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Tendências e inovações

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Pós-Graduação – Propriedade Intelectual 
TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES
TEMA 01 - ASPECTOS CONCEITUAIS BÁSICOS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO (Professor: Fernando Moura)
Bloco 1
	Neste bloco será abordado os conceitos de ciência, tecnologia e informação, bem como se buscará observar quais são as relações. 
	Ciência: em uma apertada síntese, é o conjunto de conhecimentos (produção, distribuição, organização, a própria contestação do conhecimento), sendo tudo aquilo que a comunidade científica está criando, repensando e redefinindo o que é ciência. 
	Tecnologia: é um conjunto de conhecimentos teóricos e técnicos, sendo um conjunto de teorias e práticas que eles conseguem aperfeiçoar e aplicar o conhecimento científico. Vale a especial menção que a tecnologia não necessariamente precisa da ciência para surgir, mas hoje em dia é mais plausível aceitar que a ciência estará a frente da tecnologia. 
	Inovação: É quando se pega o conjunto de teorias e práticas e recombina em algo novo, gerando novas estruturas, novas produções, novos produtos, novas indústrias etc. 
	Mas qual é a relação desses três conceitos? 
	Com a vinda do capitalismo, a ciência começou a fazer parte do desenvolvimento tecnológico e do surgimento das inovações. Grande exemplo disso é a primeira revolução industrial ocorrida no século XVIII, onde esta revolução deu surgimento a indústria têxtil algodoeira, a utilização do carvão como fonte principal de energia e as máquinas sendo introduzidas no processo de produção para aumentar a produtividade. Em seguida veio a segunda revolução industrial (fim do sex XIX), onde a inovação passou a ser uma tarefa profissionalizada e, neste ponto, o conhecimento científico já era extremamente relevante, tendo como fontes chaves o aço, materiais elétricos, química e a própria indústria automobilística. No século XX a pesquisa científica era responsável por fomentar a criação de novas tecnologias, sendo que foi neste período onde a ciência estava realmente atrelada a inovação, surgindo a microeletrônica e a indústria farmacêutica. 
No passado distante, a tecnologia acabou precedendo a ciência, sendo que o maior exemplo que pode-se citar quanto a esta afirmativa foi o motor a vapor. Esse motor surgiu porque um engenheiro estava procurando uma solução prática para retirar a água do fundo da mina de carvão, conseguindo, mesmo sem entender muito sobre ciência, criar uma máquina que fosse capaz de resolver esse problema e sem querer, acabou criando a máquina a vapor.
	Mas então será que a ciência é totalmente responsável pelo surgimento de novas tecnologias? 
	Embora a pergunta ainda seja alvo de muitos estudos, nos dias atuais, como se tem um conhecimento científico indispensável, é muito difícil se pensar que a tecnologia irá preceder a ciência, pois esta, a cada dia que se passa, tem um papel cada vez mais importante na nossa sociedade. Exemplos práticos de ciência, tecnologia e inovação:
	Projeto de Ciência – Projeto Manhattan (bomba atômica) e CERN (Laboratório de Física de Partículas) 
	Projeto de Tecnologia – NASA, Robótica, Biotecnologia, Nanotecnologia 
Projeto de Inovação: Smartphone, Notebook, Veículo Elétrico etc. 
Desde Adam Smith (1723 – 1790) sabe-se que inovação é algo que aumenta, e muito, a produção em fábricas logo, um aumento na produtividade. Schumpeter (1883 – 1950) já criou um conceito mais aprofundado, apontando 5 casos onde a inovação ocorre. Vejamos: 
1) A Inovação ocorre quando você introduz um bem, como por exemplo um Computador de Nova Geração – exemplo notebook super moderno;
2) A introdução de um novo método de produção, como por exemplo: Uma nova linha de montagem ou um novo software. 
3) A abertura de um novo mercado, como por exemplo: o e-commerce (Amazon).
4) A descoberta de novas fontes de matéria prima, como: petróleo. 
5) Estabelecimento de uma nova organização da indústria, como por exemplo a mudança do motor a combustão para o motor elétrico. 
A diferença entre invenção e inovação é que, basicamente, na invenção temos a solução de um problema específico, enquanto que na inovação, além de ser uma invenção, esta deve ser comercializada e ter um mercado potencial, se mostrando uma solução técnica e economicamente viável, tendo um sucesso no mercado (caso Kodak). 
Bloco 2
	Relembrando: A ciência é o conjunto de conhecimento “puro”, básico, que está sendo sempre revisto; já a tecnologia - nos dias modernos - é um conhecimento (científico) aplicado em diversos problemas/ solução para problemas e; a inovação (mais importante) é uma solução técnica e economicamente viável para o problema. 
	A inovação pode ser classificada em alguns tipos. Vejamos: 
· Inovação de produtos e serviços. Ex.: Uma inovação de produto seria uma nova cerveja (uma nova forma de preparação). 
· Inovação de processo. Ex.: Aqui eu deixo de usar a latinha convencional e passo a usar um outro tipo de embalagem, mudando o processo de fabricação convencional, melhorando nos custos ou no sabor por exemplo. 
· Inovação de Marketing. Ex.: Pode ser entendido como uma reestruturação da marca ou da divulgação, afirmando que se trata de uma cerveja Premium, podendo citar como que foi feita a cerveja e o que ela traz de diferente. 
· Inovação organizacional. Ex.: é uma reorganização do método de como funciona a distribuição das cervejas, por exemplo, ao invés de fazer a entrega dessas pela via convencional (caminhões de entrega), eu contrato pessoas para fazer a entrega via bicicleta. 
Com isso passamos aos conceitos de inovação radical e inovação incremental. 
Na radical é quando temos uma ruptura com o invento anterior, é como por exemplo o smartphone. O Telefone móvel criou um novo mercado dentro da telefonia, isso porque os celulares antigos permitiam o contato telefônico em qualquer lugar a onde a pessoa estivesse, entretanto, o smartphone revolucionou o conceito, pois trouxe consigo uma gama gigantesca de aplicativos. Já a inovação incremental é quando se adiciona algo em sistema já existente, como por exemplo, uma câmera melhorada no smartphone, ou um novo aplicativo, ele não altera o mercado, apenas melhora. 
A difusão nesse processo é extremamente importante e essencial para a inovação, porque de nada adianta eu inovar se ninguém adota o meu produto ou serviço, evidenciando-se que a difusão pode-se mostrar de três maneiras distintas: propagação; imitação e adaptação.
A difusão é, na verdade, uma transformação econômica, cultural e social, bom exemplo é a própria internet ou as redes sociais, onde elas estão sempre se transformando e transformando as coisas. Ressalta-se que nem toda inovação, mesmo sendo melhor, tem efeitos verdadeiramente positivos no mercado, como por exemplo o DVD e o Blu-ray. Esse exemplo é muito claro porque o DVD era uma plataforma de qualidade inferior, dado o tamanho do armazenamento, mas acabou tendo uma aceitação bem maior, porque quando se lançou o Blu-ray, logo em seguida veio a plataforma em streaming, e isso acabou fazendo com que as pessoas não investissem muitos valores em aparelhos assim. 
Dentro das expectativas tecnológicas, como que a inovação tem o caráter de incerteza inerente ao processo de inovação, as pessoas ficarão com o pé atrás em adotar uma tecnologia ou não. Porque adotar uma tecnologia que amanhã pode acabar saindo uma tecnologia ainda melhor? Quando se tem uma tecnologia recente, a maior parte das pessoas não quer ser a pioneira, mas também não querem ser as últimas, porque se não se perde todos os benefícios da entrada. 
TEMA 02 - FERRAMENTAS DE PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA.
Bloco 1
	A Prospecção tecnológica é um dos principais recursos para que um tomador de decisão possa entender onde ele está “pisando” efetivamente, respondendo perguntas como: “para onde estamos indo?”, “o que eu quero com isso?”. 
	
A prospecção tecnológica não é um exercício de adivinhação, mas sim um processo sistemático, objetivo e didático que tenta pensar o futuro possível da tecnologia daquilo que eu já tenho hoje, para isso, busca-se identificar: tendênciase rotas tecnológicas promissórias; identificar setores emergentes e nichos de desenvolvimento tecnológico, se tratando de verdadeiros mecanismos de buscas para determinar tudo aquilo que é essencial para tomar uma decisão final. 
	Mas antes de tudo isso, é interessante trazer alguns conceitos: 
· Trajetória tecnológica: Trata-se de uma concepção elaborada por DOSI (1984), sendo um trabalho relevante para a economia e inovação, podendo ser resumida da seguinte maneira: “Conjunto de partes do conhecimento, tanto prático quanto teórico, cujo objetivo é a sobrevivência no mercado competitivo através da procura de novas combinações de processos e/ou produtos.” – em apertadas linhas, busca-se compreender a trajetória de uma tecnologia ex.: pensemos em problemas com biotecnologia. A gente pega um problema específico, tipo: manipulação do genoma, dentro disso há vários conjuntos de conhecimentos que trabalham dentro desse conjunto de genoma e esse conceito ele é muito abstrato, mas porque você busca compreender como esse conhecimento vai caminhando ao longo do tempo, como ele está sendo uma construção social, histórica, e como esse conhecimento tem caminhado, permeado por rotinas e ações contínuas dos agentes que estão imersos dentro desse sistema.
Assim, o cientista, pesquisador ou tecnólogo busca saber mais sobre o que pesquisa, estando imerso dentro de sua trajetória. 
Assim, o conjunto abrange: procedimentos, métodos, experiências, know-how, até mecanismos e equipamentos, arranjos institucionais, etc.
· Paradigma Tecnológico: é como se fosse um guarda-chuva onde todas as trajetórias estão por dentro; um “modelo” ou um “padrão” de soluções de um conjunto de problemas de ordem técnica, selecionado a partir de princípios derivados do conhecimento científico e das práticas produtivas.
A criação dos computadores/ microchips, onde estes nada mais são do que criações de tecnologia dentro da informática, onde a informática é um paradigma que veio substituir outros meios de comunicação. 
Passo a passo da prospecção tecnológica: 
· 1ª Fase: Onde se define o campo, a palavra chave e a equação de busca – como por exemplo a classificação de patentes no campo da indústria farmacêutica; 
· 2ª Fase: Identificar, buscar e coletar as informações. Dentro das informações do campo tecnológico você quer coletar e filtrar essas informações para se saber o que você precisa, exemplo: dentro da busca de antivirais, eu quero aquele campo que vai ser direcionado para a gripe. 
· 3ª Fase: Será feito o armazenamento e o registro dessas informações e; 
· 4ª Fase: A Análise e o Apoio da mineração de dados (eu vejo todas as informações que eu tenho disponível e quais são as análises que eu posso tirar disso). 
A busca de patentes é a aplicação de métodos estatísticos e matemáticos para medir a informação de patentes com o objetivo de identificar e analisar suas características, incluindo tendências, impacto, agrupações temáticas e desenvolvimentos crescentes ou decrescentes. 
O que eu procuro na patente? Que quero a patente CP..., que é só para medicamentos de uso humano. Depois disso eu afunilo ainda mais, focando em antivirais: CP.../.... Faz-se isso com o objetivo de verificar quais são as tendências impactos, agrupações temáticas e desenvolvimentos crescentes ou decrescentes, isso tudo para se compreender quais são as tendências da patente. Vale lembrar que quando falamos de patente, a princípio, teremos ela como uma numeração tão somente, pois esta irá identificar do que se trata essa invenção de forma homogênea. Também há que se frisar que a patente é uma invenção – uma solução técnica para um problema, pois não se sabe se aquela patente teve ou não sucesso. 
A Bibliometria é nada menos do que ao invés de se trabalhar com patentes, se trabalha com artigos científicos, livros, dissertações, teses, qualquer relação formal de comunicação, logo, essa Bibliometria aplica os mesmos métodos estatísticos e matemáticos, mas para essa informação de registro bibliográfico.
Então, ele é muito usado para medir a produção cientifica de uma universidade, de um país e compreender a rede de interação entre cientistas, vendo, com maior facilidade, quem está estudando sobre um determinado assunto. 
Bloco 02
	Aqui serão descritos quais são os quatro passos da prospecção tecnológica, sendo:
1ª Fase: Definição do campo de busca tecnológico, palavras chaves e equação de busca;
2ª Fase: Identificação, busca e coleta das informações
3ª Fase: Armazenamento e Registro das informações 
4ª Fase: Análise da Informação
Ou seja, primeiro busca-se compreender para onde você está querendo ir, ai você vai buscar essas informações, irá armazenar e, por fim, analisar tudo isso depois. Isso é muito importante, pois contribui com o processo de tomada de decisão. 
A primeira fase é a mais importante, porque quando se está escolhendo/ trabalhando em cima de um campo, ex: veículo elétrico. Dentro deste, se tem várias patentes. A do motor, a da bateria etc. Com isso você vai fazer a primeira delimitação do que se busca pesquisar por meio das palavras chaves. Outro exemplo: Medicamentos. Assim, pesquisa-se o composto químico, a família de patente, a atuação clinica entre outros fatores que ajudam entender esse campo tecnológico. 
	A segunda fase advém da primeira, após a sentença de pesquisa, você consegue identificar, buscar e coletar as informações, se usando de uma estratégia para identificar e rastrear quais são as atividades científicas (Bibliometria) os principais atores, situação de pesquisa, rede de colaboradores, vai ter um acesso a base de patentes (isso é complicado, especialmente hoje em dia, vez que as informações são valiosas e geralmente se faz necessário se pagar para ter acesso a essas patentes) e, por fim, tem que trabalhar com a utilização de fontes secundárias para calibração e aperfeiçoamento das buscas. 
Como estávamos falando sobre patentes, temos que entender que a patente é única, logo, muitas vezes essas fontes secundárias servirão para compreender se aquela patente possui, ou não, sua relevância, ou, ainda, se a partir daquela patente, aquilo funciona. 
A terceira faze é o armazenamento dessas informações, sendo que, nos dias de hoje, esse armazenamento ocorre por meio dos softwares de planilha, Excel, entre outros, mas é sempre interessante deixar guardada as equações de busca, porque muitas vezes é por meio destas pesquisas já realizadas e que se teve resultados satisfatórios que não se perde tanto tempo para chegar nestes mesmos resultados novamente. 
Por fim, pode-se analisar a informação e esse apoio a mineração de dados. O que vai se analisar após a realização de todo esse processo? Entender a dinâmica da publicação de patenteamento, ver quais são os países líderes para aquelas patentes, procurar quais são as instituições de excelência e seus respectivos inventores por trás daquelas patentes ou bibliometrias, encontrar as tendências tecnológicas indicadas pelas palavras chaves, identificar tecnologias emergentes, monitorar concorrentes, definir as rotas tecnológicas, quais são os mercados tecnológicos ou, ainda, compreender como essa informação pode impactar a nível global. 
TEMA 03 - MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS E SOCIAIS.
Bloco 01
O tema desta aula é, em síntese, as tendências do futuro para a sociedade, ou seja, a demografia social. 
As megatendências são as forças macroeconômicas e geoestratégicas que moldam a sociedade e o mundo contemporâneo (PwC). Essas transformações contínuas e globais vão impactando os negócios, economias, as sociedades, culturas e vidas pessoais de cada indivíduo inserido neste contexto. Ou seja, todo o envelhecimento da população impacta de forma direta na sociedade e na sua forma de viver. 
	Assim, graficamente falando, o mundo como um todo tem percebido um crescimento populacional absurdo. No ano de 2010 a população global era estimada em aproximadamente 6 (seis) bilhões de pessoas. Para o ano de 2030 estima-se que o crescimento populacional alcance a marca de 8 (oito) bilhões de pessoas,sendo que boa parte desta população estará localizada em países em desenvolvimento (entre 5 a 7 bilhões), enquanto que países menos desenvolvidos tenham uma média de 1 a 3 bilhões tão somente. Veja o gráfico: 
	Da leitura que se procede quanto ao gráfico apresentado, nota-se com certa facilidade que os países já plenamente desenvolvidos terão pouquíssima taxa de natalidade ou até taxas negativas, enquanto que o grosso da natalidade vai estar concentrado em países em desenvolvimento. No gráfico percebe-se que os países do norte não terão grandes taxas de natalidade, já ao sul esse parâmetro muda, sendo que a África é o país com a maior taxa de natalidade. 
É interessante destacar este ponto porque atualmente, a África é um continente de grande instabilidade política e social, sendo um continente que sofre muitos problemas que assolam a sociedade e que, inclusive, impedem o crescimento contínuo. Todo esse histórico político e social trouxe o caos que a África assiste hoje em dia.
	Neste gráfico podemos perceber que atualmente a África encontra-se com mais ou menos 1 bilhão de pessoas, mas em 100 anos o número populacional esperado para este país é de praticamente 4 bilhões de pessoas, enquanto os demais continentes estarão estagnados no crescimento populacional. 
Apesar de ter uma alta taxa de natalidade, a expectativa de vida da população africana é muito baixa. Com o passar dos anos, as projeções dos pesquisadores é que a expectativa de vida das pessoas da África tenha um aumento considerável de 11 (onze) anos. Veja: 
	Assim, podemos observar essas projeções por meio de gráficos: 
	Esse salto de projeção da expectativa de vida deixa isso aparente. Países já desenvolvidos tem uma baixa taxa de aumento populacional, exatamente porque se tratam de países que já possuem altas tecnologias para dar melhores condições de vida para as pessoas. Já os países em desenvolvimento percebem-se que o parâmetro muda completamente, podendo-se observar uma linha crescente nessa expectativa de vida. 
	O Índice de Desenvolvimento humano foi desenvolvido para ser um relatório de desenvolvimento da PNUD (órgão da ONU), cujo intuito era criar um índice que enfatizasse o desenvolvimento social, e não apenas o crescimento econômico (PIB). Este seria um estudo mais minucioso da realidade global. 
	
	Anote-se que: um bom índice de IDH não quer dizer, necessariamente, que se trata de um país desenvolvido (embora na maioria dos casos é o que ocorre), um bom exemplo disso seria a Arábia Saudita e o Chile, onde há um bom nível de expectativa de vida, um bom nível de escolaridade, um bom nível de renda, mas não tem um bom nível de desenvolvimento social. 
Bloco 02
	Inicialmente, devemos observar os conceitos de crescimento e desenvolvimento. Como visto no bloco anterior, espera-se que o crescimento populacional chegue na casa dos 8 bilhões até 2030, bem como se espera que ocorra uma melhora nas condições de vida. Mas será que isso traria alguma melhora nas condições humana de trabalho? E a questão do deslocamento da força de trabalho?
	Essa nova geração de trabalhadores tem grandes expectativas no trabalho internacional, exatamente por conta da conexão que a globalização nos trouxe, logo, com o acesso a informação, as pessoas, em tempo real, ficam sabendo o que está acontecendo em outros países, diferente do que acontecia nos anos 50/ 60.
	Em 2030, estima-se que 85% do crescimento populacional nas economias do G7 (grupo dos sete – organização de líderes de algumas das maiores economias mundiais como: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) se darão, na realidade, por conta das migrações pelo trabalho. Como visto anteriormente, o crescimento demográfico dos países desenvolvidos ou será 0 ou será negativo, ao passo que os países em desenvolvimento assistirão grandes crescimentos por conta dessa migração. Ao mesmo tempo que isso é benéfico, há problemas políticos e sociais que podem acabar causando tensões, como por exemplo: xenofobia, movimentos contra minorias etc. 
	Além disso, também devemos levar em consideração a mão de obra feminina no mercado de trabalho. Hoje, mais do que nunca, a mulher tem um papel extremamente relevante no mercado de trabalho. Seu papel vem crescendo desde 1950, sendo que naquela época, apenas 13,6% das mulheres faziam parte da população economicamente ativa (PEA – pessoas dentro da faixa da plena idade e que estão trabalhando [15 a 64 anos]). Em 2010, em novas pesquisas, percebe-se que houve um crescimento extremamente grande nesse número, isso porque em 2010, 49% das mulheres já estavam trabalhando junto ao mercado, além disso, essa pesquisa também abrangeu as representações em cursos superiores, sendo que as mulheres representavam 15,1% da frequência na população de 18 a 24 anos matriculada no ensino superior, enquanto os homens somavam 11,3% (IBGE, 2014).
	No passado (1960), a maior parte das mulheres ativas no mercado eram jovens, solteiras e sem filhos – seria um perfil de mulher que não teria nenhum tipo de responsabilidade do lar. Já nos anos 2000, percebe-se que mulheres que trabalham fora possuem mais de trinta anos, são casadas ou em união estável e já são mães, ou seja, se trata de outro perfil pessoal, uma vez que estas mulheres contribuem economicamente, mas também não deixam de exercer essa função do lar. 
	Houve sim aumento das mulheres em cursos superiores, contudo, há expressivos números onde se constata que há um famigerado tratamento desigual entre os sexos. As mulheres ocupam muitos trabalhos de forma informal, tanto que no ano de 2000, 32,7% das mulheres com alguma ocupação possuíam empregos com carteira de trabalho assinada, enquanto que 36,5% dos trabalhadores homens eram ocupados formalmente nesse período. Em 2010, esses números aumentaram para ambos os gêneros, com 39,8% das mulheres e 46,5% dos homens ocupados em trabalhos com carteira assinada (IBGE, 2014).
Da mesma forma os rendimentos. Mesmo escolarizadas, as mulheres recebem até 74% dos rendimentos que os homens recebem, mesmo se tratando de cargos iguais e, ainda, percebe-se uma maior resistência para que estas mesmas mulheres ocupem cargos de chefia. Com todas essas informações, pode-se afirmar que não há uma equidade (tratamento de forma igualitária) entre os sexos. Vejamos na prática:
	
	Pelas estimativas, se houvesse uma equiparação salarial entre homens e mulheres, isso geraria um retorno de 2 trilhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) dos países membros da OCDE, resultando em um verdadeiro aumento de renda para a população em geral (PwC, 2017). 
	Quanto aos desafios do envelhecimento da população, devemos considerar que com o desenvolvimento mundial, ocorre uma verdadeira redução de fecundidade e de mortalidade, sendo que isso são conquistas globais, pois se trata de uma maior qualidade de vida da população, assim como avanços tecnológicos em saúde e o acesso da população a esses meios, contudo, ao mesmo tempo que isso é positivo, também há que se considerar que também há o ônus, por questões previdenciárias e questões de mercado de trabalho. Em miúdos, haverá uma disparidade entre receita gerada e receita que é repassada para os idosos, sendo necessário repensar as políticas de previdência, saúde e seguridade social desde já. 
	Assim, vejamos a projeção no futuro: 
Em estudos, o Banco Mundial concluiu que população idosa em idade ativa que, em 2005, correspondia a 11% da população, em 2050, será 49%. Ao mesmo tempo, a população em idade escolar diminuirá de 50% para 29% no mesmo período, ou seja, a pressão nos gastos governamentais em saúde e previdência aumentará, mas será diminuída no sistema educacional.
Isso irá impactar diretamente no sistema previdenciário, vez que será necessário um maior tempo de contribuição, sendo assim, empresas terão que investir em programas de treinamento para que sejam incluídos trabalhadores mais velhos, e reorientar esses programas para atender as necessidades desses trabalhadores.
TEMA 04 – (DES)GLOBALIZAÇÃO,TENSÕES POLÍTICAS E INCERTEZAS ECONÔMICAS: SERÁ O FIM DO SONHO DA INTEGRAÇÃO MUNDIAL?
Bloco 01
	A globalização caminha junto com a tecnologia da informação e do conhecimento (TICs). Essa era da informação trouxe junto com ela uma globalização muito mais difundida, sendo que atualmente acompanhamos muito mais os acontecimentos globais do que antes, especialmente por conta da internet. 
	Esse processo de internacionalização de capital e de atividades econômicas (globalização), segundo Baumann, pode ser compreendido em três processos interligados entre si: 1) integração dos sistemas financeiros nacionais; 2) a intensificação do comercio internacional e; 3) a internacionalização da produção. 
	
Esse processo de globalização não é recente. A realidade é que a integração global teve início de fato com as grandes navegações e as relações de trocas comerciais entre as diferentes localidades. Contudo, houve uma intensificação deste processo nas últimas décadas principalmente devido ao desenvolvimento das Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC) e sistemas de transporte, tanto isso é uma realidade que atualmente, se algo acontece em qualquer outro local do planeta, de forma imediata sentimos os reflexos por aqui, assim, estaríamos, hoje, por viver em uma “sociedade em rede”. 
Essa sociedade em rede tem a informação como uma matéria prima básica e essa estará sendo constantemente impactada pela tecnologia e, graças a isso, todas as atividades humanas sempre sentirá os efeitos dessa abrangência tecnológica. Esse desenvolvimento de tecnologia de informação e conhecimento e os meios de transporte permitiram não apenas a comunicação em tempo real entre as pessoas e nações, como também possibilitou a redução alarmante de custos econômicos envolvidos. Ex.: O trabalho remoto entre indivíduos de outros países. 
Com tudo isso, as redes corporativas acabam imergindo. As empresas buscam integração para viabilizar novos negócios, auferir lucros superiores em relação ao mercado nativo, agregar conhecimento tecnológico e principalmente formar alianças estratégicas com outras empresas, sejam elas de pequeno ou grande porte, de um determinado setor ou variados.
Assim, pode-se dizer que a globalização, ao mesmo passo que é extremamente positiva, pode ter toques ligeiramente negativos, isso porque ao mesmo passo que ela traz a ideologia de inclusão, gigantes do mercado que já estão atuando de forma integralizada (delegando funções e usando o mínimo de recursos para efetuar a maior quantidade de atividades possíveis), acabam excluindo empresas menores e regionais que não estão adaptadas a essa nova realidade. 
A isso nós chamamos de Divisão Internacional do Trabalho (DIT), onde no início da industrialização tinha-se o modelo de centro (aqui se produzia todos os artigos industriais), semiperiferia (pegava a rebarba da industrialização) e periferia (só estava lá para produzir artigos básicos de recursos naturais ou agricultura), isso acabou se perdendo no processo de globalização, vez que hoje temos uma verdadeira fragmentação dos processos produtivos e uma realocação geográfica em escala global (cadeia global de valor – você consegue redistribuir essa produção e você consegue ter uma dinâmica organizacional mundial [ex.: industrias automobilísticas]). 
Essa cadeia global de valor (CGV) está inserida em todas as indústrias. Essa cadeia de valor nada mais é do que o conjunto de atividades necessárias para a produção de um determinado produto ou serviço. E esse termo CGV se refere ao valor agregado, que é o valor de produção do produto ou serviço, descontados os custos operacionais (insumos, matérias primas, mão de obra etc). Esse valor agregado está localizado antes mesmo de sua produção (projetos) ou está no final (marketing) – trazendo a ideia de um gráfico em formato de “U”, onde o ápice seria esse projeto e marketing e os custos seriam a parte mais baixa do “U”. 
	Um país não se interessa pela marca, mas sim pelo conhecimento, assim, um país está mais interessado na parte do projeto, ou seja, na parte intelectual, sendo que isso é muito mais importante do que a própria produção em si. Obviamente a produção traz empregos e rendas, mas o quanto isso vai ser diferente do que o país já produz? Assim, Mercado financeiro continua nacional, mas comércio e produção são internacionais.
BLOCO 2
	Cadeia Global de Valor (CGV) o atribui uma perspectiva mais ampla em relação ao conceito de cadeia produtiva, onde tenta-se inserir em etapas onde há um maior valor agregado, vai tentar se buscar fortalecer as etapas onde se tem um lucro maior e reorganiza a nova divisão internacional do trabalho, onde não se faz tudo no mesmo lugar. A Globalização permitiu essa integração da produção em escala mundial, assim, as empresas sempre irão procur as melhores oportunidades possíveis no mundo, independentemente de isso ser bom ou não para o País. 
	 Essa sociedade em rede vista no bloco anterior está trabalhando para a inserção internacional das economias, obviamente as economias mais desenvolvidas, sendo que estas estarão segurando para si as etapas da cadeia onde há o maior valor agregado. Por esse motivo a Europa, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos não retém mais a produção em seu país de origem, porque conseguem fazer o mesmo de forma muito mais barata em países como a China ou outros mais periféricos, mas o design e o marketing ainda se mantém nesses locais, pois o valor agregado é maior nos projetos e marketing. 
	Quando uma empresa transfere a produção para outro país, ela está transferindo conhecimento, ou não? Esse seria o desejo dos países, mas a realidade é que não é isso que acontece. A China faz isso por conta do esforço do próprio Governo chinês, isso porque eles pegam essa produção, fazem e, em seguida, copiam, mas geralmente não é isso que deve ocorrer. 
	Um bom exemplo do que se está citando é Detroit, onde a inserção da indústria automobilística japonesa nos EUA, na década de 1970. Montadoras de Detroit transferiram suas plantas para outros países para permanecerem concorrentes. Resultado foi a transformação de Detroit em uma “cidade fantasma”, com população decrescente e cada vez mais enfraquecida economicamente.
	Para que esse tipo de coisa não ocorra, o que deve ser feito? Políticas de isenções fiscais? Até pode ser, mas o problema é que isso acaba sendo uma faca de dois gumes, pois aquela empresa está sempre buscando a melhor oportunidade e é necessário ter um certo limite para poder passar por essas mudanças. Assim, não adianta, por exemplo, manter uma fábrica automobilística quando se tem uma competição com a china, o japão e outros que são mais baratos. O governo teria que se preparar para isso. 
No que se refere a instabilidade política, se ela traz uma estabilidade para os Estados Unidos (berço do capitalismo e da globalização), por exemplo, imagina com os países periféricos que estão apenas tomando essa concorrência brutal do capitalismo e da globalização? 
A globalização tirou, ao mesmo tempo, milhões da miséria trazendo prosperidade para países asiáticos, mas, nos países desenvolvidos, fez diversos cidadãos ficarem desempregados, principalmente entre as classes média e baixa. A globalização facilitou a transferência mundial de cidadãos, mas também recriou crises de xenofobia que pareciam fazer parte do passado da Europa e nos EUA.
TEMA 05 – AVANÇOS TECNOLÓGICOS 
Bloco 01
	Neste tema será abordado sobre as grandes tendências nas novas tecnologias que estão por vir, ou até mesmo que estão acontecendo agora, pois realmente se faz relevante compreender as origens dessas tecnologias e quais são as suas respectivas aplicações no dia a dia e no que isso pode impactar junto a sociedade. 
Essas grandes tendências foram identificadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE (2016) dividiu o Estudo em 2016 em quatro grandes áreas tecnológicas:
· Tecnologias digitais;
· Biotecnologia;
· Materiais Avançados;
· Energia e Meio Ambiente – esse será tratado nos próximostemas.
As tecnologias digitais englobam a questão do armazenamento em nuvem, (cloud computing), a internet das coisas e a interconectividade das tecnologias (através de sensores você consegue ver o que está acontecendo em tempo real nos seu celular – ex: Agricultura de precisão), a inteligência artificial, a realidade virtual aumentada e a Blockchain e a criptomoeda.
Iniciando as tendências nas tecnologias digitais, temos:
· Armazenamento na nuvem: trata-se de uma computação em nuvem, onde em vez de você guardar os arquivos no seu computador, você deixa armazenado na própria internet. Assim, você consegue acessar os dados de qualquer lugar (Dropbox ou Google Drive) – Seria quase como dizer que o físico ficou no passado (ex.: morte do pendrive); 
· Internet das coisas (IOT – Internet of Things) e a interconectividade das tecnologias: Por ser uma área mais genérica, engloba diversos setores e diversas industrias. Em síntese, são as tecnologias incorporadas com sensores, softwares, conectividade de rede e capacidade de computação, que podem coletar e trocar dados pela internet. Basicamente seria o mesmo que você conseguir controlar várias coisas por meio de aplicações (ex: agricultor que consegue controlar a qualidade da terra e o crescimento da vegetação por meio de sensores e celulares);
· Inteligência Artificial seriam os softwares capazes de executar tarefas que humanos teriam que fazer. Futuramente, essa IA poderá substituir atividades que hoje são tidas como essenciais como médicos e advogados, basta olhar alguns programas onde o advogado seleciona o conteúdo que irá precisar e a peça é praticamente entregue pronta. O mesmo vale para a parte da medicina, onde a IBM lançou um programa chamado Watson, onde este programa consegue ler uma infinidade de documentos e fazer associações cognitivas, então a pessoa descreve os sintomas para essa IA e ela consegue diagnosticar, por meio da leitura instantânea desses milhares de arquivos, qual é o perfil mais provável da patologia; 
· Realidade Virtual e Aumentada: adição de informações ou visuais ao mundo físico, através de uma sobreposição de gráficos e/ou áudio, para melhorar a experiência do usuário para uma tarefa ou um produto. (ex.:PokemonGo, GPS onde mostra as setas no vidro do carro);
· Blockchain e a criptomoeda: Como uma moeda que não tem bandeira pode atuar como dinheiro de fato? Veja que isso basicamente se resume a uma tecnologia que usa algoritmos de software para registrar e confirmar transações, partindo de pressupostos de confiabilidade e anonimato. Essa criptomoeda possui um algoritmo próprio e ela é validada pela internet. 
Bloco 02
	Já no que se refere ao aspecto da biotecnologia sintética, trata-se do campo de pesquisa que em biotecnologia que se baseia em princípios de engenharia genética para manipular o DNA de organismos, o que permite a construção e o design de novas partes biológicas e o re-design de sistemas biológicos para propósitos úteis. Podemos ver isso aplicado de forma direta na agricultura, na saúde nas indústrias, energias e até mesmo para a produção de remédios. 
	No que se refere aos impactos destes transgênicos, não se sabe ao certo, ainda, quais são os impactos para a vida humana, pois são fatos extremamente recentes. 
	Quando se entra no aspecto embrionário, inclusive, há que se questionar a questão da ética, pois em até qual ponto irá se alterar a vida humana desde a sua base? 
TEMA 06 – MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUSTENTABILIDADE
Bloco 01
	O debate sobre as energias renováveis chega em seu ápice em meados de 1970 (comportamento predatório em relação ao meio ambiente que, graças ao capitalismo, podemos observar um cenário catastrófico ambiental), especialmente por conta da crise no petróleo (onde houveram debates políticos por conta do valor que disparou) e graças a isso, começou-se a pensar em outras fontes de energia, sendo que elas serem renováveis foi mais um “bônus”. 
	Dito isso, o conceito de energias renováveis sustentáveis (desenvolvimento sustentável) remete ao recursos de maneira coesa e racional dos recursos naturais, isso porque se formos pensar que vivemos no planeta terra, os recursos são escassos e que um dia poderá acabar. Assim, a ideia é que tenhamos sustentabilidade para as gerações futuras. Esse desenvolvimento sustentável não olha apenas pela ótica ambiental, mas também econômica e social. 
	Quais são os desafios da sustentabilidade? 
	Em síntese, superar as dependências sobre o petróleo, isso porque se formos observar com cautela, a realidade é que está cada vez mais difícil arranjar novas fontes de petróleo e isso acaba encarecendo muito (dado a localização e a complexidade para a extração). Além disso tem toda a questão das emissões dos gases estufas (GEEs) principal responsável pelo aumento de temperatura que está ocorrendo de maneira atípica no mundo (IPCC, 2007).
	Se formos observar o histórico das temperaturas mundiais, poderemos perceber que disparou nos últimos 30 anos, indo para níveis verdadeiramente alarmantes. A biodiversidade não consegue acompanhar essa diversidade climática com tanta facilidade, se acostumando a um certo clima e ela dificilmente irá se adaptar, logo, não podemos olhar tão somente para os impactos ambientais, mas precisamos olhar para os impactos sociais também. 
Pelas previsões, ainda neste século a temperatura global pode chegar ao alarmante aumento de 4,8º Celsius. Além disso, o nível do mar poderá observar uma elevação de 82 centímetros causando problemas graves (inundações) as regiões costeiras vulneráveis (IPCC, 2013).
O “Relatório Stern”, sublinha que as projeções previstas de uma elevação de temperatura na faixa de 3oC poderá acarretar secas na Europa, falta de água para até quatro bilhões de pessoas em diversas regiões e milhares de novos casos de desnutrição (STERN, 2006).
Veja que com tudo isso, os impactos a biodiversidade mudarão os biomas (fauna e flora) totalmente, podendo acabar com a vida por completo a longo prazo. 
	As principais tecnologias renováveis, hoje, são:
	Energia Eólica: converte os ventos para geração de energia. Antigamente se usava esse meio em moinhos de vento para moer grãos ou elevar o bombeamento da água. A utilização deste meio para gerar a eletricidade é algo mais recente, se popularizando em 1980.
Em 2014 esse tipo de energia correspondia a apenas 3% de toda a energia elétrica produzida no mundo. Deste total, 84% está localizada em apenas 10 países, sendo que o Brasil está em 10º lugar. 
	Energia Solar: gera energia por meio da captação dos raios solares, sendo dividida em duas formas principais para captar essas fontes de energia: Fotovoltaica e Heliotérmica. 
	- Fotovoltaica, que converte os raios solares diretamente em eletricidade. Corresponde a 98% das capacidades instaladas entre as duas fontes em 2014. Aqui pode ser usado tanto em campos de energia industrial quanto residencial. 
	- Heliotérmica, fluído específico é aquecido com energia solar para gerar vapor, assim gerando eletricidade – é uma ideia que se assemelha a um tipo de termelétrica.
Bloco 02
	O Brasil possui uma independência externa do petróleo?
Até certo ponto pode-se dizer que sim, contudo não se trata de uma independência completa. O Brasil sempre teve petróleo – desde a década de 30/40 n(quando começou a se industrializar), teve o advento do pré-sal, mas ainda sim não foi o bastante para uma independência completa quanto a produção. Insta deixar pontuado que o petróleo nacional é um petróleo leve, sendo assim, as aplicações aqui são diferentes, sendo necessário importar. 
	O pré-sal ele tem sua relevância principal como uma fonte para complementação de uma matriz energética. 
	No que se refere a introdução do Álcool na gasolina, de fato isso fora feito com o objetivo de minimizar a dependência no petróleo porque começou durante o governo Vargas e na segunda guerra mundial, isso porque durante a segunda guerra mundial houve uma restrição de petróleo por todo o mundo. Na época o Brasil já era um produtor de açúcar muito potente,exportando açúcar para o mundo todo e ai eles conseguiram observar que existia uma saída alternativa local. 
	A matriz energética brasileira ela é muito bem diversificada, como por exemplo, fontes hidroelétricas, biomassa, gás natural e outros. Basta observar o gráfico disponibilizado:
	Com isso, o Brasil, com relação ao mundo, por ter participação da energia hidráulica e da biomassa, apresenta indicadores de CO2 bem inferiores do que a média mundial. Em 2012, por exemplo, a emissão de CO2 pelo uso energético chegou em 1,46 toneladas ao passo que nos países da OCDE esse indicador ficou em 2,3 tCO2 por tep de oferta interna de energia e, no mundo, ficou em 2,38 tCO2 por tep (MME, 2013), contudo, ainda há muito o que melhorar. 
	No que se refere a energia solar? A energia solar veio como uma contramedida a outras formas de energias que eram mais baratas, surgindo em países desenvolvidos e sendo repassado para o Brasil depois de um tempo, devido a seu elevado custo. Hoje, o que se percebe é que a aceitação ainda é baixa por falta de conhecimento tecnológico dos agentes (incluindo consumidores), até porque houve redução nos custos de produção, mas tem como ponto negativo a necessidade de adequar a rede de distribuição para que o consumidor possa receber energia elétrica de outras fontes nos dias em que não é possível a produção de energia. Aqui no Brasil, como há uma maior incidência do sol, percebe-se que há condições mais favoráveis para se utilizar este meio de energia. 
	No que se refere a energia eólica, o Brasil acaba entrando mais por conta dos aspectos industriais, sendo que o impacto ambiental acaba sendo mínimo, mas seu efeito se mostra eficiente. Em 2016, o Brasil tinha 413 usinas, totalizando 10000MW de capacidade instalada em energia eólica. Segundo o Altlas do Potencial Eólico Brasileiro, realizado em 2001, estima-se que o Brasil tem potencial para gerar 143000MW em energia elétrica com essa fonte próximo da totalidade da capacidade instalada em 2016, de 150000 MW, considerando todas as fontes (Tolmasquim, 2016).
TEMA 07 - TENDÊNCIAS EM MOBILIDADE.
Bloco 01
	A agenda ambiental pressiona as nações para a adoção de práticas mais sustentáveis e que tenham um impacto menor no meio ambiente. Veja que se o objetivo for o rápido desenvolvimento, pega-se as tecnologias que já estão obsoletas, compra-se barato e fica se aplicando essas tecnologias no mercado, extraindo delas o máximo possível. 
Essas tecnologias que são mais obsoletas até são mais baratas, mas o grande problema é que causa maiores impactos na sociedade moderna, poluindo mais. Então precisa-se de um acordo internacional (como o de Paris e Quioto) que estejam em volta de um mesmo tema, sendo necessário uma cooperação internacional. Para que isso ocorra, deve-se haver uma pressão de todos os países e atores que estão em volvidos neste tema. Esse movimento reverbera, também, na indústria automobilística, isso porque o carro acaba sendo um dos maiores poluentes urbanos, por isso busca-se adotar novas tecnologias para reduzir a emissão desses poluentes. Até por isso está sendo mais propagado a ideologia dos carros “verdes”, que seriam os carros elétricos.
Define-se um veículo elétrico como aquele cuja propulsão de pelo menos uma de suas rodas ocorre por meio de um motor elétrico (BARASSA, 2015; CHAN, 2007). 
	Nasce a necessidade de implementação de um conjunto de políticas públicas – que consigam incentivar o uso de mobilidades sustentáveis e, também, instrumentos de regulação para impor padrões de emissão para os veículos que circulam (FREYSSENET, 2011) por meio de sanções/ punições por descumprimento.
	A resposta para este cenário tem direcionado esforços para as pesquisas e desenvolvimento (P&D) para produzir carros que sejam mais eficientes, menos poluentes e com impactos menos negativos ao meio ambiente, contudo, os veículos elétricos ainda são menos eficientes, mais caros, com uma menor acessibilidade, mas são menos poluentes. Então como fazer para que eles sejam alvo de escolhas? Regula-se para que os carros poluentes tenham uma elevação em seus valores, assim, a população praticamente se obriga a comprar esses carros tecnicamente mais corretos. 
	Mesmo os carros sendo elétricos, temos problemas e muitos poluentes, isso porque para produzir uma bateria, diversos materiais são necessários e destes, muitos são altamente poluentes. Além disso, os materiais são retirados de países mais vulneráveis, seja por meio de guerras ou por meio de explorações. Além disso, também tem a questão do descarte dessas baterias. Por fim, deve-se questionar: de onde vem a energia elétrica que está alimentando o carro elétrico? Vem da usina nuclear? Quais os impactos indiretos?
	Veja que entre os formatos existentes de Veículos Elétricos, temos:
· Bateria (VEB) – veículo alimentado tão somente por baterias;
· Híbridos (VEH) – fonte de energia utilizada para dar a propulsão;
· Células a combustível (VEHCC) 
Nos veículos elétricos a bateria a propulsão ocorre exclusivamente por meio de um motor elétrico, sendo que a maneira de recarregar ocorre por meio da rede elétrica puramente. Já os híbridos são aqueles cujas fontes de energia para sua propulsão são de naturezas diferentes, sendo uma delas a eletricidade e outra fonte energética complementar, sendo que esse tipo de veículo possui ainda duas divisões: 1) com motor a combustão interno e; 2) com célula a combustível. 
No primeiro modelo, Pecorelli e Hollanda (2003) e Chan (2007) argumentam que existem duas configurações principais: em série e em paralelo. No hibrido em série o motor a combustão ativa um gerador elétrico que mantém permanentemente recarregado o banco de baterias. Isto faz com que seja eliminada a necessidade da recarga junto à rede elétrica – além disso apenas o motor elétrico gera tração, e o motor a combustão é usado para alimentar a bateria.
Já no segundo modelo a parte elétrica funciona como uma espécie de recarga para a fonte de energia que funciona à base de combustão (por exemplo, gasolina ou etanol), assim, tanto o motor elétrico quanto o motor a combustão geram tração para mover as rodas do carro – funcionando paralelamente.
Existe ainda a opção híbrida plug-in, onde os veículos têm a possibilidade de recarregamento junto à rede elétrica, assim como um veículo elétrico a bateria.
Os veículos elétricos estão mais bem distribuídos em países desenvolvidos, exatamente porque há uma necessidade de maior estrutura. O Brasil, por exemplo, não teria qualquer condição de manter vários veículos elétricos por falta de estrutura. 
	Por fim, temos os veículos elétricos híbridos a células a combustível, sendo veículos que utilizam células de combustíveis baseadas no insumo hidrogênio para a geração de eletricidade. Esse tipo de veículo não emite poluente, pois de sua reação, resultam apenas agua e calor. Neste modelo as células a combustível combinam hidrogênio e oxigênio para produzir eletricidade, que alimentará o motor elétrico. Uma vez que eles funcionam totalmente por eletricidade, esses carros são considerados veículos elétricos, enquanto sua autonomia e a forma de reabastecimento ainda se comparam a um veículo normal, tendo que se dirigir a um posto e comprar hidrogênio pressurizado. 
 
Bloco 02
	O que é a economia do compartilhamento? Com a vinda da internet, as empresas observaram um rol de oportunidades, especialmente a mobilidade. Assim, surgiram várias startups, com novos métodos organizacionais que causam a disruptividade no sistema. Nos dias de hoje, todo mundo carrega um celular e o grande objetivo destes tipos de empreendimento é fazer com que as pessoas se engajem nos novos modelos. 
	Isso acaba sendo extremamente benéfico tanto para as pessoas que estão oferecendo, para as pessoas que estão acessando esse produto ou serviço também, sendo uma situação generalizada de ganha-ganha (win-win situation). Por um lado você está tirando aquele seu determinado produto do ócio, fazendo ele ser mais produtivo (colocando um ativo que estava parado no mercadoe, por outro lado está se abaixando os preços de tudo). Assim, pessoas que antes só podiam andar de ônibus, hoje, por exemplo, tem mais acesso a mobilidade, podendo andar de uber ou qualquer outra plataforma de carona compartilhada. 
	Ao mesmo tempo que isso é bastante positivo, também tem seus efeitos colaterais, isso porque a pessoa que entra neste nicho de atividade, deixa de ter, por exemplo, os benefícios garantidos pela via celetista, assim a pessoa deixa de ter horários pré-estabelecidos, deixa de ter seguro desemprego caso venha acontecer algo entre outras coisas. 
	Essa economia de compartilhamento impacta na ideologia de propriedade privada? Sim, de certa forma, isso porque as pessoas não precisam mais comprar carros para poder andar neles, assim como moradias etc. Antes, por exemplo, era habitual observar as pessoas tendo que baixar as músicas que queriam ouvir. Hoje em dia é tudo pela via streaming e o futuro tem caminhado para essa ideologia de não precisar mais ser dono daquela determinada coisa para poder usufruir dela. 
	Das novas possibilidades que vem surgindo, inclusive visando incentivar o movimento dos veículos verdes no mercado, as empresas têm realizado, em alguns países como Paris e Berlim, um novo conceito de mobilidade, chamado de car sharing para veículos elétricos, onde basta a pessoa ir para a rua, pegar um carro, se deslocar até o local onde precisa ir, deixar o carro estacionado naquele determinado local, e sair para onde quiser. A próxima pessoa que quiser usar esse mesmo carro também procederá da mesma forma. 
	Os Drones, no brasil chamados de “VANT” (Veículos Aéreos Não Tripulados) tiveram suas origens advindas de projetos para uso exclusivamente militar, mas em 2010 a tecnologia foi amplamente beneficiada pelas economias de escala e curvas de aprendizado, as quais vem permitindo a sua ampla difusão, como por exemplo:
· Uso popularizado para realizar a criação de imagens, vídeos, fotos etc; 
· Além do anterior, empresas tem realizado diversas pesquisas e desenvolvimentos (P&D) para fazer com que estes drones sejam o futuro de mobilidade das pessoas. 
Por fim, há que se observar que atualmente o que mais tem ganhado evidência no mercado são os veículos autônomos, que são, basicamente, carros que não precisam de motoristas para chegar ao seu destino. Tudo isso é feito por meio de sensores e graças a esse as pessoas podem manejar o carro de forma remota, sendo que este é um futuro, aparentemente, muito mais próximo do que se imagina (Tesla Móvel). 
	A bicicleta é um mecanismo de mobilidade sustentável, sendo muito útil para se locomover dentro da cidade. Em Pequin eles utilizam um sistema muito parecido com o que a Yellow tentou lançar no Brasil, que basicamente é quando a pessoa pega a bicicleta em um determinado ponto por meio do aplicativo e deixa em outro determinado ponto para que outras pessoas também possam fazer o uso. 
TEMA 08 - POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA AS MEGATENDÊNCIAS.
Bloco 01
	O papel da empresa no sistema capitalista: hoje a empresa é o “locus” para a inovação do sistema capitalista – ou seja, é o ambiente central onde a inovação acontece, pois é da empresa que os elos de conexão se encontram. Se formos pensar no sistema de inovação, onde a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) se encontram dentro de uma empresa, e desta surge o produto, o processo ou o Serviço e dessa empresa que se aciona o mercado vender seus produtos ou suas ideias. Assim a empresa não só é o agente inovador, como também o transmissor dessas inovações. 
	Assim nasce a dúvida: Mas qual seria o papel do Estado no que tange a essas inovações? A grande verdade é que a empresa não faz isso tudo sozinha. A grande verdade é que para que novas tecnologias possam, realmente, serem desenvolvidas, as empresas vão se apoiando em vários processos da cadeia, como por exemplo: parcerias com instituições públicas ou universidades, como estudos de pesquisa e até como órgãos que incentivam a inovação por meio de financiamentos (BNDS e FINEP) a custos mais baixos. Assim, conclui-se que as empresas não são os únicos atores a desenvolver as inovações.
	P&D não é uma atividade restrita às empresas. Muito das pesquisas básicas são desenvolvidas nas universidades e institutos públicos de pesquisa e, não é errado as empresas se apropriarem dessas pesquisas, sendo inclusive importante que isso aconteça, mas também é importante dar o devido valor a estes centros para que essas oportunidades ocorram. Uma empresa ela olhará a pesquisa básica nas universidades e depois, observando as ideias básicas desenvolvidas e sua relevância, vão pegar essas oportunidades de conhecimento público existente, melhorar e assim toda a sociedade ganha com isso. Para o Estado há interesse que isso ocorra de fato porque, com isso, a um crescimento/ desenvolvimento econômico, gerando retorno para o Estado e ganho para a sociedade. 
Mazzucato (2014) afirma que o estado tem papel fundamental como agente tomador de risco ao financiar o desenvolvimento de tecnologias com grande potencial que, pelo elevado risco associado, nem sempre são alvo de financiamento por empresas privadas. 
Ou seja, o Estado deve mitigar as dificuldades dos empreendedores, fornecendo juros mais baixos, ou ainda oferecer todo um caminho de sustentação até ela atingir um nível de maturidade onde ela possa obter os recursos de inovação. O Estado em si não vai buscar as inovações, ele vai oferecer todos os mecanismos necessários para que a empresa consiga empreender de forma sustentável e consiga se manter a um longo prazo, reduzindo as incertezas advindas da tecnologia emergente, para que mais empresas adotem essa tecnologia. Assim, pode-se afirmar que é falsa a ideologia que as inovações advém somente das empresas. 
Quanto as políticas de apoio a inovação, pode-se dizer que existem dois tipos: políticas diretas e; políticas indiretas. 
No que se refere a política direta, no Brasil temos uma cultura voltada, principalmente, para a agricultura. Assim, temos uma EMBRAPA para feijão, uma para milho, uma para soja, para frango, para carne etc, assim, há diversos institutos de pesquisa atuando para fornecer tecnologia para os agentes econômicos que atuam nessa área. 
Quanto a política de indireta o Estado concede subsídios fiscais, financiamento, subvenção econômica, onde a empresa terá o dispêndio de buscar, por meio das P&D, uma nova tecnologia ou uma nova inovação. 
Assim, vejamos como as empresas tem inovado junto ao mercado por meio do apoio do governo ao longo dos últimos 20 anos: 
Fonte: BARASSA (2017)
No Brasil tivemos duas grandes Leis que remodelaram as formas da tecnologia no Brasil, sendo que a primeira delas é a inovação que foi escrita em 2004, onde há o incentivo de inovação e P&D no sistema produtivo, regulamentando a parceria entre universidades e institutos de pesquisa com empresas e incentivando a inovação nas empresas. 
Antes tinha um campo nebuloso, porque ficava naquela questão: a universidade pode ter a patente ou não? A universidade pode ou não colaborar com as empresas? Assim, essa Lei (10.973/04) de inovação veio para colocar os pingos nos “is” na relação “Universidade-Empresa”. 
Há também a Lei do Bem (Lei 11.196/05), sendo exclusivamente pensada para incentivos fiscais à inovação. A ideia aqui é haver uma dedução de impostos para empresas que realizarem P&D. Aqui se regulamente a questão dos financiamentos por meio do BNDES e FINEP, buscando reduzir os riscos caso essa tecnologia não der certo. 
Bloco 02
	Os principais atores do Estado no que se refere ao financiamento não o BNDES e o FINEP. A Lei da inovação veio para incentivar a inovação, a P&D no sistema produtivo, regulamentando a parceria entre universidades e institutos de pesquisa com empresas e incentivando a inovação nas empresas. Já a Lei do Bem veio com a ideologia de incentivos fiscais à inovação. 
Assim, qual é o papel do BNDES? Ofertar a taxa de juros a longo prazo que são reguladas e que são menores quea taxa SELIC (que são as taxas mais baixas que os bancos podem oferecer), sendo que esta taxa é regulamentada pela COPOM (Comitê de Política Monetária), sendo que o Brasil tem a maior taxa de juros no mundo. 
Assim, o papel do BNDES é o de ser uma “âncora” de investimentos privados, podendo ser comparado a um verdadeiro Transatlântico, pois ele tem um movimento pesado, porém, constante. Ele é um financiador de grandes projetos de infraestrutura. O BNDES escolhe campeões nacionais? É uma política implícita. Jamais haverá o reconhecimento expresso disso, mas existe. Seria o mesmo que ocorreu na china com a Samsung, onde o governo ofertou uma quantia “x” para a empresa criar uma envergadura que pudesse competir, de forma mundial, com outras grandes empresas.
Já a FINEP tem um papel mais voltado para a ciência, tecnologia e inovação, concedendo fundos que são ou não reembolsáveis. Vai observar qual é o nível de ciência aplicado para cada caso, se está trazendo pesquisadores, cientistas e outros. Atua com as Pequenas e Medias empresas, atuando também em universidades e institutos de pesquisa públicos, fazendo um meio campo entre ciência e tecnologia. 
De tudo isso temos efeitos positivos, mas também negativos. Como ponto negativo temos a questão da inovação de caráter “ofertista”, onde se dando incentivos fiscais ao financiamento, você conta com que aquele agente econômico vá procurar por inovações, mas como não muitas contrapartidas, o que pode acontecer é que o efeito desejado não aconteça, seria o mesmo que você dar dinheiro para a pessoa e ela não fazer nada com ele. Então o interessante é fornecer o financiamento, mas pedir uma contrapartida. 
Porque caso contrário a empresa pensa: Ah, se estou pegando esse dinheiro “barato”, vale a pena eu colocar o meu dinheiro nisso? Quando entra muito recurso de fora, muito financiamento, as empresas tendem a retirar o dinheiro delas e usam somente os recursos externos. Porque ai fica naquele pensamento: “se der certo, deu. Se não der, o risco fica só para o Estado” e isso não é desejável, pois a sensação é que a empresa não deu o melhor de si. 
Para as políticas de inovação pela demanda temos incentivos à inovação por meio do direcionamento de compras governamentais para produtos inovadores. Assim, ao invés de achar uma solução para o mercado, as empresas começam a achar uma solução para o governo, não necessariamente trabalhando somente para o governo, mas o governo atua com essa ligação. 
Por fim, temos que pensar no desemprego tecnológico, isso porque, ao mesmo passo que novas tecnologias vem ao mercado, as antigas começam a ficar obsoletas e essas carreiras deixam de ter necessidade de existir. A OECD (2016) entende que com tudo o que vem ocorrendo, muitos empregos começam a se tornar redundantes. 
As megatendências tem, cada vez mais, fragmentado e não padronizado a mão de obra. Hoje se tem uma maior flexibilização da jornada de trabalho, intensificam o modelo de trabalho parcial – esse freelancers. Com isso se questiona: será que falta regulamentação dessas atividades e à proteção do local de trabalho? 
É necessário avaliar questões relacionadas ao potencial aumento de desigualdade de renda e queda no nível de salários que essa flexibilização pode trazer (OECD, 2016).

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