Buscar

TICS 4 - Hemissecção Completa Medular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 27/08/2021 
TICS 4 – Hemissecção completa medular 
 
O que ocorre com a motricidade voluntária, o tato discriminativo e a sensibilidade termo-
algésica neste tipo de lesão medular? 
A Síndrome de Brown-Séquard é uma lesão traumática da medula, e comumente encontrada 
(ALVES et al, 2012). 
 
O canal vertebral varia muito em tamanho e formato de um nível para outro, sobretudo nas 
regiões cervical e lombar. Um canal vertebral estreito na região cervical, no qual a medula 
espinal se encaixa com pouca folga, pode ser perigoso porque uma pequena fratura e/ou luxação 
de uma vértebra cervical pode lesar a medula espinal. A rotrusão de um disco intervertebral 
cervical para o canal vertebral após um traumatismo do pescoço pode causar choque medular 
associado a paralisia abaixo do local da lesão (MOORE, 2014). 
 
A hemissecçao é a transecção parcial da medula espinal no lado direito ou no lado esquerdo. Já 
a transecção completa da medula espinal significa que a medula esta seccionada de um lado a 
outro, seccionando, desse modo, todos os tratos motores e sensitivos. Isso resulta em perda de 
todas as sensações e do movimento voluntario abaixo do nível de transecção. Uma pessoa terá 
perda permanente de todas as sensações nos dermatomos abaixo da lesão, porque os impulsos 
nervosos ascendentes não se propagam além da transecção para alcançar o encéfalo. Ao mesmo 
tempo, contrações musculares voluntarias serão perdidas abaixo da transecção, porque os 
impulsos nervosos descendentes do encéfalo não podem seguir adiante (TORTORA, 2010). 
A extensão da paralisia dos músculos esqueléticos depende do nível da lesão. A lista seguinte 
descreve que funções musculares podem ser conservadas nos níveis progressivamente mais 
inferiores de transecção da medula espinal (TORTORA, 2010). 
 
Na hemissecção completa medular ocorre a interrupção dos tratos de apenas um lado da 
medula e três vias são afetadas: o trato corticoespinhal, os tratos espinotalâmicos e o cordão 
posterior. 
Trato espinotalâmico: é responsável pela sensibilidade superficial, a hemissecção resulta na 
perda da sensibilidade térmica, dolorosa, pressórica e do trato protopático contralaterais 
à lesão. 
 Trato corticoespinhal: é responsável pela motricidade voluntária e esse tipo de lesão na medula 
impede o fluxo dos estímulos motores oriundos do lado do córtex contralateral à lesão. Desse 
modo, o lado paralisado será o mesmo lado do trato corticoespinhal lesionado, resultando em 
paralisia espástica ipsilateral à lesão. 
Fascículos grácil e cuneiforme: não cruzam em seu trajeto pelo cordão posterior, que é 
responsável pela sensibilidade profunda. Como não há esse cruzamento, a secção prejudica a 
função da sensibilidade protopática, vibratória e do tato epicrítico ipsilateral à lesão. 
 
 
 
 
Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 27/08/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• SNELL. Neuroanatomia Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2010. 
• ALVES, Jorge Miguel Silva Ribeiro Olliveira et al. Síndrome de Brown-Séquard por hérnia 
discal cervical a duplo nível: caso clínico e revisão da literatura. Coluna/Columna, São 
Paulo, v.11, n.3, p.245-246, Sept. 2012. 
https://www.scielo.br/j/coluna/a/rDmXjVbHhvjpwWLnLNCKtvj/abstract/?lang=pt 
• MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara 
Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 
• TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de 
Janeiro, 2013.

Continue navegando