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Didatismo e Conhecimento
CADERNO BRINDE
CADERNO BRINDE
 
170 TESTES
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NOSSA EQUIPE
Autores
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................. ALDRIN DE OLIVEIRA RUSSI
DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................... ANA PAULA MIRANDA DOS SANTOS
DIREITO CIVIL ........................................................................................................... ALDRIN DE OLIVEIRA RUSSI
DIREITO PREVINDECIÁRIO ......................................................................................................ANDRÉIA AGOSTIN
DIREITO PROCESSUAL TRABALHO ............................................................................................ DANIELE SOUZA
DIREITO TRABALHO ...................................................................................................................... DANIELE SOUZA
DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................................................................................DIEGO BISI ALMADA
DIREITO PENAL ........................................................................................................................DIEGO BISI ALMADA
DIREITO PROCESSUAL PENAL ..............................................................................................DIEGO BISI ALMADA
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ......................................................................................................... CÁSSIA HAKAMADA
GEOGRAFIA .....................................................................................................LUCIANA DE DEUS NETO FERRARI
HISTÓRIA ..........................................................................................................................KEILA NAIARA VERONEZ
RACIOCÍNIO LÓGICO ....................................................................................................................NIVALDO EMÍDIO
MATEMÁTICA .................................................................................................................................NIVALDO EMÍDIO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ..........................................................................................MÁRCIO ANDRÉ EMÍDIO
PORTUGUÊS ........................................................................................................................MÁRCIO ANDRÉ EMÍDIO
INFORMÁTICA ................................................................................................................. PAULO VALDIR ROMANO
DIAGRAMAÇÃO
 EMANUELA AMARAL DE SOUZA
DESIGN GRAFICO
 BARBARA GABRIELA
COORDENAÇÃO GERAL
JULIANA PIVOTTO
PEDRO MOURA
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ÍNDICE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................................................................................................01
DIREITO ADMINISTRATIVO ..........................................................................................................................................06
DIREITO CIVIL ..................................................................................................................................................................13
DIREITO PREVINDECIÁRIO ..........................................................................................................................................18
DIREITO PROCESSUAL TRABALHO ...........................................................................................................................23
DIREITO TRABALHO .......................................................................................................................................................28
DIREITO CONSTITUCIONAL .........................................................................................................................................33
DIREITO PENAL ................................................................................................................................................................36
DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................................................................................................39
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................................................................44
GEOGRAFIA .......................................................................................................................................................................49
HISTÓRIA ............................................................................................................................................................................55
RACIOCÍNIO LÓGICO .....................................................................................................................................................60
MATEMÁTICA ....................................................................................................................................................................67
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO........................................................................................................................................71
PORTUGUÊS .......................................................................................................................................................................73
INFORMÁTICA ..................................................................................................................................................................78
DICAS DE CONCURSO .....................................................................................................................................................84
BOM ESTUDO!!!!
CADERNO BRINDE
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BRINDE TESTES COMENTADOS
CADERNO BRINDE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
1. (ADVOGADO ESPECIALISTA EM PROCESSO CIVIL – CESP – 2009 – VUNESP) É admissível o 
chamamento ao processo:
(A) do alienante, na ação em que terceiro reivindica do adquirente a coisa cujo domínio foi-lhe transferido.
(B) do locador, quando o locatário for demandado em nome próprio em razão da coisa sobre a qual exerce a 
posse direta.
(C) do devedor, na ação em que o fi ador for réu.
(D) daquele que, por força de contrato, estiver obrigado em ação regressiva a indenizar o prejuízo do que 
perder a demanda.
(E) do proprietário, quando aquele que detiver a coisa em nome alheio for demandado em nome próprio.
RESPOSTA: “C”
O chamamento ao processo é forma de intervenção de terceiros, regulada pelo Código de Processo Civil, destinada a 
trazer para a lide o coobrigado pela dívida ajuizada, a fi m de que o juiz, ao proferir sentença, desde já determine e delimi-
te sua responsabilidade. Com esta providencia se obtém sentença que pode ser executada contra os demais coobrigados 
por aquele que solveu sozinho o débito perante o credor. O artigo 77 do CPC indica as hipóteses em que é cabível:
 Art. 77. É admissível o chamamento ao processo:
I - do devedor, na ação em que o fi ador for réu;
II - dos outros fi adores, quando para a ação for citado apenas um deles;
III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a 
dívida comum.
Com efeito, “C” é a alternativa correta.
Por sua vez, as alternativas “A”, “B”, “D” e “E” são incorretas, porque indicam situações de cabimento de outras 
formas de intervenção de terceiros. Na situação das alternativas “A”, “B” e “D” cabe denunciação da lide, enquanto que 
na situação da alternativa “E” cabe nomeação à autoria.
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/PB 2008 – COMPROV/UFCG) São atos ordinatórios, EXCETO:
A) Juntada de documentos. 
B) Desentranhamento depeças por equívoco.
C) Decisão interlocutória. 
D) Vista obrigatória às partes.
E) Recapeamento dos autos.
RESPOSTA: “C”
Atos ordinatórios são aqueles destinados apenas a dar andamento ao processo, sem qualquer conteúdo ou carga deci-
sória. Exemplos de atos ordinatórios são aqueles indicados nas alternativas “A”, “B”, “D” e “E” (juntada de documentos, 
desentranhamento de peças por equívoco, vista obrigatória às partes e recapeamento dos autos), além de outros como a 
intimação das testemunhas arroladas para depor em audiência e a entrega dos autos ao perito.
Na verdade os atos ordinatórios são atos que o juiz pode proferir mediante despacho, mas que por questão de celeri-
dade processual passaram a ser praticados de ofício pelo servidor, mediante delegação, conforme autorizam o artigo 162, 
§4º, do Código de Processo Civil, e o artigo 93, XIV, da Constituição Federal.
Já diferente é o conceito legal de decisão interlocutória, fornecido pelo artigo 162, §1º, do Código de Processo Civil:
Artigo 162 [...]
§ 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.
Assim, a resposta correta somente pode ser a de letra “C”, pois dentre todas as alternativas fornecidas pelo enunciado 
somente a decisão interlocutória possui carga de decisão, ou seja, resolve questão capaz de afetar substancialmente os 
interesses das partes, fugindo à natureza de ato meramente ordinatório.
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3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT4 – 2010 – FCC) De acordo com o Có-
digo de Processo Civil, NÃO se considera absolutamente impenhorável:
(A) a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de sessenta salários mínimos.
(B) os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução.
(C) o seguro de vida.
(D) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde 
ou assistência social.
(E) os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.
RESPOSTA: “A”
Bens absolutamente impenhoráveis são aqueles arrolados pela lei como intocáveis, de expropriação não permitida 
para fins de satisfação de dívida de seu proprietário, pois presume a lei que constituem o mínimo que a pessoa deve 
possuir para fins de ser preservação de sua dignidade. Afinal, a execução não tem por objetivo levar o devedor à miséria. 
Assim, a resposta ao enunciado depende da análise do artigo 649 do CPC:
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor 
ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e 
montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ga-
nhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis 
ao exercício de qualquer profissão;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social;
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.
Conforme se verifica através da leitura do referido dispositivo legal, todos os bens indicados nas alternativas “B”, 
“C”, “D” e “E” são arrolados como absolutamente impenhoráveis. 
Somente a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, não é ab-
solutamente impenhorável. É que a lei indica o limite de 40 (quarenta) salários mínimos como a quantia absolutamente 
impenhorável. Ultrapassado este limite, o que sobejar é penhorável;
Assim, somente a alternativa “A” não está de acordo com o Código de Processo Civil no tocante à regra de impenho-
rabilidade absoluta.
4. (DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO – DPE/MS – 2008 – VUNESP) O é réu devidamente citado e, apre-
sentando contestação, demonstra vício de incapacidade processual ou defeito de representação. Neste caso, deve 
o juiz:
(A) assinalar prazo razoável para sanar o defeito e caso não haja a regularização deverá declarar o réu revel.
(B) intimá-lo pessoalmente para regularizar os autos em 48 horas.
(C) extinguir o processo sem resolução do mérito, por falta de pressuposto processual.
(D) extinguir o processo sem resolução do mérito, por não cumprimento da regularização.
RESPOSTA: “A”
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A incapacidade processual e o defeito de representação são irregularidades processuais sanáveis. E quando o juiz en-
contra no processo tais espécies de vícios, é seu dever, antes de tudo, deferir à parte interessada a oportunidade de suprir 
o defeito. Tal conduta prestigia o processo como instrumento a serviço da realização do direito material, impedindo que 
meras irregularidades formais se transformem em causa de imediata extinção do feito.
Neste sentido dispõe o artigo 13 do CPC:
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo 
o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;
II - ao réu, reputar-se-á revel;
III - ao terceiro, será excluído do processo.
Sendo assim, “A” é a alternativa correta, pois caso o juiz verifique a incapacidade processual ou defeito de represen-
tação do réu, caberá assinalar-lhe prazo razoável para que corrija o defeito. Somente se não houver regularização caberá 
ao juiz declarar sua revelia.
Por via de conseqüência, estão incorretas as alternativas “B”, “C” e “D”, pois não é correto que o juiz deva intimar 
pessoalmente o réu para regularizar os autos em 48 horas, que deva extinguir o processo sem resolução do mérito por 
falta de pressuposto processual ou que deva extinguir o processo sem resolução do mérito por não cumprimento da re-
gularização.
5. (OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – TJ/SC – 2010 – TJ/SC) NÃO se constitui em um dos auxiliares 
da justiça:
a) O Ministério Público.
b) O Oficial de Justiça.
c) O Perito.
d) O Intérprete.
e) O Depositário.
RESPOSTA: “A”
Os auxiliares da justiça são todas as pessoas convocadas para colaborar com a Justiça, seja por dever funcional, seja 
pela eventualidade de determinada situação. Preceitua o artigo 139 do CPC:
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização 
judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.
Com efeito, pela simples leitura do referido dispositivo facilmente se percebe que as figuras indicadas nas alternati-
vas “B”, “C”, “D” e “E” (Oficial de Justiça, Perito, Intérprete e Depositário) são auxiliares da justiça.
Já o Ministério Público não é. Trata-se de instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado (em-
bora não seja órgão vinculado ao Poder Judiciário), incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (artigo 127 da CF).
Assim, a alternativa “A” é a única correta.
06. (JUIZ DE DIREITO – TJ/MG– 2009 – FUNDEP) Sobre a substituição das partes, é correto afirmar, EX-
CETO que:
A) A alienação da coisa ou do direito em litígio, a título particular, por atos entre vivos, altera a legitimidade 
das partes.
B) O Código de Processo Civil permite no curso do processo a substituição voluntária em casos expressos.
C) O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante ou o cedente, sem 
que o consinta a parte contrária.
D) Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu espólio ou pelos sucessores.
RESPOSTA: “A”.
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A única alternativa incorreta do enunciado é a de letra “A”, pois, em verdade, a alienação da coisa ou do direito liti-
gioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes (artigo 42 do CPC).
Já as demais alternativas enunciam disposições corretas.
É permitida, no curso do processo, a substituição voluntária das partes em casos expressos (artigo 41 do CPC). Exem- casos expressos (artigo 41 do CPC). Exem-
plo é a substituição do de cujus por seu espólio ou sucessores.
É correto que o adquirente ou o cessionário não poderão ingressar em juízo, substituindo o alienante ou o cedente, 
sem que o consinta a parte contrária (artigo 42, parágrafo primeiro, do CPC).
E, por fim, é correto também que, ocorrendo morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu espólio ou 
pelos sucessores (artigo 43 do CPC).
07. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/MT 2008 – VUNESP) Sobre o fenômeno da assistência, é correto afirmar 
que:
(A) a assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento,salvo no procedimento sumário, e em todos 
os graus de jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.
(B) pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro,que tiver interesse jurídico em que a sentença 
seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la.
(C) Não havendo impugnação dentro de 15 dias, o pedido do assistente será deferido.
(D) se qualquer das partes alegar que falta ao assistente interesse jurídico, o juiz determinará, após a regular 
interrupção do processo, o desentranhamento da petição e da impugnação a fim de serem autuadas em apenso.
(E) uma vez estando assistida, a parte principal ficará impedida de reconhecer a procedência do pedido ou de 
desistir da ação.
RESPOSTA: “B”.
A alternativa “B” é a correta, pois dá os contornos exatos do instituto jurídico da assistência na conformidade com o 
que dispõe o Código de Processo Civil:
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença 
seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la.
A alternativa “A” está errada porque a assistência tem lugar em todos os tipos de procedimento, inclusive no sumário, 
consoante disposição contida nos artigos 50, parágrafo único e 280, ambos do Código de Processo Civil. A divergência 
doutrinária existente quanto à assistência cinge-se ao seu cabimento ou não em todas as espécies de processo (conheci-
mento, execução e cautelar), mas isso requer estudo mais aprofundado, o que fica recomendado ao candidato a concursos 
públicos.
A alternativa “C” está incorreta porque erra no prazo. Em vez de 15 (quinze) dias, o prazo para impugnação ao pedido 
de assistência é de 5 (cinco) dias, sob pena de deferimento no caso de silêncio.
O erro na alternativa “D” está contido na “interrupção do processo”. Se as partes alegarem falta de interesse jurídico 
na assistência, o juiz determina o desentranhamento da petição e da impugnação a fim de serem autuadas e processadas 
em apenso, mas sem interromper ou suspender o tramite do processo principal (artigo 51 do CPC).
E a alternativa “E” também está errada, pois o assistente da parte, como a própria nomenclatura indica, não é o titular 
da ação. Logo, não pode impedir a parte de reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou transigir sobre os 
direitos controvertidos (artigo 53 do Código de Processo Civil).
08. (EXAME DA OAB/SP N. 137 – 2009 – CESPE) De acordo com o Código de Processo Civil na hipótese de 
afinidade de questões por um ponto de fato ou de direito, duas ou mais pessoas podem litigar em conjunto no mes-
mo processo, tanto no pólo ativo como no passivo. Nessa situação, verifica-se o fenômeno denominado:
A) litisconsórcio necessário.
B) assistência simples.
C) litisconsórcio unitário.
D) litisconsórcio facultativo.
RESPOSTA: “D”.
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O enunciado da questão retrata o litisconsórcio facultativo (artigo 46 do CPC), que nada mais é que a possibilidade de 
duas pessoas litigarem conjuntamente em juízo, no pólo ativo ou no pólo passivo de uma mesma ação. O litisconsórcio 
facultativo pode ocorrer nas seguintes situações:
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Assim, “D” é a alternativa correta.
“A” é incorreta porque o litisconsórcio necessário é aquele que requer, como condição de validade da sentença, que 
todas as pessoas envolvidas no litígio se reúnam em um dos pólos da ação.
“B” é incorreta porque assistência simples é a forma de intervenção de terceiro em que determinada pessoa, não sen-
do parte, mas tendo interesse jurídico que o juiz decida a lide favoravelmente em relação a determinado litigante, vem ao 
processo a fim de ajudá-lo a obter esta decisão favorável (artigo 50 do CPC).
E “C” é incorreta porque litisconsórcio unitário é aquele em que o juiz deve de decidir a lide de modo uniforme para 
todas as partes de um mesmo pólo processual.
09. (ADVOGADO ESPECIALISTA EM PROCESSO CIVIL – CESP – 2009 – VUNESP) É admissível o 
chamamento ao processo:
(A) do alienante, na ação em que terceiro reivindica do adquirente a coisa cujo domínio foi-lhe transferido.
(B) do locador, quando o locatário for demandado em nome próprio em razão da coisa sobre a qual exerce a 
posse direta.
(C) do devedor, na ação em que o fiador for réu.
(D) daquele que, por força de contrato, estiver obrigado em ação regressiva a indenizar o prejuízo do que 
perder a demanda.
(E) do proprietário, quando aquele que detiver a coisa em nome alheio for demandado em nome próprio.
RESPOSTA: “C”.
Chamamento ao processo é forma de intervenção de terceiros, destinada a trazer para a lide aquele que é co-respon-
sável pela dívida ajuizada, para que desde já o demandado obtenha um titulo contra o chamado, se porventura tiver que 
cumprir a obrigação por inteiro e sozinho. O artigo 77 do CPC indica as hipóteses em que é cabível:
Art. 77. É admissível o chamamento ao processo:
I - do devedor, na ação em que o fiador for réu;
II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;
III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a 
dívida comum.
Com efeito, “C” é a alternativa correta.
As alternativas “A”, “B”, “D” e “E” são incorretas porque indicam situações de cabimento de outras formas de inter-
venção de terceiros. Na situação das alternativas “A”, “B” e “D” cabe denunciação da lide, enquanto que na situação da 
alternativa “E” cabe nomeação à autoria.
10. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que 
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
(A) determinará que o credor a corrija, no prazo de cinco dias, sob pena de ser indeferida.
(B) indeferirá de plano a petição inicial pela sua inépcia.
(C) determinará que o credor a emende,ou a complete, no prazo de dez dias.
(D) receberá a petição inicial, adotando-se obrigatóriamente o procedimento ordinário.
 (E) determinará que o credor a corrija, no prazo de quinze dias sob pena de ser indeferida.
RESPOSTA: “A”.
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A questão exige tão somente a literalidade do artigo 284 do Código de Processo Civil, observe;
Art. 284. Verifi cando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que 
apresenta defeitos e irregularidades capazes de difi cultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou 
a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Acerca do processo administrativo, julgue os itens subseqüentes.
1. (TÉCNICO INSS - 2008 - CESPE) Suponha-se que Francisca, servidora do INSS, ao atender um segurado 
e receber dele um requerimento de benefícios, tenha constatado que ele não havia incluído um item a que tinha 
direito. Suponha-se, ainda, que ela tenha decidido não lhe dizer nada a esse respeito. Nessa situação, a atitude de 
Francisca não pode ser reprovada, pois o servidor do INSS pode omitir de segurado a existência de direito a verba 
de benefício que não tenha sido explicitamente requerida.
RESPOSTA “E”.
O INSS não é órgão jurisdicional, portanto não deve obediência ao princípio da demanda, ou princípio da inércia 
consagrado no art. 2º do código de processo civil, segundo o qual nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.
Tal principio proíbe, portanto, os juízes de exercerem a função jurisdicional sem que haja a manifestação de uma 
pretensão por parte do titular de um interesse, ou seja, não pode haver exercício da jurisdição sem que haja uma demanda.
O INSS é órgão administrativo, deve portanto, obedecer aos princípios da Administração Pública, quais sejam:
1. Princípio da Legalidade
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5.º, II, da CF). O princípio 
da legalidade representa uma garantia para os administrados, pois qualquer ato da Administração Pública somente terá 
validade se respaldado em lei. Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do administrado em 
relação ao abuso de poder.
O princípio em estudo apresenta um perfi l diverso no campo do Direito Público e no campo do Direito Privado. No 
Direito Privado, tendo em vista o interesse privado, as partes poderão fazer tudo o que a lei não proíbe; no Direito Público, 
diferentemente, existe uma relação de subordinação perante a lei, ou seja, só se pode fazer o que a lei expressamente 
autorizar.
Nesse caso, faz-se necessário o entendimento a respeito do ato vinculado e do ato discricionário, posto que no ato 
vinculado o administrador está estritamente vinculado ao que diz a lei e no ato discricionário o administrador possui certa 
margem de discricionariedade. Vejamos:
a) No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para decidir quanto à atuação. A lei previamente estabelece 
um único comportamento possível a ser tomado pelo administrador no fato concreto; não podendo haver juízo de valores, 
o administrador não poderá analisar a conveniência e a oportunidade do ato.
b) O ato discricionário é aquele que, editado debaixo da lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um juízo 
de conveniência e oportunidade.
A diferença entre o ato vinculado e o ato discricionário está no grau de liberdade conferido ao administrador.
Tanto o ato vinculado quanto o ato discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário no tocante à sua 
legalidade, pois o judiciário não poderá intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração Pública.
Importante também destacar que o princípio da legalidade, no Direito Administrativo, apresenta algumas exceções: 
Exemplo:
 Medidas provisórias: são atos com força de lei que só podem ser editados em matéria de relevância e urgência. Dessa 
forma, o administrado só se submeterá ao previsto em medida provisória se elas forem editadas dentro dos parâmetros 
constitucionais, ou seja, se presentes os requisitos da relevância e da urgência;
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Estado de sítio e estado de defesa: são momentos de anormalidade institucional. Representam restrições ao princípio 
da legalidade porque são instituídos por um decreto presidencial que poderá obrigar a fazer ou deixar de fazer mesmo 
não sendo lei.
2. Princípio da Impessoalidade
Significa que a Administração Pública não poderá atuar discriminando pessoas de forma gratuita, a Administração 
Pública deve permanecer numa posição de neutralidade em relação às pessoas privadas. A atividade administrativa deve 
ser destinada a todos os administrados, sem discriminação nem favoritismo, constituindo assim um desdobramento do 
princípio geral da igualdade, art. 5.º, caput, CF.
Ex.: Quando da contratação de serviços por meio de licitação, a Administração Pública deve estar estritamente 
vinculada ao edital, as regras devem ser iguais para todos que queiram participar da licitação. 
Segundo o art. 37, § 6.º, da CF “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. 
3. Princípio da Moralidade
O ato e a atividade da Administração Pública devem obedecer não só à lei, mas também à moral.
A Lei n. 8.429/92, no seu art. 9.º, apresentou, em caráter exemplificativo, as hipóteses de atos de improbidade 
administrativa; esse artigo dispõe que todo aquele que objetivar algum tipo de vantagem patrimonial indevida, em razão 
de cargo, mandato, emprego ou função que exerce, estará praticando ato de improbidade administrativa. São exemplos:
1) Usar bens e equipamentos públicos com finalidade particular;
2) Intermediar liberação de verbas;
3) Estabelecer contratação direta quando a lei manda licitar;
4) Vender bem público abaixo do valor de mercado;
5) Adquirir bens acima do valor de mercado (superfaturamento).
Os atos de improbidade podem ser combatidos através de instrumentos postos à disposição dos administrados, são 
eles;
1) Ação Popular, art. 5.º, LXXIII, da CF; e
2) Ação Civil Pública, Lei n. 7347/85, art. 1.º. 
4. Princípio da Publicidade
É a obrigação, o dever atribuído à Administração, de dar total transparência a todos os atos que praticar, ou seja, como 
regra geral, nenhum ato administrativo pode ser sigiloso.
A regra do princípio que veda o sigilo comporta algumas exceções, como quando os atos e atividades estiverem 
relacionados com a segurança nacional ou quando o conteúdo da informação for resguardado por sigilo (art. 37, § 3.º, II, 
da CF/88).
A publicidade, entretanto, só será admitida se tiver fim educativo, informativo ou de orientação social, proibindo-se 
a promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos por meio de aparecimento de nomes, símbolos e imagens. 
Exemplo: Placas de inauguração de praças com o nome do prefeito.
5. Princípio da Eficiência
A Emenda Constitucional n. 19 trouxe para o texto constitucional o princípio da eficiência, que obrigou a Administração 
Pública a aperfeiçoar os serviços e as atividades que presta, buscando otimização de resultados e visando atender o 
interesse público com maior eficiência. 
Para uma pessoa ingressar no serviço público, deve haver concurso público. A Constituição Federal de 1988 dispõe 
quais os títulos e provas hábeis para o serviço público, a natureza e a complexidade do cargo.
Para adquirir estabilidade, é necessária a eficiência (nomeação por concurso, estágio probatório de três anos etc.). 
E para perder a condição de servidor, é necessária sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo com 
ampla defesa e insuficiência de desempenho.
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CADERNO BRINDE
02. (TRT – 9ª Região – Técnico Administrativo – 2010) Analise as seguintes assertivas acerca dos princípios 
que regem as licitações:
I. Se a Administração levar o procedimento licitatório a seu termo, a adjudicação só pode ser feita ao vencedor; 
entretanto, há direito subjetivo à adjudicação ainda que a Administração opte, com justa causa, pela revogação 
do procedimento.
II. A publicidade é a mais ampla possível na concorrência, em que o interesse maior da Administração é o de 
atrair maior número de licitantes, e se reduz ao mínimo no convite, em que o valor do contrato dispensa maior 
divulgação.
III. É princípio de toda licitação que seu julgamento se apóie em fatores concretos pedidos pela Administração, 
em confronto com o ofertado pelos proponentes dentro do permitido no edital ou convite.
IV. A vinculação ao instrumento convocatório significa que a Administração não pode descumprir normas e 
condições por ela estabelecidas no edital da licitação, sendo, portanto, dirigida apenas ao ente público.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV.
RESPOSTA: “B”.
Licitação é o procedimento administrativo por meio do qual o Poder Público, mediante critérios preestabelecidos, 
isonômicos e públicos, busca escolher a melhor alternativa para a celebração de um ato jurídico. O art. 3.º da Lei 
n. 8.666/93 estabelece os princípios da licitação e termina sua redação observando: “... e dos princípios que lhe são 
correlatos”. Dessa maneira, verifica-se que o rol de princípios previstos nesse artigo não é exaustivo. Vamos conferir 
alguns princípios:
a) Princípio da Legalidade, Impessoalidade, Publicidade e Moralidade: O art. 3.º, caput, da Lei 8.666/93 faz 
referência aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade. O princípio da eficiência não está relacionado. 
Isso porque, quando a Lei n. 8.666 surgiu, em 1993, ainda não existia o caput do art. 37 da Constituição Federal com sua 
redação atual (“...obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”). Essa 
lhe foi dada, em 1998, com a EC n. 19.
b) Princípio da Isonomia (Igualdade Formal, ou Igualdade): Está previsto no caput do art. 5.º da Constituição 
Federal. Esse princípio não se limita a “os iguais devem ser tratados igualmente; os desiguais devem ser tratados 
desigualmente, na medida de suas desigualdades”. Para o Prof. CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO, é errado 
imaginar que o princípio da isonomia veda todas as discriminações. Discriminar (retirando seu sentido pejorativo) é 
separar um grupo de pessoas para lhes atribuir tratamento diferenciado do restante. Nesse sentido, toda a norma jurídica 
discrimina, porque incide sobre algumas pessoas e sobre outras não.
c) Princípio da Probidade: Ser probo, nas licitações, é escolher objetivamente a melhor alternativa para os interesses 
públicos.
d) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: O instrumento convocatório é o ato administrativo que 
convoca a licitação, ou seja, é o ato que chama os interessados a participarem da licitação; é o ato que fixa os requisitos 
da licitação. É chamado, por alguns autores, de “lei daquela licitação”, ou de “diploma legal que rege aquela licitação”. 
Geralmente vem sob a forma de edital, contudo, há uma exceção: o convite (uma modalidade diferente de licitação).
O processamento de uma licitação deve estar rigorosamente de acordo com o que está estabelecido no instrumento 
convocatório. Os participantes da licitação têm a obrigação de respeitar o instrumento convocatório.
e) Princípio do Julgamento Objetivo: Esse princípio afirma que as licitações não podem ser julgadas por meio de 
critérios subjetivos ou discricionários. Os critérios de julgamento da licitação devem ser objetivos, ou seja, uniformes 
para as pessoas em geral.
Exemplo: em uma licitação foi estabelecido o critério do menor preço. Esse é um critério objetivo, ou seja, é um 
critério que não varia para ninguém. Todas as pessoas têm condições de avaliar e de decidir.
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Outros Princípios:
Princípio do procedimento formal: Estabelece que as formalidades prescritas para os atos que integram as licitações 
devem ser rigorosamente obedecidas.
Princípio da adjudicação compulsória: Esse princípio tem uma denominação inadequada. Ele afirma que, se em 
uma licitação houver a adjudicação, esta deverá ser realizada em favor do vencedor do procedimento. Essa afirmação não 
é absoluta, uma vez que várias licitações terminam sem adjudicação.
Princípio do sigilo das propostas: É aquele que estabelece que as propostas de uma licitação devem ser apresentadas 
de modo sigiloso, sem que se dê acesso público aos seus conteúdos.
03. (TRT – 7ª Região – Técnico Administrativo – 2009) Imperatividade é o atributo pelo qual o ato administrativo
(A) está de conformidade com a lei.
(B) pode ser posto em execução pela própria Administração, sem necessidade de intervenção do Poder 
Judiciário.
(C) se impõe a terceiros, independentemente de sua concordância.
(D) goza da presunção quanto à veracidade dos fatos alegados pela Administração.
(E) deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei.
RESPOSTA “C”.
A questão versa sobre os atributos do ato administrativos, vamos conferir: Atributos são prerrogativas que existem por 
conta dos interesses que a Administração representa, são as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos 
dos outros atos jurídicos.
1. Presunção de Legitimidade: É a presunção de que os atos administrativos devem ser considerados válidos até 
que se demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços públicos. Isso não quer dizer que não se 
possa contrariar os atos administrativos, o ônus da prova é que passa a ser de quem alega.
2. Imperatividade: Poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente obrigações aos administrados, 
independente da concordância destes. É a prerrogativa que a Administração possui para impor, exigir determinado 
comportamento de terceiros.
3. Exigibilidade ou Coercibilidade: É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos quanto ao 
seu cumprimento sob ameaça de sanção. A imperatividade e a exigibilidade, em regra, nascem no mesmo momento. 
Excepcionalmente o legislador poderá diferenciar o momento temporal do nascimento da imperatividade e o da 
exigibilidade. No entanto, a imperatividade é pressuposto lógico da exigibilidade, ou seja, não se poderá exigir obrigação 
que não tenha sido criada.
4. Auto-executoriedade: É o poder que possuem os atos administrativos de serem executados materialmente pela 
própria administração independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
A auto-executoriedade é um atributo de alguns atos administrativos, ou seja, não existe em todos os atos (p. ex: 
procedimento tributário, desapropriação etc.). Poderá ocorrer em dois casos:
a)	 Quando a lei expressamente prever;
b)	 Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos requisitos de situação de urgên-
cia e inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão).
04. (TRT – 7ª Região – Técnico Administrativo – 2009) A anulação de ato administrativo emanado do Poder 
Executivo pode ser feita
(A) pela própria Administração e pelo Poder Judiciário.
(B) pela própria Administração e pelo Poder Legislativo.
(C) pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário.
(D) pela Administração, apenas.
(E) pelo Poder Judiciário, apenas.
RESPOSTA “A”.
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Anulação é a retirada do ato administrativo em decorrência de sua invalidade.
A anulação pode acontecer por via judicial ou por via administrativa. Ocorrerá por via judicial quando alguém solicita 
ao Judiciário a anulação do ato.
Ocorrerá por via administrativa quando a própria Administração expede um ato anulandoo antecedente, utilizando-
se do princípio da autotutela, ou seja, a Administração tem o poder de rever os seus atos sempre que eles forem ilegais 
ou inconvenientes. Quando a anulação é feita por via administrativa, pode ser realizada de ofício ou por provocação de 
terceiros. A anulação de um ato não pode prejudicar terceiro de boa-fé.
05. (TRT – 7ª Região – Técnico Administrativo – 2009) A revogação do ato administrativo ocorre quando
(A) foi praticado com desvio de finalidade ou abuso de poder.
(B) contiver vício relativo ao sujeito.
(C) o ato alcançou plenamente a sua finalidade.
(D) o ato é praticado de forma diversa da prevista em lei.
(E) a Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade.
RESPOSTA: “E”.
A revogação é a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou inoportunidade em face dos 
interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi praticado dentro da Lei. A revogação somente poderá ser feita 
por via administrativa.
06. (TRE/AC- Tec.Jud. Administrativa – FCC/2010) 54. Quando se fala em vedação de imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, 
está-se referindo ao princípio da
(A) legalidade.
(B) motivação.
(C) proporcionalidade.
(D) moralidade.
(E) impessoalidade.
Resposta: “C”
O Princípio da Proporcionalidade é aquele que determina que os atos administrativos devam ser praticados sem 
excessos, primando pela razoabilidade, bom senso, adequação e principalmente pela legalidade. 
É também conhecido como o Princípio da vedação dos excessos ou proibição dos excessos. Por exemplo, um 
funcionário público que esqueceu a luz da sua sala acessa ser punido com a pena de demissão, é uma sanção deveras 
extremada. 
Quando o administrador público escolhe medidas superiores àquela necessária ao caso concreto para o cumprimento 
do interesse público, ele fere o Princípio da Proporcionalidade.
07. (TRE/AC- Tec.Jud. Administrativa – FCC/2010) 55. O dever do Administrador Público de prestar contas
(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de Contas por serem os órgãos 
encarregados da tomada de contas dos administradores.
(B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
(C) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se tratar de acordo entre 
entidades estatais.
(E) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação de bens públicos.
Resposta: “E”
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O Dever de prestação de Contas vincula qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, 
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome 
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária, conforme disposto § único, art.70, da CF/88, art. 93, do Dec-Lei 200/67 
e art. 66, do Dec. nº 93.872/86.
08. (TRE/AC- Tec.Jud. Administrativa – FCC/2010) 56. Tendo em vista a classificação dos atos administrativos, 
é correto afirmar que os atos vinculados são aqueles
(A) destinados a vincular um servidor a uma determinada repartição ou órgão.
(B) para os quais a lei estabelece alguns requisitos deixando ao arbítrio do agente a escolha de outros.
(C) para os quais a lei estabelece todos os requisitos e condições para sua realização.
(D) para cuja prática o administrador tem liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade.
(E) baixados pela autoridade maior do órgão público e que são de cumprimento obrigatório pelos funcionários 
subordinados.
Resposta: “C”
Ato Vinculado: É aquele que todos os seus termos e todos os seus elementos são descritos em lei. O ato 
administrativo vinculado vem todo descrito em lei, por isso se diz que é Ato vinculado.
Ato discricionário: É aquele que traz uma pequena margem de discricionariedade (escolha) para o 
administrador público, maior ou menor, conforme a lei permita ao administrador. Então, há dois, três caminhos 
que a lei permite. O administrador tem que escolher o caminho, segundo a oportunidade e conveniência, ou seja, 
aquele que for melhor para o caso concreto. Isso é ato discricionário.
09. (TRE/AC- Tec.Jud. Administrativa – FCC/2010) 57. É atributo do ato administrativo, dentre outros,
(A) a competência.
(B) a forma.
(C) a finalidade.
(D) a autoexecutoriedade.
(E) o objeto.
Resposta: “D”. 
Para responder essa questão temos que distinguir atributos dos requisitos do ato administrativo. Os atributos do ato 
administrativo são: 
•	 Presunção de legitimidade;
•	 Imperatividade;
•	 Autoexecutoriedade. 
Enquanto, que os requisitos do ato administrativo são:
•	 Competência;
•	 Finalidade;
•	 Forma;
•	 Motivo; 
•	 Objeto.
O atributo da Autoexecutoriedade significa dizer que certos atos administrativos é executável, no sentido de que a 
Administração Pública não necessita pedir autorização do judiciário para praticar o ato. 
Então, esse tributo não é uma concessão pura e simples que se faz ao poder público, mas é uma concessão que a lei 
faz em virtude de que Administração Pública necessita agilizar a sua atuação e também em decorrência da auto-tutela da 
administração pública. 
Não seria de nenhuma forma conveniente que a administração pública precisasse a cada ato a ser praticado, pedir 
autorização para o judiciário. 
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10. (TRE/AC- Tec.Jud. Administrativa – FCC/2010) 58. Sobre a anulação do ato administrativo, considere:
I. A anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela própria 
Administração ou pelo Poder Judiciário.
II. Em regra, a anulação dos atos administrativos vigora a partir da data da anulação, isto é, não tem efeito 
retroativo.
III. A anulação feita pela Administração depende de provocação do interessado.
Está correto o que se afi rma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
Resposta: “A”. 
A assertiva “I” nos traz o exato signifi cado da anulação do ato administrativo.
Em contraponto, a assertiva “II” está incorreta, pois reconhecida e declarada a nulidade do ato pela própria 
Administração ou pelo Poder judiciário, ou seja, reconhecida a ilegalidade ou ilegitimidade do ato, a regra geral é o 
efeito retroativo, ou seja, opera-se o efeito “ex tunc”. 
“Ex tunc” – é uma expressão de origem latina que signifi ca “desde então”, “desde a época”. Assim, o efeito “ex tunc”, 
signifi ca que seus efeitos são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionados. A anulação de ato administrativo 
opera efeitos ex. tunc.
“Ex nunc” - expressão latina que signifi ca “desde agora”. Quando dizemos que algo tem efeito “ex nunc”, signifi ca 
que seus efeitos não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão tomada. A revogação de ato administrativo 
opera efeitos ex nunc. 
A assertiva “III” também está incorreta. A anulação feita pela própria Administração não depende de provocação 
do interessado. Se a Administração praticou ato ilegal, pode anulá- lo por seus próprios meios tendo por base o seu poder 
de autotutela sobre os próprios atos. Entendimento do Supremo Tribunal Federal:
Súmula 346: “A Administração Pública pode anular seus próprios atos”.
Súmula 473: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, 
porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. 
Agora, a anulação feita pelo Poder Judiciário, depende de provocação do interessado, pautando-se pelo Princípio 
da Demanda, ou Princípio da ação ou da iniciativa da parte. 
DIREITO CIVIL
01. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/MG – 2010 – FUNDEP) Analisando os preceitos do Código Civil Brasilei-
ro,é INCORRETO afi rmar que:
A) bens fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
B) o domicílio civil de pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua residência com ânimo defi nitivo.
C) os menores entre 12 e 18 anos de idade são relativamente incapazes.
D) pessoa natural ou física é o ser humano.
RESPOSTA: “C”
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Incorreta é apenas a alternativa “C”, pois a incapacidade relativa ocorre somente entre os 16 e os 18 anos incomple-
tos. Já os menores de 16 anos são absolutamente incapazes, enquanto que o maior de 18 é plenamente capaz (artigos 3º, 
4º e 5º do CC).
As demais alternativas são todas corretas. Bens fungíveis realmente são os que podem ser substituídos por outros da 
mesma espécie, qualidade e quantidade (artigo 85 do CC). O domicílio civil de pessoa natural é o lugar onde ela estabe-
lece sua residência com ânimo definitivo (artigo 70 do CC). E, por fim, pessoa natural ou física é o ser humano.
02. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF4 – 2010 – FCC) Considere as seguin-
tes assertivas a respeito da Condição, do Termo e do Encargo:
I. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina os efeitos 
do negócio jurídico a evento futuro e certo.
II. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não se realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-
-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
III. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
IV. Em regra, o encargo suspende a aquisição e o exercício do direito.
De acordo com o Código Civil, está correto o que consta APENAS em:
(A) I e III.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
RESPOSTA: “D”
Condição, termo e encargo são os elementos acidentais do negócio jurídico, que derivam exclusivamente da vontade 
das partes. Condição é a cláusula que subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Pode ser sus-
pensiva ou resolutiva, conforme suspenda a aquisição do direito ou determine sua extinção. Por sua vez, termo é a data 
ou evento futuro e certo em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, conforme seja inicial ou final. 
Já o encargo ou modo se trata de cláusula acessória às liberalidades (doações e testamentos), através da qual se impõe 
uma obrigação ao beneficiário. É ainda admissível nas declarações unilaterais de vontade, como no caso da promessa de 
recompensa.
Sendo assim, é fácil verificar que assertiva n. I é incorreta, pois a cláusula que deriva da vontade das partes e subordi-
na os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e certo é o termo, e não a condição. Esta subordina a eficácia do negócio 
a evento futuro, porém incerto.
Já a assertiva n. II é correta. É que, se for resolutiva a condição, enquanto não realizada os efeitos do negócio jurídico 
vigoram em sua plenitude. Somente se verificar a condição resolutiva é que ele perde eficácia.
Verdadeira também é a assertiva n. III, uma vez que o termo inicial realmente suspende o exercício, mas não a aqui-
sição do direito. O que suspende a aquisição é a condição suspensiva (artigos 125 e 131 do CC).
Por fim, se mostra incorreta a assertiva n. IV, porquanto a regra é que o encargo não suspende a aquisição nem o 
exercício do direito, salvo quando expressamente imposto sob a forma de condição suspensiva (artigo 136 do CC).
Logo, como somente as assertivas n. II e III são verdadeiras, a alternativa “D” é a resposta correta, sendo todas as 
demais incorretas.
03. (ASSESSOR JURÍDICO DE GABINETE DE JUIZ DE ENTRÂNCIA FINAL – TJ/PI – 2010 – FCC) Con-
sidere as seguintes assertivas a respeito da prescrição:
I. Prescreve em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
II. Prescreve em cinco anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
III. A prescrição iniciada contra uma pessoa extingue-se com a sua morte, não continuando a correr contra o 
seu sucessor.
IV. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS em:
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(A) I, II e IV.
(B) I, II e III.
(C) III e IV.
(D) II e IV.
(E) I e II.
RESPOSTA: “A”
A prescrição é a perda da pretensão de exigir de outrem em juízo uma determinada prestação, em razão da inércia do 
titular durante o lapso de tempo previsto em lei (artigo 189 do CC).
Diversos são os prazos para que se consume a prescrição, a depender da natureza da pretensão em jogo. 
Prescreve o artigo 205 “caput” do CC que a prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo 
menor. Na sequencia o artigo 206, §2º, do CC, estabelece em dois anos o prazo para prescrição da pretensão para haver 
prestações alimentares, a contar a partir da data em que se vencer, acrescentando o inciso III do §5º deste mesmo artigo 
que prescreve em cinco anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Já a regra disposta no artigo 196 do CC estabelece que a prescrição iniciada contra uma pessoa, continua a correr 
contra o seu sucessor. Isto se justifique porque os direitos e obrigações, ao se transmitirem de pessoa a pessoa, como regra 
carregam consigo todas sua características jurídicas.
Logo, como somente as assertivas n. I, II e IV são verdadeiras, a alternativa correta é a de letra “A”, sendo as demais 
incorretas.
04. (ASSESSOR JURÍDICO DE GABINETE DE JUIZ DE ENTRÂNCIA FINAL – TJ/PI – 2010 – FCC) 67. 
Determinado negócio jurídico foi celebrado com a presença de dolo acidental de uma das partes. De acordo com o 
Código Civil brasileiro, o dolo acidental:
(A) anula o negócio jurídico e obriga a satisfação das perdas e danos.
(B) só anula o negócio jurídico.
(C) só obriga à satisfação das perdas e danos.
(D) não anula o negócio jurídico e nem obriga a satisfação das perdas e danos.
(E) torna o negócio jurídico anulável.
RESPOSTA: “C”
Dolo é um dos defeitos do negócio jurídico, classificado como vício do consentimento. Seu efeito é acarretar a anula-
bilidade do negócio jurídico.
O dolo, em breve síntese, reside no artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um 
ato ou negócio jurídico que o prejudica e aproveita ao autor do dolo ou terceiro.
Em sua classificação mais importante o dolo pode ser principal ou acidental. Dolo principal é aquele que age como 
causa determinante, mola propulsora da declaração de vontade viciada. Neste caso o negócio somente se concretizou 
porque o declarante foi ludibriado, induzido ao erro. Não fosse tal manobra o negócio não teria sido celebrado. Já o dolo 
acidental é aquele que, não obstante esteja presente, ainda sem ele o negócio seria realizado, embora de outro modo, em 
condições mais favoráveis ao declarante.
Com efeito, o dolo que torna o negócio anulável é somente o dolo principal. O acidental só obriga à satisfação de 
perdas e danos (artigos 145 e 146 do CC).
Assim, somente a alternativa “C” é correta, restando incorretas as demais.
05. (EXAME OAB/SP N. 137 – 2009 – CESPE) José contratou com João o fornecimento diário de refeições por 
prazo indeterminado. No entanto, meses depois, João, mediante instrumento particular, cientificou José de que 
faria a interrupção da entrega das refeições a partir do trigésimo dia subseqüente. Na situação hipotética apresen-
tada, o ato jurídico praticado por João caracteriza:
A) distrato.
B) resilição unilateral.
C) resolução por inexecução voluntária.
D) direito de arrependimento.
RESPOSTA: “B”
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O contrato, como toda obrigação, tem um ciclo vital, ou seja, nasce a partir do encontro de vontades, produz seus 
efeitos e se extingue. Esta é a forma normal de extinção, ou seja, a extinção pelo exaurimento dosseus efeitos, que é o 
que deve sempre ocorrer, haja vista o princípio da obrigatoriedade das convenções. 
Há, entretanto, as formas de extinção chamadas de anormais, dentre as quais se encontra a resilição ou denuncia.
Com efeito, resilição ou denuncia é a forma de extinção anormal do contrato que deriva da manifestação de vontade 
dos contraentes. Pode ser unilateral ou bilateral. Se for bilateral é denominada de distrato e pode ocorrer em qualquer tipo 
de contrato. Já a unilateral, em regra, somente pode ocorrer em contratos de execução continuada ou trato sucessivo, nos 
contratos por tempo indeterminado, nos contratos benéficos e naqueles cuja execução ainda não tenha começado. A título 
de exemplo lembra-se o comodato, o depósito, o arrendamento, a prestação de serviços e o fornecimento de mercadorias.
A este respeito dispõe o artigo 473 do CC:
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denún-
cia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis 
para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza 
e o vulto dos investimentos.
Logo, correta quanto ao enunciado proposto é a alternativa “B”.
A alternativa “A” é incorreta porque, como visto, distrato é forma de resilição bilateral do contrato.
A alternativa “C” também é incorreta porque a resolução não se confunde com resilição. Resolução é a extinção 
anormal da avença decorrente de inexecução causada por um dos contraentes.
E, por fim, incorreta também é a alternativa “D”, porquanto direito de arrependimento é cláusula contratual que 
autoriza às partes rescindir o ajuste mediante declaração unilateral de vontade, perdendo o declarante o sinal ou arras 
entregues em razão do negócio desfeito (artigo 420 do CC).
06. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF4 – 2010 – FCC) O dolo do represen-
tante legal de uma das partes:
(A) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responde-
rá solidariamente com ele por perdas e danos.
(B) só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve.
(C) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responde-
rá subsidiariamente ao representante legal por perdas e danos.
(D) não obriga o representado a responder civilmente por qualquer quantia em dinheiro nem determina qual-
quer obrigação legal.
(E) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como a respon-
der até o limite de vinte vezes o valor do negócio jurídico por perdas e danos.
RESPOSTA: “B”.
Dolo é o defeito do negócio jurídico que lhe acarreta a anulabilidade. Consiste o dolo no induzimento malicioso de 
alguém à prática de um ato jurídico que lhe é prejudicial e proveitoso ao autor do dolo ou a terceira pessoa. E uma das 
regras jurídicas referentes a este vício do consentimento é aquela disposta no artigo 149 do CC, que determina que o dolo 
do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito 
que obteve. Porém, se o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por 
perdas e danos.
No caso da representação legal, existe a limitação da responsabilidade até a importância do proveito que o represen-
tado obteve justamente porque nesta espécie de representação inexiste possibilidade de escolha de outro representante. Já 
a responsabilidade envolvendo o representante convencional é total e solidária, porquanto aquele que o constituiu elegeu 
mal. E como quem elege mal incide em culpa, é justo que responda pela integralidade dos danos causados.
Assim sendo, somente a assertiva contida na alternativa “B” dispõe de forma correta acerca da responsabilidade civil 
do representado por ato praticado pelo representante legal.
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07. (ASSESSOR JURÍDICO DE GABINETE DE JUIZ DE ENTRÂNCIA FINAL – TJ/PI – 2010 – FCC) Con-
sidere as seguintes assertivas a respeito da prescrição:
I. Prescreve em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
II. Prescreve em cinco anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
III. A prescrição iniciada contra uma pessoa extingue-se com a sua morte, não continuando a correr contra o 
seu sucessor.
IV. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I, II e III.
(C) III e IV.
(D) II e IV.
(E) I e II.
RESPOSTA: “A”.
A prescrição é a perda da pretensão de exigir de outrem em juízo uma determinada prestação, em razão da inércia 
do titular durante certo lapso de tempo previsto em lei (artigo 189 do CC).Diversos são os prazos para que se consume a 
prescrição, a depender da natureza da pretensão em jogo. 
Prescreve o artigo 205 “caput” do CC que a prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo 
menor. Na sequência, o artigo 206, §2º, do CC estabelece em dois anos o prazo para prescrição da pretensão para haver 
prestações alimentares, contados a partir da data em que se vencer, acrescentando o inciso III do §5º deste mesmo artigo 
que prescreve em cinco anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Por outro lado, a regra disposta no artigo 196 do CC estabelece que a prescrição iniciada contra uma pessoa, continua 
a correr contra o seu sucessor. Isso se justifica porque os direitos e obrigações que se transmitem de pessoa a pessoa como 
regra carregam consigo todas sua características jurídicas.
Destarte, como somente as assertivas I, II e IV são verdadeiras, a alternativa correta é a de letra “A”. As demais não 
incorretas.
08. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – TJ/PI – 2009 – FCC) O contrato 
de comodato se caracteriza como:
(A) empréstimo de consumo, cuja restituição deve ser feita pelo equivalente, diferentemente do mútuo, que é 
empréstimo de uso, porque o bem deve ser restituído em sua individualidade.
(B) empréstimo de uso, porque o bem deve ser restituído em sua individualidade, diferentemente do mútuo, 
que é empréstimo de consumo, cuja restituição deve ser feita pelo equivalente.
(C) espécie do gênero contrato de mútuo, por configurar uma obrigação de restituir coisa fungível.
(D) negócio jurídico bilateral e oneroso.
(E) negócio jurídico oneroso.
RESPOSTA: “B”.
O contrato de empréstimo se classifica em comodato e mútuo. O comodato é denominado empréstimo de uso, tendo 
por objeto bens infungíveis. Já o mútuo é denominado empréstimo de consumo, uma vez que seu objeto são bens fungí-
veis. Isso significa dizer que embora em ambos haja a entrega de coisa a terceira pessoa para uso e posterior restituição, o 
comodatário tem a obrigação de devolver ao comodante o mesmo objeto infungível que recebeu em virtude do contrato, 
enquanto o mutuário tem a obrigação apenas de restituir o que recebeu do mutuante em coisa do mesmo gênero, quali-
dade e quantidade.
Quanto à sua classificação, o contrato de comodato é unilateral e essencialmente gratuito.
Sendo assim, somente a alternativa “B” se apresenta correta.
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09. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF4 – 2010 – FCC) Com relação aos 
contratos, é INCORRETO afirmar:
(A) Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
(B) Em regra, reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
(C) Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito 
resultante da natureza do negócio.
(D) O contrato preliminar, inclusive quanto à forma, deve conter todosos requisitos essenciais ao contrato a 
ser celebrado.
(E) Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto, dentre outras 
hipóteses, se o proponente se houver comprometido a esperar resposta.
RESPOSTA: “D”.
O artigo 426 do CC expressamente proíbe a contratação tendo por objeto herança de pessoa viva, que é conhecida 
como pacta corvina. Qualquer estipulação neste sentido é nula de pleno direito. Logo, a alternativa “A” contém assertiva 
correta.
A alternativa “B” também contém assertiva correta, pois, em regra, reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que 
foi proposto (artigo 435 do CC).
É igualmente correta a assertiva contida na alternativa “C”, no sentido de que nos contratos de adesão são nulas as 
cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio (artigo 424 do CC).
E outra assertiva verdadeira é aquela contida na alternativa “E”, uma vez que os contratos entre ausentes tornam-se 
perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto, dentre outras hipóteses, se o proponente se houver comprometido a 
esperar resposta (artigo 434 do CC).
Sendo assim, a reposta à questão é a letra “D”, única que contém assertiva incorreta, pois embora seja certo que o 
contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado, tal não se aplica no que con-
cerne à forma, que pode ser outra (artigo 462 do CC).
10. (JUIZ DE DIREITO – TJ/MG – 2009 – FUNDEP) Marque a opção CORRETA, correspondente à caracte-
rística própria do contrato de seguro.
A) Personalíssimo.
B) Aleatório.
C) Comutativo.
D) Unilateral.
RESPOSTA: “B”.
Aleatório é o contrato que se caracteriza pela incerteza para as partes sobre as vantagens e sacrifícios que dele po-
dem advir, pois a perda ou lucro depende de um fato futuro e de ocorrência imprevisível. Exemplo de contrato aleatório 
é o de seguro. Por meio dele se contrata a cobertura de riscos predeterminados sobre certos bens jurídicos, mediante o 
pagamento de um prêmio. Se o risco se concretiza, o segurado terá auferido vantagem, caso contrário é o segurador que 
aufere a vantagem. Portanto, “B” é a alternativa correta.
“A”, “C” e “D” são incorretas, porque o contrato de seguro não é classificado como contrato personalíssimo, unila-
teral ou comutativo. Personalíssimo é o contrato celebrado em atenção às qualidades pessoais dos contraentes, de modo 
que o obrigado não pode se fazer substituir por outrem na execução do contrato. Comutativo é aquele em que de antemão 
as partes contraentes já conhecem toda a extensão das vantagens e obrigações ajustadas e assumidas. Por sua vez, unila-
teral é o contrato em que somente uma das partes se obriga.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
01. (CESPE – INSS – TÉCNICO 2008) Uma segurada empregada do regime de previdência social que 
tenha conseguido seu primeiro emprego e, logo na primeira semana, sofra um grave acidente que determine seu 
afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a 
carência de doze contribuições.
RESPOSTA “E”.
Errado, pois o auxílio doença, decorrente de acidente de qualquer natureza, não possui carência!
Auxilio Doença é o Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 
dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, 
exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados 
inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em 
ambos os casos, deverá ter ocorrido o requerimento do benefício. 
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia 
médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses 
(carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora 
do trabalho) ou de doença profi ssional ou do trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e desde que tenha qualidade 
de segurado quando do início da incapacidade, o trabalhador acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, 
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio avançado (osteíte deformante), síndrome da 
imunodefi ciência adquirida (AIDS), contaminação por radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se fi liar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o 
benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento da enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e, se constatado que não 
poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do programa de reabilitação profi ssional para o exercício de 
outra atividade, prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão consideradas para 
concessão do auxílio-doença se, após nova fi liação à Previdência Social, houver pelo menos quatro contribuições que, 
somadas às anteriores, totalizem, no mínimo, a carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o 
benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado ou contribuinte individual que lhe 
preste serviço e, nesse caso, terá acesso às decisões referentes ao benefício.
02. (CESPE – INSS – TÉCNICO 2008) Paulo é, de forma comprovada, dependente economicamente de seu 
fi lho, Juliano, que, em viagem a trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do acidente era 
casado com Raquel. Nessa situação, Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá 
ser rateado entre ambos.
RESPOSTA “E”.
A pensão não será rateada entre ambos. O pai até pode ser dependente do fi lho, essa questão é plenamente possível. 
No entanto, a existência de dependente de classe anterior, exclui os de classe posterior. Dessa forma, apenas a esposa 
receberá a pensão.
Vamos conferir os parágrafos do artigo 16 da Lei 8.213/91:
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§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes 
seguintes.
§ 2º. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a 
dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado 
ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
Vamos conferir as classes:
1º Classe: O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido; 
2º Classe: Os pais;
3º Classe: O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; 
03. (CESPE – INSS – TÉCNICO 2008) Helena, grávida de nove meses de seu primeiro filho, trabalha em duas 
empresas de telemarketing. Nessa situação, Helena terá direito ao salário-maternidade em relação a cada uma das 
empresas, mesmo que a soma desses valores seja superior ao teto dos benefícios da previdência social.
RESPOSTA “C”.
Em conformidade com o artigo 72 da lei 8.213/91:
Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsaconsistirá numa renda mensal 
igual a sua remuneração integral. 
§ 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a 
compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições 
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço. 
§ 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes 
para exame pela fiscalização da Previdência Social. 
§ 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa será pago diretamente pela Previdência Social. 
 04. (CESPE – INSS – TÉCNICO 2008) Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. 
Nessa situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico previdenciário, documento emitido 
pela empresa em que trabalha e embasado no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove 
as condições para habilitação de benefícios previdenciários especiais.
RESPOSTA “C”.
A aposentadoria especial é benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde 
ou à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de 
trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo 
período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).
A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este 
somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. Além disso, a exposição aos agentes nocivos 
deverá ter ocorrido de modo habitual e permanente, não ocasional nem intermitente.
Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência, que corresponde ao 
número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir 
de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a 
tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão de aposentadoria especial, 
segundo a Lei nº 10.666/03.
A comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário denominado Perfil Profissiográfico 
Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais 
de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
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O PPP é o documento histórico-laboral do trabalhador que reúne dados administrativos, registros ambientais e 
resultados de monitoração biológica, entre outras informações, durante todo o período em que este exerceu suas atividades. 
Deverá ser emitido e mantido atualizado pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho 
ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), no caso de trabalhador 
avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário. O sindicato da categoria ou 
OGMO estão autorizados a emitir o PPP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.
A empresa é obrigada a fornecer cópia autêntica do PPP ao trabalhador em caso de rescisão do contrato de trabalho 
ou de desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão-de-Obra.
05. (CESPE – INSS – TÉCNICO 2008) De acordo com recentes alterações constitucionais, as contribuições 
sociais que financiam a seguridade social somente poderão ser exigidas depois de decorridos noventa dias da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado. Essas alterações também acrescentaram, no que concerne 
a esse assunto, a exigência da anterioridade do exercício financeiro.
RESPOSTA “E”.
Princípio da Anterioridade, art. 150, III, b: os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Princípio da Anterioridade Nonagesimal, art. 150, III, c: o tributo não pode ser cobrado no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, e, antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada esta lei;
Não há anterioridade quanto ao exercício financeiro instituído em relação às contribuições sociais.
06. Com relação ao auxílio-doença e suas características, assinale a opção incorreta. 
A) Benefício continuado. 
B) Devido ao segurado. 
C) Extinção do benefício pela recuperação da capacidade para o trabalho. 
D) Possui prazo de carência, em regra. 
E) Incapacitação permanente para o trabalho. 
RESPOSTA: “E”.
O auxílio doença é benefício continuado, pois o segurado recebe mensalmente. É devido ao segurado e não aos 
dependentes. A recuperação da capacidade laborativa extingue o benefício. Possui, em regra, carência de 12 contribuições 
mensais. Se a incapacidade é permanente, o benefício devido é a aposentadoria por invalidez.
Vamos aproveitar a oportunidade na questão proposta para verificar as princiáis características do auxílio doença.
Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No 
caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a 
Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o doméstico, 
a Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, deverá ter 
ocorrido o requerimento do benefício. Clique aqui para mais informações sobre pagamento.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia 
médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses 
(carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do 
trabalho) ou de doença profissional ou do trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e desde que tenha qualidade 
de segurado quando do início da incapacidade, o trabalhador acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, 
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio avançado (osteíte deformante), síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS), contaminação por radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o 
benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento da enfermidade.
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O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e, se constatado que não 
poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do programa de reabilitação profissional para o exercício 
de outra atividade, prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão consideradas para 
concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à Previdência Social, houver pelo menos quatro contribuições que, 
somadas às anteriores, totalizem, no mínimo, a carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o 
benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado

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