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TCC CORRIGIDO 13.07

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
 
KAROLINE DA SILVEIRA 
KAYCIANNE BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSOS TERAPÊUTICOS NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE 
MELASMA PÓS GESTACIONAL: REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palhoça, 2021 
 
 
KAROLINE DA SILVEIRA 
KAYCIANNE BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSOS TERAPÊUTICOS NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE 
MELASMA PÓS GESTACIONAL: REVISÃO DE LITERATURA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de 
Graduação apresentado ao Curso de 
Fisioterapia da Universidade do Sul de 
Santa Catarina como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Fisioterapia. 
 
Orientadora: MSc.Viviane Pacheco Gonçalves. 
 
 
 
 
* Trabalho de conclusão de curso de graduação em fisioterapia da Universidade do Sul de Santa 
Catarina UNISUL/Pedra Branca - apresentado sob a forma de artigo científico. Este artigo será 
submetido para Revista Fisioterapia & Reabilitação. 
 
Palhoça, 2021 
 
 
KAROLINE DA SILVEIRA 
KAYCIANNE BORGES 
 
 
 
 
 
RECURSOS TERAPÊUTICOS NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE 
MELASMA PÓS GESTACIONAL: REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título 
de Bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Fisioterapia 
da Universidade do Sul de Santa Catarina. 
 
 
Palhoça, 09 de julho de 2021. 
 
 
 
Prof.ª Orientadora Viviane Pacheco Gonçalves. 
Universidade do Sul de Santa Catarina 
 
 
 
 
 
Prof.ª Cintia Vieira 
 
Prof.ª Luana Meneghini 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar agradecemos a Deus, que nos deu forças quando nos 
sentimos desacreditadas e perdidas em nossos objetivos. A Ele toda honra e glória. 
Às nossas famílias pelo amor e apoio de sempre, aos nossos pais, dedicamos 
essa vitória. 
A todos os professores que nos ajudaram a trilhar esse caminho, obrigada pela 
contribuição na nossa formação pessoal e acadêmica. 
A nossa querida orientadora Viviane Pacheco por nos instruir e ajudar na 
realização desse projeto, obrigada pela dedicação e apoio. 
A todas as pessoas que direta ou indiretamente passaram pela nossa vida e hoje 
celebram com a gente essa vitória. Obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
RECURSOS TERAPÊUTICOS NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE 
MELASMA PÓS GESTACIONAL: REVISÃO DE LITERATURA 
 
THERAPEUTIC RESOURCES IN THE DERMATO-FUNCTIONAL TREATMENT OF 
POST-GESTATIONAL MELASMA: LITERATURE REVIEW 
 
Karoline da Silveira¹, Kaycianne Baars de Carvalho Borges² 
1-2Curso de Graduação em Fisioterapia (UNISUL), Palhoça 88137-270, SC, Brasil. 
 
RESUMO 
 
Introdução: Durante o período gestacional a hiperpigmentação mais frequente é o 
Melasma, caracterizado por manchas marrom-escuras, no qual acometem 70% das 
gestantes, podendo desaparecer espontaneamente até um ano após o parto, porém 
cerca de 30% das pacientes evoluem com o quadro de hipermelanose após a 
gestação. Sua origem está relacionada ao excesso de melanina na camada da pele, 
devido a fatores como aumento da concentração hormonal, exposição ao sol sem 
proteção e predisposição genética. A fisioterapia dermatofuncional utiliza vários 
recursos para o tratamento das disfunções estéticas como o Melasma, portanto nem 
todos os recursos podem ser aplicados durante o ciclo gravídico. Desta forma, é de 
extrema importância a informação correta sobre a prevenção durante a gravidez e o 
tratamento com recursos terapêuticos adequados pós gestacionais contribuindo para 
a saúde da mãe e o adequado desenvolvimento da criança. Objetivo: Descrever os 
achados referentes a utilização de recursos terapêuticos dermatofuncionais no 
tratamento do melasma após a gestação. Método: Consiste em uma revisão de 
literatura integrativa, realizada através de um levantamento bibliográfico nas bases de 
dados Pubmed, Lilacs e Scielo, publicados nos últimos seis anos (2015-2021) e os 
resultados obtidos foram expostos em quadros. Resultados: Foram selecionados 47 
artigos. Destes, 38 foram excluídos por não atenderem os critérios determinados. O 
que resultou na inclusão de 9 artigos. Conclusão: Esta revisão de literatura descreveu 
os recursos dermatofuncionais utilizados decorrente do melasma pós gestacional, 
dentre eles: peeling químico com uso dos mais variados ácidos, laserterapia, 
microagulhamento e fotoprotetor. Os protocolos encontrados mostraram os melhores 
resultados através dos recursos combinados. 
 
Palavras-chave: Melasma. Tratamentos. Hiperpigmentação. Ácidos. Lasers. 
Protetores Solares. 
. 
 
 
 Autor correspondente: Viviane Pacheco Gonçalves, MSc. Universidade do Sul de Santa Catarina 
(UNISUL), Campus Grande Florianópolis, Avenida Pedra Branca, 25, Palhoça, SC, Brasil, 88137-270. 
Tel. + 55 48 84662202. E-mail: Viviane.goncalves@animaeducacao.com.br 
 
5 
 
 
 
ABSTRAT 
Introduction: During the gestational period, the most frequent hyperpigmentation is 
melasma, due to dark brown spots, which affect 70% of pregnant women, may 
spontaneously disappear within a year after delivery, but about 30% of patients 
progress to the condition of hypermelanosis after pregnancy. Its origin is related to 
excess melanin in the skin layer, due to factors such as increased hormone 
concentration, unprotected sun exposure and genetic predisposition. 
Dermatofunctional physiotherapy uses several resources to treat esthetic dysfunctions 
such as Melasma, so not all resources can be provided during the pregnancy cycle. 
Thus, it is extremely important to have correct information about prevention during 
pregnancy and treatment with appropriate post-pregnancy therapeutic resources, 
contributing to the mother's health and the adequate development of the child. 
Objective: To describe the findings regarding the use of dermatofunctional therapeutic 
resources in the treatment of melasma after pregnancy. Method: It consists of an 
integrative literature review, carried out through a literature review in the Pubmed, 
Lilacs and Scielo databases, published in the last six years (2015-2021) and the results 
obtained were displayed in tables. Results: 47 articles were selected. Of these, 38 
were excluded for not meeting the determined criteria. Which resulted in the inclusion 
of 9 articles. Conclusion: This review of Literature by the dermatofunctional features 
used due to post-gestational melasma, including: chemical peeling with the use of 
various acids, laser therapy, microneedling and photoprotector. The best results found 
through the combined resources. 
 
Key Words: Melasma. Treatments. Hyperpigmentation. Acids. Lasers. Sunscreening 
Agents. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A gestação é um período de uma série de mudanças decorrentes de alterações 
fisiológicas, hormonais e estruturais do corpo feminino. Durante esse período, a 
mulher está propensa a variadas modificações no seu corpo, incluindo as alterações 
cutâneas, sendo das alterações pigmentares a hiperpigmentação uma das mais 
comuns1. 
A hiperpigmentação mais frequente presente, no período gestacional, é o 
melasma, também denominado cloasma, máscara ou pano gravídico. O melasma é 
caracterizado por manchas acastanhadas de contorno irregulares, em áreas expostas 
ao sol, especialmente na face2-3. 
Acometem cerca de 70% das gestantes, podendo desaparecer 
espontaneamente até um ano após o parto, porém cerca de 30% das pacientes 
evoluem com o quadro de hipermelanose após a gestação4. 
6 
 
 
A etiologia mais importante do melasma, durante o período gestacional, estão 
as alterações hormonais neste período, tais como: estrógeno, progesterona, o beta 
HCG e prolactina, a exposição ao sol sem proteção e predisposição genética. Esses 
fatores aliados a hiperatividade dos melanócitos, aumentando o depósito de melanina 
na pele, de forma irregular, causando as máculas características do melasma2,5. 
Por ser uma alteração comum da gestaçãoe proporcionar alterações inestética, 
o surgimento do melasma gera um grande desconforto a gestante principalmente por 
acometer a face e a imagem corporal, mesmo não proporcionando danos à saúde, 
mas que pode gerar efeitos prejudiciais na qualidade de vida e imagem pessoal. 
Estudos revelam que em uma amostra de puérperas, 22,9% possuíam melasma, as 
quais indicaram grande insatisfação com aparência e comprometimento da 
autoestima com repercussões na vida pessoal e profissional6,1,7. 
 Nesse sentido, a fisioterapia dermatofuncional se destaca como seleção de 
tratamento para essa desordem pigmentar e utiliza diversos recursos terapêuticos 
para o tratamento do melasma, onde o principal objetivo é promover o clareamento 
das lesões, a prevenção e a redução das áreas afetadas com o menor efeito colateral 
possível. A terapia de primeira linha para o melasma incluem filtros solares de amplo 
espectro. A terapia de segunda linha inclui agentes de peeling químico e a terapia de 
terceira linha inclui modalidades de laser e microagulhamento8-9. 
Entretanto, nem todos os recursos podem ser aplicados para o tratamento 
durante o ciclo gravídico-puerperal. Desta forma, é de extrema importância a 
informação correta sobre a prevenção durante a gravidez e o tratamento com os 
recursos terapêuticos adequados pós gestacionais contribuindo para a saúde da mãe 
e o adequado desenvolvimento da criança, possibilitando assim um tratamento 
satisfatório e mais seguro9. 
Diante deste contexto, este estudo teve como principal objetivo descrever os 
achados referentes a utilização de recursos terapêuticos dermatofuncionais, no 
tratamento de melasma decorrente da gestação. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
O presente estudo consiste numa revisão integrativa a fim de apresentar os 
principais recursos terapêuticos para o tratamento de melasma em mulheres no 
período pós gestacional. 
Foram selecionados artigos na base de dados Pubmed, Scielo 
e Lilacs, no período de março a junho de 2021, publicados entre os anos de 
2015- 2021. Para a seleção dos artigos foram utilizados os seguintes descritores, 
em português e seus respectivos termos na língua inglesa: melasma, tratamentos ou 
treatments, hiperpigmentação ou hyperpigmentation, ácidos ou acids, lasers, 
protetores solares ou sunscreening agents, todos validados pelo DeCS/MESH. 
Durante a busca dos artigos, primeiramente foi realizada a avaliação dos títulos 
relacionados ao tema em questão. Em seguida, foram lidos detalhadamente os 
resumos dos artigos, e quando estes não foram esclarecedores quanto ao tema em 
questão, optou-se por ler o artigo na íntegra para definir sua inclusão ou não da 
revisão. Os resumos que não condiziam com o tema foram, portanto, descartados. 
Foram incluídos, artigos que abordassem a temática, escritos na língua portuguesa e 
inglesa, no período de 2015 a 2021 com textos completos disponibilizados na 
íntegra e acesso gratuito on-line. Foram excluídos estudos de revisão, estudos que 
envolveram modelos animais, ano abaixo de 2015 e recursos exclusivos somente do 
meio médico. 
Os dados obtidos foram registrados os seguintes tópicos: a) autor; ano b) 
objetivos; c) métodos; d) resultados. 
Os estudos encontrados foram organizados em uma planilha elaborada no 
Microsoft Excel e os resultados obtidos foram apresentados por meio de quadros. 
 
RESULTADOS 
 
Na busca realizada nas bases de dados foram identificados inicialmente 147 
estudos. Destes, apenas 9 se enquadraram nos critérios estabelecidos e foram 
incluídos no estudo, os demais se estabeleceram dentro do critério de exclusão e não 
foram escolhidos. Os ensaios encontrados buscaram avaliar os recursos terapêuticos 
dermatofuncionais utilizados no tratamento do melasma decorrente da gestação. Os 
8 
 
 
estudos incluídos procuraram descrever os recursos, benefícios e efeitos do 
tratamento. O fluxograma (figura 1) representa a seleção dos artigos e motivo das 
exclusões e os quadros (1, 2 e 3) representam a síntese dos artigos incluídos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Figura 1 - Seleção dos artigos 
 
 
10 
 
 
Quadro 1 - Intervenção com recursos de microagulhamento, ácidos, antioxidantes e peeling químico 
(continua) 
Autor/ Ano Objetivos Métodos Resultados 
 
Dayal et al., 201710 
Avaliar a eficácia clínica, segurança 
e redução na Qualidade de Vida do 
Melasma (MELASQOL) na 
combinação de ácido tricloroacético 
20% com creme de ácido ascórbico 
5% no melasma epidérmico. 
 
Trata-se de um estudo prospectivo 
randomizado aberto, no qual 60 
pacientes com Melasma epidérmico 
foram inscritos por 12 semanas. Os 
pacientes foram divididos em dois 
grupos: o grupo de combinação 
recebeu 20% de ácido tricloroacético 
a cada duas semanas com creme de 
ácido ascórbico a 5% uma vez ao 
dia e o grupo controle recebeu 
apenas 20% de ácido tricloroacético. 
O MASI foi usado para avaliar a 
melhora clínica do melasma. A 
melhora na qualidade de vida (QV) 
foi avaliada pela escala MELASQOL 
em ambos os grupos. 
O grupo de combinação 
demonstrou uma melhora 
estatisticamente significativa 
no MASI, diminuição da 
porcentagem no MASI e 
qualidade de vida em 
comparação com o grupo de 
controle após o tratamento. 
 
 
 
 
 
MASI – Índice de área e 
gravidade do Melasma. 
MELASQOL – Escala que avalia 
qualidade de vida. 
 
Atefi et al., 201711 
 
Avaliar e comparar os efeitos 
terapêuticos benéficos e os efeitos 
colaterais do ácido tranexâmico 
local em comparação com a 
hidroquinona no tratamento de 
mulheres com Melasma 
Ensaio duplo cego. Foi realizado em 
60 mulheres que sofriam de 
Melasma. As pacientes foram então 
distribuídas aleatoriamente por meio 
de randomização computadorizada 
para duas grupos: grupo A recebeu 
ácido tranexâmico 5% (topicamente 
duas vezes ao dia por 12 semanas 
no local do melasma) e grupo B 
(recebeu hidroquinona 2% na 
mesma ordem de tratamento. 
A pontuação MASI média em 
ambos os grupos de 
tratamento diminuiu 
consideravelmente após a 
conclusão do tratamento e não 
foi significativa entre os dois 
grupos. Em relação ao nível de 
satisfação do paciente, os 
pacientes do grupo A 
apresentaram um nível de 
satisfação significativamente 
maior de 33,3 em comparação 
com 6,7% do grupo B. 
MASI – Índice de área e 
gravidade do Melasma. 
 
11 
 
 
 
 
 
Quadro 1 - Intervenção com recursos de microagulhamento, ácidos, antioxidantes e peeling químico 
(continuação) 
Autor/ Ano Objetivos Métodos Resultados 
 
Cassiano et al., 201912 
O objetivo deste estudo foi avaliar 
as alterações histológicas precoces 
causadas pelo microagulhamento, 
bem como a melhora clínica: 7 dias 
após uma única sessão de 
tratamento para Melasma facial. 
 
Foi realizado um ensaio quase 
experimental que envolveu 20 
mulheres com melasma facial 
avaliadas no início do estudo (T0) e 
após 7 dias da sessão de tratamento 
(T7) por meio de fotografia 
padronizada do melasma, 
questionário de qualidade de vida 
adaptadoao português brasileiro 
(MELASQoL-BP) e colorimetria. Dez 
primeiros participantes foram 
alocados para o grupo de 
microagulhamento e submetidos a 
uma biópsia (punção de 3 mm) das 
lesões de melasma facial, seguida 
por uma sessão de 
microagulhamento de 1,5 mm. 
Todos os participantes usaram 
protetor solar de amplo espectro. 
Este estudo piloto demonstrou 
que o microagulhamento suave 
promoveu alterações precoces 
na epiderme e derme superior 
que levaram à reversão de 
alguns padrões estruturais no 
melasma, comprovando sua 
melhora clínica. 
 
Menon et al., 202013 
 
Comparar a segurança e eficácia do 
microagulhamento com ácido 
tranexâmico versus 
microagulhamento com vitamina C 
no tratamento do Melasma. 
Trata-se de um estudo comparativo. 
Estudo conduzido em 30 pacientes 
do sexo feminino com Melasma. O 
microagulhamento com ácido 
tranexâmico foi feito no lado 
esquerdo e o microagulhamentocom vitamina C foi feito no lado 
direito da face. 
Ao final de 8 semanas, ambos 
os grupos mostraram melhora 
com ácido tranexâmico e 
vitamina C. No entanto, a 
melhora foi maior com ácido 
tranexâmico do que com 
vitamina C, embora não 
estatisticamente significativa. 
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Menon+A&cauthor_id=32055507
12 
 
 
Quadro 1 - Intervenção com recursos de microagulhamento, ácidos, antioxidantes e peeling químico 
(conclusão) 
Autor/ Ano Objetivos Métodos Resultados 
 
Piquero-Casals et al., 202014 
 
 
Determinar os efeitos clínicos de um 
protocolo de tratamento de ácido 
tricloroacético, ácido fítico e peeling 
de ácido ascórbico combinado com 
suplemento antioxidante oral e 
tratamento tópico para melasma 
refratário. 
Participaram quatro pacientes com 
melasma. O protocolo durou 16 
semanas envolvendo 3 peelings na 
clínica (4 semanas de intervalo) e 
um tratamento diário em casa. O 
tratamento domiciliar foi um protetor 
solar específico FPS50 + e um 
suplemento oral de vitamina C, 
todos pela manhã e, à noite, um gel-
creme composto (4% de 
hidroquinona, 0,025% de tretinoína e 
1% de hidrocortisona). 
Todos os pacientes tiveram 
boa tolerância aos 
procedimentos. Três 
mostraram uma melhora 
excelente (> 75%) e um 
mostrou uma melhora boa (50-
75%). Todos os quatro ficaram 
muito satisfeitos. No 
acompanhamento (12 
semanas após o último 
peeling), nenhum paciente 
apresentou recorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Piquero-Casals+J&cauthor_id=32161485
13 
 
 
Quadro 2 - Intervenção com fototerapia e eletroterapia. 
(continua) 
Autor/Ano Objetivo Método Resultados 
 
Kong et al., 201815 
Avaliar a eficácia do laser do tipo 
PDL combinado com o laser 
Nd:YAG de Q-Switch de baixa 
fluência (QSNY) no tratamento do 
melasma. 
 
Dezessete pacientes com melasma 
foram incluídos neste estudo. Todos 
os indivíduos foram tratados com 
um total de nove sessões de 
tratamento QSNY em intervalos de 
uma semana. Além disso, três 
sessões de PDL foram realizadas 
imediatamente após o tratamento 
com QSNY na metade da face no 
início do estudo, semana 4 e 
semana 8. A área do melasma e o 
índice de gravidade (MASI) foram 
calculados no início, uma semana 
após o último tratamento (semana 
9), bem como no acompanhamento 
8 semanas após o último tratamento 
(semana 16). 
 
As pontuações MASI no lado PDL + 
QSNY e QSNY diminuíram 
significativamente durante o período 
de estudo. Não houve diferença 
significativa na alteração do escore 
MASI entre os dois lados em todos 
os períodos. No entanto, sete 
pacientes que tiveram capilares 
visivelmente alargados na 
dermatoscopia mostraram diferença 
significativa em ambos os lados em 
termos de alterações no escore 
MASI durante o tratamento. 
 
 
 
MASI – Índice de área e gravidade 
do Melasma. 
 
 Jung et al., 201916 
 
 
Determinar se a condução de 
radiofrequência com microagulhas 
poderia ser uma terapia adjuvante 
para Melasma. Foi estudado o efeito 
de tratamentos simultâneos com 
tonificação a laser e RF 
(radiofrequência) para melasma. 
 
Quinze pacientes com melasma 
realizaram cinco sessões de 
tonificação a laser e RF com 
microagulhas no lado direito da face 
e apenas tonificação a laser no lado 
esquerdo. As respostas aos 
tratamentos foram avaliadas usando 
o escore Mexameter, o escore do 
índice de pigmentação e gravidade 
(PSI) e a avaliação geral do 
paciente. 
PSI – Escore do índice de 
pigmentação e gravidade. 
Mexameter – Analisador de pele do 
nível de melanina. 
 
Tanto a tonificação a laser quanto a 
terapia combinada mostraram 
reduções significativas no 
Mexameter e no escore PSI após 
cinco sessões de tratamento. A 
terapia combinada mostrou uma 
melhora mais significativa do 
melasma do que a tonificação a 
laser. Nenhum efeito colateral 
notável foi relatado. 
 
 
14 
 
 
 
 
Quadro 2 - Intervenção com fototerapia e eletroterapia 
(conclusão) 
Autor/Ano Objetivo Método Resultados 
 
 
Johnson et al., 202017 
Avaliar a eficácia das aplicações 
noturnas de creme de cisteamina, 
lavadas após 15 minutos, com 
sessões mensais de tratamento a 
laser em consultório usando um 
laser de granada de ítrio alumínio 
dopado com neodímio de 650 
microssegundos e 1.064 nm. 
Três pacientes representando uma 
variedade de pele clara, média e 
escura, foram instruídos a aplicar 
creme de cisteamina todas as noites 
nas áreas afetadas e enxágue após 
15 minutos. Os pacientes foram 
orientados a não usar nenhuma 
outra terapia tópica para o melasma, 
mas receberam protetor solar com 
fator de proteção solar (FPS) 50 
com orientação de uso diário, 
independente da atividade ou clima. 
Além disso, cada paciente foi 
submetido a tratamentos mensais 
com o laser Nd: YAG de 1064 nm de 
650 microssegundos por quatro 
meses, em um total de quatro 
sessões 
Todos os pacientes relataram 
satisfação com os resultados desta 
terapia combinada. Nenhum dos 
pacientes sentiu irritação com o 
produto nem desconforto / tempo de 
inatividade com as sessões de laser. 
Foi explicado aos pacientes sobre os 
efeitos negativos da exposição ao 
sol na pele, incluindo o agravamento 
do melasma, e foram orientados a 
continuar usando filtro solar 
regularmente. Todos os três 
pacientes optaram por continuar os 
tratamentos mensais a laser. 
 
 
 
15 
 
 
Quadro 3 - Intervenção com fotoproteção. 
Autor/Ano Objetivo Método Resultados 
 
Boukari et al., 201518 
 
 
 
Avaliar e comparar as propriedades 
protetores contra recidivas de 
Melasma dos filtros solares que 
protegem contra UVA/UVB com e 
sem proteção da luz visível. 
Estudo prospectivo e randomizado. 
A amostra foi composta por 40 
participantes, onde as pacientes 
com Melasma foram randomizadas 
para receber as fórmulas A: 
UVA/UVB com proteção da luz 
visível e fórmula B: UVA/UVB sem 
proteção da luz visível. 
 O grupo controle usou o mesmo 
protetor solar UV que fornecia a 
mesma proteção UV-B e UV-A 
sem o óxido de ferro. Uma 
redução significativamente maior 
na pontuação do Índice de 
Gravidade da Área de Melasma 
(MASI) ocorreu em pacientes 
tratados com a combinação da 
fórmula de luz UV-visível. Ambos 
os estudos documentam os 
efeitos benéficos da proteção à 
luz visível em pacientes com 
melasma. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Dos 9 artigos selecionados para esta revisão, no que diz respeito aos países no 
qual foram realizados os estudos, dois se tratavam de estudos na Índia, dois na 
Coreia, um no Irão e quatro artigos não identificaram o local de estudo. Em relação a 
idade das mulheres nem todos os estudos demonstraram, apenas alguns relatam que 
eram mulheres acima de 18 anos. Os tratamentos utilizados envolveram comparação 
de recursos isolados ou combinados. Dentre eles, recursos que envolviam 
intervenções com microagulhamento, ácidos despigmentantes, antioxidantes, 
fototerapia e eletroterapia como uso de lasers e radiofrequência com microagulhas e 
intervenções com fotoproteção e tratamentos domiciliares. 
 
DISCUSSÃO 
Segundo Steiner et al. (2009)19 e Steiner et al. (2011)20, o tratamento do 
melasma tem como principal objetivo o clareamento das lesões e a prevenção e 
redução das áreas afetadas, com o menor efeito colateral possível. A combinação de 
tratamentos é muito utilizada com o intuito de maximizar os resultados em casos 
difíceis21. 
Dentre os recursos proporcionados pela fisioterapia dermatofuncional para o 
tratamento do Melasma está o peeling químico que consiste na aplicação de um ou 
mais agentes esfoliantes na pele, promovendo a inibição da síntese de melanina 
depositada na pele, agindo assim, na remoção dos pigmentos hipercrômicos22. Neste 
processo é utilizado substâncias ácidas tais como ácido tricloroacético, ácido 
ascórbico, ácido tranexâmico, hidroquinona, dentre outros, que irão trazer como 
resultado e/ou benefício o clareamento da pele e redução da área afetada. 
A combinação de TCA 20% com creme de ácido ascórbico5% no melasma 
epidérmico demonstrou, no estudo de Dayal et al. (2017)10 maiores resultados no 
MASI e qualidade de vida nos pacientes tratados com a associação dos dois recursos 
do que somente com o uso do recurso isolado de TCA. 
Corroborando com estes resultados, o estudo de Spohr (2018)23 relata que o 
ácido ascórbico tópico (vitamina C) é amplamente utilizada para o tratamento de 
melasma, considerada eficaz e segura, tendo como benefício reduzir a síntese de 
melanina, efeito antioxidante e fotoprotetor, com ainda mais vantagem sobre o 
fotoprotetor por ser retido na epiderme por mais tempo. Sugeriu-se que por sua ação 
17 
 
 
inibitória sobre a melanogênese, a vitamina C pode ser um bom agente para combater 
a hiperpigmentação. 
Da mesma forma, o ácido tricloroacético (TCA) tem sido usado como agente 
peeling superficial e versátil, porém em poucas pesquisas relata seus benefícios no 
melasma, portanto sugere-se necessárias mais evidências a respeito do ácido, o que 
pode ser devido ao fato de que a hiperpigmentação é um efeito colateral do mesmo24-
25. 
Em relação a combinação dos ácidos, há apenas um outro estudo de Soliman et 
al. (2007)26 que afirma na literatura o uso da terapia combinada. Portanto, sugere-se 
estudos mais elaborados para confirmar a eficácia clínica e segurança desta 
combinação. 
Em outro resultado dessa pesquisa, Piquero-Casals (2020)14 realiza também um 
protocolo de tratamento de ácido tricloroacético e peeling de ácido ascórbico, os 
mesmos que foram citados no estudo de Dayal et al. (2017)10, a diferença é que a 
pesquisa também faz a associação com o ácido fítico e juntamente com um tratamento 
domiciliar diário, onde resultou que todos os pacientes apresentaram melhora estética 
e boa tolerância aos procedimentos e produtos tópicos, relataram estar muito 
satisfeitos com o tratamento combinado e os resultados. 
Concordando com esses resultados, Abdel-Meguide et al. (2017)27 informa que 
os peelings despigmentantes associados aos ácidos tricloroacético, ascórbico e fítico 
representam uma opção eficaz, no qual mostram a importância da terapia combinada 
com um e tratamento caseiro tópico sendo uma opção de tratamento adequada para 
melasma refratário. 
De acordo com os resultados apresentados, as comparações realizadas por Atefi 
et al. (2017)11 entre o ácido tranexâmico e a hidroquinona, demonstraram que apesar 
de ambos apresentarem resultados importantes no tratamento do melasma, o ácido 
tranexâmico é considerado uma opção melhor e mais segura, já que seus efeitos 
colaterais não são significativos. 
Concordando com esse resultado, Kim et al. (2015)28 ressaltam que o uso do 
ácido tranexâmico é eficaz no tratamento do melasma em virtude de sua ação 
clareadora e seus mecanismos que incluem inibição da proliferação de melanócitos, 
inibição da formação de melanina nos melanócitos, recuperação acelerada da barreira 
18 
 
 
da pele prejudicada na qual trata-se de uma opção segura e promissora no tratamento 
dessa disfunção. 
No caso da hidroquinona, mesmo sendo um agente despigmentante tópico, 
utilizada para clarear áreas com o melasma, Monteiro (2012)3 relata que os efeitos 
colaterais causados por esse recurso caracterizam-se por irritação, eritema, prurido 
ou queimação e descamação. Por isso, alguns pacientes que sofrem com o Melasma 
optam por não fazer o uso. No entanto, os autores Vanzin e Pires (2011)29 exaltam 
que o uso de hidroquinona na concentração de 2-4% por um período não excedente 
há seis meses é menos tóxico. 
Conforme os resultados apresentados neste estudo, no que se refere ao 
microagulhamento, o estudo de Cassiano et al. (2019)12 avaliou os efeitos do 
microagulhamento após uma única sessão para o tratamento do Melasma facial. Ao 
fim do estudo, foi demonstrado que esta técnica promoveu alterações precoces na 
epiderme e derme, comprovando sua melhora clínica. 
Corroborando com os achados de Lima et al. (2017)30, Alster e Graham (2018)31 
o tratamento do melasma com microagulhamento tem melhora a longa prazo pois 
causa poucos danos epidérmicos, acelera a recuperação da pele e limita os riscos de 
infecção, pigmentação pós inflamatória e cicatrizes, enquanto estimula a cicatrização 
de feridas na derme, podendo restaurar o dano da derme superior e da membrana 
basal no melasma, desfavorecendo o contato dos melanócitos. No entanto, o 
mecanismo exato que promove o clareamento da pele não é conhecido, portanto 
sugere-se maiores pesquisas a respeito do recurso, pois pouco se fala sobre a ação 
isolada do microagulhamento com potencial efeito clareador. 
No que se refere a associação do microagulhamento a outros recursos, 
observou-se, nesta pesquisa que, no estudo de Menon et al. (2020)13, foi verificado a 
eficácia do microagulhamento no tratamento do melasma, porém associado a 
combinação de outros ácidos, no qual compararam a segurança e eficácia do 
microagulhamento com ácido tranexâmico versus microagulhamento com vitamina C. 
Ao fim do estudo, foi considerado tanto o TXA quanto a vitamina C tratamentos 
eficazes e seguros para o melasma. Porém, o TXA foi considerado mais eficaz. 
Reforçando esse resultado, o estudo de Lima et al. (2015)32, os autores citam a 
importância do microagulhamento associado à permeação de ácidos, pela 
propriedade de estimular a permeação dos ativos despigmentantes, como a Vitamina 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Menon+A&cauthor_id=32055507
19 
 
 
C, que é comprovada na inibição da melanogênese, na síntese do colágeno e na ação 
antioxidante, até as camadas mais profundas da epiderme ou da derme, com 
resultados otimizados. 
Conforme o estudo de Tse e Hui (2013)33, o TXA atua em vários níveis de 
melanogênese no melasma, sendo então um importante agente terapêutico 
promissor, no qual age inibindo a ativação de melanócitos por luz ultravioleta e 
também a proliferação dos melanócitos induzida por hormônios. 
Como relatado nos estudos acima em relação a melhora clínica nas pacientes 
com melasma, os tratamentos combinados de microagulhamento com agentes tópicos 
como vitamina C e ácido tranexâmico, se tornam mais eficientes do que somente o 
recurso isolado. 
Além do tratamento químico para o melasma, também há destaque para outros 
recursos tais como a fototerapia e eletroterapia. O laser, quando é aplicado na pele 
com hiperpigmentação age causando um "impacto" que destrói a estrutura do 
pigmento que será absorvido pela melanina e eliminado pelas nossas células. As 
vantagens das tecnologias atuais é que o pulso é rápido e intenso, quebrando o 
pigmento. Os dispositivos a laser representam alternativas para o tratamento do 
melasma. O tratamento com lasers, geralmente, é indicado aos pacientes que não 
respondem ao tratamento tópico primário e cosmético, porém sua eficácia e 
segurança ainda são controversas34. 
Em relação a utilização do Laser no tratamento do melasma, verificou-se 
resultados positivos, em um estudo comparativo, KONG et al. (2018)15 que submeteu 
17 pacientes ao tratamento com laser, com QSNY ou PDL + QSNY. Dessa forma, 
resultou que a combinação de PDL combinado com QSNY foi considerada como um 
tratamento seguro e eficaz para pacientes com melasma que apresentaram capilares 
visivelmente alargados na dermatoscopia. 
Reforçando esse resultado, Geddes et al. (2016)35 afirma que o laser direcionado 
ao vaso sanguíneo pode diminuir a estimulação dos melanócitos. O laser Nd: YAG 
(QSNY) Q-switch de baixa fluência de 1.064 nm tem como benefício promover um 
menor curto tempo de inatividade e uma maior segurança, pois penetra os grânulos 
de melanina sem causar destruição da célula. No entanto, o laser de corante pulsado 
(PDL) é considerado uma intervenção padrão ouro, pois atua diretamente aos vasos 
sanguíneos e como forma de tratamento combinada com modalidades direcionadas a 
20 
 
 
pigmentos promove uma melhor eficácia. Apesar de que o estudo trouxeboas 
evidências na combinação dos lasers para o tratamento do melasma, ainda tem 
poucas pesquisas sobre a combinação. 
Em outro resultado desta pesquisa, Jung et al. (2019)16 realiza também um 
protocolo de tratamento no que se refere o uso de laser, no qual já foi visto a sua 
eficácia, porém em combinação com outro recurso, a radiofrequência com 
microagulhas. Neste estudo, 15 pacientes receberam o tratamento em hemifaces 
diferentes, resultando que ambos os recursos mostraram reduções significativas no 
melasma, no entanto, a terapia com radiofrequência mostrou uma melhora mais 
significativa do melasma do que somente a tonificação a laser. 
Corroborando com os resultados, no estudo de Lolis e Goldberg (2012)36 
afirmam que a radiofrequência (RF) induz alterações diretas na junção 
dermoepidérmica e derme com ablação mínima da epiderme, sendo eficaz no 
tratamento do melasma pois melhora a matriz extracelular prejudicada da pele, 
comumente encontrada no melasma. Porém, ainda é escasso pesquisas com um 
acompanhamento mais longo determinando a intensidade e profundidade adequadas 
do tratamento deste recurso, sugerindo-se evidências futuras. 
Os achados de Johnson et al. (2020)17 mostram resultados positivos e 
satisfatórios da combinação do creme de cisteamina e o laser nd: YAG de 1064nm de 
650microssegundos em melasma persistente. 
Concordando com a eficácia da cistramina, no estudo de Kasraee et al. (2019)37, 
o autor reforça sua indicação nas desordens de hiperpigmentação cutânea, atuando 
como corretor de pigmentos, reduzindo fortemente a melanina na epiderme, corrigindo 
eficazmente o melasma, sendo muito mais potente e segura que a hidroquinona e 
indicada para pacientes com melasma resistente ou com desordens de 
hiperpigmentação causadas no pós gestacional. 
Os fotoprotetores atuam como procedimentos essenciais na manutenção e 
prevenção do melasma, sendo um cuidado necessário e diário. A orientação a 
gestante do uso durante o período gravídico e pós gestação é fundamental, 
considerando que alterações de pigmentação podem ser prevenidas ou minimizadas 
evitando desconfortos e impactos na qualidade de vida1. 
O presente estudo de Boukari et al. (2015)18, avaliou as propriedades protetoras 
contra o melasma, com filtros solares que protege contra UVA/UVB, sendo eles 
21 
 
 
protetores a luz visível e sem proteção a luz visível. Foi verificado que Protetores 
solares de amplo espectro que protegem da radiação ultravioleta são úteis no manejo 
do melasma. O filtro solar colorido fornece proteção parcial nos comprimentos de 
ondas visíveis visados. 
Nesse sentido, Habif (2012)38, salienta a importância dos cuidados essenciais 
com a pele no período gestacional e o uso diário dos filtros solares. Entre eles podem-
se encontrar filtros físicos, que são agentes físicos opacos onde refletem a luz solar e 
os filtros químicos, substâncias incolores, que absorvem os raios solares. Atualmente, 
os melhores filtros químicos são aqueles que absorvem a radiação UVA e a UVB. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nesta revisão de literatura integrativa, observou-se que a fisioterapia dermato-
funcional utiliza diversos recursos para o tratamento de melasma decorrente da 
gestação. Entretanto, para maior segurança gestacional e saúde do bebê, é indicado 
estes recursos sejam utilizados após o período de amamentação. Desta forma, as 
intervenções apresentadas neste estudo devem ser postergadas para o período pós 
gestacional. 
Os principais recursos dermatofuncionais utilizados foram peeling químico com 
uso dos mais variados ácidos, laserterapia, microagulhamento e fotoprotetor. O uso 
da fotoproteção é considerado imprescindível para a prevenção do melasma, como 
também é extremamente importante para potencializar o tratamento. 
Os protocolos encontrados mostraram os melhores resultados através dos 
recursos combinados do que o uso isolado de recursos terapêuticos. Assim, os 
principais resultados com o uso destes recursos, além do clareamento do melasma e 
a redução das áreas afetadas, também foi observado melhora da tonicidade da pele 
e rejuvenescimento facial. 
Apesar de o melasma ser uma condição que não apresenta ter caráter grave, é 
um acometimento na pele que afeta esteticamente a aparência da mulher e pode 
causar consequências como baixa autoestima comprometendo o psicoemocional e 
social. 
 Desta forma, este estudo permitiu uma compreensão sobre os tratamentos 
dermatofuncional utilizados para o melasma no período pós gestacional, que 
22 
 
 
possibilita a mulher minimizar os prejuízos estéticos, emocionais e contribuir para 
saúde e bem-estar. Contudo percebeu-se uma escassez de pesquisas empregando a 
segurança da mulher e da criança. Portanto é necessário à continuidade de pesquisas 
visando tratamentos seguros. 
 
CONFLITO DE INTERESSE 
 
Os autores declaram que não tem conflitos de interesse. 
 
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