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Biotermologia parte I

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Biotermologia
- Quando a gente fala em temperatura, indo para uma parte mais física/química nós sabemos que temperatura envolve toda essa parte de movimentação, energia cinética, de partículas. Quanto mais temperatura determinado corpo ou sistema tem mais movimentação/agitação das moléculas, então seguimos com o mesmo princípio – corpos com mais calor tem as suas moléculas/partículas/constituintes em maior agitação e corpos com menos calor tem essa energia cinética menos reduzida. Quando consideramos a temperatura a modo global sabemos que vivemos numa faixa restrita de temperatura, a homeostase essa manutenção do organismo depende de vários fatores e um dos principais fatores é a temperatura. 
 
Quando eu falo em calor, temperatura, fluxo de energia cinética, térmica a segunda lei da termodinâmica está presente – a segunda lei é, determinada situação flui sempre ou do meio mais concentrado pro menos concentrado – maior pro menor, e a temperatura funciona assim também, toda vez que você tem corpos/sistemas com temperaturas diferentes você tem a tendencia a entrar num equilíbrio térmico. O que é este equilíbrio térmico? Em contato estes corpos vão atingir a mesma temperatura, lembrar sempre que o calor ele flui do corpo/do sistema onde ele está em maior quantidade para o sistema em menor quantidade, eles tendem a entrar em um equilíbrio térmico e este equilibro é atingido quando ambos chegam na mesma temperatura. 
Se você tem situações de diferenças de temperatura muito drásticas, a diferença é mais perceptível e o equilíbrio demora um pouco mais, mas uma hora ele chega. Ex: se eu coloco a minha mão em uma água muito gelada, se depois eu a transfiro para uma água só morna eu vou sentir aquela água muito mais quente do que ela realmente está porque eu tenho diferença de temperatura nesse sistema e aos poucos isso vai atingindo um equilíbrio, quanto maior a diferença mais demorada é para este equilíbrio alcançar. Nós temos os termômetros como os maiores medidores de temperatura, conseguimos medir essa energia cinética das partículas e temos também diferentes unidades/sistemas para se medir temperatura – nós usamos o ° C, então temos dois parâmetros de temperatura para seguir 0° e 100° C, mas existem outros sistemas o °F, °K que são outros sistemas que também atuam nessa medição de temperatura, mas possuem outros parâmetros
Indo para o nosso organismo nós temos diferentes regiões do nosso organismo que apresentam diferentes temperaturas, claro que dentro de um certo equilíbrio mas por exemplo regiões onde se tem uma irrigação sanguínea mais abundante, mais superficiais ou regiões mais próximas a grandes vasos, podemos considerar regiões da boca, axila, em processos de inflamação, inguinal, do esôfago, do reto, da vagina, do tímpano, são regiões que demonstram uma variação de temperatura e são regiões também mais fáceis de se perceber a temperatura corporal. Na imagem na Letra A nós temos a variação de temperatura em diferentes regiões do corpo e na B, eu tenho essa profundidade de tecidos, então a gente percebe que tecidos mais superficiais geralmente apresentam uma temperatura menor e regiões mais profundas apresentam uma temperatura um pouco maior 
Nós somos homeotérmicos, endotérmicos. A gente controla, nós temos um controle da nossa temperatura corporal, ela se mantém dentro de uma faixa que chamamos de faixa ótima e isso tem variações em relação a idade, a estresse, a ciclos hormonais, alguma patologia então em alguns momentos nossa temperatura tem sim uma variação, mas a gente costuma se manter numa faixa (de 36° até mais ou menos 37°), para não considerar um processo febril, se mantivermos essa temperatura a gente chega de fato nessa homeostase corporal. Quando a gente fala que o organismo é homeotérmico eu tenho um controle, uma manutenção da temperatura corpórea de uma maneira estável, e a endotermia ou organismos endotérmicos há também esse controle só que você tem algumas ações para manter essa temperatura. Ex: geração de calor por meio de reações metabólicas, principalmente a questão da alimentação, contrações musculares, então existe também um controle de temperatura, mas você tem isso através de mecanismos, conseguimos ora aumentar ora diminuir a nossa temperatura corporal. Quais mecanismos que nós temos para aumento, diminuição ou conservação de calor? A própria respiração/ritmo da frequência respiratória, a sudorese, calafrio/tremores musculares, então nós temos mecanismos par auxiliar e é claro que isso vai até um certo ponto, senão a febre em si, a hipotermia não existiria, conseguimos manter isso, mas em situações mais graves também ocorrem relacionadas a isso
Geralmente a gente tem a temperatura corporal bastante confiável em medição principalmente em regiões da axila, da boca, em alguns casos também a região anal, após as refeições a nossa temperatura muda porque eu volto a minha energia pra todo esse processo de metabolismo de digestão então é normal ter um aumento de temperatura depois da refeição, durante atividades físicas, contração muscular gera calor, ciclo menstrual, tem algumas mulheres que utilizam mecanismos ali de um controle de todo o período fértil e durante o período fértil a mulher tem ali uma mudança sutil de temperatura, os termogênicos aumentam parte do seu metabolismo e você tem uma geração maior de calor, ele estimula essa liberação maior de calor
 
 
 
 
Indo para bioquímica, o grande porque da gente precisar manter a nossa temperatura corporal é justamente porque depois de certo ponto a gente começa a ter desnaturação de proteína, enzimas e afeta o organismo. Por isso que a febre ela tem ali o seu benefício, mas depois de um certo ponto, se não for controlado/revertido você vai começar a ter de fato todas as consequências relacionadas a essa desnaturação de proteínas. Na imagem abaixo nós temos a atividade enzimática – enzimas são proteínas que participam da aceleração de algumas reações , e nós temos contexto de mudanças de temperatura que ainda assim são reversíveis e depois de um certo ponto começou a desnaturar proteína você já tem um contexto irreversível, são danos que realmente ficaram no organismo ou podem ocasionar até o óbito do paciente, então o principal contexto do controle da temperatura corporal é justamente manter essa atividade enzimática numa faixa ótima de temperatura (+/- 35 a 37°)
Nós temos como equilibrar tudo isso, metabolismo basal é o nosso metabolismo fora de exceções extremas, então diariamente a gente consome alimentos, tenho geração de ATPs, consumo também oxigênio e isso tudo vai sendo convertido, é a regra básica – eu gasto energia, porque eu consumo energia, eu consigo controlar a minha homeostase corporal porque eu estou consumindo/trazendo para o meu organismo esse mecanismo de controle. Então numa situação normal/padrão a gente tem a entrada de energia principalmente de alimentação e respiração e a saída de energia com todo trabalho que a gente realiza para você ter contrações, transporte através de membranas, liberar hormônios, ter batimentos cardíacos, movimentos respiratórios. Então parte da nossa energia é o que nos mantém vivos, acionando todos estes sistemas e boa parte nós perdemos na forma de calor, o nosso organismo para manter uma temperatura corporal independente de como está o meio externo dispende de um grande gasto energético é como se fosse pra gente realizar isso a gente perde energia na forma de calor, e ainda assim nosso organismo consegue se manter. Nós temos então um equilíbrio de entrada, de manutenção do organismo e eu acabo perdendo calor para realizar tudo isso e para manter a temperatura do organismo
Nós temos uma produção basal de calor mediana, considerando um homem adulto por volta de 70 kg, a gente tem aproximadamente a produção de 1,5 kcal/min, se eu pensar todas as ações dia ou noite que serão realizadas eu preciso também ter uma produção/ingestão/conservação de calor dentro do meu organismo. Metabolismo basal – quanto é no fim dessas contas, o quanto a gente precisade fato produzir ao longo do dia para poder suprir estas atividades, e temos então o calor gerado principalmente em regiões como do fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos
 
- Variações/Ciclo circadianas da temperatura corporal: são todas as suas ações que envolve gasto de energia, produção e ingestão de energia, liberação de hormônios, taxa de respiração, de batimento cardíaco, todas as variações no período de dia e de noite, e nós temos muitas variações nestes períodos, a gente geralmente tem ações variadas neste período de dia e noite. Qual é o processo mais padrão? Ao longo do dia a gente tem uma produção e um gasto maior de energia e ao longo da noite este gasto diminui, consequentemente essa produção também. E junto a isso a gente tem variação de temperatura também, então seguindo o gráfico abaixo nós temos picos tanto de temperaturas menores quanto de maiores ao longo do dia e da noite. Geralmente no começo da manhã/dia a nossa temperatura corporal é menor porque nós estamos iniciando todo esse processo de maior gasto energético e por volta do final da tarde/início da noite a nossa temperatura corporal é um pouco maior e a tendência é que durante a noite ela abaixe novamente, devido ao metabolismo e as variações dos níveis plasmáticos – por exemplo produção e liberação de testosterona, de estrógeno, das t3 e t4, da hipófise, a melatonina que é o hormônio que faz a regulação ciclo circadiano eles também são liberados de uma maneira muito diferencial durante o dia e noite, e uma coisa interfere a outra, essa liberação hormonal, esses níveis plasmáticos desses hormônios por serem variados durante o dia e noite eles acabam interferindo nessa regulação térmica, é muito associado quando a gente pensa em um organismo como um todo nós temos uma organização muito grande. Dormir a tarde, acordar de madrugada, estudar a sete faz com que desregule completamente todo este processo, isto é benéfico? Não. 
Por exemplo, a melatonina é um hormônio que tem na circulação do ciclo circadiano e a produção acontece praticamente no período da noite e ela está relacionada a um monte de processos, então desde relação a sono – insônia, há pessoas que fazem uso de melatonina relacionada a situações de insônia, está relacionado a diminuição de processos inflamatórios, renovação celular e tem vários trabalhos que associam essa produção maior ou ideal de melatonina como um dos fatores que diminuem a prevalência de alguns cânceres, então se a gente não tem esse período de dia e noite regulado a nossa produção de melatonina está lá embaixo e existe alguns artigos que mostram que pessoas que trabalham em períodos noturnos e consequentemente produzem menos melatonina há uma prevalência maior no desenvolvimento de algumas patologias
 
Já que temos toda essa possibilidade de variação de temperatura a gente tem também mecanismos para controlar essa temperatura corporal, então aqui vai entrar sistema nervoso central – principalmente a região do hipotálamo e é o nosso centro de controle, é do hipotálamo que vem a faixa ideal de temperatura, se de repente algo altera essa faixa ideal de a gente vai ter que controlar essa temperatura de alguma forma, tem alguns processos que mudam momentaneamente, e dessa forma nós vamos entrar em dois principais conceitos – o processo de termólise que são processos para ajudar a dissipar calor, nós temos principalmente regiões anteriores ao hipotálamo controlando essa termólise e dependendo do contexto a gente pode chegar até uma hipertermia e as regiões posteriores ao hipotálamo relacionadas a termogênese que a gente pode chegar até uma hipotermia, estes processos (termólise e termogênese) estão atuantes no nosso organismo a todo momento, porque a todo momento estamos controlando temperatura mas é claro que em algumas situações eles são mais visíveis, por exemplo em dias muito quentes ou muito frios, processos febris, inflamatórios a gente percebe de fato que estamos controlando a temperatura 
Essas duas são associadas a produção ou conservação de calor que é a termogênese e termólise que é o processo de dissipação de calor.
Então é importante lembrar que nós temos mecanismos realizados organismos mesmo – mecanismos bioquímicos, mecânicos (contração muscular) que conseguem produzir ou conservar, ou por outro lado dissipar calor depende da nossa necessidade de um ou de outro, e isso tudo é dependente das reações envolvidas no metabolismo. Desde Lavoisier já se tinha uma noção, de que todo esse controle de homeostase que está muito relacionada ao controle de temperatura corporal para que isso aconteça precisa ofertar oxigênio para os tecidos – que é a respiração celular, a gente aumenta a demanda de oxigênio quando a gente pratica atividade física, ao ingerir alimentos ou quando estamos com temperatura corporal muito baixa e vice-versa, você pode ofertar mais ou menos oxigênio de acordo com a necessidade corporal, para manter a homeostase você precisa manter uma temperatura ideal. Como você mantem essa temperatura ideal? Por processos onde há produção de calor, ou por processos onde há dissipação de calor, depende da necessidade. E quem está envolvido nesses processos? O metabolismo, as reações que acontecem no interior do nosso corpo
 
 
 
Alguns exemplos: o que é manter essa temperatura corporal – é a termorregulação, é você regular, ora você produz mais calor ora você perde calor, dissipa, conserva, depende da condição. Para produção de calor a gente tem alguns mecanismos de produção basal – exercícios, tremores e a vasoconstrição, são mecanismos que auxiliam a produzir calor ou conservar. E o contrário, a perda de calor geralmente vem pela sudorese, a ofegação, produção de menos calor pelo metabolismo e a vasodilatação
 
Essa termogênese – produção, conservação de calor, ela pode também ser alterada por vários fatores e é assim que entra as patologias, a gente tem um mecanismo para isso? Temos, mas as vezes ele não é acionado. Por exemplo, a desregulação do sono pode desregular o processo de termogênese, a subnutrição, todo contexto de alterações do mecanismo da tireoide porque assim você altera a produção de hormônios e em consequência disso tudo há a redução do metabolismo. Então nestes casos, mesmo precisando dessa produção maior as vezes a gente não consegue, essa desnutrição é muito característico, quando temos distúrbios alimentares ou a questão da desnutrição mesmo/situações extremas de fome é muito comum a temperatura corporal daquele individuo não chegar a uma temperatura ideal, ele apresenta geralmente uma temperatura corporal baixa e consequentemente esse individuo não está tendo produção hormonal correta, produção proteica correta, as enzimas estão chegando em um contexto de perder a função e dessa forma podemos perceber o quanto é grave essas disfunções. A alteração no funcionamento da tireoide pode trazer muitos danos ao organismo. 
E o contrário que é o bócio exoftálmico que é um hiper funcionamento da tireoide/hipertireoidismo, estados de tensão muscular permanente, calafrio exacerbado, dependendo do contexto de alimentação/exercício físico você pode ter ao contrário, elevar o seu metabolismo interno e dessa forma também pode ter alteração nessa produção e/ou conservação de calor, envolve nessa parte a qualidade de vida para que você mantenha um equilíbrio térmico
 
Citando alguns mecanismos – pra gente poder controlar a temperatura, a termogênese – que é a produção ou conservação de temperatura, a gente tem mecanismos de termogênese mecânica ou química, que envolve principalmente na mecânica a contração muscular, por exemplo o calafrio, toda essa ação que nós temos de tremores é um mecanismo muitas vezes involuntário quando estamos em uma condição de frio para conservar calor, essa contração muscular aumenta a produção de calor e é uma maneira de barrar esse calor que está saindo do corpo, porque a gente sente frio ou calor quando estamos expostos a um clima diferente? Porque o calor sempre se dissipa, domeio mais concentrado para o menos concentrado, então um dos mecanismos para aumentar essa produção ou conservar o calor um pouco o calor que temos no nosso corpo é a contração muscular, isso auxilia nesse aspecto de uma perda excessiva em algumas situações. Nós temos também a termogênese química, e entra nesse aspecto todo o metabolismo de gorduras/ingestão de gorduras, alimentos mais gordurosos apresentam uma taxa energética alta e nessas situações de querer controlar o calor, manter ele no corpo ou produzir mais a termogênese química é uma solução também. A hibernação de alguns animais vem desse princípio, por exemplo a hibernação do urso
 
- Mecanismos de conservação de calor: citei que a vasoconstrição é um mecanismo para conservar, se você constringe o vaso você tem menos contato do calor circulante no sangue com a periferia da pele por exemplo, então você perde calor com mais dificuldade, por isso que vasoconstrição facilita a manter esse calor/conservar. Como isso pode acontecer? Alterações no fluxo sanguíneo e ativação seletiva dos neurônios simpáticos que chegam até esses vasos sanguíneos cutâneos. Geralmente há o sistema nervoso/centro de comando, que informa que a temperatura está diminuindo, chega uma informação lá no hipotálamo/centro de controle e ativa determinadas regiões, no exemplo abaixo eu tenho a ativação do sistema nervoso simpático – você aumenta a liberação de noradrenalina, tem ali o receptor dela e esse aumento de liberação facilita a vasoconstrição do vaso e conforme ocorre essa vasoconstrição você consegue conservar mais o calor do corpo, então são mecanismos associados – sistema nervoso, fluxo sanguíneo, para tentar segurar/conservar o calor
 
Na imagem abaixo eu tenho vasoconstrição normal e quando há uma perda excessiva de calor, por exemplo estou em um contexto de frio você constringe esse vaso e o sangue é desviado para vasos mais profundos justamente pra que a gente saia do contexto de estar mais próximo da pele/da periferia, pois quanto mais próximo da periferia mais fácil a perda de calor e a vasoconstrição é justamente para aumentar essa distância, então nesse contexto do “Frio” você tem menos perda de calor ou podemos citar a questão da conservação, a vasoconstrição é um mecanismo de conservação de calor e a gente não precisa enviar nenhum comando para isso, nosso sistema nervoso tem a ativação de acordo com a temperatura nesse caso abaixo, está perdendo calor demais 
Repetindo – vamos supor que nós estamos em uma situação normal, a todo momento estamos perdendo calor, mas de repente a situação ficou fria (vamos pensar que estamos em um local frio), em um local muito frio a tendencia é que a sua temperatura corporal diminua/baixar, você vai perder calor, essa perda de calor e a diminuição de temperatura vai ativar parte do sistema nervoso e essa ativação vai trazer um aspecto para o seu vaso entrar em constrição – vasoconstrição = venoconstrição (fica mais no centro, distante da periferia da pele), porque você tem os vasos mais profundos ficando mais distantes da periferia da pele porque você diminui a perda de calor, e você para de perder tanta temperatura assim o seu organismo vai conseguindo se manter
Todo calor que está em regiões mais profundas ele é dissipado quando consegue chegar na periferia do organismo e assim vai para o meio externo, então quanto mais profundo ele está mais difícil dele ser dissipado
Lembrar sempre que frio não existe, existe mais ou menos calor, quando a gente fala estou com frio ou calor, na verdade é que a gente está perdendo mais calor para o ambiente ou ganhando mais calor do ambiente, quem transita o organismo-ambiente é o calor, ora eu ganho, ora eu perco
Além de tremores, da parte de metabolismo a gente tem também a vasoconstrição, são três mecanismos que podem acontecer quando o meu intuito é conservar ou ganhar/produzir calor (Termogênese)
 A vasoconstrição é conservação, você não aumenta nada, você apenas deixa de perder, evita a perda de calor excessiva. Já o metabolismo você aumenta, o tremor aumenta e conserva também
A termogênese com tremor que produz calor, esses ritmos/tremor incontrolável que a gente tem devido a contração dos músculos esqueléticos, eles podem aumentam cerca de 5 a 6 vezes essa produção de calor, então é bastante eficaz
Outro aspecto que a gente tem como havia citado a tireoide, uma maneira para aumentar a produção de calor sem tremor são os hormônios – hipofisários, tireoidianos que são eles o t3 e t4, então se eu libero mais desses hormônios aumenta a minha taxa de metabolismo sem que aja tremor, só que eu não controlo essa liberação e o que acontece muitas vezes são pessoas que tem o aumento muito grande e você tem o contexto do hipertireoidismo que não é benéfico, então é um mecanismo para produção mas se for controlado, aumentar um pouco da produção desses hormônios, se o intuito for aumentar a produção de calor, é benéfico? Sim, só que não posso aumentar a ponto de ter o hipertireoidismo, isso já passa a ser uma patologia
Explicando a imagem abaixo, estou tranquila por volta de 36°-36,5° está tudo certo, estou mantendo a minha temperatura corporal, onde que tem esse aspecto de manter nessa faixa? No meu centro termorregulador na região do hipotálamo, só que eu vou pra um contexto de frio, que faz com que a minha temperatura abaixe -1° C, isso já é suficiente para eu apresentar respostas comportamentais para produzir ou conservar mais calor. Então o meu organismo vai perceber essa diminuição de temperatura – eu estou perdendo calor, a minha temperatura está diminuindo isso vai acionar a parte do sistema nervoso tanto neurônios adrenérgicos simpáticos quanto neurônios motores simpáticos e assim eu tenho todas essas possibilidades, não significa que todas elas serão acionadas, mas o que pode acontecer é que eu posso acionar tremor no meu musculo esquelético e eu tenho produção de calor com o tremor atingi o meu objetivo produzir mais calor para barrar essa diminuição de temperatura. Eu posso ter também a questão do sistema nervoso simpático, eu posso aumentar o meu metabolismo que é um mecanismo de produção de calor sem tremor ou eu posso fazer a vasoconstrição de vasos mais profundos para conservar calor. Então dependendo de quanto de temperatura nós estamos perdendo, as vezes todos estes aspectos são acionados, as vezes não. É legal entendermos que primeiro você tem uma alteração nos seus termoreceptores, o seu organismo percebe que você está perdendo calor e assim você terá respostas, essas respostas todas elas já que eu estou perdendo tem que ser no intuito de produzir mais calor ou conservar, de que forma? Acionando através do sistema nervoso, tremores, metabolismo ou vasoconstrição, das três formas você vai pelo o menos tenra barrar a perda de calor que está acontecendo. 
- Térmolise: da mesma forma que em alguns momentos eu preciso conservar, ou produzir mais calor em outros momentos eu preciso perder calor. E essa perda de calor ela acontece principalmente por estes 4 processos – condução, convecção, radiação e evaporação. A evaporação e a radiação é o que a gente mais vê no nosso dia a dia. 
Imagine que agora a minha temperatura está aumentando, e eu não posso deixar aumentar porque senão eu vou começar a ter desnaturação de proteína, inatividade de enzimas. Então o que eu quero fazer agora? Eu quero aumentar a perda de calor, se a vasoconstrição diminui a perda, consequentemente a vasodilatação aumenta a perda de calor. Todo esse contexto de vasos mais próximos a periferia vai aumentar o fluxo sanguíneo ali (vai vaso dilatar), justamente para eu aumentar essa perda pro meio externo, propicia a perda de calor por radiação através da venodilatação (ou vasodilatação), a artéria fica mais longe da veia profunda, e assim ela chega com o sangue quente até as mãos e aumenta essa dissipação para o ambiente. 
Isso são os opostos, se o meu intuito é manter/reter eu vou entrar em um processo de vasoconstrição, mas se o meu intuitoé perder eu vou entrar em um processo de vasodilatação
 
- Mecanismos de perda de calor: eu tenho o contexto de percepção do aumento de calor no corpo, geralmente o sistema nervoso aciona/aumenta a liberação de acetilcolina (um neurotransmissor) e a partir disso você vai pra um contexto de vasodilatação e perde calor para o ambiente 
Explicando a imagem abaixo, eu tenho o meu centro termorregulador hipotalâmico, estava mantendo a minha temperatura porém por estar em uma condição de calor os meus termorrecptores periféricos já reconheceram e a minha temperatura aumentou +2°C, dessa forma eu vou acionar todo este contexto dos neurônios colinérgicos simpáticos e tenho duas possibilidades – eu posso estimular as minhas glândulas sudoríparas começo a ter suor e perco calor pela evaporação, que é o mecanismo mais clássico de perda de calor que a gente tem. O que o suor facilita? A água tem uma temperatura de evaporação legal, e quando a gente sua o nosso intuito é liberar calor e não água, mas quando a gente sua e a água vai junto ela facilita essa evaporação, ela facilita essa saída de calor do organismo por isso que tem o suor em si. Então quando a gente fala que a gente perde calor por evaporação é justamente porque junto com o calor eu tenho a água – o suor nada mais é que água, e sais, e ela evapora relativamente fácil, tem o calor ideal, ela vem junto para facilitar essa evaporação que consequentemente leva junto o excesso de calor
Um dos processos é esse, aumentar a produção de suor e o outro processo é a vasodilatação que é onde você facilita a perda de calor por radiação. O que é perda de calor por radiação? Você perde esse calor pro ambiente, o que é bastante semelhante com a evaporação, mas ambas são processos diferentes. 
Na vasodilatação você vai aumentar o fluxo sanguíneo na periferia, e na vasoconstrição você aumenta o fluxo sanguíneo no centro 
Radiação nada mais é do que essa passagem de calor através de ondas pelo ambiente
Os termorreceptores são extremamente essenciais para essa percepção de temperatura – se está aumentando ou diminuindo. Ambos acionam o sistema nervoso, e você tem os efetores e a resposta
Quatro principais tipos de dissipar calor (Termólise): condução de calor que a gente perde mais ou menos 15% do calor através desse processo; a irradiação de ondas que a gente perde mais ou menos 60%, a evaporação 22% e a condução para objetos por exemplo 3%
- Condução: é a transferência de calor quando há contato direto entre um corpo frio e um corpo quente, e sempre a condução de calor é do corpo mais quente para o mais frio. Exemplo: você chega em um determinado local, e esse local está mais frio e você pode perder calor para o ambiente ou quando em contato direto com um objeto mais frio, por exemplo colocar a mão em um cubo de gelo
 
- Convecção: é também a transferência térmica de um sistema pro outro, perder calor por convecção é você liberar massas de ar que vai junto do calor e elas vão ser liberadas no ambiente. Pensando em um contexto da biofísica do vestuário principalmente pra quem pratica esportes esse aspecto da convecção é bastante utilizado para formulação desse vestuário, ele é propício para você dissipar calor com mais eficiência, pensando por exemplo em atletas de alta performance, eles têm um gasto energético absurdo em pouco tempo e pode se ter um aumento de temperatura muito grande também e este vestuário é próprio para facilitar essa perda de calor. Ex: roupa de surf. Então é um tipo de exemplo de perda de calor, a partir de massas, mudanças de densidades, correntes de convecção, mas é utilizado nesse contexto 
 
- Radiação: a radiação é um calor dissipado por meio de ondas eletromagnéticas. Então é dissipação de calor assim como a evaporação? É, mas o mecanismo é diferente. Então quando eu falo que aumentou a dissipação por radiação, se aumentou esse contexto de liberar calor através de ondas, quando a gente fala aumentou através da evaporação, é o aumento de fato do suor, do processo em si. Novamente o fluxo de calor do corpo mais quente para o mais frio. A pele humana não importando a quantidade de melanina (sua cor), ela tem um potencial de irradiação por volta de 97% comparada ao que a gente chama de corpo negro que é um corpo que não irradia calor, então a gente fala que a pele tem um excelente poder emissivo – poder emissivo é muito relacionada a taxa de resfriamento, então a gente tem uma facilidade muito grande de resfriar o nosso corpo e isso é extremamente benéfico para a nossa sobrevivência 
 
- Evaporação: é de fato a evaporação da água, levando consigo o calor e isso é bastante eficaz quando a gente quer de fato dissipar este calor excessivo. Em algumas patologias ou estados febris, onde a gente tem a hiperventilação pulmonar chegando até a taquipneia, essa perda pode se elevar muito, que é aquele suor excessivo em algumas patologias e isso é um risco muito grande, porque você também não pode dissipar calor em excesso porque você pode entrar em um processo de hipotermia, da mesma forma que aumentar demais a temperatura pode levar a desnaturação de proteínas diminuir demais a temperatura vai levando a parada de funções de alguns órgãos, eu preciso manter em um estado específico. O processo de queima, pacientes queimados eles têm uma redução da termólise, porque geralmente você tem uma perda muito grande dos tecidos periféricos e isso afeta muito os termos sensores, o organismo não consegue liberar o calor, geralmente pacientes queimados chegam ao hospital com uma temperatura muito alta, eles podem inclusive entrar em processos de hipertermia, porque eles têm uma redução desse processo de dissipação através da evaporação, eles não suam 
 
Biotermologia
 
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Quando a gente 
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- Quando a gente fala em temperatura, indo para uma parte mais física/química nós sabemos que temperatura envolve 
toda essa parte de movimentação, energia cinética, de partículas. Quanto mais temperatura determinado corpo ou 
sistema tem mais movimentação/agitação das moléculas, então seguimos com o mesmo princípio – corpos com mais 
calor tem as suas moléculas/partículas/constituintes em maior agitação e corpos com menos calor tem essa energia 
cinética menos reduzida. Quando consideramos a temperatura a modo global sabemos que vivemos numa faixa restrita 
de temperatura, a homeostase essa manutenção do organismo depende de vários fatores e um dos principais fatores é 
a temperatura. 
 
Quando eu falo em calor, temperatura, fluxo de energia cinética, térmica a segunda lei da termodinâmica está presente 
– a segunda lei é, determinada situação flui sempre ou do meio mais concentrado pro menos concentrado – maior pro 
menor, e a temperatura funciona assim também, toda vez que você tem corpos/sistemas com temperaturas diferentes 
você tem a tendencia a entrar num equilíbrio térmico. O que é este equilíbrio térmico? Em contato estes corpos vão 
atingir a mesma temperatura, lembrar sempre que o calor ele flui do corpo/do sistema onde ele está em maior 
quantidade para o sistema em menor quantidade, eles tendem a entrar em um equilíbrio térmico e este equilibro é 
atingido quando ambos chegam na mesma temperatura. 
Se você tem situações de diferenças de temperatura muito drásticas, a diferença é mais perceptível e o equilíbrio demora 
um pouco mais, mas uma hora ele chega. Ex: se eu coloco a minha mão em uma água muito gelada, se depois eu a 
transfiro para uma água só morna eu vou sentir aquela água muito mais quente do que ela realmente está porque eu 
tenho diferença de temperatura nesse sistema e aos poucos isso vai atingindo um equilíbrio, quanto maior a diferença 
mais demorada é para este equilíbrio alcançar. Nós temos os termômetros como os maiores medidores de temperatura, 
conseguimos medir essa energia cinética das partículas e temos também diferentes unidades/sistemas para se medir 
temperatura – nós usamos o ° C, então temos dois parâmetros de temperatura para seguir 0° e 100° C, mas existem 
outros sistemas o °F, °K que são outros 
sistemas que também atuam nessa 
medição de temperatura, mas possuem 
outros parâmetros

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