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RELATÓRIO PRÁTICA DE EXTENSÃO 2344

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FACULDADE DO MARANHÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
RELATÓRIO DE PRÁTICA EXTENCIONISTA
São Luís – MA
2021
EOLANDO DOS SANTOS
RELATÓRIO DE PRÁTICA EXTENCIONISTA
Relatório técnico de pesquisa apresentado a Disciplina de Extensão Universitária- Projeto Sociocultural, para obtenção da nota do segundo bimestre.
Prof.ª Regina Célia Miranda de Freitas.
São Luís, MA
2021
DADOS DA IDENTIFICAÇÃO
PROFESSORA: Regina Célia Miranda de Freitas.
DATA DE EXECUÇÃO: 23/05/2020
TÍTULO DO PROJETO: BUMBA MEU MARÁ: Bumba Meu Boi de Manifestação Folclórica
PÚBLICO-ALVO: Comunidade local
EQUIPE TÉCNICA DO PROJETO: Patrocínio e Pesquisa
1.	Luciene Mendes (3º - ADM)
2.	João Lucas Montes da Silva (3º - ADM)
3.	Johne Alves (3º - ADM)
4.	Alex da Hora (3º - ADM)
5.	Misael Silva (3º - ADM)
6.	Nicole Cardoso (2 - ADM)
7.	Messias Serra (3º - ADM)
8.	Guilherme Alexandre (3º - CC)
9.	Maurisvan Pereira (1º - CC)
10.	 Cassandra Castro (1º - ADM)
11.	 Carlos Henrique (2º - ADM)
12.	 Santielle Mourão (1º - CC)
13. Eolando dos santos ( 4 período CC)
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO...........................................................................................
	05
	2
	REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................
	06
	2.1
	Questões históricas do bumba boi do Maranhão ...............................
	07
	2.2
	Tipos e manifestações específicas do bumba-meu-boi Maranhense
	08
	2.3
	Dos aspectos sociais, econômicos e culturais do folclore bumba- meu-boi.....................................................................................................
	
11
	3
	A PESQUISA EMPÍRICA: cenário da prática extensionista.................
	12
	3.1
	Especificações do local...........................................................................
	13
	3.2
	Metodologias de ação .............................................................................
	15
	3.2.1
	Sujeitos de investigaçã0 ........................................................................
	15
	3.2.2
3.2.3
3.3
4
	Das atividades executadas e instrumentos de coleta de dados ........
Análise dos dados coletados..................................................................
MAPEAMENTOS DAS AÇÕES E SUGESTÕES DE MELHORIAS.........
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................
REFERENCIAS..........................................................................................
	19
20
20
21
22
1 INTRODUÇÃO
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, o Bumba Meu Boi reúne cultura, música, teatro, artesanato, bordado e fé. A dança realizada durante os meses de junho e julho no Maranhão é inspirada na lenda do Pai Francisco e Mãe Catirina. 
 A lenda é uma das mais conhecidas e celebradas manifestações culturais do Brasil, principalmente no Nordeste. E não é para menos: a tradição existe desde o século XVIII. Por isso, até quem não gosta muito da folia junina conhece ou já ouviu falar do drama de Catirina e Pai Francisco. A história conta que Catirina, grávida, teve o desejo de comer língua do boi. Mas não de qualquer boi. A escrava queria comer a língua do animal mais querido do patrão. Francisco, mesmo sabendo o enorme risco que corre, atende ao pedido da esposa e mata o boi. Porém, o patrão descobre e manda seus vaqueiros atrás dele. Pai Francisco é capturado e ameaçado. O patrão, em desespero pela morte do animal, convoca médicos para salvá-lo, mas nenhum consegue reverter a situação. Toda a fazenda é mobilizada. Finalmente, chegam os pajés e feiticeiros da floresta e conseguem ressuscitar o boi. O patrão fica tão feliz que resolve poupar a vida de Nego Chico. Homem e boi estão salvos, então, uma grande festa é realizada com todos da fazenda. 
A apresentação desta manifestação se diferencia por constituir num complexo cultural que compreende uma variedade de estilos, multiplicidade de grupos e principalmente, porque estabelece uma relação intrínseca entre a fé, a festa e a arte, fundamentada na devoção aos santos juninos e também a São Marçal. 
Nas crenças existem diversas divindades de cultos de matriz africana e na cosmogonia e lendas da região, há a presença de símbolos de culto afro-brasileiros e apresentações da cultura europeia. Originalmente foi muito perseguido pela elite, que não permitia que a então chamada brincadeira chegasse ao centro da cidade. No entanto, mesmo tendo sido marginalizado e até proibido, a festa cultural do Bumba-Meu-Boi se manteve viva de geração a geração. Atualmente, existem quase cem grupos de bumba-meu-boi no Estado do Maranhão, subdivididos em diversos sotaques. Cada sotaque tem características próprias que se manifestam nas roupas, na escolha dos instrumentos, no tipo de cadência da música e nas coreografias. 
Dentre estes, temos o Sotaque de Matraca como sendo o mais popular e com maior número de grupos no Estado, tendo surgido em São Luís e que tem influência indígena. O instrumento que dá nome ao sotaque é composto por dois pequenos pedaços de madeira, o que motiva os fãs de cada boi a engrossarem a massa sonora de cada "Batalhão". Além das matracas, são usados pandeirões e tambores-onça (uma espécie de cuíca com som mais grave). Na frente do grupo, fica o cordão de rajados, caboclos de fitas, índias, vaqueiros e caboclos de pena. E um dos principais grupos de boi de matraca é o Boi de Maracanã, o qual será abordado neste projeto.
O presente relatório tem como escopo apresentar o processo de criação e desenvolvimento das atividades realizadas durante a elaboração e execução do Projeto Bumba meu Mará, que por sua vez fora implementado de maneira remota e in loco através de entrevistas com representantes que mantém viva a cultura e ritual anualmente no estado do Maranhão. O projeto tem por objetivo proporcionar conhecimento sobre os sotaques que abrange o Bumba meu boi no estado do Maranhão enaltecendo suas características exclusivas e como ela se manifesta no processo de identidade cultural dos maranhenses, além de melhorarmos como cidadãos e influir positivamente na cultura da sociedade e também na obtenção de nota do bimestre na matéria de Extensão Universitária – Projeto sociocultural.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Bumba meu boi tem maior representativa, nas festas em comemoração aos santos populares. O Bumba meu boi tem origem na Europa do século XVI, mais especificamente na Península Ibérica. Diz-se que havia um conto ibérico de enredo muito semelhante ao da história da lenda do Bumba meu boi difundido no Brasil. Quando chegou ao território brasileiro trazido pelos colonizadores portugueses, a história foi se modificando ao incluir alguns aspectos das culturas africana e indígena. Foi durante o período colonial, com a escravidão e a criação de gado, que a lenda associada a essa manifestação teve sua origem tal qual a conhecemos hoje. Ele é importante símbolo da cultura do Maranhão, estando intimamente ligado à identidade de seu povo, mas pode ser encontrado em diversas partes do país. 
O artesanato, os instrumentos musicais, o bordado do couro do Boi e da indumentária dos participantes representam a devoção a São João, São Pedro e São Marçal. Porém, embora esteja muito ligado à religiosidade católica, o Bumba-Meu-Boi também traz em suas coreografias muitos elementos de cultos afro-brasileiros. O Bumba meu boi é o resultado da união de elementos das culturas europeia, africana, europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. A dança misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças religiosas nascidas na luta da igreja contra o paganismo. 
O costume da dança do bumba meu boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses. O Bumba meu boi diferenciou-se das demais formas nacionais, adotando um conteúdo ritualístico próprio, diversificandoseus estilos e sotaques; criando novas formas de apresentação, de músicas, de adereços e pautando sua sobrevivência pelo gosto popular, sem, no entanto, desrespeitar a lenda. Marques (1999).
2.1 Questões históricas do bumba boi do Maranhão
O bumba meu boi é a mais presente e conhecida manifestação cultural do Maranhão. Um auto popular religioso, que mescla influências europeias, africanas e indígenas, que representam as principais etnias formadoras do povo brasileiro, num relato popular e dramatizado das relações sociais entre patrão e subalternos, com o intuito de celebrar a fé e devoção aos santos do catolicismo como São João, Santo Antônio, São Pedro e São Marçal (RIBEIRO, 2018).
O Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão foi inscrito no Livro de Registro de Celebrações, em 2011. Em 2019, a manifestação popular recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O Bumba meu boi do Maranhão reúne diversos bens culturais associados, divididos entre plano expressivo e o plano material, sendo o plano expressivo composto pelas performances dramáticas, musicais e coreográficas, e o plano material, composto pelos artesanatos, como os bordados do boi, confecção de instrumentos musicais artesanais, entre outros. Em todo seu universo, destaca-se também a riqueza das tramas e personagens (BRASIL, 2014).
Para Mendonça (2019), dentre os estados do norte e nordeste, é no Maranhão que a festa do Bumba meu boi tem maior representatividade, ocorrendo nos meses de junho e julho, sendo esse período determinado como uma maneira de homenagear o santo alto, que é o São João.
A história apresentada ao som de cânticos e coreografias tem origem na lenda de um boi que foi morto por um escravo, mas que ressuscitou após um ritual feito por um pajé tido como “curandeiro” pela cultura dos índios brasileiros. Como relata Mendonça (2019): 
A lenda da dança conta a história de um casal de escravos, Francisco e sua esposa Catirina, que por estar grávida, deseja comer a língua de um boi. Empenhado em satisfazer os desejos de sua esposa, Francisco então escolhe o boi mais charmoso do pasto para matar, porém o que ele não imaginava é que o animal seria também o preferido do seu senhor (fazendeiro). Ao descobrir o que havia acontecido com o boi, o fazendeiro então manda prender Francisco e pede que outros escravos encontrem o animal. O boi é achado morto, mas com a ajuda do pajé de uma tribo indígena ele é ressuscitado.
2.2 Tipos e manifestações específicas do bumba-meu-boi Maranhense.
O Ciclo festivo e de apresentações é dividido em quatro etapas: os ensaios, o batismo do boi, as apresentações e a morte. O bumba meu boi é composto por vários estilos de brincar, que são os chamados “sotaques”, o que não causa distinção nesta manifestação cultural. Ao todo, esses sotaques são divididos em cinco: baixada, matraca, zabumba, costa-de-mão e orquestra. Entretanto, estes não são os únicos, pois existem muitas variações assim como os bois alternativos (BRASIL, 2014).
De acordo com Ribeiro (2017), o sotaque de zabumba surgiu na cidade de Guimarães e se destaca pela forte presença dos instrumentos de percussão, entre eles a zabumba e o tamborinho. O ritmo é mais acelerado, causando movimentos corporais dos brincantes. Quanto aos personagens, destacam-se os rajados, vaqueiros, e tapuias (as índias).
No geral, o sotaque de zabumba reúne um público pequeno que apenas assiste à apresentação. Do ponto de vista da tradição é considerado como o mais antigo, sem, entretanto, ser enfatizado como gênese dos outros sotaques. Os brincantes dançam formando um semicírculo na maior parte da apresentação, denominada meia lua. O ritmo é um dos mais acelerados, muito parecido com o samba (RIBEIRO, 2018).
 
O sotaque da baixada, ou Pindaré é originário de duas cidades: São João Batista e Viana. Os instrumentos usados também são as matracas e os pandeirões, assim como o sotaque de matraca, porem tem tamanho menor. Caracteriza-se pelo chapéu dos caboclos de fitas que apresentam uma aba virada para cima, bordada e adornada com penas de emas. O primeiro grupo foi o de Apolônio – o Boi de Pindaré. Porém o amo mais famoso desse sotaque foi Bartolomeu dos Santos, conhecido como Coxinho, que ficou famoso por suas toadas. A mais famosa é intitulada “Urrou o boi”, de 1972, um dos primeiros registros fonográficos de bumba meu boi, se tornando o hino oficial do folclore maranhense (RIBEIRO, 2018).
 
Para Ribeiro (2017), o sotaque de Costa-de-mão é uma variante do sotaque de zabumba, e tem como principal característica a forma como são tocados os pandeiros, com o dorso da mão. Este sotaque tem origem na cidade de Cururupu e possui cadência lenta, construída também com tambores-onça e maracás. Quanto aos personagens, destacam-se os vaqueiros campeadores e de cordão, tapuias e tocadores.
 
De acordo com Ribeiro (2018), o sotaque de matraca é definido da seguinte forma:
O sotaque de matraca ou da Ilha é de origem da Ilha de São Luís. Os instrumentos utilizados são os pandeirões e as matracas. Esses são tocados na posição em cima do ombro dos tocadores. O caboclo de penas é um brincante exclusivo desse sotaque, usa um cocar com penas na horizontal e veste saiote, gola e adereços nos braços e pernas, de penas de ema tingidas em cores variadas. As índias possuem sua indumentária feita com essas penas; têm ainda os caboclos de fitas. Destaque para o chapéu desses brincantes, usado com a aba virada na frente. Os grupos não têm uma definição certa de pessoas que tocam as matracas e pandeirões. Os apreciadores desse sotaque comumente levam suas próprias matracas. Os primeiros grupos criados foram o da Madre Deus, Maioba, Sítio do Apicum. Mas os maiores batalhões são os Bois de Maracanã e da Maioba;
A tradição é forte, o que torna o sotaque de matraca um dos mais conhecidos e aclamados na capital maranhense, chegando a arrastar multidões. O boi da ilha reúne ao longo do ciclo do boi centenas de brincantes, fiéis e turistas que se encantam com o andamento dos batalhões pesados e encanto dos caboclos de pena, índias e rajados. O sotaque de matraca é tão importante em São Luís, que todos os anos na festa de São Marçal os bois da Ilha são responsáveis pela aglomeração de milhares de brincantes no bairro do João Paulo (RIBEIRO, 2017).
 
Por ultimo, destacamos o sotaque de orquestra. Junção que dá espaço às tradicionais zabumbas e adicionam instrumentos de sopro e corda, o boi de Orquestra é caracterizado também pela presença dos tambores-onça e taróis. A história conta que por volta das décadas de 1920 e 1930, uma orquestra de bordel de Rosário, após realizar apresentação, saiu tocando pelas ruas e encontrou um boi de Zabumba. A parceria teria então formado a nova e mais diferente forma de tocar Bumba-Meu-Boi. O sotaque de orquestra é originário da região do Rio Munim, e seus grupos apresentam-se também no calendário junino da capital do estado (RIBEIRO, 2017).
 
2.3 Dos aspectos sociais, econômicos e culturais do folclore bumba- meu-boi
Concluímos assim que o Bumba-meu-boi recupera uma história comum das relações sociais e econômicas do Maranhão durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e escravidão, mesclando a cultura europeia, africana e indígena. A mesma diferenciou-se das demais formas nacionais por adotar um conteúdo ritualístico próprio, diversificando seus estilos e sotaques, criando novas formas de apresentação, de músicas, de adereços e pautando sua sobrevivência pelo gosto popular, sem, no entanto, desrespeitar a lenda. 
Logo, foi possível perceber que não existe nenhum relato histórico capaz de afirmar onde a narrativa teve início, porém sua importância é tamanha que o bumba meu boi, em 2012, foi registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (MENDONÇA, 2019).
O balanço do Ministério do Turismo aponta que o aumento do fluxo de turistas e moradores locais em Junho e Julho movimenta o comércioe gera empregos antes, durante e depois dos festejos de São João. Em São Luis, o Bumba meu Boi, patrimônio imaterial brasileiro, recebeu cerca de 50 mil pessoas, entre residentes e turistas, que participaram das apresentações nos diversos palcos e nas ruas da capital maranhense, com mais de 500 grupos folclóricos.
O resultado foi uma movimentação econômica de R$25,8 milhões em uma cidade na qual o "boi" fortalece uma cadeia produtiva do turismo, gerando empregos para costureiras, bordadeiras, brincantes (pessoal que se apresenta nos grupos) e no comércio, diz o Ministério do Turismo.
"Além de ser uma das manifestações mais tradicionais da cultura brasileira, as festas juninas estão se transformando também em grandes negócios para municípios" diz nota do ministério.
3. A PESQUISA EMPÍRICA: cenário da prática extensionista
Dada à importância do bumba meu boi para a cultura ludovicense e maranhense foi necessário entender e investigar a fundo suas manifestações e seus brincantes, pois, cada grupo de bumba meu boi apresenta diferenças e peculiaridades entre si, fazendo que o boi de Maracanã possua características tão próprias que o diferencia dos demais grupos. Portanto, foi necessário especificar e entrevistar, de maneira direta, os indivíduos que se envolvem nessa manifestação cultural e através dessa pesquisa empírica compreender profundamente os aspectos do bumba meu boi.
Sendo predominante nas festividades de São João na capital do Maranhão, o bumba meu boi se tornou, para além de uma manifestação cultural, uma das principais atrações turísticas da cidade, atraindo pessoas curiosas e diversos turistas, promovendo o setor econômico envolvido nas festividades de São João, enaltecendo a cultura maranhense para além do Estado, servindo ao imaginário popular ludovicense como uma das suas principais manifestações culturais apoiando uma série de produtores locais, como os produtores culturais, a agricultura familiar e todo o setor comercial de São Luís.
Para isso, foram realizadas três entrevistas, obtendo o relato de vida dos envolvidos com o bumba meu boi, sendo esses: a senhora Izabel, brincante de bumba boi; o senhor Arão Silva, compositor; e a dona Noca, empresária do ramo alimentar. Todos esses são, de alguma forma, envolvidos pela manifestação do bumba meu boi e seus benefícios, já que, na época junina, todos os entrevistados passam a ter mais atividades no seu universo cotidiano nas suas comunidades.
A seguir detalharam-se todos os procedimentos de realização da entrevista e do conteúdo que conseguiu com os entrevistados, bem como suas impressões e as marcas que estes atribuem ao período junino e ao bumba-meu-boi.
3.1 Especificações do local
No que tange o local da pesquisa, primeiramente foi pensado pelos alunos desenvolvedores do Projeto realizar entrevista e coleta de dados sobre tal manifestação cultural em dois ambientes distintos, pois na nossa visão seria fundamental e de suma importância ter uma opinião sobre duas perspectivas uma científica e uma informal.
Nesse sentido, após votação ficou entendido que iríamos tentar contato com a Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão, e com a comunidade do Maracanã onde se encontra um grupo de grande relevância cultural sobre a temática a ser desenvolvida.
Infelizmente por conta do atual cenário que assola o mundo não foi possível seguir com o planejamento, toda via existia um plano b, o qual foi possível ser executado com excelência.
Na primeira entrevista desenvolvida pelos alunos, foi realizado um bate papo construtivo com o corpo docente da Casa do Maranhão, que um museu localizado no centro histórico da capital São Luís, e que tem por finalidade ser o portal de entrada da cultura Maranhense para o mundo.
Nesse primeiro contanto foi possível ser ter noção de dados estatísticos, da importância dessa manifestação, do número de grupos que compõe essa cultura, da origem e da importância como identidade cultural de um povo.
No segundo momento foram realizadas mais duas entrevistas no bairro do Anjo da Guarda, e outra no centro histórico da capital.
A entrevista do bairro do Anjo da Guarda vem de encontro ao segundo objetivo do Projeto, que é de olhar a visão na perspectiva dos brincantes. Foram realizadas duas entrevistas com dois moradores dessa comunidade.
A primeira entrevistada foi a senhora Maria Izabel, que é brincante do bumba meu boi, que compõe essa comunidade, de Sotaque de Orquestra. A dona Izabel nos relatou a falta que a essa manifestação cultural faz em sua vida, o quão triste ela olha a realidade do atual cenário, e também o papel de socialização desenvolvido pela brincadeira em ter um papel de resgatar adolescente em situação de vulnerabilidade.
Já na segunda entrevista também realizada na mesma comunidade, o brincante, compositor, e dono de bloco carnavalesco, o senhor Arão Silva nos trouxe a olhar voltado pela falta de incentivo do poder público para essa manifestação, onde em sua opinião os grupos tem apoio diferenciado de acordo com os seus parâmetros políticos. O mesmo também ressaltou a junção do profano e do sagrado que está explícito na tradição cultural.
No terceiro momento, foi realizado um conversar com a tia Noca, como carinhosamente e conhecida uma a proprietária de um dos mais tradicionais restaurantes do centro histórico. A tia Noca trouxe a importância dessa manifestação no que diz respeito a economia e a geração de emprego e renda, nas falas dessas micro empresária, foi possível detectar que o bumba meu boi vai muito além do quer ser a identidade de um povo, ele é uma importante ferramenta para desenvolvimento social da comunidade do Estado, pois seguro ela só foi possível manter seu negócio e o emprego de seus funcionários devido a geração de renda proporcionada pelo último São João presencialmente realizado na capital, que já faz dois anos desse acontecimento.
3.2 Metodologias de ação
 Para este projeto de extensão as metodologias usadas foram a criação de um instagram para levar informações do projeto para às pessoas. Além de entrevista virtual com a Casa do Maranhão e entrevistas presenciais com brincantes.
3.2.1 Sujeitos de investigação
Inicialmente foi realizado uma atividade onde formos beneficiados através de videoconferência do Google Meet a realizar uma entrevista com o diretor da Casa do Maranhão e seus intermediadores. 
A Casa do Maranhão é um museu folclórico situado na cidade de São Luís – MA. Inaugurada no ano de 2002, o espaço foi concebido como vitrine da cultura do maranhense. Localizada no centro histórico da cidade, abriga exposições sobre lendas, azulejos, embarcações, danças, gastronomia e festas religiosas. Atualmente o diretor é Iguatemy da Silva Carvalho (Licenciado em Filosofia e Mestrado pelo programa de Pós-Graduação em Cartografia Social da Irmã). O museu apresenta um acervo vestimentas e painéis, cotando a história das principais manifestações culturais do Maranhão, como o Bumba Meu Boi, reisado, as caixeiras da Festa do Divino Espírito Santo, Tambor de Crioula, Tambor de Mina e o Reggae.
Durante a entrevista conduzido pelos acadêmicos Jhone Alves, Gabriela Martins e Messias Serra por videoconferência do Google Meet, tivemos a oportunidade de conhecer os intermediadores da Casa do Maranhão, Cristhian Arnold (Estudante de Hotelaria – UFMA); Arnold Belo (Estudante de História – UFMA); Railson França (Estudante de Letras – UFMA). Onde os intermediadores responderam 10 perguntas acerca do Bumba meu Boi.
ENTREVISTA (ROTEIRO DE PERGUNTAS) COM O COORDENADOR E BRINCANTES DA CASA DO MARANHÃO ACERCA DO BUMBA MEU BOI 
1) Quantos grupos de Bumba meu boi existe no Estado do Maranhão? E qual tem maior representatividade?
R: Atualmente, existem mais de 100 grupos de Bumba meu boi no Estado do Maranhão, sendo que estão divididos dentro dos 5 sotaques, que são: O sotaque da baixada, Sotaque de orquestra, Sotaque Costa-de-mão, Sotaque de matraca (ou da Ilha) e Sotaque de Zabumba. O sotaque de matraca é o que tem maior representatividade no nosso estado.
2) Qual o peso da cultura do Bumba meuboi para a identidade do povo Maranhense?
R: Considerado como a maior expressão da cultura popular do Maranhão, o nosso bumba meu boi é patrimônio Cultural e imaterial da humanidade, sua importância é tão grande que fica difícil de mensurar. Porém no que tange a identidade do povo Maranhense através dessa manifestação cultural, podemos observar a devoção do povo maranhense aos santos juninos, a beleza do seu artesanato, a culinária, o jeito como as canções do bumba meu boi retrata as belezas históricas e naturais do Estado, e a alegria e comprometimento do ludovicense em manter viva essa cultura. 
3) Quais as principais personagens do bumba meu boi do Maranhão e qual o significado delas?
R: A personagem protagonista no bumba meu boi maranhense é um boi, representado por uma armação de madeira coberta de pano, que imita o animal verdadeiro. Debaixo dele, fica um dançarino, o miolo, que precisa ser muito hábil para cumprir os movimentos entendidos como corretos, pelos amos e público apreciador. Porém, associadas à apresentação, existem personagens representativas da história que envolve o bumba meu boi. As principais são: Pai Francisco, o ladrão do boi; Catirina, a esposa grávida; o amo, fazendeiro, dono do boi; os vaqueiros e o pajé, o curandeiro que ressuscitará o animal; os índios e índias ou tapuios, chamados para rastrear o boi. Em alguns sotaques, principalmente, no da baixada ou sotaque de Pindaré, há a figura do cazumbá (ou cazumba). Essa personagem usa máscara ou careta, uma bata de veludo bordada e bem larga, por baixo, tem um pedaço de madeira ou um cesto de palha para deixar os quadris bem alargados. Sua principal função é distrair o público. Já no cordão, como é denominada a roda formada pelos brincantes, as personagens acima não integram o cordão, com exceção dos índios. 
4) Faça uma breve abordagem acerca da religiosidade e identidade do bumba meu boi do Maranhão.
R: No Maranhão, São João é o Santo que rege o bumba meu boi. É uma tradição que se fundamenta na crença de fazer a festa dançar, tocar e cantar. É a maneira mais satisfatória de agradar ao santo, como forma de retribuir uma graça alcançada. São João é um Santo da religiosidade católica, que segundo as crenças populares auxilia o homem a enfrentar os desafios mais difíceis da vida, o dia da sua celebração é 24 de junho. Nesse mês, no Maranhão, ainda são comemorados mais dois santos católicos: Santo Antônio no dia 13, e São Pedro no dia 29. Há ainda São Marçal, um santo de devoção popular dos ludovicenses, comemorado no dia 30 de junho, decretado feriado na capital maranhense. Na noite que acontece o dia de São João, os grupos realizam o batizado do boi, marcando o início das apresentações do ano, o que significa na simbolização desse contexto, uma espécie de ciclo vital do boi.
5) Quais as diferentes linguagens artísticas que se pode notar na manifestação cultural do Bumba meu boi?
R: Teatro de rua, música e dança.
6) Como o bumba meu boi chegou ao Brasil?
R: Segundo estudos, a manifestação teve origem na cultura dos países da Europa, especialmente da tradição luso-ibérica do século XVI. Foi trazida para o Brasil através dos colonizadores portugueses, misturando-se aqui a cultura indígena e dos países da África.
7) O que representa para Cultura do povo Maranhense saber que o Bumba meu boi foi considerado Patrimônio Cultural e Imaterial da cultura brasileira pelo IPHAN?
R: Receber esse título em 2012 foi gratificante e, nos traz a certeza de termos uma cultura rica e grandiosa em nosso Estado, pois o título de patrimônio Cultural e Imaterial é fundamental para a preservação da memória, identidade e expressão da cultura popular. Ficamos ainda mais felizes pois esse título não representar somente o povo Maranhense ou outros estados do Nordeste brasileiro, ele passa a dizer que o bumba meu boi é uma riqueza brasileira.
8) A secretaria da cultura tem projetos em andamentos para esse período em que estamos vivenciando? 
R: Auxílios estão sendo oferecidos para ajudar a Casa do Maranhão. Um deles é a implantação da Lei Aldir Blanc, cuja iniciativa busca apoiar profissionais da área que sofreram com impactos das medidas de distanciamento social por causa da corona vírus. Um projeto de lei está sendo discutido para os arraiais acontecerem remotamente. Dar visibilidade cultural para os povos indígenas, trazendo agentes culturais da comunidade local para expor o museu com suas ideias e planejamentos.
9) Qual a importância de manter viva a cultura do Bumba meu boi para a sociedade futura, e quais obstáculos temos hoje para realizar esta prática?
R: O Bumba meu Boi é importante para a cultura brasileira porque especificamente é uma manifestação que resistiu. É uma festividade religiosa acima de tudo; além de ser a festividade mais longa do Brasil, que dura em torno de oito meses no mínimo. A interferência externa é um dos obstáculos da cultura ser bem representada no país. O desafio é mostrar que essa cultura vai além da festividade, da folia. Os turistas precisam entender que o Bumba meu boi tem acima de tudo uma representatividade religiosa, sagrada. Os maranhenses carecem de aceitação, em relação a esse assunto.
10) Em relação a parte econômica da organização, quais são os possíveis meios de arrecadação de recursos financeiros, visto que os contratos de apresentações de shows estão suspensos devido a pandemia?
R: A organização está tentando fazer parcerias com os próprios visitantes, colaboradores em meio a pandemia; estreitando laços para conseguir uma troca social. O objetivo é mostrar que o museu não é resumido só em quatro paredes, mas é a representatividade da identidade própria de cada maranhense. Doações também estão sendo recebidas, como materiais de utilidade para a Casa. Contatos foram feitos com as secretarias de cultura, trazendo recursos para o Museu, dando um fôlego maior para os brincantes.
3.2.2 Das atividades executadas e instrumentos de coleta de dados
Pesquisas de caráter informativo, análise de informações, estudos dos documentários a cerca da valorização do Bumba-Boi e entrevista com entidades e diretores que mantém essa cultura em evidência.
Com a criação do Instagram possibilitou um entendimento ainda mais rico, tanto para os acadêmicos quanto aos visitantes desta plataforma, criando uma corrente de informação e apoio a cultura local. Os encontros de forma remota produzidos pelos próprios acadêmicos, com a utilização da plataforma google meet; deu lhe entendimento e norte das medidas adotadas para obter as informações das quais precisavam, seguindo as medidas de segurança devido ao atual cenário da Covid-19, fez se uso de todo método de pesquisa tecnológica para obtenção de resultados precisos e atuais.
Ao contar essa historia os narradores de ontem e de hoje não falam apenas da morte e da ressureição de um boi simbólico. De alguma forma, o boi-artefato precisa sumir e, por vezes, reaparecer em algum momento das performances. Ao se agregar em torno desse boi que a todos vincula, o grupo de brincantes deseja perdurar e sobreviver no tempo. A narração de origem, não é, portanto, aquela da brincadeira tal como efetivamente surgiu e aconteceu no passado, Essa narração, em vez disso é a ativação no presente de operações simbólicas que define a moldura ritual da brincadeira, ou seja, o boi que morre e ressuscita.
Toda manifestação do impulso de produzir mais beleza e aumentar assim o prazer de qualquer fase da vida que é como tal reconhecido por um povo deve ser aceita pelo investigador da cultura como esteticamente válido recebendo, por conseguinte a designação de arte.
3.2.3 Análise dos dados coletados
 Os estudos aqui apresentados têm uma vista metodológica, que possibilitou a todos os acadêmicos envolvidos uma perspectiva do que é os eventos culturais como o Bumba Meu Boi. Com um olhar textualmente orientador essa narrativa parte do folguedo levando em consideração as três bases de perspectivas (a ocasional, a representacional e a identificacional). Através das entrevistas realizadas e da interação nas publicaçõesfeitas na pagina do Instragram, foi possível identificar que o bumba-meu-boi é como um sentimento compartilhado pelos diversos brincantes apaixonados, que passam isso de geração pra geração, mantendo a tradição viva.
3.3 MAPEAMENTOS DAS AÇÕES E SUGESTÕES DE MELHORIAS
Foi realizada entrevista através de aplicativo de vídeo conferencia onde foi possível adquirir muitas informações até então desconhecidas, e que agregaram muito ao nosso conhecimento. Além disso, foram feitas algumas publicações na pagina do Instagram do projeto, para divulgação das ações realizadas por toda a equipe durante a execução do projeto. Foram realizadas entrevistas com alguns brincantes do bumba meu boi onde foi observado que a tradição se mantem pela força de vontade de muitas pessoas que são verdadeiramente apaixonadas por essa tradição. 
Para que a tradição se mantenha, sugerimos que as autoridades estaduais e municipais tomem medidas para valorização desse patrimônio histórico, pois foi visto através das entrevistas que as manifestações ocorrem por pura força de vontade dos brincantes que tiram do seu próprio bolso os recursos financeiros para manter a festa. Além disso, é necessário que a população em geral valorize o bumba meu boi, para que ele cada vez mais ganhe destaque no cenário nacional e internacional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao termino deste projeto sócio cultural, foi possível verificar que a partir dos vários sotaques presente no bumba-meu-boi do Maranhão, são oferecidos sentidos diferentes para esta tradição, onde boi é apreciado pelo público, que participa em cada um desses sotaques de forma específica, em todas as fases do ciclo da festa e na circulação pelos arraiais. A cultura do bumba-meu-boi nunca terá fim, embora certa parte da população não simpatize com essa tradição histórica, ela sempre continuará dando brilhantismo ao são João e arrastando multidões ao embalo do batuque das matracas, pandeirões, zabumbas, tamborins ou até mesmo o som dos instrumentos de sopro que refinam ainda mais o bumba meu boi do Maranhão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. . Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão. 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/80. Acesso em: 25 abr. 2021.
MENDONÇA, Camila. BUMBA MEU BOI. 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/bumba-meu-boi. Acesso em: 26 abr. 2021.
RIBEIRO, Juliana. Você conhece os sotaques do Bumba-Meu-Boi? 2017. Disponível em: https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/voce-conhece-os-sotaques-do-bumba-meu-boi/. Acesso em: 25 abr. 2021.
RIBEIRO, Silen. No ritmo do bumba meu boi. 2018. Disponível em: https://www.fapema.br/no-ritmo-do-bumba-meu-boi/. Acesso em: 24 abr. 2021.

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