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TEMA: As categorias do campo político: sistemas, regimes e doutrinas.  
5. As categorias do campo político: sistemas, regimes e doutrinas políticas.  
Estimular a compreensão das categorias políticas, sistema, regime e doutrina, fundamentais ao fenômeno jurídico-político. 
 
5.1. Republicanismo e Monarquismo 
 
"Maquiavel, consagrado como fundador da ciência política moderna, substituiu a divisão tríplice do filósofo grego pela divisão dualista das formas de governo: Monarquia e República (governo da minoria ou da maioria).
Colocou o problema nos seus exatos termos o sábio secretário florentino, pois aristocracia e democracia não são propriamente formas de governo, mas, sim, modalidades intrínsecas de qualquer das duas formas.
Em poucas e incisivas palavras dá Maquiavel a distinção fundamental: o governo renova-se mediante eleições periódicas - estamos diante da forma republicana; o governo é hereditário e vitalício - está caracterizada a monarquia. 
Queiroz Lima enumera as seguintes características da forma monárquica: a) autoridade unipessoal; b) vitaliciedade; c) hereditariedade; d) ilimitabilidade do poder e indivisibilidade das supremas funções de mando; e) irresponsabilidade legal, inviolabilidade corporal e sua dignidade. Evidentemente, essas são as características das monarquias absolutas, mas há também as monarquias limitadas, como adiante veremos. Características essenciais comuns, das monarquias, são apenas duas: a) hereditariedade; b) vitaliciedade. 
A forma monárquica não se refere apenas aos soberanos coroados; nela se enquadram os consulados e as ditaduras (governo de uma só pessoa). 
Por outro lado, as características essenciais da forma republicana são: a) eletividade; b) temporariedade. 
  
5.2. Liberalismo. 
  
"Deve-se o fracasso do Estado liberal ao fato de ter ele atuado estritamente no plano político-jurídico, sem disciplinar a ordem sócio-econômica. Essencialmente individualista, desconheceu os direitos da sociedade. Falhou até mesmo no seu individualismo por desconhecer o homem-operário, materialmente fraco e premido no meio social por insuperáveis dificuldades de ordem econômica. 
Profundamente libertário igualitário, declarou que todos os indivíduos possuem os mesmo direitos e as mesmas possibilidadeds, de sorte que ao Estado competia apenas policiar a ordem jurídica. A vida social e econômica deveria desenvolver-se naturalmente, à mercê das iniciativas individuais, de conformidade com as leis do liberalismo econômico, a lei da oferta e procura, a da livre concorrência etc., as quais conduziriam a sociedade, fatalmente, a uma ordem ideal desejada por todos. Tinha o Estado por lema o postulado clássico do liberalismo econômico: Laissez-faire, laissez-passer, et le monde va la lui-même..." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 315.
5.3. Socialismo, Comunismo e Anarquismo. 
  
"De todas as escolas socialistas, a mais indefinida e multiforme é a do socialismo do Estado (ou socialismo integral), que se não distingue fundamentalmente do socialismo de cátedra, autêntico coletivismo, em que o Estado perde as suas características próprias para transformar-se em instrumento de opressão a serviço de uma ditadura classista. Para esta escola, o Estado é proprietário único, inclusive dos meios de trabalho, dirigindo verticalmente a produção e a distribuição. No campo social, o Estado absorve todas as atividades, levando a sua concepção materialista ao ponto de impedir as tendências naturais de religiosidade, sob pretexto de que as manifestações espiritualistas, sejam quais forem, colidem fundamentalmente com a filosofia básica do Estado. 
O socialismo de Estado se impõe através de um governo ditatorial, que tem a seu cargo consolidar a ordem revolucionária e suprimir todas as resistências, particularmente das forças capitalistas particulares e da burguesia. É a sua primeira fase. Na segunda, realizam-se os planejamentos, por meio dos planos quinquenais, característicos do stalinismo, pelos quais se chegaria ao estágio superior de evolução da ordem comunista. Neste ponto, extinguir-se-ia o Estado como governo de pessoas, para dar lugar a um simples sistema de adminsitração do patrimônio comum. Em suma, o socialismo de Estado seria o meio pelo qual se atingiria o fim ideal, que é o comunismo, sonho e miragem dos utopistas." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 357.
5.4. Formas de governo
“A expressão “forma de governo” designa a estrutura fundamental do governo, isto é, a natureza dos cargos que o compõem. É a forma assumida pela autoridade máxima de uma sociedade política. As formas de governo consideradas legítimas no mundo contemporâneo, por estarem fundadas em leis estabelecidas, são a monarquia e a república. Cada uma delas é o resultado de um longo processo histórico através do qual passaram por profundas transformações. As principais diferenças entre essas formas de governo dizem respeito ao cargo de chefe de Estado, que na monarquia é vitalício e hereditário, enquanto na república é eletivo e temporário.
O pensamento político ocidental consolidou, ao longo de séculos, uma tradição de reflexão teórica sobre as formas de governo, na qual se destacam pensadores clássicos e modernos que produziram tipologias dessas formas a partir de diferentes critérios de classificação. Aristóteles, um dos pioneiros, distingue os governos em função do número dos que participam da autoridade política e do interesse visado por esta. Cícero acolhe a tipologia aristotélica, porém, influenciado por Políbio, demonstra a superioridade do chamado governo misto, uma forma resultante da combinação de outras que, embora boas, são sujeitas à corrupção. Maquiavel, por um lado, apresenta uma concepção cíclica acerca da formação e decadência dos governos e, por outro, reduz a diversidade de governos a duas formas fundamentais: principados e repúblicas.
No Brasil, o nascimento do Estado foi marcado pela instauração de uma monarquia constitucional com características peculiares devido à magnitude do poder atribuído ao Imperador. Todavia, os ideais republicanos, disseminados na Europa e na América do Norte, foram responsáveis pela queda da monarquia no Brasil e pela implantação de uma república federativa e presidencialista. Após alguns períodos de autoristarismo, vigora, hoje, no Brasil, um Estado Democrático de Direito.” MACIEL, Marcelo Costa. Formas de Governo. In: FERREIRA, Lier Pires. GUANABARA, Ricardo. JORGE, Vladimyr Lombardo .(org.). Curso de teoria geral do Estado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 215.

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