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Economia 1, Conceitos Fundamentais- 2021

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE 
FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES 
 
Curso de Economia e Curso de Gestão, 1º Ano/2021 
Palestra 1: 
1. Conceitos básicos e princípios fundamentais de economia 
1.1 Economia como Ciência e seu Objecto de estudo; 
1.2 Necessidades e tipos de bens económicos; 
1.3 Problemas fundamentais da Economia 
1.4 Factores de Produção; 
1.5 Escassez, Escolha e Custo de Oportunidade 
1.6 Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP). 
 
A Docente: Dra Custódia D. Manhanga Lourenço 
 
As Regras 
 Sim Não 
Prepara-se para as aulas Não chegue atrasado 
Tente ser Participativo Não falte as aulas 
Chegar cedo Não venha para a aula sem preparar 
Tirar as cópias das palestras Não faça barulho durante as aulas 
Colocar cel no modo vibrar e no silencio 
durante as aulas Não cabular durante os testes 
Vista-se adequadamente 
Estude, Estude, Estude……… 
Estude, Estude, Estude………….. 
 
 
1.2 Conceitos básicos e princípios fundamentais de economia: 
1.2.1 Economia como Ciência e seu Objecto de estudo 
 
Etimologicamente, a palavra “economia - oikosnomia -” vem dos termos 
gregos oikos (casa) e nomos (norma, lei), e pode ser compreendida como 
“administração da casa” e é atribuída a Aristóteles (384-322a.c.) um famoso 
filósofo da Antiguidade grega, que estendeu a sua importância à categoria de 
Ciência da Administração da Comunidade Doméstica. 
Mas, a Economia como disciplina académica é relativamente nova, data do 
Séc.XVIII: The Wealth of Nations (em português, A Riqueza das Nações), da 
autoria de um famoso economista inglês de nome Adam Smith (1723 - 1790) 
é o título da 1ª grande obra sobre Economia Política, publicada em 1776. 
Este economista ficou conhecido na História como o Pai da Economia Política. 
Com o andar do tempo, a Economia tem vindo a evoluir de tal forma que há 
hoje uma diversidade de ramos especializados que tem como base a 
Economia: Economia Internacional, Economia Monetária, Economia de 
Transportes, Economia Industrial, Economia Agrária, Economia do Trabalho, 
Economia do Meio Ambiente, Econometria, entre outras. 
 
Para termos o conceito de Economia, vale a pena observar o que se passa à 
nossa volta. Constata-se que: 
 Por um lado, as pessoas, as comunidades, os países têm necessidades que 
tendem a ser ilimitadas: Todos nós temos que comer, vestir, estudar, 
precisamos de abrigo, precisamos de nos divertir, de nos cultivar, etc. 
 
 Por outro lado, verificamos que os recursos de que dispomos são escassos, 
isto é, são limitados. Não é possível que cada ser humano, cada sociedade 
ou cada país disponha de todos os recursos que seriam desejáveis para 
responder a todas as suas necessidades. 
 
 Os recursos do planeta embora variem de país para país (há países ricos e 
países pobres), todavia são limitados, no seu todo, de modo a 
satisfazerem a totalidade das necessidades dos seus habitantes. 
 
 A razão essencial de existência da teoria económica é a escassez e, em 
seguida, prescrever como deve a sociedade organizar-se de modo a 
proporcionar o uso mais eficiente dos recursos. Não havendo escassez de 
recursos não faria sentido o estudo da Economia. 
 
 
 
 
 
 
Existem várias definições de economia, mais sem dúvida alguma a maior 
parte delas tem algo em comum: 
Economia é uma ciência social que estuda os indivíduos e as organizações 
empenhados na produção, troca, e consume de bens e serviços. (Dominick 
Salvatore, 1981). 
 
Segundo Samuelson e Nordhaus: Economia é o estudo da forma como as 
sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e como 
os distribuem entre pessoas diferentes. 
 
Mankiw (2001), simplificou o conceito: Economia é o estudo da forma pela 
qual as sociedades administram os seus recursos escassos. 
 
Os três conceitos tem em comum a necessidade de adequar recursos 
escassos a crescentes necessidades dos indivìduos e da sociedade. Isto é, 
que os bens são escassos e que a sociedade deve usar os seus recursos de 
forma eficiente. 
 
 
Definição da Economia 
 A Economia pode ser definida como ciência social que estuda como o 
indivíduo e a sociedade decidem utilizar os recursos produtivos escassos, na 
produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas 
e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades 
humanas. 
 
A primeira parte da definição diz-nos que a Economia é uma ciência social 
porque ela usa métodos científicos para analisar o comportamento do 
Homem na sociedade. 
A segunda parte é que os recursos são escassos, isto é, os recursos 
económicos como o trabalho, capital e terra são limitados em todas as 
sociedades, portanto, as sociedades devem usa-las eficientemente, a fim de 
produzir bens com valor. 
 
Ela subdivide-se em 2 ramos cruciais: 
Macroeconomia - Estuda o funcionamento da economia como um todo,ou 
seja, preocupa-se com os grandes agregados económicos. 
Microeconomia – Estuda o comportamento dos componentes individuais tais 
como as indústrias, as empresas e as famílias. 
 
 
Tipos de Economia 
A economia pode ser classificada quanto aos resultados em Economia 
Positiva e Economia Normativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Economia positiva descreve os factos e os comportamentos da Economia. ou 
seja, tenta descrever a economia como ela é: descritiva: o economista se 
comporta como cientista e ela divide-se em: 
 
 
Economia Descritiva: trata da identificação do facto económico. É a partir dos 
levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes económicos que se 
inicia o complexo de conhecimento sistematizado da realidade no campo da 
economia positiva. 
 
É a tarefa de levantamento e descrição dos factos que se dedica a economia 
descritiva; é através dela que a realidade começa a ser submetida a um 
criterioso tratamento no sentido de que possam se analisados as relações 
básicas que se estabelecem entre os diversos agentes que compõem o 
quadro da actividade económica. 
 
Teoria Económica: a teoria económica é o compartimento central da 
economia, compete-lhe dar ordenamento lógico aos levantamentos 
sistematizados fornecidos pela economia descritiva, produzindo 
generalizações que sejam capazes de ligar aos fatos entre si, desvendar 
cadeias de acções manifestadas e estabelecer relações que identifiquem os 
graus de dependência de um fenómeno em relação a outro. 
 
Surgiram então em decorrência conjunto de princípios, de teorias, de 
modelos e de leis fundamentadas nas descrições apresentadas. A teoria 
económica adopta duas posições distintas na apresentação e análise do 
fenómeno económico, estas posições são conhecidas como microeconomia e 
macroeconomia. 
 
Economia Normativa não se preocupa com a realidade mas sim com as 
formas consideradas óptimas de servir. A preocupação é emitir o juízo de 
valor, propor novas situações de organização. 
 
Política Económica: os desenvolvimentos elaborados no compartimento da 
teoria económica, tem a finalidade de servir a política económica. Nesse 
terceiro compartimento é que serão utilizados os princípios, as teorias, os 
modelos e as leis. 
 
A utilização terá a finalidade de conduzir adequadamente a acção económica 
com vistas a objectivos pré-determinados. Quando empregamos a expressão 
política económica governamental estamos nos referindo as acções práticas 
desenvolvidas pelo governo com a finalidade de condicionar, balizar e 
conduzir o sistema económico no sentido de que sejam alcançados um ou 
mais objectivos politicamente estabelecidos. 
 
A Relação da Economia Com as Demais Ciências 
A Economia como ciência interrelaciona-se com outros campos de conhecimento no 
estudodos aspectos económicos. Podemos citar, resumidamente, como exemplo: 
 
Com a Administração: a administração é o processo de tomar e colocar em prática 
decisões sobre objectivos e utilização de recursos. 
Com a Biologia: quem exerce a actividade económica gera serviço, objecto das 
ciências biológicas. O trabalho gera recursos económicos para a alimentação e 
sobrevivência humana. 
Com a Moral: a moral tem por objectivo o honesto, a economia tem por objectivo 
útil, isto é, a actividade humana em busca de prosperidade material. A honestidade 
com o crescimento económico. 
Com o Direito: o direito e a economia são ciências sociais, tendo como objectivo o 
homem. 
Com a Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros problemas que se 
interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, bancos, bolsas. A contabilidade age 
sobre o ponto de vista técnico e a economia mostra as razões teóricas para as suas 
conclusões sobre determinado fato. 
Com a Geografia: essa se utiliza de matemática, física e biologia, as quais fornecem a 
economia inúmeros elementos. 
 
Com a Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros problemas que se 
interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, bancos, bolsas. A contabilidade age 
sobre o ponto de vista técnico e a economia mostra as razões teóricas para as suas 
conclusões sobre determinado fato. 
 
Com a Geografia: essa se utiliza de matemática, física e biologia, as quais fornecem a 
economia inúmeros elementos. 
 
Com a História: a história também é uma ciência social. A história económica é o 
prefácio da economia política. 
 
Com a Matemática: cálculos gráficos 
 
Com a Estatística: classifica, analisa, critica e interpreta dados relativos aos fatos 
económicos. 
 
 
Necessidades e tipos de Bens Económicos 
 Qualquer ser humano enfrenta situações de fome, sede, calor ou o frio. 
Você não é uma excepção e no seu dia-a-dia já se apercebeu que se trata de 
situações absolutamente normais. Trata-se de necessidades. 
 
Necessidade é um estado de carência, de falta ou de insatisfação, requerendo o 
uso de um bem ou serviço para a sua satisfação. Ou ainda, é o desejo de acabar 
ou prevenir uma insatisfação ou aumentar uma satisfação. 
 
Podemos classificar as necessidades nas seguintes categorias: 
 Quanto a sua importância: 
Primárias ou Fundamentais: têm caracter prioritário e inadiável (necessidades 
biológicas, necessidades com a alimentação, saúde, habitação e vestuário); 
Secundárias ou suplementares: a sua importância é relativa mas a sua prioridade 
é secundária (cultura, moda viagens de lazer, etc.) 
Terciárias: O que é supérfluo (uso jóias, perfumes ou roupa de marca) 
 
 Quanto ao seu Custo: 
Económicas: a sua satisfação exige um pagamento pois pressupõe um custo na 
produção de bens e serviços (exemplo necessidade de alimentos). 
Não económicas: a sua satisfação não exige qualquer pagamento. Necessidade de 
respirar e de afecto. 
 Quanto ao número de pessoas envolvidas ou vida em colectividade: 
Individuais: dizem respeito a um indivíduo como tal: comer, vestir são exemplos. 
Colectivas: são necessidades sentidas por um conjunto significativo de pessoas 
(ou por uma comunidade). Necessidade de segurança, Justiça, estradas e pontes, 
etc. 
É possível identificarmos três características da Necessidade: 
 Multiplicidade (necessidades que sentimos são ilimitadas). 
 Saciabilidade (satisfazer uma determinada necessidade, a intensidade 
sentida vai diminuindo progressivamente até desaparecer). 
 Substituibilidade (uma necessidade ser substituída por outra). 
 
Bens Económicos: Conceito e classificação 
Podemos dizer, de forma global, que bem é tudo aquilo que permite satisfazer às 
necessidades humanas. Os bens podem ser: 
Bens livres: aqueles cuja quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem 
nenhum esforço na natureza. Por exemplo: a luz solar, o ar, o mar. Esses bens não 
possuem preços. 
Bens económicos: são relativamente escassos, têm valor no mercado, e supõem a 
ocorrência de esforço humano para obtê-lo. Por exemplo: um carro, um 
computador etc. 
Os bens económicos são classificados em dois grupos: 
Bens materiais: como o próprio nome já diz são todos aqueles de natureza 
material, que podem ser armazenados e são tangíveis, tais como roupas, alimentos, 
livros, televisão etc. 
Bens imateriais ou serviços: consideramos aqui tudo que é intangível. Por 
exemplo, serviço de um médico, consultoria de um economista ou serviço de um 
advogado, que acabam no mesmo momento de produção e não podem ser 
armazenados. 
 
Os bens materiais classificam-se em: 
Bens de consumo: são aqueles usados directamente para a satisfação das necessidades 
humanas. Estes bens podem ser: de consumo durável, tais como: carros, móveis, 
electrodomésticos; e de consumo não durável, como, por exemplo, gasolina, alimentos, 
cigarro. 
 
Bens de capital: são todos os bens utilizados no processo produtivo, ou seja, bens de 
capital, que permitem produzir outros bens. Por exemplo: equipamentos, computadores, 
edifícios, instalações etc. 
 
Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados como: 
Bens finais: são bens acabados, pois já passaram por todas as etapas de 
transformação possíveis. 
 
Bens intermediários: consistem nos bens que ainda estão inacabados, que 
precisam ser transformados para atingir a sua finalidade principal. 
Por exemplo: aço, vidro e borracha usados na produção de carros. 
 
Os bens podem ser classificados, ainda, em: 
Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Referem-se ao 
conjunto de bens fornecidos pelo sector público, tais como: transporte, 
segurança e justiça. 
 
Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e possuídos 
privadamente, como, por exemplo: televisão, carro, computador etc. 
 
Podemos dizer então que bem é tudo o que tem utilidade para satisfazer uma 
necessidade ou suprir uma carência, enquanto 
 
o serviço implica numa actividade intangível que proporciona um benefício 
sem resultar na posse de algo. 
Problemas fundamentais da Economia 
Qualquer sociedade humana, seja um país industrial avançado, uma 
economia de planeamento central ou uma sociedade tribal isolada tem que 
defrontar e resolver três problemas económicos fundamentais. 
 
Qualquer sociedade tem de possuir um modo de determinar quais os bens a 
produzir, como são produzidos esses bens e para quem são produzidos. 
 
 De facto, estas três questões da organização económica o quê, como e para 
quem são tao cruciais actualmente quanto o foram no inicio da civilização 
humana. 
Analisemo-las mais de perto: 
O QUE produzir? - Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos 
(carros, cigarros, café, vestuários etc.) e em que quantidades deverão ser 
colocados à disposição dos consumidores. 
 
COMO produzir? - Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com 
que recursos e de que maneira ou processo técnico. 
 
 
Para quem? Para quem são os bens produzidos? 
Quem irá receber esses bens e serviços. Como deverá ser distribuída entre os 
diferentes indivíduos que compõem a sociedade. Ou seja: 
PARA QUEM produzir? - Ou seja, para quem se destinará a produção, 
fatalmente para os que têm renda. 
 
Ao abordar "oquê" deverà ser produzido e "como", o sistema economicos 
estará alocando ou distribuindo os recursos disponiveis entre milhares de 
diferentes possiveis linhas de produção. 
Estes três problemas básicos são comuns a todas economias. Mais, para os 
resolver, as sociedades diferentes abordam – nos de modo diferente. 
 
Pode-se na tabela a seguir, apresentada por Dallagnol (2008) ter um resumo 
dos princípios fundamentais da economia. 
 
Sistema Económico 
As maneiras como as sociedades se organizam de modo a encontrara mecanismos 
de resolver as questões básicas da economia (o que produzir, como produzir, para 
quem produzir, quando produzir e quantoproduzir). As sociedades ao longo do 
tempo desenvolvem diferentes formas de realizar as suas actividades económicas. 
 
O sistema económico é o que caracteriza o espírito, a forma e a substância da 
actividade económica localizada no espaço e no tempo. Existe uma lógica geral 
pela qual a economia funciona e conjunto de princípios que regem o seu 
funcionamento. 
 
 Os três tipos de sistemas económicos são: 
Sistema de Economia de Mercado 
A organização da actividade económica depende do mercado e da iniciativa 
privada, sendo os empresários responsáveis pela combinação dos factores de 
produção. 
Principais características da Economia de mercado: 
 Propriedade privada dos meios de produção; 
 Existência da livre iniciativa na actividade económica; 
 O Governo não intervém directamente na economia. 
 
Sistema de Direcção Central 
O governo é a entidade que regula a maior parte das questões económicas, 
ou seja, decide o que será produzido, como será produzido e para quem será 
produzido. 
Aqui a propriedade privada perde os seus direitos, há uma submissão da 
sociedade. Porque quem manda é o governo. 
 
Sistemas Mistos – Economia Mista 
É o modelo económico onde prevalece o meio termo, não é definitivamente 
uma economia de extremos, é sim um modelo concordante entre a economia 
de mercado e a centralizada. 
 É uma economia comandada pela tradição, mercado e entidade central; 
 A interacção entre o Estado e os empresários, têm um papel importante 
na economia; 
 A propriedade é privada e colectiva. 
 
 
Agentes Económicos 
 
Agentes económicos: são os responsáveis pelas acções económicas que 
desenvolvem em um sistema económico, ou seja, são pessoas de natureza 
física ou jurídica que, através de suas acções, contribuem para o 
funcionamento do sistema económico, tanto capitalista quanto socialista. 
 
Podem ser: 
a)Famílias (ou indivíduos) 
b)Empresas (privadas e públicas) e 
c)Governo (administração pública) . 
 
a)Famílias (ou indivíduos) – fornecem os recursos de factores (trabalho, 
capital, recursos naturais etc.) de sua propriedade aos outros agentes. 
Actuam como consumidores. 
Agentes Económicos 
 
b)Empresas (privadas e públicas) – são os agentes produtores de bens 
e serviços, que compõem o aparelho de produção da economia 
nacional. Organizam factores produtivos e destinam o resultado de sua 
actividade ao mercado (onde a produção atinge seu destino final). 
 
c)Governo (administração pública) – são órgãos que se dedicam a 
prestar serviços à sociedade, que são consumidos pela colectividade. 
Seus produtos são indivisíveis. 
Factores de produção e Produções 
Factores de produção - são bens ou serviços utilizados para produzir outros bens e 
serviços. Deve-se utilizar a tecnologia a nosso favor, de forma a gerar produções. 
 
Produções – vários bens ou serviços úteis que resultam do processo de produção e 
que tanto podem ser consumidos, como utilizados noutras produções posteriores. 
Ex: Na educação, os factores produtivos são o tempo de leccionação, os laboratórios, 
as salas de aula, os livros, etc.., enquanto que as produções são cidadãos educados e 
informados. 
 
Os factores de produção podem ser classificados em 3 grandes categorias: 
A terra – ou recursos naturais, representa o que os nossos processos produtivos 
recebem da natureza. 
 
O trabalho –ou mão de obra, consiste no tempo de trabalho humano despendido na 
produção. É o factor de produção mais comum e mais importante para uma economia 
industrial avançada. 
 
O capital – ou patrimonio, formado pelos bens duráveis de uma economia, 
produzidos com vista a produzirem outros bens. A acumulação destes bens é 
essencial. 
 
Escassez, Escolha e Custo de Oportunidade 
A Lei da Escassez 
A escassez é um facto central na economia. Os economistas estudam como 
a forma como os bens são produzidos e consumidos e porque os indivíduos 
desejam consumir muito mais do que a economia pode produzir. 
 
A lei da Escassez diz que os bens são escassos porque não há recursos 
suficientes para produzir todos os bens que as pessoas desejam consumir. 
 
Toda economia deriva deste facto fundamental. Porque os recursos são 
escassos temos de estudar como a sociedade escolhe no menu possível de 
bens e serviços, como as diferentes mercadorias são produzidas e lhes é 
atribuído um preço e quem consegue consumir os bens que a sociedade 
produz. 
Escassez é o problema fundamental de qualquer sociedade, visto que os 
recursos são limitados face às necessidades ilimitadas. 
 
 
A escassez não é um problema de tecnológico, mas de disparidade entre 
desejos humanos e meios disponíveis para satisfazê-los. 
Os recursos escassos são passíveis de uso alternativo, isto é, podem ser 
utilizados de diferentes maneiras. 
 
Por exemplo: Um terreno pode servir para plantar um pomar ou para plantar 
milho, ou ainda para construir uma casa de habitação, uma escola ou uma 
fábrica. Há que escolher como utilizar tais recursos escassos da melhor 
maneira, da maneira mais eficiente. 
 
As escolhas que todos nós fazemos diariamente é que definem como é que 
nós vivemos hoje e como é que viveremos no futuro. 
Além disso, verifica-se que, na prática, quando satisfazemos uma necessidade 
deixamos de poder satisfazer outras necessidades usando o mesmo recurso. 
Esta ideia leva-nos ao conceito de Custo de Oportunidade. 
 
 
Escassez, Escolha e Custo de Oportunidade 
Custo de Oportunidade 
A vida está repleta de escolha. Devido aos recursos serem escassos, temos 
constantemente de decidir o oque fazer com o tempo e o rendimento que 
possuímos em quantidades limitadas. 
 
Devemos ir ao cinema ou ler um livro? 
Devemos viajar a europa ou comprar um automóvel? 
 
Em cada um destes exemplos tomar uma decisão num mundo de escassez 
obriga-nos sempre a prescendir de alguma coisa para fazer a escolha da 
outra. Custo de oportunidade é o valor do bem ou serviço que se prescinde. 
 
Por exemplo: Imagine que, como estudante da FCSH das ciências económicas, 
você dispõe agora de 2 horas livres sobre as quais poderá decidir-se por 
estudar ou por divertir-se. Dependente da sua escolha, entre aquelas duas 
possibilidades, o custo de oportunidade será a alternativa sacrificada. 
 
 
Como ler gráficos 
Em economia, os gráficos são uma ferrementa muito importante e 
indispensável. Por esta razão, qualquer pessoa que deseja obter algum 
conhecimento ou dominio sobre a economia deverá saber trabalhar com 
gráficos. 
 
O que é um gráfico? 
é um diagrama que mostra como dois ou mais conjuntos de dados ou 
variáveis se relacionam entre si. 
 
Os gráficos são essenciais em economia porque permitem analisar conceitos 
económicos e examinar as tendências históricas, bem como, condensam 
muita informação num pequeno espaço. 
 
Curva contínua 
Na maioria das relações económicas, as variáveis podem oscilar em pequenas 
quantidades (por vezes milésimos) ou podem ter grandes variações. 
 
 
A linha contínua em FPP reflecte o conjunto de escolhas para a economia. 
É uma construção gráfica que serve para mostrar o tipo de bens que se 
encontram disponíveis e, em que quantidades. 
 
Inclinação de uma linha representa a alteração de uma variável que ocorre 
quando outra variável se altera. 
Mais precisamente, é a variação da variável y, no eixo vertical, por uma 
variação unitária da variável x no eixo horizontal. 
 
 
Aspectos importantes sobre a inclinação 
 
Inclinação é uma medida numérica exacta da relação entre a variação de y e 
a variação de x (subida pelo avanço). 
A regra geral para escrever uma recta que passa por dois pontos é dada por: 
Se a linha é uma recta, a inclinação é constante em qualquer ponto. 
A inclinação de uma linha indica se a relação entre x e y é directa ou inversa. 
É relação directa quando as variaveis se movem no mesmo sentido, ou seja, 
ambas aumentam ou ambas diminuem. 
 Δ𝑦
Δ𝑥
>0 = inclinação positiva 
 
É relação inversa quando as variáveisse movem em sentidos opostos, ou 
seja, uma aumenta quando a outra diminui. 
 
 
Δ𝑦
Δ𝑥
<0= inclinação negativa 
 
Quando 
Δ𝑦
Δ𝑥
=0 diz-se que a inclinação é nula. 
 
 Quando 
Δ𝑦
Δ𝑥
= 00 diz-se que a inclinação é infinita. 
 
Deslocações e Movimentos das/nas Curvas 
Deslocações e Movimentos 
Uma linha curva ou não linear, é aquela em que a inclinação varia. Para 
encontrar a inclinação num ponto de uma curva continua, calcula-se a 
inclinação da linha recta que apenas toca, mas não cruza, a linha curva no 
ponto em questão. 
Essa linha recta é chamada a tangente de uma linha curva num dado ponto. 
 
 
 
A Fronteira de Possibilidade de produção 
Gráfico de Possibilidade de produção 
Fronteira de Possibilidades de Produção(FPP) –representa o total de 
produção máxima que pode ser obtido por uma economia, dados os 
conhecimentos tecnológicos e a quantidade de factores de produção 
disponíveis. 
Ou seja: 
A Fronteira das Possibilidades de Prodção (FPP) –representa a máxima 
quantidade de um par de bens ou serviços que pode ser produzida com os 
recursos de uma economia, admitindo que todos os recursos estão 
plenamente utilizados. 
Exemplo: Imaginem que uma economia hipotética tenha as seguintes 
possibilidades de produção de alimentos e maquinas: 
 
Gráfico de Possibilidade de produção 
As possibilidades indicam um nível de produção de alimentos e um nível de 
máquinas de produção. Com o aumento da quantidade de alimento 
produzida, a máquina diminui. Por exemplo, se a economia produzir 10 
unidades de alimentos, que pode produzir um máximo de 140 máquinas, mas 
se produz 20 unidades de alimentos só poderia produzir 120 máquinas. 
 
 
 
 
 
 
 
A Figura 1A.1 mostra graficamente a relação entre a alimentação e as 
máquinas apresentadas na Tabela 1A. Cada par de números é representado 
por um único ponto no gráfico. Assim, a linha "A" na Tabela 1A é 
representado pelo ponto A, da Figura 1A.1, e o mesmo acontece com os 
pontos B, C, e assim em diante. 
Gráfico de Possibilidade de produção 
A linha continua representa FPP reflecte o conjunto de escolhas para uma 
economia. É uma construção gráfica para mostrar que tipo de bens se 
encontram disponíveis em que quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1A.2 mostra a FPP como uma curva contínua na qual os pontos A e F 
foram ligados. Comparando a tabela 1A.1 com a figura 1A.2, podemos ver a 
razão por que os gráficos são usados com tanta frequência em economia. 
Gráfico de Possibilidade de produção 
A tabela ao lado apresenta uma lista 
de possibilidades, a combinação dos 
pontos A e F representam os pontos 
extremos. Onde: 
Ponto A representa o ponto onde 
todos os recursos vão para produção 
das máquinas e nenhuma de 
alimentos enquanto que o ponto F 
todos recursos vão para a alimentos. 
No meio, em E,D,C e B desiste-se de 
crescentes quantidades de alimentos 
em troca de mais máquinas. 
Gráfico de Possibilidade de produção 
A eficiência 
A eficiência é um dos pontos fundamentais da economia. 
Eficiência significa ausência de dispendício, os recursos da economia são 
utilizados tão bem quanto possível para satisfazer as necessidades da 
sociedade e desejos dos indivíduos. 
 
A eficiência produtiva verifica-se quando a sociedade não pode aumentar a 
produção de um bem sem reduzir a de outro. Uma economia eficiente 
encontra-se sobre a FPP (Pontos B,C,D, e E). 
 
As sociedades estão por vezes, no interior da sua FPP. Quando o desemprego 
é elevado ou quando ocorre uma revolução, ou uma regulamentação 
ineficiente do governo, restringe a actividade económica, a economia é 
ineficiente e funciona no interior da FPP. 
Ineficiência verifica-se quando os recursos não são bem utilizados, a 
economia não se situa sob a curva da FPP, mas sim na zona interior (Ponto U) 
pois é possível aumentar a produção de um dos bens sem ser forçado a 
reduzir a produção do outro. 
 
 
A escassez é representada na figura pela impossibilidade de se poder 
produzir para além da FPP. São os pontos acima da linha (Ponto I - ponto 
inatingíveis/ impossíveis), impossíveis de atingir com os recursos e tecnologia 
disponíveis. É também representada pelo declive da curva, que representa o 
quanto da produção de um bem diminui quando a produção do outro 
aumenta, numa relação inversa. 
Exemplo: 
 Alimentos 
 
 
 
 
 
 Máquinas 
Este gráfico representa alimentos ao longo do eixo horizontal e as maquinas 
no eixo vertical. 
 
 
 
Utilização da FPP 
 
A curva da FPP pode auxiliar a apresentação de muitos dos principais 
conceitos da economia: 
 
1. A FPP ilustra a nossa definição de economia como ciência da escolha de 
quais os bens a produzir. 
 
2. A FPP proporciona uma definição de escassez. A FPP mostra o limite 
máximo dos bens que é possível produzir imposto pela lei da escassez. 
 
3. A FPP pode igualmente exemplificar os três problemas básicos da vida 
económica: o quê, como e para quem. 
 
4. A FPP pode igualmente ilustrar a ideia de que estamos sempre a escolher 
entre oportunidade limitadas. 
 
Literatura Usada: 
 
 
Samuelson,P.,Nordhaus,W.Economia.18 ª Edição.McGraw Hill,Lisboa 
SAMUELSON, Nordhaus. 2001. Economía. Ed. 
Mc Graw Hill. México. Pp. 17

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