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estresse e envelhecimento das estruturas orais

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INSTITUTO MACAPAENSE DO MELHOR ENSINO SUPERIOR
Curso: Odontologia
Semestre: 2º 
Disciplina: Fisiologia Odontológica
Professora orientadora: Karina Pamphylio
Acadêmicos:
CAROLINA GOMES PALMERIM
GISLAINE MELO SANTOS 
LUCIANA DA SILVA GEMAQUE
LUCAS GUIMARÃES DA SILVA
ORLANDO MOREIRA SIROTHEAU NETO
ROSIANE BRAZ BARBOSA
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ESTRESSE E 
ENVELHECIMENTO 
DAS FUNÇÕES DAS 
ESTRUTURAS ORAIS 
TEMA:
2
INTRODUÇÃO 
3
O presente trabalho relata a pesquisa concernente ao tema
envelhecimento e estresse das funções das estruturas orais.
Primeiramente aborda-se os conceitos necessários para que haja um
melhor entendimento e aprofundamento sobre o assunto.
Já em segundo plano explana-se as consequências, fatores
atuantes e como lidar com o estresse e envelhecimento das estruturas
e funções orais. Por fim é exposto as considerações finais e as
referências utilizadas no trabalho.
CONCEITO 
Envelhecimento 
4
O envelhecimento é a fase da vida
do ser humano em que se estabelecem
inúmeras modificações orgânicas, que
se dão por diferentes mecanismos
desencadeados por fatores internos e
externos.
Durante a velhice ocorrem alterações fisiológicas desse 
processo, que denominamos senescência. 
5
Sob esse aspecto, o envelhecimento também aumenta a
vulnerabilidade para várias doenças bucais devido às alterações
funcionais fisiológicas próprias dessa fase.
Todos os tecidos da cavidade oral sofrem atrofia e perda de
elasticidade, desde a mucosa até as estruturas ósseas, passando
pelos tecidos de sustentação e estruturas musculares.
Envelhecimento 
Há também processos patológicos “típicos da velhice” que 
podem acometer alguns indivíduos que correspondem a senilidade.
CONCEITO 
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Estresse 
Estresse é uma reação do
organismo que ocorre quando
ele precisa lidar com situações
que exijam um grande esforço
emocional para serem superadas.
CONCEITO 
7
Quanto mais a situação durar ou quanto mais grave ela for, mais
estressada a pessoa pode ficar e quando isso se torna rotineiro, pode
trazer prejuízos inclusive para a saúde bucal.
Indivíduos com altos níveis de estresse tendem a adotar hábitos
inadequados de higiene oral e estilo de vida que podem ter um
impacto negativo na saúde da boca, o que leva ao desenvolvimento de
diversas doenças.
Estresse 
CONCEITO 
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Estruturas e funções orais 
Os lábios, o revestimento
interior dos lábios e bochechas, os
dentes, as gengivas, dois terços
anteriores da língua, o assoalho da
boca e o céu da boca são estruturas
que compõem a cavidade oral.
A área posterior aos dentes do siso, o chamado trígono
retromolar, também pode ser incluída como parte da cavidade oral,
embora seja muitas vezes considerada como parte da orofaringe.
CONCEITO 
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Estruturas e funções orais 
A orofaringe é a parte da garganta logo atrás da boca. Ela inclui a
base da língua, o palato mole, as amígdalas, e a parte lateral e
posterior da garganta.
As funções da cavidade oral e da orofaringe consistem na
sucção, deglutição, mastigação, fala e respiração. As glândulas
salivares da cavidade oral e da orofaringe produzem a saliva, que
mantém a boca úmida e ajuda na digestão dos alimentos.
CONCEITO
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FATORES ATUANTES 
O estresse faz parte das emoções transmitidas pelos hormônios
no decorrer da vida e pode afetar a saúde bucal por duas vias: por
meio do comportamento do paciente ou biologicamente.
Quanto ao comportamento, o desânimo e a tensão emocional
podem fazer com que a pessoa mude os seus hábitos de forma
negativa, negligenciando a higiene bucal, aumentando o consumo
de álcool, adquirindo outros vícios como o tabagismo etc.
Quanto ao estresse: 
11
FATORES ATUANTES 
Quanto ao estresse: 
Já o fator biológico faz com que o estresse libere hormônios
como hidrocortisona e cortisol, além de produzir um alto nível de
adrenalina, essas substâncias são responsáveis por regular funções
corporais, como o sistema imune, que pode desencadear efeito pró ou
anti-inflamatório
O estresse desencadeia um efeito pró-inflamatório, o que,
aliado aos maus hábitos de higiene bucal, tornam o ambiente propício
para o aparecimento da doenças.
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FATORES ATUANTES 
Quanto ao envelhecimento: 
O envelhecimento é um processo natural do organismo e do
corpo, e na cavidade oral não seria diferente, com o passar dos anos
sofre alterações e possíveis consequências.
O processo de envelhecimento natural dos dentes é provocado
pelo uso contínuo dos mesmos, em atividades normais no dia a dia
das pessoas, como na mastigação dos alimentos, na ingestão de
bebidas e na própria escovação dos dentes.
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FATORES ATUANTES 
Quanto ao envelhecimento: 
Com o avançar da idade, o desgaste dos dentes em decorrência
desse uso é considerado normal. Porém, a maior parte das alterações
que acometem a cavidade bucal, principalmente do idoso, é devido a
condições médicas, uso de fármacos, incapacidade psicológica e
dificuldade a acessos preventivos, o que acaba resultando em uma
deficiência na saúde em geral.
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CONSEQUÊNCIAS
Os fatores atuantes que auxiliam e atenuam o estresse e o
envelhecimento podem trazer consequências, como o
desencadeamento de patologias e disfunções relacionadas a
estrutura e funções orais:
 aftas;
 bruxismo;
 cárie radicular;
 DTMs;
 disfagia;
 formação de placa bacteriana;
 gengivite;
 herpes labial;
 halitose;
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CONSEQUÊNCIAS
Os fatores atuantes que auxiliam e atenuam o estresse e o
envelhecimento podem trazer consequências, como o
desencadeamento de patologias e disfunções relacionadas a
estrutura e funções orais:
 mudanças no complexo dentino-pulpar;
 neuralogia do trigêmeo;
 perturbações da sensibilidade gustativa;
 síndrome da boca ardente (SBA);
 xerostomia.
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CONSEQUÊNCIAS
Xerostomia:
Se caracteriza pela redução de volume da saliva produzida, e
função do estado de disfunção das glândulas salivares. Pode estar
associada com a idade avançada e ao estresse. É comum em 40%
dos idosos afetando mais mulheres que homens.
Clinicamente, observa-se um estado de secura oral, que pode
ocorrer de forma discreta, moderada ou grave, dependendo do tipo de
agente causal, podendo ainda ser transitória ou permanente.
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CONSEQUÊNCIAS
Xerostomia:
A xerostomia em idosos traz uma
série de sintomas desconfortáveis e os
pacientes costumam se queixar de
dificuldades na mastigação e deglutição,
podendo relatar que os alimentos aderem
a mucosa bucal durante o processo.
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CONSEQUÊNCIAS
Cárie Radicular:
É mais comum em adultos e idosos. Isto porque, com o passar
dos anos, a gengiva vai se retraindo, o que expõe as raízes dos
dentes.
Esta superfície não possui o
esmalte para a proteção da dentina,
fazendo com que a cárie a deteriore mais
rapidamente.
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CONSEQUÊNCIAS
Perturbações da sensibilidade gustativa:
Observa-se que, nos indivíduos com idade avançada a
sensibilidade gustativa ao doce cai, enquanto a sensibilidade ao
salgado não se altera. Isso se deve à redução do número de
corpúsculos gustativos com o envelhecimento
O fumo afeta também a acuidade gustativa ao salgado,
exagerando o consumo de sal por esses indivíduos e predispondo-os
a doenças cardiovasculares.
20
CONSEQUÊNCIAS
Mudanças no complexo dentino-pulpar:
Essas mudanças estão presentes durante o processo de
envelhecimento. A dentina torna-se mais esclerótica e menos
elástica; ocorre uma mineralização gradual, resultando em obliteração
dos túbulos dentinários.
Com a deposição constante de dentina secundária e
reparadora, quase sempre, ocorre um escurecimento gradual da
coroa dental.
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CONSEQUÊNCIAS
Bruxismo:
É conhecido como o rangido e/ou cerramento dos dentes de
forma a exercer uma pressão que pode provocar desgaste e
amolecimento dos dentes. As causas mais comuns são estresse,
ansiedade e tensão.
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CONSEQUÊNCIAS
Bruxismo:
Alguns sinais e sintomas são:
 contrações rítmicas dos músculos da mandíbula;
 ranger os dentes;
 músculos da mandíbula apertadosou doloridos;
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CONSEQUÊNCIAS
Bruxismo:
 estalo ou clique ao mexer a atm;
 dor por um período prolongado nos músculos da face;
 dentes danificados;
 restaurações dentárias quebradas;
 gengiva ferida;
 dor de cabeça;
 inchaço na mandíbula inferior;
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CONSEQUÊNCIAS
Bruxismo:
Causas: estresse, ansiedade, frustração e raiva; má oclusão;
sintoma de determinadas doenças do sistema nervoso; efeito
colateral de alguns medicamentos para o tratamento da depressão;
complicação da doença de huntington ou parkinson.
Diagnóstico: A polissonografia para o diagnóstico do
bruxismo do sono e para diagnosticar o bruxismo em vigília, são
utilizados o dispositivo EMG portátil e o autorrelato.
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CONSEQUÊNCIAS
Bruxismo:
Prevenção: Quando se trata de bruxismo relacionado ao
estresse, terapia e técnicas de relaxamento podem ajudar. Evitar
estimulantes, como tabaco e cafeína também auxilia na prevenção.
Tratamento: A solução mais simples é utilização de uma placa
noturna feita por um dentista, que impede o atrito dos dentes durante
o sono. O dentista também pode ter que restaurar os dentes
danificados ou ter que colocar coroas para devolver a forma e o
tamanho adequados dos dentes.
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CONSEQUÊNCIAS
Halitose:
Quanto mais seca a boca — que pode acontecer quando se
está estressado —, maior o crescimento das bactérias, e
consequentemente, as chances de desenvolver a halitose
A saliva em quantidade ideal, contribui para lavar e remover
partículas de alimentos da boca. Portanto, a redução do fluxo
salivar pode resultar em um maior acúmulo de partículas de
alimentos na boca, as quais podem levar ao mau hálito após serem
decompostas por bactérias.
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Para tentar corrigir esse problema, além da higienização dos
dentes e língua com creme e fio dental, é indicado beber bastante
água ao longo do dia (para aumentar a produção de saliva).
CONSEQUÊNCIAS
Halitose:
28
CONSEQUÊNCIAS
Disfunção da articulação temporomandibular:
A articulação temporomandibular (ATM) é a articulação que
liga a mandíbula ao crânio. Essa articulação pode sofrer vários
distúrbios, prejudicando assim sua função. A DTM é multifatorial,
pois ocorre pela ação conjunta de estruturas anatômicas, funcionais
e psicológicas (estresse e ansiedade).
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CONSEQUÊNCIAS
Disfunção da articulação temporomandibular:
Alguns dos sintomas mais comuns de DTM incluem:
 dores de cabeça;
 dores de ouvido;
 dor e pressão atrás dos olhos;
 estalos ou dor ao abrir ou fechar a boca;
 mandíbula fica trava, sai do lugar;
 dor nos músculos de mastigação;
 dificuldade ao mastigar ou morder;
 inchaço do rosto;
 mudança na oclusão dentária.
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CONSEQUÊNCIAS
Diagnóstico: Realização de uma avaliação completa por um
dentista, solicitação de radiografias panorâmicas para avaliar a ATM
verificar a oclusão. Exames para os músculos e tecidos da cabeça e
pescoço à procura de sinais de inflamação.
Poderá ser necessário o encaminhamento a um cirurgião
bucal maxilo-facial para posterior avaliação e diagnóstico mais
preciso.
Tratamento: O dentista poderá recomendar um ou mais dos
tratamentos a seguir:
Disfunção da articulação temporomandibular:
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Disfunção da articulação temporomandibular:
CONSEQUÊNCIAS
Medicamento – Para eliminar espasmos musculares e a dor
por meio da aplicação do calor úmido ou tomando medicação,
como relaxantes musculares, aspirina e medicamentos anti-
inflamatórios.
Protetor bucal noturno – Reduz os efeitos nocivos de
travamento ou rangido dos dentes por meio da utilização de um
protetor bucal ou tala.
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Relaxar – Aprender técnicas de
relaxamento para auxiliar no controle da
tensão muscular na mandíbula. O dentista
pode sugerir a procura por treinamento ou
aconselhamento para eliminar o estresse.
Estimulação Elétrica Nervosa
Transcutânea(TENS): utiliza correntes
elétricas de baixa tensão para relaxar os
músculos faciais e articulações, além de
proporcionar alívio da dor.
CONSEQUÊNCIAS
Disfunção da articulação temporomandibular:
33
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Não há uma fórmula exata para retardar o envelhecimento
ou viver sem se estressar.
Para um envelhecimento mais saudável com relação a
aspectos físicos, recomenda-se a prática regular de atividades
físicas; alimentação equilibrada; realização de exames regularmente
e entre outras medidas.
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Com relação ao estresse, evitar situações que já se tem o
conhecimento prévio que podem causar certa “dor de cabeça”, buscar
manter a calma; se afastar; “dar um tempo”; praticar esportes,
caminhadas, yoga e ter uma alimentação saudável são alguns hábitos
que podem ser feitos para minimizar os efeitos que o estresse causa.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
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Sob esse aspecto, voltando-se para as estruturas e funções
orais, além de todas essas indicações acima, manter uma higiene
bucal adequada, hábitos de postura e ingestão de alimentos
adequados, consulta regular ao dentista e outros médicos envolvidos
no cuidado com essas estruturas;
Também servem como “prevenção e tratamento” para que
não haja de forma precoce o envelhecimento dessas estruturas
ou disfunções/alterações que possam trazer malefícios para o
organismo do indivíduo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
CONCLUSÃO
36
Com a pesquisa foi possível obter uma melhor compreensão
dos conceitos que foram trabalhados no ambiente de aula, como
por exemplo, as estruturas orais da cavidade bucal, DTM e
funções das estruturas orais.
No decorrer da pesquisa, notou-se também quais são os
devidos sintomas, características e tratamento das patologias e
disfunções decorrentes do estresse e envelhecimento. Assim como
hábitos e métodos para se ter um envelhecimento mais saudável e
como lidar e/ou se prevenir de situações que possam causar
estresse.
CONCLUSÃO
37
Consoante a tudo isso, foi possível concluir também que tudo o
que foi abordado na pesquisa se faz extremamente importante para
o profissional/acadêmico de odontologia.
São conhecimentos necessários para
se ter não só um melhor desempenho com
relação a saber diagnosticar, que
procedimentos realizar ou identificar a
origem de certas patologias (derivadas do
estresse por exemplo) mas também como
lidar e atender da melhor maneira essa
parcela da população ( idosos/pessoas da
meia idade).
REFERÊNCIAS
38
BORGES, Luiz Sérvulo. Sistema digestório.UFJF, Juiz de Fora, 2014. Disponível em: 
https://www.ufjf.br/anatomia/files/2014/07/AULA-05.-Boca-e-Faringe.pdf. Acesso em: out.2020. 
FREITAS, Tabata. Diagnóstico e tratamento do bruxismo. UNICAMP, Piracicaba- SP, 2017. Disponível 
em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?view=000995690. Acesso em: out. 2020. 
NAVAS, Daniel. FOUSP na midia: Problemas bucais que podem ser desencadeados ou agravados 
pelo estresse. Disponível em: http://www.fo.usp.br/?p=51185. Acesso em: out.2020. 
SILVA, C.B. et al. Alterações fisiológicas da cavidade bucal doidoso. UNIVALE, Ouro Preto – MG. 
Disponível em: 
http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Alteracoesfisiologicasdacavidadebucaldoidoso.pdf. Acesso 
em: out.2020. 
SILVA, L.T. Alterações bucais do envelhecimento e implicações para a atenção odontológica. 
UFMG, Belo Horizonte – MG. Disponível em: 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3364.pdf. Acesso em: out.2020.

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