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Gabriel Assunção - Anotações aulas - NOZOE - P2

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PERDI UMA AULA DO DIA 8/10
AULA 2 – PÓS PROVA
Itens 2.7/2.8
O tópico 2.8 trataremos com bastante tempo. Serão várias aulas. A indicação de leitura é NOVAIS As dimensões da Independência. Existem várias versões. Podemos ler o capítulo 2 do texto de Novais como possibilidade. 
As próximas leituras
BUESCU –um libelo contra o colonialismo p230-238
PANTALEÃO – a presença inglesa no Brasil p64-99
FURTADO – Caps 16 a 18
COSTA, E V – Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil p64-125
(mais ou menos próximas 4 aulas)
Ascenção do café, consolidação do café, supressão do tráfico, abolição gradual e abolição da escravatura são alguns fatos que ocorrem no período analisado. São muitos processos que ocorrem simultaneamente.
Sobre as considerações de Godinho no texto das Frotas, tratado na aula passada: Godinho afirma que Methuen apenas consagrou uma situação que já ocorria. Não “matou” o desenvolvimento manufatureiro em Portugal. Foi apenas um expediente para contornar as dificuldades decorrentes da crise do Ciclo do Açúcar, do Tabaco e do Sal, a qual vinha sendo superada desde 1690. O desenvolvimento do comércio do vinho do porto com a Inglaterra ocorreu antes de 1703, graças às tarifas proporcionalmente mais baixas que a dos vinhos franceses. O contrabando introduzia grande quantidade de panos ingleses.
Sobre o ouro brasileiro, marca o início de um novo ciclo comercial, e vazou para o exterior sobre a forma de déficits.
Furtado já analisa diferente: segundo ele, o tratado destruiu o industrialização em curso. Ponto em comum: ouro provocou mudanças mínimas em Portugal e vazou para o exterior. 
Hoje então, trataremos o texto do Novais. O cerne é o tratamento da crise do sistema colonial. Veremos os elementos principais da crise como a crise do sistema, implicações do escravismo sobre a economia, colônias do povoamento, como Portugal “entendia a crise”. Segundo Novais, a crise estava fadada a acontecer. O tratamento teórico nos mostrará as linhas do que ocorrerá. Para entender o fenômeno ocorrido, é necessário entender o processo histórico como um todo, inclusive as colônias de povoamento. 
Novais parte de aproximações para definir colonização, aproximado da Geografia, com o objetivo de definir todos os processos de colonização. O conceito atingido é o “conceito profundo” que é ser o instrumento da acumulação primitiva. “Profunda” pois é concepção histórica, de longo prazo, que explica para que serviu o sistema: transição do feudalismo para o capitalismo. As colônias, então, desempenharam papéis específicos. No plano econômico, eram o ponto de apoio para fomento da colonização, externo. No plano político, é elemento de fortalecimento de poder central, fornecendo recursos para sua consolidação. No plano social, aprofundamento da diferenciação social, ascendendo economicamente a burguesia mercantil, grande beneficiária de todo o processo. O sistema colonial é a principal alavanca na gestação do capitalismo moderno. Promove acumulação de capital – concentra capital nas mãos de algumas pessoas que entendem que aquele capital armazenado como valor, que se valoriza - e ampliação do mercado de manufaturados – concentrando capital de um lado e criando mercado consumidor de outro. Esses 2 elementos são fundamentais para a consolidação industrial no século 18. É um capitalismo que utiliza não mais artesãos, mas agora máquinas, organizadas sob a forma de indústrias, com acumulação de capital de larga escala.
O mecanismo que faz com que o sistema colonial consiga acumular recursos na metrópole: exclusivo comercial – monopólio que permite a obtenção de lucro extraordinário, comprar barato e vender caro, duplo; tráfico de escravos – exercido sobre comerciantes metropolitanos e oferece com exclusividade para a colônia, só comprando pois está baseada no escravismo africano. A desmontagem completa só ocorre em 1888, com a supressão do escravismo. O escravismo africano só em 1888. O tráfico, fim em 1850. São dois os aspectos reforçados ao analisar a crise: primeiro a crise é de funcionamento. Ao contrário do que a palavra crise possa indicar, ela não ocorre porque o sistema estava funcionando mal. O sistema funciona bem. Ele realmente promove acumulação primitiva. Ele cria as condições para que a revolução industrial aconteça. E aí sim, o sistema entra em contradição com sua própria estrutura. É uma crise de funcionamento, endógena. Capitalismo é uma criação do sistema colonial. É uma crise de superação. O sistema cresce, se reorganiza. Superação é um negar conservando. Conserva elementos do “velho”(capitalismo comercial) – como mercados; mas a grande acumulação ocorrerá agora na fase de produção industrial. O ritmo agora dependerá no âmbito produtivo, como Mao de obra, tecnologia, coisas que no capitalismo comercial não era tão importante. 
Vamos entender a crise de funcionamento. A colonização promove acumulação primitiva, que está no bojo do capitalismo industrial. Essa etapa é uma etapa pós revolução industrial, onde os ganhos de produtividade depende de avanços tecnológicos. A colonização baseia-se no escravismo, gerando sociedade escravista. A utilização do trabalho escravo está ligada a uma finalidade do sistema que se assenta no tráfico e no exclusivo. Com a permanência do velho e a emergência do novo ocorrerá um impacto. Esse embate – que irá contra o exclusivo colonial, contra o tráfico negreiro e contra o escravismo africano – ocorrerá ao seu tempo. Isso por si só já é um entrave à consolidação do capitalismo, ainda em crescimento. 
O sistema colonial se assenta sobre a exploração de diferenças naturais, com uso do escravismo. Bases escravistas na produção e mercantis na distribuição. 
(acabou a bateria durante a aula)
Aula 4
A aula de hoje é sobre o texto do BUESCO. O texto é um texto pequeno., que trata da importância da primeira metade do século 19, da difusão do pensamento liberal e a crítica do colonialismo e da permanência do pensamento mercantilista, CITANDO A DIFERENÇA ENTRE Coutino e Rodrigues de Brito. 
O pensamento liberal será o princípio desde a vinda das cortes até a década de 1930. Pelo menos no que se refere a discurso. 
Pela primeira vez aparecem preceitos de Adam Smith no texto do desembargador Rodrigues de Brito, que era muito amigo do liberal Cairu – responsável pela mesa de inspeção, órgão mercantilista. Aparente contradição. 
Coutinho foi sem dúvida alguma o principal conselheiro do D. Joao VI para negociar com os ingleses os tratados de 1820. Essa influência deu-se através de uma rede de relações .com pessoas formadas em Coimbra. A ideologia liberal será muito propagado dentro do governo português no Brasil. A economia política tornou um instrumento de poder do estado. 
Começando do começo. 
Mesa de inspeção – instituído por Pombal em 1751 em 4 capitanias brasileiras, com as funções de promover a exportação e consequentemente aprofundar o sentido da colônia. E, além disso, garantir as receitas do erário público. Havia um controle forte da qualidade e preço da produção colonial, como açúcar, tabaco e algodão e combate ao contrabando. É meio que uma repartição fiscal. Logo, começou a receber oposição de grandes traficantes de escraavos e de senhores de engenho. Além disso, algumas pessoas são eleitas pelos interessados, chamados de deputados. Durante toda sua existência, são freqüentes reclamações de portugueses da oposição solicitando serem ouvidos. Uma das coisas que eles reclamavam é que a valoração do tabaco é ruim, de mandioca, que afetariam em geral seus lucros. Estar na colônia era ter dificuldades maiores do que estarem na metrópole. Essas queixas são reiteradas e em 1807 D. Joao avalia a questão de ter ou não essa mesa de inspeção. 5 questões são analisadas e respondidas por senhores de engenho.
Em resposta às reclamações, Rodrigues de Brito informe que Segundo Adam Smith deve-se conceder maior liberdade de comércio possível, criar obras de infra estrutura e prover instrução às pessoas. Liberdade, facilidade de instrução. Esse último ponto, ressalta a economia política.Segundo as considerações dele – desembergador – sobre a legislação que obriga o cultivo de Mao de obra é prejudicial ao comercio e à lavoura, não beneficia os escravistas e é contrária à divisão do trabalho.
Sobre as exigências para a instalação de engenho seriam exagerados, fazendo perpetuar o monopólio nas mãos de antigos senhores, mantendo a dependência dos lavradores e são contrários às leis de concorrência.
Quanto ás proibições aos comerciantes (comissários volantes) são obsetáculos ao progresso do livre comercio, facilitam relação entre produto e consumidor e é tributado em demasia.
Quanto ao estado, este deve prover facilidades e instrução ara os lavradores e a população em geral, e não em regular. Ele se manifesta ao contrário da mesa da inspeção, por ser contrário à interferência no comerci estae na africultura. Porém, como ela já existe, pode-se atribu
Novamente, a bateria acabou.
Aula 5
A Inglaterra já tinha demonstrado interesse no Brasil. Houve o dilema de D. João. Se ele não fizesse parte do bloqueio continental (1806), certamente D. Joao perderia o trono... Ele já tinha conhecimento sobre o bombardeio na Dinamarca por parte da Inglaterra. Portugal tentava se colocar numa situação entre Inglaterra e França. Em outubro de 1807, há a escolha do Brasil. Mas havia ainda uma grande dúvida na corte sobre quem viria. “As cortes” são várias. A colônia brasileira era o melhor para a colônia portuguesa. O Brasil era importante na balança comercial brasileira. O peso do Brasil na pauta de exportações era o dobro da metrópole. Do montante exportado, 4/5 era exportado pelo Brasil. Portugal também não era mais tão essencial para o Brasil. O comércio com o Brasil era extremamente lucrativo. Se compararmos o preço no Brasil com o preço em Portugal podemos enxergar essa diferença. 
Bonaparte decreta extinção de Portugal. No plano de Bonaparte, Portugal seria dividido em 3 partes. Essa notícia não tinha chegado no país. A “fuga” das cortes foi um processo atabalhoado. Portugal colocou quase toda a marinha de guerra para cobrir a corte portuguesa. D. Joao chega em Salvador, e declara a abertura dos portos, que rompe com o exclusivo metropolitano. Porém, é um fenômeno pouco estudado, talvez porque seria um fato inevitável como diz Novaes. Já os tratados de 1810 são bastante estudados. Eles são uma sequência de uma série de medidas tomadas ao longo do tempo. Do ponto de vista do nosso curso, esses tratados possuem muita importância. Inglaterra é a maior potência econômica, e a grande moeda do comércio internacional é a libra. Inglaterra será a grande potência do período. No fundo, é a presença inglesa se consolidando. São dois tratados e uma convenção: Aliança e amizade, comércio de navegação, e mais uma convenção.
A abertura dos portos, em 1808, ocorreu em Salvador. Porém, ele logo dirigiu-se ao Rio de Janeiro, iniciando as negociações pelo tratado. Eles são confirmados logo. Houve meio que uma falta de opção por parte de Portugal. Por parte da Inglaterra, demorou 4 meses para ser retificado, de forma meticulosa. A cada 15 anos, os tratados deveriam ser revistos e reafirmados. Aqui a gente já pensa em um problema, coisa que futuramente evitará o reconhecimento do Brasil. Ele só será renovado em 1828. A Olga Pantaleão diz que foi o preço pago por Portgual à Inglaterra pelo auxílio que dela recebera NE Europa. O território está todo invadido pela França. A Inglaterra tinha interesse no Brasil, que explorava o contrabando aqui no Brasil, e na medida do possível, ela fixava um certo domínio na metrópole e aí sim, diretamente nas colônias. Inglaterra queria novos mercados possivelmente ampliados para a América espanhola. Aparecem no tratado de 1810 figuras como juiz conservador, que remonta a velhos tratados. Quando um inglês cometia crimes aqui, ele podia ser julgado conforme leis inglesas. Outro ponto muito debatido nos tratados são as figuras que aparecem como negociadores. Do lado inglês, a figura do Lord Strangford aparece com forte influencia na opinião de comerciantes ingleses (caráter econômico), e tinha orientações minuciosa de Canning (Pesquisar). Do lado português, aparece Rodrigo de Souza Coutinho, Conde de Linhares, cuja facção inglesa pertencia, despreparado para defender os interesses portugueses, e ignorante da situação do Brasil com descaso com Conteúdo e precisão do contrato. Para se ter uma idéia, havia graves erros de tradução do tratado.
Benefícios aos ingleses
O tratado era extremamente desequilibrado em favor dos ingleses. A pauta de exportações brasileiras não era muito completa. As pautas de valores portanto seriam agora participadas pela Inglaterra, pondo em risco a soberania do país. Além disso, a possibilidade dos direitos de importação com letras a vencer em prazo de até 9 meses. Ou seja, os próprios comerciantes começavam a emitir moeda. Nos portos ingleses, Portugal não tinha esse direito. Comércio inglês não podia ter monopólio.
Nem o interesse real (por parte dos estancos) foram bem feitas por parte dos portgueses. 
Fica notório a ingerência dos ingleses no comércio brasileiro.
Em 1812, falece Coutinho, e sucede Antônio de Araújo, representante da facção portuguesa. Ele revoga tratados de 1654, que garantia que navios portugueses não transportariam mercadorias francesas. 
Alguns pontos de conflito que diminuíram a velocidade das negociações são: comércio com a Ásia, e restrição aos comerciantes portugueses não mais exclusivos. Os ingleses também poderiam acessar. Mas a principal questão era a religiosa. O núncio Papal autorizava a religião protestante, sob certas circuntstâncias, como aparência tradicional, não podia tentar ganhar novos adeptos e nem pregar em público para ganhar adeptos.
Olga diz que o resultado era muito favorável à Inglaterra, embora previa reciprocidade. Se á uma coisa que o tratado não tem é reciprocidade. Mesmo que tivesse sido aplicado, poucas teriam sido as chances de Portugal usufruir. Afinal, que produto portgual exportava para a Inglaterra? Pontos recíprocos eram igualdade no pagamento dos tributos por exemplo.
O tratado tinha algumas cláusulas unilaterais, como o de juiz conservador, restrições de monopólio, liberdade religiosa, tarifa de 15% com pauta elaborada com participação inglesa.
Jorge II tinha que aceitar café, acçúcar e outros artigos eram produtos apenas para exportação. 
Sobre o tratado de paz e amizade, ele tratava alguns pontos: a marinha inglesa poderia extrair madeira no nosso litoral, exceto pau-brasil. Isso pois a Inglaterra não tinha madeira internamente para abastecer as naus. O Brasil não teria inquisição. O tráfico ficaria restrito em colônias portuguesas. Muitas dessas cláusulas não ficaram sobrevividas.
O tratado de comércio englobava 34 artigos, e é o mais improtante da história econômica. A liberdade do comércio já faz parte do discurso e até já é aceita pela coroa. A cláusua de nação mais favorecida significa que ninguém pode ter mais benefícios que a Inglaterra. Pode ter igual, mas não melhor. Isso tornou a Inglaterra mais privilegiada que a própria corte portuguesa. Haveria direito de entrada sobre mercadorias num valor de 15% advalorem. O valor da mercadoria seria definido em pauta. Inglaterra era privilegiada não só no Brasil. Não seria também concedido qualquer privilegio a qualquer outra nação. 
Quanto às reações ao tratado, algumas críticas surgem. A controvérsia foi tão grande em Portugal que D. Joao justificou-se do Clero. Ele justificou que precisava de recursos para continuar a ter o explendor do trono, mostrando uma crítica ao mercantilismo e alusão a idéias de Adam Smith.
Antes da fuga, todos os países em geral pagavam 24% de tarifa. Portugal pagava 16%. O textp da Olga pantaleão é de trás para frente. As principais influências que ela aponta são:
Influencia material – controle do comércio de importação e exportação, no Brasil. Até o porto, é interno. Depois é inglês. O gosto (jeito de morar e jeito de vestir) será totalmente britânico. Por que D. João é tão diferente de D. Pedro. A residências tambémpuxam para o britânico. Outra coisa, são os hábitos à mesa. Medicamentos, meios de transporte como carruagens e intrumentos de trabalho são de muita influencia. Inclusive intelectual, principalmente sobre livros técnicos e científicos. O sistema aparentemente parlamentar e a conduta dos políticos são copiadas dos britânicos.
Quais as conseqüências então?
Com o bloqueio continuental, a indústria tinha muita dificuldade. Porém, com a abertura dos portos voltou a trazer bons ares para a Inglaterra. Isso meio que recuperou as indústrias inglesas. Elas chegam a preços baixos, pagando impostos baixos e impede o desenvolvimento da indústria brasileira. Essa é a mesma tese da tese do Simonsen.
Aula 6
O texto analisado hoje serão analisados os capítulos 17 e 18. Para as próximas aulas, CAIO PRADO JUNIOR Historia econômica do Brasil, capítulos 15, 18 e 19.
O professor faz um comentário sobre a questão que estamos com textos truncados. Leia Furtado num bloco só, do capitulo 17 a 20. 
O texto trata do (não) desenvolvimento econômico do Brasil, o “protecionismo” dos EUA, os fatores responsáveis pela industrialização dos EUA, e as causas do desenvolvimento do Brasil. Os tópicos que tratam do declínio da renda per capita e a superação da crise são tratados no caítulos 19 e 20.
Nesses capítulos, Furtado “dialoga” com Simonsen. E usam freqüentes comparações com EUA. Segundo Simonsen, os EUA se desenvolveram a partir do protecionismo tarifário. 
O Brasil vira reino de Portugal antes da independência. Isso trouxe vantagens políticas e crises econômicas, segundo Furtado. Houve queda de renda per capita com a queda da produção de ouro. O governo então teve problemas financeiros, sem “caixa” para reverter a situação de crise, principalmente com a abertura dos portos e os tratados de 1810, com profunda não-autonomia econômica. Em 1827, houve ainda a renovação dos tratados prolongando a situação de restrições da economia. O governo não interfirá na economia. 
É portanto um período de dificuldades. Analisando o que Simonsen associa: política liberal foi implementada com a vinda das cortes, que assinaram os tratados, abriram os portos. Isso aniquilava o surto manufatureiro que surgia no país. Aniquilava ou não? Havia um processo em curso? Isso é duvidável. O importante aqui é que pelo menos inibiu o surto manufatureiro. Quando ele compara com os EUA, ele afirma que pelo fato de terem adotado polpitica libera, o Brasil não tem surto manufatureiro do século 19. Os EuA por terem adotado tarifas protecionistas, conheceu um desenvolvimento industrial. A aula de hoje é derrubar essas afirmações.
O cerne da questão é a flecha que linka “liberal” leva a destruir surto manufatureiro. Não há relação entre essas duas questões. Além disso não há relação entre protecionismo e desenvolvimento industrial. O que está sendo negado é a relação de causalidade. Dado que que reconhecemos isso, qual é o fato que causa a destruição do surto manufatureiro. Além disso, o que causa, nos EUA, o desenvolvimento industrial. 
Furtado vai quebrar exatamente essa causalidade. Ele afirma que é um erro supor que foi em virtude dos privilégios concedidos à Inglaterra teria causado na falta de desenvolvimento do Brasil. E ele nem leva em conta a questão morta de inferioridade racial e o determinismo regional. A primeira parte da desmontagem da idéia do Simonsen é no que se refere à proteção natural. “natural” significa que o protecionismo vem por causa do câmbio. Sem políticas adicionais. O Simonsen afirma que a alíquota é muito baixa, o preço externo é de baixo valor. Com isso, a industria nacional não se desenvolve. Furtado reconhece que a taxa é baixa, mas essa alíquota baixa acaba afetando na realidade a taxa de câmbio em Libra, e isso afetaria o preço. 
Quando analisamos os tratados de 1810, Furtado analisa que 15% de tarifa preferencial é o que a Inglaterra possui. Os outros países passaram a exigir também essa cláusula para que o Brasil fosse reconhecido quanto a sua independência. Chegou um momento em que muitos países já tinham 15% de tarifa até que em 1828, é homogeneizado a tarifa para todos de 15%. O imposto de importação era o principal provedor das receitas do governo imperial. Se colocamos uma líquota baixa, a receita vai caindo, caso o volume das exportações não esteja subindo. Proporcionalmente o valor arrecadado vai diminuindo. O governo não tem muitas outras alternativas de colher receita. Além nisso na guerra da cisplatina e a multa do Brasil por parte de Portugal oneram muito o país e a receita estava caindo. O único setor que poderia prover mais recursos era o setor exportador. Quem promoveu a independência do Brasil foram os grandes produtores e eles não querem por tarifas de exportação, porque isso encarecerá o produto a ser colocado no mercado internacional. Com essa queda de receita, a autonomia financeira passa a ser limitada. Só o despêndio com a guerra de Portugal, 50% da arrecadação era gasto. A possibilidade de obter crédito era muito limitada pois ainda não éramos reconhecidos internacionalmente. O próprio banco do Brasil irá dar crédito. O papel moeda aumentou muito em circulação, e é crescente até 1847. O Banco do Brasil quebrará pelo volume de moedas que está se emitindo. Pela equação quantitativa da moeda, precisa haver um equilibro entre quantidade de moeda e quantidade de mercadoria. Aqui, o mercado está em elevação de moeda, mas não de mercadoria, caindo todo o ajuste sob a forma de inflação. Como as alíquotas são baixas e o governo está gastando muito, há um déficit na balança comercial, que não consegue ter entrada de capital, tendo variação na taxa de câmbio! Quando analisamos 70d/1000 reis caiu para 49 d e depois para 20d. Isso causará o aumento do preço da mercadoria importada. 
Pm importadas = 1/CambioL x [Pm em libra + ( PM*0.15)]
Esse mesmo efeito, sem mexer no cambio, é como se tivéssemos subido para 50% de taxa. A tarifa baixa provocava um forte estímulo para as importações. 
O resultado disso tudo é que o raciocínio do Simonsen a dizer que a política for liberal é no mínimo incompleta. Essa alíquota causava efeito sob a taxa de cambio. E aí vem o protecionismo natural, e, portanto a política não é liberal como Simonsen disse.
Preço ext 1, cambio 1, PIB 1 = 1/1 = 1
Preço ext 1, cambio 2, Pib 1,33 = 2/1,33 = 1,5 ( que é os 50 % que Furtado afirma).
Se o problema não está na política liberal, então por que se industrializam os EUA no século 19 enquanto o Brasil evoluía no sentido de transformar-se no século 20 numa vasta região subdesenvolvida? Essa pergunta fica no ar, e vamos analisar o que é o protecionismo norte-americano. Furtado vai mostrar que a alteração das alíquotas não foram tão altas e ocorreu pressão por parte dos próprios industriais e – portanto – já existia uma indústria local.
Em média as tarifas dos EUA em 1797, era m de 8,5%. Em 1808, a tarifa de algodão vai para 17,5% que é muito próxima ao caso brasileiro. Lembre-se que no Brasil era em média 24%! A indústria se instalou com alíquotas baixas!!! O que então relacionamos com a industrialização americana no século 19? Segundo ele, as pecualiridades da colonização permitiram o estabelecimento de industrias não concorrentes com a metrópole. Não concorria com a metrópole e garantia uma certa autosuficiencia para a colônia. Diferente de Portugal, a colônia já atuou em algumas experiências técnicas anteriores. A indústria naval por exemplo. No caso brasileiro, o páis depende de importar esse conhecimento. Isso no século 19 está na máquina e não mais nas pessoas. O país para importar, precisa exportar, para ter recursos. Sem isso não há como industrializar. Esse é um dos benefícios da experiência técnica nos EUA.
As diferenças sociais na época da independência causam muitas diferenças. Nos EUA, são pequenos aricultores e muitos comerciantes. No Brasil, foram grandes agricultores escravistas. O entendimento de Adam Smith será portanto diferente, da doutrina liberal, cada um privilegiando o seu ponto de vista.
Influências:
Hamilton: Ação estataldireta de promoção da industria e construção de infra estrutura ( EUA tem recursos, diferente do Brasil. É a expressão dos comerciantes e agricultores.
Cairu: crê na mão invisível, é o mais pleno liberalismo. É a expressão da camada escravista.
Do ponto de vita interno, o governo EUA foi intervencionista. O Brasileiro não foi intervencionista. Esse mecanismo não foi beneficiário do protecionismo natural. Isso porque havia entrada de recursos provenientes de bônus dos governos central e estaduais na balancia de capital, não pressionando a taxa e cambio e portanto sem protecionismo natural.
Agora a chave para os EUA. As expotações norte-americanas de algodão entre 1770 e 1850, houve um crescimento brutal! Ele tem participação pesadíssima na pauta de exportações dos EUA. Em 1860, representava quase 60%. Em secessão ela cai. Esse crescimento excepcional se fez com a queda do preço internacional do algodão. Isso foi possível pois a incorporação de terras e a conseqüente produção paulatina foi feita aos poucos, sob a forma de plantation – monocultoras escravistas – com ganho de produtividade elevada. É por isso que se aumenta produção com preços decadentes. São praticamente monopolistas quanto à produção de algodão. Os EUA se assenhoram de todo o mercado. E é um mercado que alavanca o crescimento das potências. O grande problema do Brasil é que fomos o maior exportação de cana e café, sobremesa. Não é matéria-prima de nada. O nosso algodão tinha qualidade muito ruim. Há aqui produção escrava. O fim do tráfico acabou em 1800, mas com sistema de produção com alta reprodução, fonte interna de escravos. Eles importaram muito menos escravos que o Brasil. 
No fundo, aquela flecha que indica industriaçização norte americana achamos o fato: exportação de algodão, matéria prima. Se nos EUA o que xplicou a boa performance foram as exportações no caso brasileiro stambém serão as exportações, mas aqui com má performance x boa performance do caso dos EUA. A base técnica fraca tornava o Brasil mais dependente das importações. Então o aumento das exportações era condição fundamental para poder importar. Segundo ele, era insuficiente para as necessidades do Brasil, dada a dependência técnica.
Faltei uma aula
Aula 5/11
Introdução
A aula de hoje analisa o texto da Formação econômica do Brasil, de Furtado, capítulos 19 e 20.
Da segunda metade do século 18 até a primeira metade do século 19, teremos um período de crise. A renda per capita caiu. Nesse contexto que ocorre o aparecimento da produção cafeeira em escala comercial. É um período que se caracteriza pela queda internacional do café e aumento das exportações brasileiras. Não há estímulo por parte do preço, mas mesmo assim do ponto de vista econômico, não faria tanto sentido a produção desse gênero.
A cafeicultura não é agroindústria. O beneficiamento é fora da unidade produtiva. A mão-de-obra utilizada é intensiva, feito em larga escala. Terra e mão-de-obra são os únicos fatores que podem afetar o crescimento continuado do produto. Em 1831, será nosso principal produto da pauta de exportação. Muito mais talvez à queda da receita de exportação, pois “cai” menos que os outros produtos. Agora, realmente será a grande salvação da lavoura na década de 40, e até 1960 será o principal produto da pauta de exportação do Brasil. 
Até 1875, temos o período de gestação da economia cafeeira, pois não sofre em nenhum lado da oferta a limitação da produção, segundo Furtado. Por outro lado ele considera também que o processo de abolição da escravatura foi gradual. Com vários episódios. Nesse período de gestação, os 3 episódios de abolição, as leis que acabam com fontes internas e externas, mesmo assim não houve restrição de mão-de-obra no Brasil.
Próximas leituras
Caps 21 e 23 de Furtado
Silva, S. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil – p 49 até 76
Carvalho, A Construção da ordem: a elite política imperial, capitualos 2, p.291 a 328
Prado Jr, C –História econômica do Brasil, caps 15 e 18
BeiguelMan – Pequenos estudos – cap 1 p3-8
Furtado – Formação econômica – Caps 22 e 24
Lembrando um detalhe da última aula, lembramos que o Brasil não inha uma base técnica, e o para aumentar as exportações era necessário aumentar a importação de tecnologia. Em média o índice de preços da exportações caíram 40%, e a quantidade, subiu 100%. Sem o café, a exportação total do Brasil evidencia que o crecimento foi devido a ele. O restante dos produtos e outros locais estão em crise. Se pensarmos na situação dos EUA, vemos que os EUA exportavam menos em 1700. Em 1800, graças ao algodão, cresceu 14 vezes, sendo que o Brasil, que antes tinha mais exportação, em 1800 passa a crescer muito pouco. Quando diminui o tamanho do setor exportador, cresce o gênero de setor de substência no Brasil. Conclusão é que pode-se admitir que houve uma tendência declinante no início do século. Admite-se que não houve piores rendas per capita.
1750-1850  período de atraso, segundo Furtado. Seríamos maiores que EUA.
O Brasil entra no século XIX como exportador de produtos primários. A condição de superação era reintegrar-se ao mercado internacional mediante um produto cujo comércio estivesse e expandindo. Se analisarmos Algodão e açúcar, vemos que o algodão só sobrevive nos períodos de guerra dos EUA, como o de Secessão. No final de 1870, o café sobe e diminui a importância relativa desses componentes que antes eram os principais produtos.
Por que o açúcar não era uma boa solução? Não havia perspectivas de aumento de preços. O produto deixou de ser um produto tropical, já que desde o período das guerras napoleônicas, foi descoberto que o açúcar poderia ser obtido através do açúcar de beterraba, que refletiu muito impacto sobre a cana. A segunda limitação ao preço do açúcar deve-se ao fato de os principais consumidores agora eram próximos a fornecedores concorrentes. Eua produziu a Luisiânia, França e Holanda, com produção antilhana, além de beterraba.
Em relação ao algodão, tem fortes concorrência da produção norte-americana, que era estreitamente ligada a interesses ingleses. Os EUA tem industriaização, o norte demandando algodão do Sul. Os EUA em fretes menores, além da qualidade do algodão brasileiro ser menor.
Se ainda olharmos os outros produtos, como couro – com concorrência do Prata; arroz – melhores métodos de cultivo nos EUA; Fumo - padece com pressão interna inglesa sobre o tráfico africana e se transforma em produto de consumo da Europa; cacau – visto apenas como esperança. Esses produtos, no consolidado, tinham muito pouco peso nas exportações. Em 1851, chega em só 10% da pauta brasileira.
Nessa estreiteza de opções, o Brasil tinha disponível apenas terra. Engajar-se nas linhs do comércio seria uma alternativa, mas com crescimento. Terra não é qualquer terra. Ocafé será um grande “achado”, nos moldes de aclimatação. Esse processo de adaptação de solo, altitude, no caso do Brasil, foi feita possivelmente espontaneamente. Café é uma planta muito exigente, com épocas determinadas, com ventos restritos. Comercialmente ele só deu certo em algumas partes. O Rio de Janeiro tem, no vale do Paraíba, o inicio da produção. Solução: usar terra.
O café tem uma lenta produção cafeeira no Brasil. Até fins do século 18, café não era um produto exportado, era mais ornamental do que outra coisa. A produção cafeeira só cresce depois de 1830, e visivelmente teve alento após a revolta no Haiti, que também era produtor de café. No fins do século 18, o preço aumenta pela desorganização da produção de Haiti e entrou em Vale do Paraíba paulista após ter difundido no Rio de Janeiro. Esse café claramente ainda é café escravista. O preço vigorou exepcionalmente alto até 1825. Isso deu um estímulo a expansão do cultivo pelo Vale do Paraíba.
Depois passa a cair sistematicamente até a década de 30, sobre ligeiramente, mas cai até 1851. Precisaria ser explicado o o porque que apesar da queda do preço cair (tendência) o volume de exportações no Brasil aumenta (tendência). A quantidade cresce 500% e o preço cai 40%. Como explicaressa aparente contradição? 
Furtado sugere a disponibilidade de recursos ociosos: mão de obra. Há abundância de Mao de obra próximo da estrada real. A escravaria ociosa por conta das Gerais, que estavam disponíveis ao longo da estrada de Minas gerais. O primeiro instante da cafeicultura será o uso dessa mão-de-obra.
O segundo fator é que essa região estava próxima ao porto (transporte em mulas). Isso permite o crescimento da atividade apesar da queda do preço. Isso não desencoraja a produção, pois é o meio de usar os recursos ociosos. Era necessário fonte de moeda, fonte de renda, como essas atividades. Mesmo com poucos recursos financeiros era possível se dedicar a algumas atividades. Havia baixo grau de especialização numa fazenda de café, em relação ao açúcar, pois o equipamento que usa é simples, geralmente de fabricação local. Havia menores cursos monetários também.
Utilização intensiva de Mao de obra escrava, Mao de obra ociosa acumulada pela mineração. O fim do período de “gestação” é quando o problema de mão de obra começa a desaparecer. Nesse momento, havia possibilidade aqui de financiar ou autofinanciar a solução para esse problema: problema de mão-de-obra. 1820: 11% do valor das exportações; 1870 – 52 % : dependência econômica e política.
O comportamento das exportações brasileiras não era determinado antes da década de 30. Depois disso, o café que determina o comportamento de longo prazo ou tendência da mesma. Graças a boa performance do café, o Brasil passou a ser superavitário. O aumento da exportação brasileira é surpreendente pois os produto sofria vários tipos de restrições (religiosas, morais e fiscais). Mesmo com a difusão, havia restrições, doenças eram associadas ao café, restrições fiscais sendo um estimulante, que concorre com outros, tendendo a tributá-lo. A quantidade cresceu muito mesmo com esse monte de restrições.Desenvolve-se pelas peoximidades com as cidades do RJ devido a desorganização da produção no Haiti, e a vinda da família real, que “ruraliza” muito. A cafeeicultura vai junto. 
Forma-se uma nova classe empresarial, da região, que serão vanguarda da expansão cafeeira. NO século 19, o Brasil acentua seu caráter de exportação de produtos primários. O Brasil tornou-se dependente praticamente tudo do café.
Aula 10/11
Carvalho, A Construção da ordem: a elite política imperial, capitualos 2, p.291 a 328
Prado Jr, C –História econômica do Brasil, caps 15 e 18
BeiguelMan – Pequenos estudos – cap 1 p3-8
Furtado – Formação econômica – Caps 22 e 24
Petrone, “Imigração assalariada “ HOLANDRA, SERGIO Buarque – História geral da civilização brasileira, p274-296.
Hoje iniciaremos um novo tópico: Brasil repúblicas. Faltam só 6 aulas para o fim do curso. Tópicos 6.1
Para as aulas de hoje:
Furtado: 21 e 23
Silva – Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil, capitulo 3, até p. 62
Silva nos mostra que a produção média de café em 1821 havia sendo produzida 300 mil sacas, até 7 mulhoes anos depois. O que teria propiciado esse crescimento tão rápido, em especial durante a metade so século 19? A primeira coisa que revelará são as mudanças nas relações de trabalho, com a introdução de trabalho assalariado. O segundo, é a questão da mecanização, em nem todas as fases. O beneficiamento será mecanizado. A introdução das estraas de ferro. Desenvolvimento de um sistema comercial pelas casas de exportação e rede bancária é último item.
O primeiro analisaremos com furtado.
A mecanização, segundo ponto e vamos começar por ele, começa em 1870. Década complicada em termos de oferta de mão de obra. Isso pois o tráfico já tinha sido extinto e não tinha mais abastecimento. Como conseqüência imediatas é que o preço do escravo subiu muito. A princípio, dobrou. Para piorar, a década de 1860 coincide com a guerra de secessão. Os EUA eram grandes fornecedores de algodão o que acarretará na produção pelo Brasil. Aparece uma outra atividade, então, que usará Mao de obra.
Como mecanização, SILVA aponta secadeiras mecânicas e classificadores a vapor. Uma das consquencias é que esses equipamentos tornavam-se mais onerosos. Como os recursos são grandes, segundo Sérgio Silva, a partir de então, aquele trabalhador livre, que acumula pecúlio, compra terras baratas, isso vai começar a desaparecer. Isso se tornará coisa para grandes capitais.
As fazendas realmente se tornarão grandes. Outra coisa também, o chamado “subsunção real”, conceito de Marx acho. A habilidade do beneficiamento não é do trabalhador. O que determina a produtividade é a máquina. O trabalhador só fará as operações simples. 
Em relação às estradas de ferro, Sérgio Ssilva põe um papel determinante. Ela teria viaibilzado a produção em áreas cada vez mais distantes e mais férteis. As estradas de ferro seriam cerca de 6 vezes mais barato que mulas. De 1859 até 1875 foram criadas várias ferrovias, fazendo com que a zona cafeeira paulista inteiramente coberta até fins da década de 1870. O café que leva a ferrovia ou a ferrovia que leva o café?
Já quanto ao desenvovimento de um sistema comercial formado pelas casas de exportação e rede bancária. A idéia é mostrar como esse capital cafeeiro se diversifica. Funda-se o banco Fo comércio e indústria do estado de SP (Cominde) por Antônio da Silva Prado. Foi prefeito de SP, presidente da Cia Paulista. Antônio é um exemplo.
Isso faz com que o capital cafeeiro seja um capital agrário, industrial, bancário e acima de tudo, comercial. Compra barato, vende caro. É um aspecto dominante. 
Em linhas gerais, é disso que se trata o texto do Silva. Em que direção contribuiu cada um dos fatores. O único que deixamos de fora é a questão da Mao de obra, já que ele trata só da assalariada. Ele já chegou lá e não percorre as dificuldades. 
Para isso, Furtado discute mão de obra em 4 capítulos, 21, 22, 23 e 24. 
O primeiro é a oferta porencial interna. Dado que não temos oferta externa, qual o potencial que temos aqui dentro? Analisará 2 segmentos: mão de obra escrava, predominante, e a mão de obra livre e pobre, que poderia alavancar o setor exportador. Que alternativas teria? A conclusão é que as 2 vertentes, a oferta era inelástica. A imigração européia seria uma solução. A sequência para esse fato, é o cap 23. Borracha. Ela vai enfrentar o mesmo mercado de Mao de obra, mas não adotou a solução européia. Estima ainda a quantidade de pessoas que migraram para a Amazônia, que era mais ou menos o que faltava na economia cafeeira. Porque nós resolvemos problemas de excedente dos outros países, e absorvemos o problema? A borracha entrando em decadência, traz mais excedentes.
Furtado faz uma estimativa, considerada correta, que em meados no século 19 a população escrava do Brasil seria mais ou menos de 2 milhôes. A oferta desse tipode Mao de obra era inelástica. Para isso, ele mostra Brasil x Eua. Nos 2, os escravos no início do século era de 1 milhão. Quanto as importações o Brasil importou 1 milhão de pessoas, e nos EUA , 320 mil. 
Na abolição, em 1888, contávamos com 1,5 milhão de escravos. Na guerra de secessão, os EUA tinham 4 milhôes de escravos. Importanto menos, como tinham mais? Essa diferença faz a conclusão de que a taca de crescimento ou natalidade de escravos era negativa. Nos EUA era positiva e bastante alta. Porque essas características? Nada a ver com o sistema escravista, pois ambos são. Nada a ver com fatores biológicos. Em seguida, discutirá o porque que nos EUA era positiva e alta.
A primeira razão seria que a maior parte da população escrava vivia em pequenas propriedades (old South) com melhores condições de alimentação e de trabalho. Empiricamente é verdade. As taxas vegetativas são positivas. A segunda característica é que os proprietários do velho sul teriam uma renda adicional fomentando a procriação. Haveria incentivos adicionais à procriação. Estima-se que por conta desses fatores, 720 mil escravos se deslocaram de uma região para outra. No caso do Brasil, precárias condições de vida nas zonas de origem açucareira e algodoeira e piora ainda mais quando há demandas das zonasaçucareiras e redução do tráfico. Isso faz com que o preço do escravo aumente. Como a única possibilidade é aumentar a produtividade física do escravo é introduzir tecnologia, e isso é impossível, será aumentada a mais valia absoluta, ou seja, o tempo de trabalho do escravo. Ele teria menos tempo então para repor as energias. A vida útil fica menor, taxa negativa, maior desgaste do escravo. 
Furtado verá que há população e crescimento econômicos nas economias européias, e virá a revolução tecnológica, desorganizando setores atrasados, e a disponibilidade de Mao de obra. A disponibilidade de Mao de obra é absorvida pelo setor em expansão e os salários ficam estáveis. Além disso, ainda considerando isso, uma parte dessa população que em geral é rural e de subsistência, vai pras cidades e acelera o processo de urbanização, com mais assistência médica e social. Essa desorganização aumenta o exército de reserva e passada uma geração reflete em uma Mao de obra futura e barata. No caso brasileiro, é um crescimento econômico sem revolução tecnológicos. Se eu quiser aumentar a produção, preciso de mais terra e mão de obra. Terra não era problema, e mão de obra talvez. Ela poderá inibir crescimento econômico. Setores de substencia e urbano, nenhuma das 2 resolve o problema. Quais os entraves para o setor de susbistência?
Em primeiro lugar há uma grande dispersão vinda da pecuária, com alto custo de recrutamento. Segundo, esse recrutamento depende dos proprietários de terra. Essa colaboração não acontece. Há concentração fundiária, roceiros, com clientela política e social. 
O setor urbano é formado por uma população sem ocupação permantente, e é inadaptada pelo setor. Isso faz com que se difunda para a opinião de que ela não servia para a grande lavoura. Por contas dessa postura, inibi-se política de apoio governamental. A elite cafeeira insiste na população escrava. Imagina-se importação de asiáticos em regime de semi-servidão (coolies).
Essa é a idéia do capítulo 21. Furtado não cita, mais outros autores é que o projeto racial é de branquemento da população do Brasil. Nordestino então não seria solução, nem chinês, nem tráfico interno. Sudeste sempre preferiu pessoas brancas e católicos. 
A segunda parte da leitura de furtado é sobre transumância (grande deslocamento populacional). O enômeno ocorreu em 1875-1910, que sai do Nordeste em direção à Amazônia. É uma população atingida pelo Flagelo, varias secas localizadas e gerais. Fenômenos como esse faziam com que a população se deslocasse e elas preferiam ir para a Amazônia a vir para o sudeste. A Amazônia era uma região em decadência desde a exploração dos jesuítas, até 1860, que começa a aumentar o preço da borracha no mercado internacional. Furtado observa que é a matéria prima com mais rápido aumento na procura no mercado mundial. 
O aumento excepcional foi possível veio via incorporação de Mao de obra com migração interna do nordeste. A imigração deve ter contribuído um pouco. Isso poderia ter sido vindo para o sudeste, que optou em não fazê-lo. Havia um enorme contigente de Mao de obra interna disponível para a lavoura cafeeira. Era recrutável por iniciativas dos governos provinciais e estaduais.
Aula 12/11
Leitura indicada para hoje é do texto do carvalho, cap 2,parte 2 e historia economia do Caio prado.
Caio Prado Junior , caps 18 e 19 – Historia econômica 
Furtado caps 25 a 29.
O tema da aula de hoje é o a problematização da abolição do tráfico internacional de escravos, que foi uma medida legislativa e não foi a primeira vez que se tentou aprovar isso. Em 1850, Euzébio de Queiroz, ministro da Justiça, propõe no comércio uma medida que extingue o tráfico e surpreendentemente “pegou”. Essa lei é apenas um pedaço do processo gradual de abolição do trabalho escravo, desde os tratados de 1810 até 1888, quando legalmente fica estabelecido o fim do trabalho escravo, que ficou ilegal. Esse processo faz parte ainda de um processo ainda maior que é o processo de formação do mercado de trabalho brasileiro. Abolição do trabalho escravo e imigração estrangeira formam esse processo geral. São separados para fins analíticos, mas se cruzam.
É gradualista e se acelera após 1850, que acaba com a oferta externa. Avança com o fim do ventre livre que acaba com a oferta interna, além da Lei aura que coroa o processo. Não são as únicas. A lei dos sexagenários teve impacto muito pequeno. São leis que vão derrubar a monarquia no Brasil: áurea e ventre livre.
A questão da supressão do tráfico é complicado. Era estratégico para a manutenção da estrutura escravista. Por que uma lei que vai contra uma coisa tão importante passou no congresso brasileiro? Esse fato aparentemente estranho é explicado por dois grupos:
Devido a fatores Internos: Paula Beiguelman
Não foi decisiva a pressão inglesa. Fatores internos foram mais importantes.
Devido a fatores Externos: Caio Prado Junior
Exclusivamente a pressão inglesa. 
A argumentação de Caio prado vai na seguinte direção: 
Quais podem ser os atores protagonistas da supressão? A elite econômica e política = elite escravista ou os próprios escravos (Haiti). Esses são os fatores internos. Portanto, ele elimina os dois motivos.
Os escravos eram 1/3 da população brasileira no início do século 19. Os escravos não participam da disputa pela emancipação política, ao contrário do Haiti, nunca foram bem vistos pelas elites média e a elite. Vão sempre tentar ficar apartados e serão excluídos da participação política. A causa do não envolvimento do escravo, é citado o tráfico, as trocas constantes, as pessoas recém chegadas, com língua ainda não aprimorada para organizar uma eventual resistência, muitas etnias - rivais ainda - e não agem como uma categoria e uma classe, é totalmente dividida. Os proprietários fazem mesclas etnias, o que até certo ponto, era segurança do proprietário. Segundo Caio Prado, a instituição escravismo se desmoraliza a partir e 1822. Existe toda uma pressão contra o escravismo. No ocidente, EUA, Cuba e Brasil continuam utilizando escravos e internacionalmente já era condenada. Prolifera na Europa a ideologia contra desde o predomínio do liberalismo, que deixou o escravismo insustentável. Mesmo pessoas como Bonifácio já tinham escritos progressistas. Na medida em que todos condenam, quando desaparecerá? Todo o discurso do século 19 se concentra no momento, na oportunidade de realizá-lo. O Estado escravista era altamente comprometido com o escravismo, e esse comprometimento era razão devido a falta de reprodução, condições de vida precárias, falta de condição para uma vida familiar estável. Baixa natalidade. Por conta disso, a possibilidade de suprir internamente ficou impossível. Qualquer golpe incide sobre a continuidade do escravismo. Portanto, a elite não quer terminar com a instituição e os escravos não têm condições de liderarem.
Na ausência de autor interno que viabilize, a pressão de fora deverá vir. A Inglaterra é o país, com a elite, com seus interesses. Nos discípulos, Inglaterra = capitalismo. Aqui é o país mesmo. Até meados do século 19 metade do tráfico estava na Inglaterra. Ela irá abandonar o tráfico e será um país constantemente defensor da supressão. Vamos entender que esse abandono será devido ao capitalismo, pelo Caio Prado. Após abolir o tráfico nas suas colônia em 1807, e em 1810 consegue empurrar uma cláusula no tratado de paz e amizade. Inglaterra agora vai pressionar outros reinos a fazerem o mesmo. Abriu-se espaço ao ILÍCITO. Na ssinatura do tratado de Viena, Inglaterra teve que pagar 300 mil libras como indenização. Aceita que o tráfico ficava proibido ao norte da linha do equador. Moçambique e Angola ficavam com Portugal como fontes, antes com mais escravos vindos da costa do marfim. 
Em 1826, o Brasil afirmou que até 1830 poderia ter táfico, depois disso não mais seria legal. Em 31, D. Pedro sai, entram os regentes que eram grandes proprietários de escravos, que não têm interesse nessa lei, que não terá o menor interesse em ser aplicada. Apenas as autoridades inglesas queriam fazê-la.A tensão diplomática cresce. Havia casos em que escravos eram jogados ao mar como forma de não ter a evidência do tráfico. A repressão tornava ineficiente. Pressão por reprimir por “indícios”. Em 1845, haverá uma lei unilateral como “tráfico é ilegal”. Por lei, é pirataria, auorizando apresamento de qualquer embarcação suspeia de tráfico, em qualquer local, inclusive no Brasil. Essa lei gerou reações, entendidas como abusos. Além disso, elas estavam reprimindo o tráfico interno, com navegação de cabotagem, já que era por indícios. A Inglaterra cria um sistema para coibir o tráfico, mas não conseguiu. Tem um efeito contrário, dobrando o número de escravos. O custo do tráfico aumentou. Nesse contexto de caio prado é que se dá a lei Euzébio de queirós, que declara que a importação de escravos é crime de exportação, equiparando a pirataria, passível de punição. 
A aprovação dela foi facilitada pelo fato de a maior parte do comérico estar nas mãos de traficantes portugueses, via de regra, eram os credores dos proprietários rurais (os detentores do poder). Deputados alegavam que votavam a favor como fomra de por fim às agressões, como demonstração da soberania brasileira.
Essa é a postura de caio prado, com os fatores externos privilegiados.
Quando analisamos Paula Beiguelman, com causas internas. Ela é categórica e faz referencia a todos os seguidores de caio prado. A destruição do escravismo não foi função direta do capitalimso, cuja relação com o esravismo era de indiferença. Essa idéia de que a Inglaterra precisa de novos mercados era um exagero. O capitalimo não tinha chegado tão longe. O que tinha mudado mesmo era a indústria têxtil, e não explicaria tamanho movimento que estava acontecendo. Com a decadência na Inglaterra, as novas camadas emergentes não dependiam do mercado. Mostra que a Inglaterra tinha relação de indiferença, e que a aprovação da lei convergiu interesses de escravistas do NO, NE e não há disputa político partidária. Claramente há votos a favor nas duas bandeiras ou partidos. O fim do tráfico era do país liberal inicialmene. Um partido avança, propõe algo mais progressiste, o outro vai e propõe algo mais, e assim por adiante. “Dança das cadeiras”. Ela identifica 3 grandes áreas: NO – região criatória, fornecedora de gado ao NE, baseada na açucareira em decadência, assim como a pecuária. O estoque foi feito em período áureo, com muitos escravos, agora tem mais escravos do que necessita. Segundo a analise feita por ela, a abolição do escravo é um meio de valorização do estoque que já tem dentro de suas fronteiras e um meio de saldar as dívidas. Por conta disso, o fim do tráfico pode ser vantajoso.
Centro-sul dividido. Vale do Paraíba com cafeicultura, abastecido de Mao de obra escrava. As áreas novas eram aquelas que sentiam de fato com falta de Mao de obra. Essa seria, segundo Paula, a única que sentia falta de Mao de obra. Todavia, ela não tem interesse na utilização de Mao de obra escrava e já está pensando em alternativas. Eles já estavam disposotos a usar outro tipo de Mao de obra. Com escravo, não consegueria se sustentar. 
A conjugação desses interesses faz com que a aprovação seja feita. A Inglaterra não teve nada a ver com isso, portanto.
Aula de 17/11
Hoje a aula de hoje tratará do texto de Furtado cap 24, além da Paulia Beinguelman.
Próximas leituras:
Furtado cap 22
Petrone Imigrassão Ass
Caio Prado cap 19
Furtado caps 25 a 29
Costa Monarquia à República: momentos decisivos. “Ap proclamação da república”, p 291-326
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Os esquemas de análise da supressão do trabalho escravo, mais tradicionais são estes. O primeiro que examina com base na inadequação do trabalho escravo a uma economia mais “progressiva”, ou seja, capitalismo. Essa é a primeira vertente historiográfica. Entre os autores, vários dicípulos de Caio Prado. Não há nenhuma referência bibliográfica. Outros argumentam em favor da escassez de mão de obra: mais uma vez, Paula Beinguelman. 
O entendimento dessa linha de estudo é importante para entender as demais coisas. Esse argumento na inadequação parte da idéia de que o trabalho escravo só é compatível com trabaho grosseiro, extremamente simples. São de baixíssima produtividade. Os autores, FHC, Ianni e Viotti da Costa são exemplos. Em uma tese de FHC, aparece a formulação mais completa dessa explicação. Ele não desce ao nível dos fatos. Então, recorremos a outros autores para chegar ao treze de maio. O precursos é Caio Prado, para quem o escravismo é um obstáculo fundamental à formação do capitalismo. Ele examina a decandência da economia gaúcha do charque. O trabalho escravo, segundo ele, sai sempre perdendo já que é inerente o fato de ser pouco produtivo. 
Intelectualmente, FHC é eclético. A tese é misturada, com marxista (vida econômica) e weberiano (mentalidade). O argumento weberiano: previsibilidade e calculabilidade são características do capitalismo, racionalidade econômica prevalece. É a racionalidade capitalista. Dentro do argumento de FHC, o escravismo impõe limites à recionalização da produção. Economia escrava é economia do disperdício. A economia não se ajusta com a quantidade de mão de obra. Ao invés de ser economia que maximiza produção, ela organiza e controla mão de obra (e não a produção). Ela procura manter escravos permanentemente ocupados para preservar a disciplina, mesmo em período de entre safras. Faz-se uso da violência e do castigo. O escravo não sabe o porque produzir mais, não tem nenhum estímulo para tal (por exemplo salário). Altos gastos de supervisão estão associados, teria que manter uma leva de feitores (fiscalização). Por conta desses elementos, é que o trabalho escravo não tem condições de concorrer com o trabalho livre. São adquiridos sempre no momento de subida do preço do produto de esportação, e ainda sempre em período de picos, causando problemas na entre-safra. Sobre o capital, incidem custo de oportunidade (juros) e risco de doenças e morte. No momento da queda de demanda do produto, há dificuldade de se ajustar o nível de produção. 
Em contrapartida, os gastos de manutenção permanecem fixos mesmo quando a Mao de obra permanece improdutiva. O proprietário tende manter a produção para manter o escravo ativo. Obstáculo ao cálculo e à racionalidade, tipicamente weberiano. 
Do argumento marxista, sempre que tiver inovações técnicas, mais ocioso o escravo fica. Portanto, o proprietário não investe em novas tecnologias. Ele só aproveita a mais valia absoluta e não a relativa. Os elementos são fontes fundamentais de produtividade. Melhorias técnicas, aprofundamento da divisão do trabalho, especialização profissional. Os escravos são mantidos com baixo índice de instrução, induzindo à revolta. 
FHC não trata da abolição, o momento é uma questão de oportunidade. Limita-se a colocar a incompatibilidade estrutural entre o escravismo e a economia progressista. Apesar dessas características, o escravismo pôde sobreviver enquanto existiram conjunturas econômicas que permitiram monopólio: altos lucros capazes de cobrir desperdício. O aparecimento da concorrência, principalmente do trabalho livre, levará irreversivelmente ao fracasso. Isso pois no capitalismo, o tempo de giro do capital é diferente. No escravismo, o único jeito de aumentar o trabalho é aumentar o capital fixo. Ao aumentá-lo, aumenta o tempo de dotação o capital fixo. Portanto, as tacas de lucro caem. 
O Otávio Ianni procura chegar e articular elementos teóricos e o evento da abolição. Ele é menos weberiano, embora com vestígios. Parte da idéia que existe na economia brasileira uma contradição entre o modo de produção capitalista, e a relação de produção que vai contra: escravismo. De um lado temos uma produção de mercadoria, embora produzida por um modelo de produção pré-capitalista. Isso pode existir enquanto a mercadoria não é a categoria fundamental do sistema. Mercadora tem valor de uso e valor de troca. O café tem várias características de valor de uso, que é a base para o valor de troca, que pode ser mensurado. A economia inventou um signocomo equivalente universal de todos os bens: moeda. Aqui, é que mercadoria, desde o começo, não é produzido pelo valor de uso, ele é valor de troca em 100%. Açúcar sempre foi também. Há comércio de pessoas, mas falta a mercadoria Mao de obra. Então pode coexistir, mas enquanto mercadoria não for a categoria fundamental do sistema. Resumindo, é que não há a forma “salário” aqui. Então, ficará insustentável. A grande questão do trabalo escravo é que a produção não pode ser ajustada a oferta de fatores e procura de mercadorias. Não se adapta às exigência do capitalismo. Tudo igual. O diferente: racionalidade econômica.
Ante aos processos de diferenciacção social e econômica, o trabbalho escravo terá condenação técnica e moral – urbana. Como aparece a condenação técnica? Aí surge a importância dos cafeicultores do oeste paulista. Está dentro de campinas, com gradual penetração da recionalisdade mercantil a partir da esfera da comercialização, segundo Ianni. Essa racionalidade chega no âmbito da produção pela esfera da comercialização. Esta apresenta um caráter de empresa – motnada para ter racionalidade, maior possível. Essa penetração ocorre para ter alto nível de relacionamento com o setor comercial, principalmente os comissários, que recebem no porto, e os exportadores, que exportam o café. A imposição e ferar licro, é a racionalização da esfera produtiva. Terão que fazer uso dos fatores produtivos, crádito/financiamento. Imposição de lucro. Para manter isso, precisa de eficiência alocativa e lançar mão do crédito. Para isso terá que se ajustar à oferta de fatores e Pa procura do mercao. Portanto, o trabalho livre é a evidencia mais lucrativa, que permite essa mobilidade. Quando a oferta cai, há demissões e ajustes. Chega o momento em que o fazendeiro se depara com uma situação: há fazendeiros que usam um tipo de trabalho e outros que usam outro tipo de trabalho. Ante aquelas diferenças, fica claro que o lucro possível obtido pelo trabalho livre, era maior que o lucro efetivo, obtido pelo trabalho escravo. O fazendeiro descobre que o escravo é investimento relativamente oneroso e anti-econômico (risco maior que outros fatores de produção).
Fica visível na área cafeeira que ele poderia estar ganhando mais do que ele poderia estar auferindo. Isso evidencia a incompatibilidade entre lucro máximo e trabalho escravo. Eles agora vão querer que o governo promova a imigração. Assim, eles propõem a abolição e a criação de um mercado livre de mão de obra. Custos seriam socializados. Percebem a existência de uma relação estreita entre produção e consumo. Passam então a defender o protecionaismo alfandegário e o fim do escravismo, cada um para de defender um. 
A questão da condenação moral era feita por rupos urbanoc como Joaquim Nabuco o Tavares Bastos. Não odentificados com a agricultura. A cultura urbana, incluencia de padrões europes, fundados na igualdade entre os homens, confiltos entre escravismo e liberdade, e campanhas abolicionistas. Ainda dentro dessa idéis, o desenvolvimento econômico leva a uma maior diferenciação social, que revelam as limitações do regime escravista. Está visível agora como os autores trabalham a relação entre capitalismo e escravismo.
Na segunda vertente, a abolição decorrente à escasses de Mao de obra. O texto só serve para fazer a ponte entre o que vismos e a visão dela que não está no texto (formação do complexo cafeeiro). Ela começa dizendo que o fim do escravismo na América é entendido pela maioria dos estudiosos como um processo de depuração o capitalismo. Num estágio mais avançado, quando não mais suportável se torna, é nesse estágio que não dá mais. Contudo o escravismo é essencialmente capitalista, é uma construção capitalista, lá na fase de acumulação primitiva. No moderno, o trabalho escravo integra um complexo determinado pela presença de trabalho assalariado. Por isso não procedem as idéias de depuração progressiva do sistema ou extensão do sistema. Na economia moderna, o grosso da produção não é uma produção escrava. 
Como explicar então sua destruição?
Para entender o tipo de relação, ela vai examinar o escravismo e a acumulação capitalista inglesa, antes e depois da revolução Industrial.
Antes da revoulução, EUA era visto como reserva de mercado para a produção metropolitana, nos moldes do mercantilismo. Outra parte de suas colônias, eram economias dependentes do tráfico, que fazia com que transferia excedentes para a metrópole, tendo como garantia o mercado metropolitano. 
Pós revolução, a indústria adquire condições para competir livremente: disponsa reserva de mercado para a produção metropolitana.Perde importância o excedente transferido para a metrópole graças ao escravismo. A produção antilhana perde importância para a comercialização mundial de açúcar. Em algumas economias tropicais o escravismo continua sendo recurso para fornecimento de trabalho barato. O Brasil, a Cuba e EUA, evidenciavam, segundo ela, que o sistema tanto podia incluir como dispensar a escravidão, como uma indiferença. Essa relação de indiferença, por que haveria uma postura inglesa contra o tráfico e escravidão? Isso se explica num contexto de superprodução e crise. Num primeiro momento, o que importa é a extinsão do tráfico e num segundo momento, a abolição. O primeiro, enquadra-se num contexto de competição entre áreas açucareiras. Com a supressão, seu estoque se valoriza, e parte vende para as regiçoes nobres. Essa seria a postura. Para o segundo, o esquema seria diferente. Deve ser entendido no momento de concentração da produção: Brasil e Cuba escravistas. Economicamente sem razão para ter a abolição? Qual o sentido então? Para furtado, significava declínio do nordeste e ascensão do sudeste. O declínio de cuba e ascensão das Antilhas. A tese da incompatibilidade ignora que as economias tropicais são encaradas como fornecedoras de fêneros a baixo custo para consumo ou comercialização das metrópoles. A destruição do escravismo resultou em um trabalhador formalmente livre e com escasso poder aquisitivo. Não foi gerado poder de compra com a abolição. Não há como considerar a destruição do ecravismo em funlão direta do capitalismo industrial. A ação inglesa tem como fundamental evidencia o combate à escravidão antilhana. Esse combate foi uma das batalhas ao livre cambismo, que num primeiro momento trouxe quebra do monopólio antilhano, equalização dos direitos do açúcar de todo o mundo no mercado inglês. Teria sido uma forma de dar satisfação aos interesses antilhanos. Isso mostra como os interesses foram ficando cada vez mais fracos e foram perdendo os privilégios que tinham com a Inglaterra. Ele ainda sofriam a concorrência escravista de Brasil e Cuba. 
Outro argumento é a abolição do escravismo pelo NO em prejuízo do SUL, durante a guerra de Secessão. O que aconteceu foi que a abolição foi uma maneira de o norte – industrializado e protecionaista – enfraquecer a política livre cambista do sul. Sul consome produtos do norte, mais caros. A abolição então foi uma maneira de enfraquecer a política livre cambist.a Havia simpatia da Inglaterra com o SUL: eio de retardar a industrialização? O objetivo inglês é então, segundo Paula, é mediante a fragmentação do mercado interno. Poranto não há fundamento para estabelecer outrra relação entre o escravismo e o sistema capitalista que não a de indiferença. Isso significa que o capitalimso abre a possibilidade, e não a necessidade, de destruição do escravismo. Esse é o limite possível de uma análise de destruição do escravismo moderno. 
Para entender, deve-se estudar cada uma das situações. Antilhas, EUA, Cuba e Brasil – oferta relativa. Explica-se assim pelas condições internas e não por fatores objetivos do capitalismo.
Aula 19/11
Hoje trataremos da imigração. A bibliografia é Petrone, Caio Prado capitulo 19 e Furtado capitulo 22. 
CORREÇÃO: saíram os caítulos 26,27 e 28. Ler os capítulos 25 e 29.
Na aula de hoje, trataremos o tema da imigração. Existe um tipo de imigração que existiu desde a vinda das cortes para o Brasil, com cessõesde terra pelo governo e criação de núcleos de imigração. Promover a ocupação no Brasil sempre foi uma preocupação de deixar as fronteiras delimitadas. Esse tipo certamente não é o que vamos tratar é da imigração de Mao de obra para a grande lavoura exportadora. Não se tem uma preocupação de construir uma camada de proprietários. Começou mais ou menos em 1847 quando o senador Vergueiro introduz imigrantes mediante um contrato, conhecido Parceria. Por volta de 1884, até 1887, vai se delineando outro esquema para trazer Mao de obra para a lavoura, que é o sistema de colonato, condiçã um pouco diferente da parceria. É a combinação desses sistema mais o subsídio que o governo dará, é que de fato resolverá o problema da mão de obra na agricultura, dando a solução, e aí sim, a possibilidade de abolição está dada. A introdução de imigrantes europeus, como prussianos, belgas, suíços num primeiro momento. 
A parceria consistia em um contrato, com uma empresa em vários pontos da Europa. As famílias interessadas assinavam um contrato. Ele previa obrigações para ambas as partes. Uma dívida seria assumida, como transporte e estadia, financiada pelo cafeicultor. Esse pagamento era feito com uma parcela do lucro líquido apurado com a família de café. Houve inicialmente grande aceitação, com um grande número de imigrantes dessa modalidade. Pode ser conhecido como “Meeiro”. No recrutamento, alega-se uma coisa, mas eram propagandas enganosas, sem amortizar as dívidas. Houve revoltas que eclodiram em várias fazendas, com pretextos os mais triviais possíveis. Tenta-se achar outras alternativas mas não se encontra uma forma que se consiga atrair imigrantes. 
As condições internas mudaram, mas não se econtrava uma solução para o problema de mão de obra. A demanda de mão de obra crescia, como com a Guerra do Paraguai, desenvolvimento da cultura do algodão com a Guerra de Secessão, e depois os fluxos migratórios internos já não são suficientes para a agricultura. A ferrovia avança bastante, e com isso viabilizando terras para a agriculturas, em terras cada vez mais produtivas, sem tanta mão de obra. O problema não avança. Ora é abrandado os contratos de parceria. Na década de 70, eles resolvem endurecer as regras, gerando ainda mais reações. A grande questão era como conseguir atrair um fluxo para o Brasil? Esse fluxo da Europa, do excedente populacional como consquencia da desorganização da produção, com forte desemprego, miséria, mão de obra. Com isso, ela gera uma quantidade de pessoas muito grande. 
O excedente gerado na Europa, toma-se um rumo em grande maioria para os EUA, em primeiro lugar. O segundo foi o Canadá, num nível bem menor. Argentina ficou em terceiro, e o Brasil, em quarto. Para isso precisou-se mudar relações de trabalho, e o que foi decisivo foi a mudança do estado. O estado vai interferir no processo e vai pagar, o que não era barato. O estado que vai bancar. Qual foi a fórmula mágica que resolveu o problema da grande lavoura? Colonato com subsídio. 
A década de 1870 é uma década de endurecimenro, com esforço para regulamentar os conttratos de locação de serviços e de parcerias, limitando o “abandono” de fazendas, encitar greves. Previu-se isso só para os imigrantes. Proibir procurar outro emprego sem a posse de um certificado de quitação de dívidas emitido pelo patrão anterior era impossível. Isso gerou muita tensão, ainda maiores, e o número de greves foi aumentando, agravando a situação de escassez de mão de obra. 
Na década de 80, as pressões aumentam e o preço do café estava em queda. Se com parceria já estava difícil, agora fica mais complicado. A pressão é que o governo assuma cada vez mais os custos para trazer esses imigrantes à fazenda. Uma lei em 81 era aplicada informando que metade dos custos eram reembolsados pelo Estado. A partir de 84, o reembolso era integral. Mas isso ainda era complicado pela falta de capital de giro. Em 1885, o governo assume para si todo o processo para si, e passa a ser subvencionada pelo Estado, que não só recruta pessoas, como também contrata Cia de navegação, paga transporte ferroviário, até as fazendas. No caso de São Paulo, o esquema em si começa em 87 e vai aé 1939. 
Esse processo de integração subvencionada é um processo de socialização dos custos. Os gastos eram altos com 15% do orçamento. Com isso, os fazendeiros são liberados do custeio do transporte nem o compromisso. O grande medo no sistema de parceria, era a fuga das famílias com a dívida a pagar. Por conta dessa preocupação que estava habituado a comprar trabalhadores, todo ato de pagamento antecipado é meio que uma “propriedade”. A tendência é ter isso, como um escravo, com tratamentos semelhantes. A coação extra-economica era muio forte, portanto, e começa a desaparecer apenas a coação econômica, como “mandar embora”, abaixar salário, por meio de mecanismos econômicos que regulam essas relações. Esse sistema é o grosso. 89% da imigração para SP foi subvencionada. Para implementar esse sistema, foi feita uma organização institucional, em 1886, chamada de Sociedade Promoora de Imigração para cuidar desse sistema de imigração via colonato. É uma empresa privada, formada por grandes fazendeiros de café. Ela faz contratos com o governo de SP, o governo pagando por cabeça entrante. O grande truque eram os negócios com as CIAs de navegação, e eram financistas internacionais. Dirigiam a hospedaria dos Imigrantes. Promoveu-se a vinda de 220 mil imigrantes. É uma construção grande, com um ramal ferroviários, cozinhas grandes. Permaneceriam 8 dias ali e os fazendeiros iriam até ali. Entraram entre 1893 e 1920, entraram 611 mil adultos. Alguns até dizem que esse valor eram 3 vezes mais do que o necessário, refletindo nos salários. 
O texto da PETRONE é a imigrassão assalariada. Tecnicamente, colonato não é propriamente de assariamento. De fora pura, virá com a indústria. A agricultura é a transição. Em geral, é um contrato anual, familiar. Se não for renovado, as cláusulas continuam valendo, se nada for mexido. A parte monetária tem a parte fixa de remuneração e outra variável. A parte fixa é assim: para cada 1000 pés de café, há um X de remuneração. Concede-se para cada adulto homem, 2000 pés de cafés. Desses pés, eles fariam um trato de todo o processo, como capinas, replantio, coroação – juntar folhas secas antes da colheita para ficar mais puro, etc. Essas tarefas remuneradas via fixo. Metade a 2/3 da remuneração era essa parte. A parte variável é definido pela quantidade de café colhido, e de trabalhos ocasionais, como consertos, que antes eram feitos por escravos, agora remunerados. 
A parcela não-monetária era correspondido pela moradia, terras para subsistência, e o direito de pastagem. Segundo Petrone, que tem uma leitura otimista do processo, com a impressão de que todos os imigrantes foram bem sucedidos. Ela estima que a renda monetária auferido no cafezal é uma espécie de ganhos líquido e o único gasto monetário era para comprar sal e açúcar, podendo acumular pecúlio, e futuramente adquirir pequenas propriedades. Sugere que todos se tornam proprietários. Esse sistema de colonato resolve muitos problemas que antes tinham no sistema de parceiria, como a questão da dívida, a produividade (com ganho variável pela colheita de mais café) e disciplina no processo. O fato é que o colonato garante a continuidade da acumulação, e menores possibilidades de atritos.
Do ponto de vista de luta de classes, a tensão permanece – inerente trabalho x capital. A violência e greve dos imigrante após 1910 era usada, mobilizados na época pelo anarquismo. Independentemente disso, o que se chama atenção é que a luta faz alcançar patamar novo. O colonato muda isso, as ações são agora coletivas, e atingem várias fazendas causando greves simultâneas, com uma integração muito maior, quando acontecia. 
Até 1872, visivelmente o país não era país de imigrantes, havia 6 mil imigrantes em todo território brasileiro. A partir de 77, um salto para quase 20 mil imigrantes. Antes do colonato, em média 1000 italianos por ano. Oauge está em 95 a 99, com 219 mil, ou 44 mil/ano. Entraram 830 mil ialianos em SP até 1914. 
Alguns fatores responsáveis pela rápida difusão do uso de italianos. Martinho prado sugeria que 1 colono era representado em 3 escravos. Era menos, mas eram mais produtivos. Além disso a preferência por italianos refletia uma questão cultural, que punham as mulheres para trabalhar.
Muitos estavam dispostos a sair do país de origem? Por quê? Muitos vinham pra cá. Por quê?
Atração:
- Baixa densidade demográfica, pagamento do transporte pelo governo, propaganda enganosa de fácil acesso à terra, renovação da lei de 1879, da locação de seviços e parcerias. 
Expulsão:
- Regiões que entram em crise a custo humano por conta do capitalismo. Houve processos de unificação, crise nas indústrias do sul causando desemprego. A Europa não tem lugar para absorver isso, com a difusão do capitalismo
- Índice de mortalidade cai bastante. Antes natalidade e mortalidade eram altas. Agora, mortalidade cai, fazendo a população crescer a partir de 1870.
- Queda do investimento em obras públicas, diminuição da demanda de Mao de obra no norte da Europa, além da Guerra Comercial com a França a partir de 87.
A imigração existe, é grande, e a partir de um determinado momento o número de de imigrantes supera o número de esravos, possibilitando a abolição da escravatura. Momento sábio! Exportação do café estava subindo crescentemente durante o período, fazendo com que a principal atividade não teve qualquer impacto. Não foi poblema também da exportação e o número de pés triplicou. Petrone diz que as fazendas abertas empregavam Mao de obra imigrante. Esse contingente enorme que leva ao calculo de quanto o Brasil realmente precisava talvez, cerca de 274 mil, quase 3 vezes menos do que foi importado. Excedente portanto, e é esse trabalhador que dá força ao fazendeiro para aumentar as greves. Salários ficam estáveis, mas com inflações. Salário real cai muito. Trabalho livre não cria mercado consumidor necessariamente.
Aula 24/11
Veremos algumas conseqüências das adoções das medidas da imigração e abolição e veremos a conseqüência: proclamação da república. 
O primeiro efeito que se verifica é a entrada massiva de imigrantes. A abolição não teve efeitos visíveis no desempenho da agricultura. Esse resultado mostra que a exportação ainda aumentou. O café alcança outro patamar, chegando a 20 vezes mais em 30 anos.
Furtado compara dados da década de 1840 com a década de 90, dividindo em 3 grandes regiçoes: nordeste açicareira(-Bahia, mais cacau – Amazônia, borracha), centro, cafeeiro e sul, subsistência. O que ele está interessado é entender oque foi a economia nesta metade do século. Nós estamos vendo os indicadores. Nordeste e centro, “pesam” mais.
Os resultados que o Furtado extrai dos valores:
- taxa de crescimento é superior ao dos EUA, e observa que essa taxa se mantém constante durante a primeira metade do século 20. Fica estabilizada. Estimativas na taxa de longo prazo. Caso a taxa tivesse ocorrido desde o século 20, a renda per capita do Brasil seria comparável à da Europa Ocidental. Graças ao café, que é o móvel da economia brasileira, a economia brasileira ocnsegue um desempenho excepcional, concentrado no estado de São Paulo, assumindo a liderança na produção do café. A produção não só aumentou mas, com a abolição, o Rio entrou em colapso. Aqui sim será complicado. Antes da libertação, os recursos financeiros eram pequenos, comprando através de comissários, montantes relativamente pequenos. Depois da abolição, as necessidades de capital crescem consideravelmente. A construção de casas e outras melhorias fazem o custo aumentar, os comissários ficavam endividados com os exportadores, que ficam fortalecidos.
Uma conseqüência importante da massiva entrada dos imigrantes, que tem efeitos sob a indústria, é com relação ao quantitativo das pessoas. Mais da metade dos adultos que entraram não têm o que fazer. A partir desse excedente, o fazendeiro pode aumentar a produtividade do trabalho mediante ameaças e reduções de salários.
Partindo dessa idéia de que á um excedente de mão de obra em São Paulo, mais barata que em outras regiões. Ao analisar a cesta de consumos, o poder aquisitivo ficou bem menor. Como se pode esperar, os baixos índices do campo, livres, quando a situação de trabalho piora, há debandada em relação às cidades. Quase todas as cidades das zonas cafeeiras vão pras cidades. Elas se multiplicam 10 vezes, ou no caso de São Paulo 3 vezes. Urbanização nessas áreas é uma das principais características. Era uma das formas de resistência, obrigando ao empregador negocias as condições. Em São Paulo, entraram muio mais estrangeiros do que brasileiros em São Paulo. Boa parte dos trabalhadores brasileiros não serão incorporados ao processo de aumento de renda, fazendo com que brasileiros fiquem em suas regiões originais. A dúvida é se a imigração é uma manutenção de desemprego no NE e SE. Ainda falando das conseqüências. Caps 25 e 29 é pra ler, e não “a 29”.
No caso da economia escravistas, o gasto de consumo e o invesimeno se traduziam em importações. A administração era feita por particulares, eram portanto regulados pela receita de exportação. O que eles gastavam = recebiam. Isso fazia com que a nossa balança comercial fosse relativamente equilibrada. Quando se faz uso do trabalho assalariado, tanto G – agora trabalhador também - quanto I – nem tudo agora é exportação, boa parte, acaba se traduzindo na renda dos pequenos comerciantes e produtores. Agora existe um multiplicador. Se eu fizer a somatória dos gastos de todos os setores da sociedade é maior do que as exportações. Há agoraum forte desequilíbrio. O trabalhador gasta mais. O problema vai ser quando o governo tenta reajustar, mas a resposta é lenta. Se mexer no câmbio, mexe no final das contas da inflação. Crescimento ou inflação? 
A outra pergunta que furtado tenta responder, é se a abolição significou uma melhor distribuição de renda no Brasil. O impacto que a abolição teve sob a distribuição de renda, depende da forma como as terras esavam disponíveis. Pega duas situações extremas: terras ocupadas, oferta 0. E a outra, oferta elástica, abundância. Onde as terras estão ocupadas, não tem pra onde o trabalhador ir, apesar de ter liberdade de locomoção, se dirige para outra área, se apossa de novas terras, em subsistência, extraindo essenciais para a vida. Pequena agricultura. A primeira era a situação das Antilhas. Lá a abolição foi uma mudança formal. Pessoas ficaram no mesmo lugar, sem mudança na distribuição de renda, com níveis continuamente baixos, sem pressão para os novos empregaodres mudarem. Onde a terra era elástica, ex-escravos mudariam para subsistência, com falta de Mao de obra no setor exportador, havendo melhorias dos salários. 
A grande dúvida de Furtado é onde o Brasil se encaixa? Qual das 2? Algumas regiões mais antigas estão mais pertos da Antilhana. Outras mais na outra. E agricultura? Onde estará? O Brasil como um todo não se encaiixa em nenhuma das duas situações. Açúcar, mais prócimas da antilhanas, baixos salários, e não ouve distribuição de renda, e supõe-se que até pioraram. As regiões cafeeiras, tem duas áreas: MG RJ e SP, no Vale do Paraiba, tinha bastante disponibilidade de terras, o que propiciou maior economia de subsistência, lugares que poderiam ser ocupados por ex-escravos. Migram, apenas, sem barganha de salários. A região mais oujante da agricultura é o planalto paulista, com a economia em rápida expansão, com a possibilidade de atrair mais libertos e elevar salários. Mas mesmo pagando melhores salários, furado observa que isso não ocorre, pois os ex-escravos não tem conhecimento da prática de acumulação. Há baixíssimo nível de necessidade. Ele trabalha o suficiente para sobreviver, e trabalharia muito pouco. A melhoria dos salários é ainda mais prejudicial, e segundo ele o ex-escravo aumenta ócio.
A abolição dos escravos e a queda do império
A idéia de que a abolição da escravatira foi um golpe mortal. Jpão ribeiro afirma que a lei

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