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Aula 03 - Microdrenagem (parte 1)

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DRENAGEM URBANA
Aula 3 - Microdrenagem
Não há uma lei regulamentar nacional específica sobre drenagem pluvial urbana
Existem instrumentos a nível federal, estadual e municipal que podem orientar esse processo
Drenagem Urbana - Regulamentação
Contexto Regulamentar Brasileiro
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
LEI FEDERAL nº 10257/2001 – “O ESTATUTO DAS CIDADES”
Instrumentos de planejamento previstos nesta lei a nível municipal:
Plano diretor (zoneamento urbano)
Disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo
Zoneamento ambiental
Planos, programas e projetos setoriais, como a gestão das águas urbanas
ZONEAMENTO
Controle legal do uso do solo por meio de partições espaciais que conferem as possiblidades e proibições
Responsabilidade de cada município
GANHOS
Proteção de áreas ambientais sensíveis Ex. as úmidas
Restrição de ocupação das áreas de risco. Ex. ribeirinhas
Restrição da ocupação de áreas de interesse para gestão de águas pluviais. Ex. locais para implantação de bacias de retenção 
OUTROS DISPOSITIVOS LEGAIS
Resolução CONAMA nº 357/2005 = padrões de lançamento em corpos receptores
Lei Federal de nº 9433/1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos
Lei Federal nº 11.445/2007 - Diretrizes nacionais para o saneamento básico
	
	Art 3°. drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
DECRETO Nº 7.217/2010 - Regulamenta a Lei no 11.445/2007
	Art. 15: considera-se serviço publico de manejo das águas pluviais urbanas: Drenagem urbana, Transporte de águas pluviais urbanas, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, e tratamento e disposição final das águas pluviais urbanas
Lei Federal de nº 12.651 /2012 = Novo Código Florestal 
Dispositivos legais municipais
Indiretamente interferem na questão da drenagem urbana de águas pluviais
Contexto Regulamentar Brasileiro
 A drenagem faz parte da infraestrutura urbana, portanto, deve ser planejada em conjunto com os outros sistemas, principalmente o plano de controle ambiental, esgotamento sanitário, disposição de material sólido e tráfego.
O escoamento durante os eventos chuvosos não pode ser ampliado pela ocupação/urbanização da bacia, tanto num simples loteamento, como nas obras de macrodrenagem existentes no ambiente urbano. O princípio é de que cada usuário urbano não deve ampliar a cheia natural (pré-definida pelo poder público);
Plano de controle da drenagem urbana deve contemplar as bacias hidrográficas sobre as quais a urbanização se desenvolve. As medidas não podem reduzir o impacto de uma área em detrimento de outra, ou seja, os impactos de quaisquer medidas não devem ser transferidos. Caso isso ocorra, deve-se prever uma medida mitigadora;
Drenagem Urbana: Princípios Gerais
O Plano DEVE ser compatível com o planejamento do saneamento ambiental, o controle do material sólido e a redução da carga poluente nas águas pluviais;
As medidas não-estruturais devem ser prioritárias para o controle das inundações ribeirinhas;
As medidas legais devem incentivar a preservação dos mecanismos naturais do escoamento através: infiltração; recuperação do armazenamento do escoamento; diminuição da velocidade de erosão; melhoria da qualidade da água;
Planejamento do controle dos impactos existentes e prevenção devem ser realizados para as bacias hidrográficas sobre as quais a urbanização se desenvolve e na qual a cidade é dividida. O plano de cada bacia deve conter todos os impactos e estes não devem ser transferidos para a jusante da bacia;
Drenagem Urbana: Princípios Gerais
O custo da implantação das medidas estruturais e da operação e manutenção da drenagem urbana deve ser transferido aos proprietários dos lotes, proporcionalmente a sua área impermeável, que é a geradora de volume adicional, com relação as condições naturais;
Buscar o controle do escoamento urbano na fonte;
O controle de enchentes é um processo permanente. Não basta que sejam estabelecidos regulamentos e que sejam construídas obras de proteção; é necessário estar atento às potenciais violações da legislação e na expansão da ocupação do solo de áreas de risco. Portanto, recomenda-se que: nenhum espaço de risco seja desapropriado se não houver uma imediata ocupação pública que evite a sua invasão;
Drenagem Urbana: Princípios Gerais
Referências
BAPTISTA, M.; NASCIMENTO, N.; BARRAUD, S. Técnicas compensatórias em drenagem urbana. 2ª ed. Porto Alegre: ABRH, 2005. 318p.
CANHOLI, A.P. Drenagem urbana e controle de enchentes. 2ª ed. ampliada e revisada. São Paulo: Oficina dos Textos, 2014. 384p.
SUDERHSA - Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Manual de drenagem urbana: Região Metropolitana de Curitiba- PR. Versão 1.0, 2002. 150p
TUCCI, E.M.C. Inundações urbanas. Porto Alegre: ABRH/RHAMA, 2007. 393p.
TUCCI, E.M.C.; BERTONI, J.C. Inundações urbanas na América do Sul. Porto Alegre: ABRH, 2003. 471p.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
 
Uma estrutura de entrada: projetada para permitir a entrada da água pluvial no sistema de coleta. Ex: bocas de lobo;
Tubulações: transportam as águas pluviais, em segurança, de áreas urbanas para rios. Quase sempre compostas por seções circulares;
Muro de contenção: permitem a saída das águas pluviais do sistema (protegem o sistema).
Definida por
INCLUI coleta e afastamento das águas pluviais através de pequenas e médias galerias e dispositivos 
Sistema de condutos pluviais a nível de loteamento ou de rede primária urbana 
ENTRADA
TUBULAÇÃO
MURO DE CONTENÇÃO: SAÍDA
ENTRADA
Fonte: Gribbin (2014) 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
PLANTAS
Planta de situação da localização da área dentro do município.
Planta geral da bacia contribuinte: escalas 1:5.000 ou 1:10.000, juntamente com a localização da área de drenagem. 
Planta planialtimétrica da área do projeto na escala 1:2.000 ou 1:1.000, com pontos cotados nas esquinas e em pontos notáveis.
OBS: No caso de não existir planta plani-altimétrica da bacia, deve ser delimitado o divisor topográfico por poligonal nivelada.
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Nivelamento geométrico em todas as esquinas, mudança de direção e mudança de greides das vias públicas.
Dados necessários à elaboração de um projeto
Microdrenagem: conceitos fundamentais
CADASTRO
De redes existentes de esgotos pluviais ou de outros serviços que possam interferir na área de projeto de drenagem.
URBANIZAÇÃO: seleção dos seguintes elementos relativos à urbanização da bacia contribuinte, nas situações atual e previstas no plano diretor, abrangendo:
Tipo de ocupação das áreas (residências, comércio, praças, etc.);
Porcentagem de área impermeável projetada de ocupação dos lotes;
Ocupação e recobrimento do solo nas áreas não urbanizadas pertencentes à bacia.
DADOS RELATIVOS AO CURSO DE ÁGUA RECEPTOR
 Indicações sobre o nível de água máximo do rio que irá receber o lançamento final;
Levantamento topográfico do local de descarga final.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Dados necessários à elaboração de um projeto
TRAÇADO DA REDE
Com base
Topografia disponível
Rede de drenagem 
REGRAS BÁSICAS: traçado da rede
Rede coletora: lançada em planta baixa (escala 1:2.000 ou 1:1.000)
Os divisores das bacias e as áreas contribuintes a cada trecho deverão ficar convenientemente assinalados nas plantas;
Os trechos em que o escoamento se dê apenas pelas sarjetas devem ficar IDENTIFICADOS por meio de setas;
As galerias pluviais, sempre que possível, deverão ser lançadas sob os passeios (< custo de manutenção);
O projeto deve estabelecer a área máxima impermeável de cada lote do parcelamento, além das áreas comuns.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Fonte: SUDERHSA (2002)
Microdrenagem: conceitosfundamentais
Baseia-se:
 Subdivisão da área e traçado da rede;
 Determinação das vazões máximas que afluem à rede de condutos;
 Dimensionamento da rede de condutos.
Elemento + importante: ESCOLHA da tubulação com DIÂMETRO e DECLIVIDADE suficiente para transporte da VAZÃO de PROJETO!
COMO ISSO É FEITO?
COMPARAÇÃO da CAPACIDADE de transporte da tubulação (m³/s) e a VAZÃO de PROJETO (m³/s) 
Se capacidade > vazão = OK!
Microdrenagem: conceitos fundamentais
DIMENSIONAMENTO
1) Bocas-de-lobo ou bocas-leão (acopladas a caixas coletoras): dispositivos localizados em pontos convenientes, nas sarjetas, e junto aos meios-fios, para captação de águas pluviais.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Dependendo da estrutura, localização ou do funcionamento, as bocas coletoras recebem várias qualificações 
Quanto a estrutura da abertura ou entrada 
 Simples ou lateral ou de guia ou ainda, de chapéu; 
 Gradeadas ou de grelha: com barras longitudinais ou transversais; 
 Combinada; 
 Múltipla. 
BOCAS DE LOBO CLASSIFICAÇÃO
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Boca de lobo de sarjeta
Boca de lobo de guia
Boca de lobo combinada
Colocadas ao nível da sarjeta ou + rebaixadas, geralmente retangulares
Possuem 1 abertura no meio-fio e outra na sarjeta, uma em frente a outra, de mesmo comprimento
Situada ao longo da face vertical do meio fio
Boca de lobo 
múltipla-combinada
BOCAS DE LOBO MODELOS
BOCAS DE LOBO MODELOS
DEPRESSÃO:
Texas (2004): define que a boca de lobo pode ter depressão, isto é, um rebaixo que varia de 25 mm a 125 mm.
De modo geral: sugere-se evitar a depressão, pois uma depressão muito grande pode não ser segura ao tráfego de veículos. Também pode gerar dificuldades ao deslocamento de idosos e crianças (bocas em locais inapropriados)!
Depressão de 25 mm: onde a boca de lobo está na área do tráfego
Depressão de 25 a 75 mm: onde a boca de lobo está fora do trafego
Depressão de 25 a 125 mm: pode ser usada em ruas de trafego leve e que não são acessos a rodovias.
Dica: a declividade transversal de uma rua normalmente adotada é de 2% ou 3%.
BOCAS DE LOBO MODELOS
b) quanto a localização ao longo das sarjetas 
 Intermediárias: situam-se em pontos ao longo das sarjetas onde a capacidade destas atingem o limite máximo admissível 
 De cruzamentos: situam-se imediatamente a montante das seções das sarjetas, nas esquinas dos quarteirões, nascendo da necessidade de evitar o prolongamento do escoamento pelo leito dos cruzamentos;
 De pontos baixos: caracterizam-se por receberem contribuições por dois lados, visto que situam-se em pontos onde há a inversão côncava da declividade de rua, ou seja, na confluência de duas sarjetas de um mesmo lado da rua 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
BOCAS DE LOBO CLASSIFICAÇÃO
Fonte: SUDERHSA (2002)
BOCAS DE LOBO CLASSIFICAÇÃO
Microdrenagem: conceitos fundamentais
c) Quanto ao funcionamento
 
 Livre: funciona como vertedor (quando a água acumulada sobre a boca-de-lobo gera uma lâmina de água com altura < do que a abertura da guia)
 Afogada: funciona como orifício e geralmente possuem grade
Microdrenagem: conceitos fundamentais
BOCAS DE LOBO CLASSIFICAÇÃO
 B) BOCA COLETORA COM GRELHA
 Sarjetas com limitação de depressão;
 Inexistência de materiais obstrutivos; 
 Em pontos intermediários em ruas com alta declividade longitudinal (i ≥10%). 
IMPORTANTE para a eficiência da drenagem das águas de superfície
BOCA COLETORA LATERAL ou de GUIA
Pontos intermediários em sarjetas com pequena declividade longitudinal 
	(i ≤ 5%); 
Presença de materiais obstrutivos nas sarjetas; 
Vias de tráfego intenso e rápido; 
Montante dos cruzamentos;
Usual: comprimento = 1 m e altura da guia=0,15 m
BOCAS DE LOBO INDICAÇÃO DE USO
Microdrenagem: conceitos fundamentais
c) Combinada 
 Pontos baixos de ruas; 
 Pontos intermediários da sarjeta com declividade média entre 5 e 10%; 
 Presença de detritos. 
d) Múltipla 
Pontos baixos;
Sarjetas com grandes vazões.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
BOCAS DE LOBO INDICAÇÃO DE USO
Pontos mais baixos do sistema viário. Parte + baixa do quarteirão;
evitar a criação de zonas mortas com alagamentos e águas paradas
• Localização deve ser determinada através do cálculo da capacidade hidráulica da sarjeta (depende da declividade, rugosidade e forma da sarjeta). Não permitir que a sarjeta receba mais água que sua capacidade!
Alocadas em AMBOS os lados da rua, quando a saturação da sarjeta assim o exigir ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento;
• MELHOR SOLUÇÃO: instalação feita em pontos um pouco a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos PEDESTRES e; à montante das esquinas. As águas pluviais não devem cruzar a via transversal;
BOCAS DE LOBO LOCALIZAÇÃO
Microdrenagem: conceitos fundamentais
28
Se não existem dados sobre o escoamento da sarjeta RECOMENDA-SE:
 ESPAÇAMENTO MÁXIMO entre bocas de lobo de 40 a 60 metros de extensão da rua. Usual: a cada 60 m;
Uma boca de lobo a cada 300 ou 800 m² de área. Usual: a cada 500 m² de área
	Ver SEMPRE o que diz em cada PLANO DIRETOR!!!!!!
*critério comumente adotado por projetistas
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Fonte: (Drenagem Urbana (prof. Watanabe)
BOCAS DE LOBO LOCALIZAÇÃO
CORRETO
Cruzamento a seco, sem valeta e sem enxurrada
Fonte: (Drenagem Urbana (prof. Watanabe)
INCORRETO
Boca de Lobo mal posicionada, entupida ou se não existir
AUSÊNCIA DE BOCAS DE LOBO
DICAS: Bocas-de-lobo 
Recomenda-se não aplicar bocas de lobo com grades onde a declividade das ruas for menor que 0,5% sendo o mínimo absoluto de 0,3%;
Em ruas com declividade até 5% recomenda-se a utilização de bocas de lobo simples (sem depressão), dependendo da vazão a ser captada (DAEE, 1980)
As bocas de lobo com grades possuem a desvantagem do entupimento e também podem causar problemas para quem anda de bicicletas na rua;
A boca de lobo simples é mais efetiva em declividades menores que 3%;
A boca de lobo de guia de concreto típica tem 1 m de comprimento com 0,30 m de altura e 0,15 m de espessura. Em geral: abertura começa com 0,10 m e atinge cerca de 0,20 m em forma de arco. Recomendado: abertura máxima de uma boca de lobo de 0,15m;
Uma grelha de ferro pode captar normalmente 132 L/s de águas pluviais;
Informações: Plínio Tomaz. Curso de Manejo de águas pluviais. 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
2) Caixas coletoras de Bocas-de-lobo 
DEVEM estar acopladas a CAIXAS COLETORAS confeccionadas em alvenaria, tijolo maciço ou blocos de concreto, revestidas com argamassa impermeabilizante tanto na face externa como na interna
Todo o conjunto deverá estar assentado sobre uma laje de fundo que será a fundação que dará estabilidade ao conjunto
DIMENSÕES MÍNIMAS recomendadas 
Largura: 60 centímetros
Altura≥1 m
Diâmetro mínimo do tubo de ligação entre a caixa e o poço de visita: 40 cm. Entretanto: deve ser considerada a vazão de coleta para dimensionamento!
Declividade mínima do fundo da caixa e do tubo coletor: 3%
FUNDO: deve ser preenchido com concreto magro na forma de rampas de tal forma a conduzir, não só a água, como também os materiais sólidos para dentro do Tubo Coletor.
Projeto custos baixos: 30 cm
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Exemplo : PONTOS BAIXOS: BOCA DE LOBO TIPO GUIA – sem depressão
Vertedor y≤h
orifício
y≥2h
OBSERVAÇÃO: para 1< y/h < 2 o projetista escolhe qual equação utilizará.
Exemplo : PONTOS BAIXOS: BOCA DE LOBO TIPO GUIA – sem depressão
Figura 7.7 - Capacidade de esgotamento das bocas de lobo com depressão (a) de 5 cm em pontos baixos das sarjetas (DAEE/CETESB, 1980)
vertedor – soleira livre
y< 12 cm
PONTOS BAIXOS: BOCA DE LOBO TIPO GUIA – sem depressão
y> 42 cm
PONTOS BAIXOS : BOCA DE LOBO TIPO GUIA – sem depressão
vertedor
y’
y’=
y’=
y’
.(y’)1,5
PONTOS BAIXOS: BOCA DE LOBO TIPO GUIA – com depressão
Fatores de redução da capacidade de escoamento- A capacidadede escoamento anteriormente citada pode, segundo alguns autores, sofrer redução no valor calculado, dadas limitações existentes nos casos reais. No caso das sarjetas, uma vez calculada a capacidade teórica, multiplica-se o seu valor por um fator de redução, que leva em conta a possibilidade de obstrução de sarjetas de pequenas declividade por sedimentos, carros estacionados, lixo, etc.. 
A capacidade de esgotamento das bocas-de-lobo é menor que a calculada devido a vários fatores, entre os quais: obstrução causada por detritos, irregularidades nos pavimentos das ruas junto às sarjetas e alinhamento real.
2) Caixas coletoras de Bocas-de-lobo 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Fonte: (Drenagem Urbana (prof. Watanabe)
3) Tubos de ligação: são canalizações destinadas a conduzir as águas pluviais captadas nas bocas-de-lobo para as galerias ou para poços de visita.
EM GERAL: NÃO é dimensionado. O diâmetro mínimo adotado é 0,30 ou 0,40 (Plano Diretor) e a declividade mínima é 1%. O dimensionamento é de tubo curto (bueiro), o que é muito trabalhoso de se calcular.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Recomenda-se que as canalizações de ligação entre bocas de lobo e destas aos poços de vista tenham diâmetro mínimo de 0,30 m (alguns sugerem DMín de 0,4 m) e declividade mínima de 1 %. IDEAL: DMín função do nº de bocas de lobo (0,4 e 0,6 m). Depende também do PLANO DIRETOR
Quando não existir possibilidade dessas ligações serem feitas diretamente, as bocas de lobo deverão ser ligadas em caixas de ligações ou caixas mortas.
Utilizar recobrimento mínimo de 60 cm nos tubos de ligação;
Quando não dimensionado, o diâmetro do tubo que conduz as águas às caixas de ligação é usualmente adotado igual a 0,6 m.
Diâmetro mínimo: em função do número de bocas de lobo em série
Informações: Plínio Tomaz. Curso de Manejo de águas pluviais. 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
4) Poços de visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para permitirem mudanças de direção, declividade e de diâmetro; além de permitirem inspeção e limpeza das canalizações
Microdrenagem: conceitos fundamentais
Nas cabeceiras das redes; 
Nas mudanças de direção dos coletores (todo trecho tem que ser reto); 
Nas alterações de diâmetro; 
Nas alterações de posição e/ou direção de geratriz inferior da tubulação; 
Nos desníveis nas calhas; 
Nas mudanças de material; 
Nos encontros de coletores: recomenda-se nº máximo de 4 coletores em 1 PV (3 entradas e uma saída);
Em posições intermediárias em coletores com grandes extensões em linha reta onde a distância entre dois PVs consecutivos não deverá exceder uma distância definida no PLANO DIRETOR.
POÇOS DE VISITA ONDE EMPREGAR??
Plínio Tomaz: Tomar o cuidado para que não haja extravasamento de poço de visita.
Manter no mínimo 0,30m de nível máximo da água no PV.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
RECOMENDAÇÕES
Recomendação CETESB (1980). Fonte: Tucci (2015)
Espaçamento recomendado entre poços de visita
FORMA dos PVs: quadrada, circular ou retangular
MATERIAL: alvenaria, concreto, blocos de alvenaria e pré-moldado
Não se deve abusar do uso de poços de visita, visto que estas unidades encarecem a implantação da rede coletora 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
PV: ESTRUTURA CONVENCIONAL
câmara de trabalho
pescoço ou tubo de descida
CHAMINÉ + BALÃO
compartimento principal da estrutura (secção circular, quadrada ou retangular).
manobras internas, manuais ou mecânicas (manutenção de cada trecho).
ligação entre o balão e a superfície 
QUANDO Trechos de coletores chegarem ao PV ACIMA do nível do fundo são necessários cuidados especiais na sua confecção.
Para desníveis (distância entre afluente e efluente) abaixo de 0,50 m (alguns PLANOS DIRETORES sugerem 0,60 ou 0,7 m): não se fazem obrigatórias medidas de precaução,.
Para desníveis a partir de 0,50 m (0,60 ou 0,7 m): serão obrigatoriamente instalados os chamados "poços de queda" 
POÇOS DE VISITA
Chaminé e Tampão: diâmetro mínimo útil de 0,60 metros.
Balão: sempre que possível, uma altura útil mínima de 2,0 metros
Chaminé: não deverá ter altura superior a 1,0 metro
POÇOS DE VISITA
DIMENSÕES MÍNIMAS:
Liberdade de movimentos
Uso de equipamentos de limpeza e desobstrução
Recomendações funcionais, operacionais e psicológicas para o operador 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
5) Galerias: canalizações públicas usadas para conduzir aguas pluviais provenientes das bocas-de-lobo e das ligações privadas.
Tubos podem ser de diferentes materiais e diâmetros : concreto, alvenaria, metálicos, etc.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
As galerias pluviais são projetadas como conduto livre para funcionamento a seção plena para a vazão do projeto. A velocidade depende do material a ser usado.
A velocidade mínima para tubos de concreto deverá ser de 0,65m/s e a máxima de 5,0m/s. O recobrimento mínimo é de 1,00 m.
Fonte: Tomaz (2012)
Microdrenagem: conceitos fundamentais
GALERIAS PLUVIAIS NO BRASIL
Os diâmetros das tubulações comerciais padronizados são é:
 0,30m (concreto simples, não é armado Classe PS-1 da ABNT NBR 8890/2003);
 0,40m (pode ser armado);
 0,50m (tubo com armadura Classe PA-2 da NBR 8890/2003);
 0,60m (tubo com armadura)
 0,80m (tubo com armadura)
 1,00m (tubo com armadura)
 1,20m (tubo com armadura)
 1,50m. (tubo com armadura)
 Acima de 1,50m usarmos aduelas de concreto
Existem tubos com junta rígida ou junta elástica. Os tubos comumente usados conforme a profundidade e a especificação da obra são das Classes: PA-1, PA-2, PA-3, PA-4 e PS-1
Os comprimentos dos tubos normalmente são de 1,00m, mas podem ser de 1,50m.
Fonte: Tomaz (2012)
GALERIAS PLUVIAIS NO BRASIL
QUANTO À FORMA:
Mais comuns: seções CIRCULARES, por sua maior capacidade de escoamento e pela facilidade de obtenção de tubos pré-moldados de concreto para confecção dos condutos;
Na ausência de tubos pré-moldados ou para galerias D>1,50 m: pode-se usar seções QUADRADAS ou RETANGULARES, em geral, com paredes verticais em alvenaria e lajes horizontais em concreto armado. 
5) GALERIAS
Microdrenagem: conceitos fundamentais
b) QUANTO À DIMENSÃO:
 Diâmetro mínimo: 300 ou 400 mm (ver plano diretor).
 COMUM: D=300 mm em projetos de baixo custo ou em trechos iniciais e em condutos de ligação. 
Dimensões das galerias: são sempre CRESCENTES para jusante não sendo permitida a redução da seção no trecho seguinte mesmo que, por um acréscimo da declividade natural do terreno, o diâmetro até então indicado passe a funcionar superdimensionado;
Diâmetro comerciais correntes: 0,30; 0,40; 0,50; 0,60; 0,80; 1,00; 1,20 e 1,50 m. 
Ex: se trecho 1 tem 24” e próximo precisa de 18” => usar de 24” (NÃO REDUZIR D)
Fonte: Gribbin (2014)
Microdrenagem: conceitos fundamentais
C) QUANTO À LOCALIZAÇÃO
 MEIO-FIO: se possível a 1/3 da guia da rua
NO EIXO DA VIA PÚBLICA (+ comum)
Declividade da galeria deve ACOMPANHAR a declividade do terreno, minimizando os custos de escavação
Fonte: Gribbin (2014)
Fonte: SUDERHSA (2002)
Microdrenagem: conceitos fundamentais
CÁLCULO da Capacidade máxima: nos condutos CIRCULARES é calculada pela seção plena (DEPENDE DO PLANO DIRETOR!) e nos RETANGULARES recomenda-se uma folga superior mínima de 0,10 m 
VELOCIDADE mínima ou velocidade de auto-limpeza (evitar deposição) e velocidade máxima admissível (evitar erosão): função do material a ser empregado na rede.
 Tubo de concreto: 0,6 ≤ V ≤ 5,0 m/s (considerando lâmina de água = 50% de D – escoamento a meia seção). Eventualmente VMax=6 m/s quando:
Ruas bastantes íngremes, sendo que a inserção de outros poços de visita, elevará sensivelmente o custo global do sistema a ser implantado;
Necessidade de drenar a água pluvial de ruas sem saída, até outras, em cotas mais baixas; 
Embora as vazões sejam inferiores as especificadas, as velocidades ultrapassarão um pouco o valor limite, devido as características intrínsecas dos tubos de seções circulares.
Microdrenagem:conceitos fundamentais
GALERIAS: CRITÉRIOS BÁSICOS
• Recobrimento mínimo da rede: deve ser de 1,00 m, quando forem empregadas tubulações sem estrutura especial. Quando, por condições topográficas, forem utilizados recobrimentos menores, as canalizações deverão ser projetadas do ponto de vista estrutural. Recobrimento máximo = 4 a 4,5 m.
Declividade de cada trecho 
Estabelecida a partir da inclinação média do terreno ao longo do trecho, do diâmetro equivalente e dos limites de velocidade;
NA PRÁTICA: valores variam normalmente de 0,3% a 4,0%. Para declividades fora deste intervalo é possível a ocorrência de velocidades incompatíveis com os limites recomendados
Microdrenagem: conceitos fundamentais
GALERIAS: CRITÉRIOS BÁSICOS
Quanto MAIOR a declividade das galerias MAIOR será a velocidade de escoamento e quanto MAIOR as dimensões transversais dos condutos MENOR será a declividade necessária 
Terrenos com declividades>10%: normalmente requerem do projetista soluções específicas para a situação. 
Declividade mínima das galerias – Plínio Tomaz
A declividade mínima aconselhável é de 0,5% (0,005 m/m) para tubos de concreto maiores que 200 mm e 1% para tubos menores que 200 mm. O Clark County adota 0,25% como a declividade mínima de uma galeria de águas pluviais. É recomendável que se use a declividade mínima de 1% (0,001m/m).
Microdrenagem: conceitos fundamentais
GALERIAS: CRITÉRIOS BÁSICOS
Nas mudanças de diâmetro, os tubos deverão ser ALINHADOS pela geratriz superior
Garante escoamento mais suave e previne remanso à montante.
Fonte: Gribbin (2014)
Fonte: SUDERHSA (2002)
Microdrenagem: conceitos fundamentais
GALERIAS: CRITÉRIOS BÁSICOS
MEIO-FIO
6) Meios fios ou guia: elementos de pedra ou concreto, colocados entre o passeio e a via pública, paralelamente ao eixo da via (rua, avenida, etc.) e com sua face superior no mesmo nível do passeio.
VIA
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SARJETA
7) Sarjetas: faixas da via pública, paralelas ao meio-fio. A calha formada é a receptora das águas pluviais que incidem sobre as vias públicas e que para elas escoam.
VIA
Velocidade na sarjeta: de modo geral é de 3,5 m/s podendo chegar até 4,0 m/s. 
Fonte: Plínio Tomaz.
Microdrenagem: conceitos fundamentais
7) SARJETAS: se a vazão for excessiva poderão ocorrer: (i) alagamento das ruas e seus reflexos; (ii) inundação de calçadas; (iii) velocidades exageradas, com erosão do pavimento.
Primeira hipótese: admitem-se a declividade da rua (seção transversal) de 3% e a altura de água na sarjeta 
h1 = 0,15 m. 
Segunda hipótese: admite-se
declividade também de 3% e 
h2= 0,10 m
A CAPACIDADE de CONDUÇÃO da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de duas hipóteses:
• Primeiro: a água escoando por toda a calha da rua; 
• Segundo: a água escoando somente pelas sarjetas.
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8) Sarjetões: calhas localizadas nos cruzamentos de vias públicas (cotas mais baixas) e nos encontros dos leitos viários, formadas pela sua própria pavimentação e destinadas a orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas. 
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São construídas de modo a coletar e conduzir as águas superficiais até elementos de drenagem, como bocas de lobo, além de conectar sarjetas ou encaminhar efluentes para o sistema de águas pluviais.
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DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
A capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de duas hipóteses: 
• a água escoando por toda a calha da rua; ou 
• a água escoando somente pelas sarjetas. 
Para a primeira hipótese, admitem-se a declividade da rua (seção transversal) de 3% e a altura de água na sarjeta h1= 0,15 m. Para a segunda hipótese, admite-se declividade também de 3% e h2= 0,10 m. 
O dimensionamento hidráulico pode ser obtido pela equação de Manning transformada: 
onde: 
Q:vazão (m³/s); 
A: área de seção transversal (m²); 
Rh: raio hidráulico (m); 
S:declividade do fundo (m/m); 
N: o coeficiente de rugosidade de Manning. Para via pública, o coeficiente de rugosidade, em geral, é de 0,017. 
9) Estações de bombeamento: conjunto de obras e equipamentos destinados a retirar água de uma canal de drenagem, quando não mais houver condição de escoamento por gravidade, para um outro canal em nível mais elevado ou receptor final da drenagem em estudo.
10) Trecho: porção de galeria situada entre dois poços de visita
Condutos forçados: obras destinadas à condução das águas superficiais coletadas, de maneira segura e eficiente, sem preencher completamente a seção transversal dos condutos
Microdrenagem: conceitos fundamentais
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O primeiro numero corresponde ao elemento de montante e o segundo corresponde ao elemento de jusante.
10) Trecho 
Microdrenagem: conceitos fundamentais
São estruturas hidráulicas subterrâneas, não visitáveis, que recebem os tubos de ligação onde estão as bocas de lobo. 
Objetivo da utilização: economia dos custos devido ao emprego de poço de visita;
São utilizadas para evitar a chegada de mais de quatro tubulações em um poço de visita
11) Caixas de ligação ou Caixas Mortas
Possuem uma tampa de concreto que pode ser retirada após o rompimento da pavimentação e escavação. 
Reúnem até três tubos de ligação provenientes de bocas coletoras para a seguir, através de um outro tubo de ligação encaminhar a vazão reunida até o poço de visita mais próximo
Microdrenagem: conceitos fundamentais
RESUMO GERAL
Até o momento não temos normas da ABNT.;
As cidades, Estados, órgãos públicos, empreendedores adotam critérios muito diferentes um dos outros, sendo difícil e até impossível de se fazer uma padronização;
Uma das dificuldades é o período de retorno a ser adotado. Recomenda-se Tr=25anos e em lugares como hospitais adotar Tr=50 anos. PLANO DIRETOR pode definir 2 a 10 anos!!!
Não há padronização das bocas de lobo e das alturas das guias sendo que cada problema tem que ser resolvido separadamente;
As aberturas de bocas de lobo superam o máximo de 0,15 m e causam fatalidades e processos judiciais;
Indefinição: devemos considerar o tubo de galerias de águas pluviais: y/D=1,0 (seção plena, PMSP), y/D=0,85 (EPUSP); y/D=0,80 (várias prefeituras, autor); y/D=0,75 (esgotos sanitários ABNT) ou y/D=0,67 (2/3 águas pluviais prediais ABNT)?
DIFICULDADES: microdrenagem no Brasil

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