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cap38 - DVD

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Capítulo 38 
DVD
Informática e cinema
Enquanto os populares CDs faziam sucesso no armazenamento de dados
(CD-ROM) e áudio (CD-Audio), grandes empresas da indústria
cinematográfica e de computação juntaram esforços e fizeram investimentos
para desenvolver um novo tipo de CD, com capacidade muito maior que as
dos CDs tradicionais. Um único desses novos CDs possui capacidade
equivalente à de vários CD-ROMs. Tendo uma capacidade tão elevada, po-
deriam armazenar filmes digitalizados, substituindo assim as velhas fitas VHS.
Esses novos discos são chamados de DVD (Digital Video Disk ou Digital
Versatile Disk). 
As locadoras de vídeo já começaram a substituir as antigas fitas por DVDs.
Este é um processo que ainda vai demorar alguns anos. Para ver esses filmes
é preciso ter um aparelho apropriado conectado à TV, o DVD Player. 
Computadores também podem exibir filmes gravados em DVD, bastando
que tenham instalado um drive de DVD. Além de exibir filmes, esses drives
também podem ler DVDs com dados gravados, os DVD-ROMs. 
A capacidade de um DVD-ROM depende do tipo de camada (simples ou
dupla) e do número de faces. São quatro os tipos de DVD-ROM:
Nome Faces Camada Capacidade
DVD-5 Simples Simples 4,38 GB
DVD-9 Simples Dupla 7,95 GB
DVD-10 Dupla Simples 8,75 GB
DVD-18 Dupla Dupla 15,90 GB
38-2 Hardware Total
Portanto, o DVD-ROM mais simples armazena 4,38 GB, capacidade 6 vezes
superior à de um CD-ROM. Ao ler DVD-ROMs de dupla camada, face
simples, a capacidade máxima é de quase 8 GB, o equivalente a 12 CD-
ROMs. Os drives de DVD-ROM atuais não possuem dupla cabeça de
leitura. Isto significa que é preciso “virar o CD” para acessar o outro lado. 
Além de operar com esses CDs de alta capacidade, os drives de DVD
podem também funcionar como um drive de CD-ROM comum. Podem
portanto ler CD-ROM, CD-Audio, CD-R, CD-RW, Video CD e todos os
demais tipos de disco que podem ser lidos em um drive de CD-ROM
comum. Um drive de DVD-ROM pode perfeitamente substituir um drive de
CD-ROM em qualquer computador. Um único drive DVD faz todo o
trabalho que seria feito por um drive de CD-ROM, além de poder ler DVD-
ROM e reproduzir filmes armazenados em DVD. Inclusive esses drives
utilizam normalmente a interface IDE. A figura 1 mostra um drive de DVD
produzido pela Creative Labs. 
Figura 38.1
Um drive de DVD.
Aparentemente é similar a um drive de CD-ROM. A principal diferença
visual está no logotipo DVD na sua parte frontal (figura 2). 
Figura 38.2
O logotipo DVD. 
Capítulo 38 - DVD 38-3
O padrão de velocidade
As medidas de velocidade dos drives de DVD são diferentes das dos drives
de CD-ROM. A chamada velocidade simples era a utilizada nos drives de
primeira geração, cerca de 1380 kB/s. Os modelos mais novos operam com
taxas mais elevadas:
Modo Taxa de transferência
5x 6700 kB/s
6x 8100 kB/s
8x 10800 kB/s
10x 13500 kB/s
12x 16200 kB/s
16x 21600 kB/s
Quando lêem discos CD-ROM e compatíveis, esses drives também são
rápidos. Note entretanto que a velocidade de leitura de CD-ROM não tem
uma relação fixa com a velocidade de leitura de DVD. O modelo PC-DVD
Encore 5x, da Creative Labs, faz a leitura de CD-ROM na velocidade 32x,
enquanto o PC-DVD Encore 6x, mais modernos, lê CD-ROM na velocidade
24x. Portanto, os fabricantes sempre indicarão a velocidade para leitura de
DVD e de CD-ROM. 
Os drives de DVD-RAM, capazes de realizar gravações em mídias DVD
especiais, são mais lentos que aqueles que só fazem leitura. Por exemplo, o
modelo PC DVD-RAM da Creative Labs realiza gravações e leituras em
mídias DVD-RAM em 1X (1385 kB/s) e leituras em DVD-ROM em 2X (2770
kB/s). Também faz acesso a discos CD-ROM na velocidade 20X. Uma mídia
DVD-RAM tem capacidade de 2,6 GB em cada face, e custa nos Estados
Unidos, cerca de $30. Em breve teremos drives e mídias com capacidades
ainda maiores, e também com maiores taxas de transferência. 
Um DVD de mais baixa capacidade (DVD-5, com face simples e camada
simples) armazena 2 horas de vídeo de alta resolução, codificado no padrão
MPEG-2. A resolução é de 720x480. Filmes de maior duração podem ser
armazenados nos discos de maior capacidade: 4 horas para os modelos face
simples/camada dupla e face dupla/camada simples, e 8 horas para o modelo
de face dupla/camada dupla. 
Um DVD não armazena apenas as imagens do filme. Esses discos possuem
32 trilhas para legendas (é possível por legendas em várias línguas), 8 trilhas
de áudio, com 8 canais cada uma (o filme pode ter até 8 traduções). Suporta
até 9 ângulos de câmeras. O produtor pode fazer a filmagem com várias
câmeras, e o usuário escolher a câmera na exibição. 
38-4 Hardware Total
O grande avanço tecnológico responsável pela elevada capacidade dos
DVDs é o aumento da densidade dos bits gravados. Os CD-ROMs e
similares utilizavam para armazenar os bits, pequenas áreas chamada pits. A
distância entre trilhas consecutivas é de 1,6 m (milionésimo de metro, ou
milésimo de milímetro), e cada pit tem cerca de 0,8 m. Nos DVDs, a
distância entre trilhas foi reduzida para 0,74 m, e o tamanho de cada pit foi
reduzido para 0,4 m. Além de aumentar o número de bits por unidade de
área, os DVDs também podem utilizar dupla camada e/ou dupla face,
fazendo a capacidade total chegar em torno de 16 GB. 
Figura 38.3
Comparação entre DVD e CD.
Os discos DVD-ROM
Fisicamente os discos DVD são muito parecidos com CDs. Apresentam as
mesmas dimensões físicas. Na figura 4 vemos alguns desses discos. Observe
como não existe diferença aparente em relação aos CDs. 
Figura 38.4
DVD-ROMs.
Capítulo 38 - DVD 38-5
A diferença será notada durante o uso. Para começar, a capacidade é muito
mais elevada. Na figura 5 vemos o quadro de propriedades de um DVD-
ROM. Observe a capacidade indicada, cerca de 4 GB. Graças aos DVD-
ROMs, produtores de jogos podem utilizar imagens de altíssima qualidade e
trechos de filmes digitalizados com qualidade de cinema. 
Figura 38.5
Este DVD-ROM armazena cerca de 4 GB.
As seis regiões
Aqui está um detalhe muito importante que deve ser levado em conta por
quem deseja adquirir um drive de DVD-ROM. Não existe restrição
nenhuma quando utilizamos DVD-ROMs, ou seja, DVDs que armazenam
software. A restrição ocorre quando tentamos utilizar DVDs que armazenam
filmes. Para dificultar a pirataria de filmes, os discos DVD que armazenam
filmes possuem um código que identifica a região do mundo na qual
poderão ser usados. Em cada uma dessas regiões são vendidos DVD Players
e DVD-ROMs são vendidos também codificados para aquela região. O
Brasil pertence à região 4. DVD Players e DVD-ROMs vendidos aqui não
podem exibir filmes comprados por exemplo nos Estados Unidos, que estão
codificados para a região 1. Da mesma forma, se você comprar em uma loja
de informática, um drive de DVD-ROM que não seja apropriado para a
região 4, não poderá visualizar os filmes disponíveis nas locadoras de video,
nem os que são vendidos por aqui. 
38-6 Hardware Total
Note que alguns drives de DVD-ROM podem ter o código de região
reprogramado. O programa de instalação dos drives DVD Encore, da
Creative Labs, pergunta ao usuário qual é a região na qual está sendo
instalado. Podemos então programar a região 4 e ter acesso aos filmes em
DVD disponíveis no Brasil. Esta reprogramação só pode ser feita no máximo
4 vezes. Outros drives de DVD-ROM de outros fabricantes podem apresen-
tar mecanismos semelhantes de troca de região, mas a maioria deles é
programado na fábrica com uma região fixa. Mais uma vez lembramos que a
restrição de regiões se aplica somente à exibição de filmes. Para executar
softwares armazenados em DVD-ROM não existe restrição alguma. 
Figura 38.6
As seis regiões.
A figura 6 mostra as seis regiões nas quais o mundo foi dividido para efeito
de distribuição de filmes em DVD.
1: Estados Unidos e Canadá
2:Japão, Europa, Oriente Médio e África do Sul
3: Sudeste Asiático e Hong Kong
4: América do Sul, América Central, Austrália e Nova Zelândia
5: Maior parte da Ásia e África (excluindo a África do Sul)
6: China
A placa decodificadora
Filmes armazenados em DVD são codificados no formato MPEG-2. A
decodificação dessas imagens é uma tarefa que requer muito processamento,
por isso para ter melhores resultados, não é realizada por software, e sim, por
hardware. Isto é feito através de uma placa decodificadora MPEG-2 que
acompanha os kits DVD. Por exemplo, os mais recentes kits da Creative
Labs são acompanhados da placa decodificadora DXR3 (Dynamic eXtended
Resolution). Essas placas recebem o fluxo de dados provenientes do DVD,
fazem a codificação e enviam a imagem para o monitor e para um aparelho
Capítulo 38 - DVD 38-7
de TV. Para poderem enviar as imagens para o monitor, essas placas
trabalham em conjunto com a placa de vídeo. Um cabo é fornecido junto
com o kit para ligar a placa SVGA à placa decodificadora. 
Figura 38.7
Placa decodificadora DXR3.
A figura 7 mostra uma placa decodificadora DXR3. Utiliza o barramento PCI
e possui memórias que armazenam os dados a serem decodificados. Isto
facilita a manutenção de uma taxa de envio de imagem constante, como é
exigido para a boa exibição de vídeo. Na figura 8 vemos os conectores
existentes na parte traseira desta placa. 
Figura 38.8
Conectores de uma placa DXR3.
Da esquerda para a direita temos os seguintes conectores:
 Saída de áudio analógico
 Saída de áudio digital
 Saída para TV
 Saída para o monitor SVGA
 Entrada, vinda da placa SVGA
Os sons existentes nos DVDs são lidos juntamente com a imagem, através da
interface com o computador (no caso, a IDE). Esses dados são recebidos
38-8 Hardware Total
pela placa decodificadora, na qual a imagem e o som são obtidos. O som é
enviado da DXR3 para a placa de som, através de uma conexão interna,
como veremos mais adiante. 
A figura 9 mostra os cabos de vídeo que acompanham o kit da Creative
Labs. Um cabo é usado para a conexão com a placa SVGA. Ao invés de
enviar os seus sinais de vídeo diretamente para o monitor, a placa SVGA
passará a enviar os sinais para a placa DXR3, onde os sinais serão
adicionados das imagens captadas de DVDs e finalmente enviadas ao
monitor. 
Figura 38.9
Cabos de vídeo que acompanham o kit da
Creative Labs.
Um outro pequeno cabo é usado para conversão entre conectores S-Video e
RCA. Se o aparelho de TV tiver uma entrada S-Video, pode ser ligado
diretamente na placa DXR3. Se a entrada do aparelho de TV usar um
conector RCA, fazemos a adaptação com o conversor mostrado na figura 9. 
Figura 38.10
Conexões da placa DXR3.
Capítulo 38 - DVD 38-9
A figura 10 mostra com mais detalhes as conexões de uma decodificadora
DXR3. Além dos já citados conectores externos, temos também três
conexões internas. A saída de áudio analógico é usada para enviar sons para
a placa de som. Esta conexão vai até a entrada CD-IN da placa de som, ou
seja, os sons dos DVDs entram na placa de som pela mesma entrada por
onde entram os sons provenientes de CDs de áudio. 
Além da saída de áudio analógico, a placa DXR3 possui duas entradas de
áudio analógico, indicadas como CD-IN1 e CD-IN2. Devem ser ligadas às
saídas de áudio analógico existentes nas partes traseiras do drive de CD-
ROM e do drive de DVD. Essas entradas receberão os sons que forem
gerados por CDs de áudio quando forem usados nesses drivers. Portanto, a
saída de áudio analógico existente na placa DXR3 envia a placa de som, a
soma dos sinais de áudio exibidos pelos filmes em DVD e pelos CDs de
áudio que estejam sendo reproduzidos. 
Figura 38.11
Conexões de áudio.
A figura 11 mostra em detalhes as conexões de áudio aqui envolvidas. A
saída de áudio da placa DXR3 deve ser ligada na entrada de CD-IN da
placa de som. As duas entradas CD-IN1 e CD-IN2 da placa DXR3 são
ligadas nas saídas de áudio do drive de DVD e do drive de CD-ROM. 
Instalando um kit DVD-ROM
Veremos agora a instalação de um kit DVD. Usaremos modelo PC-DVD
Encore 6x. Este kit é composto de um drive de DVD-ROM 6x e da placa
decodificadora DXR3. 
Instalando primeiro o drive
Antes de instalar a placa, é recomendável instalar o drive de DVD-ROM
isoladamente, apesar do fabricante recomendar instalar tudo de uma só vez.
38-10 Hardware Total
Não faremos como diz o fabricante, porque dividir um problema em partes
sempre resulta em uma solução mais simples. 
Se o computador não utilizar um drive de CD-ROM, podemos instalar o
drive DVD na interface IDE secundária, configurado como Master. Se
quisermos manter o drive de CD-ROM, podemos instalar ambos os drives na
interface IDE secundária. O fabricante recomenda instalar o drive de DVD
como Master e o drive de CD-ROM como Slave, apesar da configuração
inversa também funcionar. Ambos os drives devem ser declarados no
CMOS Setup como CD-ROM ou como Auto (Secondary Master e
Secondary Slave). 
Figura 38.12
Conexões na parte traseira de um drive
de DVD-ROM IDE.
A figura 12 mostra as conexões na parte traseira do drive de DVD-ROM.
Observe como são similares às de um drive de CD-ROM IDE. Devemos
então posicionar o jumper Master/Slave para a posição Master. No drive de
CD-ROM, posicionamos em Slave. 
O Windows irá reconhecer automaticamente o drive de DVD-ROM como se
fosse um drive de CD-ROM comum. No nosso exemplo, instalamos o drive
de DVD-ROM como Master, juntamente com um drive de CD-ROM (slave)
na mesma interface. Ambos serão reconhecidos e aparecerão na janela Meu
Computador (figura 13). 
Capítulo 38 - DVD 38-11
Figura 38.13
Ambos os drives constam na janela Meu
Computador.
Ambos os drives também constarão na seção CD-ROM do Gerenciador de
dispositivos (figura 14). No nosso exemplo, vemos os drives:
CD-ROM: Creative CD4820E CS990211
DVD: Creative DVD-ROM DVD6240E
Figura 38.14
Os drives de CD-ROM e DVD-ROM constam no
Gerenciador de Dispositivos.
Podemos agora testar o funcionamento de ambos os drives. Se colocarmos
um CD-ROM no drive de DVD-ROM, será normalmente acessado. Se colo-
carmos um DVD-ROM (os kits são em geral acompanhados de alguns títulos
em DVD-ROM), também poderemos fazer o acesso. Podemos agora desligar
o computador e passar à instalação da placa decodificadora. 
Instalando a placa DXR3
As ligações de som devem ser feitas como mostramos na figura 11. Um cabo
ligará a saída de áudio analógico da placa decodificadora até a entrada CD-
IN da placa de som. As entradas CD-IN1 e CD-IN2 da placa decodificadora
38-12 Hardware Total
devem ser ligadas nas saídas de áudio analógico dos drives de CD-ROM e
DVD. Note que os DVDs podem armazenar sons com até 8 canais de áudio,
mas a entrada CD-IN da placa de som é estéreo, ou sejam capta apenas dois
canais. Você pode entretanto ligar a saída de áudio digital existente na parte
traseira da placa a um sistema de som que possua entrada digital, ou então
em uma placa de som com entrada digital, como a Sound Blaster Live. 
Figura 38.15
Ligações externas da placa DXR3.
A figura 15 mostra as ligações externas da placa DXR3, que são bastante
simples. Em uma configuração básica será preciso conectar apenas o monitor
SVGA e usar o cabo que liga a placa DXR3 à placa SVGA. Se quiser
visualizar filmes em uma TV, use o conector próprio na parte traseira da
placa DXR3. Pode também ligar um amplificador digital, mas se esta ligação
não for feita, poderá ser usada a própria placa de som já existente no
computador. 
Quando o computador for ligado, o Windows reconhecerá a placa DXR3
como um PC Multimedia Device. Apresentará então um quadro pedindo a
instalação dos drivers. Logo após, escolhemos a opção de selecionar o drive
a partir de uma lista de tipos de hardware. Será apresentada uma lista onde
escolhemos Controladores de som, vídeo e jogo. 
No quadroseguinte é apresentada uma lista de marcas e modelos.
Ignoramos as marcas e modelos e usamos o botão Com Disco. Devemos
então fornecer o CD-ROM ou disquete que acompanha o kit. No nosso caso,
o kit foi fornecido com um disquete no qual estão os drivers para a placa
DXR3.
O disquete será lido e nele será reconhecido o driver para o Creative PC-
DVD Encore Dxr3 (figura 16). Clicamos em OK e a instalação será feita. 
Capítulo 38 - DVD 38-13
Figura 38.16
Reconhecido o drive para a placa DXR3.
A instalação prosseguirá e ao seu final devemos reinicializar o computador.
Feito isto, poderemos constar a presença da placa DXR3 no Gerenciador de
Dispositivos, na seção Controladores de som, vídeo e jogo (figura 17).
Figura 38.17
A placa DXR3 está corretamente instalada.
Instalando e usando o software do kit DVD
Terminada a instalação do kit, podemos fazer a instalação do software que o
acompanha. Este software consiste em um Player que permite a exibição de
filmes em DVD. O software pode ser acessado no grupo PC-DVD Encore
Dxr3 (figura 18), onde temos o programa e dois arquivos de documentação. 
38-14 Hardware Total
Figura 38.18
O grupo do DVD Player.
Ao executarmos o DVD Player, teremos uma janela para visualização de
vídeos (figura 19). Esta janela pode ser maximizada para ocupar a tela
inteira. 
Figura 38.19
Janela para exibição de filmes em DVD.
Este programa exibe também a janela de um controle remoto com diversas
funções (figura 20). Com este controle podemos, por exemplo, selecionar o
dispositivo que será usado na reprodução de filmes: monitor, TV comum ou
TV de tela larga. 
Capítulo 38 - DVD 38-15
*** 35% ***
Figura 38.20
O controle remoto.
O botão Configuration permite fazer ajustes no som, na imagem e ainda
escolher opções relativas aos idiomas. Filmes em DVD podem ter traduções
e legendas em várias línguas. Com este comando fazemos a escolha desejada
(figura 21). 
Figura 38.21
Selecionando a linguagem de áudio e das legendas.
A guia Video (figura 22) do quadro de configurações permite fazer ajustes na
imagem, além de escolher o sistema de vídeo utilizado, caso esteja sendo
usada uma TV ligada ao computador (PAL/NTSC). 
38-16 Hardware Total
Figura 38.22
Ajustes de vídeo.
Com o botão Advanced do quadro da figura 22, podemos posicionar a ima-
gem do DVD dentro da janela do DVD Player, fazendo com que fique
corretamente alinhada. Podemos ainda usar o comando Stability para que a
imagem não fique trêmula. Esses ajustes são necessários para
compatibilização com o sinal de vídeo proveniente da placa SVGA (figura
23). 
Figura 38.23
Ajustes de vídeo.
Junto com o kit você encontrará alguns DVDs com jogos e aplicativos. Seu
kit já está pronto para uso. Pode utilizar programas em DVD-ROM, e
Capítulo 38 - DVD 38-17
também ir à locadora de vídeo pegar seu filme predileto para assistir na tela
do computador, ou em uma TV nele conectado. 
Quebrando a proteção das 6 regiões
Se você comprar no exterior um DVD Player para ligar no seu aparelho de
TV, não poderá assistir a filmes em DVD, a menos que se trate de um
aparelho para a região 4. Ainda assim, mesmo se tiver comprado um
aparelho para outra região, poderá fazer a troca de região, um serviço
disponível em várias oficinas de assistência técnica. É o velho “jeitinho
brasileiro”, uma versão dos anos 90 para a transcodificação do sistema NTSC
para o PAL-M que era feita nos aparelhos de videocassete. 
Alguns drives de DVD-ROM também podem ser “transcodificados” para
qualquer região, através de vários processos. Os kits da Creative Labs
vendidos no Brasil podem ser configurados para a região 4 durante a
instalação. Nesta ocasião o programa pergunta qual é a região a ser usada, e
programa o drive de DVD-ROM de forma apropriada. Note que esta troca
de região só pode ser feita um número limitado de vezes. 
Podemos também encontrar programas que fazem a alteração de região,
como o Remote Selector, encontrado em http://www.visualdomain.net.
Depois de instalar o software que acompanha o drive de DVD-ROM,
instalamos o Remote Selector. Ao ser executado, este programa identificará
o modelo da placa decodificadora e o Player a ser usado (figura 24). 
Figura 38.24
Selecionando a placa decodificadora MPEG-2 e o Player.
Selecionamos então a guia Region (figura 25). Podemos assim definir a
região a ser usada pela placa decodificadora e desligamos a checagem de
38-18 Hardware Total
região a ser feita pelo Player. Podemos agora clicar em Start Player. Será
executado o programa para reprodução de DVDs, e desta vez aceitará discos
da região programada pelo usuário, ignorando a sua configuração original de
região.
Figura 38.25
Programando uma nova região.
DVD-RAM
Para aqueles interessados em quantidades elevadas de dados, o DVD-RAM
é uma boa solução. Um disco DVD-RAM da atual geração armazena 2,6 GB
em cada face, totalizando 5,2 GB. Os drives de DVD-RAM também podem
ler discos DVD-ROM e DVDs, mas em geral são mais lentos. Enquanto o
PC DVD 6x opera com 8100 kB/s, o PC DVD-RAM, também produzido
pela Creative Labs, faz leituras em DVD-ROM na velocidade 2x (2770 kb/s),
e leituras e gravações em mídia DVD-RAM em 1x (1380 kb/s). 
O PC DVD-RAM da Creative Labs é um dispositivo SCSI, necessitando
portanto ser ligado a uma interface SCSI apropriada. Ao ser comprado em
kit, o PC DVD-RAM da Creative Labs é acompanhado de uma placa SCSI
Adatptec, própria para esta conexão. É uma placa simples, de baixo custo,
não sendo capaz de controlar discos rígidos e dispositivos que executam
boot. Se preferir, pode utilizar uma placa SCSI mais sofisticada e com mais
recursos, o que é uma opção indicada se for necessário utilizar outros
dispositivos SCSI no mesmo computador. 
Instalação de um drive de DVD-RAM
Para completar este capítulo dedicado a drives e kits DVD, vejamos agora o
exemplo de instalação de um drive DVD-RAM. O modelo usado como
Capítulo 38 - DVD 38-19
exemplo é fabricado pela QPS, e foi cedido por www.gravador.com.br.
Trata-se de um modelo SCSI externo, e é fornecido juntamente com uma
placa controladora SCSI. Pode entretanto ser ligado a outra controladora
SCSI que já esteja eventualmente instalada no computador.
Figura 38.26
O drive de DVD-RAM da QPS.
A figura 27 mostra a parte traseira do drive, onde encontramos a chave para
selecionar o SCSI ID, a habilitação dos terminadores, conectores SCSI,
saídas de áudio e entrada para alimentação DC. A alimentação é fornecida
por um adaptador que é fornecido juntamente com este drive.
Figura 38.27
Parte traseira do drive de DVD-RAM.
Devemos inicialmente instalar a sua placa de interface SCSI. Assim que o
Windows é iniciado, a placa controladora SCSI é detectada. Trata-se de um
modelo PCI de alta qualidade e baixo custo, produzido pela Adaptec, ideal
para a instalação de dispositivos que não precisam executar boot. O
Windows já possui drivers nativos para esta controladora SCSI. 
Terminada a instalação do driver da placa, poderemos constatar a sua
presença no Gerenciador de Dispositivos. Checamos se a placa está instalada
corretamente (os drivers estão presentes e não existem conflitos de
hardware). 
38-20 Hardware Total
A próxima etapa é desligar o computador para conectar o drive. Devemos
selecionar na sua parte traseira, o SCSI ID a ser utilizado, de forma que não
existam conflitos com outros dispositivos SCSI eventualmente instalados na
mesma controladora (figura 28).
Figura 38.28
Selecionando o SCSI ID através de chave
rotativa.
Também será preciso habilitar corretamente os terminadores SCSI, através
de chaves na parte traseira do drive. 
Devemos agora conectar o cabo SCSI na parte traseira do drive e no
conector externo da placa controladora SCSI. O cabo necessário a esta
conexão é fornecido juntamentecom o drive. Podemos agora ligar o drive
no seu adaptador DC, atuar sobre a sua chave ON/OFF e ligar o
computador.
O drive será automaticamente reconhecido pelo Windows como sendo um
drive de CD-ROM (figura 29). Observe que existem dois drives de CD-ROM
indicados na janela Meu Computador. Um deles é o drive de CD-ROM IDE
que já existia no computador (E). O outro é o drive de DVD-RAM (F). 
Figura 38.29
O drive de DVD-RAM aparece como um
drive de CD-ROM.
Capítulo 38 - DVD 38-21
O drive de DVD-RAM também constará no Gerenciador de Dispositivos na
sessão CD-ROM (figura 30). No nosso exemplo, o drive é reportado como
um HITACHI GF-1050. 
Figura 38.30
O drive de DVD-RAM no Gerenciador de Dispositivos.
O drive já poderá ser usado para acessar CD-Audio, CD-ROM e DVD-
ROM. Já será possível, por exemplo, executar programas armazenados em
DVD-ROM, já que este tipo de disco pode ser lido em drives de DVD-
RAM. 
A gravação de DVD-RAM poderá ser feita após a instalação de um software
apropriado, que faz o drive ser visto como um disco removível (que suporta
leituras e gravações). O drive do nosso exemplo é acompanhado do software
WriteDVD. Após a sua instalação, o drive passará a ser representado por
dois drives na janela Meu Computador (figura 31). O drive E é acessado
como um disco removível, usado para acessar discos DVD-RAM. O drive G
é usado para acessar discos DVD-ROM. Logicamente são dois drives, mas
fisicamente trata-se de um único dispositivo. O drive F mostrado na figura é
o drive de CD-ROM IDE que já existia no computador. 
38-22 Hardware Total
Figura 38.31
O disco removível é usado para acessar
discos DVD-RAM.
A figura 32 mostra uma mídia de DVD-RAM. Este é um modelo de face
dupla, com 2,6 GB em cada face, totalizando 5,2 GB. O drive do nosso
exemplo é de face simples, portanto é possível acessar apenas uma face de
cada vez. Para acessar o outro lado é preciso abrir drive e inverter a posição
do disco. O disco tem o formato parecido com o de um disquete, mas possui
o tamanho de um CD. 
Figura 38.32
Mídia de DVD-RAM.
Antes de gravar dados em um DVD-RAM, é preciso formatá-lo. Para isto
basta clicar o seu ícone com o botão direito do mouse e no menu
apresentado escolher a opção Formatar. Se tentarmos utilizar um DVD-RAM
que não esteja formatado, será apresentada uma mensagem perguntando ao
usuário se deseja fazer a formatação.
Na figura 33 vemos o comando padrão de formatação do Windows. O
mesmo processo é utilizado para disquetes, discos removíveis e discos
rígidos. Note que no caso do DVD-RAM é preciso utilizar a chamada
Formatação completa. 
Capítulo 38 - DVD 38-23
Figura 38.33
Para formatar um DVD-RAM.
Depois de alguns poucos minutos estará terminada a formatação (figura 34).
Note que esta formatação é muito rápida, e apesar de chamada “completa”,
não lê a superfície do disco à procura de setores defeituosos. É altamente
recomendável utilizar o programa Scandisk para efetuar um exame de
superfície, antes de confiar a segurança dos dados ao disco recém formatado.
Figura 38.34
Terminada a formatação.
///////////////// FIM ////////////////////

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