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Martin Heidegger

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1- Martin Heidegger 
2- Biografia – nasceu em Messkirch, estudou teologia querendo ser padre, 
porém quando estudou Filosofia na Universidade de Friburgo decidiu-se pela 
carreira de filosofia. 
Em 1929 sucedeu Edmund Husserl, seu colega de classe, na cátedra 
de filosofia na sua antiga universidade em Friburgo, sendo sua aula inaugural 
sobre “O que é a Metafísica?”. 
Sua principal obra, “Ser e Tempo” data de 1927 e tem como objeto de 
estudo o ser humano, homem. 
Em 1933 tornou-se nazista, inscrevendo-se no partido, sendo nomeado 
reitor da Universidade de Friburgo, proclamando discursos pró-nazistas. 
O nazismo na vida de Heidegger torna-se um assunto polêmico, pois 
logo após declarar-se nazista, se demite de seu cargo como reitor e do partido 
nazista. 
Algumas fontes afirmam que a causa foi a pressão de outros 
professores universitários que eram antinazistas. Outras fontes já dizem que foi 
o fato dele ter conhecido uma aluna, que no caso era judia, seu nome era 
Hannah Arendt. 
3- Principais obras 
4- Ontologia – estuda a natureza do ser, a existência e a realidade, 
procurando determinar as categorias fundamentais e as relações do ser 
enquanto ser. Para Heidegger a ontologia é fundamental, sendo o primeiro 
passo para a metafísica da existência. 
Ôntico – Se relaciona aos objetos do mundo, que se refere ao ente. Refere-
se a toda esquemática imanente ao ser. 
Ente – São as coisas que são, que existem, quer pensem ou não. 
Dasein ou Ser-aí – Dasein é um termo alemão que significa existência, e é 
traduzido como ser aí, pois o “da” (aí) e “sein” (ser). É o ente capaz de se 
perguntar sobre o ser, aquele ente que se põe como interprete privilegiado do 
ser dos outros entes. 
5- Necessidade, estrutura e primado da questão do ser – sendo o ser o 
conceito mais universal, percebe-se a necessidade de maior discussão sobre o 
seu sentido, pois sua universalidade não permite sua determinação. É possível 
achar que o ‘ser’ é um conceito bastante evidente, porém é esse entendimento 
que prova a sua total incompreensão. 
Para compreender o ‘ser’ é necessário ter o questionado: próprio ser; o 
interrogado: o ente; e o perguntado: o sentido do ‘ser’ – “esse ente que cada 
um de nós somos e que, entre outras, possui em seu ser a possibilidade de 
questionar, nós o designamos com o termo pre-sença” – é o ente escolhido 
para ser o primeiro interrogado, pois a pre-sença possui um ser histórico. 
O que determina o ser da pre-sença é a própria compreensão do ser. 
Pela pre-sença inserir-se no ôntico, ontológico e ôntico-ontológico, ela 
é o ente mais adequado para ser interrogado primeiro. 
Para Heidegger o que pode dar sentido ao ser do homem é a sua 
própria existência, que se dá no modo de compreensão do ser. 
6- As duas tarefas de uma elaboração da questão do ser - Análise 
existencial: o primeiro desafio no questionamento do ser é uma analise da pre-
sença. Assim, para se ter um bom conhecimento filosófico é necessário realizar 
uma interpretação existênciaria do ser. 
“A pre-sença é de tal modo que, sendo, realiza uma compreensão do 
ser.” 
“É na exposição da problemática da temporariedade que se há de dar 
uma resposta concreta à questão sobre o sentido do ser”. – O alvo principal de 
toda ontologia se funda no fenômeno do tempo. 
É importante compreender a história do mundo, os fatos históricos de 
seu país, pois é daí que a base da pessoa vem, ou seja, seus costumes, moral, 
etc. – Por esse motivo é necessário a apropriação positiva do passado. 
“Pois, somente apropriando-se positivamente do passado é que ela 
pode entrar na posse integral das possibilidades mais próprias de seu 
questionamento. Segundo seu modo próprio de realização, a saber, a 
explicação previa da pre-sença em sua temporalidade e historicidade, a 
questão sobre o sentido do ser é levada, a partir de si mesma, a se 
compreender como questão referente a fatos históricos.” 
Fenomenologia é o modo de tratar o questionamento acerca do sentido 
do ser – é a ciência dos fenômenos, é um conceito de método. 
“Somente na medida em que algo pretende mostrar-se em seu sentido, 
isto é, algo pretende ser fenômeno, é que pode mostrar-se como algo que ele 
mesmo não é, pode ‘apenas se fazer ver assim como...’”. – Então ele pode se 
mostrar sendo algo que na verdade não é, apenas uma aparência daquilo que 
ele poderia ou gostaria de ser. 
“Em sentido fenomenológico, fenômeno é somente o que constitui o 
ser, e ser é sempre ser de um ente. É por isso que, ao se visar a uma liberação 
do ser, deve-se, preliminarmente, aduzir o próprio ente de modo devido. Este 
ente também deve-se mostrar no modo de acesso que genuinamente lhe 
pertence. E, deste modo, o conceito vulgar de fenômeno se torna 
fenomenologicamente relevante. A tarefa preliminar de se assegurar 
‘fenomenologicamente’ o acesso ao ente exemplar como ponto de partida da 
própria analítica já se acha sempre delineada a partir do próprio ponto de 
chagada.” – Para uma pessoa se sentir totalmente livre, é preciso que ela se 
conheça por inteiro, deve se estudar primeiro. 
7- Exposição da tarefa de uma análise preparatória da pre-sença – “O ente 
que temos a tarefa de analisar somos nós mesmos.” – “A ‘essência’ deste ser 
ente está em ter de ser.” – “A ‘essência’ da pre-sença está em sua existência. 
As características que se podem extrair deste ente não são, portanto, 
‘propriedades’ simplesmente dadas de um ente simplesmente dado que possui 
esta ou aquela ‘configuração’. As características constitutivas da pre-sença são 
sempre modos possíveis de ser e somente isso. Toda modalidade de ser deste 
ente é primordialmente ser. Por isso, o termo ‘pre-sença’, reservado para 
designá-lo, não exprime a sua qüidade como mesa, casa, árvore, mas sim o 
ser.” – A pessoa está vivendo, por isso vai adquirindo experiências, 
pensamentos, que vão moldando o ser. 
“E é porque a pre-sença é sempre essencialmente sua possibilidade 
que ela pode, em seu ser, isto é, sendo, ‘escolher-se’, ganhar-se ou perder-se 
ou ainda nunca ganhar-se ou só ganhar-se ‘aparentemente’” – É a tua escolha 
ser algo, transformar-se em algo. Você é o dono desta propriedade. 
“A pre-sença se determina como ente sempre a partir de uma 
possibilidade que ela é e, de algum modo, isso também significa que ela se 
compreende em seu ser.” - “no ponto de partida da análise, não se pode 
interpretar a pre-sença pela diferença de um modo determinado de existir. 
Deve-se, ao invés, descobri-la pelo modo indeterminado em que, de inicio e na 
maior parte das vezes, ela se dá.” – O homem é um ente ser, pois existe 
sempre uma possibilidade dele ser alguma coisa, a vida dele vai de acordo 
com o que ele vai descobrindo, amadurecendo, e assim por diante. 
“Atos são sempre algo não psíquico. Pertence à essência da pessoa 
apenas existir no exercício de atos intencionais e, portanto, a pessoa em sua 
essência não é objeto algum.” – “Em todo caso, uma pessoa só é, na medida 
em que executa atos intencionais ligados pela unidade de um sentido” – “Os 
atos são executados e a pessoa é executora de atos.” – O ato só existe porque 
o homem é um ser racional, pensante. O ato é realizado porque o ser (homem) 
decidiu realiza-lo. 
8- O ser-no-mundo em geral como constituição fundamental da pre-sença – 
“O ser-em, ao contrário, significa uma constituição ontológica da pre-sença e é 
um existencial. Com ele, portanto, não se pode pensar em algo simplesmente 
dado de uma coisa corporal (o corpo humano) ‘dentro’ de um ente 
simplesmente dado. O ser-em não pode indicar que uma coisa simplesmente 
dada está, espacialmente, ‘dentro de outra’ porque, em sua origem, o ‘em’ não 
significa de forma alguma uma relação espacial desta espécie; ‘em’ deriva de 
innan-, morar, habitar, deter-se; ‘an’ significa: eu estou acostumado a, 
habituado a, familiarizado com, cultivo alguma coisa; possui o significado de 
colo, no sentido de habitoe diligo. O ente, ao qual eu mesmo sou. A expressão 
‘sou’ se conecta a ‘junto’; ‘eu sou’ diz, por sua vez: eu moro, me detenho 
junto...ao mundo, como alguma coisa que, deste ou daquele modo, me é 
familiar. O ser, entendido como infinito de ‘eu sou’, isto é, como existencial, 
significa morar junto a, ser familiar com... O ser-em é, pois, a expressão formal 
e existencial do ser da pre-sença que possui a constituição essencial do ser-
no-mundo”. – Significa que o ser no mundo é algo que vai evoluindo, que vai se 
transformando. Significa ser no ambiente que o homem já está acostumado a 
ser. É a vida dele junto a sua família, amigos, etc. 
“A pre-sença nunca é ‘primeiro’ um ente, por assim dizer, livre de ser-
em que, algumas vezes, tem gana de assumir uma ‘relação’ com o mundo. 
Esse assumir relações com o mundo só é possível porque a pre-sença, sendo-
no-mundo, é como é”. – “Tanto do ponto de vista ôntico como ontológico, o ser-
no-mundo, enquanto ocupação, tem a primazia. Na analítica da pre-sença, 
essa estrutura recebe uma interpretação fundamental”. – Significa que o 
homem estando no mundo tem seus sonhos, projetos, vontades, e o mundo 
estando aqui é o que ajuda esse homem a poder-ser. 
“Mesmo que se lograsse determinar ontológica e primariamente o ser-
em a partir do ser-no-mundo que conhece, isso implicaria, como primeira tarefa 
indispensável, uma caracterização fenomenal do conhecimento enquanto ser-
em e ser-para o mundo. Ao se refletir sobre esta relação de ser, dá-se, logo de 
inicio, um ente, chamado natureza, como aquilo que primeiro se conhece. 
Nesse ente não se encontra conhecimento. Quando ‘se dá’ conhecimento, este 
pertence unicamente ao ente que conhece. Entretanto, o conhecimento 
também não é simplesmente dado nesse ente, a coisa homem. De todo modo, 
não pode ser constatado externamente como, por exemplo, propriedades de 
nosso corpo. Na medida, porém, em que não lhe pertence como uma qualidade 
externa, o conhecimento deve estar ‘dentro’. Assim, quanto mais univocamente 
se admite, em princípio, que o conhecimento está propriamente ‘dentro’ e que 
nada possui do modo de ser de um ente físico e psíquico, tanto mais se 
acredita proceder sem pressuposições, na questão sobre a essência do 
conhecimento e sobre o esclarecimento da relação entre sujeito e objeto”. – O 
homem entende o mundo quando conhece a utilidade dele para si mesmo. E 
se auto compreende quando percebe a sua utilidade para o mundo. 
“Conhecer, ao contrario, é um modo da pre-sença fundado no ser-no-
mundo. É por isso também que, como constituição fundamental, o ser-no-
mundo requer uma interpretação preliminar”. – O homem se envolve no mundo, 
participa dele, por isso, conhecer o passado do mundo é necessário para o ser-
no-mundo. 
9- A mundanidade do mundo – “’Mundo’ é um caráter da própria pre-
sença.” – “Mundo é usado com um conceito ôntico, significando assim, a 
totalidade dos entes que se podem simplesmente dar dentro do mundo.” – Os 
objetos usados por nós que também estão no mundo. 
“E ‘mundo’ pode denominar a região que sempre abarca uma 
multiplicidade de entes.” – Pode-se entender como o mundo do direito, o 
mundo da física. Ou seja, o entendimento de tudo que envolve um assunto. 
“Mundo pode ser novamente entendido em sentido ôntico. Nesse caso, 
é o contexto ‘em que’ de fato uma pre-sença ‘vive’ como pre-sença, e não o 
ente que a pre-sença em sua essência não é, mas que pode vir ao seu 
encontro dentro do mundo.” – Entende-se aqui os vários ambientes em que 
vivemos. Nosso mundo familiar, de trabalho, etc. 
“Por fim, mundo designa o conceito existencial-ontológico da 
mundanidade. A própria mundanidade pode modificar-se e transformar-se, 
cada vez, no conjunto de estruturas de ‘mundos’ particulares, embora inclua 
em si o a priori da mundanidade em geral.” – “Não deveríamos, então, ater-nos 
primeiro aos entes em que, de imediato e na maioria das vezes, a pre-sença se 
detém, isto é, às coisas ‘dotadas de valor’? Não será elas que mostram 
‘propriamente’ o mundo em que vivemos? Talvez elas mostrem de fato o 
‘mundo’ de forma mais penetrante. Essas coisas, no entanto, são também 
entes ‘dentro’ do mundo.” – Compreensão do ser para quem existe um mundo. 
“’Mundanindade’ é um conceito ontológico e significa a estrutura de um 
momento constitutivo do ser-no-mundo.” – O ser que é-no-mundo só se revela 
a partir de sua morada (o mundo). 
“Rigorosamente, um instrumento nunca ‘é’. O instrumento só pode ser 
o que é num todo instrumental que sempre pertence a seu ser. Em sua 
essência, todo instrumento é ‘algo para...’ Os diversos modos de ‘ser para’ 
como serventia, contribuição, aplicabilidade, manuseio constituem uma 
totalidade instrumental. Na estrutura ‘ser para’, acha-se uma referência de algo 
para.” – “Essas ‘coisas’ nunca se mostram primeiro por si para então encherem 
um quarto com um conjunto de coisas reais.” – “A própria produção já é sempre 
o emprego de algo em algo.” – O que se quer dizer aqui é que nenhum objeto 
existe sem ter uma funcionalidade para o homem. A essência do ente objeto 
está em ser útil para algo. 
“Esse não estar à mão perturba e faz aparecer a impertinência do que, 
de inicio e antes de tudo, deve-se ocupar. Com essa impertinência, anuncia-se, 
de maneira nova, o ser simplesmente dado do manual como o ser daquilo que 
se apresenta exigindo ainda a sua finalização. 
Os modos de surpresa, importunidade e impertinência possuem a 
função de mostrar o caráter de algo simplesmente dado do manual. Com isso, 
porém, não se considera ou encara meramente o manual com algo 
simplesmente dado. O ser simplesmente dado que aqui se anuncia ainda está 
ligado à manualidade do instrumento. Ele ainda não está entranhado como 
simples coisa. O instrumento torna-se instrumento no sentido de um ‘troço’ do 
qual gostaríamos de nos desembaraçar; nessa tendência de desembaraço, 
contudo, o manual se mostra como o que é sempre manual no seu ser 
simplesmente dado incontornável.” – Tarefas, objetos, pessoas que se tornam 
chatas para nós. Algo que, se possível, seria dispensável. 
“O mundo é, portanto, algo ‘em que’ (worin) a pre-sença enquanto ente 
já sempre esteve, para o qual (worauf) a pre-sença pode apenas retornar em 
qualquer advento de algum modo explicito.” – O mundo sempre existiu e 
sempre teve pessoas nele, existindo assim um vai e vem de entes. 
“Os sinais são, no entanto, antes de tudo, instrumentos cujo caráter 
instrumental especifico consiste em mostrar. Dentre esses sinais temos as 
placas e pedras nos caminhos, as boias de navegação, bandeiras, sinais, 
fumo, etc. A ação de mostrar pode ser determinada como uma ‘espécie’ de 
referencia. Num sentido extremamente formal, toda referencia é uma relação. 
Relação, porém, não é gênero para ‘espécies’ de referencias que se 
diferenciam em sinais, símbolo, expressão e significado. Relação é uma 
determinação formal que, através da ‘formalização’, pode-se ler diretamente 
em cada espécie de conexão entre qualquer conteúdo e modo de ser.” – O 
sinal nos mostra algo importante a ficar atento, do qual nós relacionamos esse 
sinal a algo que nos deve ser lembrado. 
“A significância é o que constitui a estrutura do mundo em que a pre-
sença já é sempre como é. Em sua familiaridade com a significância, a pre-
sença é a condição ôntica de possibilidade para se poder descobrir os entes 
que num mundo vêm ao encontro no modo de ser da conjuntura (manualidade) 
e que se podem anunciar em seu em-si.” – É o entender a funcionalidade, o 
objetivo de cada ente que encontramos no mundo. 
“As substancias são acessíveis em seus ‘atributos’ e cada substancia 
possui uma propriedade principal a partir da qual a essência da 
substancialidade de uma determinada substancia pode ser recolhida. Qual é 
esta propriedade no tocante à res corporea?” – “A saber, a extensão em 
comprimentos, altura e largura, constitui o serpropriamente dito da substancia 
corpórea que nós chamamos ‘mundo’.” – As características de cada ente é o 
que diferencia uma coisa da outra. 
“A pre-sença, no entanto, está e é ‘no’ mundo, no sentido de lidar 
familiarmente na ocupação com os entes de vêm ao encontro dentro do 
mundo. Por isso, se, de algum modo, a espacialidade lhe convém, isso só é 
possível com base nesse ser-em, A espacialidade do ser-em apresenta, porém, 
os caracteres de dis-tanciamento e direcionamento.” 
“Distanciar diz fazer desaparecer o distante, isto é, a distancia de 
alguma coisa, diz proximidade. Em sua essência, a pre-sença é essa 
possibilidade de di-tanciar. Como o ente que é, sempre faz com que os entes 
venham à proximidade. O dis-tanciamento descobre a distancia. Assim como o 
intervalo, a distancia é uma determinação categorial dos entes destituídos do 
modo de ser da pre-sença. Distanciamento, ao contrario, deve ser mantido 
como existencial. Somente na medida em que se descobre para a pre-sença 
da distância dos entes é que no próprio ente intramundano tornam-se 
acessíveis ‘distanciamento’ e intervalos com referencia a outros entes.” – O 
único ser possível de se distanciar, aproximar e direcionar é o homem, os 
demais entes estarão sempre no mesmo local . 
“O espaço nem está no sujeito nem o mundo está no espaço. Ao 
contrario, o espaço está no mundo na medida em que o ser-no-mundo 
constitutivo da pre-sença já descobriu sempre um espaço. O espaço não se 
encontra no sujeito nem o sujeito considera o mundo ‘como se’ estivesse num 
espaço. É o ‘sujeito’, entendido ontologicamente, a pre-sença, que é espacial 
em sentido originário. Porque a pre-sença é nesse sentido espacial, o espaço 
se apresenta como a priori. Este termo não indica a pertinência previa a um 
sujeito que de saída seria destituído de mundo e projetaria de si um espaço. A 
prioridade significa aqui precedência do encontro com o espaço (como região) 
em cada encontro do manual no mundo circundante.” 
“O espaço só pode ser concebido recorrendo-se ao mundo. Não se tem 
acesso ao espaço, de modo exclusivo ou primordial, através da 
desmundanização do mundo circundante. A espacialidade só pode ser 
descoberta a partir do mundo e isso de tal maneira que o próprio espaço se 
mostra também um constitutivo do mundo, de acordo com a espacialidade 
essencial da pre-sença, no que respeita à sua constituição fundamental de ser-
no-mundo” – O espaço está no mundo. O ser só tem noção do espaço, porque 
tem a noção de aproximação e distanciamento. 
10- Conclusão – O principal objeto de estudo é o homem – considera-se a 
função do homem, o entendimento dele para com as coisas, o seu passado, 
para assim entender seu futuro e como forma-se a sua personalidade e sua 
visão e entendimento do mundo como mundo. 
Em um geral o livro fala sobre o homem e como vivemos- como as 
coisas vão ocorrendo e quais são as explicações para ela – o senso comum, 
como ele surgiu, a utilidade dos objetos – só tem serventia pois é usado com 
um objetivo – como o martelo para martelar. 
Em geral, coisas que nós, seres humanos fazemos de maneira 
inconsciente, sem procurar uma explicação, mas que no final, tudo tem um 
sentido, fazendo assim, a vida parecer um circulo perfeito.

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