Esfregaço Sanguíneo

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COLETA DE SANGUE (FLEBOTOMIA) E DISTENSÃO SANGUÍNEA
Grupo: Beatriz Souza
Bruna Elisa
Francielly Melo
Thaynara Gama
AGOSTO – 2021
MURIAÉ - MG
1. INTRODUÇÃO 
A coleta de sangue venoso é um dos procedimentos mais realizados nos serviços de saúde, o que ressalta a importância de uma boa técnica de coleta, pois é essencial para a confiabilidade dos resultados laboratoriais. Antes de coletar o sangue, é importante fazer assepsia no local, pois dessa forma vai impedir que microrganismos sejam introduzidos na corrente sanguínea do paciente durante a punção venosa (MIRANDA, et al.; 2015).
O sangue periférico é constituído por três diferentes linhagens celulares: glóbulos vermelhos, eritrócitos ou hemácias; glóbulos brancos ou leucócitos; e plaquetas ou trombócitos. Os leucócitos são células completas (com citoplasma e núcleo) pois as plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, e os eritrócitos perdem o núcleo antes de entrar em circulação. Nos glóbulos vermelhos originam -se na medula óssea pela proliferação e maturação dos eritroblastos, fenômeno chamado eritropoese (CALADO, FALCÃO; 20--).
Os glóbulos brancos formam o grupo mais heterogêneo de células do sangue, tanto do ponto de vista morfológico quanto fisiológico. Constitui em: Linfócitos; Monócitos; Neutrófilo; Eosinófilos; Basófilos (CALADO, FALCÃO; 20--).
As plaquetas são as células do sangue, responsáveis por elaborados processos bioquímicos envolvidos na hemostasia, trombose e coagulação do sangue. São formadas na medula óssea a partir da fragmentação do citoplasma do seu precursor, o megacariócito. São fragmentos citoplasmáticos anucleados de tamanho variado, entre 2,9 e 4,3 µm, e espessura entre 0,6 e 1,2 µm. O tamanho das plaquetas varia de um indivíduo para outro, se apresentam como uma célula arredondada ou ovoide, e citoplasma azul-claro com grânulos vermelho-purpúreos distribuídos (CALADO, FALCÃO 20--).
A leitura do esfregaço sanguíneo (distensão sanguínea) é uma das técnicas utilizadas que mostra a estimativa do valor circulante sanguíneo. O exame hematológico e a avaliação do esfregaço do sangue periférico (humana ou automatizada) permitem as análises quantitativa e qualitativa das linhagens celulares. É uma técnica feita através da coloração das lâminas sendo possível diferenciar as plaquetas das células sanguíneas. A estimativa em esfregaço é uma técnica rápida e barata, cuja funcionalidade auxilia na calibração de aparelhos. As desvantagens incluem a necessidade de esfregaços sanguíneos padronizados, a baixa correlação entre o método padrão e a necessidade de esfregaços feitos num curto espaço de tempo entre colheita e leitura (SCHWEIRGET, REZENDE, FANTONI, MOROZ; 2010).
O objetivo da pratica foi preparar lâminas do esfregaço sanguíneo, seguido de coloração, para identificar os diferentes tipos de elementos (células) que compõe o sangue. 
2. MATERIAL E MÉTODOS
Após a separação dos matérias na bancada, foi realizada a coleta de sangue, assim, identificou-se a lâmina a ser utilizada para o esfregaço e com o auxílio de uma pipeta foi colocado uma porção do sangue coletado (aproximadamente uma gota) na extremidade da lâmina. Em seguida, com a lâmina extensora apoiada em um ângulo de aproximadamente 45 graus, realizou-se a extensão até o fim da lâmina. Após a secagem, a lâmina foi mergulhada no corante azul de metileno por cerca de 10 segundos, apoiou-se a ponta da lâmina na gaze para o escorrimento do excesso de corante, após esse escorrimento, mergulhou-se a lâmina no corante eosina por 10 segundos, realizou-se o processo de escorrimento, posteriormente a lâmina foi mergulhada no fixador por 10 segundos e após o escorrimento foi efetuada a lavagem da lâmina com água destilada. Aguardou-se a secagem da lâmina, que posteriormente foi conduzida para visualização no microscópio óptico para identificação das células presentes na amostra. 
3. RESULTADO E DISCUSSÃO: 
De acordo com a pratica realizada no laboratório, foi efetuada a técnica de esfregaço sanguíneo e a técnica de coloração tipo pan-ótica. A técnica de esfregaço teve como objetivo produzir uma monocamada de células sobre a lâmina e a técnica de coloração pan-ótica obteve o intuito de promover uma visualização diferenciada de todos os elementos sanguíneos, porém, o resultado final não foi considerado satisfatório. 
Considerando que esses procedimentos laboratoriais precisam ser executados adequadamente, pode-se afirmar que houve algum erro analítico nas técnicas realizadas no laboratório quando analisados os resultados finais obtidos no microscópio. Esses erros podem ter sido ocasionados por um ou diversos fatores considerando a inexperiência dos alunos em banca, assim, considerando diferentes momentos da prática pode-se atribuir os possíveis erros a: 
1. No momento de deslizar a lâmina extensora sobre a outra, sabendo-se que não houve a habilidade necessária no movimento produzido, pode-se considerar que houve ali um comprometimento do esfregaço, justificado pela obtenção de uma lâmina de sangue mais espessa que o indicado e curta;
2. É preciso considerar também, que os componentes de coloração estavam suscetíveis à contaminação microbiana e química uma vez que estavam abertos durante um longo período de tempo;
3. As lâminas não foram totalmente secas antes de iniciar o processo de identificação no microscópio óptico; 
4. O microscópio não foi totalmente focado, podendo ser considerado a falta de habilidade dos executantes, assim como o mal funcionamento do equipamento. 
Diante disso, ao executar essas técnicas no laboratório necessita-se que tenha cuidado no momento de deslizar uma lâmina sobre a outra, sucedendo-se de forma ágil para que o sangue não coagule ou seque; observar a qualidade e estabilidade dos componentes de coloração; deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência antes de iniciar a identificação no microscópio; realizar o enfoque do microscópio; e é importante lembrar que a espessura da película de sangue deve ser contínua. 
Através da visualização das lâminas do esfregaço sanguíneo através do microscópio óptico, foi possível identificar alguns elementos que fazem parte do sangue. Após o reconhecimento da imagem percebeu-se que os elementos mais presentes no esfregaço foram os glóbulos vermelhos (eritrócitos) e os leucócitos que são elementos figurados do sangue e têm como função de defender o organismo contra organismos estranhos (alergias, agente infeccioso e tóxico). Esses leucócitos são produzidos na medula e existem cinco tipos na corrente sanguínea, tais são: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. Cada um é responsável por impedir que a doença se estale no organismo; atuam na destruição efetiva dos agentes invasores pelo processo de fagocitose e formam anticorpos que podem destruir o agente invasor. Entre os diferentes tipos, os monócitos e eosinófilos não foram possíveis observar pela falta de habilidade ao manusear o microscópico óptico sobre a lâmina; os basófilos são os mais difíceis de encontrar, pois representam apenas 1% do total de leucócitos que existe no sangue; e os linfócitos e neutrófilos foram visualizados pelo esfregaço sanguíneo realizado na pratica estabelecida. 
 
Imagem 1: Visualização da lâmina (Fonte: própria).
Imagem 2: Visualização da lâmina (Fonte: própria).
4. CONCLUSÃO
Infere-se que a partir da prática realizada foi possível compreender a importância das técnicas de esfregaço sanguíneo, coloração e fixação utilizadas para a seguinte identificação dos elementos celulares que compõe o sangue no microscópio óptico, ressaltando a importância de seguir as normas pré-estabelecidas, preparando a lâmina com precisão para que a qualidade da amostra não seja comprometida, podendo assim, identificar os elementos com clareza no microscópio óptico, sem que haja comprometimento visual da amostra de sangue. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALADO, Rodrigo Tocantins; FALCÃO, Roberto Passetto. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1778343.Acesso em: 26 de agosto de 2021.
MIRANDA, Marciano Robson; CARVALHO, Camila Amaro; CARVALHO, Vitor Marcelino Mendes Martins; ASSIS, Paula Sannazaro Oliveira; FARIA, Valéria Cristina; MOREIRA, Luciana de Lima. Produção de documentário para o ensino da coleta de sangue venoso. Universidade Federal de Santa Maria Brasil, 2015.
SCHWEIRGERT, Augusto; REZENDE, Fábio Hosoi; FANTONI, Denise Tabacchi; MOROZ, Ludmila Rodrigues. Avaliação da contagem plaquetária pelo contador automático QBC Vet Autoread® comparado com estimativa em esfregaço sanguíneo e contagem em hemocitômetro. Universidade Estadual de Londrina, 2010.