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DOR ABDOMINAL AGUDA - PRINCIPAIS CAUSAS

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Victoria Chagas 
1 
 
DOR ABDOMINAL AGUDA 
 Dor abdominal intensa, não traumática e com evolução rápida (<24 hrs) 
 A dor abdominal tem origem: 
 
• SOMÁTICA (PARIETAL) 
- Vem do peritônio parietal (peritonite), o qual é inervado por nervos somáticos que respondem 
à irritação secundária a processos infecciosos, químicos ou inflamatórios. 
- A dor somática é forte e bem localizada, constante, fixa e se acentua com os movimentos 
- Paciente fica imóvel 
• VISCERAL 
- Vem de vísceras abdominais, inervadas por fibras autonômicas que respondem basicamente 
a sensações de distensão e contração muscular — não a cortes, lacerações ou irritação local. 
- A dor visceral é tipicamente vaga, imprecisa e nauseante 
- Paciente se movimenta constantemente (dor tipo cólica) 
• REFERIDA 
- Dor percebida em locais distantes de sua origem e resulta da convergência de fibras nervosas 
na medula espinal. 
 
CLASSIFICAÇÃO/TIPOS DE ABDOME 
▪ INFLAMATÓRIO: apendicite, colicistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, DIP, 
peritonite, megacólon tóxico, pielonefrite e gastroenterite. 
- Dor de início abrupto e com piora progressiva e febre 
- Dor começa difusa, mas depois se localiza 
- Peritonite → paciente com abdome plano e quieto pois dor piora com movimentação 
- Resistência abdominal, descompressão brusca dolorosa, diminuição dos RHA 
- Quadro clínico da diverticulite (mais idoso) e apendicite (mais criança, adolescentes e 
adultos jovens) do lado esquerdo. 
 
▪ PERFURATIVO: úlcera péptica, neoplasia gastrointestinal perfurada, febre tifoide, divertículos 
do cólon, amebíase e perfuração de alças intestinais. 
- Paciente com perfuração de víscera como estômago e intestino 
- Dor com início súbito, intenso, agudo e persistente 
- Peritonite → devido ao extravasamento de secreção pra cavidade peritoneal 
- Abdome plano/em tábua com rigidez – resistência abdominal involuntária 
- RHA diminuídos ou ausentes 
- Paciente pode apresentar palidez, sudorese 
- Pode evoluir pra choque séptico se não tratado 
 
▪ OBSTRUTIVO: aderências intestinais, hérnia estrangulada, fecaloma, obstrução pilórica, 
cálculo biliar, bolo de Ascaris, intussuscepção (RN), CA de colorretal... 
- Presença de obstáculo mecânico ou funcional que leve a interrupção do trânsito intestinal 
- Dor constante do tipo cólica com períodos do aumento de dor 
- Sintomas associados: Distensão abdominal, peristaltismo aumentado, RHA aumentados e 
com alteração de timbre (metálico), náuseas, vômitos e parada de eliminação de fezes e 
flatus. 
 
▪ VASCULAR/ISQUÊMICO: isquemias mesentéricas, isquemia intestinal, trombose 
mesentérica, torção do omento, torção de cisto ovariano... 
- Dor intensa súbita e difusa (muito forte – ex.: trombose) → dor desproporcional ao exame 
físico, pois com a palpação não há muita dor devido à falta de peritonite inicialmente 
- Dor pode ser não súbita quando obstrução é crônica (ex.: aterosclerose) 
 Victoria Chagas 
2 
 
- Paciente taquicárdico, hipotenso, sudorese 
- Febre pode estar presente assim como vômitos de líquido escuro e odor necrótico 
- RHA ausentes ou diminuídos 
- Temperatura retal mais baixa q a axilar 
- Alto índice de mortalidade 
 
▪ HEMORRÁGICO: gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de aorta abdominal/artérias, 
endometriose... 
- Sangue livre na cavidade abdominal 
- Dor difusa a palpação superficial e profunda de baixa intensidade, descompressão brusca 
dolorosa e difusa, RHA diminuídos 
- Sintomas associados: sudorese, taquicardia e palidez (sinais de hipotensão) 
- Ruptura de aorta → pcte chega hipotenso, UPA dá soro, volta a sangrar, faz hipotensão 
de novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS DE ACORDO COM LOCALIZAÇÃO 
 Victoria Chagas 
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 Victoria Chagas 
4 
 
 
ANAMNESE 
▪ IDENTIFICAÇÃO → nome, idade (se atentar a padrões epidemiológicos), profissão, 
acompanhante, sexo ... 
 
▪ QUEIXA PRINCIPAL → pergunta aberta e registro das palavras do paciente com aspas 
 
▪ HMA → características da dor 
- Tomou algum medicamento? 
- Teve febre, vômitos, mudança de 
rotina intestinal ou urinário, perda 
ponderal 
- SINTOMAS ASSOCIADOS: 
TGI → anorexia, náusea, vômito, 
diarreia, icterícia, constipação... 
TGU → dificuldade de urinar, disúria, 
poliúria, hematúria, anúria 
Pacientes mulheres → história 
ginecológica (menstruação, uso de 
concepção, gravidez), corrimento e 
sangramento. 
 
▪ HMC → medicamentos de uso 
contínuo, doenças crônicas, 
cirurgias prévias, alergias, vacinas... 
 
▪ HMF → doenças na família, 
pacientes próximos falecidos ... 
 
▪ CHV → se paciente bebe, fuma, usa 
drogas, faz atividade física, 
alimentação, onde mora... 
 
▪ PSICO → pontos de apoio, 
escolaridade, problemas no 
trabalho e em casa... 
 
▪ REVISAR SISTEMAS 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
 Com posição relaxada e confortável → decúbito dorsal com braços ao lado do corpo 
 Exposição total do abdome → lembrar que bexiga deve estar vazia 
 Examinar pelo lado direito do paciente e aquecer mãos e estetoscópio 
 Deixar áreas dolorosas pro final do exame 
 
o INSPEÇÃO 
 Formato do abdome → globoso, reto, retraído, em avental e batráquio 
 Pele: cicatrizes, estrias, veias dilatadas, erupções, hematomas, lesões... 
 Peristalse, retrações, edema de parede, hérnias, visceromegalias, massas palpáveis... 
 Sinais relacionados ao abdome agudo: 
- Abdome reto/tábua/rígido e paciente quieto → sinal de peritonite 
- Veias dilatadas → hipertensão portal 
 Victoria Chagas 
5 
 
- Cicatrizes → cirurgias prévias 
 
o AUSCULTA 
 1 minuto em cada quadrante → antes da palpação e percussão para não afetar peristalse. 
 Ruídos hidroaéreos → frequências e características 
 Sopros → ausculta renal e das ilíacas 
 
o PERCUSSÃO 
 Em todos os quadrantes 
 Normal → som timpânico exceto no QSD devido ao fígado que é maciço 
- Procurar variações como hipertimpanismo (mais ar), macicez (massa e líquido) 
 Hepatimetria → tamanho do fígado 
 Baço → geralmente não é percutível, se aumentado é possível percutir com macicez na 
região do espaço de traube (abaixo do diafragma) 
 Punhopercussão/sinal de Giordano → Com o punho bater na fossa lombar do paciente 
sentado e inclinado para a frente, se dor aguda na manobra indica pielonefrite 
 
o PALPAÇÃO 
 Identificar órgãos ou massas superficiais e maior sensibilidade ou resistência 
 Deixar áreas dolorosas pro final 
 Superficial → movimentos de ‘’ondinha’’ no sentido horário 
- Abdome deve ser flácido e pouco resistente, caso haja uma rigidez indica peritonite 
 Profunda → mãos sobrepostas, primeira empurrando a segunda de forma mais profunda 
- Observar rosto do paciente e perguntar se existe dor 
 Palpação do fígado → textura deve ser lisa (granuloso na cirrose ou apresentar massas) 
 Palpação do baço → Caso haja esplenomegalia será possível palpar baço. 
 Victoria Chagas 
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EXAMES COMPLEMENTARES 
▪ Hemograma → leucocitose, sangramentos; 
▪ Urina → pode revelar o grau de hidratação ou excluir uma doença renal grave, diabetes 
ou infecção urinária 
▪ Beta HCG → indispensável para mulheres em idade fértil – gravidez 
▪ Enzimas hepáticas → lipase e amilase 
▪ Proteína C reativa → inflamação 
▪ Glicemia; 
▪ Gasometria arterial 
▪ Exame ginecológico, toque retal 
▪ Laparoscopia (em último caso) 
▪ Imagem: 
- Ultrassonografia abdominal → vesícula, cálculos, aumento de ovários e gravidez ectópica 
- Ressonância magnética → alternativa a TC 
- Tomografia computadorizada→ melhor exame, mas mais utilizada para pacientes estáveis 
- Radiografia → diagnósticos diferenciais (obstrução intestinal, úlcera perfurada...) 
 
 APENDICITE 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Homens são mais afetados 
 Ocorre maisem jovens adultos (2ª e 3ª década de vida) 
 Causa mais comum de abdome agudo 
 Em pessoas mais novas o mais comum é a obstrução por hiperplasia linfática 
e nos idosos a formação de fecalito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANATOMIA DO APÊNDICE: 
- Protuberância do ceco 
- Cerca de 9 cm – varia entre 2 a 20 cm 
- Pode estar em várias posições, mas a 
principal é a retrocecal (64%) 
- Vascularização → artéria apendicular 
e veia ileocólica 
- Grande quantidade de tecido 
linfoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obstrução do lúmen (por hiperplasia linfoide, fecalito, corpo estranho ou 
helmintos) → aumente da secreção de muco → eleva pressão do lúmen → 
distensão do apêndice → aumento nos estímulos de fibras aferentes da dor 
→ isquemia do apêndice por oclusão de pequenas veias → necrose e 
perfuração 
 
 No início tem a dor difusa e mal localizada causada pela distensão do 
apêndice (dor visceral). Após aproximadamente 12 horas, ocorre o processo 
inflamatório que causa a dor na fossa ilíaca direita (dor somática) 
 
 Victoria Chagas 
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FISIOPATO 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
- Apendicite aguda catarral → edema e hiperemia de parede 
- Apendicite aguda supurativa → distensão que causa peritonite (dor na 
fossa ilíaca direita), exsudato fibrinoso e neutrófilos em abundância 
- Apendicite aguda gangrenosa → áreas de necrose, apêndice com 
aumento de volume, acinzentado e com pus 
- Apendicite aguda perfurativa → ocorre a perfuração devido hipóxia 
levando a necrose da parede) evoluindo pra formação de abcesso ou 
infecção generalizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 INICIAL → sinais inespecíficos como febre, anorexia, náusea, vômito 
- Dor em região inespecífica podendo ser em epigástrio ou mesogástrio de 
média intensidade. 
- Variações na localização da dor ocorrem na dependência da posição 
anatômica da ponta do apêndice: quando retrocecal (dor no flanco ou 
região lombar), pélvico junto à bexiga (dor em região suprapúbica ou ao 
toque retal ou exame ginecológico) 
 
 TARDIO → dor em fossa ilíaca direita (após 4-12 hrs) 
 
 SINTOMAS ASSOCIADOS: 
- Febre baixa típica → inferior a 38ºC 
- Febre alta indica perfuração ou diagnóstico diferencial 
- Dor piora com movimentação ou tosse → paciente fica parado 
 
 Quando ocorre a perfuração do apêndice, podemos encontrar dois quadros 
clínicos diferentes: 
- Perfuração bloqueada com formação de abscesso periapendicular: o 
paciente pode se encontrar oligossintomático, queixando-se de algum 
desconforto em fossa ilíaca direita. Pode haver massa palpável 
- Perfuração com peritonite generalizada: a dor abdominal é de grande 
intensidade e difusa, com presença de abdome em tábua, temperatura 
elevada e evolução para sepse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Diagnóstico principalmente clínico 
 
 EXAME FÍSICO: 
 
- Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca 
do ponto de McBurney → o teste não é específico 
pois dor é devida a peritonite (a dor acontece 
devido ao movimento do peritônio) 
 
- Sinal do Psoas ou Lapinsky: dor à compressão do 
ceco contra a parede posterior do abdome, 
enquanto o doente eleva o membro inferior direito estendido. 
 
- Sinal do Obturador: rotação externa da coxa fletida de tal maneira que ponha 
em ação as fibras do músculo obturador interno irritado, que provoca dor nos 
casos em que este músculo está comprometido por um apêndice perfurado. 
 
- Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à compressão retrógrada dos gases 
na fossa ilíaca esquerda e flanco esquerdo. 
 
 Victoria Chagas 
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DIAGNÓSTICO 
 
 ESCORE DE ALVARADO: usado no 
diagnóstico da apendicite aguda. 
Um valor no escore 5-6 ou seis 
pontos é compatível com 
apendicite e o paciente deve 
permanecer em observação. 
Quando o valor é 7-8 indica maior 
probabilidade de apendicite e 
valor de 9-10 é compatível com 
alta probabilidade da doença. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Hemograma: presença de leucocitose moderada (10.000 a 15.000) com 
aumento de neutrófilos (neutrofilia) e desvio para esquerda discreto ou 
moderado, que pode estar ausente em alguns casos, principalmente em idosos. 
- Proteína C reativa 
- Ultrassonografia abdominal: tem limitações se houver grande distensão, ou o 
paciente for obeso. Evidencia espessamento de parede, aumento do diâmetro 
do apêndice e a presença de líquido livre, 
- Tomografia computadorizada e Ressonância Magnética: revelam maior 
sensibilidade e especificidade. 
- Laparoscopia diagnóstica: como último recurso, persistindo a dúvida 
diagnóstica, esta pode ser realizada como investigação e concomitantemente 
tratamento terapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 95% dos casos são cirúrgicos (APENDICECTOMIA), e deve ser o mais precoce 
possível → Pode se por cirurgia aberta ou por laparoscopia 
 Uso de antibioticoterapia pré e pós operatório → amplo espectro 
 
 NÃO COMPLICADA 
- 1ª escolha: apendicectomia + antibioticoterapia intravenosa 
- Antibiótico por 24 horas 
 
 COMPLICADA/PERFURATIVA 
- 1ª escolha: apendicectomia + antibioticoterapia intravenosa 
- Antibiótico por 5-10 dias 
 
 Victoria Chagas 
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 NEFROLITÍASE/CÁLCULO RENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Relacionado com hábitos de vida → alimentação rica em sódio, açúcares e 
cálcio e baixa ingestão de fluidos (<1 litro por dia aumenta o risco) 
 Associado a HAS, diabetes e obesidade 
 É + comum em homens, brancos, sedentários e com de síndrome metabólica 
 Menos prevalente em afro-
americanos e asiáticos 
 Associado a fatores genéticos 
(x2 mais chances se caso na família) 
 Alta taxa de recidiva dos cálculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
Formação de cálculos renais 
→ a urina supersaturada 
(ponto a partir do qual a 
concentração do produto 
ultrapassa a sua solubilidade) 
realiza a formação dos 
cálculos, associado a baixo 
volume de urina ou excreção 
excessiva de compostos e 
alteração do pH da urina 
 
 
 
 
 
 Tipos de cálculos: cálculos de oxalato de cálcio (+ comuns, 75%); cálculos 
de fosfato de cálcio (15%), ácido úrico (8%), estruvita (1%) e cistina (<1%). 
 
 Pontos principais de obstrução: 
- Junção ureteropélvica - JUP (superior → + comum) → dor nos flancos ou lombar 
- Terço médio do ureter (cruzamento com vasos ilíacos) → dor na região inguinal 
- Junção vesicoureteral – JUV (inferior) → dor no testículo ou vagina 
 
 Victoria Chagas 
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CLÍNICA 
 
 Cólica renal → surge subitamente e torna-se insuportável em pouco tempo 
 Dor geralmente constante sem fator de alívio 
 Pode causar náuseas e vômitos 
 Dor pode irradiar dependendo da sua localização 
- Irradia para grandes lábios em mulheres 
- Irradia para testículo masculino 
- Todo o trajeto da litíase (cálculo) até a bexiga → flanco à bexiga 
 Cálculo na JUV → urgência urinária e polaciúria 
 Pode ter hematúria macroscópica 
 
 A associação com ITU em alguns casos é uma emergência médica → 
restabelecimento imediato de drenagem por meio de stent ureteral ou tubo 
de nefrostomia percutânea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Anamnese e exame físico 
 Exame de urina → concentração de minerais 
 Leucócitos podem estar aumentados 
 
 EXAME FÍSICO 
- Sinal de Giordano negativo → é positivo para pielonefrite e não na nefrolitíase 
- Hipersensibilidade no ângulo costovertebral e edema de membros inferiores 
 
 EXAME DE IMAGEM 
- Radiografia: visualização dos cálculos 
- Ultrassonografia: em grávidas 
- Tomografia: helicoidal sem contrasteVictoria Chagas 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 ATÉ 10 MM 
- Analgesia com AINE ou opioides 
- Bloqueadores alfa adrenérgicos → relaxa musculatura do ureter e ajuda na 
expulsão – Terazosina ou Tansulosina 
- Aumento da ingestão de líquidos 
- Ingestão moderada de cálcio e sódio 
 
 MAIS DE 10 MM 
- Ureteroscopia ou nefrotolitomia percutânea 
- Litotripsia extracorpórea → ondas de choque 
- Cirurgia aberta 
 
 
 GESTAÇÃO ECTÓPICA 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 1 a 2% de todas as gestações 
 Esta patologia corresponde 6-13% das mortes relacionadas ao período 
gestacional e é a principal causa de morte materna no 1º trimestre 
 Possui taxa de recorrência de 15% 
 
 FATORES DE RISCO: 
- Gravidez ectópica prévia (principal fator – 6-8x maior risco) 
- DIP (2-7,5x maior) 
- Cirurgia tubária prévia (4-5x maior risco) 
- Idade >35 anos 
- Endometriose 
- Falha no uso de DIU ou laqueadura 
- Tabagismo (2-3 maior risco) 
- Tratamento de infertilidade 
- História prévia infecções vaginais e IST 
 
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FISIOPATO 
 
Óvulo fecundado implanta em outro local que não é o útero → 
alongamento das paredes o órgão acometido → dor 
 
 A gravidez ectópica geralmente está relacionada a situações que causam 
lesão tubária e/ou alteração no transporte ovular. A principal etiologia de 
gestações fora da cavidade endometrial é a deficiência na motilidade tubária, 
já que se as tubas apresentam movimentação prejudicada, após fecundação 
não há direcionamento correto do concepto para a cavidade endometrial. 
 
 95% → Trompas – principal local é a ampola 
 Outros 5% → no ovário, abdômen, cicatriz de cesárea e cervical. 
 A gravidez abdominal tende a evoluir com pior prognóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 TRÍADE TÍPICA DOS SINTOMAS: 
- Sangramento vaginal 
- Dor abdominal inferior 
- Amenorreia 
 
▪ FORMA SUBAGUDA (70% DOS CASOS): resultante de abortamento tubário. 
- Possui quadro clínico inespecífico com evolução insidiosa. 
- O paciente apresenta sintomas da tríade de menor intensidade 
- Durante a palpação → irritação peritoneal localizada ou ausente. 
 
▪ FORMA AGUDA (30% DOS CASOS): resultante de ruptura/rotura tubária 
- Pode ser espontânea ou trauma relacionado a coito ou exame bimanual. 
- Apresenta quadro clínico exuberante com evolução rápida e tumultuada. 
- O paciente apresenta dor abdominal intensa, sensação de peso vaginal 
- Pode apresentar náuseas, vômitos e sinais de hipovolemia (palidez, 
taquicardia e hipotensão) → choque hemorrágico sem exteriorização do 
sangramento 
- Associada a hemorragias intraperitoneais → hemoperitônio 
- Sangramento vaginal escasso e escurecido presenta na maioria das vezes 
- Durante a palpação → sinais de irritação peritoneal (abdome agudo/reto). 
 
 
 
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DIAGNÓSTICO 
 
 Clínica + USGTV (ultrassom transvaginal) + dosagem de βhCG >1500 
- A USGTV é indicada quando o βhCG dá positivo → quando não é possível 
visualizar saco gestacional no útero durante USGTV sendo o βhCG positivo e 
acima 1500mUI/mL, suspeita-se fortemente da gravidez ectópica. 
- Dosagem seriada de βhCG → em gravidez normal dobra a cada 48hrs 
 
 No USGTV visualizar 
- Saco gestacional extrauterina ou uterina? 
- Massa anexial? 
- Líquido livre? 
- Anel tubário? 
 
 
 EXAME FÍSICO 
- Poderá revelar dor, defesa e/ou dor à descompressão a palpação 
abdominal e dor a mobilização uterina e de anexos, assim como massa 
anexial ao toque vaginal. 
- Embora o exame físico seja de extrema valia, este, em pacientes com 
gestações ectópicas iniciais e não rotas, pode ser normal e a gestação 
extrauterina ser descoberta apenas como um achado casual à ecografia. 
 
 SINAIS CLÍNICOS NO QUADRO AGUDO HEMORRÁGICO: 
- Sinal de Laffont: dor referida na escápula → da irritação do nervo frênico. 
- Sinal de Cullen: equimoses periumbilical → hemorragia retroperitoneal 
- Sinal de Blumberg: dor à descompressão súbita na palpação abdominal. 
- Sinal de Proust/palpação de fundo de saco: fundo de saco abaulado 
(devido ao acúmulo de sangue) e doloroso ao toque vaginal. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Hemograma → casos de ruptura → avaliar hemácias e hematócrito 
- Exame de urina → afastar diagnóstico de infecção 
- Exame de infecção por clamídia/gonococos → afastar diagnóstico DIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXPECTANTE 
- Gestação com βhCG<2000 e decrescente 
- Dosar βhCG até zerar 
- Resolução espontânea → se βhCG for <200 tem 88% de resolução 
 
 MEDICAMENTOSO → METOTREXADO (MTX) 
- Indicado para profilaxia pós-cirurgia 
conservadora, gravidez ectópica 
persistente e localização não usuais. 
- É um antagonista do ácido fólico que atua 
nas células trofoblásticas impedindo sua 
multiplicação 
- Menos de 40% das pacientes vão fazer, 
mas dessas 95% tem sucesso. 
 
 
- Dia 1 → 1º dose 50-75mg/m² via intramuscular → Dia 4 e 7 → dosa βhCG → se 
diminuir <15% dá a segunda dose → se redução não for 15% novamente 
indica-se cirurgia. 
- Caso diminua >15%, paciente pode ser acompanhada semanalmente 
quanto ao βhCG até níveis pré-gravidícos. 
 
Anel tubário 
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TRATAMENTO 
 
 CIRÚRGICO 
- Em casos de abdome agudo 
hemorrágico e instabilidade 
hemodinâmica 
- Cirurgia radical → Salpingectomia 
(retirada da tuba) → necessário em 
mulheres com sangramento 
incontrolável, gravidez ectópica 
recorrente, tuba muito lesada ou 
saco gestacional >5cm. 
- Caso paciente queira engravidar, 
indica a cirurgia conservadora 
salpingostomia → risco de 8% de 
persistência, precisa de seguimento 
de βhCG e metrotrexato profilático 
(se IG <6 semanas, saco gestacional 
<2cm e βhCG >3000) pelo risco de 
recorrência de 5-20%. 
 
 
 
 
 CISTOS OVARIANOS ROTOS 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Mais comum entre mulheres em idade reprodutiva 
 Podem ser funcionais (foliculares ou de corpo lúteo) ou neoplásicos 
(endometrioma, cistoadenoma e teratoma) 
 
 FATORES DE RISCO: trauma, tabagismo, fase lútea do ciclo, uso exclusivo de 
progesterona, síndrome de ovários policísticos, uso de tamoxifeno... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
Os cistos ovarianos funcionais são formados nos 
ovários quando a ovulação não ocorre de forma 
adequada 
 
 
 
 O cisto folicular é o mais comum e ocorre quando o folículo ovariano, 
recrutado durante o ciclo menstrual, não é reabsorvido pelo organismo → 
começa a crescer e acumular líquido, sendo que os folículos com diâmetro 
superior a 2 cm são chamados de cistos. 
 No entanto, por vezes o cisto torna-se tão grande em tamanho que 
enfraquece a parede dos ovários causando assim a ruptura do cisto. 
 
 Algumas situações podem favorecer a ruptura, como trauma abdominal, 
relação sexual, constipação crônica e exercício físico acentuado. 
 Os cistos de ovários funcionais rompem-se com mais frequência. 
 
 Victoria Chagas 
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CLÍNICA 
 
 Geralmente os cistos ovarianos são assintomáticos 
 
 Quando o cisto se rompe a maioria irá experimentar alguns sintomas: 
- Cólicas abdominais semelhantes às cólicas existentes no período menstrual 
- Em casos mais graves pode ocorrer dor pélvica severa. 
- Dispareunia → dor durante ou após a relação sexual. 
- Se a hemorragia interna foi causada por causa de ruptura do cisto de ovário 
pode-se experimentar sintomas como febre, fraqueza, vômitos, náuseas, 
tonturas, desmaios, etc. Pressão arterial baixa também indica a ocorrência 
desta condição. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Predominantemente clínico β-hCG negativo → excluir gravidez ectópica 
 USG transvaginal → avaliar tamanho do ovário 
 Hemograma completo → redução de hematócrito e hemoglobina 
 Marcadores tumorais 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 EM CASOS LEVES → tratamento com repouso físico e sexual associado a 
medicações analgésicas e anti-inflamatórias → regride espontaneamente 
 
 EM CASOS GRAVES → sintomas típicos de sangramento acentuado causado 
pela ruptura do cisto, promovendo instabilidade hemodinâmica ou abdome 
agudo, pode-se realizar a laparoscopia para remoção do cisto e aspiração 
do conteúdo hemorrágico presente na cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 TORÇÃO DE OVÁRIO/ANEXIAL 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Mais comum em mulheres em idade reprodutiva, entre 20 e 40 anos 
 Quinta emergência ginecológica mais comum 
 Mais comum no lado direito → cólon sigmoide limita movimento do ovário 
esquerdo 
 Pode ocorrer durante a gravidez, em lactentes, crianças (maior mobilidade 
dos anexos), adolescentes e em mulheres na menopausa. 
 Os tumores benignos sofrem torção com mais frequência que os malignos. 
 
 FATORES DE RISCO: cistos, neoplasias, ovário grande, mesossalpinge, uso de 
gonadotrofinas para superovulação (aumenta peso do ovário), fertilização 
in vitro, gestação gemelar... 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
Torção do ovário e/ou das tubas uterinas ao 
redor de seus suportes vasculares e 
ligamentares, bloqueando o fluxo sanguíneo 
adequado para o ovário → isquemia do 
ovário → necrose → peritonite e infecção 
sistêmica 
 
 
 
 Victoria Chagas 
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CLÍNICA 
 
 Durante dias ou ocasionalmente semanas antes da dor súbita, pode ocorrer 
dor intermitente, em forma de cólicas, presumivelmente como resultado de 
torção intermitente que cessa de modo espontâneo. 
 
 Dor repentina, contínua e inespecífica; localizada, inicialmente, na região 
inguinal do lado do ovário afetado, podendo se estender para o flanco e 
hipomesogástrio. 
 Em seguida, dissemina-se por todo o abdômen, com irritação peritoneal e 
presença de massa anexial 
 
 O paciente pode apresentar náuseas, vômitos e febre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Clínico e imaginológico. 
 
 EXAME FÍSICO: 
- Dor a palpação 
- Massa abdominal palpável → Aumento do volume do ovário 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- β-hCG → ver se há gravidez 
- USGTV com Dopple → geralmente com presença de ovário de aparência 
sólida, aumentado de volume, com estruturas císticas na periferia (folículos 
ou corpos lúteos), e edema no estroma. No Dopple o fluxo sanguíneo está 
diminuído ou ausente. 
- Hemograma completo 
- TC e RM podem ajudar no diagnóstico 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 EMERGÊNCIA CIRÚRGICA → laparoscópico é de escolha no tratamento e 
pode ser usada para diagnóstico também. 
 
 DIAGNOSTICO PRECOCE → fazer a reversão da torção e preservação do 
ovário com retirada do cisto se estiver presente (cistectomia) 
 
 DIAGNÓSTICO TARDIO COM OVÁRIO NECROSADO → retirada do ovário e 
trompas (ooforectomia e salpingooforectomia) 
 
 
 
 DIP – DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Mais de 85% dos casos são causados por IST’s 
 Os outros 15% são associados a germes entéricos, patógenos respiratórios ou 
outros colonizadores de trato inferior. 
 
 FATORES DE RISCO: 
- Atividade sexual desprotegida 
- Adolescentes e mulheres jovens – 15 a 24 anos 
- IST’s prévias 
- Baixo nível socioeconômico 
- Múltiplos parceiros sexuais 
- Menstruação retrógada → ascensão bacteriana → sangue menstrual, ao 
invés de ser eliminado pela vagina, segue para trompas e cavidade pélvica 
- Uso de DIU → podem levar a bactéria na inserção 
 
 Victoria Chagas 
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FISIOPATO 
 
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a infecção 
polimicrobiana do trato genital feminino superior, 
causada pela ascensão de microrganismo do 
trato genital inferior, que acomete principalmente 
as trompas uterinas, mas pode comprometer 
endométrio, ovários e anexos. 
 
 A ascensão pode ser facilitada no período menstrual 
 Ao atingir as tubas uterinas, os microrganismos promovem lesão direta e 
indireta do epitélio ciliar, levando a intensa reação inflamatória; 
 
 Quadros: endometrite, miometrite, salpingite, ooforite, abcesso tuibo-
ovariano e peritonite pélvica 
 
 Principais bactérias 
- Neisseria gonorrhoeae 
- Chlamydia trachomatis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 Alguns pacientes tem sintomas sutis ou não específicos ou até mesmo são 
assintomáticas. 
 
 SINTOMAS MAIS FREQUENTES: 
- Dor pélvica → aguda ou insidiosa, na maior parte das vezes bilateral, de 
início durante ou logo após a menstruação. 
- Corrimento purulento com ou sem odor fétido 
- Dispareunia de profundidade → dor no ato sexual 
- Disuria → dor ao urinar 
- Náuseas e vômitos → acometimento peritoneal 
- Metrorragia → sangramento uterino fora do período menstrual 
- Febre e calafrios 
- Astenia 
 
 COMPLICAÇÕES: 
- Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: corresponde a uma perihepatite que causa 
dor no hipocôndrio direito e pode resultar de salpingite agudas pelo 
gonococo ou clamídia. 
- Abcesso tubo-ovariano: é uma coleção de pus nos anexos que se 
desenvolve a partir de uma tentativa do organismo de conter salpingite. 
- Cicatrizes e adesões tubárias 
- Hidrossalpinge 
- Pode levar a infertilidade, gestação ectópica e dor pélvica crônica 
 
 Victoria Chagas 
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DIAGNÓSTICO 
 
 Critérios clínicos 
 
 EXAME FÍSICO: 
- Dor a mobilização uterina e palpação de anexos 
- Tensão abdominal nos quadrantes inferiores do abdome, distensão 
abdominal e ausência ou diminuição dos ruídos hidroaéreos. 
 
 O diagnóstico é realizado a partir da presença de três critérios maiores mais 
um critério menor ou apenas um critério elaborado isoladamente. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Hemograma completo 
- β-hCG → afastar gravidez 
- USG → transvaginal e pélvica → principal achado ultrassonográfico na DIP 
é a presença de uma fina camada líquida preenchendo a trompa dilatada, 
com ou sem a presença de líquido livre na pelve. 
- Exame para vaginose bacteriana 
- Pesquisa de gonococo e clamídia 
- VHS e proteína C reativa → marcadores inflamatórios 
- Urina e urocultura → afastar ITU 
- Pesquisar outras IST’s → HIV, hepatite, sífilis... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 Deve ser imediato visando evitar complicações tardias 
 Deve-se tratar também os parceiros nos últimos 60 dias 
 Fazer exame de HIV 
 
 O TRATAMENTO AMBULATORIAL é realizado em mulheres com quadro leve, 
sem sinais de pelviperitonite nos exames abdominais e ginecológicos. 
 
 O TRATAMENTO HOSPITALAR é em mulheres com abcesso tubo-ovariano, 
gravidez, ausência de resposta clínica após 72 horas de tratamento com ATB, 
intolerância a antibióticos orais ou dificuldade para seguimento 
ambulatorial, estado geral grave (náuseas, vômitos e febre) e dificuldade na 
exclusão de emergência cirúrgica (apendicite e gravidez ectópica). 
 
 O TRATAMENTO CIRÚRGICO é opção quando: 
- Abcesso pélvico sem melhora com ATB 
- Suspeita de rotura do abcesso 
- Presença de massa pélvico (abcesso) que ↑ apesar do tratamento clínico. 
- A drenagem pode ser por laparoscopia ou laparostomia 
 
 Victoria Chagas 
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