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Direitos humanos

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Direitos humanos são aqueles direitos comuns a todos os seres humanos sem distinção de raça, etnia, nacionalidade, sexo, classe 
social, religião, ideologia, nível de instrução, orientação sexual e julgamento moral. 
 
 
Estado de natureza é aquele no qual imaginavam como as pessoas viviam antes da existência de qualquer organização política, e 
como elas se comportariam se não houvesse nenhuma lei que determinasse o que se poderia fazer ou não. 
Para Thomas Hobbes, ainda no estado de natureza, seria possível reconhecer alguns direitos que seriam naturais (ou seja, inatos e 
universais) para todos os seres humanos, o que é chamado de direito natural. Este não estaria baseado em nenhuma lei escrita ou 
em alguma forma de política, mas em uma concepção da natureza humana que, para Hobbes, determina que todas as pessoas são 
iguais: racionais, livres e egoístas, e carentes dos mesmos recursos para sobreviver (água, comida, abrigo, etc.). Dessa forma, o 
primeiro desses direitos naturais determinaria que qualquer um pode fazer o que for preciso para obter os bens necessários 
para sua sobrevivência. 
Uma vez que esses recursos seriam escassos e que não haveria nenhuma forma de organização ou acordo para regular as ações 
humanas, o Estado de Natureza seria, para Hobbes, uma guerra de todos contra todos pelo acesso a esses recursos. Qualquer ato 
imoral, como roubar, não poderia ser chamado de injusto pelo fato de não haver nenhuma forma de acordo entre os seres 
humanos no Estado de Natureza: se não há acordo, não há nenhuma obrigação e, portanto, qualquer pessoa seria livre para fazer 
o que quisesse sem cometer injustiças. 
Contudo, por serem racionais, os seres humanos tendem a perceber que a guerra não é a melhor forma de sobreviver e que 
seria melhor se aliarem para obter mais recursos e proteção do que permanecerem em um conflito destrutivo, ou seja, para 
garantir a sobrevivência, seria necessário que houvesse paz. As pessoas, em conjunto, criaram, então, um acordo para garantir a 
paz. Este acordo foi chamado de contrato social que seria, para Hobbes, a origem da sociedade. 
Para Hobbes, um contrato é um acordo feito entre duas partes, no qual cada uma se compromete a cumprir determinada ação. 
Dessa forma, o contrato social é também a origem da justiça. pois é quem cria a obrigação entre duas partes. 
Para garantir a paz em uma sociedade, os seres humanos (1ª parte do contrato) concordam em abrir mão de parte do seu direito 
natural à liberdade, entregando essa parte a uma instituição, o Estado (2ª parte do contrato). Este, por sua vez, seria responsável 
por garantir a paz e a sobrevivência de seus cidadãos. O Estado, com o poder sobre o direito de todas as pessoas, cria, então, leis 
que regulam as ações dos cidadãos daquela sociedade e determina o que pode ou não ser feito, fundando o que é chamado de 
direito positivo, que, porém, não é universal e válido para todos os seres humanos pois cada sociedade cria suas próprias leis que 
determinam o que pode ou não ser feito ali. 
Os filósofos que deram forma à teoria do contrato social afirmavam que uma das funções do Estado seria a de transformar o 
direito natural em direito positivo, isto é. formalizar os direitos de cada um em lei e garanti-los para que todos que vivem sob 
aquele governo. 
DIREITO NATURAL DIREITO POSITIVO 
Deriva da própria natureza. Seu surgimento se dá somente a partir do estabelecimento de leis dentro 
de uma sociedade. 
É inato (existe desde o nascimento), eterno e imutável. Varia de sociedade para sociedade e se transforma com o passar do 
tempo. 
É anterior a qualquer Estado. É um mecanismo de regulação de um Estado. 
direitos humanos 
ORIGEM DAS LEIS E DA SOCIEDADE 
É estabelecido a partir da ideia de preservação dos indivíduos, do que é 
inviolável para qualquer ser humano. 
É pensado com o objetivo de garantir a manutenção da estabilidade de 
uma sociedade, regulando seus hábitos e costumes. 
 
 
O contrato social e o Estado criam o direito positivo e, dessa forma, a própria justiça. A justiça, pelo lado dos cidadãos, pode ser 
entendida como o respeito ao direito positivo de limitar as suas ações de acordo com a lei. Assim, uma pessoa é chamada de justa 
se respeita as leis da sociedade em que vive. 
No entanto, o contrato é feito de duas partes, então tem de haver justiça para os dois lados. A justiça, para um Estado, está em 
garantir a paz e a união entre os cidadãos. O Estado deve fornecer os meios para que o cidadão desenvolva a sua vida de forma 
segura. As leis, embora proíbam ações, trazem também direitos. 
A justiça. para Hobbes, pressupõe o cumprimento daquilo que foi acordado. O Estado detém o poder de cumprir acordos e, 
exatamente por isso, deve ser o primeiro a cumprir com sua parte: garantir os direitos de seus cidadãos. 
 
 
 
 
Direitos humanos são aqueles direitos comuns a todos os seres humanos sem distinção de raça, etnia, nacionalidade, sexo, classe 
social, religião, ideologia, nível de instrução, orientação sexual e julgamento moral 
 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, período em que várias atrocidades à humanidade foram cometidas, formou-se a Organização das 
Nações Unidas (ONU), com o objetivo de promover a paz e mediar conflitos internacionais. Em 1948, a ONU lança o primeiro esboço 
da Declaração Universal dos Direitos |Humanos. Este documento tem como objetivo estabelecer, de forma positiva (isto é, na 
forma de um acordo), os direitos que todos os indivíduos têm simplesmente pelo fato de serem humanos. Isto quer dizer que, em 
qualquer lugar do mundo e em qualquer momento, todas as pessoas têm uma série de direitos que devem ser respeitados por 
todos, inclusive pelo próprio Estado. A ideia seria criar um padrão internacional de direitos e, portanto, também de justiça. 
 
 
Os direitos humanos se fundamentam na ideia de dignidade humana. 
 
 
 
Os direitos humanos visam à garantia da dignidade da pessoa humana, entendendo a todos como livres, iguais em direitos e dotados 
de razão e consciência. Assim, são fundamentais porque sem eles a pessoa humana não é capaz de existir nem de se desenvolver 
e participar plenamente da vida. Eles representam as mínimas condições necessárias para que uma pessoa possa ter uma vida 
digna. 
FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS 
A dignidade humana é aquilo que caracteriza a humanidade do homem. A dignidade é um valor inerente ao ser humano que nos faz 
considera-lo como algo diferente de uma coisa, de um objeto; ou seja, dignidade é considerar o outro como um fim e não um meio. 
A dignidade é um valor incondicional, incomensurável e insubstituível. 
ORIGEM DA JUSTIÇA 
As leis têm uma grande relação com a justiça; afinal, elas definem a forma como, em uma sociedade, serão distribuídas as honras e 
os privilégios e quem merece punição. No entanto, as leis nem sempre parecem ser criadas com vista à promoção do bem, o que 
significaria dizer que nem sempre as leis são justas. 
DIREITOS HUMANOS 
ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
Os direitos humanos se colocam como uma perspectiva dos direitos básicos de uma pessoa. No entanto, os direitos humanos não são 
necessariamente abarcados pelas leis de um país. Para que eles se tornem efetivos, é necessário que estejam garantidos pela 
constituição de uma nação, uma vez que um determinado país não pode interferir na soberania de outro. Assim, cada Estado garante 
apenas os direitos que estão escritos em suas leis e somente para seus cidadãos. 
Por isso é de extrema importância conhecer as leis que regem o nosso país, não só com o intuito de se conscientizar dos próprios 
direitos, mas também com o propósito de encontrar e entender as influências filosóficas que embasam as leis da Constituição 
brasileira. 
A Constituição brasileira de 1988 recebeu forte influência do ideal de cidadania e dignidade da pessoa humana, princípios defendidos 
pelos Direitos Humanos. O artigo 3º da Constituição evidencia isto e afirma o compromisso do Brasil na promoção dosdireitos humanos. 
Mais do que apenas garantir a dignidade da pessoa humana, esses fundamentos têm como objetivo o pleno acesso à cidadania a 
todos os indivíduos, ou seja, procura permitir que cada pessoa exerça sua função como cidadã. Para isso, deve-se buscar a garantia 
dos direitos e, em contrapartida, também o cumprimento dos deveres de cada um para a construção de uma sociedade mais 
democrática. 
 Deveres do cidadão: no caso de uma constituição, os deveres consistem naquilo que precisa ser cumprido, 
independentemente da vontade de um cidadão, e são necessários para que a estrutura do Estado se mantenha funcionando. 
No Brasil, alguns exemplos de deveres são respeitar e cumprir a legislação do país e respeitar os direitos dos outros. 
 Proibições do cidadão: se os deveres determinam aquilo que precisa ser feito independentemente da vontade individual, as 
proibições dizem o que não pode ser feito em situação alguma. Dentro de uma legislação, as proibições servem para garantir 
direitos a outras pessoas ou para regular a vida social em comum. Quando se fala em constituição, essa obrigatoriedade de 
respeito às leis se mantém, e os deveres não cumpridos e proibições desrespeitadas são passíveis de punições que são 
aplicadas pelo próprio governo e devem ser iguais para que todos que descumpriam esses deveres e proibições. 
 Direitos do cidadão: os direitos correspondem ao que todo cidadão pode fazer mas não é obrigatório. Em uma constituição, 
eles são pensados com o objetivo de garantir aquilo que é necessário para o desenvolvimento das pessoas enquanto seres 
humanos, isto é: saúde, educação, moradia, alimentação, etc. Os direitos também garantem representatividade às pessoas, 
uma vez que lhe asseguram a participação nas decisões sobre o governo. Os direitos previstos na Constituição brasileira 
não são apenas aqueles necessários à manutenção da vida biológica, mas também da vida social, como o acesso à cultura, 
ao esporte e ao lazer. 
 
 
Nem todos os direitos são aplicados igualmente a todas as pessoas. Apesar de nascerem iguais perante as leis, segundo a própria 
constituição, as pessoas não nascem em condições sociais e biológicas iguais. Dessa forma, um grupo de pessoas pode ter acesso a 
um determinado privilégio, um direito exclusivamente voltado para elas, para tentar diminuir alguma desigualdade. Isso pode parecer 
injusto em um primeiro olhar; porém, cabe lembrar que a constituição também tem como princípio a diminuição das desigualdades 
sociais e regionais. 
Muitas vezes, a concessão de direitos específicos a determinados grupos se dá justamente a partir do fundamento do respeito às 
diferenças, com o objetivo de igualar as oportunidades. Em provas de concursos, por exemplo, os portadores de necessidade especiais 
têm assegurado um tempo extra de realização. Já os seguidores da religião Adventista, cuja doutrina limita a prática de alguns tipos 
de atividades aos sábados, têm direito a um horário e data alternativa para a realização de provas que porventura estejam marcadas 
para o sábado. 
 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
IGUALDADE DE DIREITOS 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1966, a Organização das Nações Unidas uniu à Declaração Universal do Direitos Humanos o Pacto Internacional dos Direitos Civis 
e Políticos. Este documento afirma, em seu primeiro artigo, que cada povo tem direito à autodeterminação, o que significa que tem 
a independência e a liberdade de seguir e perpetuar seus costumes, suas línguas, sua economia, suas crenças, enfim, o direito de 
preservar a sua cultura. 
Este artigo tem como base a ideia de relativismo cultural, isto é, a noção de que não existem culturas melhores do que outras e que 
os modos como as pessoas vivem nas diferentes partes do mundo devem ser respeitados igualmente. Em outras palavras, por mais 
que uma cultura pareça estranha, ela deve ser respeitada e valorizada. 
No entanto, diversas culturas e povos não parecem compartilhar dos mesmos pressupostos ideológicos e filosóficos que a declaração 
dos direitos humanos da ONU. Isso se dá porque a construção da Declaração teve como principais autores membros de países 
ocidentais, cujo ideal de justiça foi criado com base nas tradições grega e cristã, que reconheciam a dignidade natural dos humanos. 
 
Esses privilégios legais são frutos de muitas lutas que tiveram como foco a 
igualdade de oportunidades. Em sua maior parte, os privilégios buscam compensar 
outras formas de injustiça social, garantindo a todos o exercício da cidadania. Uma 
sociedade justa, afinal, não seria apenas aquela que garante os mesmos direitos 
a todos, mas a que garante o mesmo acesso aos direitos a todas as pessoas. 
 
RELATIVISMO CULTURAL

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