formar uma peça 
cartilaginosa junto com a cartilagem hialina. Como a cartilagem hialina, a elástica possui 
pericôndrio e cresce principalmente por aposição. 
A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a 
hialina. Ela pode ser encontrada no pavilhão da orelha, nas paredes do canal auditivo 
externo, na tuba auditiva e na laringe. Em todos estes locais há pericôndrio circundante. 
Diferente da cartilagem hialina, a cartilagem elástica não se calcifica. 
TECIDO ADIPOSO 
 
 É uma variável do tecido conjuntivo, celular separadas por uma grande matriz 
extracelular. Tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que se caracteriza 
por armazenar gordura em células especializadas, denominadas adipócitos. Ele 
apresenta grande importância, uma vez que sua camada é responsável, entre outras 
funções, por garantir isolamento térmico e ser uma importante fonte de energia. 
 
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Características do tecido adiposo 
 
Trata-se de um tipo especial de tecido conjuntivo que se destaca por 
armazenar uma grande quantidade de gordura. Essa está presente nas chamadas 
células adiposas ou adipócitos, que formam grandes agregados constituintes desse 
tecido. Vale destacar, no entanto, que essas células podem ser encontradas também 
de maneira isolada ou formando pequenos conjuntos no tecido conjuntivo frouxo. 
Os adipócitos são células que, como outras células eucariontes, 
apresentam membrana plasmática, núcleo e organelas membranosas. A característica 
mais marcante neles é a presença de gordura no citoplasma que, muitas vezes, 
ocupa praticamente toda essa região, movendo o núcleo para um local mais periférico 
da célula. Eles são os únicos capazes de armazenar lipídios na forma de triglicerídeos, 
sem que nenhuma de suas funções seja prejudicada. 
 
 
A formação do tecido adiposo ocorre com base nas células do 
mesênquima (tecido embrionário) indiferenciadas. Como sabemos, os adipócitos são 
capazes de armazenar gordura em seu citoplasma, sendo observado no início de sua 
formação o acúmulo dessa substância em pequenas gotículas. Essas podem fusionar-
se e formar uma única grande gota ou então permanecerem separadas. 
 
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Tipos de tecido adiposo 
 
O tecido adiposo dos mamíferos pode ser classificado em dois tipos: tecido 
adiposo comum ou amarelo ou unilocular e tecido adiposo pardo ou multilocular. 
 
Tecido comum ou amarelo ou unilocular 
 
Possui células grandes que, quando desenvolvidas, apresentam apenas uma 
gota grande de gordura, a qual ocupa grande parte da célula. Os adipócitos desse tipo 
de tecido adiposo podem aumentar seu tamanho conforme acumulam gordura em seu 
interior. Essa gordura apresenta carotenos dissolvidos, e, portanto, esse tecido possui 
uma coloração que varia do branco ao amarelo-escuro, estando essas variações 
relacionadas com a dieta. 
Esse tecido é altamente vascularizado e apresenta septos de tecido conjuntivo 
que possuem vasos e nervos. Fibras de colágeno saem desses septos e garantem a 
sustentação dos adipócitos. As terminações nervosas, nesse tecido, são encontradas 
nas paredes dos vasos sanguíneos apresentando apenas alguns adipócitos inervados. 
O tecido adiposo unilocular forma o chamado panículo adiposo, que é uma 
camada de tecido localizada sob a pele. Quando nascemos, essa camada tem 
praticamente a mesma espessura em todo o corpo, entretanto, à medidaque 
crescemos, ela desenvolve-se em algumas áreas e reduz-se em outras. 
Esse tipo de tecido adiposo apresenta uma série de funções, estando 
relacionado com reserva de energia, proteção e sustentação dos nossos órgãos 
internos, e atuação como isolante térmico. 
 
 
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Tecido adiposo pardo ou multilocular 
 
Apresenta células que, quando desenvolvidas, possuem gotículas de gordura de 
diferentes tamanhos no citoplasma, bem como várias mitocôndrias. Devido à grande 
vascularização e à grande quantidade de mitocôndrias, esse tecido adquire 
uma coloração parda. Enquanto no tecido adiposo unilocular temos células grandes, no 
tecido adiposo multilocular, essas são pequenas e de formato poligonal. 
 
O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor, estando 
relacionado, portanto, com a manutenção da temperatura corpórea. Esse tecido nos 
adultos está presente em apenas algumas poucas regiões, diferentemente do tipo 
unilocular, que é encontrado em praticamente todo o corpo. Uma quantidade maior de 
tecido adiposo unilocular é observada no recém-nascido. Em animais que 
realizam hibernação, ele está presente em grande quantidade; neles, é conhecido 
como glândula hibernante. 
 
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO 
 
Tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo que se destaca por ser o principal 
componente dos ossos do nosso esqueleto. Esse tecido está, portanto, relacionado com 
a sustentação do corpo, além da proteção dos órgãos e da locomoção. 
 
Características do tecido ósseo 
 
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo especial, tendo como uma de 
suas características mais marcantes a presença de material extracelular 
calcificado (matriz óssea). Essa matriz é rígida devido à calcificação, mas também é 
elástica devido à presença de fibras colágenas. 
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Além dessa matriz, o tecido ósseo apresenta células especializadas: os 
osteócitos, os osteoblastos e os osteoclastos. Os osteócitos são células situadas no 
interior das lacunas da matriz; os osteoblastos são células relacionadas à síntese da 
parte orgânica da matriz e estão localizados na sua periferia; e os osteoclastos são 
células móveis, ocorrendo, portanto, em várias partes do tecido. 
Matriz óssea 
 
A matriz óssea é muito resistente e apresenta uma porção orgânica e 
uma porção inorgânica. A porção inorgânica representa aproximadamente 50% do 
peso da matriz, sendo formada, em maior quantidade, por fosfato e cálcio. A parte 
orgânica, por sua vez, é constituída, principalmente, por colágeno, em especial o 
colágeno tipo I. 
 
Células do tecido ósseo 
 
O tecido ósseo apresenta três tipos de células especializadas: os osteócitos, 
osteoblastos e osteoclastos. 
 
 
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 Osteoblastos: são células cuboides ou ligeiramente alongadas relacionadas com a 
síntese da porção orgânica da matriz óssea. Além disso, são responsáveis por produzir 
osteonectina e osteocalcina, duas proteínas não colágenas. A osteonectina atua 
facilitando a deposição do cálcio, enquanto a osteocalcina está envolvida com o controle 
do processo de mineralização do osso, sendo responsável por estimular a atividade dos 
osteoblastos. Quando o osteoblasto fica preso na lacuna após a síntese de matriz 
óssea, passa a ser chamado de osteócito. 
 
 Osteócitos: são células achatadas com vários prolongamentos citoplasmáticos e que 
se destacam por serem o tipo celular mais abundante nesse tecido. Essas células estão 
no interior da matriz óssea, mais precisamente no interior das lacunas, estando presente 
apenas uma célula por lacuna. Dessas lacunas partem os canalículos, pelos quais os 
osteócitos podem estabelecer contato com outros através de seus prolongamentos, 
sendo possível a transferência de algumas moléculas. Além disso, esses canalículos 
garantem trocas de substâncias entre os osteócitos e os capilares sanguíneos. Eles são, 
portanto, essenciais para a nutrição dos osteócitos, uma vez que a matriz calcificada 
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impede a difusão de substâncias. Os osteócitos estão relacionados com a manutenção 
da matriz óssea, apesar de não serem responsáveis por uma produção rápida de matriz. 
 
 
 Osteoclastos: destacam-se por serem grandes, apresentarem vários núcleos, serem 
muito ramificados e móveis. Essas células estão associadas à reabsorção óssea. Essa 
função é possível devido à liberação, por essas células, de enzimas que garantem a 
quebra dos sais minerais e da porção proteica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTES: 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/o-tecido-
cartilaginoso-e-suas-funcoes/63575 
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/06/RESUMO-TECIDO-CONJUNTIVO-2.pdf 
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/tipos-glandulas.htm 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-cell/cytoskeleton-junctions-
and-extracellular-structures/a/the-extracellular-matrix-and-cell-wall 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio.php 
https://www.youtube.com/watch?v=QNq-y6bqmmM 
https://www.youtube.com/watch?v=trWhNBQoH8Y

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