Receptores Sensoriais do Tegumento

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HISTOLOGIA: SISTEMA NERVOSO 
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Receptores Sensoriais do 
Tegumento (Pele) 
 A pele é dotada de diversos receptores 
sensitivos, que são terminais periféricos dos nervos 
sensitivos. Esses receptores captam formas de 
energias diversas e fazem a transdução sensorial 
(conversão do estímulo sensorial em estímulo 
elétrico), desencadeando um potencial de ação, o 
qual é trafegado pelo neurônio aferentes, que leva a 
informação sensorial para o SNC. 
 Os receptores sensoriais são divididos em: 
• Receptores livres: são receptores que não vão 
apresentar uma cápsula conjuntiva ou células de 
Schwann envolvendo-os → são as terminações 
nervosas livres e as células de Merkel (as 
terminações livres podem estar livres nas camadas 
na pele ou associadas às células de Merkel) 
• Receptores encapsulados: são envoltos por uma 
bainha de tecido conjuntivo que varia de estrutura 
de acordo com o tipo de receptor → são os 
corpúsculos de Pacini, corpúsculos de Meissner e 
Corpúsculos de Ruffini. 
 
Receptores livres 
 Terminações nervosas livres 
 As terminações nervosas livres são os receptores 
neuronais mais numerosos da epiderme. Elas se 
estendem até estrato granuloso da epiderme. Ao 
passarem para o epitélio, essas terminações perdem 
a sua bainha de mielina. 
 A função desses receptores é de transmitir 
informações de tato fino, calor, frio e dor. As 
terminações nervosas livres também se fixam à 
bainha externa da raiz dos folículos pilosos, atuando 
nesse caso como mecanorreceptores (sensível ao 
movimento dos pelos). 
 
 Células de Merkel 
 São células dendríticas localizadas no estrato 
basal da pele. São abundantes em locais de elevada 
percepção sensorial, como a ponta dos dedos das 
mãos. 
 Tais células estão unidas à queratinócitos da pele 
por desmossomos e contêm filamentos 
intermediários em seu citoplasma. Elas podem 
apresentar melanossomos, mas são conhecidos por 
tem grânulos neurossecretores de centro denso. 
 As células de Merkel estão associadas às 
terminações livres de fibras nervosas mielinizadas 
aferentes, por meio da sua conexão com 
uma expansão da fibra nervosa chamada 
de receptor em disco, que fica na porção 
basal da célula de Merkel. A combinação 
do neurônio e da célula epidérmica, 
denominada corpúsculo de Merkel, é um 
mecanorreceptor sensitivo. 
 
Figura 2 Eletromicrografia de um célula de Merkel. A célula 
apresenta pequenos grânulos neurossecretores no citoplasma e 
faz contato com um terminal nervoso(TN). 
Figura 1. A → Terminações livres epidérmicas. B → Corpúsculos de Merkel contendo 
células de Merkel e receptores em disco de fibra nervosa mielinizada aferente. C → 
Corpúsculo de Pacini localizado na camada profunda da derme profunda e 
hipoderme. D → O bulbo terminal de Krause atua como receptor ao frio. E → 
Corpúsculo de Meissner na papila dérmica. F → Corpúsculo de Ruffini nas camadas 
profundas da derme. 
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Receptores encapsulados 
 Corpúsculos de Pacini 
 Trata-se de estruturas grandes e ovoides 
encontradas na derme mais profunda e na 
hipoderme; podem ser encontrados também em 
articulações, periósteo e nos órgãos internos. Tem 
tamanho de cerca de 1 mm. 
 São formadas por um terminação nervosa que 
perde sua bainha de mielina ao entrar na cápsula 
conjuntiva; por conseguinte, o axônio se projeta para 
o polo oposto da capsula e vai sendo recoberto por 
uma série de lamelas concêntricas densamente 
compactas de células de Schwann achatadas 
(contínuas com o endoneuro da fibra nervosa), que 
formam uma região central interna do corpúsculo. 
Cada lamela é separada da vizinha por um líquido 
semelhante à linfa, com fibrilas colágenas e alguns 
capilares. 
 Os corpúsculos de Pacini respondem à pressão 
e à vibração por meio do deslocamento das lamelas 
da cápsula. Esse deslocamento provoca 
efetivamente a despolarização do axônio. 
 
Figura 3 Micrografia que demonstra as lamelas celulares concêntricas do 
corpúsculo de Pacini. As estruturas N são nervos adjacentes. 
 Corpúsculos de Meissner 
 São receptores de tato relacionados à estímulos 
de baixa frequência na camada papilar (logo abaixo 
da epiderme) da pele glabra (sem pelos, como mãos 
e lábios). Trata-se de estruturas cilíndricas afuniladas 
em direção à superfície cutânea. 
 Nesses receptores, uma ou duas terminações 
não mielinizadas seguem uma trajetória em espiral 
no corpúsculo. O componente celular consiste em 
células de Schwann planas, que formam várias 
lamelas irregulares ao longo das quais os axônios 
seguem o seu percurso até o polo do corpúsculo. 
 
Figura 4 Micrografia com 3 corpúsculos de Meissner (CM) dentro das 
papilas dérmicas. 
 Corpúsculos de Ruffini 
 Apresentam formato fusiforme alongado e 
medem 1 a 2 μm de comprimento. A sua cápsula é 
fina e formada de tecido conjuntivo preenchido por 
líquido que envolve a fibra. 
 As fibras colágenas do tecido conjuntivo 
circundante atravessam a cápsula. O elemento neural 
consiste em uma única fibra mielinizada que entra na 
cápsula, em que perde a sua bainha de mielina e 
ramifica-se formando uma arborização densa de 
terminações axônicas finas. 
 As terminações axônicas respondem ao 
deslocamento das fibras colágenas induzido por 
estresse mecânico esporádico ou contínuo; por 
conseguinte, respondem ao estiramento e à torção. 
Os corpúsculos de Ruffini pertencem, 
funcionalmente, à família dos receptores de 
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adaptação rápida (receptores fásicos) que geram 
potenciais de ação curtos no início e no final de um 
estímulo 
 
Figura 5 Imagem representativa dos receptores sensoriais da pele e as 
suas localizações nas camadas da pele.