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Pressão osmótica

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Pressão osmótica 
A pressão osmótica é uma das chamadas 
propriedades coligativas – fatores que 
independem da estrutura do soluto 
(substância dissolvida), mas sim da sua 
quantidade de partículas dispersas durante 
a junção com um solvente. Trata-se da 
pressão exercida pelo solvente em uma 
membrana semipermeável, a fim de atingir 
o equilíbrio na concentração da solução 
química. 
 
Esse processo visa interromper a osmose 
– passagem de um solvente puro ou 
diluído, através de uma membrana 
semipermeável, para uma solução mais 
concentrada, provocando a retenção do 
soluto. No dia a dia, é possível perceber 
esse fenômeno ao temperar as folhas de 
uma salada e não comê-las em pouco 
tempo. As folhas começam a murchar 
porque ocorre a perda de água no interior 
de suas células (meio menos concentrado) 
para o meio mais concentrado (tempero à 
base de sal). 
Por isso que, quanto maior for a diferença 
de concentração entre as soluções 
químicas separadas pela membrana, maior 
deve ser a pressão para impedir que a 
osmose aconteça. 
 
TIPOS DE SOLUÇÃO 
A depender da pressão osmótica que atua 
nas soluções, elas podem ser classificadas 
da seguinte maneira: 
 
• Solução hipertônica: a pressão 
osmótica de uma solução é maior 
que a da outra, o que significa que 
uma é a mais concentrada. 
 
• Solução hipotônica: a pressão 
osmótica de uma é menor do que a 
da outra, ou seja, uma das soluções 
é a menos concentrada. 
 
• Solução isotônica: as duas soluções 
envolvidas apresentam a mesma 
concentração de componentes 
químicos, pois as as pressões 
osmóticas são iguais. 
 
O soro fisiológico, que é preparado com 
sal, açúcar e água, é um exemplo de 
substância isotônica. Isso porque apresenta 
a mesma concentração de sais minerais 
em relação aos líquidos corporais, a 
exemplo do sangue. Quando esse líquido é 
preparado com as dosagens de sal e 
açúcar erradas, pode gerar um meio 
hipertônico ou hipotônico. 
Caso o soro esteja hipertônico, ou seja, 
com concentração superior a do sangue, 
as hemácias perdem água por causa da 
osmose e acabam murchando. Já se o 
efeito for o contrário, o líquido estiver 
hipotônico, a parte externa desses glóbulos 
vermelhos não consegue bloquear a 
passagem da água, fazendo-as inchar e até 
estourar. 
 
 
 
 
Representação dos efeitos hipertônico, isotônico e 
hipotônico nos glóbulos vermelhos. 
 
Nesses casos, o soro serve justamente 
para trazer de volta equilíbrio, pois a 
pressão osmótica das hemácias precisa ser 
igual a do sangue (aproximadamente 7,7 
atm) para que o fluxo de entrada e saída 
de água na célula seja normalizada. 
 
COMO DETERMINAR A PRESSÃO OSMÓTICA? 
Por meio de experimentos realizados em 
1877, o botânico alemão Wilhelm Pfeffer 
deduziu que a pressão osmótica é 
diretamente proporcional a concentração 
da solução e cresce à medida que a sua 
temperatura envolvida sofre um aumento. 
Sendo assim, quando a pressão aplicada é 
excessiva, ocorre a osmose reversa – o 
solvente passa do meio mais concentrado 
para o menos, separando-se do soluto por 
causa da membrana semipermeável. 
A partir dessa constatação, o físico e 
químico holandês Jacobus Van’t Hoff 
percebeu que a pressão osmótica 
também dependia das mesmas variáveis 
que participam da equação de estado dos 
gases ideais: pressão (P), volume (V), 
quantidade de matéria (n) e temperatura 
(T). Como essa pressão é simbolizada por 
⊓, fez a substituição na equação e obteve 
a fórmula para calculá-la. 
P . V = n . R . T (equação de estado dos 
gases ideais) 
p . V = n . R . T 
⊓ = n/V. R . T 
 
Esta formulação ainda foi modificada, pois 
a concentração em quantidade de matéria 
é a razão entre a quantidade de matéria 
do soluto e o volume da solução (M = n/V). 
Logo: 
p = n/V. R . T 
⊓ = M. R . T 
Onde: 
 
M = concentração em mol/L 
R = constante universal dos gases 
T = temperatura (em kelvin) 
 
No entanto, vale frisar que tal fórmula pode 
ser aplicada somente em soluções 
moleculares, uma vez que a proporção de 
moléculas dissolvidas é igual a de 
adicionadas e, com isso, a pressão 
osmótica será a mesma. 
 
No caso das soluções iônicas, as moléculas 
passam por dissociação e multiplicam-se. 
Isso faz com que a pressão osmótica 
também dependa da relação entre o 
número total de partículas finais e as iniciais, 
que é dada pelo fator de Van’t Hoff (i). 
 
Diante disso, a equação que deve ser 
usada é: 
 
p = M. R . T. i

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